15 julho 2011
Nós subestimamos os custos dos crimes?
As a society, do we overestimate or underestimate the importance of crime in day-to-day life?
We underestimate it, because it’s our intent to underestimate it. We only deal with it indirectly. We all do so many things to avoid being the victims of crime that we no longer see those things, so we don’t see the cost of it. Just finding a safe place for us to have this conversation, for example — we needed a quiet place, but before that, we needed to find a safe place. A hotel lobby is what it is because of the level of security. I’ve checked out of this hotel, but I’m still sitting here in the third-floor lobby, because it’s safe. When you buy something, it’s wrapped in seven layers of packaging in order to make it harder to steal.
Dinheiro alivia a dor
Postado por Isabel Sales. Fonte: Super
Cade quer acordo com a Gol
A Gol já informou que, após a aprovação do Cade, a marca Webjet deixará de existir - mas o Conselho precisará aprovar essa intenção.
Segundo Chinaglia, embora a operação ainda não tenha sido comunicada oficialmente ao Cade, o mercado de aviação no Brasil já é muito concentrado.
- É uma possibilidade (firmar um acordo). Existem apenas cinco ou seis empresas que atuam no mercado de aviação. Olhando a operação sem dados detalhados, já se pode dizer que ela é mais preocupante que a fusão entre TAM e (a chilena) LAN, pois a participação da LAN no Brasil é bem inferior à da Webjet - explicou.
Acordos que preservam negócios antes do julgamento do Cade são comuns em fusões de grandes empresas. Esse tipo de procedimento, conhecido como Apro (Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação), foi adotado, por exemplo, na compra da Sadia pela Perdigão e das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar.
No caso do mercado aéreo, as fusões passam por uma análise da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) antes de serem julgadas pelo Cade. Segundo uma alta fonte do governo, o caso Gol-Webjet já está sendo estudado informalmente, pois será apresentado aos órgãos de defesa da concorrência nos próximos dias.
Segundo essa fonte, o negócio não deve provocar danos à competição no país. Isso porque a Webjet tem participação pequena no mercado, de apenas 5%. Além disso, embora ele já seja bastante concentrado, as tarifas caíram 40% nos últimos dois anos. A TAM fechou maio com 44,43% do mercado e a Gol, com 35,39%.
- As tarifas continuarão caindo porque o mercado está crescendo e vai ter mais gente voando - acredita essa fonte
Fonte: O Globo
14 julho 2011
Rir é o melhor remédio

Por Daniel Clowes, capa do The New Yorker em 24 de maio de 2010.
*O termo se refere a atual geração de jovens ocidentais, em decorrência da frequência com que decidem coabitar com seus pais após breves períodos vivendo sozinhos – voltando, em forma de bumerangue, a seu lugar de origem. Fonte: Wikipédia
Benefícios do IFRS ainda são limitados
Uma pesquisa da auditoria e consultoria Deloitte em parceira com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) mostrou que apenas 24% dos profissionais de relações com investidores acreditam que as demonstrações financeiras ficaram mais facilmente comparáveis entre os países, competidores e indústrias a partir da adoção do IFRS. A maioria não tem opinião sobre o assunto (60%) ou não acha que a comparação ficou mais fácil (16%).[1]
“Enquanto o Japão e os Estados Unidos não adotarem as normas internacionais, os profissionais de RI não vão sentir com força a melhoria na comparabilidade entre as empresas”, avalia o presidente-executivo do Ibri, Ricardo Florence. [2]
O levantamento buscou revelar os impactos da adoção do IFRS na área de RI das empresas. A pesquisa envolveu 46 companhias, com faturamento total de R$ 40 bilhões, dentre cerca de 380 empresas com ações na bolsa. Os questionários foram respondidos voluntariamente entre abril e junho deste ano pelos profissionais das áreas de RI e o resultado foi divulgado ontem durante 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, em São Paulo, organizado pelo Ibri e pela Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas).
Quase 40% das empresas responderam que ainda é cedo para avaliar se a adoção ao IFRS melhorou o acesso a linhas de crédito internacional, aumentou a geração de negócios ou reduziu o custo de capital. [3]
Por outro lado, 58% dos profissionais de relações com investidores apontaram a ampliação da transparência nas demonstrações financeiras como principal fator positivo já observado no mercado e nas organizações. [4]
“Há mais disponibilidade de informação, inclusive um maior detalhamento setorial a partir do IFRS. Mas, mesmo que seja uma linguagem única, a comparabilidade nunca será perfeita”, disse Bruce Mescher, sócio da Deloitte.
A pesquisa apontou ainda que a adesão ao IFRS exigiu mais investimentos das empresas na área de relações com investidores. A parcela de companhias que gastou mais de R$ 2 milhões ao ano em atividades de RI subiu de 7%, em 2009, para 12%, em 2010.
No mesmo período, o percentual de empresas que gastou entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão caiu de 19% para 16%. A parcela de companhias que investiram de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões diminuiu, também de 19% para 16%.
“Companhias de pequeno e médio porte passaram a gastar mais com as áreas de RI”, explica Mescher. “Cresceram os gastos com pessoal, tecnologia e programas de apresentação de resultados.
Na Gerdau, por exemplo, alguns desses aspectos têm sido encarados como desafio para a empresa se ajustar às normas do IFRS. “Para um profissional interpretar, julgar e aplicar a norma é preciso que tenha bagagem importante sobre a legislação. Também não basta ter conhecimento técnico, é preciso ter vivência na empresa”, diz Geraldo Toffanello, diretor contábil da Gerdau. “O grupo de profissionais e a retenção dos talentos estão entre os maiores desafios da companhia.” [5]
O depoimento de Toffanello foi dado no primeiro painel do encontro de RIs, que ainda debateu os impactos da implementação das novas normas contábeis e os principais problemas encontrados nos balanços.
Para Iara Pasian, diretora da Deloitte, o processo de implantação das novas normas já deixou uma série de lições para as companhias de energia. A consultora mencionou como exemplo que os novos padrões não alteram o fluxo de caixa das empresas, mas modificam a apresentação dos dividendos pagos aos investidores. Iara ainda ressaltou que a grande polêmica para a indústria de energia diz respeito à indenização sobre o valor residual da infraestrutura no fim do período de concessão. [6]
As polêmicas não se restringiram ao setor elétrico. Alexandre Labetta, sócio da Ernst & Young Terco, lembrou que as incorporadoras imobiliárias ainda esperam novo pronunciamento do Iasb sobre o reconhecimento de receitas de imóveis vendidos na planta – se durante o andamento das obras de construção ou apenas na entrega das chaves. As incorporadoras hoje reconhecem as vendas no decorrer da construção.
Arthur Gigueira Júnior, superintendente financeiro e de normas contábeis do Santander, Enio Bonafé, diretor da Delos Finanças e membro do Experts Advisory Panel do Iasb, e o professor da USP Eliseu Martins salientaram que as polêmicas visam identificar que modelo contábil melhor representa a “essência” das companhias. Ou seja, “como aproximar a norma contábil da realidade econômica das empresas”.
Fonte: Denise Carvalho e Marina Falcão, Valor Economico
Comentários de Pedro Correia:
[1]Em verdade, existem diversos GAAP's nacionais "disfarçados" de IFRS.No Brasil, é interessante observar a redação do caput 3º da Instrução ICVM 457/2007 :
“(…) uma declaração explícita e sem reservas de que estas demonstrações estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil”.
Os CPC's são normas que não são as IFRS traduzidas "palavra-por-palavra".Além disso, foram editadas pela CVM de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.Esta situação ocorre em diversos países.Assim,o aumento da comparabilidade é pífio.
[2]A percepção dos investidores será que a entrada de Japão e EUA dará mais credibilidade para as IFRS.
[3]São questões relevantes, no entanto, sem evidências empíricas acerca do impacto das novas normas.
[4]Tenho dúvidas em relação ao aumento da transparência das demonstrações financeiras.
[5]A subjetividade das novas normas irá exigir profissionais cada vez mais qualificados.Em verdade, é preciso entender o fenômeno contábil e a essência econômica do evento.
[6] As discussões sobre a contabilidade das empresas que detêm concessões do Estado e as IFRS são muito interessantes.Leia mais aqui, aqui e aqui
Cade e a BR Foods
Na opinião de Chinaglia, o Cade tomou o cuidado "de não repetir erros anteriores, se é que foram erros". Segundo o conselheiro, o acordo abre espaço para marcas menores crescerem, embora a barreira de entrada seja elevada, "mas não intransponível". [2] e [3]
Na opinião de outro conselheiro, Marcos Paulo Veríssimo, a BRF "é a maior intervenção estrutural" no histórico do órgão regulador da concorrência. Segundo ele, o acordo entre o Cade e a empresa, o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) prevê a preservação das exportações, já que enfoca ações para o mercado interno, e proteção ao consumidor.[3]
O único voto contra foi do relator Carlos Ragazzo, que manteve sua posição desfavorável, já manifestada na primeira sessão do Cade sobre a BRF, ocorrida em 8 de junho. Ele iniciou sua fala hoje com críticas ao acordo, afirmando que um dos pontos do TCD, de suspensão da marca Perdigão em vários produtos, poderia gerar concorrência, mas que se trata de "uma decisão heterodoxa; pode ou não dar certo". Como lembrou o conselheiro Ricardo Machado Ruiz, o primeiro a se pronunciar sobre o caso nesta manhã, o voto de Ragazzo serviu de base para o acordo com a BRF.
Por sua vez, Alessandro Serafin Octaviani ressaltou em seu voto que "a solução só foi possível após nova postura das partes". A sessão contou ainda com a fala do procurador do Ministério Público Federal Luiz Augusto Santos Lima, sobre que "as soluções buscaram melhor caminho para concorrência". Na avaliação do MPF, "haverá mais julgamentos como este (da BRF); mas é preciso transparência".
Fonte: aqui
Comentários de Pedro Correia:
[1] Qual é o papel do Cade?Segundo a lei nº 8884/94, o Cade tem a finalidade de orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico, exercendo papel tutelador da prevenção e da repressão a tais abusos.Além disso, o papel pedagógico do Cade é de difundir a cultura da concorrência.
[2]É uma barreira elevada, mas não é instransponível.Talvez, a JBS seja capaz de transpor essa barreira, não é?Verdade.Ontem as maiores altas na Bovespa foram das ações da BR Foods e da JBS.Por que será?
[3]Qual é mesmo o papel do Cade?Acredito que seus conselheiros deveriam estudar Microeconomia e Economia Industrial.Além disso, a decisão tomada foi semelhante ao caso da Ambev.Outrossim, as medidas tomadas são paliativas e não estimulam a concorrência.
BR Foods 1
A BR Foods aceitou vender determinadas marcas, como Rezende, Wilson, Texas, Escolha Saudável, Delicata, Fiesta e Doriana, entre outras, bem como a propriedade intelectual incluída na produção de produtos com essas marcas.
Também está suspenso por até cinco anos o uso de marcas existentes em setores onde a concorrência ficou mais restrita, segundo o Cade. Por três anos, por exemplo, será suspenso o uso da marca Perdigão de produtos de carne processada, como presunto e lingüiça. No caso de salames, mortadelas e hambúrgueres, o prazo é de 5 anos, também para a marca Perdigão. A empresa também não poderá usar a marca Perdigão por prazo de até cinco anos em produtos resfriados como lasanhas, pizzas e empanados.
A marca Batavo fica suspensa por prazo de 4 anos de alimentos processados, como margarinas e peru in natura e kits aves para festas. No entanto, a Batavo continua a ser uma marca existente na cadeia de lácteos, cuja concorrência não foi considerada abalada pela fusão.
O acordo tem outros critérios que foram mantidos em sigilo, como o prazo em que a BR Foods terá de vender os ativos, conforme determinação acordada com o Cade. O Conselho determinou que, nesse prazo, porém, devem ser mantidas as boas condições de produção desses ativos que serão alienados.
Segundo o conselheiro Ricardo Ruiz, que havia pedido vistas do processo e que costurou o acordo, a previsão abre espaço para o surgimento de uma nova empresa e uma nova marca relevante nos mercados cuja concorrência será mais abalada com o acordo. Ruiz destacou que o acordo só foi possível por conta de mudança de perfil relevante das empresas envolvidas, depois de apresentado o voto do relator Carlos Ragazzo, conselheiro do Cade cujo voto exigiu venda de ativos
Fonte: aqui
Todas essas medidas são paliativas e não estimulam a concorrência.
BR Foods 2
Segundo o conselheiro Ricardo Ruiz, que foi responsável dentro do Cade por costurar um acordo com a Brasil Foods, para validar a fusão terão de ser vendidas pela BR Foods 20 ou mais unidades fabris espalhadas pelo país. "É um grande momento, de construção de um novo player (do mercado)".[1]
Para Ruiz, a empresa que adquirir esses ativos tende a ser uma só, “com capacidade de operar um volume de ativos dessa grandeza”. “Não faz sentido repartir em várias firmas.” [2]
A ideia do Cade é justamente abrir espaço para outro grande concorrente. “Esse concorrente tem de ter escala e capacidade”, afirmou Olavo Chinaglia, conselheiro do Cade após a decisão.
A empresa a comprar esses ativos poderá ser uma regional já existente, que procure ganhar maior capacidade no setor de alimentos processados, uma estrangeira atuante no setor, como a Tyson Foods, ou uma multinacional brasileira do ramo de alimentos, que queira ocupar esse mercado, como JBS Friboi e Marfrig.
Qualquer possibilidade está aberta, até mesmo de uma nova empresa, de investidores que queiram entrar no setor, considera Chinaglia. O vice-presidente de Assuntos Corporativos da Brasil Foods, Wilson Mello, não descartou nenhuma dessas concorrentes citadas na reportagem. “O mercado brasileiro é dinâmico e esse concorrente pode vir tanto do mercado externo quanto do mercado interno.”
Segundo Mello, a fusão foi “pacificada” e preserva a essência do negócio fechado entre Sadia e Perdigão. Ele conta que a empresa já fez uma análise prévia do que vai vender, mas ressaltou que o acordo oferece certa flexibilidade para essa escolha.
O conselheiro Ruiz explica que cabe à Brasil Foods determinar onde estão as unidades – que sejam equivalentes à produção de 730 mil toneladas de alimentos processados por ano – a serem vendidas, assim como encontrar esse comprados. “No voto há flexibilidade”, ratifica Mello.
Segundo o procurador do Cade, Gilvandro Vasconcelos Coelho de Araújo, há sigilo de prazo em que a empresa tem de vender ativos para dar tranqüilidade para a empresa vender os ativos ainda em bom valor e estado. “A ideia é manter a estrutura funcionando, com a maior estabilidade possível.”
É compromisso da Brasil Foods, porém, manter a produtividade e os empregos dessas unidades que serão alienadas até que isso, de fato, ocorra. Se houver denúncia de perda de eficiência ou demissões envolvendo unidades e marcas que serão vendidas, a empresa poderá ser multada, conforme os termos do acordo. A empresa tem hoje 120 mil funcionários.
Fonte: aqui
Comentários de Pedro Correia:
[1]O JBS Friboi é um potencial candidato para compra desses ativos.Haja vista que,a empresa processa, embala e entrega produtos bovinos, suínos,
ovinos e de frango in natura, processados, que incluem também produtos de maior valor agregado. Além disso, processa,embala e entrega também lácteos e seus derivados tais como leite longa vida, iogurtes,achocolatados, queijos e manteigas. Recentemente, passou a investir em celulose.
[2]O outro conselheiro declarou que : "o acordo abre espaço para marcas menores crescerem, embora a barreira de entrada seja elevada, "mas não intransponível"."
BR Foods 3
No documento, a Brasil Foods diz que sua receita total no ano passado somou R$ 22,681 bilhões. O impacto total do acordo com o Cade, que envolve venda de ativos e suspensão de marcas, é de R$ 2,967 bilhões. Em volume, representa 11,6% do total, ou 702 mil toneladas, de 6 milhões. O maior efeito é no setor de produtos elaborados e processados, com 582 mil toneladas. O volume sujeito às restrições representaria em 2010 cerca de um terço das vendas sob a marca Perdigão.
Nessa simulação não foi levado em consideração eventual incremento das vendas com as marcas que continuarão sendo utilizadas pela BRF, em substituição aos produtos, sob as marcas Perdigão e Batavo, que terão suas vendas temporariamente suspensas. A marca Perdigão, bem como todos os direitos a ela associados, permanece como propriedade da BRF e utilizada normalmente em várias categorias de alimentos processados como empanados, hambúrgueres, mortadela, lingüiças frescais, pratos prontos congelados (exceto lasanha), bacon, comemorativos de aves, além de toda linha de produtos in natura, entre outras, diz a empresa na nota.
Em relação aos ativos que serão vendidos, a BRF diz que se compromete a manter a qualidade dos seus produtos e o fornecimento aos pontos de venda até que seja feita a transição para os novos proprietários. “No que diz respeito aos funcionários e produtores integrados que atendem às unidades que deverão ser vendidas por exigência do Cade, a BRF adotará todas as medidas possíveis para minimizar os impactos decorrentes da mudança de controle destes ativos", afirma.
O acordo estabelece a obrigatoriedade de que o comprador dos ativos a serem alienados mantenha o nível atual de empregos pelo prazo mínimo de seis meses. A partir de agora a companhia diz que trabalhará para concluir o plano de integração das duas empresas, criando assim as condições necessárias para fazer da BRF uma líder global no setor de alimentos.
Segundo Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da Brasil Foods, uma decisão final dentro do Cade encerra o processo de fusão, o que reduz as incertezas para investidores. “Agora é olhar para o nosso plano estratégico.”
Ele explica que a escolha dos ativos e marcas a serem vendidas não foram influenciadas por opiniões particulares de ex-sócios de Sadia ou Perdigão. “A Brasil Foods é uma empresa aberta, de controle difuso e operada por profissionais”, declarou ele ao iG em resposta a uma pergunta sobre a influencia de cada sócio nas marcas a serem encerradas
Fonte: aqui
Fitch eleva o rating do Panamericano
A Fitch acredita que o Banco Panamericano procuraria o suporte do BTG em caso de necessidade. No entanto, apesar de reconhecer o forte suporte de liquidez da Caixa e do fato de o BP representar uma nova e importante linha de negócios para o BTG, a Fitch considera “moderada” a probabilidade deste suporte.[1]
Após dois aportes totalizando R$ 3,8 bilhões, a ativação de créditos tributários de R$ 700 milhões e a cessão de R$ 3,5 bilhões de crédito sem coobrigação para o FGC, o BP conseguiu recompor seu patrimônio para R$ 1,4 bilhão, em março de 2011.
Entretanto, a Fitch ressalta que a qualidade do capital é prejudicada pelo substancial volume de ativos intangíveis e dívida subordinada, apresentando índice de capital elegível Fitch de baixo 1,6% em março de 2011. Apesar disso, a agência acredita na melhora do desempenho e da capitalização do banco ao longo dos anos, embora fortemente dependente de cessões de crédito.
Com o apoio de duas auditorias internacionais e do Banco Central do Brasil, o banco concluiu uma extensa revisão de seus livros, que não indentificou novas irregularidades. A Fitch também ressalta que apenas as demonstrações financeiras de dezembro de 2010 e março de 2011 são confiáveis para análise do BP, dado que os balanços anteriores apresentavam inconsistências contábeis, principalmente envolvendo cessões de crédito, superestimando a carteira de crédito e suas receitas.[3]
Fonte: Monitor Mercantil, Digital
Comentários de Pedro Correia:
[1]A Moody's continua com uma nota D para o rating do banco.
[2]Só faltou citar o "suporte" do FGC.
[3]A situação é tão grave que mesmo com o “tremendo esforço” as demonstrações financeiras de 2010 do BP estão fora dos princípios e normas contábeis. Além disso, a participação da Caixa numa entidade como esta é lamentável. O índice de Basiléia do Panamericano é de -5,74%, assim para retornar aos 11% exigidos, a CEF irá aportar 10 bilhões de reais.
13 julho 2011
Brasil Foods fora da BM&FBovespa
De acordo com comunicado, as negociações com os papéis da empresa somente serão retomadas após decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e manifestação da companhia.
O processo de fusão entre a Perdigão e a Sadia, que originou a Brasil Foods, será julgado hoje em sessão ordinária do Cade.
BM&FBovespa suspende negócios com ações da Brasil Foods. Stella Fontes. Valor Online.
Leia mais: aqui
Quais são as manias mais comuns?
Transtorno obsessivo-compulsivo 4% da população
1. Ablutomania
MANIA DE: limpeza.
SINTOMAS: o medo de contágio faz a pessoa lavar as mãos excessivamente, tomar banhos por horas, usar talheres descartáveis e não tocar em maçanetas.
2. Acribomania
MANIA DE: precisão e organização.
SINTOMAS: arrumação de objetos até uma suposta ordem. Se o sujeito toca algo ou alguém sem querer, sente-se obrigado a tocar com o outro braço.
3. Aritmomania
MANIA DE: contagem ou verificação.
SINTOMAS: repetir tarefas (amarrar os sapatos, ligar a TV) um número exato de vezes. Para o maníaco, isso impede que algo grave aconteça.
4. Colecionismo
MANIA DE: acumular tralhas.
SINTOMAS: o sujeito guarda sem organização coisas sem valor, como caixas e jornais. Muitas vezes, é caso de saúde pública.
Transtorno do controle de impulsos 3% da população
5. Onicofagia
MANIA DE: roer as unhas.
SINTOMAS: em momentos de nervosismo e tédio, o sujeito rói, morde, mastiga e engole as unhas, e acaba ferindo a pele em volta.
6. Tricotilomania
MANIA DE: arrancar cabelos e pelos.
SINTOMAS: o impulso de arrancar cabelos e pelos da face e do corpo é tão automático que o cara só se dá conta quando existem falhas visíveis.
7. Dermatilomania
MANIA DE: cutucar a própria pele.
SINTOMAS: nesses casos, a fuçação despreocupada pode levar a lesões e cicatrizes. Depois do nervosismo, vem o alívio e, por fim, o arrependimento.
8. Cleptomania
MANIA DE: roubar quinquilharias.
SINTOMAS: não tem a ver com necessidade, mas com o prazer de roubar. Após um tempo, os objetos são dados ou jogados fora.
Hipocondria 2% da população
9. Hipocondria
MANIA DE: doença.
SINTOMAS: qualquer alteração é vista como sinal de doença. Os hipocondríacos vão a vários médicos atrás da confirmação de um diagnóstico imaginário.
Transtorno bipolar de humor 1% da população
10. Megalomania
MANIA DE: poder ou superioridade.
SINTOMAS: costuma ser associada à fase de euforia do transtorno bipolar. O megalomaníaco tende a atribuir a si mesmo grandes feitos.
Fonte: Super
Críticas ao ISE
O ISE foi o tema que gerou mais polêmica no primeiro dia do 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, evento realizado pelo Instituto de Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), ontem em São Paulo.
O tom mais vigoroso de discórdia foi dado por Marcelo Mesquita, sócio da Leblon Equities, gestora de recursos. “O investidor não entende a formação do ISE. Algumas empresas, inclusive, não deveriam estar lá, pois causam descrédito para o índice.” [3]
O ISE é formado por 40 empresas, selecionadas dentre as 180 com maior liquidez na bolsa. As companhias são convidadas a responder um questionário com 150 perguntas sobre gerenciamento de recursos e riscos.
Mesquita questiona a “complexidade” do processo seletivo, em que a bolsa usa informações passadas pelas próprias empresas, e não apenas os dados públicos. Ele defende a utilização de critérios mais objetivos e quantitativos como os do Novo Mercado. “Hoje parece uma caixa-preta.” [4]
As respostas dos questionários não são divulgadas aos investidores atualmente. Mas isso será possível na formação da nova carteira do ISE, prevista para novembro. A BM&FBovespa vai perguntar a cada companhia se ela autoriza ou não a publicação dos dados.
Para Mesquista, o ISE poderia dar oportunidade e ser uma vitrine para as empresas menores. “Do outro lado, o poder do lobby das maiores empresas é muito forte, o que enviesa a formação do índice.”[5]
Sônia Favaretto, diretora de sustentabilidade da bolsa, aponta a importância do ISE como “ferramenta econômica” para os investidores. “O objetivo é sair da autorregulação e tentar levantar a discussão. A questão não é mais ser sustentável ou ser lucrativo, mas, sim, como a empresa faz para ter lucro sustentável”, declarou.[6] e [7]
Segundo Luiz Fernando Moran de Oliveira, gerente de relações com investidores da WEG, do ramo de motores e automação, o nível de preocupação dos investidores em relação às práticas de sustentabilidade das companhias ainda é bastante heterogêneo. “Participamos do ISE nos anos de 2005 e em 2007. Mas em 2008 e 2009 nem tentamos entrar. O esforço era muito grande para pouco retorno”, conta.[2]
Segundo Moran, a WEG voltou a responder o questionário do ISE no ano passado, apostando que “o mercado pode estar começando a olhar mais para esse tipo de iniciativa, ainda que de forma tímida”.[1] e [6]
Para Moran, a grande falha do ISE não é a sua extensão ou complexidade, mas o fato de não revelar as ações das companhias que geram valor a partir da sustentabilidade. “É como se o conceito de sustentabilidade só passasse pelo gerenciamento de riscos e servisse apenas como uma forma de evitar problemas futuros. Essa percepção é muito superficial”, afirma.[3]
Fonte: Marina Falcão e Denise Carvalho, Valor Econômico
[1]Segundo Bissonnette , o mercado financeiro está atento a questão da responsabilidade social corporativa e foca-se cada vez mais com preocupações sociais e ambientais. A criação de índices de ações voltadas para estas questões é crescente. No mercado norte-americano os mais famosos são o: Dow Jones Sustainability e o FTSE4Good.
[2]É interessante observar que diversos estudos já foram feitos de modo a comparar o desempenho das empresas socialmente responsáveis (ESR) e outras que não são assim consideradas. Um estudo divulgado na The Economist conclui que existe uma fraca relação positiva entre as ESR e o seu desempenho financeiro. Outrossim, as empresas não são muito bem recompensadas por suas ações de responsabilidade social, mas nem por isso elas destroem valor para os acionistas. Apesar disso, Lobe e Walkshauls mostram que há pouca diferença no desempenho das ações de investimentos socialmente responsáveis e ações de companhias relacionadas aos setores: de entretenimento adulto, álcool, jogo, energia nuclear, tabaco e armas.
[6]Até meados da década de 70, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Essa percepção mudou e segundo autores da área, o conceito de desenvolvimento sustentável embute a ideia de que o mesmo tem de ocorrer nas esferas ambiental, social, e não só na econômica. As práticas de sustentabilidade são um conjunto de ações de responsabilidade, ética e transparência, que visem minimizar as externalidades negativas no ambiente a qual pertence a corporação.Isso vai de encontro ao conceito de Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade) criado por John Elkington nos anos 90.
[7]A questão da responsabilidade social corporativa(RSC)normalmente é associada ao altruísmo e filantropia. No entanto, a RSC é um dos meios utilizados para maximizar os resultados. Em outras palavras, as empresas estão inclinadas a criar um ambiente propicio para o lucro, pois as ações de responsabilidade social geram uma série de vantagens competitivas para as empresa. A RSC é parte do modelo de negócios de diversas empresas. Um das possíveis explicações para isso é que os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões ambientais e sociais.
Novas exigências para o Formulário de Referência
Segundo superintendente de relações com empresas da CVM, Fernando Vieira, algumas empresas ofereceram esses dados voluntariamente neste ano. “Achamos que foi um exemplo de boas práticas, que podem ser ampliadas.”
Embora ainda não tenha concluído levantamento sobre os principais problemas dos formulário neste ano, Vieira revela que os campos sobre remuneração e comentários dos administradores foram os maiores alvos de desvios, assim como em 2010. “Inconsistências e informações discrepantes dentro do próprio formulário ou em relação a outros documentos também foram comuns.”
A CVM também colocará holofote sobre a atuação das agências de classificação de risco. A autarquia pretende colocar em audiência pública, ainda no segundo semestre, a regulação das agências que atuam no Brasil.
Fonte: Marina Falcão e Denise Carvalho, Valor Econômico
A Omnisys agora é 100% francesa
A Omnysis, que está sob o guarda-chuva da Thales desde 2005, projeta, desenvolve e fabrica radares de longo alcance e de defesa aérea Ground Master 400 (GM 400) de terceira geração (3D), radares de trajetória, guerra eletrônica e mísseis para o domínio naval.
Em nota, o diretor-geral da Thales no Brasil, Laurent Mourre, diz que o país é estratégico para os negócios do grupo. "Ela (a Omnysis) será responsável pela transferência de tecnologia prevista para os grandes programas a serem lançados no Brasil nos próximos anos", afirma.
Uma das principais fornecedoras globais de tecnologia nos mercados de defesa, segurança, transporte e aeroespacial, a Thales obteve receitas de 13,1 bilhões de euros em 2010 [1]. O grupo conta com 68 mil funcionários e está presente em 50 países.
Fonte: Stella Fontes: Valor
Observação - Isabel Sales:
[1] Esse é o valor da receita bruta. O EBIT da empresa foi negativo, -173,3 milhões de Euros. O resultado final por sua vez, foi -107,6 milhões de Euros em 2010 e -201,6 milhões de Euros em 2009.
A Omnisys agora é 100% francesa 2
A Omnisys é uma empresa formada no Brasil, com cerca de 300 funcionários, que lida principalmente com radares de tráfego de aeroporto. Leia mais aqui. É uma empresa muito interessante e tive a oportunidade de conhecer, em 2008, as instalações em São Bernardo dos Campos. Na época ainda era uma empresa franco-brasileira.
O mais curioso (e fantástico), é que, para empregar profissionais capacitados, a empresa tem um acordo com a Unicamp e negocia outros acordos com universidades. O Diretor de Desenvolvimento de negócios para a América Latina, Luiz Dias Henriques, afirmou para o Repórter Diário que “as universidades estão com um conceito de aproximação das empresas. O setor de tecnologia está aquecido e por isso há muito apelo no mercado”.
Ontem (12 de julho) a francesa Thales informou que a partir de agora detêm 100% do capital da Omnisys que, por ser uma empresa limitada, não publicou seus resultados em 2010. Todavia, a Thales vêm apresentando prejuízos (€ -107,6 milhões em 2010 e € -201,8 milhões em 2009).
Vocês sabem que eu não vibro quando empresas estrangeiras adentram tão fortemente o mercado nacional, ainda mais quando se trata de uma empresa com o perfil e objetivos diferenciados, tal como a Omnisys. Torçamos para que ela tenha um bom futuro na mão dos franceses, que os universitários continuem a ser incentivados a adentrar o mercado de trabalho de forma estimulante e que o Brasil impacte o mundo não apenas em setores que envolvam recursos naturais.
Para quem se interessar em ler mais sobre as informações financeiras da Thales, clique aqui.
Custo anual de vida

Fonte:Worldwide Cost of Living survey 2011
Abílio sozinho e desolado
Em reunião extraordinária realizada em Paris, o Conselho de Administração definiu o projeto como "contrário aos interesses" dos acionistas, baseado em uma visão estratégica "errada" e em estimativas de sinergias "fortemente superdimensionadas".
A reunião teve início às 11h15min na sede do Casino, em Paris, e se estendeu por duas horas e meia. Dela participava Abilio Diniz, que veio à capital francesa na expectativa de "explicar os méritos" de seu projeto. O que se seguiu, porém, foi a apresentação das consultorias encomendadas aos bancos Santander, Goldman Sachs, Messier-Maris & Associés e Rothschild & Cie, de um relatório do banco Merril Lynch e de um estudo econômico do gabinete Roland Berger. O resultado foi destruidor.
"Ao término dos trabalhos, o Conselho de Administração constatou por unanimidade, com exceção do senhor Abilio Diniz, que o projeto é contrário aos interesses do Grupo Pão de Açúcar (GPA), do conjunto de acionistas e de Casino", diz o comunicado oficial divulgado após a reunião. O conselho fecha a porta a negociações sobre as operações no Brasil, reiterando sua estratégia de desenvolvimento no país.
"O conselho reafirma ainda seu engajamento estratégico em favor do Brasil, que constitui um eixo de desenvolvimento maior do grupo e de GPA, do qual Casino é o primeiro acionista, com 43% do capital, e co-controlador via Wilkes", a empresa franco-brasileira que controla as operações no Brasil.
Em linhas gerais, o relatório afirma que "o projeto de operação financeira transmitido por Gama (a empresa criada para viabilizar a fusão) é contrária ao interesse do GPA e do conjunto dos acionistas". Diz ainda que a proposta é fruto de "uma visão errada da estratégia do GPA", baseada em "uma estimativa de sinergias fortemente superdimensionada" – 3,2%, contra 1% do volume de negócios de outras operações similares de fusão no mundo –, além de ser "muito diluidora para os acionistas" e "destruidora de valor", porque transformaria o Pão de Açúcar em "uma holding fragmentada em participações não controladas".
Para o Conselho de Administração do Casino, "uma participação minoritária no capital de Carrefour não corresponde a uma internacionalização adequada para o Pão de Açúcar, que deve ter o domínio de tal desenvolvimento". Segundo os conselheiros, a internalização deve se voltar aos países de mais forte crescimento, e não maduros, como a Europa. Carrefour é avaliado como "um investimento arriscado em razão das dúvidas expressas pelos mercados sobre sua estratégia".
Os membros do conselho do Casino também reclamam da perda de poder que a fusão representaria para seus interesses. "A oferta transmitida pela Gama repousa sobre uma diluição inútil dos acionistas atuais do GPA pela entrada no capital do BNDES e de BTG Pactual com € 2 bilhões", diz o comunicado, que acrescenta: "Ela seria realizada com base em um valor de R$ 64,7 por ação preferencial, representando uma perda significativa sobre o valor intrínseco do grupo Pão de Açúcar, em média R$ 82, segundo os analistas".
Não bastasse o tom de reprovação usado no texto, o relatório termina com uma advertência: "O conselho lembra que esta proposta, não solicitada, é hostil e ilegal". Jean-Charles Naouri, presidente do conselho e maior acionista do Casino, também foi encarregado por seus associados de encaminhar a resposta ao Conselho de Administração da Wilkes, além de "fazer valer todos os meios necessários, no respeito aos acordos existentes e à regulamentação brasileira".
Ao que tudo indica, a viagem do empresário Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, a Paris foi perdida. A reunião com o conselho de administração do Casino que ocorreu na manhã desta terça-feira, 12, terminou sem acordo.
Segundo Diniz, a reunião não resultou em acordo, mas ainda "há brechas" para um entendimento amigável. "É o que eu espero, um acordo amigável", reiterou. Questionado se havia visto a brecha no encontro de hoje, o brasileiro respondeu: "Olha, às vezes a gente não vê, mas continua tentando".
Para Casino, no entanto, a proposta de fusão vai contra o interesse dos acionistas. Em nota, o conselho de administração do Casino afirmou que estudos realizados por consultorias contratadas pela empresa indicam que a proposta de operação financeira feita pela Gama/BTG Pactual de associação do Carrefour com o Pão de Açúcar é "contrária aos interesses do Grupo Pão de Açúcar e de seus acionistas".
Na reunião, Diniz não chegou a apresentar suas propostas. Além disso, disse não ter concordado com os estudos apresentados sobre a negociação. Ele nao revelou detalhes sobre os levantamentos. "Eu não fiz apresentação nenhuma. Eu assisti a uma apresentação feita aqui", afirmou. "Não estou de acordo com os estudos que foram feitos, porque não representam a verdade. Mas eu não quero fazer criticas."
Sobre a suposta decisão do governo de orientar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a recuar em seuprojeto de financiamento da fusão Pão de Açúcar-Carrefour, Diniz não quis fazer comentários. "Não sei, naã sei. Estou aqui, não estou lá n Brasil. Não tenho nada a dizer."
Ao término da reunião, Diniz informou que retornaria a São Paulo, sem mais encontros em Paris.
Fonte: aqui e aqui
12 julho 2011
Resultado sustentável em ações de programas finalísticos
Melhor trabalho na area de Contabilidade Gerencial do V Congresso ANPCONT.
O RESULTADO SUSTENTÁVEL EM AÇÕES DE PROGRAMAS FINALÍSTICOS COMO INSTRUMENTO DE EVIDENCIAR A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO: UMA APLICAÇÃO NO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO - Giovanni Pacelli Carvalho Lustosa da Costa e Fátima de Souza Freire. ANPCONT, 2011.
Investidores institucionais questionam liderança do IASB
Presidente do IASB- Hans Hoogervorst
Kevin Spataro, vice-presidente sênior da Allstate, disse que enquanto uma empresa de seguros poderia aceitar as IFRS como um único padrão global, o IASB deveria se concentrar para melhor alcançar outros investidores institucionais e outros grupos. Em verdade,o IASB precisa de "feedback formal e contínuo de todos",prática que FASB já estabeleceu.
A questão de uma possível diminuição do papel do FASB,caso os EUA decidam adotar as normas internacionais, surgiu recentemente na esteira de um documento de 26 de maio da SEC, que olhou para um possível framework para a adoção das IFRS. Este documento descreveu um modelo de "condorsement" (combinação das palavras convergência e endosso) às IFRS. Durante o período de transição ,o FASB continuaria com sua autonomia sobre as normas. No entanto, uma vez que a convergência fosse feita,o FASB iria apenas endossar os padrões desenvolvidos que IASB .O documento da SEC afirma que: " O FASB iria participar no processo de desenvolvimento IFRS, em vez de servir como o principal órgão responsável pelo desenvolvimento de novas normas contábeis ou modificar padrões existentes no US- GAAP.
Larsen, conselheiro do FASB, afirmou que tais restrições seriam necessárias se as IFRS fossem incorporadas. Isso porque são normas "baseadas em princípios", sistema que oferece uma certa liberdade de interpretação. Para manter algum nível de consistência em tal sistema, o FASB "forte e vibrante" seria necessário, disse ele.
Para compensar a falta de especificidade e uniformidade que poderão advir de um excesso de confiança na interpretação, os investidores precisam de uma forte infraestrutura de regulamentação, como o atualmente em operação nos Estados Unidos, disse Gary White, que preside o Corporate Disclosure Policy Council of the CFA Institute. A esse respeito, um órgão do governo pode ser melhor "intérprete" da norma do que os auditores em reuniões privadas", disse ele.
Fonte:CFO
Por que há tantos líderes ruins?
O primeiro motivo é a pressão a que estão submetidos os executivos-chefes. Num mundo mais competitivo, em que os resultados precisam vir mais rapidamente, é natural que a rotatividade aumente. Mas um estudo psicológico de como são feitas as escolhas de líderes apontou problemas recorrentes, capazes de causar grandes prejuízos. O estudo é dos pesquisadores Jeffrey Cohn e Jay Moran, da consultoria Spencer Stuart, autores de Why Are We Bad at Picking Good Leaders? (“Por que somos ruins para escolher bons líderes?”). A seguir, as cinco principais armadilhas em que conselho e acionistas caem:
1. Síndrome da patota_Cercar-se de iguais é intrínseco ao ser humano. “Muitos executivos do alto escalão favorecem, mesmo que inconscientemente, os profissionais com histórico, experiências e características similares às suas próprias”, dizem os autores. No Banco Panamericano, Rafael Palladino, um ex-personal trainer sem diploma em administração sob cuja gestão o banco quase fechou, era primo em primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos.
2. Síndrome dos holofotes_A loquacidade e o carisma, o talento de magnetizar uma plateia, costumam impressionar os selecionadores. O prestígio do CEO carismático é ainda residual da “Era Jack Welch” na GE. Casos como o de Steve Jobs, que dá verdadeiros shows nas apresentações da Apple, reforçam o mito. Porém, como advertem os autores, o grande carisma diante do público às vezes camufla uma insuficiência na comunicação íntima, face a face. “Falar em público é uma capacitação aprimorável com um coach. Já a comunicação direta com o interlocutor é algo bem mais difícil de desenvolver”, dizem.
3. Síndrome do deslocamento-Poucos CEOs foram tão demonizados na década passada quanto o autocrático Bob Nardelli, em sua desastrada passagem pela rede de varejo Home Depot. Ao tentar gerar eficiência operacional, Nardelli quase destruiu a cultura descentralizada, informal e amigável que era marca registrada da rede. O CEO chutado, obviamente, estava longe de ser um tolo. Na década de 90, fora um dos executivos mais admirados dos Estados Unidos, na General Electric. “Há casos em que as competências do executivo estão deslocadas, e não têm como ser bem utilizadas na empresa”, dizem Cohn e Moran. O caso de Nardelli era mais ou menos como exigir de um caminhão Scania a performance de uma Ferrari.
4. Síndrome do menino-prodígio-É fácil ficar impressionado com profissionais brilhantes, principalmente se forem jovens geniais. Mas esse encantamento às vezes impede de enxergar falhas grandes em outros aspectos, como a ética ou a capacidade de comunicação. O caso mais notório, na última década, foi o de Jeffrey Skilling, ex-CEO da Enron, hoje cumprindo pena de 24 anos numa cadeia americana por causa de uma bilionária fraude de “contabilidade criativa”. Precoce, Skilling era braço direito do então presidente Kenneth Lay, nos anos 90. Ajudou-o a catapultar a capitalização de mercado da Enron, de US$ 2 bilhões para US$ 70 bilhões. Tornou-se sucessor natural de Lay. Foi um desastre.
5. Síndrome do bom-moço-É o contrário da anterior, o encantamento com o executivo-modelo, querido por todos. A justificativa em geral vai para o lado de que a pessoa é uma ótima “formadora de equipes”, ou “cria sinergia”. A dura realidade, dizem os autores, é que “os melhores líderes raramente são bons membros de equipe”. O profissional “bom-moço” tem ascensão rápida na escada corporativa. Mas quase sempre dá um ótimo número 2, não número 1. Tendendo à gestão por consenso, ele costuma agregar profissionais de pensamento homogêneo.
Ter em mente essas armadilhas não vai livrar as empresas de sofrerem deslizes. Mas diminui, dizem Cohn e Moran, a possibilidade de um desastre.
Contabilidade criativa – É a manipulação das demonstrações financeiras de empresas, aproveitando brechas na legislação para turbinar resultados. A expressão tornou-se célebre em 2001 com os escândalos contábeis da Enron e da WorldCom.
Fonte: aqui
Haddad diz que ampliação do número de pós-graduados é prioridade
A Capes oferece bolsas de estudo para a formação de pesquisadores, mestres e doutores. Entre 2007 e 2009, o Brasil passou da 15ª para a 13ª posição no ranking das nações com maior volume de produção acadêmica.
Haddad disse ainda que, para subir mais no ranking, o Brasil precisa de professores com um novo perfil. “Precisamos de professores concursados, interessados no ensino, capazes de diferenciar um convívio dentro e fora da sala de aula e que se enquadrem no perfil de cada escola, seja ela particular ou pública”, ressaltou.
A Capes desempenha papel importante na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Em 2007, passou também a atuar na formação de professores da educação básica ampliando o alcance de suas ações na formação de pessoal qualificado no Brasil e no exterior.
Fonte: Correioweb
Links
Por que a maior parte dos investidores não mensuram os retornos corretamente?
BRF pode vender 1/3 dos ativos
Fábrica de PHDs.O mundo produz cada vez mais PHDs.Será que é hora de parar?
Relatório Anual da IFRS Foundation
As 19 empresas mais admiradas nos EUA
Economistas são éticos?
ICMS:unificãção de alíquotas interestaduais
Quando a China irá dominar o mundo?
A história econômica recontada por listas
O que Murdoch fez?
Como o preço dos alimentos afeta seu peso?
A mudança contábil da previdência
Falecimento do Professor José Francisco Ribeiro Filho
Qual foi a melhor invenção da revolução industrial?
Segundo Hans Rosling, a máquina de lavar foi a melhor invenção da revolução industrial.Ele mostra a importância do crescimento econômico e da eletricidade para tornar a atividade de lavar roupas(com a máquina)em um momento intelectual entre mães e filhos.Fantástico!
Quantificando a história
Fonte: aqui
Incentivos
…os incentivos que não demandam esforço mental – receber mais dinheiro ou trabalhar melhor – podem ricochetear se você não os desenhar sabiamente. [Szuchman, P. & Anderson, J. Spousonomics]
Alpargatas e Disney
A reportagem da Forbes conta que a marca se tornou popular entre os ricos e a classe média após a joalheria H. Stern elaborar uma edição com diamantes, pela bagatela de R$ 58.000. No meio nos anos 2000, Gisele Bundchen se tornou a garota propaganda da marca rival Ipanema, que se tornou igualmente importante no mercado. A reportagem acrescenta, ainda, que isso tornou a marca popular nos Estados Unidos, especialmente em Miami.
Por Isabel Sales
Fonte: Forbes
11 julho 2011
O patrimônio é o objeto da contabilidade?
O presente artigo tem como objetivo principal argumentar que o objeto da
ciência da contabilidade é toda informação utilizada para se gerir as entidades e prestar contas sobre essa gestão, denominada informação contábil. A visão proposta rompe com os paradigmas estabelecidos de que o objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades ou a prática contábil, diferenciando o objeto da ciência daquele da profissão. Ainda, são apresentados três ambientes nos quais a informação contábil atua,exemplificando os tipos de pesquisas que os estudam. O primeiro, patrimonial, é aquele circunscrito no patrimônio da entidade, onde são geradas e formuladas as possibilidades de utilização da informação contábil. O segundo, econômico, é aquele no qual as entidades atuam, onde são estudadas as relações entre a utilização da informação contábil com as variáveis econômicas. O terceiro, o social, é aquele em que a informação contábil impacta o ser humano e sua organização social. A visão apresentada implica em uma delimitação da ciência da contabilidade como observadorade um espectro amplo de fenômenos que ocorrem nos três ambientes descritos,permitindo assim um entendimento das relações entre as mais diversas vertentes de pesquisa contábil científica.
(Dica do professor Cláudio Santana, grato)
Japão poderá adiar a adoção das IFRS
Fonte: aqui
Quando será a próxima crise?
Segundo o economista, Nouriel Roubini, a próxima crise será em 2013.Em 2005, ele alertou sobre o problema da especulação imobiliária que iria afetar a economia mundial.Na época, suas palavras tornaram-se previsões de Cassandra e a crise se concretizou.
Em entrevista à CNBC, Roubini diz que estamos caminhando para uma tempestade perfeita daqui a dois anos. Ele acredita que a segunda metade deste ano pode ser um pouco melhor que o primeiro semestre.No entanto,afirma que vê todas as economias do mundo tentando empurrar seus problemas para o futuro. Assim,a tempestade perfeita virá em 2013.
No curto prazo, Roubini vê crescimento lento mas constante nos EUA, com um PIB acima de 2 por cento,no entanto,o desemprego e habitação continuam a segurar a economia americana.A recuperação será difícil, pois o governo corta gastos e aumenta os tributos para aliviar a pressão sobre as questões do déficit.
Ao mesmo tempo, as nações da zona do euro como a Grécia, Portugal e Espanha vão continuar a lutar com os seus problemas de dívida soberana e a China vai agir para evitar que a inflação não saia do controle.
O que faz a tempestade perfeita? Roubini explica: "se não resolvermos nossos problemas fiscais,nós teremos um problema nos EUA após a eleição...Na China o problema é o superaquecimento da economia, eventualmente, ele vai ter duras consequências ... "Começamos com a dívida privada, a dívida pública,a dívida supra-nacional, nós estamos chutando a lata pela ladeira e, eventualmente, isso vai vir à tona em 2013."
Será que o Dr.Doom não acertará? Ou será mais uma previsão de Cassandra?
Não ganhar dinheiro pode salvar a sua vida!
Não importa a sua idade, seu estado civil, sua preferência literária, muito menos política. Segundo um estudo aceito para publicação pelo Journal of Public Economics, receber uma grande quantia de dinheiro aumenta as suas chances de morrer.
Com base na literatura que defende que indivíduos pertencentes a grupos com maiores rendas têm menores taxas de mortalidade, os economistas William Evans e Timothy Moore examinaram dados disponibilizados pelo governo sobre óbito de vários grupos demográficos em um espaço temporal de três anos.
Para tanto, foram analisadas as “consequências mortais” de alguns eventos característicos dos norte-americanos (recebimento de benefícios de seguridade social, de pensão militar, de restituição do Imposto de Renda; de dividendos anuais do Fundo Permanente do Alasca). Pesquisas anteriores demonstraram que os beneficiários gastam mais, em uma variedade de bens, imediatamente após o recebimento de seu pagamento.
Em todos os casos a mortalidade aumentou após o recebimento da renda. Os eventos envolveram principalmente acidentes no trânsito, ataque no coração e abuso de substâncias. Aparentemente, após o recebimento há um aumento de atividades de alto risco do indivíduo.
Evans, W.N., Moore, T.J., The short-term mortality consequences of income receipt, Journal of Public Economics. 2011.
Basileia 3 e a redução dos créditos tributários
Basileia 3 prevê uma redução drástica no volume de créditos tributários que compõem hoje o patrimônio de referência dos bancos – o capital mínimo exigido para fazer frente aos ativos do banco. Numa conta aproximada, se os créditos tributários fossem deduzidos de uma só vez da base de capital de nível 1 dos cinco maiores bancos do país, R$ 64,1 bilhões dos R$ 87,7 bilhões de créditos tributários existentes hoje quase que integralmente deixariam de valer como referência para operações de crédito.
Os bancos brasileiros, que costumam apresentar folga de Basileia – acima do mínimo de 11% atualmente exigido no país – devem passar a trabalhar mais próximos do piso, na opinião de Luciano Tozato dos Reis, gerente sênior da PwC.
Numa simulação feita pelos analistas do banco Barclays Roberto Attuch e Fabio Zagatti, que inclui tanto o capital de nível 1 como o de nível 2, o índice de Basileia do Banco do Brasil (BB) cairia de 14,1% para 11%; do Itaú Unibanco, de 15,4% para 12%; do Bradesco, de 15,1% para 12,9%; e do capitalizado Santander, de 22,1% para 18%. Os dados utilizados na análise são de dezembro de 2010. “Nosso exercício não leva em consideração a expectativa de geração de lucro nos próximos anos, o que nós acreditamos ser mais do que suficiente para suportar o crescimento do crédito no futuro”, ressaltam Attuch e Zagatti.
Mas o cálculo também não inclui o chamado colchão contracíclio, previsto por Basileia 3 e que pode variar de 0% a 2,5% dos ativos, elevando o índice mínimo de capital total de 10,5% para até 13% dos ativos ponderados pelo risco. A exigência tende a ser mais rigorosa em tempos de bonança, de forma que os bancos tenham proteção adicional para suportar crises.
Créditos tributários são ativos, mas algumas regras limitam seu uso. Uma delas é que nos últimos cinco anos a instituição tenha tido lucro em pelo menos três. É necessário que haja também previsão de lucro futuro. “Os créditos tributários dependem de eventos futuros para serem realizados e as novas regras de Basileia são mais pé no chão, não querem contar com eventos futuros para que os bancos absorvam eventuais prejuízos”, explica Ana Carolina Monguilod, sócia do escritório de advocacia Levy & Salomão.
O Banco Central (BC) estuda a implementação progressiva das deduções de créditos tributários no cálculo do patrimônio de referência dos bancos, conforme sinalizou no Comunicado nº 20.615, de fevereiro. Embora Basileia 3 recomende que o calendário comece a partir de 1º de janeiro de 2014, o BC planeja antecipar o início para 1º de julho de 2012. “Se a retenção de lucro começar já, os bancos conseguem suportar essa dedução”, disse Paulo Roberto Gonçalves, chefe da divisão de monitoramento do BC, em evento recente sobre o tema.
Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco, afirmou, em recente teleconferência para analistas, que as projeções do banco não indicam necessidade de chamada de capital no prazo de dois a três anos. Mas reconheceu a possibilidade de diminuir a distribuição de dividendo caso seja necessário.
Fonte: Aline Lima, Valor Economico
A Geração Perdida
Fonte:aqui
O Kindle pode salvar o mundo
A produção de um e-reader, como Ao Kindle, gera 168 kg de CO2
22x mais poluição do que a gerada por um livro. Mas compensa...
...Pois em cada Kindle cabem até 2 000 livros comuns
A produção de um livro comum gera 7,46 kg de CO2
E 14 milhões de e-readers serão vendidos, no mundo, até 2012.
Isso vai evitar a liberação de 1,6 trilhão de quilos de CO2
O equivalente à poluição gerada a cada ano por 800 milhões de carros.
Fonte: Superinteressante
10 julho 2011
Gol compra a Webjet
- O Estado de S.Paulo
A Gol anunciou ontem a compra da Webjet por R$ 96 milhões em uma transação que, incluindo dívidas, chega a R$ 310,7 milhões. Com apenas 5,16% de participação no mercado doméstico e uma frota de aviões velhos, a Webjet atraiu a atenção da Gol por causa dos slots (horários de pouso e decolagem)[1] que detém em aeroportos centrais do País, como os de Guarulhos e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
"A Gol não está comprando a Webjet. Ela está comprando os slots da empresa. O que eles vão querer com aviões velhos?"[2] resume o professor Elton Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Como os maiores aeroportos do País enfrentam graves deficiências de infraestrutura que impedem a concessão de novos slots pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as únicas saídas para crescer nesses locais são a compra de aeronaves maiores ou a aquisição de empresas que voem nesses locais.
Essa não é a primeira investida da Gol sobre a Webjet. Outra tentativa feita há cerca de dois anos não foi bem sucedida porque a proposta da companhia comandada pela família Constantino não agradou à Webjet.
Uma operação do tipo já era esperada pelo mercado. Para especialistas, a Webjet chegou a um ponto em que precisava se capitalizar para ganhar espaço. No entanto, a empresa, que já foi a terceira em participação no mercado doméstico, ficou estagnada, enquanto a Azul, que entrou depois no mercado, avançou gradualmente até tomar sua posição.
Uma das saídas vislumbradas pela Webjet foi a abertura do capital. Depois de iniciar os trabalhos para realizar, em fevereiro, uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Webjet desistiu da empreitada em maio, receosa com a escalada nos preços internacionais do petróleo.
Mesmo com a incorporação das operações da Webjet, a Gol alcançaria a mesma fatia de participação que a líder TAM no mercado doméstico.
Enquanto Gol e Webjet juntas ficaram com uma fatia de 40,55% em maio, a TAM respondeu por 44,43% da demanda. Para especialistas, o tamanho modesto da Webjet não deve desencadear uma concentração que preocupe o mercado, o que deve facilitar a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).[4]
"Do ponto de vista legal e do histórico (de atuação) do Cade, não vejo grandes entraves (à operação)", diz o especialista em direito aeroviário Guilherme Lopes do Amaral, do escritório Aidar SBZ Advogados.
Ele lembra que os movimentos de consolidação são a principal forma encontrada pelas companhias aéreas brasileiras - que tradicionalmente trabalham com margens apertadas - para reduzir custos.[2] e [3]
Comentários de Pedro Correia:
[1]É interessante observar que algumas companhias aéreas britânicas consideram os slots como ativos.
[2]Provavelmente, a Gol irá vender as aeronaves ou cancelar os contratos de leasing operacional dos aviões da Webjet e irá utilizar os novos slots com aviões novos.Talvez, o custo de utilizar aviões velhos seja maior que os novos.Além disso, a tecnologia das aeronaves é um dos determinantes dos custos da aviação civil.
[3]No entanto, a compra da Webjet,provavelmente elevará o preço das passagens da Webjet.Esssa transação significa o fim de uma companhia de baixo custo.A Webjet era um empresa que forçava as tarifas do mercado para baixo.O mercado da aviação civil no Brasil vai na contramão dos EUA e Europa, onde há diversas opções de companhias aéreas para os consumidores.
[4]O quadro abaixo mostra a fatia que cada empresa tem no mercado brasileiro:
A Folha fez um comentário acerca do vazamento de informações sobre a aquisição da Webjet:
A informação sobre a aquisição da Webjet começou a circular na internet no início da tarde de ontem, o que levou a Gol a informar ao mercado, com a Bolsa ainda em funcionamento, que negociava a compra. Depois do fechamento da Bolsa, a empresa divulgou que a aquisição havia sido efetivada.
Em 2007, a Gol foi questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por suspeita de vazamento sobre a compra da Varig.
Consultada ontem, a CVM disse orientar que esse tipo de divulgação ocorra, "sempre que possível, antes do início ou após o encerramento dos negócios". Mas aceita anúncios durante o pregão "caso seja imperativo". [5]
As ações preferenciais (sem voto) da Gol subiam 6,39% às 13h51. E terminaram o dia em alta de 3,5%.
[5]Isso está de acordo com a Instrução CVM nº358.Leia aqui o anúncio do fato relevante da Gol acerca das tratativas com a Webjet.
Balanço do Setor Público Nacional
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.
Leia o post na íntegra no blog do Professor Lino Martins.



















