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21 maio 2014

Crise nas universidades


A crise nas universidades

18 de maio de 2014 | 2h 08
Editorial O Estado de S.Paulo

Numa iniciativa que surpreendeu a comunidade acadêmica, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) decidiu não reajustar os salários dos professores e servidores em 2014. Esta será a primeira vez, nos últimos dez anos, que o funcionalismo da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) ficará sem a correção da inflação.


A medida é drástica e foi a única saída encontrada pelas três instituições para contornar a crise financeira que estão enfrentando, por terem comprometido quase todas as suas receitas com a folha de pagamento. A situação mais grave é a da USP. Ela gasta 105,14% de seu orçamento com salários - e essa despesa pode crescer ainda mais por causa da progressão de carreira dos servidores técnico-administrativos e dos professores. Isso a obrigou a consumir R$ 250 milhões de suas reservas financeiras só nos três primeiros meses do ano. Desde 2012, a USP já gastou R$ 1,3 bilhão dessas reservas - o equivalente a 40% do total. Na Unicamp e na Unesp, a folha de pagamento consome 96,52% e 94,47% de seus orçamentos, respectivamente.

Há três semanas, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, já havia comunicado à comunidade acadêmica que, por falta de recursos, fora obrigado a suspender as contratações de novos professores, a adiar a construção de novas obras e a estudar a redução da frota e dos contratos de terceirização dos serviços de segurança, limpeza e manutenção predial.

As unidades da maior universidade brasileira estão economizando até papel. Viagens para seminários nacionais e internacionais foram canceladas. O financiamento de linhas de pesquisa está sendo revisto. Somente os restaurantes universitários, os serviços de utilidade pública e a política de apoio estudantil não foram cortados. Com essas medidas, a USP quer reduzir em 30% as despesas de 2014 com custeio e investimento. A Unicamp e a Unesp também adotaram medidas semelhantes, porém menos drásticas do que a USP, para conter a crise financeira. A receita básica da USP, da Unicamp e da Unesp equivale a 9,75% do ICMS. Seus dirigentes alegam que a receita desse tributo tem sido afetada pelo baixo crescimento da economia, reduzindo o valor dos repasses.

A decisão do Cruesp ocorreu no momento em que as entidades de professores e servidores das três universidades estaduais paulistas estavam começando a se mobilizar para a campanha salarial de 2014, exigindo um reajuste de 9,78%.

Para aumentar as verbas orçamentárias das três instituições, as entidades de professores exigem que o porcentual da receita do Estado destinado às universidades seja aplicado não apenas sobre o ICMS, mas sobre as demais receitas do governo paulista - inclusive as transferências federais, a dívida ativa e o que é arrecadado pelos programas de combate à sonegação. Já os sindicatos de servidores querem que as três universidades paulistas simplesmente utilizem o que resta de suas reservas estratégicas para financiar o reajuste dos salários. No caso da USP, as entidades de docentes e servidores também pedem a realização de uma auditoria sobre a gestão do ex-reitor João Grandino Rodas, a quem acusam de ter promovido gastos perdulários e financiado medidas de discutível utilidade, como a abertura de escritórios no exterior.

O problema das universidades estaduais paulistas, contudo, não é apenas financeiro. Cresceram de forma desordenada e enfrentam gargalos burocráticos e dificuldades para redistribuir funcionários entre as unidades. Sob a justificativa de desenvolver atividades de extensão, lançaram os mais variados programas sociais, perdendo o foco acadêmico. E, embora ofereçam centenas de cursos, muitos têm currículos defasados e estão desconectados com a realidade do trabalho. Reformar estruturas administrativas arcaicas, redefinir prioridades acadêmicas e buscar novas fontes de financiamento, inclusive discutindo com rigor a adoção do ensino pago - esses são os grandes desafios que a USP, a Unicamp e a Unesp têm de enfrentar.

Dividendos do BNDES

Dividendos do BNDES para cobrir as contas públicas
Editorial O Estado de S.Paulo


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) transferiu R$ 12,9 bilhões em dividendos para o Tesouro Nacional, em 2012, mais R$ 7 bilhões, em 2013, e quase R$ 3,9 bilhões, apenas no primeiro trimestre deste ano. Neste ano, os recursos não vieram de lucros contabilizados, mas das reservas estatutárias do banco, destinadas a "assegurar a formação de patrimônio líquido compatível com a expectativa de crescimento dos ativos" e a "garantir margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações" do banco.

O Tesouro depende crescentemente dos dividendos das empresas estatais federais - com destaque para o BNDES - para melhorar o resultado primário (ou seja, apresentar saldo positivo antes de incluir as despesas com juros). Incluídos juros, há déficit nominal. No primeiro trimestre, o déficit nominal das contas públicas consolidadas foi de R$ 33 bilhões, ou 2,73% do PIB.

O superávit primário de março, último mês com dados disponíveis, foi de R$ 3,6 bilhões, dos quais cerca da metade (R$ 1,85 bilhão) obtida com a transferência de recursos da reserva técnica do BNDES.

A operação, ressalte-se, não é proibida, mas sua necessidade não foi devidamente explicada. Afinal, a operação foi feita em "caráter de urgência", por solicitação do Tesouro Nacional à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em 26 de março, para liquidação até 31 de março, segundo o jornal Valor. O Tesouro informou que só "o BNDES é que se manifesta sobre o assunto". Mas, se o BNDES é um banco controlado pelo Tesouro - e partiu do Tesouro a ordem de transferência dos recursos da reserva estatutária, a operação deveria ser explicada pelo Tesouro.

O BNDES informou que a operação não causa impacto sobre o funcionamento do banco, "pois há margem para atendimento dos limites prudenciais antes da compensação". Pelo estatuto, a compensação deve ocorrer neste semestre.

Nos últimos anos, o BNDES recebeu vultosas transferências do Tesouro. Devia ao Tesouro, pelo balanço de 2013, R$ 400 bilhões, em valores corrigidos. Ou seja, grande parte dos lucros do banco - e das reservas acumuladas - só existe graças aos aportes do Tesouro, que agora quer dividendos do BNDES para ajudar o superávit primário. Mas será um pequeno alívio, pois não se acredita que a meta de superávit primário de R$ 99 bilhões (1,9% do PIB) em 2014 possa ser cumprida.

Resenha: Comunicação em prosa moderna

Admiro a língua portuguesa e em alguns momentos penso que, além de contabilidade, eu deveria ter cursado letras. Enquanto o momento não chega, ouso resenhar Othon Garcia com seu livro “comunicação em prosa moderna” que, ele gosta de ressaltar, não é uma gramática, mas um livro que preza pela comunicação, uma obra cujo objetivo principal é “ensinar a pensar, vale dizer, a encontrar ideias, a coordena-las, a concatena-las e a expressá-las de maneira eficaz, isto é, de maneira clara, coerente e enfática”.

Sei que muitos passaram por situações semelhantes: desde a minha época de graduanda vejo erros brutais de português. Meus, inclusive. Quem nos acompanha sabe que a prosa é imperfeita - o forte do contador passa longe da correção gramatical. E exatamente por isso vejo a importância de postar vídeos, buscar livros e, da forma que for possível, ajudar a nossa classe a se expressar melhor. O título do blog é Contabilidade Financeira, mas a intenção é que todos nós, das finanças e afins, nos aprimoremos não só quanto à teria da contabilidade, como em tudo o que for importante.

O livro da Garcia me parece perfeito para tudo isso. Como as orientações seriam mais fáceis se os alunos o acrescentassem às suas fontes consultadas! O sumário, por si, já me deixa com os olhinhos brilhando:

Primeira parte: a frase. Terceira parte: o parágrafo. Oitava parte: Redação técnica.

Ah se esta fosse uma leitura obrigatória nos cursos de contabilidade! Mas essa é uma história para outro tipo de postagem...

Não acho justo realmente resenhar este livro por ser uma obra de gigantes, no entanto a intenção é válida por ser uma indicação de leitura imprescindível.

Vale a pena: Sim, e muito. Você não sentará e lerá tudo de uma só vez. Também não precisará de caderno, se não quiser... isso porque a intenção não é o nazismo gramatical, mas a melhoria contínua.

Kaizen!

Compre em sites parceiros do blog:
Americanas: http://goo.gl/LS8wg6
Submarino: http://goo.gl/YH6BIY
Amazon: Comunicação Em Prosa Moderna


Correlação espúria

A correlação espúria é um grande inimigo da pesquisa científica. Ela surge de maneira inesperada, sem qualquer explicação plausível. Aqui um link para um sítio com diversos exemplos de correlação espúria. Na figura abaixo, a relação entre a taxa de divórcio no Maine e o consumo per capita de margarina nos Estados Unidos. O comportamento das duas variáveis é quase perfeito: uma correlação de 0,9926, sendo 1 o valor máximo. Mas não existe, aparentemente, nenhuma relação entre as duas variáveis, o que indica ser este um caso de correlação espúria.

Quando a correlação espúria aparece na pesquisa, a tendência é tentar criar uma teoria para explicar a existência de relação entre as duas variáveis. E que não possui explicação: a relação estatística deve-se ao acaso.

Listas: Os 20 melhores filmes

Segundo o ImdB (com ano e nota)

1. Um Sonho de Liberdade (1994) 9,2
2. O Poderoso Chefão (1972) 9,2
3. O Poderoso Chefão II (1974) 9,0
4. Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008) 8,9
5. Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994) 8,9
6. Três Homens em Conflito (1966) 8,9
7. A Lista de Schindler (1993) 8,9
8. 12 Homens e uma Sentença (1957) 8,9
9. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) 8,9
10. Clube da Luta (1999) 8,8
11. O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) 8,8
12. Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca (1980) 8,8
13. A Origem (2010) 8,7
14. Forrest Gump, o Contador de Histórias (1994) 8,7
15. Um Estranho no Ninho (1975) 8,7
16. Os Bons Companheiros (1990) 8,7
17. O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2002) 8,7
18. Guerra nas Estrelas (1977) 8,7
19. Matrix (1999) 8,7
20. Os Sete Samurais (1954) 8,7

Ah, sim, o 21o. lugar

21. A Cidade de Deus (2002) 8,7

Queda na fiscalização

O Ministério Público Federal abriu inquérito civil para investigar a redução, pelo governo Dilma Rousseff, do número de fiscalizações da Controladoria-Geral da União (CGU) em municípios que recebem verbas federais. A Procuradoria da República no Distrito Federal apura o porquê do corte de recursos para as auditorias em 2013, ano pré-eleitoral, medida que impacta as ações de controle e combate à corrupção. (...)

O ápice foi 2004, quando 400 municípios receberam a fiscalização da CGU. Nos dois últimos anos, 60, a cada ano, foram (serão) fiscalizados.

Melhor investimento

Esqueça os títulos do governo, arte e até mesmo selos: vinho tinto superou [estes investimentos] por todo o século 20.

Pelo menos é o que uma pesquisa realizada por uma equipe de acadêmicos da Universidade de Cambridge, HEC Paris e Universidade de Vanderbilt, Nashville e Tennessee mostra.

O Warren Buffett do mundo vinhos finos poderia ter obtido retornos reais anualizados de 4.1 % entre 1900-2012, batendo títulos do governo, arte e selos, embora as ações britânicas teriam dado retornos anualizados de 5,2%.


Mas vinho é investimento? Não é um bem de consumo?

Manipulação

A Comunidade Europeia acusou o JPMorgan Chase, o HSBC e o Crédit Agricole de manipulação da taxa de juros. Como esta taxa de juros era usada para determinar os custos dos empréstimos bancários, o prejuízo pode ter sido de trilhões de dólares. Em dezembro a União Européia já tinha multado um grupo de instituições financeiras no valor de 2,3 bilhões de dólares.

Os bancos que reconheceram a participação na manipulação tiveram um desconto nas multas em 10%. E outros bancos já tinham feito um acordo prévio: Barclays, Deutsche Bank, Royal Bank of Scotland e Société Générale.

20 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Fonte: Mentirinhas

Bancos Governamentais e Eleições

Sabemos que o governo, quando próximo às eleições, tende a expandir seus gastos, sendo seletivos para aquelas obras que possuem influencia política. Além dos gastos públicos, o governo no Brasil tem-se utilizado dos bancos governamentais para expandir o crédito de tal forma que influencia as decisões das próprias empresas.

Uma interessante pesquisa de Daniel Carvalho, publicada no último número do The Journal of Finance, mostra que este controle do governo brasileiro sobre os bancos afeta as decisões das empresas, em particular de alguns setores considerados “prioritários” (produtos químicos, máquinas e equipamentos, papel e celulose, metalurgia, automobilística e alimentos). O governo usa os bancos para expandir empréstimos, principalmente nas regiões onde as eleições se mostram mais competitivas.

A análise sugere que os políticos no Brasil utilizam empréstimos bancários para mudar de emprego para as regiões politicamente atraentes e longe de regiões pouco atraentes.

É importante destacar que a pesquisa de Carvalho abrange um período relativamente longo, de 1995 a 2006, e abrange todas as empresas industriais com mais de 50 empregados.


Leia Mais: CARVALHO, Daniel. The Real Effects of Goernment-owned banks. The Journal of Finance, vol. LXIX, n. 2, abr 2014. (uma cópia pode ser lida aqui)

Curso de Contabilidade Básica: Capital de Giro

Algumas empresas disponibilizam para o usuário uma série histórica das suas demonstrações. Isto reduz o trabalho do usuário de procurar pelas informações. Além disto, a utilização de um longo conjunto de dados permite melhores conclusões sobre as tendências do desempenho da empresa.

O gráfico a seguir foi construído a partir de informações disponibilizadas, numa planilha, pela Cia Hering no seu sítio. Dos valores do curto prazo da empresa, retiramos o capital circulante líquido, que corresponde a diferença entre as contas do ativo circulante menos o passivo circulante. Esta é a linha vermelha do gráfico, que mostra os valores trimestrais desde 2007 para esta empresa.

É possível perceber que ao longo dos últimos anos este valor apresentou crescimento, até 2012. A partir do primeiro trimestre de 2012 os valores apresentaram um comportamento mais instável, com crescimento e redução. Mas desde o segundo trimestre de 2013 o valor do capital circulante líquido da empresa, em unidades monetárias, tem apresentado valores crescentes.

O valor do investimento em giro corresponde às contas de curto prazo com relação com o ciclo operacional e financeiro da empresa. No caso da Cia Hering são as contas a receber de curto prazo, os estoques, fornecedores e salários e encargos. Este valor está de azul no gráfico e possui um comportamento próximo ao CCL. Finalmente a tesouraria refere-se à diferença entre as disponibilidades e os empréstimos e financiamentos de curto prazo. É a folga financeira. Indica se a reserva de recursos é suficiente para quitar as dívidas de curto prazo. No caso da Hering, isto foi verdadeiro em quase todo período.

A análise usando um longo período de tempo pode ser bastante rica. No caso da Hering, a existência das informações disponíveis ao usuário permite concluir que em termos da gestão do curto prazo (liquidez) a empresa apresenta um bom desempenho.


Dilma desconfia do mercado

Dilma desconfia do mercado como regulador de preços
VALDO CRUZ DE BRASÍLIA
Folha de S. Paulo, 19/05/2014


No início de seu mandato, em 2011, Dilma Rousseff fez uma cobrança dura à equipe: na sua opinião, eles não estavam fazendo nada para segurar o aumento, considerado por ela "exagerado", das passagens aéreas.
Ao ouvir de assessores que os preços do setor são livres, a presidente, irritada, gritou: "Isso é coisa de tucano". Foi então lembrada que a última normatização sobre a área havia sido feita em 2006 –no governo Lula, portanto. 

O episódio ilustra bem o que passa na cabeça da presidente quando o assunto é o sistema de preços. Dilma tem uma visão ideológica do mercado, o que desperta nela uma tendência intervencionista, de conter preços administrados como gasolina. 

A avaliação é partilhada por assessores presidenciais e por conselheiros do ex-presidente Lula. O primeiro grupo enxerga no estilo presidencial uma virtude, na linha de quem busca segurar o apetite de lucro dos empresários e proteger o consumidor.



O segundo grupo considera a estratégia uma política equivocada, que provoca distorções e trará custos pesados para ser desmontada. O debate sobre preços administrados gerou polêmica na semana passada depois que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) admitiu à Folha que o governo dosa os reajustes de preços públicos para não prejudicar o consumidor e garantir o cumprimento da meta de inflação.
Sua fala foi criticada pela oposição e acabou sendo contestada por Guido Mantega (Fazenda), que não quis admitir o que o governo tem feito nos últimos anos ao conter o aumento da gasolina e empurrar para 2015 o das tarifas de energia elétrica. 

Criticado, o discurso de Mercadante reflete o que vem sendo debatido pela cúpula da campanha da reeleição. Em reuniões no Alvorada, Dilma e sua equipe buscam uma vacina contra a tática da oposição de acusar o governo de segurar artificialmente o aumento de preços e jogar a conta para 2015.
A estratégia, definida nas reuniões no Alvorada, vai na linha da fala de Mercadante, que participa dos encontros. O governo e a candidata vão sustentar que o governo adota esta política para poupar o bolso do consumidor em períodos desfavoráveis da economia e não fazer um tarifaço no ano que vem, diluindo os aumentos ao longo dos próximos anos.


DESCONFIANÇA 

Segundo interlocutores, Dilma tem uma "desconfiança do empresariado" e acredita que o governo tem de enfrentá-lo para evitar "lucros excessivos". Foi isso, diz um assessor, que fez o governo fixar uma taxa de retorno muito baixa para as concessões de rodovias -depois foi obrigado a recuar para garantir a realização dos leilões. 

Como, no final, as taxas ficaram próximas do que o governo defendia, Dilma disse que sua visão de apertar o lucro estava na linha correta.
No caso da gasolina, ela é contra repassar para o preço toda a variação cambial, como quer a Petrobras. Para Dilma, o consumidor não pode pagar tudo e a estatal tem de absorver parte do custo. Além disso, ela adotou essa política para conter artificialmente a inflação e evitar que estoure o teto de 6,5%.

Credit Suisse multado por fraude fiscal

Credit Suisse se convirtió en el primer gran banco en dos décadas demandado por el Departamento de Justicia de Estados Unidos, por haber dado asesoramiento financiero a clientes estadounidenses para poder evadir el pago de impuestos bajo la protección del secreto bancario. El segundo grupo financiero del país admitió unas horas después su culpabilidad y es sancionada con más de 2.500 millones de dólares (unos 1.800 millones de euros).

(...) La investigación de Credit Suisse puede servir a partir de ahora como modelo para perseguir el fraude financiero en EE UU. En el punto de mira de los reguladores está también BNP Paribas, el banco más grande de Francia. Como en la entidad suiza, su expediente no está relacionado con la pasada crisis financiera sino por haber permitido sortear el embargo impuesto a países como Irán y Sudán.

"No importa el tamaño de la entidad, será perseguida", concluyó Holder en rueda de prensa, esperando que la reprimenda contra Credit Suisse sirva de aviso para los otros grupos financieros. "Pagarán las consecuencias", remachó, dejando claro que no se hace distinciones tampoco respecto al origen de la entidad. Es la mayor multa impuesta hasta la fecha por un fraude tipo fiscal. También se admite que se están adoptando pasos para modificar su estructura y reforzar los controles internos.


Fonte: El País

Listas: Campeonato com maior número de jogadores na Copa

A relação dos campeonatos nacionais pelo número de jogadores que estarão participando da Copa:

1. Inglaterra = 130 jogadores irão disputar a Copa
2. Alemanha = 100
3. Itália = 96
4. Espanha = 78
5. França = 63
6. Rússia = 43
7. México = 37
8. Estados Unidos/Canadá = 31
9. Holanda = 28
10. Portugal = 27
11. Turquia = 26
12. Japão = 25
13. Irã = 20
14. Brasil = Bélgica = 17

Fonte: aqui

19 maio 2014

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: Cronologia

Esta é uma atualização da cronologia publicada anteriormente

1519 – Publicação da primeira “tradução” do livro de Pacioli em língua portuguesa: Tratado da Prática de Arismética, de Nicolas Gaspar. Entretanto o autor não “traduziu” o capítulo de Pacioli sobre as partidas dobradas.

1624 a 1654 – Invasão holandesa e possibilidade de utilização das partidas dobradas pela primeira vez no Brasil.

1757 –Diccionario do commercio, de Alberto Jacqueri de Sales. É uma adaptação do Dictionnaire universel de commerce, de Jacques Savary des Bruslons (1657-1716). Primeira obra em português sobre as partidas dobradas, mas este fato é altamente controverso.

1758 – Publicação de Mercado Exacto (...) de autoria de João Baptista Bonavie. Neste período, criação das Aulas de Comércio pelo Marquês de Pombal.

Século XVIII  – Ricos contratam professores para ensinar contabilidade para seus filhos e filhas.

1808 – Legislação introduz as partidas dobradas na contabilidade pública

1809 – Primeiro classificado procurando um profissional que entenda de contabilidade

1812  – Primeiro balanço publicado no Brasil. Do Theatro de S João

1831 - Lei 4 de Outubro de 1831 – Organizava o tesouro e adotava as partidas dobradas no setor público. Este item não foi implantado na prática.

1835 -Relatório Ministério do Império insistia na necessidade do país ter um código comercial para disciplinar a economia e impulsionar a criação de indústrias

1850  – Código Comercial - Reconhecimento do profissional contábil. Traz a primeira definição de ativo

Meados do século XIX  – a contabilidade é ensinada junto com as primeiras noções de álgebra.

1860 – “primeira lei das SA” e diversas normas sobre o assunto. O mais importante era o Decreto 2679, a primeira norma mais detalhada sobre a contabilidade no Brasil.

1876  – Criada a Associação de Guarda-Livros

1891 – Criação do primeiro curso técnico no Brasil, na Academia de Commercio, localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais

1892 - Decreto 1166 organizava o ministério da Fazenda

Final do século XIX  – a existência de conselho fiscal impulsiona a atividade de auditoria, inicialmente com empresas nacionais e, no ínicio do século XX com internacionais

Inicio dos anos 1900  – chegada das empresas de auditoria estrangeiras

1906  – Adoção das partidas dobradas na contabilidade pública no Paraná. Logo depois foi abandonado. A seguir, o estado de São Paulo também adotaria o método, quase cem anos depois do primeiro decreto imperial.
1911  – Criação da Revista Brasileira de Contabilidade

1914 – Governo federal adotada as partidas dobradas

1915 – primeiro balanço publicado com parecer de auditoria

1916 – Instituto Brasileiro de Contabilidade  que irá organizar os congresso de contabilidade no futuro

Final dos anos 1910 e 1920 - Primeiro grande escândalo da história contábil

1920  – começa discussão sobre a regularização da profissão de guarda-livros e contadores

1922 – Código da Contabilidade pública

1922  – Imposto sobre lucro (lei 4.625)

1924  – Primeiro congresso de contabilidade

1925 -  instituição do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros

1925 - Instituto Brasileiro de Contabilidade inaugurou o Curso Superior de Contabilidade

1931  – Decreto 20158 ou Lei Francisco Campos que tentava organizar o ensino comercial e regular a profissão. Gerou uma grande reação, que levou ao Decreto 21033.

Anos 30 – Chegada da Hollerich ao Brasil, que representou a automatização de muitas atividades contábeis no Brasil.

1939 – começa o processo de tratamento das demonstrações contábeis à inflação

1946 -O CFC foi criado em 27 de maio pelo decreto-lei 9295

1950 – Lei 1076 ou lei das SA

Década de 50 - A padronização chega ao Brasil, com destaque para a III Conferência Continental de Bolsa de Valores

1954  - III Conferencia Interamericana de Contabilidade. Primeiro evento contábil internacional que ocorreu no Brasil.

1958 – Lei 3470 determina a correção do imobilizado. Diversas normas posteriores tratam do assunto.

1960  - Criação da pós-graduação na Universidade de São Paulo

1962 - Lei de remessa de lucros

1964 - Reforma Administrativa através da aprovação da lei 6.430

1965 - Regulamento do imposto de renda

1967 - Padronização da contabilidade bancária: foi aprovada a Circular 93, da Inspetoria de Bancos

Final dos anos 60 - início do intercambio entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Illinois, dos Estados Unidos.

1972 – Ano da consolidação da auditoria no Brasil. Normas do Banco Central e do CFC estabelece forma de atuação deste profissional.

1976 – Lei 6404. Os computadores começam a se popularizar.

1980 – O Brasil começa a participar de discussões internacionais sobre contabilidade. Programa de mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo começam a titular os primeiros acadêmicos.

1985 – Criação do Siafi na área pública

1986 – Plano Cruzado de combate a inflação. Ao longo dos anos seguintes, diversos planos econômicos foram elaborados com a finalidade de combater a inflação. E a contabilidade cria instrumentos cada vez mais complexos para dar credibilidade, incluindo a correção integral (Instrução 64/87 da CVM).

1994 – Plano Real consegue reduzir a inflação. No período seguinte, o governo proíbe a correção monetária das demonstrações contábeis. A redução da inflação faz renascer a contabilidade de custos no Brasil.

Inicio dos anos 2000 – expande a pós-graduação no Brasil, inicialmente com a criação de diversos programas de mestrado. Em meados deste século é aprovado o segundo doutorado de contabilidade, que serão acompanhados de diversos outros nos anos seguintes.

2005 – Criação do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) através da Resolução 1055 do CFC.

2007 – Lei 11.638: começa a adoção das normas internacionais de contabilidade. O Brasil começa a participar do processo de convergência no Iasb.

Prezado leitor: Com esta cronologia estamos encerrando a série sobre a história da contabilidade no Brasil. Está faltando alguma data? Ajude-nos na atualização desta cronologia. Sugira temas de investigação.

18 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Eike punido?

Com a assembleia de credores da petroleira OGX, marcada pela Justiça para o dia 3 de junho, a derrocada do império X, do empresário Eike Batista, aproxima-se do fim. Ainda haverá outros desdobramentos como o plano de recuperação da empresa naval OSX, a negociação com os credores da holding EBX, ou os problemas operacionais que vem sendo enfrentados pela termelétrica Eneva (ex-MPX), mas é possível que o pior do turbilhão já tenha passado. Com cerca de R$ 15 bilhões de dívidas em recuperação judicial, o rombo deixado pelo homem que já foi o mais rico do Brasil é grande. Não houve quebradeira bancária, como os mais pessimistas chegaram a temer, mas o rastro de prejudicados inclui bancos, fundos estrangeiros, fornecedores e centenas de acionistas minoritários. Os que perderam querem que Eike seja punido. O empresário está sendo alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o acusa de "insider trading" - venda de ações com informações privilegiadas. A multa pode superar os R$ 100 milhões, que seria o lucro obtido com as operações

Fonte: Folha de S Paulo

17 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana

Fato da Semana: Ação da Comissão de Valores Mobiliários.  Esta semana o xerife do mercado atuou contra o diretor financeiro da Petrobras, que divulgou informação sobre reajuste antes do prazo, e tem apertado os membros de conselhos indicados pelo governo.

Qual a Relevância disto?  O papel da CVM é fundamental para que o mercado acionário brasileiro seja encarado de forma mais séria. Punir faz parte deste papel, independente de quem seja. Não podem existir privilégios. A ação da CVM é uma sinalização para os demais participantes: ninguém está acima da lei. É também um sinal de que estamos mudando nosso país.

Positivo ou negativo? Positivo.


Desdobramentos: É um processo longo e demorado. Alguns casos que deveriam ser punidos não serão. Mas que seja feita a justiça no longo prazo.