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03 abril 2014

Listas: As cidades com Maior Risco de Desastre Natural

10. Teerã - Irã
9. Los Angeles - EUA
8. Xangai - China
7. Kolkata - Índia
6. Nagóia - Japão
5. Jacarta - Indonésia
4. Osaka e Kobe - Japão
3. Delta do rio das Pérolas - China (inclui Hong Kong e Macau)
2. Manila - Filipinas
1. Tóquio e Yokohoma - Japão (fotografia)

Fonte: Aqui

02 abril 2014

Rir é o melhor remédio

Do livro "Un libro ilustrado de malos argumentos"

Resenha: Un libro ilustrado de malos Argumentos

Um dos grandes desafios de uma cientista é evitar as armadilhas do raciocínio e dos argumentos. Quando usamos o argumento de autoridade – por exemplo, citando Pacioli em Contabilidade ou Hicks em Economia – é uma forma de reforçar nossas ideias. Mas o argumento de autoridade deve ser usado apelando para uma autoridade pertinente. Na segunda feira, numa aula sobre inflação e contabilidade, uma aluna usou no seu argumento um livro de contabilidade gerencial. Esta é a típica situação onde usamos uma autoridade “irrelevante”. Outra situação é apelar para a “sabedoria ancestral”. Por exemplo, a astrologia era praticada pelas civilizações ancestrais e, por isto deve ser uma ciência verdadeira.

O livro Un libro ilustrado de malos Argumentos apresenta uma série de argumentos ruins que são usados diariamente nas nossas conversas ou nos textos científicos. O livro possui uma versão inglesa e outra espanhola. Em ambos, em cada folha aparece do lado esquerdo um texto explicativo e do lado direito uma ilustração bem humorada onde a argumentação é apresentada usando animais. Isto torna a leitura agradável e fácil de ser entendida. Ao terminar a leitura fica a impressão que cometemos tantos erros de argumentação.

Vale a pena? Como leitura preliminar é um livro interessante. Além disto, a obra é muito didática e pode ser lida gradualmente.

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ALMOSSAWI, Ali. Un libro ilustrado de malos Argumentos. Março de 2014, via aqui

Peso das Demonstrações Contábeis

Recentemente a CVM anunciou que está estudando medidas para redução da quantidade de informações disponibilizadas para os investidores. De igual modo, o Iasb também está analisando medidas que possam reduzir as notas explicativas, a principal culpada pelo grande aumento na quantidade de páginas disponibilizadas para os usuários. Aparentemente os órgãos reguladores parecem que desejam que os usuários tenham menos informação.

Mas parece que realmente existe algo errado com as empresas. A possibilidade de divulgar as informações principalmente na rede social reduz enormemente o custo da informação. Além disto, o “Control C, Control V” estimula que as informações que eram relevantes no ano passado sejam reproduzidas este ano. Mais páginas para os analistas lerem.

Dois aspectos devem ser considerados. Em primeiro lugar, o excesso de informação parece que não ajuda muito a qualidade da análise. Algumas pesquisas já mostraram que aumentar a quantidade de informação não significa, necessariamente, melhorar a qualidade da decisão. Em segundo lugar, o aumento dos números de páginas, num mundo com excesso de informação, não significa que as empresas estão atraindo a atenção dos analistas. Muito provavelmente os usuários não irão ler mais páginas sobre a empresa. Isto tem sido objeto de estudo da economia da atenção. Como o tempo do usuário é constante, sua opção é entre ler páginas maçantes de demonstrações contábeis versus curtir fotografias de amigos numa rede social.

Veja o exemplo da Petrobras: sua demonstração financeira padronizadas possui 118 páginas. Mais 75 páginas do relatório de administração, totaliza quase 200 páginas para conhecer o desempenho da empresa no fechamento do ano. Mas isto não é privilegio de uma estatal: as demonstrações do Bradesco contam com 130 páginas do relatório de sustentabilidade e 146 das demonstrações contábeis.

Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos mostrou que o tamanho do relatório pode indicar mais do que um excesso de informação. Segundo Tim Loughran e Bill McDonald, da Notre Dame, o tamanho da informação contábil pode revelar sobre as perspectivas da empresa. Comparando o tamanho dos relatórios com a volatilidade do mercado, eles descobriram que o tamanho ajuda a entender a volatilidade do mercado. Ter menos informações para analisar faz com que a avaliação da empresa seja feita de forma mais simples e natural.

Leia mais em LOUGHRAN, Tim; MCDONALD, Bill. Measuring Readability in Financial Disclosures. Journal of Finance, 2014. (Uma versão pode ser encontrada aqui. Um resumo menos técnico pode ser encontrado aqui).

Caixa, muito caixa

Uma estimativa feita pela Bloomberg indica que as empresas dos Estados Unidos, exceto as financeiras, possuíam 1,64 trilhão de dólares no final de 2013. Isto representa 12% a mais que o ano anterior, um recorde histórico.

Entre as empresas com maior volume, Apple, Microsoft, Google e Verizon. Ter muito caixa pode ser interessante para uma empresa quando deseja não depender dos empréstimos (e de suas exigências), melhora os índices financeiros, mas atrai investidores ativistas, que tentam forçar a empresa a fazer aquisições arriscadas ou distribuir dividendos.

Mas parte do grande volume de recursos decorre da escolha destas empresas em manter seus recursos líquidos em países com carga tributária reduzida. A mesma Bloomberg informa que o volume de dinheiro das empresas dos EUA fora do país é de 1,95 trilhão, um aumento de quase 12% em relação ao ano passado.

Menos Caixa, menos crime

Uma pesquisa conduzida por uma equipe de economistas e criminologistas mostrou existir uma relação entre dinheiro e crime. Partindo da ideia de que a quantidade de dinheiro em circulação nas ruas é um convite para os criminosos, os pesquisadores procuraram relacionar as duas variáveis. A oportunidade surgiu quando o estado do Missouri adotou um programa de pagamento através de transferência eletrônica através de cartões de débito. A adoção desta forma de pagamento provocou um impacto negativo na taxa de crimes como roubos e assaltos em 9,8%. O programa também afetou o número de prisões, mas não teve efeito sobre os estupros. 

Listas: Países que mais usam "no worries"

A expressão "no worries" está tomando conta da língua inglesa. Os países que mais usam são Malásia, Cingapura e Austrália.

01 abril 2014

Rir é o melhor remédio


Política e Negócios

A discussão recente sobre as péssimas decisões de investimento da Petrobras mostram a estreita ligação entre a política e os negócios. Mas isto não ocorre somente nas empresas do Estado. Este vínculo ficou claro na ascensão e queda do empresário Eike Batista, que se aproveitou dos financiamentos do governo para expandir seus empreendimentos. Talvez não seja exagero em afirmar: “olhe com atenção uma empresa de sucesso no Brasil e você irá enxergar a política (e os políticos) ajudando seu desempenho”.

No Brasil estamos acostumados a ver nitidamente a relação da política (e dos políticos) com o crescimento de empresas. Mas isto não é privilegio nosso. Em 2001, Ray Fisman estudou a conexão existente entre as empresas da Indonésia e o governo local. De 1967 a 1998 mandou no país o presidente Suharto. Durante três décadas, Suharto comandou o país de maneira centralizadora e ditatorial, reprimindo os dissidentes e separatistas. Sob seu comando, a Indonésia apresentou um elevado nível de crescimento. Suharto também enriqueceu pessoalmente, “tendo criado um pequeno círculo de privilegiados” através de monopólios estatais e subsídios.

Fisman observou que quando a vida de Suharto estava em perigo, o valor das empresas próximas dele e de sua família apresentava queda no valor das ações. A razão é simples: provavelmente estas empresas perderiam o acesso ao poder e suas vantagens. Isto recebe a denominação de “crony capitalism” ou capitalismo de compadrio. Este tipo de capitalismo apresenta uma estreita relação entre os negócios e os políticos de um país.

Tudo leva a crer que o capitalismo de compadrio é mais forte nos países mais corruptos e onde a participação do estado na economia é mais efetiva. Mas o capitalismo de compadrio também existe em países desenvolvidos. Uma pesquisa conduzida por pesquisadores estadunidenses mostrou que isto também ocorre nos países desenvolvidos. Para isto, eles usaram a nomeação de Timothy Geithner como secretário do tesouro do governo de Obama. Geithner possuía uma série de conexões com grandes empresas, como o Citigroup. O resultado foi que a ações destas empresas responderam de maneira positiva à nomeação de Geithner. Ou seja, o estudo indicou que as conexões com o poder foram consideradas pelos investidores como um ponto positivo para estas empresas. Exatamente como se espera no capitalismo de compadrio. Exatamente como num “país subdesenvolvido”.

Para ler mais:
Acemoglu, D, S Johnson, A Kermani, J Kwak, and T Mitton, (2013), “The value of political connections in turbulent times: evidence from the US”, National Bureau of Economic Research working paper 19701, December.

Links em inglês que valem a pena

- Em um déjà vu da defesa da Enron “se há crime corporativo, a culpa é da contabilidade”, a MF Global (postamos sobre ela em 2012) está processando a PwC alegando que negligencias contábeis cooperaram para a falência da corretora.

- A Hasbro convidou o público para sugerir novas normas para o jogo de tabuleiro Banco Imobiliário e as regras mais populares se tornarão oficiais. Na chamada, as sugestões são bem insípidas (mães podem ser liberadas da prisão, só é permitido começar a comprar propriedades após a primeira rodada, bla bla) então a The Economist está incentivando seus leitores a apimentarem as sugestões em um espírito que reflita “a realidade de se negociar nos dias de hoje”.

- Uma publicação do conglomerado HSBC em parceria com a PwC para investir no Brasil. O propósito da publicação é “fornecer a investidores estrangeiros uma visão mais ampla do atual ambiente econômico, legal e administrativo a serem enfrentados quando se negociando com o Brasil”.

- Como o Twitter mudou nos últimos anos apresentado em 12 gráficos. “Responder está morrendo, retweeting está em alta, a América do Norte não é mais a maioria, mas a língua inglesa sim”.

Leilão: Sucesso do Sucesso

O tema da discórdia de hoje? Concessão. Discorra sobre o assunto sem maldizer o Partido dos Trabalhadores utilizar os termos "a culpa é do governo", "ano de eleição é assim", "privatização mudou de nome". Bem. Eu não faria isso com os meus alunos e não farei com você, querido leitor. Então vamos afrouxar as regras e começar a postagem.

Antes vamos nos situar. O portal G1 Economia relembrou bem que:
O plano para reduzir as contas de luz entrou em prática em janeiro de 2013 e gerou corte médio de 20% nas tarifas de energia. Para chegar a esse resultado, uma das medidas adotadas pelo governo foi oferecer a renovação de todas as concessões de geração e transmissão de energia que vencessem até 2017. 
Em troca da renovação, as empresas aceitariam receber valores mais baixos pela operação desses empreendimentos, levando, assim, ao barateamento da produção e transporte da energia. 
Como Cesp, Copel e Cemig não aderiram ao plano, o governo pretende levar os empreendimentos administrados por elas a novo leilão. Três Irmãos é a primeira hidrelétrica a ser relicitada pelo governo federal entre esses empreendimentos.
Sobre o leilão da Cesp, saiu no Estado de São Paulo que:
Classificado de "sucesso do sucesso", o leilão da usina hidrelétrica de Três Irmãos [...] pode ser uma amostra do pouco apetite dos investidores, após a aprovação da nova regulamentação federal para a energia elétrica.
Houve apenas uma oferta, que saiu vencedora com uma proposta quase sem deságio. A proposta reduziu em R$ 0,87 o teto de receita anual proposto pelo governo para a licitação, que era de R$ 31.623.036,87. 
Especialistas dizem que, dado o grau de insegurança regulatória e de descapitalização que se instalou após o pacote do setor elétrico, esse desempenho era esperado. Antes do leilão de Três Irmãos, eles já informavam que a tendência era haver poucos participantes. 
E, havendo, o mais provável é que esses seriam de dois tipos: empresas ligadas ao governo federal e empresas privadas com pouca experiência, que cobrariam caro para cobrir o risco elevado envolvido no negócio.
Pouco tempo depois (pouco tempo menos, tipo horas depois de finalizado o certame) o Triunal de Contas da União (TCU) impediu a assinatura do contrato para poder avaliar o modelo de licitação. Isso porque não incluiram a operação do canal de navegação e as eclusas da Usina! As eclusas (imagem abaixo) são como degraus para os navios e, assim, permitem que embarcações subam ou desçam os rios ou mares em locais onde há desníveis. Então, por ser uma via de transporte, o Ministério de Minas e Energia achou válido não incluir no edital da licitação. Bacana, não?


O interessante é que a diretora de novos negócios de Furnas, Olga Simbalista, atribui a falta de concorrentes no leilão exatamente devido ao fato de não terem incluído as eclusas e a operação do canal de navegação... Então foi um sucesso pra quem? Pra Furnas? Para os consumidores? Para o governo?

O Valor acrescentou que, segundo o ministro do TCU, há “receio de grave lesão ao interesse público, diante da indefinição de quem ficará responsável pela operação e manutenção das eclusas e do canal Pereira Barreto, a partir de quando fazendo jus a que remuneração”. Ainda bem que alguem está receoso. Nos conforta.

Esse "novo modelo" foi definido há algum tempo e já se falava dele há mais tempo ainda. A Cesp, atual operadora da Três Irmãos, foi uma das empresas que não aderiu ao programa de renovação antecipada das concessões (a Eletrobras aderiu e culpou a isso o prejuízo também em 2013). Começa o jogo dos leilões. Há de se esperar muito sucesso este ano.

No fim das contas o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romário de Oliveira Batista, falou que o Ministério dos Transportes se mostrou disposto (interessante a escolha de palavras... "disposto") a contribuir para a definição do papel das empresas nesses ativos, algo que deveria ter sido feito antes da licitação. 
Segundo o portal Exame a fala foi:
"O Ministério dos Transportes se colocou a disposição para contribuir para essa redefinição de papeis, porque você sai de um único concessionário que faz os dois serviços, para dois", disse [Romário de Oliveira Batista].
Apesar da pesquisa, ainda não descobrimos (piscadinha) quem classificou o leilão como "sucesso do sucesso", mas acreditamos ter sido uma observação irônica.

Listas: As mais lucrativas e os maiores prejuízos

Os maiores lucros:
Os maiores prejuízos:
P.S. A tabela ficou desatualizada com o prejuízo da OGPar de 17,4 bilhões (divulgado em abril)

Discursos



"Todos os discursos são tolices quando ditos por pessoa sem brilho. Seriam palavras deliciosas se fossem ditos por gente ilustre."

Molière via Blog da Dad

O Beijo


A fotografia mostra o exato momento que dois caracóis se beijam em cima de cerejas. Foi tirada por Vyacheslav Mischenko, na Ucrânia. "Eles podiam ser vistos se inclinando em direção ao outro, em uma tentativa desesperada para beijar"

31 março 2014

Rir é o melhor remédio

America's Next Top Accountant


O Newsbiscuit reportou (com adaptações):

Cantores, atores, dançarinos e estrelas do rock estão formando fila na esperança de ganhar uma vaga no novo reality show, campeão de audiência nos Estados Unidos. O “America’s Next Top Accountant” realizará o sonho de todo americano: se tornar um contador.

“Eu sempre tive este sonho secreto de que algum dia eu poderia trabalhar em alguma área de gestão financeira”, afirma uma empolgada Beyonce, “esse programa de TV significa que há ao menos uma chance dos meus sonhos se realizarem”, acrescentou enquanto praticava freneticamente sua tarefa de auditoria na calculadora e na planilha.

Os participantes têm apenas trinta segundos para impressionar os juízes com conselhos sobre despesas dedutíveis e declarações fiscais. Porém, apenas alguns poucos sortudos seguirão para o “Acampamento Contábil” onde a angústia e a euforia de descobrir quem tem talento para chegar até o fim serão assistidas por milhões de telespectadores.

“Desde que eu era uma criança eu praticava contabilidade no meu quarto...” confessou Adele. “Eu já enviei diversas tabelas com projeções de despesas para grandes empresas, e embora eles continuassem a me rejeitar, sempre acreditei que eu tinha a perspicácia financeira e as habilidades de auditoria para tornar meus sonhos reais”.

“Isso significa o mundo para mim” pranteou Rihanna, após ouvir que não passaria para a próxima rodada. Os juízes foram acusados de serem exageradamente brutais com alguns dos aspirantes a contabilidade. “Você não pode chamar isso de dedutível!” gritou um dos profissionais a uma choramingona Madonna, enquanto rasgava os recibos ilegíveis de algum psicólogo. “Esqueça, querida. Você nunca será uma contadora; você será apenas uma superestrela icônica do rock pelo resto de sua vida!”.

“Eu voltarei no próximo ano e no ano seguinte”, soluçou Madonna. “Eu me agarrarei ao meu sonho até chegar ao topo. Contanto que eu possa compensar a projeção das minhas despesas na pequena empresa do meu parceiro, em uma conta de financiamento fora de balanço em paraíso fiscal... Não... espere… não é bem assim…”

História da Contabilidade: O final dos anos setenta do século XX e a Inflação

Já apresentamos que a correção parcial das demonstrações contábeis no Brasil deve ter mais de setenta anos de história (1). Também mostramos que o índice de correção das informações geralmente era menor que a inflação da economia, caracterizando subestimação do índice usado (2). Este problema, por sinal, será muito debatido na década de oitenta do século passado.

Logo após a aprovação da lei 6.404, no final de 1976, o governo tinha que regular a correção do ativo. Um problema era determinar a correção dos valores dos ativos existentes nas empresas, adquiridos antes da lei. No início de janeiro de 1978 o governo lança uma portaria, estabelecendo os valores da ORTN para os ativos adquiridos antes da lei (3). Assim, para os ativos adquiridos em 1976 o parâmetro seria 1,3. Ou seja, o valor da aquisição seria multiplicado por 1,3. Já para 1968 o parâmetro era de 6,69 e assim por diante. Os valores dados pela portaria são apresentados a seguir:

Como não tínhamos o cálculo da inflação antes de 1939 – o primeiro índice de inflação, da Fipe, começou a ser calculado em fevereiro de 1939, a comparação entre a inflação e o valor da ORTN só pode ser comparado a partir deste ano. Usando o índice Fipe, podemos verificar a variação anual da ORTN dada pela portaria de correção do balanço em 1979 em relação à inflação. Esta comparação encontra-se no gráfico abaixo:

Em 27 anos a inflação da Fipe foi superior a variação da ORTN. Em 12 anos aconteceu o contrário. Ou seja, a variação da correção do balanço esteve abaixo da inflação na maioria dos anos. Mas para certificar se a variação da ORTN era realmente menor que a inflação é necessária verificar a variação acumulada. O gráfico abaixo está apresentando a diferença acumulada. Claramente existe uma diferença entre os dois índices. O gráfico anterior, com a variação anual, mostra que no início da década de sessenta a variação da ORTN foi bastante superior ao IPC da Fipe.



Referências
(1) Sobre a reavaliação, vide esta postagem. Aqui a cronologia da história da contabilidade brasileira. A questão inflacionária antes da lei 6.404 foi tratada aqui
(2) A postagem sobre a correção do imobilizado entre 1939 e 1964 mostra esta subestimação. Vide aqui
(3) O Estado de S Paulo, 14 de janeiro de 1978, p. 21. Para uma análise crítica do problema da subestimação do índice vide o livro de Niyama e Silva, Teoria da Contabilidade, 3ª. edição, 2013, o capítulo específico sobre contabilidade em ambientes inflacionários.

Xadrez

Terminou ontem o torneio dos candidatos de 2013 de Xadrez. Realizado na Rússia, o torneio reuniu oito jogadores que disputavam o direito de desafiar o maior jogador atual, o norugues Carlsen. Num sistema de disputa em que todos jogavam contra todos, o indiano Anand venceu o torneio com 8,5 pontos, obtidos com três vitórias e nenhuma derrota. A seguir o russo Karjakin, com 7,5 pontos.

Antes da penúltima rodada, Anand liderava com o armênio Aronian em segundo. Aronian é também o segundo no ranking do xadrez. Mas a experiência do indiano parece que foi decisiva: enquanto ele assegurava pontos preciosos, Aronian perdia os seus dois últimos jogos.

No ano passado Anand perdeu o título de campeão mundial para o jovem Carlsen. Agora, no segundo semestre, terá a chance de recuperar o título. Apesar de Carlsen ser o melhor ranking de todos os tempos, superando inclusive a Kasparov, Anand já foi campeão do mundo várias vezes e sabe como administrar seu jogo numa situação de tensão. Na disputa de 2013 ele começou pressionando bastante o norueguês Carlsen, que teve bastante dificuldade para se defender. Mas na medida que os jogos avançavam, parece que Anand sentiu o cansaço e Carlsen aproveitou para vencer o match.

Esportes na França

O mapa a seguir apresenta o esporte mais praticado em cada cidade da França:
O verde, que domina o mapa, é o futebol. O tênis, de laranja, no sul e perto de Paris.

Petrobras e TCU

Nos últimos anos, a Petrobras tem travado uma batalha com o TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou em várias auditorias manobras jurídicas, sonegação e atraso de informações por parte da estatal. A Petrobras é a maior empresa do país, cujo plano de investimentos prevê gastos de quase R$ 100 bilhões por ano. São os contratos de obras bilionárias que estão no radar do TCU. A auditoria da polêmica compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, é um dos casos. O autor da denúncia que originou as apurações, o procurador do TCU Marinus Marsico, pediu documentos para fazer a análise da compra em 2012 (Fonte: Aqui)

É interessante que a empresa já chegou a ser premiada como empresa que melhor faz evidenciação de suas informações no mercado de capitais. Isto faz parte, inclusive, de uma questão do livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva. Naquela questão apontava-se a contradição entre a premiação e a posição do TCU, que não obtinha informações da empresa. É certo que são usuários diferentes, mas isto ilustra exatamente a dificuldade de atender a todos os usuários.

Listas: Fashion Capitals

Alessandra Ambrósio na São Paulo Fashion Week
Um novo ranking do Global Language Monitor, empresa do Silicon Valley que funciona como uma consultoria para grandes empresas globais de tecnologia, mostra que São Paulo está crescendo não apenas em sua expansão e número de habitantes, mas também dentro do universo da moda.

Em uma lista com 25 cidades, São Paulo ocupa o 15º lugar e ganha o título de “Rainha Fashion da América Latina”.

Nova York roubou o posto que foi de Londres em 2011 e 2012 e hoje está em primeiro lugar. “Nova York ficou em primeiro por conta de sua relação disciplinada, metódica e, ainda assim, criativa com a indústria da moda”, diz Bekka Payack, do GLM.

[...]

Veja a ista completa:

1 – Nova York
2 – Paris
3 – Londres
4 – Los Angeles
5 – Barcelona
6 – Roma
7 – Berlim
8 – Sydney
9 – Antuérpia
10 – Xangai
11 – Tóquio
12 – Milão
13 – Florença
14 – Madri
15 – São Paulo
16 – São Petesburgo
17 – Moscou
18 – Cingapura
19 – Miami
20 – Hong Kong
21 – Praga
22 – Nova Déli
23 – Cracóvia
24 – Varsóvia
25 – Dallas

O Rio de Janeiro foi classificado em 28o.

30 março 2014

Fazer um blog é um ato de amor

Eu sou uma pessoa que não entende nada de internet e quanto mais tempo on-line passo, menos entendo. Nunca vou conseguir compreender porque uns posts são mais lidos que outros, porque uns blogs são mais lidos que outros etc. Claro que tem a obviedade: um blog sobre poesia croata com análises no original provavelmente terá pouco acesso, um blog sobre celebridades tem mais chances de ultrapassar o limbo dos cem acessos diários – que é basicamente onde grande parte dos blogs se encontra etc. Mas falar além do óbvio, falar que eu posto sabendo no que vai dar é a maior mentira do universo. Na maior parte das vezes em que um post meu causa problema doméstico ou social o que mais tenho vontade de falar é: “Mas eu já disse tanta coisa pior!”.

[...]

Fico pensando nisso quando vejo essa enxurrada de analista de mídias sociais e internet. Tem até um curso na Escola São Paulo ensinando a fazer “blog pessoal”. Conteúdo programático: como preencher o cadastro do blogspot? O que eles fazem? Viram pro “cliente” e dizem “faz isso aqui que é garantido”? Que furada.

Uma das melhores coisas que já me aconteceu foi trabalhar por duas semanas com uma menina que acredita piamente que compreende a internet. Ela pensa isso por ter um site conhecido, muitos seguidores no Twitter, sono e bocejos. Nunca ocorreu a essa pessoa que todo seu imenso sucesso virtual fosse motivado por: 1) O site ser relativamente legal para um certo público e não cometer erros muito brutais tipo não ter link permanente; 2) Acaso. A pessoa realmente acredita que o site bomba porque ela manja e, portanto, podia fazer outro site e ele fatalmente seguiria o caminho do primogênito. Sabe quantas vezes já ouvi falar do site dela depois de pedir as contas? Nenhuma. Parece que até o primeiro site está miando.

O máximo que eu poderia fazer com alguma honestidade seria ensinar para a pessoa humana virtualmente leiga como ela deveria agir caso tivesse pretensão de ser lida por alguém além da família nuclear, ex-namorados e garotas que a detestavam na escola. Porque eu tenho uma teoria de que qualquer blog tem pelo menos trinta leitores. Daí você me diz “Mentira, o Google Analytics me disse que meu blog passou dias sem um só acesso”. Calma, eu disse que você tinha trinta leitores, não que tinha trinta leitores que entravam todo dia, muito menos trinta pessoas que entravam diretamente no seu site, te dando um pageview e um location de graça. Fato é: existem trinta pessoas que sabem o que está acontecendo no seu blog, então, pare com essa lamúria de “caso algum dos meus três leitores não saiba” etc etc porque essa definitivamente é uma frase que integra o Top 100 de Sentenças Mais Chatas e Repetidas da Internet.

Essas trinta pessoas abençoadas são: sua mãe, todos os seus ex-namorados e as meninas (ou meninos) que não gostavam de você na escola (o que pode evoluir para cursinho, faculdade, trabalho, INSS). Não adianta dizer “ah, minha mãe não sabe ligar o computador”. Confia em mim que ela lê. Não se pode entender leitura como um processo linear e integral. Na melhor das hipóteses alguém vai ligar para sua mãe contando, o que significa que indiretamente ela lê o seu blog. Sabe aquele livro “Como Falar dos Livros que Não Lemos?”, de Pierre Bayard? Famílias são especialistas na versão virtual disso aí. Se não confia em mim vai lá e insere no próximo post “Minha mãe é obesa e viciada em rivotril” e me conta em quantos minutos recebeu uma ligação furiosa.

Fazer um blog é um ato de amor ao próximo. Quando você faz um blog dá a essas trinta pessoas uma função social, coisa de que elas muito careciam. O sujeito deixa de ser seu ex-namorado e vira seu leitor. O leitor é o novo ex-namorado.

Nessa parte eu deveria falar o que acho que o cidadão pode fazer para ser lido por meia dúzia de pessoas além de sua família nuclear, mas vai que um dia eu dou aula na Escola São Paulo? A primeira regra do professor moderno é fingir que está ensinando algo que não pode ser encontrado na primeira página do Google.
Já Matei Por Menos, Juliana Cunha

Rir é o melhor remédio



Fonte: xkcd

Brasil: O PS4 mais caro

Não que seja novidade, mas vamos a uma reportagem do WSJ:

The PlayStation 4′s $399 price tag has made it an attractive choice for people in the U.S. But the PS4 isn’t such a great buy in other parts of the world.

In Brazil, Sony's videogame machine is more than four times as expensive as it is in the U.S., according to data from Bloomberg that was compiled by Statista. Bloomberg said the high import fees that Brazil puts on consumer electronics landed the country at the top of the list of most expensive places to buy a PS4. The U.S. and Sony’s home base of Japan are among the least-costly places. The U.K., like many European Union nations, is somewhere in the middle.

–Brian R. Fitzgerald

Blackberry

A Blackberry divulgou os resultados do quarto trimestre de seu ano fiscal nesta sexta-feira 28. A empresa teve prejuízo, mas menor do que o esperado pelo mercado. Apesar dos números negativos, as ações da empresa subiam cerca de 7% pela manhã.

A empresa teve um prejuízo de US$ 423 milhões, número muito melhor que o do trimestre anterior, que foi de US$ 4,4 bilhões de perda. No ano passado, no mesmo período, o prejuízo foi de US$ 628 milhões. O mercado esperava um resultado mais alarmante. As previsões eram de que o rombo na Blackberry fosse de US$ 0,56 por ação. O registrado foi US$ 0,08 por papel.
(Fonte: Aqui)

Mas quando se observa o desempenho ao longo do tempo, a situação da empresa parece realmente crítica. Veja, por exemplo, a evolução do lucro:

A empresa, que era lucrativa até 2012, passou a ter seguidos prejuízos. A evolução da receita também espelha o momento da Blackberry:
A empresa perdeu muito mercado com os smartphones e a concorrência de Samsung e Apple. A reação dos investidores é esperada:
Os investidores puniram a empresa, principalmente a partir de 2011. 

29 março 2014

Rir é o melhor remédio





Fato da Semana

Fato da Semana: Os desdobramentos do caso Petrobras. Isto inclui a descoberta de que existia a informação da opção de compra divulgada na empresa belga e a crítica ao Conselho de Administração.

Qual a Relevância disto? Não resta dúvida que este também é um fato político. Mas tem implicações na contabilidade, conforme comentamos no fato da semana anterior. Os balanços da empresa estão sendo analisados com cuidado.

Positivo ou negativo? Novamente, se o problema for aproveitado para consertar a participação política nos Conselhos de Administração, melhoria nas políticas contábeis e outros aspectos, poderá ser positivo.

Desdobramentos: Parece que acertamos ao dizer, na semana passada, ao afirmar que “a discussão irá aumentar nos próximos dias em razão do conteúdo político. O governo tentará mudar o foco para algum funcionário e a oposição pedirá investigações” . Esta semana poderemos ter a descoberta de “outras” decisões erradas da Petrobras e a tentativa de “esfriar” o debate. Será suficiente para manter a inércia?

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade durante a semana:

1. Uma agência de rating divulgou seu relatório informando que a situação do Brasil piorou. A nota reflete, também, as condições da contabilidade pública brasileira nos últimos meses. A nova nota do Brasil é
BBB-
BBB
BBB+
D

2. O nome da agência que reclassificou a dívida brasileira é
Standard & Poor's
Fitch
Moody´s
CIA

3. Este país possui nos softwares de contabilidade a terceira fonte de divisas, depois de laticínios e turismo
Nova Zelândia
Inglaterra
Austrália
Argentina

4. O Ministério da Fazenda autorizou a renegociação da dívida de 194 bilhões de reais deste banco com o Tesouro:
BNDES
BNB
Banco do Brasil
Bradesco

5. A CVM multou em 1,4 milhão de reais o executivo Índio da Costa, presidente do seguinte banco
Cruzeiro do Sul
Econômico
Excel
Marka

6. Esta entidade soltou uma proposta de alteração de norma sobre evidenciação
Iasb
CPC
Fasb
IFAC

7. A Wal-Mart foi notícia por ter declarado despesas de 439 milhões de dólares referentes a
Investigação de pagamento de suborno
Compras de mercadorias estragadas
Patrocínio de clube de futebol no México
Aquisição de aviões para seus executivos

8. A Petrobrás foi notícia em razão da compra superfaturada de uma refinaria. Isto levantou questionamentos sobre o papel do seguinte conselho da empresa
De Administração
De Auditoria
Fiscal
De Conformidade

9. A Petrobras chegou a ser a 12ª. Empresa em valor de mercado há cinco anos para
120ª
499ª
1200ª
1º.

10. Finalmente, a discussão sobre a divulgação da informação de uma clausula de “put option” sobre a compra de uma refinaria para os executivos foi questionada. Mas a imprensa localizou que esta informação foi divulgada
No site da CVM
Nas demonstrações da empresa belga
No relatório de administração da Petrobras
Na agenda dos executivos

Resposta: (1) BBB-; (2) Standard & Poor's; (3) Nova Zelândia; (4) BNDES; (5) Cruzeiro do Sul; (6) Iasb; (7) Investigação de pagamento de suborno; (8) Administração; (9) 120ª; (10) demonstrações da empresa belga

Se acertou 9 ou 10 = Superior; 7 ou 8 = Médio Superior; 5 e 6 = Médio

Rapidez

A avaliação prévia da situação comercial e financeira da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), para orientar sua compra pela Petrobras, foi feita em prazo de cerca de 20 dias, segundo documento confidencial da própria estatal, datado de 31 de janeiro de 2006. Um procedimento padrão de "due diligence" (como o mercado chama a auditoria realizada para avaliar questões jurídicas, operacionais e financeiras em processos de fusões e aquisições) levaria de dois a três meses para ser concluído.

(...) O documento obtido pelo [jornal] Globo mostra que, após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra, a Petrobras teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias. Assinado por gerentes da área tributária e jurídica da estatal, o texto ainda recomendou a criação de uma cláusula responsabilizando a Astra por qualquer tributo devido em decorrência da reestruturação, para se eximir de possíveis passivos.


Fonte: Aqui

28 março 2014

Rir é o melhor remédio


Validação da Pesquisa em Contabilidade

Quando um pesquisador faz uma pesquisa é razoável imaginar que esta pessoa está tomando todos os cuidados possíveis. Geralmente empregados a palavra rigor. Assim, a pesquisa deve ter rigor científico, para que as conclusões obtidas possam ser aceitas como adequadas. O rigor não se resume a verificar se todos os cálculos realizados estão corretos. Na verdade, existem alguns requisitos que necessitam ser observados durante a investigação científica. Isto passa pela realização de um pré-teste e um teste piloto, onde as incorreções de um questionário possam ser corrigidas. Quando se faz isto, alguns problemas podem ser imediatamente apontados e evitamos encaminhar para que as pessoas possam responder pesquisas incoerentes.

É muito bom que o pesquisador encontre alguém muito criterioso que aponte os problemas que possam existir na sua pesquisa. Este “chato” pode ser o orientador, um colega de turma, um amigo ou um potencial membro da amostra. Os problemas apontados no pré-teste e teste piloto podem ajudar a melhor a qualidade da pesquisa. Três pesquisadoras de Campina Grande fizeram uma avaliação do rigor das pesquisas publicadas nos principais periódicos da área contábil. Elas verificaram seis características: validade do conteúdo, pré-teste, teste piloto, manipulação da validade, confiabilidade e validade do construto. Para cada uma destas formas de validade existem técnicas que podem ser usadas pelos pesquisadores. Roseane Silva, Izabela da Silva e Larissa de Macêdo verificaram se 27 artigos publicados recentemente tinham, por exemplo, o teste alpha de Cronbach, que mede a confiabilidade do instrumento.

Como o trabalho das pesquisadoras foi realizado em periódicos de maior nota segundo a Capes, esperava-se que o resultado mostrasse pesquisas com muito rigor. Entretanto, a conclusão foi decepcionante: somente 22% dos artigos informaram que fizeram pré-teste ou teste piloto; 41% mediram a confiabilidade e 30% tinha a validade do construto. É bem verdade que a ausência de informação de que a pesquisa usou o teste Alpha de Cronbach não significa que não foi calculado. (Algumas pesquisas podem não ter informado esta variável)

Mas a ausência da informação, mesmo que tenha sido realizada, é também uma informação assustadora: neste caso os avaliadores não estariam sendo rigorosos em cobrar a demonstração de rigor no relato da pesquisa.

O texto das pesquisadoras é, portanto, um alerta para que possamos melhorar a qualidade das pesquisas que são realizadas.

LEIA MAIS: SILVA, Roseane; SILVA, Izabela; MACÊDO, Larissa. Avaliação das Características Psicométricas dos Instrumentos de Medida Utilizados nos Artigos Publicados da área Contábil. Pensar Contábil, v. 15, n. 57, p. 34-42, maio/ago 2013

Xadrez

Está sendo realizado na Rússia o torneio para escolher o desafiante ao atual campeão mundial de Xadrez, o norueguês Magnus Carlsen. São oitos enxadristas de altíssimo nível numa disputa de todos contra todos. Aquele que ao final das 14 rodadas conseguir mais pontos será o desafiante. Entre os jogadores temos o segundo melhor rating, o armênio Aronian (fotografia), o ex-campeão Anand, da Índia, o bulgáro Topalov, o Mamedyarov, do Azerbaijão e os russos Kramnik, Karjakin, Svidler e Andreikin. Antes de iniciar a competição, o favorito era Aronian, pelo seu bom desempenho nos últimos meses, quando atingiu o ápice no seu rating. Anand chegou à Rússia depois de uma grande derrota para Carlsen, quando perdeu o título.

Os jogos começam as 6 horas da manhã e podem ser acompanhados pela internet (aqui, mas hoje é dia de folga). Faltam duas rodadas para o término do torneio, que está sendo liderado por Anand, com 7,5 pontos (neste torneio, cada vitória vale um ponto, o empate meio e a derrota zero). O segundo é Aronian, com 6,5 pontos. Com seis pontos, Mamedyarov e Karjakin, com poucas chances.

Pelo desempenho durante o torneio, Anand é o favorito. Ele empatou alguns jogos que poderia ter ganho, mas parece bem mais tranquilo que Aronian. Na disputa entre os dois, Anand ganhou de brancas e empatou de pretas, explicando a diferença atual.

A disputa pelo título deverá ocorrer no segundo semestre.

Está faltando dinheiro...

O gráfico mostra que as reservas internacionais da Argentina está se exaurindo

Quanto custa?


quanto custa o capitão América? Muito, muito caro. Fonte: Aqui

Listas: Bolsas de Valores Antigas

Fonte: Aqui

27 março 2014

OMC e Iasb na UnB

Roberto Azevêdo
Na próxima sexta-feira, 28 de março, às 15h, no auditório da Faculdade de Tecnologia da UnB, o Diretor-Geral da Organização Munidal do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, debaterá questões sobre o Brasil e suas relações internacionais. O diplomata brasileiro foi aluno do curso de Engenharia Elétrica da UnB, ingressou no Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 1984 e esteve à frente das embaixadas do Brasil em Washington (1988-1991) e em Montevidéu (1992-1994). Ocupou cargos de alto escalão no Ministério das Relações Exteriores e desde 2008 é o representante do Brasil na Organização Munidal do Comércio (OMC), instituição que dirige desde maio de 2013

http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=1698
Amaro Gomes
Na terça-feira, dia 1o. de abril, às 19h, no Auditorio do Prédio de Relações Internacionais, a palestra da vez será a do nosso  representante no Iasb: Amaro Gomes. O Prof. Amaro foi aluno de graduação do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília (UnB) e hoje é  representante do Brasil no Iasb (International Accounting Standards Board), principal organismo internacional de emissão de normas contábeis.  É, ainda, mestre em Contabilidade e Finanças pela Lancaster University, trabalhou no Banco Central como chefe do departamento de normas do sistema financeiro, lecionou em cursos de pós-graduação lato sensu da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Brasília. Juntamente ao professor doutor Jorge Katsumi Niyama, é autor do livro "Contabilidade de Instituições Financeiras".

Rir é o melhor remédio


Entrevista com Thomas Piketty



Income inequality moved with astonishing speed from the boring backwaters of economic studies to “the defining challenge of our time.” It found Thomas Piketty waiting for it.

A young professor at the Paris School of Economics, he is one of a handful of economists who have devoted their careers to understanding the dynamics driving the concentration of income and wealth into the hands of the few. He has distilled his findings into a new book, “Capital in the Twenty-First Century,” which is being published this week. In the book, Mr. Piketty provides a sort of unified theory of capitalism that explains its lopsided distribution of rewards.

Eduardo Porter’s Economic Scene column this week discusses Mr. Piketty’s work. Following is the transcript of an email interview he conducted with Mr. Piketty last week, lightly edited for length and clarity.
Q.

Your book fits oddly into the canon of contemporary economics. It focuses not on growth and its determinants, but on how the spoils of growth are divided. In that sense, it reminds us of similar concerns in a book of similar title written 150 years ago: Karl Marx’s “Capital.” What parallels would you draw between the two?
A.

I am trying to put the distributional question and the study of long-run trends back at the heart of economic analysis. In that sense, I am pursuing a tradition which was pioneered by the economists of the 19th century, including David Ricardo and Karl Marx. One key difference is that I have a lot more historical data. With the help of Tony Atkinson, Emmanuel Saez, Facundo Alvaredo, Gilles Postel-Vinay, Jean-Laurent Rosenthal, Gabriel Zucman and many other scholars, we have been able to collect a unique set of data covering three centuries and over 20 countries. This is by far the most extensive database available in regard to the historical evolution of income and wealth. This book proposes an interpretative synthesis based upon this collective data collection project.
Q.

For much of the last century, economists told us that we didn’t have to worry about income inequality. The market economy would naturally spread riches fairly, lifting all boats. Is this not true? Are you arguing that income inequality could grow forever? How so?
A.

History tells us that there are powerful forces going in both directions. Which one will prevail depends on the institutions and policies that we will collectively adopt. Historically, the main equalizing force — both between and within countries — has been the diffusion of knowledge and skills. However, this virtuous process cannot work properly without inclusive educational institutions and continuous investment in skills. This is a major challenge for all countries in the century underway.

In the very long run, the most powerful force pushing in the direction of rising inequality is the tendency of the rate of return to capital r to exceed the rate of output growth g. That is, when rexceeds g, as it did in the 19th century and seems quite likely to do again in the 21st, initial wealth inequalities tend to amplify and to converge towards extreme levels. The top few percents of the wealth hierarchy tend to appropriate a very large share of national wealth, at the expense of the middle and lower classes. This is what happened in the past, and this could well happen again in the future.
Q.

Inequality declined in the so-called industrial world through much of the 20th century. How did that happen? Does this not argue against the notion of ever-increasing inequality?
A.

The reduction in inequality was mostly due to the capital shocks of the 1914-1945 period (destruction, inflation, crises) and to the new fiscal and social institutions that were set up in the aftermath of the World Wars and of the Great Depression. There was no natural tendency toward a decline in inequality prior to World War I. During the 20th century, rates of return were severely reduced by capital shocks and taxation, and growth rates were exceptionally high in the reconstruction period. This largely explains why inequality remained low in the 1950-1980 period.


[...] Thomas Piketty.

Fonte: aqui

Mercadante e o Plano Cruzado


Esse vídeo é hilário. Será que o atual ministro da casa civil é um péssimo economista ou repórter? Fico com as duas alternativas.  Quem quiser saber mais da história pode acessar ler este artigo:




Ou ler este trecho da wikipedia:

O plano começou a fracassar exatamente devido ao desequilíbrio dos preços relativos da economia. Por não equalizarem o valor presente dos preços, muitos produtores que corrigiam seus preços entre dia 1 a 15 do mês, ficaram com o preço tabelado abaixo da rentabilidade desejada ou até mesmo abaixo do custo de produção: algo que ou inviabilizava a venda dos produtos para o consumo, ou levava a uma queda na sua qualidade. Saíram beneficiadas as empresas que reajustaram seus preços nos dias anteriores ao plano.

Como o congelamento não permitiu o ajuste dos preços sujeitos à sazonalidade, houve um desequilíbrio de preços. E como resultado disso, vieram o desabastecimento de bens e o surgimento de ágio para compra de produtos escassos, principalmente os que se encontravam na entressafra (carne e leite) e de mercados oligopolizados (automóveis).

Além desses fatores, alguns economistas apontam o abono concedido ao salário mínimo (aumento real de 16%), e ao funcionalismo público (abono de 8%) como responsável por um aumento do consumo - algo que pressionou ainda mais a demanda, impedida de ser contrabalanceada por um aumento de preços.





Multas

As multas e litígios que os bancos nos Estados Unidos precisaram pagar desde o início da crise chegaram a 100 bilhões de dólares, devido a uma atitude cada vez mais rígida das autoridades, informou nesta quarta-feira o Financial Times.

Segundo uma investigação do jornal, que analisa tanto as multas quanto os acordos amistosos de bancos americanos e de seus rivais estrangeiros, somente no ano passado as entidades liquidaram mais da metade da soma, 52,5 bilhões de dólares.

De acordo com o jornal, isto "reflete uma guinada na atitude das autoridades políticas em relação aos bancos, já que a administração (do presidente Barack) Obama busca apagar a percepção que os banqueiros saíram ilesos" da maior crise econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930.


Fonte: Aqui

Despesa de Investigação

O Walmart, maior varejista do mundo, declarou gastos de US$ 439 milhões nos últimos dois anos para investigar suspeitas de pagamento de subornos no exterior. Segundo o balanço anual da empresa, foram gastos US$ 282 milhões no ano fiscal que foi encerrado em 31 de janeiro de 2014 e US$ 157 milhões no ano anterior. Segundo a Bloomberg, em novembro de 2011, o Walmart denunciou possíveis violações no México para o Departamento de Justiça dos EUA e para a Comissão de Valores Mobiliários do país. De acordo com o relatório divulgado pela companhia, a investigação se estende a outros países como o Brasil, a China e a Índia

Fonte: Aqui

Perguntas de um contador: É operacional? Recorrente? Foram provisionadas? Houve confrontação com a receita?

Carga

O Bank of America (BoA) pagará US$ 9,3 bilhões para pôr fim a ações judiciais do governo americano, que acusa a instituição de querer vender títulos hipotecários "lixo" para os gigantes federais de garantia Freddie Mac e Fannie Mae.

O acordo com a agência que supervisiona os dois gigantes hipotecários federais cobre títulos vendidos pelo BoA, assim como por Countrywide e Merrill Lynch, ambos comprados pelo banco.

Esses títulos foram os deflagradores da crise que explodiu em 2008 nos Estados Unidos. O banco anunciou uma carga de US$ 3,7 bilhões no balanço de seu primeiro trimestre.
(grifo nosso). Carga? Fonte: Aqui

Listas: Os maiores supermercados do Brasil

1. Cia Brasileira de Distribuição = Faturamento 64,4 bilhões de reais, 1999 lojas
2. Carrefour = 34,0 bilhões = 241 lojas
3. Wal-Mart = 28,5 bilhões - 544 lojas
4. Cencosud - 9,8 bilhões, 221 lojas
5. Zaffari - 3,8 bilhões, 30 lojas
6. Condor - 3,2 bilhões
7. Irmãos Muffato - 3,1
8. Supermercados BH - 2,8
9. Sonda- 2,6
10. A Angeloni - 2,3 bilhões

Fonte: Abrasnet

Estoques das imobiliárias

As quatro maiores construtoras do país fecharam o ano passado com um estoque de imóveis avaliado em R$ 14,6 bilhões, em valor de mercado. De acordo com dados de balanços das empresas, MRV Engenharia, Cyrela, Direcional Engenharia e Gafisa acumulavam mais de 25 mil imóveis não vendidos ao fim de 2013.

Apesar do volume em estoque, analistas de mercado afirmam que, após um ano de recuperação, o mercado de construção civil tende à estabilidade em 2014, com as companhias buscando ampliar a rentabilidade e a geração de caixa.

Um dos fatores que mais contribuiu para o aumento do estoque de imóveis foi a diversificação geográfica que muitas construtoras levaram a cabo a partir de 2010. "Pode haver uma superoferta em capitais do Norte e do Nordeste, mas isto está muito longe de ser uma bolha imobiliária", argumenta Odair Senra, vice-presidente de Imobiliário do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Na avaliação de Senra, passou o período de euforia em que todas as unidades de um empreendimento eram vendidas num único fim de semana. "É normal, no lançamento de um prédio, que 50% das unidades sejam vendidas no prazo de seis meses", diz. (...)


Fonte: Aqui

26 março 2014

Palestra

No dia 1o. de abril de 2014 estará fazendo uma palestra em Brasília o representante brasileiro no Iasb: Amaro Gomes. O evento irá ocorrer as 19 horas no Auditorio do Prédio de Relações Internacionais (em frente ao pavilhão João Calmon, Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte).

Rir é o melhor remédio