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23 outubro 2012

Golpe do Boleto

Microempresários que abrem seus negócios em todo o país estão sendo vítimas do "golpe do boleto".

Trata-se de uma ação de estelionato cometida por "entidades-fantasma" que aparentemente dizem assessorar e defender os interesses das empresas. Mas, na verdade, querem tirar dinheiro de crédulos microempresários.

O golpe ocorre da seguinte forma: uma pessoa dá entrada em um escritório ou contador nos papéis para a abertura de uma microempresa ou MEI (Microempreeendedor Individual).

Cerca de duas semanas após o processo, e pouco antes de sair o CNPJ da nova empresa, o empresário recebe em casa boletos de pagamentos com os mais diversos nomes de associações. (foto)

Os boletos dizem que "sua empresa foi registrada com sucesso" e apontam um valor a pagar: pode variar de R$ 399, caso da fictícia AACIEB (Assessoria a Autônomos, Com. e Ind. do Brasil), a quase R$ 500 na "Associação Comercial e Emp. do Estado de São Paulo".

Os nomes são semelhantes aos de entidades reconhecidas e representativas.

Quase sempre a data do vencimento do boleto é iminente (dois ou três dias) e há poucas informações nele. Isso faz com que muitas pessoas corram ao banco para pagar o valor "devido", temendo ficar com pendências ou débitos na nova empresa.

Nenhuma dessas associações existe de fato. (...)

'Empresa-fantasma' dá golpe do boleto em empreendedores - RICARDO FELTRIN - Folha de S Paulo, 22 de outubro de 2012

Pesquisa eleitoral

O instituto Ipsos, um dos maiores do mundo, começou a fazer pesquisas eleitorais 100% pela internet nesta eleição presidencial dos EUA. É uma revolução porque explode os conceitos de amostra probabilística, de intervalo de confiança e de margem de erro. Se fossem feitas no Brasil, estariam proibidas de serem publicadas porque não se adequariam à lei.

“É o futuro”, diz o CEO mundial da divisão de pesquisas de opinião do Ipsos, Darrell Bricker. “Pode demorar, 5, 10 ou 15 anos, mas virá”, prevê a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari. Enquanto isso, no Brasil, os institutos ainda são obrigados a fazer pesquisas eleitorais usando questionários de papel só para os partidos poderem contá-los se quiserem.



Lições de 2012 - José Roberto de Toledo - Estado - 22 de outubro de 2012

22 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


Indicado por Fernanda Gomes, a quem agradecemos.

Auditoria interna

Se na última década o trabalho de auditoria interna ganhou destaque principalmente por questões ligadas a controles financeiros, por conta de legislações como a Sarbanes Oxley, dos Estados Unidos, nos próximos dez anos os profissionais da área deverão se envolver cada vez mais com a gestão de outros riscos a que estão sujeitas as organizações.

E esse envolvimento deve crescer tanto na identificação como na apresentação desses riscos aos conselhos de administração e comitês de auditoria.

A avaliação é de Richard Chambers, presidente do Instituto Global dos Auditores Internos (IIA Global), que está no Brasil para participar hoje da abertura do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Gramado (RS).

"O auditor interno é muito mais eficiente atuando na prevenção do que quando chega depois apenas para apontar quem cometeu os erros", disse ele, em entrevista ao Valor.

Menos "populares" que os auditores externos independentes, que assinam pareceres sobre os demonstrativos financeiros das empresas, os auditores internos servem à própria administração da companhia.

Eles são profissionais com formação variada, o que significa que não apenas os contadores trabalham na função, mas também engenheiros, economistas e analistas de sistemas. O objetivo e escopo de trabalho pode variar bastante de caso para caso, mas costuma estar ligado à asseguração da eficácia de controles e processos, e também à prevenção de riscos, fraudes e corrupção.

Embora tenha 3,5 mil associados, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) estima que 40 mil profissionais atuem nessa área no país.

Chambers listou cinco pontos que ele considera que vão nortear a área de auditoria interna nos próximos anos.

O primeiro deles é reforçar a frequência com que se checa os potenciais riscos das empresas. Segundo Chambers, hoje mais de 80% das grandes empresas fazem esse trabalho ao menos anualmente. Mas ele entende que isso não é suficiente. "Seria como ter uma câmera de segurança que tira uma foto uma vez por dia."

Outro ponto de atenção é melhorar a comunicação com o comitê de auditoria, quando existente, ou com o conselho de administração. "É preciso assegurar que a alta administração esteja ciente dos riscos", afirma Chambers, lembrando da importância de que o auditor interno não se reporte apenas ao presidente da companhia, mas também aos representantes dos acionistas, para garantir independência.

Uma terceira área de desenvolvimento para os auditores internos está ligada ao aumento do uso da tecnologia da informação na análise dos dados. "Usando tecnologia é possível criar filtros para identificar, em questão de minutos, operações suspeitas de lavagem de dinheiro ou para checar se a política de compras está sendo seguida", exemplifica Chambers dizendo que, sem auxílio de sistemas informatizados, algumas dessas tarefas poderiam levar meses ou anos.

Um quarto caminho visto por Chambers para a profissão é que os auditores internos consigam ter um lugar junto da alta administração na mesa de discussões de assuntos estratégicos, como fusões e aquisições ou lançamentos de produtos ou criação de novas linhas de negócio. "O auditor interno devia participar das reuniões não para decidir", diz. "Mas para identificar riscos antes que eles se manifestem."

Como último ponto na lista de prioridades, o presidente do IIA Global afirma que os auditores internos terão cada vez mais que conhecer os segmentos de negócio das empresas em que atuam. Segundo ele, hoje se dedica apenas 20% dos recursos para riscos financeiros, que não exigem essa especialização. A maior parte do tempo e da equipe, portanto, é voltada para riscos operacionais e para "compliance".

Outros temas ligados ao trabalho de auditoria interna são destacados por Renato Trisciuzzi, presidente do conselho de administração da IIA Brasil.

Segundo ele, o tema corrupção vem ganhando espaço, especialmente por causa de legislações mais duras de combate a essa prática nos EUA e Reino Unido.

Trisciuzzi menciona ainda o risco de reputação a que as empresas estão expostas em mídias sociais, algo que é bastante novo no universo das empresas. "O risco de imagem da organização é muito latente", afirma.

Chambers cita outro risco que não estava no radar do auditores externos há cerca de cinco anos, mas que merece atenção: computação em nuvem. "Antes as os bancos de dados estavam nos servidores dentro das empresas. Agora muitas companhias não nem sabem onde estão esses equipamentos", diz ele. (FT)


Auditoria interna renova escopo em leque de riscos - 22 de Outubro de 2012 - Valor Econômico

Nova Conta Movimento


Ontem, o Tesouro repassou para o BNDES mais um empréstimo de R$ 20 bilhões de um total de R$ 45 bilhões previstos para este ano. No ano passado, o BNDES já recebera R$ 55 bilhões.
Essas transferências cumprem a função de suprir o BNDES de recursos oficiais destinados a empréstimos de longo prazo, para viabilizar investimentos das empresas tanto públicas como privadas. Mas não são os únicos repasses do Tesouro a bancos oficiais. O Banco do Brasil deve receber neste ano até R$ 8,1 bilhões, e a Caixa Econômica Federal, outros R$ 13 bilhões - como munição para o crédito e para forçar os bancos privados a reduzir os juros nas suas operações ativas.
Embora decididos com as boas intenções de praxe, esses repasses produzem distorções. A primeira é a reedição da chamada conta movimento. Foi a união incestuosa entre Tesouro e Banco do Brasil que financiou despesas do governo com dívida pública e emissões de moeda. Causou enormes estragos à economia brasileira até ser extinta em 1986, no governo Sarney.
O único ponto positivo dos atuais repasses do Tesouro é o de só poderem ser feitos caso, no resto, o governo cumpra um bom programa de responsabilidade fiscal. Mas, se é uma reedição de práticas condenáveis, está visto que não podem acabar bem.
A segunda incongruência já foi reconhecida pelo próprio presidente do BNDES, o economista Luciano Coutinho. Essa gambiarra fiscal, em que dinheiro público gerado com vento é injetado nas veias de algumas empresas brasileiras, impede o desenvolvimento de um mercado de capitais sadio no Brasil - onde qualquer empresa bem administrada e com um bom projeto poderia se financiar com recursos relativamente baratos para a sua expansão. Quem e qual instituição financeira pode concorrer com o BNDES (ou com o Tesouro) no fornecimento de recursos de longo prazo nessas condições? Esse é o maior obstáculo para o desenvolvimento de um mercado de debêntures, ou seja, de lançamento de títulos de longo prazo pelas empresas. O BNDES sempre fornecerá recursos mais baratos do que o mercado vai cobrar.
No passado, a falta de recursos de longo prazo para financiar o crescimento tinha outras causas - como a inflação alta ou a insegurança criada pelos fundamentos frágeis da economia. Hoje, um dos principais motivos é a ausência de poupança de longo prazo no mercado.
Esse desvio leva a outro: os bancos oficiais acabam por fazer concorrência desleal aos privados, em capitais de investimento e de crédito a prazos mais curtos.
Outro fator negativo é a escolha arbitrária dos campeões dos torneios de crescimento econômico. À medida que passa a deter o monopólio da oferta interna dos capitais de longo prazo e escolhe as empresas que vão desfrutá-los, outros elementos de irracionalidade se instalam na economia. Muitas vezes, eleitos assim designados são as melhores opções de investimento. Transferências de recursos com critérios políticos motivam critérios também políticos de aferição de resultado. E isso já se sabe onde vai parar.
Além disso, nem sempre os financiamentos, sejam de que prazo forem, chegam ao grupo empresarial que deles mais necessita. Ao contrário, muitas vezes a empresa já detém reservas para seus planos de investimento. Mas, uma vez que conta com o beneplácito do governo federal, prefere dar-lhes outra destinação.

Ciência e Comunicação

"Passionate about helping scientists and engineers give outstanding presentations because science not communicated is science not done! Talk nerdy to me!"

Melissa Marshall



Rodízio é bom

Pesquisadores de auditoria apresentaram ao Public Company Accounting Oversight Board evidências onde afirmam demonstrar que a rotação do auditor leva a uma melhor qualidade de auditoria.

(...) Scott Whisenant, professor de contabilidade da Universidade de Kansas, revisou uma série de estudos acadêmicos para o Board que sugerem que o rodízio produzirá benefícios que conselho busca. Ele observou que a maior parte do protesto em torno de rodízio obrigatório, com ênfase nos custos, mas poucos estudos concentram nos benefícios possíveis, já que o rodízio é praticado em alguns poucos países.

O resultado de um estudo de 2000 sugere, disse ele, que no longo prazo as relações entre cliente e auditor aumenta significativamente a probabilidade de um parecer sem ressalvas, o que levanta questões sobre a qualidade da auditoria. A exceção, no entanto, é o último ano do relacionamento, quando a probabilidade de um parecer sem ressalvas cai. "Neste último ano, os auditores finalmente soltar o martelo sobre os clientes", disse Whisenant, sabendo que eles estão prestes a entregar o trabalho a uma empresa sucessora que, sem dúvida irá rever seu trabalho.

Whisenant disse que sua pesquisa mais recente com outro co-autor sugere que em países onde a rotação é praticada há evidências de menor gerenciamento de resultados, menor cumprimento das metas de lucros e reconhecimento mais oportuno de perdas. O estudo conclui a qualidade dos mercados de auditoria melhora após a promulgação do rodízio, ele diz, e as evidências sugerem que as preocupações sobre qualquer interrupção ou dificuldade de transição para uma nova empresa de auditoria são mais do que compensados pelos benefícios. (...)

O presidente do PCAOB James Doty elogiou a "extraordinária variedade de pontos de vista", apresentado pelos acadêmicos.

Fonte: Compliance Week

BVA

Uma das irregularidades mais frequentes cometidas pelo Banco BVA era registrar em seus balanços que havia concedido empréstimos a empresas, mas, efetivamente, os recursos não eram liberados. Fiscais do Banco Central investigam, por exemplo, denúncias de uma construtora que opera no Distrito Federal. O BVA alega ter repassado à empreiteira R$ 49 milhões, financiamento garantido em empreendimentos e terrenos da empresa. Mas nenhum centavo chegou ao caixa da construtora que, apenas em setembro último, fez 69 denúncias ao BC. No entanto, somente 17 queixas aparecem nos registros públicos da autoridade monetária e nem todas são da companhia.

Fonte: Aqui

Isto de certa forma contradiz a postagem anterior, onde se comentava que nenhuma irregularidade contábil tinha sido encontrada.

Controle na Siemens

(...) Para evitar ser novamente vítima de seus próprios executivos, a Siemens criou um método de controle minucioso. Antes do escândalo das propinas, apenas 80 pessoas cuidavam das normas de conduta da empresa em mais de 190 países. Hoje, Giovanini tem 45 profissionais só na operação brasileira (são 600 no mundo). Ele estima que, para montar a estrutura global antifraude, a companhia tenha gasto 1 bilhão de euros só com consultorias.

Mais do que dinheiro, a tarefa exigiu paciência. O primeiro passo foi revisar todos os processos internos. Giovanini comandou um levantamento das competências de cada um dos 10 000 funcionários no Brasil para, em caso de problema, detectar com rapidez a origem e atribuir responsabilidades.

A medida, conceitualmente simples, mas de execução complexa, levou dois anos até ser concluída. “Só a introdução desse tipo de controle já inibe metade dos desvios nas empresas”, diz Humberto Salicetti, sócio da área de controle de fraudes da consultoria KPMG.

Além disso, a companhia investiu em uma série de sistemas para controlar atitudes suspeitas. Um deles, informatizado, impede o registro duplicado da mesma nota fiscal e emite um alerta se alguém tenta alterar a lista de fornecedores — cada mudança tem de ser aprovada pela equipe de Giovanini.

Criou-se também um canal de denúncias anônimas: a cada quatro registros, um se confirma verdadeiro. Um mecanismo adicional garante proteção aos delatores. Quem preferir se identificar ao fazer uma queixa do chefe não pode ser demitido sem a autorização de Giovanini.

Como medida de prevenção, cada funcionário é treinado pelo menos uma vez por ano para saber como agir no trabalho e qual punição para os deslizes. Antes da demissão, existem duas etapas de advertência, de acordo com a gravidade da conduta. Executivos com problemas de fraude na equipe podem ficar sem receber parte ou todo o bônus se não resolverem a situação em seis meses.

Para zelar por essa cadeia, é preciso montar uma equipe de auditoria interna — seja com funcionários próprios, seja com terceirizados de empresas especializadas. No caso da área de compliance da Siemens, todos são próprios.

Embora poucas empresas discutam o assunto abertamente, há sinais evidentes de reforço nesse tipo de controle no país. Um deles é a prosperidade dos especialistas.

(...) Segundo especialistas, torna-se cada vez mais comum que consultores investiguem candidatos a postos executivos — com a solicitação de atestado de antecedentes criminais, busca por processos na Justiça e, no caso da alta administração, na Comissão de Valores Mobiliários, no Tribunal de Contas da União e em agências reguladoras.

Muitas subsidiárias passaram a ganhar atenção especial da matriz, sobretudo em empresas que sofreram algum trauma recente. É o caso da varejista americana Walmart, acusada em abril de oferecer 24 milhões de dólares em propinas em troca de licenças para a construção de lojas no México.


Esquadrão antifraude dentro das empresas - 20 de Outubro de 2012 - Portal Exame
Ana Luiza Leal

Frase

Frase retirada das demonstrações contábeis da empresa Psychic Friends Network, que gerencia um sistema de atendimento de mediuns por telefone:

"Undue reliance should not be placed on the forward-looking statements, because PFN can give no assurance that they will prove to be correct."

Algo como a empresa dizer que não garante as informações contábeis apresentadas.

Impostos sobre o salário

A carga tributária sobre os salários em diferentes países.

21 outubro 2012

Rir é o melhor remédio


BVA

O Banco Central decretou intervenção no BVA. Segundo o Estado, foi a mais "cantada" pelo mercado: rumores já circulavam há meses, nos últimos dias clientes não conseguiam sacar depósitos e atrasos na divulgação das demonstrações contábeis.

Na fiscalização nos últimos meses o Banco Central exigiu provisões adicionais de 150 milhões de reais. O balanço semestral provavelmente teria uma prejuízo de cem milhões. Para cobrir o prejuízo e estar dentro dos parâmetros da Basileia o banco precisaria de um capital de 800 milhões de  reais, segundo a Folha, ou de 600, segundo o Estado.  A Veja chuta 1 bilhão. O controlador pediu dinheiro ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que exigiu contrapartida dos sócios.

Mesmo levantando o dinheiro, o dinheiro talvez não fosse suficiente por uma questão contábil

o dinheiro seria insuficiente para restaurar a credibilidade, abalada, também, pela ausência de balanços auditados em 2012 - o BVA se desentendeu com a auditoria, a KPMG. Depois de muita negociação, os números estavam prontos para publicação na semana que vem.

O BVA possui as seguintes características:

Especializado em crédito para companhias de médio porte, o BVA tem sede na cidade do Rio de Janeiro e detém 0,17% dos ativos do sistema financeiro e 0,24% dos depósitos. A instituição tem sete agências localizadas no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo.

Era um banco conhecido por cobrar juros elevados e por ter uma política agressiva de captação de dinheiro no mercado.

Foi a terceira intervenção em quatro meses, mas ao contrário das anteriores, nenhuma irregularidade contábil foi ainda encontrada.
Após a intervenção, a empresa de rating Austin rebaixou a nota do banco. Já a LF Rating dava grau de investimento para o banco, com nota BBB+, indicando certas fragilidades, mas com capacidade de superação dos problemas de curto prazo. A Moody´s dava nota E, enquanto a Fitch era mais otimista: B-, ou seja, grau especulativo. Em resumo, com exceção da Moody´s, as agências de rating erraram feio, mesmo sabendo que era uma notícia já esperada do mercado.

Os bens dos controladores estão indisponíveis.

Quantos livros você leu em 2012?

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”
Nelson Mandela

“Um país se faz com homens e livros”.
Monteiro Lobato

“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.”
Carlos Drummond de Andrade

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.”
Bill Gates

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.”
Mario Quintana

“Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. (…) Gosto do barulho das paginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: (…) a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.”
Martha Medeiros

Foto: Aqui

Contabilidade: Roupas e Decoração

Eu só tenho postado fotos ultimamente. Mas eu vejo estas coisas e tenho que compartilhar com vocês! Hoje algumas decorações inspiradas em números e na contabilidade.








Fonte: Gravata; Cachecol; Relógio; Abajur; Abacus; Quadro1; Decoração Números

20 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Crianças jogando Banco Imobiliário

Como assim você precisa de uma injeção de liquidez???


Teste da Semana

As perguntas a seguir envolvem fatos que ocorreram na semana. É uma forma de o leitor verificar se acompanhou as principais notícias da área. As respostas estão nos comentários.

1 – O Banco Monte dei Paschi di Siena foi fundado em 1472. É o mais antigo ainda em atividade. Em junho anunciou-se a captação de recursos com o governo italiano. Esta semana ocorreu o seguinte evento com o Banco:

Anunciou-se que iria demitir metade dos funcionários
O principal acionista irá vencer sua participação
Sua nota foi rebaixada para junk

2 – A frase “Nós temos ultrapassados prazos tantas vezes que ninguém mais acredita neles” foi dita:

Pelo presidente do Corinthians sobre a construção do Itaquerão
Pelo presidente do Iasb sobre as normas da entidade
Por Angela Merkel, sobre a crise da Grécia

3 – A terceirização está avançando na contabilidade. Há cinco anos 1% do trabalho das grandes empresas de auditoria era realizado na Índia; hoje são 5% e pode chegar a 20%. A principal razão é

A falta de conhecimento das normas internacionais pelos contadores dos EUA
A falta de fiscalização dos órgãos normatizadores
O custo do contador na matriz é cinco vezes maior

4 – O FASB está tentando lançar uma norma para impairment. Esta semana reconheceu-se que a norma:

É mais complicada do que se pretendia
Está em atrito com as IFRS
Tem um grave erro conceitual

5 – A Competition Commission, que está investigando o oligopólio do setor de auditoria na Grã-Bretanha anunciou esta semana:

A implantação do rodízio nos países que compõe a Grã-Bretanha
Comprovou a existência de cartel no setor
Prorrogação do prazo para conclusão dos trabalhos

6 – Os antigos controladores da Globex (leia-se Casas Bahia) questionaram o Grupo Pão de Açúcar alegando
A saída da direção do herdeiro da família Klein
Inconsistências nas demonstrações da Globex
O parecer com ressalvas da Ernst Young

7 – Alvin Roth, que dividiu o Nobel de Economia, possui uma atividade interessante. Ele é:
Blogueiro
Enxadrista
Técnico de futebol

8 – O fator Brasília diz respeito:

A influência do julgamento do Mensalão sobre os crimes de colarinho branco
A nomeação do novo presidente da CVM
Ao efeito da pressão do governo sobre empresas de setores regulados

9 – 72,5% da participação de Eike Batista nas suas empresas estão no exterior. A razão disto decorre:

Da redução de tributos
Do fato dele ter dupla nacionalidade
Dos investimentos realizados no exterior

10 – Os balanços do BVA de 2012

Foram aprovados pelos auditores
Não foram auditados
Receberam ressalvas

Linguagem corporal, testosterona e cortisol

Contabilidade: Camisetas, canetas e afins


















Fonte: Cafe Press (Há entregas internacionais - leia aqui)

Propagandas antigas de contabilidade

Fonte: Aqui

Fonte: Aqui

Fonte: Aqui

19 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Versão final

Google

O Google surpreendeu o mercado ontem e divulgou seu balanço durante o pregão da Nasdaq, bolsa de tecnologia de Nova York, enquanto investidores aguardavam os números para depois do fechamento. Segundo o resultado anunciado, o lucro líquido da gigante de internet caiu 20,3% no terceiro trimestre em bases anuais e chegou a US$ 2,18 bilhões, ou US$ 6,53 por ação. (...)

Além de ser revelado antes do prazo estipulado pela empresa, o arquivo enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora dos mercados nos EUA, estava incompleto. Logo no começo da nota à imprensa aparecem os dizeres "pending Larry quote" (faltam as aspas de Larry), referindo-se ao comentário que o presidente do grupo, Larry Page, ainda precisava enviar à equipe.

Por causa do engano, a Nasdaq foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, ontem. E, rapidamente, #PendingLarry virou um "hashtag" no microblog. "Alguém no Google já deve estar sentindo falta da cafeteria", comentou um participante sobre o possível culpado. "Que manhã emocionante em Mountain View [sede do Google], ahahahah", escreveu outro.

O Google responsabilizou a editora de balanços RR Donnelley Sons pela publicação antecipada de seu resultado trimestral. Segundo a empresa, a terceirizada enviou à SEC as demonstrações sem autorização prévia.

Para que os números fossem revisados e a divulgação pudesse ser feita de maneira completa - faltou, por exemplo, o comentário de Larry Page. -, a companhia pediu à Nasdaq que a negociação com suas ações fossem paralisadas.

A cotação da gigante de internet na bolsa foi congelada quando os ativos valiam US$ 687,30, em queda de 9%. Ao mesmo tempo, os papéis da RR Donnelley também caíam, chegando a recuar 2,4% por volta das 14h35, quando eram cotados em US$ 10,59.

A RR Donnelley & Sons disse que está "totalmente comprometida" em investigar o que causou a divulgação prematura do resultado. Doug Fitzgerald, porta-voz da empresa, afirmou que a apuração está em curso para descobrir como se deu o ocorrido.

No fim do dia, o Google divulgou seu balanço oficial, incluindo o comentário de Page que faltava no documento anterior. "Tivemos um trimestre forte. A receita subiu 45% na comparação anual e, com apenas 14 anos, já ultrapassamos o primeiro período com receita acima de US$ 14 bilhões. Ao mesmo tempo, as ações voltaram a ser negociadas na Nasdaq. (Com agências internacionais)


Google agita mercado ao divulgar resultado antes da hora, por engano - 19 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Renato Rostás e Nelson Niero | De São Paulo (Via Clipping CVM)

Efeito vencedor

Quando John Coates passou por um período muito bem-sucedido como corretor de valores do Deutsche Bank e do Goldman Sachs, a euforia que ele experimentou foi tão poderosa que ele decidiu investigar o tema. Assim, após 13 anos trabalhando no pregão da bolsa de valores em Wall Street, ele se mudou para os laboratórios de neurociências da Rockefeller University, em Nova York (EUA), e da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

No laboratório, o operador que virou neurocientista se empenhou em descobrir o que aconteceu com seu cérebro quando ele estava mergulhado naquele êxtase. Após vários anos pesquisando estudos feitos com animais e algumas experiências interessantes com a saliva, ele concluiu que a disposição para assumir riscos é motivada por um "efeito vencedor" - um mecanismo hormonal em que cada vitória leva a tomada de mais riscos. "O êxtase era mais poderoso que qualquer coisa que já sentira", disse Coates em uma entrevista concedida durante uma conferência médica em Londres, descrevendo a experiência de conseguir lucros enormes e grandes bonificações em alguns dos maiores bancos do mundo.

Outros especialistas em psiquiatria e neurociências presentes na conferência afirmaram as consequências de um "efeito vencedor" que foge do controle podem levar algumas pessoas a se tornarem políticos corrompidos, ditadores cruéis e até mesmo cirurgiões que gostam de 'brincar de Deus' nos hospitais. "Você fica eufórico, iludido, passa a dormir menos, ter pensamentos competitivos e um maior apetite pelo risco. Basicamente, você se transforma em um negociador sem escrúpulos", diz Coates.


Depois que publicou os primeiros estudos científicos que exploram esses traços presentes nos operadores do mercado, Coates diz que foi procurado por pesquisadores que analisam políticos, soldados e até mesmo esportistas. "Conforme as pesquisas avançavam, ficou claro que estávamos indo além de estudar a biologia da tomada de riscos no mercado financeiro, estávamos estudando a biologia de todos os tipos de tomada de risco", disse


Com as evidências das consequências extremas do "efeito vencedor" - operadores que partem para falcatruas e quebram bancos inteiros, líderes políticos corrompidos pelo poder e que tratam seus subordinados com crueldade ou soldados que se transformam em máquinas de matar -, Coates está indo mais fundo. "Quando você vê essa transformação ocorrendo nas pessoas, vê que elas começam a se portar como senhores do universo. E não se trata de um processo cognitivo. Não se trata nem mesmo de ganância. É mais a sensação de consumar o poder, uma sensação de que você está dominando o mundo."

Coates diz que ficou muito impressionado com o fato de que quase todos os estouros envolvendo mais de US$ 1 bilhão - do tipo que sacode as estruturas de um banco - foram obra de um operador que se encontrava no fim de um período de resultados excepcionais. "Uma sequência de vitórias parece estimular uma tomada de riscos excessiva", diz.

Intrigado e na ânsia de aplicar sua experiência anterior em sua função de pesquisador em neurociências, Coates pediu a alguns ex-colegas da City de Londres que concedessem a ele algum tempo e um pouco de saliva. Ao longo de oito dias úteis consecutivos, pesquisadores colheram amostras de saliva de 17 operadores do sexo masculino, de manhã e à tarde, para medir os níveis de testosterona durante o dia de trabalho.

Os resultados foram reveladores. O nível diário de testosterona esteve significativamente mais alto nos dias em que os operadores ganhavam mais dinheiro do que a média mensal em um mês. E no período da manhã, quando eles estavam com os níveis de testosterona elevados, seus lucros eram significativamente maiores do que quando os níveis de testosterona estavam baixos. Essas constatações refletem estudos parecidos feitos com animais que também já constataram o "efeito vencedor" entre machos que brigam por território ou por uma parceira, por exemplo.


Segundo Coates, elas também mostram que a decisão de assumir riscos pelos humanos é psicológica e não apenas uma atividade cognitiva. "Há na economia a crença de que andamos por aí com um supercomputador em nossas mentes, que não é afetado pelo corpo e tem a capacidade de calcular os retornos, as probabilidades e a alocação ideal de capital", afirmou. "Mas é claro que a ciência não dá suporte a isso."


As observações feitas por Coates na conferência encontraram respaldo nas de outros participantes. O evento reuniu psiquiatras e neurocientistas para examinar o fenômeno do excesso de confiança na vida pública - em outras palavras, o que leva as pessoas com poder a se tornarem corruptas e se comportar de maneira arrogante e destrutiva. Nassir Ghaemi, professor de psiquiatria da Tufts University, de Massachusetts, disse na conferência que desordens como a depressão podem frequentemente auxiliar líderes políticos, econômicos e militares em tempos de crise, porque os depressivos são mais compreensivos, são mais autocríticos e mais realistas em relação ao mundo que os cerca.

Coates sugere que o que dá errado no caso dos operadores mal intencionados é que o mecanismo hormonal que está por trás do "efeito vencedor" se torna patológico, alimentando a "exuberância irracional" e a tomada excessiva de riscos. Ele também disse que não basta os comentaristas e analistas simplesmente observarem os erros. Eles devem exigir estudos científicos adequados que possam fornecer respostas conclusivas sobre o que deu errado. "O que estou descrevendo são dados científicos negligenciados", disse.

A hipótese de Coates é que num certo nível de aumento da testosterona, a tomada de risco efetiva gradualmente se transforma em uma onda biológica de comportamento de risco excessivo. Se este for o caso, é preciso mudar a maneira como os operadores são monitorados. "O problema com os bancos é que seus sistemas de gerenciamento de riscos e planos de remuneração estão ampliando essas ondas biológicas, quando deveriam fazer o contrário. Em vez de sempre aumentar os limites de risco de operadores que acumula vitórias, eles deveriam limitá-los ou mesmo dizer a eles para liquidar suas posições e tirar três semanas de férias até reequilibrar os hormônios", afirma. (Tradução Mario Zamarian)

O "efeito vencedor" e o perigo de perder tudo depois de ganhar muito - 18 de Outubro de 2012 - Valor Econômico - Kate Kelland | Reuters, de Londres (via CVM Clipping)

Nota

O Banco Monte Paschi, conhecido por ser o mais antigo banco do mundo, teve sua nota cortada pela Moody para "junk", diante da possibilidade material que a entidade teria que necessitar de recursos.

"Given the weak growth prospects for Italy's economy and the EU operating environment, there is a strong probability that the bank would not be able to generate sufficient capital internally to maintain regulatory capital levels,"

A queda na nota poderá forçar o Monte Paschi a ter mais dificuldades em obter recursos, informou o The Telegraph.

Joint Ventures

A julgar pelas notícias na imprensa especializada em negócios, a convergência das práticas de contabilidade no Brasil às normas do IFRS, no que diz respeito a consolidação de balanços corre riscos de distorções. O fio indutor das possíveis distorções, como não poderia deixar de ser, tem em sua origem uma disputa entre as partes diretamente envolvidas de como divulgar os resultados consolidados quando os negócios estão desenhados sob o formato jurídico de joint ventures. (...)

As mudanças em curso sobre as práticas de consolidação de balanços nas sociedades constituídas sob "joint ventures", ao meu ver, proporcionam muito mais clareza na evidenciação dos resultados. Agora, dizer que a opção por um modelo de negócio, num dado formato, por sua vez com direitos e deveres entre as partes formalizados em um contrato, depende de como as práticas contábeis evidenciam o seu resultado, merece ser visto com cuidado. (...)

o que está em jogo não é a prática contábil influenciando o modelo de negócio, mas, a impossibilidade de "evidenciar" /divulgar ao mercado grandes valores de faturamento etc, bem como indicadores de "desempenho superiores". Ao que parece, as manifestações catastróficas [muito ao gosto dos agentes mercado quando contrariados em suas práticas e/ou interesses], não tem razão de ser. Por fim, o mais interessante é que, apesar de o texto ser equivocado em seu conteúdo, abre espaço para investigar e promover uma ampla discussão sobre dos benefícios ou não para os agentes de mercado em relação às práticas contábeis adotadas, especialmente aquelas que afetam os valores nas demonstrações contábeis divulgadas.


O uso do cachimbo deixa a boca torta ... - Lauro Brito de Almeida

Ciência 2

A revista científica britânica "Nature", uma das mais importantes do mundo, destaca em sua edição de hoje as mudanças que estão afetando a geografia da ciência.

Segundo o periódico, novas redes regionais de colaboração entre cientistas estão aumentando a capacidade de pesquisa de países de economia emergente, entre eles o Brasil, e mudando o equilíbrio global da ciência.

As superpotências da área, os EUA e a Europa, que vêm dominando a pesquisa desde 1945, podem perder a primazia nas próximas décadas, afirma a "Nature". (...)

Segundo a revista, o Brasil possui uma emergente rede de pesquisa na América Latina. A despeito da diferença linguística, o país dobrou sua colaboração científica com Chile, Argentina e México nos últimos cinco anos.

Na edição da "Nature", há também um texto do diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, em que ele apresenta números robustos da ciência nacional: 35 mil artigos científicos no ano passado, levando o Brasil à 13ª posição mundial no número de publicações.

Contudo, o país ocupa apenas a 35ª posição no ranking de impacto da pesquisa. "Durante uma fase do desenvolvimento científico, é importante enfatizar a quantidade da produção, mas já atingimos um estágio em que devemos incluir na agenda a questão do impacto", disse Brito Cruz à Folha.

A média de citações de artigos de cientistas brasileiros (principal medida de sua importância para a comunidade científica) em 2011 foi 65% da média mundial. Pior, é a mesma proporção de 1994. O número já foi 75% em fins da década de 2000.

Brito Cruz propõe que o governo desenvolva um plano de apoio a algumas universidades, que as coloque entre as cem melhores do mundo em uma década. "Deve haver uma concertação nacional, em nível federal e estadual, para montar um plano de programa de excelência para algumas universidades."

Para ele, esse programa deve prever "uma autonomia real para as universidades federais, um sistema totalmente baseado no mérito, um plano agressivo de internacionalização e um sistema mais rigoroso na seleção de alunos e pesquisadores".

"Não adianta só ter dinheiro, as melhores universidades precisam ter os melhores alunos e professores", diz.


Folha de S Paulo

Ciência

Um artigo de Marcie Rathke, foi provisoriamente aceito para publicação em Advances in Pure Mathematics. O texto continha sentenças ligadas pelo uso de fórmulas matemáticas.

A curiosidade é que o artigo foi criado por um programa chamado Mathgen, que gera, de maneira aleatória, sentenças, fórmulas técnicas, dentro da estrutura convencional de um artigo científico. Mas sem nenhum sentido...

O criador do Mathgen já tinha feito algo parecido para ciência da computação, tendo o artigo sido aceito para publicação em congressos acadêmicos.

Fato da Semana


Fato: A divulgação atrapalhada do Google

Qual a relevância disto? – A empresa Google (onde está hospedado este blog) é sinal de eficiência. É para muitos o ideal de uma empresa. Mas as trapalhadas da divulgação do resultado foram tantas que mostram que a Google é uma empresa “normal” como as demais. As demonstrações deveriam ser divulgadas após o fechamento do pregão, mas por um erro foram apresentadas durante do pregão. Pior, de maneira incompleta, com comentários no texto. Além do resultado abaixo do esperado, os erros na evidenciação também ajudaram a derrubar o preço da ação da empresa.
O fato chama atenção para o cuidado que se deve ter no processo de evidenciar uma informação. Erros como os cometidos pela empresa são danosos para sua imagem.

Positivo ou negativo? – Para a empresa, sem dúvida nenhuma foi negativo. Para as empresas e a contabilidade, o fato pode ser positivo ao destacar a relevância da boa evidenciação.

Desdobramentos – A imagem da empresa deverá ser recuperada rapidamente. Mas ficará na história de como não se deve fazer. 

Frase

"E nós queríamos testar "pessoas de verdade" e não apenas estudantes (apesar deu ter descoberto que estudantes não gostam de ouvir que não são pessoas de verdade)."

"And we wanted to test “real people” and not just students (though I have discovered that students don’t like to be told that they are not real people)."

Dan Ariely


ICMS

Qual reforma tributária?
O Estado de S.Paulo - Editorial, 16/10/2012

Empresários e contribuintes em geral gostariam muito de acreditar na afirmação do ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, de que "a reforma tributária já começou e está caminhando". De que é urgente uma reforma extensa e profunda de nosso sistema de impostos, contribuições e taxas, ninguém que conheça o assunto parece discordar, como deixaram claro os participantes do seminário Como avançar na agenda da tributação, promovido pelo Estado e pela Agência Estado, com o apoio da Confederação Nacional da Indústria. Afinal, há muito tempo a complexidade do sistema tributário - que impõe despesas administrativas extraordinárias às empresas - e o alto peso dos impostos - que onera demasiadamente os custos de produção no País e continua a crescer - retiram competitividade dos produtos brasileiros e retardam o crescimento. Ainda que ela esteja em curso, no entanto, de que reforma falou o ministro interino, em entrevista ao Estado (11/10)?

Quando autoridades, empresários, tributaristas e outros contribuintes discutem a reforma tributária, o único ponto com o qual todos concordam é quanto à sua necessidade e urgência. É preciso fazê-la o mais depressa possível. Por isso, governos vêm anunciando projetos de reformas tributárias praticamente desde a promulgação da Constituição de 1988.

[...]E por que, embora tão defendida, a reforma tributária pouco avança? A reforma não sai porque quem mais está falando em fazê-la, isto é, o governo federal, não é dono do principal imposto a ser reformado, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de natureza estadual, observou o economista Raul Velloso. "O dono do ICMS são os governadores, que não querem perder receita."

Criado como um imposto de valor adicionado, o ICMS foi sendo desfigurado e hoje, como observou Panzarini, é "o grande protagonista do manicômio tributário brasileiro". É ele que gera a guerra fiscal entre os Estados, a guerra dos portos (uma forma específica da guerra fiscal) e a guerra do comércio eletrônico. A toda iniciativa de mudança nas regras do ICMS os governadores reagem com desconfiança, pois temem que seus Estados percam receitas e outros ganhem.

[...]Diante da imensa dificuldade para chegar a um projeto abrangente que tenha apoio político suficiente, o governo Dilma tem optado por medidas pontuais, entre as quais o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, apontou a desoneração da folha de pagamentos de 20% da contribuição previdenciária. Outras ainda estão em estudos, como a simplificação das regras do ICMS e do PIS/Cofins, mas poderão ficar para 2014, para evitar perdas de receitas em 2013, quando a economia brasileira ainda deverá estar se recuperando da crise.

Tem havido alguns poucos benefícios para o setor produtivo, e outros poderão surgir futuramente, mas as empresas continuam envolvidas por um cipoal de normas tributárias que afetam seus negócios e seu crescimento - e, com mudanças a conta-gotas, assim continuará por muito tempo.

18 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Desculpe, mas esta noite, o terno é obrigatório.

Fonte: Aqui

Professor, revisa a minha nota?

Eu sempre falo deste vídeo para as pessoas. Vi em uma postagem antiga do Professor David Albrecht. Não foi ele quem fez, foi encontrado no YouTube. Está sem legendas.

Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^



Os mais ricos da história

Esta é um daquelas listas que você olha com grande desconfiança: o problema é como colocar a riqueza de uma pessoa que viveu no passado em termos do dinheiro de hoje. Alguns dos bilionários a seguir viveram em uma sociedade pouco desenvolvida em termos de mercado. Outro aspecto é que a riqueza varia com o passar do tempo: o ponto de escolha onde a riqueza foi medida.

Deixando de lado estes aspectos, eis a lista:

#1 Mansa Musa I – $400 Billion
#2 The Rothschild Family – $350 Bilhões
#3 John D. Rockefeller – $340 Bilhões
#4 Andrew Carnegie – $310 Bilhões
#5 Nikolai Alexandrovich Romanov – $300 Bilhões
#6 Mir Osman Ali Khan – $230 bilhões
#7 William The Conqueror – $229.5 Bilhões
#8 Muammar Gaddafi – $200 Bilhões
#9 Henry Ford – $199 Bilhões
#10 Cornelius Vanderbilt – $185 Bilhões

Mais um blogueiro

Depois que um blogueiro recebeu o Nobel de Economia, mais uma novidade:

O prof. Lauro Brito, da UFPR, está postando textos inéditos no blog Oficina de Serviços, Análises e Estudos em Gestão Econômica. Vale a pena acompanhá-lo.

Iasb e a Convergência

O presidente do International Accounting Standards Board emitiu uma avaliação mordaz do progresso na realização de reformas urgentes, dizendo que os repetidos atrasos abalou a fé das pessoas na capacidade da entidade em cumprir prazos.

Hans Hoogervorst disse (...): "Nós temos ultrapassados prazos tantas vezes que ninguém mais acredita neles."
Mais

Sr. Hoogervorst - que herdou as reformas inacabadas e sinalizou um fim à preocupação com os EUA - também acredita que o conselho precisa fazer uma melhor investigação antes de lançar projetos. (...)

O ex-ministro das Finanças holandês fez seus comentários sinceros durante uma reunião do conselho do IASB como ele apresentou planos para uma revisão do pensamento geral que sustenta seu trabalho, conhecido como seu "quadro conceitual". (...)


Eis uma opinião sincera sobre os problemas das normas internacionais. Fonte: financial Times

iPhone e a Economia

O Wall Street Journal (via aqui) mostra a estimativa de crescimento da economia dos EUA, comparando a taxa esperada pelos economistas e o valor real:

Junho de 2009 - lançamento do iPhone 3GS - crescimento esperado = 0,5%; crescimento real = 1,22%
Junho de 2010 - lançamento do iPhone 4 - crescimento esperado = -0,3%; crescimento real = 0,3%
Outubro de 2011 - lançamento do iPhone 4S - crescimento esperado = 0,1%; real = 0,93%

Será que o lançamento de um novo modelo de iPhone tem influencia sobre a economia? Aparentemente sim e não somente nos EUA.

Este fim de semana passado, a China registrou um surpreendentemente forte aceleração das exportações graças a um par de itens não recorrentes .
"Acreditamos que o lançamento do iPhone 5 foi a principal causa por trás do súbito crescimento da atividade de comércio de Taiwan com o continente", escreve Wei Yao, economista do Societe Generale

Mais sobre o Nobel

Postamos aqui um mapa sobre o Prêmio Nobel. Segue mais uma versão interessante e diferente via Contabilidade e Métodos Quantitativos:





17 outubro 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte:  Aqui

Confiança e Inovação

Algumas pessoas são mais confiantes que outras. O excesso de confiança pode ser ruim quando as pessoas tomam um risco muito acima do que seria o desejável. Estes indivíduos podem levar empresas à falência e são responsáveis pelas bolhas que resultam nas crises do mercado.

Mas pessoas com baixo nível de confiança tendem a evitar riscos. E o processo de inovação depende, basicamente, de riscos que são assumidos nas situações onde os outros seres humanos são descrentes.

De uma maneira geral acreditava-se que os grandes inovadores, como Steve Jobs, fossem excessivamente confiantes. Uma pesquisa publicada no Journal of Finance mostra que esta relação é realmente verdadeira. Três pesquisadores tiveram que ser criativos em mensurar “confiança” e “inovação”. Como para realizar a pesquisa eles usaram presidentes de empresas, a inovação foi medida de maneira indireta pelo número de patentes registradas por sua empresa. Já para medir a confiança foram usadas aproximações: as opções e a cobertura da imprensa.

Durante dez anos, a pesquisa acompanhou os presidentes e constatou que empresas com executivos mais confiantes possuem maior volatilidade; mas, por outro lado, estas empresas são mais inovadoras, obtendo mais patentes.

Em outras palavras, a confiança excessiva ajuda os executivos a explorar as oportunidades de crescimento.

Para ler mais: Are overconfident CEOs better innovators? – David Hirshleifer, Angie Low e Siew Hong Teoh. Journal of Finance, agosto de 2012, p. 1457 a 1498

Terceirização na Auditoria

Uma reportagem da Reuters (Analysis: As more U.S. audit work moves to India, concerns arise, Dena Aubin e Sumeet Chatterjee) chama a atenção para a dependência, cada vez maior, do trabalho realizado na Índia para a auditoria das demonstrações contábeis de empresas dos EUA. Há cinco anos, 1% do trabalho era realizado na Índia; hoje o percentual é de 5%. Isto significa 22 mil pessoas empregadas.

A razão do aumento da terceirização é o custo: na Índia um salário de dez mil dólares é considerado razoável; na matriz o valor é cinco vezes maior.

As empresas dizem que este trabalho dos funcionários indianos é fiscalizado e analisado. E que a qualidade do trabalho é mantida. Os centros fazem de conferência até consultoria tributária. Mas a Price, uma das empresas que usam os indianos, afirma que são terceirizadas somente tarefas padronizadas, nenhuma das quais envolve o julgamento do auditor. Esta empresa pretende atingir a 20% o trabalho realizado nos centros terceirizados. A Deloitte também declarou a mesma coisa.

O presidente do PCAOB, entidade que fiscaliza as empresas de auditoria, reconhece que a terceirização ajuda na eficiência.

Dança das Cadeiras

A tabela mostra a alteração dos auditores dos quatro maiores bancos chineses. Observe que dos quatro bancos, a Price detém a conta de dois deles agora; a Deloitte já não faz mais auditoria de nenhum dos grandes bancos. A última coluna mostra que os valores pagos reduziram.

Música

Acima, a partitura da obra 4´33´´, de John Cage. Custa US$5,95. Para quem não conhece esta obra de Cage, eis um resumo:

A partitura de 4'33" contém três movimentos em que o músico não deve executar nenhuma nota em seu instrumento. Após a entrada no palco e os aplausos, o músico deve colocar-se em posição de execução e permanecer assim durante toda a duração da obra (quatro minutos e trinta e três segundos).
Questionando o paradigma da música ocidental, que explicava a música como uma série ordenada de notas, ou o que se esperaria de um concerto normal, Cage se voltou para outras concepções de música. A peça não pode ser chamada de silent piece, pois a música ouvida na hora foi o ruído do teatro. Segundo a concepção oriental de música pesquisada por Cage, esta seria o som ao qual se presta atenção.

Alguém compraria esta partitura?

Impairment

No ano passado, o Financial Accounting Standards Board criou um teste preliminar para simplificar o processo de determinar uma baixa de ágio. Como muitas empresas estão descobrindo, no entanto, o teste pode ser complicado, envolve cálculos complexos e requer trabalho adicional.

Fonte: aqui

Bancos

Um tema recorrente entre os políticos na arena bancário são as regras contábeis utilizadas para créditos de liquidação duvidosa em bancos. Os mercados estão claramente preocupados com isso: o valor de mercado dos bancos é menor do que o valor dos ativos na contabilidade. É a evidência de uma falta de confiança sobre o verdadeiro valor dos bancos.

O problema? As regras atuais não permitem aos bancos fazer previsões sobre suas perdas futuras e conta apenas para as perdas que tenham incorrido. (...)

Então, se os políticos estão falando sobre o problema, é hora de, talvez, para que algo seja feito a respeito.


Fonte: Guardian

Auditoria na Inglaterra

A Competition Commission, que está investigando o setor de auditoria na Grã-Bretanha, prorrogou o prazo de termino dos trabalho para janeiro. Não foi anunciada a razão.
Esta comissão está investigando se as Big Four (KPMG, Deloitte, PricewaterhouseCoopers and Ernst Young) estão restringindo a competição no mercado de auditoria.

Documentos preliminares foram divulgados há dias sobre o papel do presidente do comitê de auditoria na indicação das empresas. A implantação do rodízio também tem sido considerada pelo Competition Commission.


Inconsistências

O Grupo Pão de Açúcar esclareceu nesta terça-feira (16/10) que não existiram inconsistências ou erros nas demonstrações financeiras de Globex Utilidades - atual Via Varejo.

Tal posicionamento reflete as declarações da família Klein, antiga dona das Casas Bahia e proprietária de quase metade da Via Varejo, e de seus assessores de que poderiam existir "inconsistências" nos balanços da Globex usados na ocasião da fusão das empresas. (...)

Segundo a companhia, as demonstrações financeiras da Via Varejo são auditadas pela Ernst Young.


Fonte: Aqui

16 outubro 2012

Ainda o Nobel

O Prêmio Nobel de Economia foi concedido aos americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley por seus trabalhos sobre a melhor maneira de reunir partes diferentes para seu benefício mútuo. Um trabalho que serviu de base teórica para eventos como "speed-dating", que visam facilitar a escolha de um par amoroso, e para a distribuição de vagas em escolas de ensino médio.

O prêmio, dado pelo Riksbank, o BC da Suécia, foi para os acadêmicos por sua obra teórica abstrata e por seu empenho em tornar as descobertas relevantes na prática.

Ao premiar uma área da economia distante da discussão macroeconômica sobre crises, austeridade e política fiscal, a comissão do Nobel se esquivou à possibilidade de tomar partido nesse debate.

Em vez disso, a decisão reflete a tradição de definir uma área importante de estudo e premiar vários de seus expoentes, mesmo que jamais tenham trabalhado juntos.

O professor Shapley, de 89 anos, da Universidade da Califórnia, campus de los Angeles, recebeu sua parte do prêmio por seu trabalho sobre a teoria dos jogos de cooperação, em especial sobre o método de encontrar parcerias estáveis entre pessoas ou grupos, segundo as quais nenhuma das partes preferiria negociar ou lidar com alguém a não ser seu parceiro atual, em área em que as normas simples do mercado não são adotadas.

"Eu me considero um matemático, e o prêmio é de economia", disse à agência de notícias Associated Press. "Nunca, nunca na minha vida fiz um curso de economia."

O professor Roth, de 60 anos, da Universidade Harvard, empregou os resultados de Shapley em experimentos de laboratório e práticos para combinar médicos com hospitais, doadores de órgãos com pacientes e alunos com escolas.

Para a maioria dos mercados, a distribuição de produtos de oferta limitada - aparelhos de TV, feijão cozido ou laranja, por exemplo - a uma demanda quase ilimitada é solucionada pelo mecanismo dos preços. O preço equipara a oferta e a demanda, mas, em várias áreas, não há mercado para distribuir outros produtos escassos.

Encontrar a melhor maneira de distribuir alunos entre as escolas, quando não há cobrança de mensalidade ou ela é limitada, ou órgãos aos que necessitam de transplantes, quando leis baseadas na ética impedem uma transação monetária, é muito mais difícil.

O professor Shapley empreendeu um trabalho teórico sobre resultados estáveis de cooperação nesses mercados, nas décadas de 50 e 60. Um resultado estável, quando há muitas alternativas possíveis, é aquele em que ambas as partes não julgam vantajoso procurar um outro parceiro.

O primeiro e mais conhecido exemplo desse problema, na prática, foi encontrar um parceiro(a) para se casar. Num estudo de 1962, o professor Shapley, junto com David Gale, criou um método teórico entre 10 homens e 10 mulheres de encontrar um companheiro estável, pelo qual nenhum homem e nenhuma mulher procurariam se separar de seus parceiros e se associar a uma outra pessoa.

O processo consistia em fazer com que homens ou mulheres escolhessem a pessoa de que mais gostassem, de forma semelhante à atualmente usada no "speed dating" - um método organizado de formação de casais em que, num único evento, a pessoa mantém encontros reservados de aproximadamente 8 minutos com várias pessoas e arrola as que mais despertaram seu interesse. No caso de a seleção caber às mulheres, os homens escolhidos fazem sua primeira opção e as mulheres que ficaram sem parceiro após a primeira rodada têm uma segunda rodada para escolher entre os homens inicialmente rejeitados. Gale e Shapley provaram matematicamente que esse processo levava a uma parceria estável.

Eles também demonstraram, nesse exemplo, que faz diferença qual das partes recebe o direito de fazer a escolha. O sexo que escolhe é mais feliz e obtém um resultado melhor do que o que é escolhido.

Outras aplicações da teoria das associações criada pelo professor Roth foi encontrar a melhor combinação de médicos-residentes para hospitais, alunos para escolas e rins para pacientes.

Qualquer pessoa que tenha procurado uma vaga numa escola de ensino médio de Londres ou em vários distritos metropolitanos americanos se beneficiou da aplicação do algoritmo de Gale-Shapley pelo professor Roth.

Os pais, em Londres, mencionam seis opções em ordem de preferência. As escolas não são informadas dessas opções e aplicam critérios de admissão a todos os candidatos às vagas. Em seguida, por um processo de iteração, os lugares de última opção dos que foram admitidos em mais de uma escola são descartados. Iteração é o processo de resolução (de uma equação ou um problema) mediante uma sequência finita de operações em que o objeto de cada uma é o resultado da que a precede.

Esse método permitiu aos pais manifestar sua preferência sem se preocupar com a possibilidade de que escolas com baixo grau de preferência em suas classificações se aborrecessem por não terem sido a primeira opção.


Estudo sobre parcerias leva o Nobel de Economia - Valor Econômico - 16/10/2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Blogueiro ganha o Nobel

Em postagens anteriores (aqui e aqui) comentamos os favoritos ao Nobel. Os vencedores foram Alvin Roth e Lloyd Shapley. Cowen lembra que Roth é um blogueiro responsável pelo Market Design (que sigo no Reader  !!!). Eis a postagem do dia do anuncio do prêmio:

Blog may be delayed today...
Count me as surprised...


Isto foi postado as 4 da manhã, antes do anúncio.

Para Tabarrock, Roth aplicou seus conhecimentos em diversos problemas práticos, sendo o economista mais influente "para" o mundo (isto foi escrito em 2010). Ele estudou, por exemplo, o problema do transplante de rim. Levitt, do Freakonomics, afirma que Roth mudou a forma como ele pensava o mundo.

Foi o primeiro Nobel para Matching Theory. Aqui aqui e aqui links e explicações sobre o teoria.

Shapley é conhecido pela teoria dos jogos: foi considerado por outro vencedor do Nobel, Aumann, o maior estudioso desta área. E isto não é pouco, já que além de Aumann temos Neumann e Morgenstern.