Translate

24 fevereiro 2012

Escalada da inadimplência

A escalada da inadimplência no Brasil está obrigando os bancos a guardarem um volume recorde de recursos para cobrir o rombo deixado pelos maus pagadores — uma fortuna de R$ 115 bilhões até dezembro do ano passado. Comparado ao fim de 2010, esse colchão anticalote cresceu 21,5% e tem custado às instituições uma fatia expressiva dos lucros. Os dados do Banco Central mostram que esse montante se expande a cada dia, e mais: evidenciam que o setor privado, sobretudo o estrangeiro, é o que exige menos garantias para emprestar e, portanto, tem registrado as maiores taxas de incremento nas provisões.

Os bancos particulares elevaram suas reservas em 25,5%, enquanto as instituições públicas aumentaram a rubrica em 14%. Na abertura entre nacionais e estrangeiros, os primeiros elevaram as provisões em 24,6% e os demais em 28,1%. Na visão dos especialistas ouvidos pelo Correio esse avanço decorre da rápida expansão do crédito em 2009 e 2010, que levou o brasileiro a um endividamento sem precedentes. Atualmente, quase 50% da renda familiar está comprometida e, agora, a fatura dessa farra dos empréstimos começou a cair no colo dos bancos. A inadimplência do consumidor está em 7,3% e, conforme mostram os dados do Banco Central, os clientes “A”, de risco quase nulo e maior poder aquisitivo, têm liderado os calotes. “É um número muito alto, mais que o dobro da média mundial”, alerta o economista Roberto Luís Troster.

O volume de provisões é tão elevado que superou as reservas feitas em 2008, após o agravamento da crise global, para essa finalidade. Em relação àquele período, o colchão dos bancos aumentou 76,4%. Para Troster, o aperto feito pelo BC no início de 2011, que deixou mais caras algumas linhas de financiamento mais longas, aliado à elevação da taxa básica de juros (Selic), complicou ainda mais a vida do consumidor. “Aquele pacote barrou o crédito, mudou a composição das carteiras e as linhas ficaram mais apertadas. Muita gente se enrolou ainda mais”, explica. Em sua avaliação, as famílias deverão permanecer com os orçamentos estrangulados por um longo período, obrigando os bancos a manterem suas provisões altas ao menos até o fim do segundo semestre. Mesmo com um pequeno recuo, para Troster a inadimplência fechará o ano em torno de 5%.


Fonte: aqui

Apple

O sucesso de vendas dos aparelhos eletrnônicos da Apple levou o preço das ações acima de 500 dólares,tornando-se assim a maior empresa dos EUA, com uma capitalização de mercado de 475 bilhões de dólares. Não obstante, seu tamanho gigantesco torna "mais complicado" a análise econômico-financeira de outras empresas norte-americanas, que compõe o S&P 500. Segundo o WSJ:

While most U.S. companies have struggled to meet earnings expectations, the Cupertino, Calif.-based maker of iPads and iPhones has surpassed even the most bullish of expectations, reporting $13.1 billion in profits during the fiscal 2012 first quarter that ended Dec. 31, more than double that of a year earlier. Revenue soared 73% to $46.3 billion. Those earnings account for about 6% of the S&P 500′s fourth-quarter earnings, according to S&P Indices, making Apple the biggest earnings contributor to the S&P 500.”


23 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Numa cerimônia oficial, a Princesa Maria Isabel, da Dinamarca estava distraída. Mas Pentti Arajarv, esposo de Tarja Halonen, presidenta da Finlândia, estava bem atento.

Links

Economia
Grécia está quebrada e não pode ser consertada Divórcio inevitável?

BRICs quase foram RICs

Evidenciação
Pane na CVM atrapalha a divulgação das demonstrações contábeis

Erro de digitação faz Petrobras republicar o balanço

Política
Os países que nunca foram conquistados pelos europeus

Ex-dirigente da Deloitte assume cargo no Iasb

Fraude
Obama recebeu dinheiro na campanha de esquema Ponzi

A contabilidade criativa da Groupon

Ex-presidente da Olympus é detido por fraude

Ex-diretores do PanAmericano querem indenização trabalhista

Governo, muito governo
Inchaço da Infraero e a Privatização dos Aeroportos

Receita Federal de olho nos lançamentos de debêntures

Thaler e as políticas dos governos com bom humor

Empresa brasileira precisa de até 12 carimbos para exportar

Facebook
Damodaran: qual o valor do Facebook? Valor medianao de 70 bilhões

Cartilha dos censores do Facebook

Língua
Língua inglesa é maluca

De quantas línguas precisamos?

Arte
Desenhos com palitos (foto)

15 ebooks sobre Whitney Houston desde sua morte

Fotografia: construindo a Torrei Eiffel

Indústria de Música e Cinema infringe leis de direitos autorais

Cidades
São Paulo é a 45a. melhor cidade do mundo para fazer graduação

Os Banqueiros deveriam mudar para o Rio de Janeiro (Esta cidade eu não conheço)

Custo
Quanto custa construir hoje as Pirâmides? 

Qual o custo da Estrela da Morte (Star Wars)? 

Manchete

Brasil pede à China que controle exportações ao país


O vice-presidente Michel Temer cobrou nesta segunda-feira a China a controlar o fluxo de produtos chineses vendidos ao Brasil, para evitar prejuízos à indústria nacional.

"Nos preocupamos com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro, o que, somos obrigados a registrar, ocasiona o deslocamento da produção brasileira", afirmou Temer, em discurso durante o segundo encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em Brasília.

Em seu discurso, antes do almoço com o vice-premiê chinês, Wang Qishan, Temer disse ter solicitado à China que considere um "eventual dimensionamento voluntário" das exportações chinesas ao Brasil.



O governo federal deveria relembrar que para exportar mais você tem que importar mais. A imposição de tarifas e/ou outro tipo de barreiras leva a uma diminuição do comércio exterior. Vide a evolução do exportações e importações sul-coreanas a partir dos anos 80 , a teoria da simetria de Lerner, e a recente falta de insumos para a indústria argentina.

GM

Sobre o resultado da General Motors:

Segundo o diretor da Consult Motors, Valdner Papa, o prejuízo obtido na América do Sul foi resultado da ajuda da unidade brasileira durante e após a crise econômica nos Estados Unidos.

"Foram enviadas altas remessas de lucro do Brasil para o Estados Unidos, que reduziram em 2011 os investimentos em novos produtos, modernização dos parques produtivos", disse.

Segundo Papa, a competitividade de outras marcas também afetou o lucro da GM. "Sem novos produtos para competir, ela abriu mão da margem de lucro para manter as vendas", afirmou.



Fonte da Imagem: Aqui

Facebook

Damodaran, ao comentar sobre a avaliação do Facebook, destaca parte do prospecto da empresa:

Zuckerberg tem a capacidade de controlar o resultado das questões apresentadas aos nossos acionistas para aprovação, incluindo a eleição de diretores e qualquer incorporação, fusão ou venda de todos os nossos ativos. Além disso, o Sr. Zuckerberg tem a capacidade de controlar a gestão e assuntos da nossa empresa como resultado de sua posição como nosso presidente e sua capacidade de controlar a eleição de nossos diretores. Além disso, no caso de Zuckerberg controlar a nossa empresa no momento de sua morte, o controle pode ser transferido para uma pessoa ou entidade que ele designa como seu sucessor.


Damadoram questiona se o Facebook deseja acionistas ou emprestadores de dinheiro.

Caixa = Recursos?

A Petrobrás resolveu contestar um colunista de um jornal sobre a questão de saída ou não de caixa da cessão das reservas do pré-sal:

Refere-se à menção, no artigo, ao fato de ter sido a empresa capitalizada, em 2010, com R$ 75 bilhões de preciosos recursos do Tesouro. A Petrobras viu nessa afirmação um "erro" a ser corrigido. "A verdade dos fatos: na capitalização da Petrobras, a União aportou títulos da dívida pública. Em sequência, recebeu esses mesmos títulos como pagamento, pela Petrobras, do Contrato de Cessão Onerosa. Portanto, para a União, não houve saída de caixa."


O argumento é de um primitivismo estarrecedor. Pouco importa se houve ou não saída de caixa. A União dispunha de reservas de petróleo que, se tivessem sido licitadas, teriam gerado R$ 75 bilhões ao Tesouro, mais de 2,5 vezes o total de gastos do PAC em 2011. Recursos públicos que, num país de tantas carências, poderiam ter tido destino incomparavelmente mais nobre. Basta olhar em volta. É lamentável que a Petrobras não consiga entender quão preciosos, de fato, eram os recursos com que foi aquinhoada na capitalização de 2010. Uma noção clara do uso alternativo que poderiam ter tido ajudaria a Petrobras a ver com outros olhos, por exemplo, os custos do programa de favorecimento à produção local de equipamentos.


Realmente não ocorreu saída de caixa. Mas ocorreu uma capitalização através de ativos.

Vale

Dentre as empresas brasileiras de capital aberto, a Vale anunciou ontem o maior lucro já reportado na história do mercado nacional. O lucro líquido de R$ 37,814 bilhões no exercício de 2011 supera o da Petrobras divulgado em 2010, de R$ 35,189 bilhões, e o da estatal de petróleo em 2011, de R$ 33,313 bilhões, conforme levantamento da Economatica, que comparou os lucros nominais de todas as empresas brasileiras de capital aberto reportados àComissão de Valores Mobiliários (CVM).


Fonte: DCI. É interessante que não foi somente este jornal que comparou o resultado da Vale com a Petrobrás. A Folha de São Paulo também enfatizou a comparação, mas em termos de aumento no valor de mercado:

Desde a privatização, ganho da empresa cresceu 4.900%; no mesmo período, o da petroleira subiu 2.104% (...) Desde que a Vale foi privatizada, em 1997, o lucro cresceu 4.900%. O da Petrobras, que permaneceu com o Estado, subiu 2.104%.

Frase

Fica evidente que a política de preços da Petrobras envolve um conflito de interesses, entre os objetivos políticos do Planalto e a saúde da maior empresa do Brasil.  (Folha de S.Paulo, 17/2/12)

22 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Humor social, mercado acionário e reeleição


Algumas vezes, o mercado acionário reflete tendências econômicas, assim como, a economia pode indicar os rumos políticos. Assim, numa época de crise, quando a economia se recupera, o desemprego cai, os investidores confiantes colocam dinheiro em investimentos mais arriscados e o preço das ações se eleva. Por consequência, os eleitores tendem a recompensar o atual presidente com mais um mandato.

Destarte, pesquisadores utilizaram dados sobre a produção econômica, preços, desemprego e desempenho do mercado de ações e relacionaram essas variáveis com as eleições presidenciais norte-americanas, desde 1792. Nos três anos que antecederam o dia de cada eleição , eles identificaram uma sólida conexão entre a direção do mercado acionário e os resultados das tentativas de reeleição. Os candidatos que atuaram durante os períodos de elevação dos preços das ações (20% ou mais de crescimento nominal do Dow Jones average index) obtiveram mais sucesso na reeleição, do que aqueles que estavam na presidência durante os períodos de queda (10% ou mais de queda do mesmo índice, durante três anos).

Em verdade, o estudo buscou identificar o "humor" social, ou seja, como os cidadãos estavam se sentindo em determinado período, pois, de acordo com a teoria socieconômica, o "humor" social ,que se reflete no mercado de ações, é o indicador mais poderoso dos resultados da reeleição do que variáveis ​​econômicas, como: PIB, inflação e desemprego.

Segundo os autores, um "humor" social cada vez mais positivo produz um mercado de ações em ascensão, bem como votos para o atual presidente, e um "humor" social cada vez mais negativo produz um mercado acionário em queda, bem como votos contra o candidato a reeleição.

Para os autores, é o "humor" social que determina a eleição, e não o mercado de ações. Este é apenas um indicador confiável do temperamento nacional. É bom notar que alguns casos nem sempre seguem a lógica descrita acima, como na vitória de Clinton sobre George H.W. Bush, que não conseguiu se reeleger mesmo com o crescimento de 52% do Dow Jones, durante seu mandato Além disso, é oportuno lembrar que outros fatores estão envolvidos para o sucesso da reeleição,como: aprovação popular,nível de desemprego, guerras et cetera.
Se o estudo for um bom guia para o resultado da eleição de 2012 nos EUA, o senhor Obama pode começar a comemorar, pois o índice Dow Jones average teve um crescimento nominal de 63%, durante o mandato do nobre presidente. Não obstante, nenhum presidente conseguiu se reeleger com a taxa de desemprego superior a 7,2%.

Eu tenho tido a alegria como dom...

Um novo [!!!] estudo publicado no Journal of Consumer Research descobriu que a felicidade significa coisas distintas para pessoas diferentes, dependendo de onde estão focadas: no futuro ou no presente. Como resultado, os comerciantes que estão tentando vender os produtos com base na declaração de que vai fazer os clientes felizes devem ter uma abordagem diferente dependendo de quem é o público alvo.

Os autores do estudo descobriram que as pessoas vivenciam a felicidade, principalmente, de duas maneiras: através da excitação e pela calma. O estudo mostra que os consumidores que associam a felicidade com excitação tendem a ser mais jovens e mais voltados para o futuro. À medida que envelhecem, cada vez mais irão associar a felicidade com calma e com curtir o momento.

A pesquisa revelou que os consumidores que estavam focados no futuro escolheram produtos “excitantes” quando lhes foram oferecidos música, chá ou uma garrafa de água, enquanto isso, os participantes focados no presente tenderam a escolher marcas e produtos calmantes.

O estudo também descobriu que as pessoas podem ser estimuladas a focarem no presente ou no futuro por meio de palavras ou através da meditação.

Como dizer “Eu me sinto feliz” pode significar coisas muito diferentes para as pessoas, o estudo aconselha os setores de marketing a se relacionarem com os consumidores com a promessa de felicidade, considerando que felicidade não significa a mesma coisa para todos

Fonte: Hyperscience

Bolha imobiliária no Canadá

Com os juros em baixa, o mercado imobiliário canadense está crescendo a taxas historicamente altas, elevando os preços domésticos e agravando o endividamento das famílias. De acordo com George Athanassakos , professor de finanças da Richard Ivey School of Business, o Canadá pode estar na iminência de uma correção severa no setor imobiliário:

“Eventually, everything boils down to demand and supply. Whenever this ratio (housing investment as a percentage of gross domestic product) goes over 7 percent, it signifies over-investment in housing and two or three years later, we have a severe correction. We have experienced bubbles and busts before in Canada, it’s nothing new, and I don’t know why this time would be different.”

Observe o gráfico:

Grécia será o novo Lehman ?


Aviso do John R. Taylor:

Global investors either have extremely short memories or they are far too concrete, as my wife the psychologist would say. Saying that Greece is not a bank but a country means nothing. Almost all Europeans argue that a default by the Greek government would now be more straightforward and not as significant as the collapse and bankruptcy of Lehman Brothers in September 2008, especially since the Eurozone, under the influence of the surplus countries, has effectively ‘ring-fenced’ Greece from the other 16 members. Lehman was not a very large factor in the global banking scene with less than one quarter the capital of the biggest US banks and with assets below those of more than 100 banks around the world. Greece might represent less than 3% of the GDP of the Eurozone, but when lined up against Lehman, Greece stands larger in its relevant market.
Anyone can read the newspapers, blogs, and Internet scribblings before the Lehman collapse and see that the impact of its collapse was not expected to be significant. Tim Geithner, then head of the New York Fed, worked to arrange the emergency liquidation of Lehman’s assets and there were expectations that the company could be sold to Bank of America or Barclays, but the Bank of England vetoed a sale to Barclays and the US government refused to lend any support to Bank of America in its effort to buy Lehman.

Rereading the documents and remembering the situation as I set out for a weekend cruise on the Chesapeake, the world was not worried. The market had already seen the rescues or restructuring of Washington Mutual, Countrywide, Fannie Mae, and Freddie Mac, so no one was worried. This looked like another Bear Stearns, a manageable problem but this time the Bush administration was not interested in getting involved – ‘let the market solve this, don’t throw good money after the bad.’ So, what is the difference now? The world is as blasé about a Greek default or departure from the euro as it can be – credit spreads are dropping, the other weak Eurozone sovereigns are financing themselves easily, and everyone thinks the LTRO has solved the problem for the next year or two. Why should we worry about Greece? Who cares if their unemployment is 20.9% and climbing very fast, or that it is now in its fifth year of declining GDP? Let’s teach them a lesson!

Hubris is at the heart of this. Everyone says this cannot happen – we won’t allow it. Says who? The EU says: if it is written in an agreement, it must be totally correct, unchangeable, and followed at all costs. New realities can’t intervene and no slippage is allowed. Why the Germans are so sure that they know the future is beyond me. They are fallible too, but they won’t admit it, and the Greeks can’t make them budge. Haven’t they looked around? Santorini has a different economic and social cost structure than Wiesbaden. Humanity (and common sense) seems totally lacking in the negotiations with the Greeks and a violent backlash would be totally understandable.
Why the countries that have been fattening up their current account surpluses selling products to Greeks, whom they should have known were basically broke – just as they always have been – should be paid 100% on the euro is beyond me. Major losses should apply not only to sovereign borrowings but also to accounts receivable for cars, electronics, and other consumer goods. The market has not opened its eyes to the impact this Greek unraveling will have.
The Eurozone will be mortally wounded and the world will suffer a significant recession – maybe as deep as 2008. European banks will lose much of their capital base and many should be bankrupt, but just as in the Lehman aftermath, the governments will try to save the banks and the banks’ bondholders, solvent or not. As the bank appetite for Eurozone sovereign paper will be decimated, austerity will probably follow shortly, followed by deflation and uncontrollable money creation. The European recession should be one for the record books.

Futebol e Mercado II


Pesquisa do Banco Central Europeu constatou que os traders prestaram menos atenção no mercado acionário durante os jogos de suas seleções na Copa do Mundo de 2010.Semana passada comentamos sobre o assunto. Veja o resumo da pesquisa:

At the 2010 FIFA World Cup in South Africa, many soccer matches were played during
stock market trading hours, providing us with a natural experiment to analyze fluctuations in investor attention. Using minute‐by‐minute trading data for fifteen international stock exchanges, we present three key findings. First, when the national team was playing, the number of trades dropped by 45%, while volumes were 55% lower. Second, market activity was influenced by match events. For instance, a goal caused an additional drop in trading activity by 5%. The magnitude of this reduction resembles what is observed during lunchtime, and as such might not be indicative for shifts in attention. However, our third finding is that the comovement between national and global stock market returns decreased by over 20% during World Cup matches, whereas no comparable decoupling can be found during lunchtime. We conclude that stock markets were following developments on the soccer pitch rather than in the trading pit,leading to a changed price formation process.

Bebida e volante



Três adesivos que alertam sobre o perigo da bebida. Fonte; Aqui

21 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


"Olá, caríssimos! A charge de hoje remete ao incêndio nos barracões das escolas de samba do Rio de Janeiro. No Brasil, nem o Carnaval tem mais sossego... Vamos rir pra não chorar, né? Abraços!" Por Júlio Cunha Neto

Entraves às exportações

Além das aprovações oficiais, exportadores têm de superar mais de cem leis e 130 encargos

País tem 19 mil pessoas jurídicas exportadoras, metade do número de importadores; governo cogita facilitar processo. Os exportadores brasileiros estão sujeitos aos carimbos de aprovação de até 12 órgãos diferentes do governo. Hoje, há mais de cem leis que regem a área no Brasil e 130 impostos e tributos relacionados à atividade.


Nesse cenário, não causa espanto que o país tenha apenas 19,3 mil pessoas jurídicas exportadoras atualmente. Ou seja, 0,4% das 4,5 milhões das pequenas, médias e grandes empresas brasileiras. No caso de importadores, o número é maior, de 43,5 mil no ano passado, mas ainda representa somente 0,9% do total, de acordo com estudo feito pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). "É essencial que o governo brasileiro racionalize o comércio exterior", afirma José Augusto de Castro, presidente da entidade.

"A burocracia é exagerada e as dificuldades acabam inviabilizando nossa atividade", completa.
A quantidade de documentos necessários para vendas de produtos brasileiros a outros países é enorme. Fazem parte da lista itens como os comprovantes de exportações e de embarque, o certificado de origem e a legalização consular, entre outros.


"O Brasil é um dos países em que se leva mais tempo no desembaraço de itens na aduana, seja para a importação de insumos ou para a exportação de produtos. Ficamos com uma média de espera de cinco a sete dias", diz Jorge Zaninetti, sócio do setor tributário do escritório Siqueira Castro Advogados.

Dados do Banco Mundial mostram que o país caiu da 120ª para a 126ª posição em ranking que mede a capacidade de países de facilitar negociações comerciais.

CADASTRO POSITIVO


A solução pode vir de uma medida em estudo no Ministério do Desenvolvimento.
A ideia é preparar um tipo de cadastro positivo dos exportadores, para que empresas bem avaliadas possam pular etapas no processo de desembaraço de mercadoria. Também há um esforço para unificar a legislação do setor.


O Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) afirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que menos de 10% das exportações precisam ter anuência da pasta.
Ressaltou também que no último dia 1º entrou em vigor o Novoex, sistema de registro de exportações que pode ser acessado diretamente na internet, sem instalação de programas adicionais.


A burocracia, entretanto, não é o único problema dos exportadores, de acordo com Luiz Barretto, presidente nacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)."A falta de escala também limita. Tem havido mudanças para favorecer que as pequenas empresas exportem. Uma delas foi o aumento do teto do Simples para as exportadoras", diz.
"O valor dobrou e, desde janeiro, passou a ser R$ 7,2 milhões de faturamento anual, desde que R$ 3,6 milhões venham de exportações."


AVANÇO


O quadro atual não é bom, mas já foi muito pior, diz Ivan Ramalho, presidente da Abece (Associação das Empresas de Comércio Exterior) e ex-secretário-executivo do Mdic.
"Antes, tudo era feito integralmente por meio de papéis. Hoje o exportador já pode usar o Siscomex [Sistema Integrado de Comércio Exterior]", afirma.

Minoritários na Justiça

Duas entidades que alegam proteger o interesse dos minoritários do Pão de Açúcar entraram em fevereiro com uma ação na 12a Vara Cível de São Paulo. Para as entidades, os minoritários foram prejudicados pelo fracasso da tentativa de fusão de Pão de Açúcar e Carrefour, no ano passado.

A ação é movida pelas desconhecidíssimas APAMPA (Associação de Proteção Coletiva dos Acionistas Minoritários Investidores do Pão de Açúcar) e ABRAC (Associação Brasileira de Defesa dos Direitos e Garantias Fundamentais do Cidadão). O valor da causa? 4,6 bilhões de reais.

Os requerentes, representados por dois advogados de Ribeirão Preto, afirmam que dois pareceres de juristas da Universidade de São Paulo embasam a ação. E prometem entrar na justiça americana em três semanas.

Fonte: aqui

Fugaz como a alegria do carnaval

Às sextas feiras o jornal Correio Braziliense publica a “Crônica da Cidade”, escrita por Conceição Freitas. Confesso que não sou uma seguidora exemplar, mas muito sorri com os textos que pude ler. O do dia 18, intitulado “felicidade é para os corajosos” foi perfeitamente publicado em época de carnaval.

A frase de dona Carmo, a mãe de Caetano e Bethânia, virou refrão de música gravada por Jorge Vercillo. “Ser feliz”, disse a baiana de 104 anos, “é para quem tem coragem! Coragem é um dote. Coragem é para quem pode!”.

Fosse um mineral, a felicidade não seria diamantes nem ouro. Seria grãos de areia. A felicidade é granulada, pode estar numa garrafa ou numa praia. É para quem tem coragem, mas não apenas os destemidos experimentam a plenitude do viver. Há quem seja feliz e nem saiba disso.

A felicidade pode ser um dote. Há quem tem tudo para ser feliz e viver arrastando infelicidade pela vida. E quem consegue se equilibrar, vibrantemente, entre abismos. A felicidade é uma vocação.

Mas quem não nasceu com o gene da felicidade não está condenado ao sofrimento eterno. Aprende-se a ser feliz. Uma das primeiras aulas de curso de bem-estar é ensinar ao aluno a arte (corajosa) da renúncia.

Ninguém tem tudo, nunca. Daí que essa insana busca por riqueza carrega consigo a condenação à infelicidade. Não há dinheiro que compre a felicidade, e disso, no escondido de si mesmo, sabem os muito ricos. Os excessivamente pobres nem têm tempo nem estômago para pensar na felicidade. Estão completamente concentrados na luta pela sobrevivência.

Ser uma celebridade também não garante a felicidade. Vejam as mortes trágicas, as internações e as perturbações de muitos dos que conseguiram o sucesso de público. Riqueza, poder e fama são terrenos escorregadios. Ricos, poderosos e famosos correm o contínuo risco de perder o chão, de achar que podem tudo, que a realidade a eles se curva, por bem ou por mal, para o bem e para o mal.

Dia desses conheci uma executiva de grande empresa que está largando a carreira bem-sucedida para, temporariamente, cuidar da família. Ela me disse que o importante na vida não é só a carreira nem só a família nem só viagens e diversões. A vida, ela já aprendeu, é o conjunto de tudo aquilo que nos é essencial. E que agora o que ela mais precisa é de ficar perto da família.

Ser feliz é colecionar grãos de areia. É preciso ter coragem e paciência para tirar da roda-vida aquilo que verdadeiramente nos é indispensável. E saber que areia não dá lucro, não traz poder nem reconhecimento. E, se trouxer, é acessório.

A alegria exultante é fugaz como a alegria do carnaval. É extasiante, e libertadora, vale enquanto incide seus efeitos sobre nós, mas passa. O gosto pela vida não se reduz ao carnaval, à riqueza, ao poder, à fama. Pode até, em algum momento, passar por uma dessas instâncias, mas não se reduz a ela. A felicidade se espalha em grãos quase invisíveis, pelo decorrer da vida – em períodos de mais escassez ou mais fartura. Ela é uma conquista que depende de coragem para reconhecer nossos limites e nossa finitude, para perceber que fomos honrados com o milagre da vida e que o que é importante pra você pode não ser importante pra ninguém mais. E daí?

20 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Tiras do Euricéfalo

Pós-graduandos, contadores que estão preparando demonstrações para publicação, auditores - geralmente pulam mesmo o carnaval! #BusySeason

PIB da China em 2011


É comum ouvir dizer que o governo chinês manipula as estatísticas econômicas oficiais e que a China vive um grande esquema ponzi. Os números do PIB de 2011, divulgados pelas 31 províncias chinesas, oferecem subsídios para aqueles que corroboram com a tese da manipulação dos dados. Das 31, 28 tiveram crescimento superior a expansão total do país em 2011, ou seja, acima de 9,2%. Apenas Beijing, Shanghai e Zhejiang apresentaram númerOs inferiores.

Ma Jiantang, chefe do departamento nacional de estatísticas, reconheceu que os números do governo local são, em média, cerca de 10 % maior que o governo central. Segundo Ma, a principal razão do erro foi técnica: a dupla contagem de produção. Embora seja fácil de controlar as importações e exportações através das fronteiras nacionais, monitorar o fluxo de mercadorias através das fronteiras provinciais é efetivamente impossível. O resultado é que o valor de componentes feitos , por exemplo,em Guangdong e montados, em Hunan, num produto final, será contabilizado para ambas as províncias, ao invés de apenas Guangdong.

USP vai premiar os melhores professores


A Universidade de São Paulo (USP) vai premiar, a partir deste ano, os melhores professores da graduação com iPads, computadores e viagens. Os que acumularem mais pontos com base em critérios estabelecidos pela instituição receberão os prêmios. A opinião dos alunos e a produção didática vão pesar na escolha.

A premiação, aprovada nesta quinta-feira, 16, pelo Conselho de Graduação (CoG), vai se chamar Excelência em Docência de Graduação da USP e levará em conta seis macrocritérios: empatia com alunos, a partir de eleição entre os egressos de uma turma; produção intelectual, como autoria de livros didáticos e publicação de artigos sobre o ensino na graduação; atividades de orientação de trabalhos de conclusão de curso aprovados com louvor e de iniciação científica premiados; aplicação de disciplinas optativas livres; comprometimento institucional com a graduação, como a coordenação de turmas, áreas e cursos, além de outras atividades consideradas relevantes.
Mais aqui

BC coloca em audiência pública regras de Basileia III

O Banco Central (BC) anunciou que colocou em audiência pública por 90 dias as propostas para regulamentação das regras de Basileia III. O novo acordo, que regula o capital dos bancos, tem o propósito de evitar que futuras crises bancárias causem efeitos negativos sobre a economia real.

“As novas regras aprimoram a estrutura e os requerimentos de capital aplicáveis às instituições financeiras, conforme assumidos no âmbito do G-20”, informou o BC em nota.

De acordo com a autoridade reguladora, as novas recomendações têm como objetivo “aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorver perdas vindas de choques do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, auxiliando a manutenção da estabilidade financeira e a promoção do crescimento econômico sustentável”.

A nova metodologia de apuração do Patrimônio de Referência (PR), dos requerimentos mínimos de manutenção de PR, nível I e capital principal, além da introdução do adicional de capital principal, estão detalhados no documento disponível do site do BC.

Fonte: Murilo Rodrigues Alves Valor Economico

Freakonomics, Fora de Série, O Homem que Mudou o Jogo

Para quem não gosta de carnaval o/ uma boa opção nesse feriadão... aliás, uma ÓTIMA atividade nesse feriadão é: colocar a leitura em dia.

Algumas dicas - livros de negócios mais vendidos segundo o The New York Times:
Malcolm Gladwell: Fora de Série (1º da lista) e O Ponto da Virada (4º);

Michael Lewis: Moneyball (2º) e Big Short- a jogada do século - os bastidores do colapso financeiro de 2008 (5º);

Suze Orman: The Money Class (3º);

Steven D. Levitt and Stephen J. Dubner: XXXX (4º) Nem vou escrever o nome do livro. Ele está sempre presente na lista de mais vendidos do The New York Times... Se você ainda não leu, essa é a hora!

Cliff Michaels: 4 Essentials of Entrepreneur Thinking (7º);

Daniel H. Pink: Motivação 3.0 (8º);

Atul Gawande: The Checklist Manifesto (9º);

Clark Howard: Clark Howard’s Living Large in Lean Times (10º).

E para quem não quer ler, ou quer um "a mais", deixo ainda outra dica: Moneyball virou película – e concorre a Oscar de melhor filme. O Homem que Mudou o Jogo está em cartaz nas principais salas de cinema do Brasil.


- Quando os números não fecham, você precisa mudar o jogo. -

19 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

A revista RollingStone Brazil decidiu fazer um comercial usando a canção Imagine, de John Lennon. A primeira manchete é "No Hell Bellow Us". Só o correto é "Below". Fonte: Aqui. Aqui, afirma que Lennon foi morto de novo, com a sugestão de pagar cem pratas e contratar um revisor.

Como era o celular em 1989



Fonte: Aqui

Enforcamento

Eis uma notícia interessante da Folha


O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Ari Pargendler, passou mal e teve de ser hospitalizado ao desembarcar na tarde desta quinta-feira (16) no aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, na Grande João Pessoa.

Ele foi socorrido por uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado a um hospital particular da Unimed.

Conforme boletim médico divulgado pelo hospital, Parglender foi atendido às 13h59 com um "quadro de desconforto torácico associado a sudorese de início recente".

O ministro, que não cumpria agenda oficial, viajou com familiares para passar o Carnaval na cidade do Conde, balneário próximo à capital paraibana.


Presidente do STJ passa mal e é internado na PB - LUIZ CARLOS LIMA - Folha de S Paulo, 16 fev 2012 (quinta-feira)

Isto significa que o presidente viajou na manhã de quinta-feira, enforcando a quinta e sexta, véspera do carnaval.

18 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Malvados

Jersey, o paraíso sem medo


Excelente reportagem do Le Monde Diplomatique sobre a ilha de Jersey.


A quantia total dos fundos depositados na ilha, até hoje vinculada à Coroa britânica, seria superior a R$ 1,7 trilhão. O montante ainda é pequeno, mas em um contexto de concorrência desenfreada entre os 70 paraísos fiscais recenseados no mundo, Jersey está consolidando sua participação no mercado


– “Eliminar os paraísos fiscais? Sim, ouvi falar a respeito na BBC. Dizem que o presidente do seu país está muito invocado. Pois então, se você encontrar uma única pessoa por aqui que leve suas ameaças a sério, faça-me a gentileza, apresente-a para mim!”

Soltando gargalhadas em ritmo irregular, o homem de colarinho branco apaga o cigarro e entra apressadamente no edifício. Sobre o mármore da entrada, cerca de 50 placas douradas identificam os ocupantes desse prédio de escritórios: firmas de contabilidade, agentes de câmbio, advogados de negócios, administradores de sociedades de fachada…

A engenharia da evasão fiscal invadiu todo o litoral de Saint Helier. A capital de Jersey é um amontoado de concreto plantado em alto-mar e protegido por falésias que desaparecem em meio à névoa. Dos 90 mil habitantes da pequena ilha anglo-normanda, mais de 12 mil trabalham no setor das finanças, ou seja, um quarto da população ativa.

(...) Situados a apenas 20 quilômetros da orla francesa, os Estados de Jersey – a denominação oficial desse território é de “formalmente independente”, ainda que vinculado à Coroa britânica – gozam de um produto nacional bruto que, quando cotejado com o número de habitantes, faz deles o terceiro país mais rico do mundo, depois do Luxemburgo e das Bermudas. Segundo o analista americano Martin Sullivan, a quantia total dos fundos depositados na ilha seria superior, em 2006, a 500 bilhões de libras (cerca de R$ 1,7 trilhão) [1].

Vale reconhecer que esse montante é um pouco magro se comparado aos US$ 11,5 trilhões (R$ 26,2 trilhões) que possuem os homens mais ricos do planeta na totalidade dos paraísos fiscais (conhecidos como centros offshore) [2]. Mas Jersey tem tudo para ver a sua parte do bolo crescer: em meio a um contexto de concorrência desenfreada entre os cerca de 70 paraísos fiscais recenseados no mundo [3], está decidida a consolidar sua participação no mercado. Até o ano passado, cobrava das companhias estrangeiras uma taxa magnânima de 10% sobre os montantes depositados ali. Mas quando a ilha de Man, uma de suas rivais mais implacáveis, deu mostras de maior ousadia, suprimindo todo imposto sobre riquezas, Jersey decidiu fazer o mesmo. Dessa forma, abriu mão de exigir impostos das multinacionais, cobrando apenas das sociedades locais de serviços financeiros os encargos de 10%.

(...)“O centro de promoção do turismo dos bilionários”, como é chamado, vangloria-se de ter registrado a fundação de 24 shell companies entre fevereiro e outubro de 2008. Por mais que o desmoronamento das bolsas tenha manchado sua reputação e alterado seus rendimentos, os hedge funds parecem gostar de operar em Jersey.

(...)Em 2002, o FMI publicou um relatório felicitando Jersey pelo seu respeito “praticamente” irrepreensível pelas “normas internacionais em matéria de regulamentação financeira e de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”

Geoff Cook, um antigo diretor financeiro no banco HSBC, que se tornou recentemente o diretor-geral da Jersey Finance Limited, é conhecido por não ter papas na língua. Em 16 de setembro, em entrevista ao Jersey Evening Post, ele comemorou a falência do banco norte-americano Lehmann Brothers, à qual todas as bolsas mundiais estavam reagindo, no mesmo momento, com gritos de horror: “Sob muitos aspectos, foi uma coisa boa. Os jogadores fracos demais vão ter de abandonar a mesa e é precisamente disso que o sistema precisa para se libertar”.

Libertar-se, o sistema financeiro? “Está havendo um mal-entendido”, responde Cook, o chefão das relações públicas da ilha. “Em primeiro lugar, Jersey não é um paraíso fiscal, mas sim um território fiscalmente neutro, o que é muito diferente. Nós já assinamos acordos relativos a intercâmbios de informações com os Estados Unidos, a Alemanha e a Holanda, e estamos nos preparando para fazer o mesmo com os países nórdicos e a França. Isso significa que, caso um dos nossos parceiros suspeitar de que um cidadão esteja aplicando seu dinheiro em Jersey para fraudar o fisco, ele pode nos solicitar informações a respeito daquele caso específico. É claro, o pedido deve ser justificado. Todo cidadão tem direito a ter a sua intimidade preservada, tanto os nossos clientes como os outros. Mas, se nós consideramos que o caso é sério, então cooperamos sem problema”. Afinal, conforme nos disse Neil McMurray, “em Jersey, as finanças e a política pertencem a uma mesma profissão, a uma mesma carreira”.

Aliás, a comunidade internacional já estabeleceu essa distinção. Em 2002, a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) retirou Jersey – além de 26 outras virtuosas localidades de veraneio, tais como as Bahamas, as ilhas Cook, Gibraltar ou o Panamá – da sua lista de paraísos fiscais, que desde então não comporta mais do que cinco países.

No mesmo ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um relatório felicitando Jersey pelo seu respeito “praticamente” irrepreensível pelas “normas internacionais em matéria de regulamentação financeira e de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”.

“Apesar disso”, prossegue Geoff Cook, contrariado, “alguns continuam afirmando que, em nossa ilha, as finanças não estão regulamentadas. Ora, isso é absolutamente falso. Nós temos a nossa própria instância de regulamentação, a Jersey Financial Services Commission, que trabalha de maneira plenamente independente. Permitam-me ser absolutamente categórico: Jersey não encobre nem incentiva as práticas ilegais de evasão fiscal e de lavagem de dinheiro, nem nunca procedeu dessa forma”, salienta.

Com orgulho, o responsável pelo marketing de Jersey se vangloria da simplicidade do imposto sobre a renda: 20% para todo mundo, exceto para os mais ricos, que se beneficiam de descontos proporcionais à sua fortuna

Até mesmo quando os prestadores de serviços da ilha não são franceses, eles não raro cultivam relações frutuosas com Paris. Esse é o caso da Pricewaterhouse Coopers e da Deloitte, dois gigantes multinacionais da auditoria e da contabilidade. Onipresentes na ilha graças ao seu alto grau de perícia em matéria de evasão fiscal, ambas têm como cliente o Estado francês, que lhes confiou os principais mercados de auditoria da Revisão Geral das Políticas Públicas (RGPP).

Além do mais, não se deve julgar apressadamente um sistema fiscal que é de fato pitoresco, mas incentiva o voluntariado. “É verdade”, admite Geoff Cook, “em Jersey, os ricos pagam menos impostos do que os pobres. Mas essa é uma diferença de cultura. No seu país, muitos pensam que os ricos são úteis apenas por causa dos impostos que pagam. Aqui, eles dispõem de outros meios para prestar serviços à coletividade, por exemplo, contribuindo com obras de caridade”.(...)

17 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Darth Vader em Monet. Fonte Aqui

Valor Justo durante a Crise Financeira

Um dos temas mais polêmicos da contabilidade nos últimos anos diz respeito ao efeito do valor justo na crise financeira. Em períodos de crise, o valor dos títulos geralmente reduz; usando o valor justo, isto deve aparecer nas demonstrações contábeis.

O caso mais polêmico são as instituições financeiras. Estas entidades possuem um grande volume títulos de terceiros nos seus ativos. Quando existe uma crise e o mercado reduz o preço dos títulos, isto reduz o valor dos ativos e tendo como contrapartida uma conta de resultado, com reflexos negativos sobre o lucro.

No final do período, as instituições financeiras apresentam um resultado ruim. O mercado acionário derruba a cotação destas ações, com reflexo também nos valores dos títulos que estão na carteira destas entidades. Temos aqui um ciclo em que a crise afeta o resultado que por sua vez afeta o comportamento do mercado. Alguns críticos consideram que o uso do valor justo tende a aumentar o efeito da crise. A solução seria abolir a mensuração do valor justo nas demonstrações contábeis. Recentemente alguns foram mais longe sugerindo que um dos objetivos da contabilidade é garantir a estabilidade econômica.

O problema é provar que o valor justo contribui para o aumento da crise. Um texto publicado agora no periódico The Accounting Review (A Convenient Scapegoat: Fair Value Accounting by Commercial Banks during the Financial Crisis, Brad Badertscher, Jeffrey Burks e Peter Easton, todos da Universidade Notre Dame) fez uma análise dos dados de diversas instituições financeiras para verificar este ponto. Os autores mostram que o valor justo tem pouco efeito sobre o chamado capital regulatório. E que a mensuração contábil não possui efeito cíclico, ou seja aumentando a crise financeira.

Apesar de a pesquisa ter sido publicada num periódico de prestígio, creio que a polêmica ainda não terminou. Tenho dois fortes motivos para acreditar nisto. Primeiro, a amostra abrangeu somente bancos dos Estados Unidos. E o outro motivo é que a análise parou em 2008.

Petróleo

A figura abaixo mostra a evolução do preço do barril de petróleo, desde o início de sua exploração comercial (antes de1860) até os dias de hoje. Em 1859 o preço era de 20 dólares o barril, que significa algo em torno de $500 nos dias de hoje.Logo após o preço caiu para 9 dólares, algo em torno de 200 dólares do barril. O preço fica num patamar reduzido até a década de setenta, quando ocorreu a crise do petróleo e a ação da OPEP.

Estranho, ou apenas diferente?

um outro lado em tudo e, em 2 minutos, Derek Sivers mostra que isso é verdade de algumas formas que você não poderia imaginar.

Governo quer monitorar derivativos


O governo criou grupo técnico para avaliar medidas que aumentam o monitoramento do mercado de derivativos no país. A equipe, composta por representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tem o objetivo de “monitorar a evolução das exposições financeiras das empresas e instituições participantes” nesses tipos de operação, segundo portaria interministerial publicada ontem no Diário Oficial da União.

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse o grupo de trabalho vai “estudar e propor medidas que visam o crescimento” do mercado de derivativos. Esses tipos de operações “são fundamentais para o funcionamento do mercado financeiro, mas eles têm que funcionar com segurança e transparência”, completou.

A ideia, portanto, é concentrar os dados que os integrantes do grupo, outros órgãos do governo e entes privados, como a BM&FBovespa, detêm. “Nós entendemos que há uma dispersão dessa informação. Os órgãos precisam se coordenar e trocar informações rotineiramente”, explicou.

Na comparação com Estados Unidos e Europa, o Brasil tem maior nível de exigência de informações sobre o mercado derivativo. Atualmente, a coleta de dados “já é bastante satisfatória”, disse. Além disso, ele explicou que a decisão “é coerente com o que há em discussão internacionalmente, mas não é derivado de nenhuma determinação”.

A decisão de criar o grupo “não está associada a nenhum comportamento dos agentes do mercado”, reforçou. “Não sei se há outros membros do governo que consideram que há uma ação especulativa hoje no mercado financeiro”, disse.

As medidas tomadas no ano passado, segundo Oliveira, como elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de derivativos cambiais, resultaram em uma redução “substancial” das exposições. Ele afirmou ainda que a intenção do governo em criar um grupo de trabalho para estudar o mercado de derivativos não é aumentar a regulação do setor. “Agência reguladora não é necessário”, afirmou.

Em consequência da crise de 2008, empresas como Sadia, Aracruz e Votorantim registraram perdas por causa de operações com derivativos cambiais. Sem citar nome dos envolvidos, Oliveira considerou: “houve um grupo de empresas que estavam expostas aos derivativos tóxicos, mas não causou nenhum problema grave à economia brasileira”.

Questionado sobre a possibilidade de criação de uma bolsa de derivativos agrícolas, o secretário-executivo adjunto disse que não tem conhecimento da proposta e, portanto, limitou-se a comentar que a ideia pode estar em debate em outras partes do governo. No início do mês, o Valor informou que a preocupação com o desempenho das exportações de commodities e com a volatilidade de preços fez o governo acelerar estudos para a criação de uma bolsa de negociação de contratos futuros dessas mercadorias.

No mercado, a iniciativa foi vista com cautela, em razão da amplitude da portaria. Para um executivo, a medida pode representar desde uma intenção do governo de estimular esse mercado até a de ampliar os mecanismos de controle, a exemplo da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em derivativos cambiais.

Durante entrevista para comentar os resultados de 2011, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, elogiou a portaria, e defendeu também a adoção de políticas públicas para estimular o mercado de derivativos agrícolas no Brasil. Embora esteja entre os maiores produtores de vários insumos como açúcar e soja, a negociação de contratos ligados a commodities no mercado financeiro é concentrada no exterior.

Para Edemir, não é simples transferir a liquidez de centros de negociações já estabelecidos. “No caso da soja, estamos falando de um mercado com mais de 300 anos nas bolsas americanas”, afirmou. Além do incentivo do governo, o presidente da bolsa defendeu a maior participação dos bancos nesse mercado. (colaborou Vinícius Pinheiro)

Fonte: Thiago Resende e Lucas Marchesini, Valor Economico

Momento Fora de Série

New Girl é uma série norte-americana que estreou em 2011 na Fox. De forma MUITO resumida, o show se desenrola em torno de uma garota esquisita (e ótima!) e seus amigos tentando ajudá-la a se adequar.

- O primeiro episódio é excelente! Amo as referências à trilogia ”Senhor dos Anéis”. -

No último episódio (Episódio 13, temporada 1), Schmidt tenta explicar a Jesse algumas regras sobre relacionamentos sem envolvimento emocional. Uma parte do diálogo bem peculiar:

“Sei do que estou falando. Tenho as minhas 10 mil horas. Fora de Série? Você deveria ler! Malcolm Gladwell, um dos meus favoritos”.

Ele cita ainda alguns outros livros sérios, com um mix de absurdos para dar o tom engreçado da série. Mas que foi interessante ouvir o nome de Gladwell meio a essa série – nossa, como foi!

Não o conhece? Já falamos antes no blog: aqui, aqui e aqui. Corre lá! ^.^

16 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Férias, stress e descanso. Adaptado daqui

Teste 541

Você ganhou um ingresso para assistir um show do João Gilberto. Este ingresso não possui valor de revenda. No mesmo dia e na mesma noite o cantor Criolo está fazendo um show e para você é a melhor alternativa para diversão. O custo do ingresso do show de Criolo custa R$40. Num outro dia, você pagaria R$50 para ver o cantor Criolo. Considere que não existe nenhum outro custo adicional. Baseado nisto, qual o custo de oportunidade em assistir João Gilberto? (a) 0; (b) 10; c) 40 d) 50

O que é Expectation Gap?

Este termo é usado na contabilidade para indicar a diferença de expectativa entre o que o público espera dos auditores e o que os auditores teriam obrigação de fazer.

O conceito de expectation gap tem sido usado principalmente pelos auditores, e mais especialmente pelas maiores empresas do setor, para se defender de escândalos contábeis.

Nos primórdios da profissão, no final do século XIX, os auditores eram contratados para garantir a inexistência de fraude. Entretanto, o desenvolvimento dos negócios e o aumento da complexidade dos registros contábeis tornaram mais difíceis esta garantia. Mas o desenvolvimento do mercado acionário criou, nos acionistas, a expectativa de que o parecer dos auditores representasse uma comprovação da qualidade das demonstrações contábeis.

Esta diferença entre o que é oferecido pela auditoria e o que se espera resulta, portanto, no expectation gap. Diversas pesquisas já mostraram a existência deste problema. Mas o termo foi criado, provavelmente, em 1974. Nas pesquisas acadêmicos, o assunto despertou interesse somente na década de noventa.

Para ler mais:
Catanach, Anthony; Ketz; J. THE AUDITOR’S EXPECTATIONS GAP…NOT AGAIN! EXCUSES, EXCUSES, EXCUSES!

Liggio, C. D. (1974). The expectation gap: The accountant’s legal waterloo.
Journal of Contemporary Business, 3(3): 27-44.

Marc J. Epstein, Marshall A. Geiger. Investor Views of Audit Assurance: Recent Evidence of the Expectation Gap. Journal of Accountancy, Vol. 177, 1994

Legitimidade das normas internacionais

Sanada discute em Legitimacy of Global Accounting Standards: A New Analytical Framework a questão da legitimidade das normas internacionais. Em Ciência Política, corresponde a “capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coerção, que supõe a ameaça da força”. Basicamente Sanada tenta discutir o que leva as pessoas a aceitarem as normas internacionais do Iasb. É um assunto importante.

A figura abaixo é uma adaptação da tabela do artigo. Traz a hierarquia de um sistema contábil. Inicia-se pelo ambiente, depois estão os aspectos institucionais e somente após as normas contábeis. Ou seja, a contabilidade está submetida aos aspectos macros (ambientais e institucionais).


O Poder do Incentivo

Uma das leis básicas da economia é que as pessoas reagem aos incentivos. Como as companhias aéreas estão tentando reduzir a quantidade de bagagem despachada e de mão dos passageiros, formas criadas estão surgindo como reação a esta medida.

O texto Avoiding Baggage Fees (New York Times, 6 de fev 2012, Janet Morrissey) mostra algumas soluções criativas. Uma delas são roupas de viagem com grandes bolsos internos capazes de comportar máquinas, celulares e até iPad. Outra é um sistema de vácuo, que reduz o ar existente na mala e torna mais compacto a quantidade de coisas que podem ser levadas na mesma mala.