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07 julho 2023

Feliz dia do Chocolate

Hoje é o Dia Mundial do Chocolate. Originário da América Central e do Sul, chocolate era conhecido dos astecas e maias, entre outros povos. As pesquisas parecem mostrar que sua origem retrocede a milhares de anos e hoje faz parte da cultura universal. 

Ele também é um exemplo da globalização, sendo cultivado em países como Gana, Equador e Indonésia. Os grãos de cacau geralmente são enviados para Europa, local onde se produz os melhores chocolates do mundo. 

Alemanha, Bélgica e Holanda foram os maiores exportadores mundiais de chocolate e outras itens fabricados tendo por base o cacau (gráfico abaixo). As exportações foram de 1.009, 594 e 482 milhões de kg, respectivamente. O Brasil não está entre os dez maiores produtores. 


Mas nem todo mundo gosta tanto de chocolate como eu. Em muitos países da Ásia, as pessoas preferem outros lanches. Os suíços são os campeões de consumo per capita, com 11,8 quilos por ano. É de lá que vem os chocolates Toblerone e Lindt. O consumo deles é de dez vezes o consumo do brasileiro, conforme o gráfico abaixo



Rir é o melhor remédio

Em The Windors, uma sátira da família real, o príncipe Charles é um idiota preocupado com o ambiente. Em uma cena, com a então primeira-ministra Teresa May, ela discute com ele sobre seu papel. O tema é a compensação pela emissão de carbono: 




PwC Austrália

A PwC Austrália informou tardiamente os detalhes de uma investigação oficial sobre o escândalo de vazamentos fiscais a um poderoso órgão fiscalizador de auditorias dos Estados Unidos, o que aumenta significativamente o risco para as operações globais da empresa.

A empresa australiana também perdeu o prazo estatutário de 30 dias para autodeclarar "eventos reportáveis" para a Junta de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB, na sigla em inglês) dos EUA em mais de um ano, aumentando o risco de ação regulatória.

O professor emérito da Macquarie Business School, James Guthrie, disse que a PwC teve que reportar o assunto dos vazamentos porque isso afetou os parceiros globais da PwC, especialmente os parceiros nos EUA. "Isso é muito importante porque afetará a reputação da PwC nos EUA".

A PwC Austrália tem sido alvo de críticas localmente desde maio, quando o The Australian Financial Review noticiou um conjunto de e-mails que mostravam que vários parceiros da PwC receberam correspondência relacionada a um plano para explorar informações fiscais confidenciais do governo.

A PCAOB, criada em 2002 pelo Congresso dos EUA devido ao fracasso da autorregulação dos auditores, supervisiona as empresas de contabilidade e pode impor sanções por comportamento inadequado, incluindo multas financeiras de milhões de dólares e restrições à capacidade de uma empresa continuar auditando empresas públicas. O conselho também tem amplos poderes coercitivos para exigir documentos e informações das empresas.

(...) 

Fonte: Australian Financial Review

Significado do termo BRL e diferença para o R$

Eis um texto bem interessante: a diferença entre o termo BRL e o real: 

Ao realizar compras internacionais em plataformas pela internet, é comum que os consumidores se deparem com o termo BRL. Mas será que de fato você sabe o que significa esse termo?

Apesar desse código simbolizar o real, quando o preço de um produto é colocado em BRL não é porque ele está sendo vendido diretamente em moeda brasileira. O valor que aparece ali é uma estimativa de quanto aquele item valeria após conversão para o real. Entenda o que é BRL e onde essa sigla é utilizada.

O que é BRL?

BRL é uma sigla ou código monetário que faz referência ao real brasileiro, embora ele seja o símbolo oficial da moeda no Brasil, já que essa função é realizada pelo “R$”.

No contexto de comércio, por exemplo, enquanto o “R$” é usado para demonstrar o valor do produto que já está precificado em reais, o BRL representa uma projeção de preço após a conversão de uma outra moeda para o real.

Nesse sentido, a função do BRL seria exibir o preço de produtos em sites de compras internacionais com valor estimado em reais, além de servir para converter os valores por meio da taxa de câmbio.

Por que BRL é diferente do real?

A principal diferença entre BRL e real é que enquanto o primeiro termo é um código usada para conversão de outras moedas para o real, o segundo se refere ao nome da moeda oficial do Brasil.

Sendo assim, apesar de representarem a mesma coisa, na prática, eles são utilizados de formas diferentes, o que acaba confundindo muitas pessoas que buscam entender o que significa BRL.

Para entender melhor a diferença entre real e BRL, vale citar um exemplo. Suponha que em uma plataforma brasileira X o preço de um produto é R$ 2.000,00. Enquanto isso, o mesmo produto no site estrangeiro Y, que vende inicialmente aquele item em dólar, mostra o preço na tela de 1841,25 BRL.

Desse modo, na plataforma X, o produto já foi colocado pelo vendedor como R$ 2.000,00, enquanto no site estrangeiro Y o produto foi colocado à venda por US$ 380,00. Assim, convertendo para o real conforme a taxa de câmbio, com uma cotação hipotética do dólar de R$ 4,85, o preço do item chega a R$ 1841,25, mostrado no site como 1841,25 BRL.

No segundo caso, o valor representado em reais é apenas estimado. Ele pode variar conforme mudanças na taxa de câmbio e segundo o tipo de cotação usada pelo site, que pode ser diferente da utilizada por operadoras e bancos.

(...) O código monetário BRL compõe um padrão internacional de moedas correntes, estabelecido pela Organização Internacional para Padronização, chamado ISO 4217. Essa padronização foi feita de modo que os códigos de moedas pudessem ter 3 caracteres.

Dos 3 caracteres, os 2 primeiros devem fazer alguma referência ao país da moeda, enquanto o terceiro pode ser uma letra aleatória, ou seja, sem uma regra definida. Não por acaso, todos os códigos de moedas brasileiras desde a criação do ISO 4217 começaram com “BR” e tiveram uma terceira letra sempre diferente da utilizada anteriormente.

Assim, a “moeda” BRL foi criada no ano de 1978, juntamente com a ISO 4217. Como se trata de um padrão internacional, os demais países também passaram a ter suas próprias siglas representativas de moedas correntes.(...)

Onde a sigla BRL é utilizada?

Geralmente, a sigla BRL é utilizada em duas situações principais: para compras internacionais e para identificação do real no sistema de câmbio. 

O primeiro caso é mais comum de ser observado em plataformas de produtos importados ou de fabricação estrangeira, em que os preços dos itens em moeda estrangeira são convertidos em BRL, apresentando uma estimativa do valor do produto em reais.

Um ponto importante a ser observado nesses casos é que o preço de produtos em BRL pode variar. Isso acontece em razão do câmbio flutuante, fazendo com que as movimentações do dólar frente ao real e o tipo de cotação utilizada pelo site possa influenciar no valor final do item.

No segundo caso de uso, observar as cotações de outras moedas em relação ao real pode ser mais simples usando os códigos estabelecidos no ISO 4217. Sendo assim, a sigla BRL pode ser útil quando for preciso realizar trocas de moedas.

Fonte: Exame

Oposição ao imposto mínimo mundial no maior país capitalist

O acordo mundial para estabelecer uma taxa mínima de imposto sobre as sociedades, liderado pelo presidente Biden, está enfrentando desafios nos Estados Unidos, segundo informa o Washington Post. Enquanto muitos países ao redor do mundo estão adotando ou se preparando para adotar legislação para implementar as alíquotas de imposto mínimas acordadas, o Congresso dos EUA não tomou nenhuma ação para ajustar a lei tributária do país. 



Isso significa que algumas empresas americanas podem encontrar maneiras de reduzir sua carga tributária abaixo do mínimo acordado. Os republicanos no Congresso estão lutando contra o plano e argumentam que ele prejudica a base tributária dos EUA. A falta de ação do Congresso e a estrutura do acordo podem levar a consequências, como notas fiscais complexas para as empresas americanas, diminuição da receita tributária dos EUA e possíveis penalidades de países estrangeiros contra as empresas americanas. 

No entanto, o governo Biden continua otimista de que o Congresso adotará a legislação necessária em algum momento. Alguns economistas questionam se o acordo será benéfico para os Estados Unidos ou se beneficiará principalmente outros países. O acordo global permitirá que os países tributem as subsidiárias de empresas não conformes para compensar a diferença se um país não tributar suas próprias empresas à taxa mínima acordada. A probabilidade de isso acontecer ainda não está clara.

(É bom lembrar que o jornal é de propriedade da Amazon, uma empresa com interesses nesta questão)

06 julho 2023

Gênero e imposto

Declaração de imposto de renda também mostra a questão de gênero - e sua evolução no tempo. Eis o resumo do artigo:

Casais casados que apresentam uma declaração conjunta colocam o nome do homem em primeiro lugar 88,1% das vezes no ano fiscal de 2020, uma queda em relação aos 97,3% de 1996. É mais provável que o nome do homem venha primeiro quando uma proporção maior da renda alocável do casal é atribuída a ele e quanto mais velho for o casal. Com base nas médias estaduais, colocar o nome do homem em primeiro lugar está fortemente associado a atitudes políticas conservadoras, religiosidade e uma medida baseada em pesquisa de atitudes sexistas. Tanto a disposição para correr riscos quanto a não conformidade fiscal estão associadas à colocação do nome do homem em primeiro lugar.

Denúncias e Fraude

Examinamos o impacto do aumento das recompensas por denúncias sobre a estratégia dos denunciantes e a eficiência regulatória na detecção de fraudes. Nossa análise mostra que o órgão regulador extrai informações sobre a incidência de fraudes das ações dos denunciantes, e a qualidade dessas informações depende do tamanho das recompensas por denúncias. Com uma recompensa maior, ao receber um relatório de denúncia, a qualidade das informações do órgão regulador sobre a fraude se deteriora, ao passo que, ao não observar nenhuma denúncia, a qualidade das informações sobre a ausência de fraude melhora. Embora a melhoria da informação quando não há denúncia não tenha sido amplamente discutida, demonstramos que ela é um determinante fundamental do programa ideal de denúncia. Demonstramos que, considerando o valor informativo da denúncia e da ausência de denúncia, o regulador deve definir a recompensa para incentivar mais denúncias quando a crença prévia de fraude for mais forte e o insider estiver mais bem informado. Nossa análise gera implicações políticas e empíricas para a elaboração e o estudo de programas de denúncia de irregularidades.

Via aqui

Desafios Financeiros e Gerenciais no Terceiro Setor: O Caso da Color of Change

A maior entidade do terceiro setor de justiça social dos Estados Unidos, com mais de sete milhões de membros, parece estar enfrentando dificuldades comuns às organizações sem fins lucrativos. Desde 2006, a Color of Change atua no combate ao preconceito, especialmente o racial. Após as manifestações de 2020 relacionadas ao assassinato de George Floyd pela polícia, a organização expandiu sua atuação, incluindo parcerias com o Airbnb, por exemplo, e seu presidente, Rashad Robinson (foto), tornou-se uma celebridade na mídia, com aparições na Oprah e na Forbes.


Isso também resultou em um aumento nas doações, com um valor de 30 milhões de dólares somente no primeiro semestre de 2020, superando as receitas anuais anteriores. Mais dinheiro deveria significar uma melhoria nos controles e na transparência contábil, mas isso não parece funcionar no terceiro setor, onde maiores receitas frequentemente são acompanhadas por descontrole financeiro.

Períodos de bonança levaram a um aumento nos salários dos executivos da Color of Change, realização de eventos maiores, projetos questionáveis e falta de supervisão. Com a redução da receita, esses gastos excessivos resultaram em déficits. Uma característica interessante das entidades do terceiro setor é que geralmente o volume de doações aumenta durante as crises para as quais a organização foi criada. Após o impacto da morte de Floyd, as receitas diminuíram. Embora houvesse uma expectativa de orçamentos anuais no valor total de 43 milhões nos últimos dois anos, o valor efetivo foi de 26 milhões.

A situação se complicou a ponto de, em uma reunião da diretoria, ser sugerida a falência da organização. Assim, a Color of Change começou a reduzir seu orçamento, o que incluiu demissões de funcionários.

Uma relação importante em uma entidade do terceiro setor é a relação entre despesas administrativas e receita, que consiste principalmente em doações para a organização. Com a queda na receita, essa relação aumentou para 1,52. Em outras palavras, a cada unidade monetária doada para a entidade, havia 1,52 unidades monetárias de gastos. Isso tem sido uma constante nos últimos meses.

A solução foi utilizar o caixa acumulado de 4 milhões para pagar as contas. No entanto, o valor não foi suficiente e resultou em atrasos nos pagamentos. Sem receber pagamento, os fornecedores começaram a interromper os serviços.

Um dos pontos observados é que a organização aparentemente não tinha uma auditoria independente. O termo "aparentemente" é sintomático aqui, pois a contabilidade da organização era e ainda é opaca. Esse parece ser um problema comum das entidades do terceiro setor, que só se preocupam com a contabilidade quando a crise surge.

Técnicas de análise de custo-benefício não eram consideradas. Em uma situação, a organização gastou 25 mil dólares em um podcast que tinha apenas 300 ouvintes mensais. Não é preciso ser um especialista em finanças para perceber que uma análise custo-benefício reprovaria esse gasto.

Outro exemplo de gasto inadequado foi o pagamento de aluguel para o filho da presidente da diretoria da organização em Manhattan, além de despesas com sua segurança e automóveis de luxo. E o salário anual do presidente da organização, até recentemente, era próximo de 500 mil dólares, muito embora essa informação não foi, e ainda não é divulgada, sendo baseada em suposições.

Fonte: Business Insider

Rir é o melhor remédio

 

Parece óbvio, mas o cartaz diz: Este quarto está equipado com luz elétrica Edison. Não tente acender com fósforo. Basta girar a chave na parede ao lado da porta. 

Fonte: aqui

05 julho 2023

Economia do desmatamento tropical

Dois fatores têm elevado recentemente o interesse acadêmico e político no desmatamento tropical: em primeiro lugar, a percepção de que ele é um importante contribuinte para as mudanças climáticas; em segundo lugar, uma revolução na medição baseada em satélite que revelou que o desmatamento está ocorrendo em ritmo acelerado. Começamos revisando os avanços metodológicos que possibilitaram a medição da perda florestal em alta resolução espacial em todo o mundo. Em seguida, desenvolvemos um modelo de referência simples de desmatamento com base em modelos clássicos de extração de recursos naturais. Ao incorporar características que caracterizam o desmatamento em países em desenvolvimento - pressão por mudança no uso da terra, externalidades locais e globais significativas, direitos de propriedade fracos e restrições da economia política - obtemos um quadro para revisar a crescente literatura empírica sobre a economia do desmatamento nos trópicos. Essa combinação de teoria e empiria oferece insights não apenas sobre os impulsionadores econômicos e os impactos do desmatamento tropical, mas também sobre políticas que podem afetar sua progressão. Concluímos identificando áreas em que mais pesquisas são necessárias nesse importante campo de estudo.

The Economics of Tropical Deforestation - Clare A. Balboni, Aaron Berman, Robin Burgess & Benjamin A. Olken


O Brasil é citado 48 vezes neste texto de 45 páginas. Há uma discussão sobre o valor da conservação ambiental, destacando a importância do valor de opção de não desmatar como um fator de grande importância na tomada de decisão dos proprietários de terras. Enquanto abordagens anteriores se concentraram no valor das diferentes utilizações alternativas da terra, o artigo ressalta a importância do valor de manter a terra como floresta, o que pode gerar retornos futuros potenciais. 

Foto: Unsplash+

Clima e Zona climática ideal

As condições climáticas permitiram à humanidade florescer ao longo dos últimos milhares de anos. Após um período de temperaturas relativamente estáveis nos últimos 7.000 anos, o aquecimento global está agora interrompendo rapidamente o clima confiável que favoreceu o desenvolvimento da agricultura avançada, a construção de cidades e o progresso tecnológico.


Um estudo publicado na revista Nature Sustainability descreve duas consequências perigosas dessas mudanças rápidas. Primeiro, grandes populações estão vendo suas regiões de origem se deslocarem para fora da chamada "zona climática" ideal para a vida humana. Segundo, os riscos de eventos extremos de calor, como a onda de calor de 2021 que causou mais de 1.000 mortes em Oregon, Washington e Colúmbia Britânica, estão aumentando.

No entanto, o estudo mostra que tomar as medidas certas agora pode ajudar imensamente. A cada décimo de grau de aquecimento global que a sociedade puder evitar, mais de 100 milhões de pessoas permanecerão em um clima mais favorável. Isso pode ajudar a prevenir problemas previstos pelos autores do estudo, como o aumento do risco de doenças, agricultura e trabalho menos produtivos, e crescentes riscos de violência, instabilidade e migração em massa.

O estudo utiliza a expressão "zona climática ideal" para descrever o clima que era mais adequado para a produtividade econômica e agrícola em 1980. A maior parte das pessoas vivia em áreas com temperaturas médias anuais entre 7°C e 17°C. À medida que as temperaturas globais aumentam, áreas mais quentes próximas ao equador se tornarão menos adequadas e perigosamente quentes, enquanto algumas regiões frias se beneficiarão de temperaturas mais elevadas.

No entanto, o estudo destaca os desafios enfrentados pelas populações que estão fora dessa "zona climática". A exposição a temperaturas extremas pode resultar em aumento de morbidade, mortalidade, queda na produtividade, aprendizado prejudicado, queda na produção agrícola, aumento de conflitos, migração e disseminação de doenças infecciosas.

Para a contabilidade, a presença em regiões mais quentes é um fator de risco para os negócios, podendo afetar a geração de riqueza futura, com influencia até na continuidade. Por este motivo, levar em consideração o clima no risco de negócio é algo necessário. Resta saber como devemos fazer isto. 

Baseado aqui

CPA e o ChatGPT: aprovado na segunda tentativa

Uma versão aprimorada do ChatGPT obteve sucesso em seu segundo teste simulado do exame de CPA (Certified Public Accountant). Com uma pontuação média de 85,1, o ChatGPT conseguiu passar no exame após um fracasso inicial, assim como cerca de metade dos candidatos humanos que falham em sua primeira tentativa.


Esse resultado levanta questionamentos sobre a suposta "vantagem competitiva" dos contadores humanos em relação às máquinas. Pela primeira vez, a inteligência artificial (IA) desempenhou tão bem quanto a maioria dos contadores humanos em uma tarefa de contabilidade do mundo real, o que traz à tona importantes questões sobre a colaboração entre máquinas e contadores no futuro.

Os autores do estudo destacaram a importância desse marco, levantando reflexões sobre como as máquinas e os contadores poderão trabalhar em conjunto no cenário contábil. Será necessário repensar o papel dos contadores e como eles podem aproveitar o potencial da IA para melhorar sua eficiência e desempenho.

Embora o sucesso do ChatGPT no exame de CPA seja significativo, ainda existem questões a serem exploradas. O desafio será encontrar uma maneira de combinar a capacidade analítica e interpretativa dos contadores humanos com a precisão e a velocidade da IA. A colaboração entre máquinas e contadores pode resultar em uma sinergia poderosa, na qual a IA complementa as habilidades humanas, resultando em um desempenho aprimorado e uma eficiência aprimorada.

Fonte: aqui

Curso sobre Taylor

A Universidade de Stanford está oferecendo um novo curso sobre Taylor Swift, intitulado, em português, de "A Anti-Heroína, Taylor Swift". A iniciativa foi liderada por uma estudante chamada Jeffs, que criou seu próprio programa para o curso e conseguiu o apoio do professor de língua inglesa Mark McGurl. O curso faz parte do programa de Cursos Iniciados pelos Estudantes da universidade, que permite que os alunos explorem áreas de interesse ou enriquecimento. As aulas serão avaliadas como "satisfatórias" ou "não satisfatórias" e não terão impacto na média dos alunos. Alguns fãs da cantora, não necessariamente alunos da universidade, estão empolgados em discutir sobre a cantora. 


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


 Este cartoon é do texto sobre clima, publicado hoje. Localização, localização e localização é um mantra para enfatizar a relevância de escolher bem o local (vide, por exemplo, um dos capítulos do livro Não confie nos Instintos, de Stephens-Davidowitz). A casa está entre uma em chamas e outra coberta de gelo. Localização. 

04 julho 2023

Prime Day

Queridos amigos e leitores, nos dias 11 e 12 de julho haverá o Prime Day, da Amazon. É um dia em que os clientes que assinam o Prime conseguem descontos em vários produtos.

O "esquenta" do Prime Day já começou, então é possível encontrar itens com desconto, especialmente livros. 

Nesse clima, vamos aproveitar para divulgar o nosso link de associados Amazon. A gente ganha uma pequena porcentagem em cima das compras de vocês, que usamos na anuidade do domínio aqui do blog. Se, antes de pagarem as compras, vocês clicarem no nosso link e de lá forem pro carrinho, já conta! 

Link Afiliado Amazon: Aqui

Gratos

PwC, Austrália e a captura do governo

(...) O mercado de consultoria de gestão da Austrália é o maior do mundo per capita e o quarto maior em geral, o que é notável para um país com apenas 25 milhões de habitantes. E o governo federal tem liderado nessa área. Entre 2013 e 2022, seus gastos anuais com consultores aumentaram de US$352 milhões para US$888 milhões. No mesmo período, as quatro principais empresas de serviços profissionais - PwC, KPMG, Deloitte e Ernst & Young - embolsaram US$1,2 bilhão em contratos de consultoria do governo federal. 



Ao contratar essas empresas, que prestam serviços tanto para o governo quanto para o setor privado, os riscos de conflito de interesses são inevitáveis. Nesta semana, por exemplo, a KPMG lançou sua própria revisão interna de seus contratos para aconselhar tanto o governo quanto os operadores em auditorias de qualidade e segurança de instalações de cuidados para idosos. Até mesmo a Polícia Federal Australiana, que está investigando Collins por possível conduta criminosa, concedeu contratos de consultoria à PwC no valor de mais de US$20 milhões nos últimos dois anos, e outros US$30 milhões para as outras "Sete Grandes" empresas de consultoria (um grupo que também inclui a Accenture). Ironicamente, a PwC também é a auditora externa da AFP.

Como sempre acontece com as grandes empresas de serviços profissionais, a corrupção vai além dos problemas de conflito de interesses. Embora esses problemas sejam relevantes, focar apenas no conflito de interesses é perder o ponto principal sobre a consultoria governamental; mesmo que fosse abordado dividindo as empresas, como a PwC está fazendo agora, é provável que as administrações ainda dependessem de consultorias externas - e isso é uma perspectiva muito preocupante.

Na Austrália, como em muitos outros países, os consultores externos se tornaram parte integrante das operações governamentais centrais, ganhando contratos lucrativos sem melhorias tangíveis no desempenho. Isso se tornou impossível de ignorar durante a pandemia de Covid-19. Em um exemplo notável, o governo federal terceirizou o planejamento, logística, monitoramento e entrega das vacinas. Ele concedeu à McKinsey contratos no valor de 3 milhões de dólares para planejamento estratégico, consultoria e serviços profissionais, enquanto a Ernst & Young recebeu mais de 1,5 milhão de dólares para conduzir avaliações de prontidão do sistema de vacinação.

Eles obtiveram retorno sobre seu investimento? Não exatamente. Até que fosse centralizado sob o comando do tenente-general John Frewen, o fracasso da campanha de vacinação da Austrália se tornou lendário, ganhando o apelido de "the strollout" (algo como "a caminhada lenta") - a palavra do ano do Dicionário Nacional Australiano de 2021. Os governos estaduais também dependiam fortemente de consultores em suas respostas à pandemia, com efeitos semelhantes. (...)

Ao criticar a crescente dependência de nossas elites políticas dessa nova classe de consultores, é comum os críticos se referirem à "desarticulação do Estado", em que funções anteriormente desempenhadas pelo governo são cada vez mais terceirizadas para fornecedores privados. Esse processo tem uma dinâmica auto-reforçadora: uma vez que o trabalho é feito fora do governo, os funcionários públicos perdem habilidades e capacidades vitais, tornando-se ainda mais dependentes do setor privado, especialmente em uma crise.

No entanto, um erro comum é atribuir esse processo apenas à ideologia neoliberal de "Estado mínimo" e a modismos da administração pública, como a "nova gestão pública". É certo que a terceirização muitas vezes é justificada com a premissa de que o setor privado é inerentemente superior às burocracias públicas burocráticas; além disso, a erosão da capacidade do serviço público também fornece argumentos para aqueles que gostariam de ver governos ainda menores. Mas na Austrália, mesmo com a diminuição da participação do serviço público na força de trabalho desde os anos setenta, a parcela do governo nos gastos públicos aumentou. Se o neoliberalismo não é o culpado, o que é?

Pelo menos na Austrália, a história maior por trás do aumento do uso de consultores externos pelos governos é a erosão da responsabilidade democrática. Aqui, a terceirização para o setor privado é uma das várias medidas projetadas para fornecer aos governos uma negação plausível, distanciando-se dos processos de formulação e implementação de políticas. Da mesma forma, houve uma tendência crescente de fortalecer órgãos estatais cujas operações são isoladas da política democrática. O Reserve Bank of Australia, por exemplo, tornou-se independente em termos operacionais nos anos noventa e recebeu uma meta de inflação que desde então substituiu outros possíveis objetivos de política, como pleno emprego, salários mais altos ou a sobrevivência da indústria manufatureira. (...)

Aqui podemos ver o verdadeiro problema por trás do uso excessivo de consultores: a existência de uma classe política que evita a responsabilidade e terceiriza a tomada de decisões para especialistas técnicos. À medida que a política pública se torna cada vez mais especializada e complexa, os políticos eleitos estão cada vez mais propensos a buscar soluções fora do governo, a fim de evitar o escrutínio público e se proteger de potenciais danos políticos. A terceirização para consultores externos é apenas uma forma desse processo mais amplo de evasão da responsabilidade democrática.

Portanto, enquanto o escândalo envolvendo a PwC na Austrália é certamente chocante e preocupante, ele é apenas um sintoma de um problema maior. A dependência excessiva de consultores externos é um sintoma de uma classe política que evita a responsabilidade e busca refúgio na expertise técnica, em vez de enfrentar as complexidades da governança democrática. Enquanto essa dinâmica persistir, o uso excessivo de consultores externos continuará a ser um desafio para a transparência, a responsabilidade e a eficácia governamental.

Fonte: aqui. foto: Antonio Albanese, da PwC

Chuva e religião

Crença religiosa e o clima, em um artigo do NBER

Estudamos o clima como determinante da crença religiosa. As pessoas acreditam no divino quando as autoridades religiosas (a "igreja") podem intervir de forma crível na natureza em seu nome. Apresentamos um modelo no qual a natureza determina o padrão de chuvas ao longo do tempo e a igreja escolhe o momento ideal para rezar, a fim de persuadir as pessoas de que causou a chuva. Apresentamos evidências de rezas por chuva em Murcia, Espanha, de que a igreja segue uma política ótima e que suas rezas, portanto, preveem a chuva. Em nosso modelo, rezar por chuva só pode persuadir as pessoas a acreditar se o risco de chuva durante um período de seca estiver aumentando ao longo do tempo, de modo que a probabilidade de chuva seja maior quando as pessoas mais desejam chuva. Testamos essa previsão em um conjunto de dados original sobre se grupos étnicos ao redor do mundo tradicionalmente rezavam por chuva. Descobrimos que a oração por chuva é mais comum entre grupos étnicos dependentes de agricultura intensiva para subsistência e que os grupos étnicos enfrentando um aumento no risco de chuva têm 53% mais chances de rezar por chuva, de acordo com nosso modelo. Interpretamos essas descobertas como evidência da instrumentalidade da crença religiosa.

Eis o mapa onde o ritual da chuva é praticado no mundo:



Reconhecimento da receita

O IASB emitiu uma consulta para revisar a eficácia do padrão contábil IFRS 15 para receitas de contratos com clientes. Alguns consideram o padrão complexo de implementar, mas reconhecem que melhorou a comparabilidade das informações de receitas. O IASB está avaliando se o padrão está funcionando conforme o planejado e se há necessidade de alterações. A revisão também aborda questões como incentivos de marketing, tratamento de receitas negativas e interações com outros padrões contábeis. O feedback dos interessados ajudará o IASB a decidir se são necessárias mudanças no padrão.


Andreas Barckow, presidente do IASB, disse: "Encorajamos os interessados a compartilhar conosco as evidências que possuem sobre se o IFRS 15 está alcançando seu objetivo, em relação à compreensibilidade do padrão e aos custos e benefícios de sua aplicação.

'Uma revisão pós-implementação de um padrão contábil não leva automaticamente ao estabelecimento de um novo padrão. Após analisar o feedback dos interessados e as evidências provenientes de atividades de divulgação e pesquisa, o IASB determinará se e quando realizará o estabelecimento de um novo padrão.'

Foto: Daniel Öberg

Venda antes da queda

De acordo com informações de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, os diretores da companhia venderam R$ 244 milhões em ações da varejista ao longo do segundo semestre de 2022, meses antes da revelação do escândalo contábil em janeiro deste ano.


Esta foi a primeira vez que os números exatos foram divulgados desde o grande rombo na Americanas. Até o momento as únicas informações eram que os diretores haviam vendido os papéis, mas não os valores eram desconhecidos.

Ainda de acordo com Jardim, o ex-CEO, Miguel Gutierrez, vendeu R$ 156 milhões em ações da Americanas. Enquanto isso, Anna Saicali e Thimoteo Barros, venderam R$ 59 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente. A menor venda foi de Marcio Cruz, que vendeu R$ 5,6 milhões.

Fonte: aqui

Consequência do censo

Preocupadas com a perda de recursos, centenas de prefeituras de todo o País, devem acionar a Justiça para pedir revisão dos dados populacionais do censo que contou a população do Brasil. A quantidade de moradores impacta os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), receita importante para a maioria das cidades brasileiras. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 770 cidades receberão menos recursos do FPM devido à população menor contada pelo Censo Demográfico de 2022, divulgado no último dia 28. 

O FPM, principal receita para 7 de cada 10 municípios brasileiros, tem entre os fatores de cálculo do repasse a quantidade de moradores. A queda na população reduz o valor. As perdas, somadas, chegam a R$ 3 bilhões, segundo a CNM. 


Há uma clara manipulação no texto acima, publicado no Estadão. Sim, é verdade que algumas cidades irão perder receita em razão do censo. Este é o número de 770 cidades. Mas o país possui mais de cinco mil municípios, em que uma parcela deverá receber mais recursos. Isto não é contemplado no texto.