Em uma ação estratégica para maximizar a dor dos perfuradores de óleo de xisto dos EUA, a Arábia Saudita enviou uma flotilha de 20 navios transportando 40 milhões de barris de petróleo saudita para a Costa do Golfo dos EUA para inundar a região. E o mercado americano que já está inundado de petróleo. (...) Esses navios com petróleo saudita, que foram carregados em março e início de abril, estão se aproximando dos EUA e devem chegar ao Texas e à Louisiana em maio.
Fonte: aqui
O volume de estoque aumentou de 19,2 milhões de barris para 504 milhões, em uma semana, nos Estados Unidos. A guerra de preços da Arábia Saudita e Rússia está provocando um efeito sobre os produtores de xisto. São estes produtores que evitaram um aumento no preço do petróleo no passado e agora podem ser excluídos do mercado.
Hoje ficou evidente uma ruptura entre o contrato futuro de maio, o preço à vista (11 dólares, muito baixo) e o contrato de junho. Parece que ocorreu apostas altas que serão perdidas.
Outro fato é a recessão, que derrubou a demanda e aumentou os estoques.Como lidar com preço negativo?, pergunta Claudio Santana (a partir daqui)
20 abril 2020
Dividendos transmitem informação sobre lucros futuros
Resumo:
Yes. We show that dividend changes contain information about highly persistent changes in future economic income. Three methodological differences lead us to different conclusions from the extant literature: (i) we use an “event window approach” to cleanly delineate earnings after dividend changes from those before, (ii) we use alternative earnings measures to control for endogenous investment and asset write-downs surrounding dividend changes, and (iii) we control for the nonlinear relation between dividend changes and market reactions. Our results suggest dividend announcement returns reflect information about the level of permanent earnings, though the timing of the information content is difficult to reconcile with traditional signaling models.
Yes. We show that dividend changes contain information about highly persistent changes in future economic income. Three methodological differences lead us to different conclusions from the extant literature: (i) we use an “event window approach” to cleanly delineate earnings after dividend changes from those before, (ii) we use alternative earnings measures to control for endogenous investment and asset write-downs surrounding dividend changes, and (iii) we control for the nonlinear relation between dividend changes and market reactions. Our results suggest dividend announcement returns reflect information about the level of permanent earnings, though the timing of the information content is difficult to reconcile with traditional signaling models.
![PDF] Do Dividends Convey Information About Future Earnings ...](https://d3i71xaburhd42.cloudfront.net/b18cefd25439a2951a6c4ac8b464f02b3b8c14db/51-Figure2-1.png)
19 abril 2020
Previsão de recessões com dados do mercado
Do financial market participants, collectively, possess special wisdom about when economies are at risk of falling into a recession? When is Growth at Risk, a paper to be discussed at the Brookings Papers on Economic Activity conference March 19, suggests the answer is, “Probably not.”
Financial markets and the real economy (the production of goods and services) interact. Their movements are highly correlated, and financial indicators can, of course, provide useful information about current economic conditions. They also reflect market participants’ expectations of where the real economy is headed. The question the authors examine is whether financial indicators provide extra predictive power, more so than indicators of the real economy such as surveys of corporate purchasing managers.
“People in financial markets can obtain high returns if they can predict recessions but they are not able to do it—at least not better than anyone else. They cannot anticipate the timing of recessions and they price the risk of one only once they see it,” Professor Reichlin said in an interview with Brookings. “This blindness suggests that information bearing on the economy’s near-term path is rapidly available to all, but rare events such as recessions are fundamentally unforecastable.”
Policymakers should still pay attention to financial variables, even if they offer disappointingly little power to forecast recession risk—and they should seek to limit the accumulation of financial fragilities since those fragilities likely amplify the damage to the real economy once recessions occur, she said.
The authors use econometric techniques to analyze financial data back to 1973 and its ability to predict risks to gross domestic product (the economy’s output of goods and services) in both the very short term (within a quarter) and the medium term (four quarters). They examined both the predictive power of a compilation of financial variables in the United States (the Federal Reserve Bank of Chicago’s National Financial Conditions Index) and individual variables. They also looked at data for 12 other advanced-economy countries and found very similar patterns.
Financial markets and the real economy (the production of goods and services) interact. Their movements are highly correlated, and financial indicators can, of course, provide useful information about current economic conditions. They also reflect market participants’ expectations of where the real economy is headed. The question the authors examine is whether financial indicators provide extra predictive power, more so than indicators of the real economy such as surveys of corporate purchasing managers.
“People in financial markets can obtain high returns if they can predict recessions but they are not able to do it—at least not better than anyone else. They cannot anticipate the timing of recessions and they price the risk of one only once they see it,” Professor Reichlin said in an interview with Brookings. “This blindness suggests that information bearing on the economy’s near-term path is rapidly available to all, but rare events such as recessions are fundamentally unforecastable.”
Policymakers should still pay attention to financial variables, even if they offer disappointingly little power to forecast recession risk—and they should seek to limit the accumulation of financial fragilities since those fragilities likely amplify the damage to the real economy once recessions occur, she said.
The authors use econometric techniques to analyze financial data back to 1973 and its ability to predict risks to gross domestic product (the economy’s output of goods and services) in both the very short term (within a quarter) and the medium term (four quarters). They examined both the predictive power of a compilation of financial variables in the United States (the Federal Reserve Bank of Chicago’s National Financial Conditions Index) and individual variables. They also looked at data for 12 other advanced-economy countries and found very similar patterns.

Assembleias digitais
Muitas empresas estavam esperando esta norma: como irá funcionar as assembleias digitais. Através da Instrução 622, a CVM indicou sobre as assembleias de acionistas inteiramente digitais. Isto está apoiado na MP 931/20 e corresponde a uma mudança diante do Covid-19.
Em muitos casos, as próprias empresas divulgavam, juntamente com a convocação ou cancelamento da Assembleia, um indicativo que estavam esperando um pronunciamento da CVM sobre os procedimentos que seriam adotados. Segundo a entidade, as principais mudanças são:
Inclusão de definição das assembleias realizadas de modo parcialmente digital.
Esclarecimento de que nas assembleias realizadas de modo parcialmente digital, a reunião poderá ocorrer fora da sede da companhia, em caráter excepcional.
Possibilidade de definição, por parte da companhia, de prazo de antecedência para que o acionista deposite os documentos mencionados no anúncio de convocação e que estes possam ser apresentados por meio de protocolo digital.
Previsão de que o sistema a ser utilizado pela companhia possibilite a comunicação entre os acionistas.
Possibilidade dos administradores e pessoas cuja presença seja obrigatória nas assembleias participarem a distância nas assembleias realizadas de modo parcial ou exclusivamente digital.
Possibilidade de o presidente da mesa e o secretário registrarem em ata a presença dos acionistas que participarem a distância.
Em muitos casos, as próprias empresas divulgavam, juntamente com a convocação ou cancelamento da Assembleia, um indicativo que estavam esperando um pronunciamento da CVM sobre os procedimentos que seriam adotados. Segundo a entidade, as principais mudanças são:
Inclusão de definição das assembleias realizadas de modo parcialmente digital.
Esclarecimento de que nas assembleias realizadas de modo parcialmente digital, a reunião poderá ocorrer fora da sede da companhia, em caráter excepcional.
Possibilidade de definição, por parte da companhia, de prazo de antecedência para que o acionista deposite os documentos mencionados no anúncio de convocação e que estes possam ser apresentados por meio de protocolo digital.
Previsão de que o sistema a ser utilizado pela companhia possibilite a comunicação entre os acionistas.
Possibilidade dos administradores e pessoas cuja presença seja obrigatória nas assembleias participarem a distância nas assembleias realizadas de modo parcial ou exclusivamente digital.
Possibilidade de o presidente da mesa e o secretário registrarem em ata a presença dos acionistas que participarem a distância.
Iasb a todo vapor
Uma das consequências positivas do Covid para contabilidade poderia ser a redução no ritmo de produção de normas. Mas parece que isto não está acontecendo. A Deloitte fez um interessante comparativo entre o planejamento do Iasb, de um mês para cá. Pouca coisa mudou. Ou seja, mais e mais normas. Eis a listagem da empresa de auditoria:
Standard-setting projects
Maintenance projects
On 17 April 2020, the Board decided to extend the consultation period by (approximately) three months for the following consultation documents:
Standard-setting projects
- No changes, but see below for changes not yet reflected in the updated work plan
Maintenance projects
- Changes in accounting policies and estimates — Final amendments are now expected in the fourth quarter of 2020 (previously no date given)
- Amendments to IFRS 17 'Insurance Contracts' — Final amendments are now expected in June 2020 (previously second half of 2020)
- Deferred tax related to assets and liabilities arising from a single transaction — The discussion of exposure draft feedback is now expected in June 2020 (previously second quarter of 2020)
- Disclosure initiative — Accounting policies — The last work plan stated that feedback to the exposure draft would be discussed (no date given); this has now changed to final amendments to be expected in the fourth quarter of 2020 without redeliberations having occurred yet Disclosure initiative —
- Disclosure review — An exposure draft is now expected in the first half of 2021 (previously second half of 2020)
- IBOR reform and its effects on financial reporting — Phase 2 — An exposure was published on 9 April 2020; discussion of the feedback received is expected to occur in the third quarter of 2020
- IFRS 16 and COVID-19 — A project newly added to the work plan; an exposure draft is expected "by 27 April 2020"
- Business combinations under common control — A discussion paper is now expected in the third quarter of 2020 (previously second quarter of 2020)
- Dynamic risk management — Outreach on the core model is now expected in the second half of 2020 (previously second quarter of 2020)
- Extractive Activities — Research findings will now be discussed in June 2020 (previously second quarter of 2020)
- Goodwill and impairment — The feedback received on the discussion paper will be discussed in the first half of 2021 (previously second half of 2020)
- Post-implementation Review of IFRS 10, IFRS 11 and IFRS 12 — in the last work plan, the research review was announced for April 2020; this has now been given an entry "fourth quarter of 2020" although the Board will actually discuss the feedback at the upcoming Board meeting
- 2020 Agenda Consultation — A request for information is now expected in the first half of 2021 (previously second half of 2020)
On 17 April 2020, the Board decided to extend the consultation period by (approximately) three months for the following consultation documents:
- the Exposure Draft General Presentation and Disclosures;
- the Request for Information Comprehensive Review of the IFRS for SMEs Standard;
- and the Discussion Paper Business Combinations—Disclosures, Goodwill and Impairment.
18 abril 2020
Parabéns Contabilidade Financeira
Alguns bons amigos lembraram que hoje estamos completando aniversário. Gostaria de aproveitar e agradecer o grande incentivo e apoio da Isabel e do Pedro, sempre presentes. E daqueles que gostam daquilo que fazemos.
Que venham mais anos de vida pela frente. E muita postagem. Sobre débitos e créditos da vida real.
Que venham mais anos de vida pela frente. E muita postagem. Sobre débitos e créditos da vida real.
12 artigos de economia que todo contador deveria ler
Bayesian persuasion: Kamenica and M. Gentzkow (AER 2011)
Apresenta a solução de uma vasta classe de modelos de divulgação de informação com comprometimento.
2. Unique equilibrium in a model of self-fulfilling currency attacks, by S. Morris and H. Shin (AER 1998)
Apresenta os fundamentos de modelos de equilíbrio único com estratégias complementares.
Estabelece os problemas que surgem quando um especialista em discriminação de preços detém o monopólio da certificação.
Apresenta um teoria dos contratos dinâmica do balanço contábil.
5. Financial intermediation, loanable funds and the real sector, by B. Holmstrom and J. Tirole (QJE 1997)
Desenvolve um modelo de equilíbrio geral do papel de garantias financeiras.
6. Has moral hazard become a more important factor in managerial compensation?, by G. Gayle and R. Miller (AER 2009)
Estima uma modelo estrutural de incentivos gerenciais.
Mostra que a divulgação voluntária de informação induz à aquisição de informação em excesso.
8. Using privileged information to manipulate markets: Insiders, Gurus and Credibility, by R. Benabou and G. Laroque (QJE 1997)
Apresenta um modelo simples de manipulação de informações não verificáveis.
9. The survival of noise traders in financial markets, by J. De Long, A. Schleifer, L. Summers and R. Waldman (JB 1991)
Analisa a hipótese de que alguns negociantes têm expectativas mal especificadas.
10. An incomplete contracts approach to financial contracting, by P. Aghion and P. Bolton (RES 1992)
Apresenta a estrutura de vários modelos de contratos incompletos.
Mostra como um modelo simples do talento do CEO e de leis de potência ajuda a desenhar a análises empíricas da remuneração do CEO e interpreta seus resultados.
Revela o que acontece nos fundos de gerenciamento de ativos.
Ex-auditor da EY recebe indenização
A justiça inglesa aceitou uma causa favorável a Amjad Rihan, um ex-funcionário da empresa de auditoria EY. Rihan irá receber 11 milhões de dólares por danos, pois foi demitido da empresa por ter indicado irregularidades em uma empresa chamada Kaloti, em 2013.
O juiz entendeu que a EY ajudou a encobrir problemas que Rihan tinha descoberto ao fazer a auditoria da empresa de metais preciosos Kaloti. A empresa atuava de maneira inadequada e Rihan descobriu, por exemplo, que a Kaloti importou barras de ouro, revestidas de prata, do Marrocos. A empresa atuava no Emirados Árabes, destino de ouro contrabandeado da África.Outra descoberta de Rihan foi que a Kaloti efetuou, somente em 2012, pagamentos no total de 5,2 bilhões de dólares em caixa, um série indício de lavagem de dinheiro.
A EY disse que irá apelar, mas não quis comentar a decisão. Disse que foi uma equipe da empresa que descobriu irregularidades e fez a denúncia.
O juiz entendeu que a EY ajudou a encobrir problemas que Rihan tinha descoberto ao fazer a auditoria da empresa de metais preciosos Kaloti. A empresa atuava de maneira inadequada e Rihan descobriu, por exemplo, que a Kaloti importou barras de ouro, revestidas de prata, do Marrocos. A empresa atuava no Emirados Árabes, destino de ouro contrabandeado da África.Outra descoberta de Rihan foi que a Kaloti efetuou, somente em 2012, pagamentos no total de 5,2 bilhões de dólares em caixa, um série indício de lavagem de dinheiro.
A EY disse que irá apelar, mas não quis comentar a decisão. Disse que foi uma equipe da empresa que descobriu irregularidades e fez a denúncia.
Arte na Quarentena
Ontem postamos um vídeo que mostra que muitos comerciais são repetitivos. Mas veja como a Ucrânia, através do Ministério da Cultura e Informação, foi criativa, usando obras de arte para passar a ideia dos cuidados em tempos do Covid-19:
17 abril 2020
O pós Covid-19 em diferentes setores da economia
A empresa de consultoria Bain faz um exercício de futurologia (via aqui). A saída das últimas crises foram "eufóricas" (li isto em uma postagem, mas perdi a referência). Acho que a recuperação de viagem e turismo será bem mais rápida que o previsto na figura. E discordo que o entretenimento on-line irá continuar com demanda em alta, somente para citar dois casos.
Todo comercial do Covid é igual?
Parece que sim. Falta criatividade. Começa com o som de um piano ...
Reunião de empresas com o presidente da SEC
Resumo:
We examine whether meetings between the SEC Chair and public companies facilitate regulatory capture. Our analyses indicate that firms seek out meetings with the SEC Chair, as meetings are more likely to occur for politically active rather than industry leading firms, and meetings are more likely to occur during periods when the firm is under nonpublic investigation. In addition, we find that firms with meetings benefit from reduced monetary penalties, and that these reduced penalties are attributable, in part, to the favorable selection of the adjudication forum. These findings extend our understanding of how regulatory capture occurs at the SEC, and suggest that closed-door meetings between the SEC Chair and public companies may facilitate regulatory capture by providing a forum that helps firms negotiate for and obtain favorable regulatory outcomes.
We examine whether meetings between the SEC Chair and public companies facilitate regulatory capture. Our analyses indicate that firms seek out meetings with the SEC Chair, as meetings are more likely to occur for politically active rather than industry leading firms, and meetings are more likely to occur during periods when the firm is under nonpublic investigation. In addition, we find that firms with meetings benefit from reduced monetary penalties, and that these reduced penalties are attributable, in part, to the favorable selection of the adjudication forum. These findings extend our understanding of how regulatory capture occurs at the SEC, and suggest that closed-door meetings between the SEC Chair and public companies may facilitate regulatory capture by providing a forum that helps firms negotiate for and obtain favorable regulatory outcomes.
Mudanças no moeda Libra
Quando foi lançada, a Libra, a moeda do Facebook, recebeu uma reação muito fria dos reguladores. Muitos meses depois, a ideia sofreu algumas alterações, tentando obter o apoio dos bancos centrais dos principais países mundiais. Agora a entidade responsável pelo lançamento da moeda anunciou que haverá um maior controle por parte dos reguladores, com a participação de mais de 20 países como "cão de guarda".
A Associação Libra tenta a aprovação do governo suíço e sua sede é em Genebra. Apesar dos planos, a Associação não deu mais detalhes como será o controle da moeda. Mas sabe-se que a moeda, que deveria ser lançada em junho, terá seu lançamento alterado para o final do ano.
O advento da Libra assusta em razão do potencial uso para lavagem de dinheiro e a falta de controle por um governo central.
A Associação Libra tenta a aprovação do governo suíço e sua sede é em Genebra. Apesar dos planos, a Associação não deu mais detalhes como será o controle da moeda. Mas sabe-se que a moeda, que deveria ser lançada em junho, terá seu lançamento alterado para o final do ano.
O advento da Libra assusta em razão do potencial uso para lavagem de dinheiro e a falta de controle por um governo central.
16 abril 2020
Custo dos Jogos de Tóquio
Com a postergação, os Jogos Olímpicos de Tóquio deverá ter um elevado custo.
Mais elevado que Londres, quase quatro vezes o custo do Rio 2016 ou duas vezes Pequim.
Mais elevado que Londres, quase quatro vezes o custo do Rio 2016 ou duas vezes Pequim.
CVM muda regras
A CVM fez algumas "mudanças" nas normas. No Ofício Circular CVM/SNC/SEP 3/20 a entidade trouxe instruções sobre o impacto do Covid-19 no no cálculo de perdas esperadas de ativos financeiros.
As áreas técnicas da CVM entendem que a identificação da ocorrência, ou não, do aumento significativo no risco de crédito de um instrumento financeiro demanda uma avaliação abrangente de um conjunto de aspectos quantitativos e qualitativos do crédito que permita inferir, de forma prudente, mudanças no padrão de risco para a vida toda do instrumento.
Nesse contexto, em linha com as orientações de outros reguladores, a SNC e a SEP esclarecem que o diferimento do prazo para pagamento de parcelas vincendas (moratória), no âmbito das medidas anticíclicas adotadas no enfrentamento à Covid-19, por si só, não é suficiente para desencadear a alteração do modelo de cálculo de perda esperada.
A deliberação 852 muda o prazo de entrega das informações periódicas "dos empreendimentos hoteleiros e de emissores não registrados que realizaram ofertas ao amparo da Instrução CVM 476, como demonstrações financeiras."
A norma também prevê alteração na Deliberação CVM 849, contemplado ajustes no adiamento do relatório produzido pelos agentes fiduciários (nos termos do art. 68, § 1º, alínea b, da Lei 6.404/76) e nos prazos de entrega de informações periódicas das companhias abertas, como demonstrações financeiras e formulários trimestrais, formulário cadastral, formulário de referência e o informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa.
As áreas técnicas da CVM entendem que a identificação da ocorrência, ou não, do aumento significativo no risco de crédito de um instrumento financeiro demanda uma avaliação abrangente de um conjunto de aspectos quantitativos e qualitativos do crédito que permita inferir, de forma prudente, mudanças no padrão de risco para a vida toda do instrumento.
Nesse contexto, em linha com as orientações de outros reguladores, a SNC e a SEP esclarecem que o diferimento do prazo para pagamento de parcelas vincendas (moratória), no âmbito das medidas anticíclicas adotadas no enfrentamento à Covid-19, por si só, não é suficiente para desencadear a alteração do modelo de cálculo de perda esperada.
A deliberação 852 muda o prazo de entrega das informações periódicas "dos empreendimentos hoteleiros e de emissores não registrados que realizaram ofertas ao amparo da Instrução CVM 476, como demonstrações financeiras."
A norma também prevê alteração na Deliberação CVM 849, contemplado ajustes no adiamento do relatório produzido pelos agentes fiduciários (nos termos do art. 68, § 1º, alínea b, da Lei 6.404/76) e nos prazos de entrega de informações periódicas das companhias abertas, como demonstrações financeiras e formulários trimestrais, formulário cadastral, formulário de referência e o informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa.
Regulação e a crise
Com o Covid-19, muitos restaurantes fecharam. Os consumidores correram para os supermercados. E ocorreu um princípio de desabastecimento. Uma questão natural: os fornecedores dos restaurantes poderiam encaminhar seus produtos para os supermercados; isto resolveria o problema.
Cowen apresenta esta questão para os Estados Unidos, mas acredito que seja também válida para o Brasil. O problema está na regulação. A rotulagem nutricional e outras normas exigidas pelo governo para venda de produtos em um supermercado não é utilizada na venda dos fornecedores para os restaurantes. Além disto, as embalagens (incluindo o tamanho e a quantidade de produtos) não é compatível. A norma criada para proteger o consumidor em uma supermercado tornou-se um estorvo.
A questão da rotulagem é de regulação. Isto é um assunto que interessa à Contabilidade. Muito da contabilidade para o usuário externo depende da regulação e em momentos de crise isto pode fazer diferença. As entidades reguladoras - incluindo Iasb - demoraram a perceber a gravidade da crise e a flexibilizar as normas (se é que fizeram).
Este assunto - da regulação - é tratado no capítulo 1 do livro de Teoria da Contabilidade.
Cowen apresenta esta questão para os Estados Unidos, mas acredito que seja também válida para o Brasil. O problema está na regulação. A rotulagem nutricional e outras normas exigidas pelo governo para venda de produtos em um supermercado não é utilizada na venda dos fornecedores para os restaurantes. Além disto, as embalagens (incluindo o tamanho e a quantidade de produtos) não é compatível. A norma criada para proteger o consumidor em uma supermercado tornou-se um estorvo.
A questão da rotulagem é de regulação. Isto é um assunto que interessa à Contabilidade. Muito da contabilidade para o usuário externo depende da regulação e em momentos de crise isto pode fazer diferença. As entidades reguladoras - incluindo Iasb - demoraram a perceber a gravidade da crise e a flexibilizar as normas (se é que fizeram).
Este assunto - da regulação - é tratado no capítulo 1 do livro de Teoria da Contabilidade.
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