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05 novembro 2013

O mundo está cada vez melhor...

Ao contrário do que os ambientalistas, os militantes anti -globalização e outros rabugentos econômicos gostam de pensar, o mundo não está indo para o inferno.

Imensos problemas permanecem, é claro (...) Mas a humanidade como um todo está melhor do que nunca: o mundo está se tornando mais próspero, mais limpo, mais pacífico e saudável. Estamos vivendo mais, e uma vida melhor. Praticamente todos os nossos problemas existentes são menos ruim do que em qualquer outro momento na história. (...)


O autor faz uma análise das guerras no tempo e a evolução das condições de vida. Estamos melhor e cada vez mais.

No cômputo geral, porém, o mundo é facilmente um melhor lugar do que jamais foi, apesar da crise financeira e da ameaça do terrorismo. Graças ao capitalismo, a globalização, a tecnologia e uma tolerância reduzida para a violência, a humanidade nunca esteve tão bem.

Sombras...



Sombras

HSBC e a manipulação do câmbio

O banco britânico HSBC confirmou nesta segunda-feira que está sendo investigado por possíveis manipulações do mercado de divisas, em um novo escândalo financeiro no qual estão envolvidas outras seis empresas.

"A Autoridade de Regulação Financeira (FCA) britânica está investigando, ao lado de outras agências de diversos países, várias empresas, entre elas o HSBC, a respeito dos intercâmbios no mercado de divisas", afirma um comunicado do maior banco europeu.

"Estamos cooperando com as investigações, que se encontram em um estágio preliminar", completa a nota do banco, que nesta segunda-feira também anunciou um aumento de 28% do lucro líquido no terceiro trimestre, a US$ 3,2 bilhões.

A FCA informou que estava investigando supostas manipulações de divisas, em um gigantesco mercado que movimenta US$ 5,3 trilhões a cada dia. As investigações também acontecem na Suíça e nos Estados Unidos.

O escândalo se soma a outro, o da manipulação da taxa interbancária Libor, que influencia o custo dos empréstimos imobiliários, e no qual foram multados grandes bancos, começando pelo britânico Barclays.

Antes do HSBC, outros seis bancos confirmaram que estavam sendo investigados: o alemão Deutsche Bank, o suíço UBS, os americanos Citigroup e JPMorgan Chase e os britânicos Barclays e Royal Bank of Scotland (RBS).


Fonte: Aqui

Vulneráveis

Uma lista de doze países mais vulneráveis a uma crise financeira, segundo o Wells Fargo (de um total de 28 economias), usando reservas, taxa de câmbio, crescimento da economia e do crédito e balança comercial:

12. África do Sul
11. Paquistão
10. Egito
9. México
8. Índia
7. Chile
6. Peru
5. Brasil
4. Turquia
3. Indonésia
2. Argentina
1. Colômbia

04 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Como as pessoas se sentem quando estão bêbadas? Do lado direito, o sentimento do bêbado; do esquerdo, a realidade. 



História da Contabilidade: O Inicio da Padronização

Na semana passada mostramos como a padronização com empresas de outros países começou a ser discutida no Brasil na década de cinquenta. Os anos 1950s também foram marcados pela tentativa de padronizar diversos setores da economia. Nestes anos, setores como partidos políticos, futebol, hotéis, entre outros.

Conforme mostrado em Niyama e Silva (2013) existem três formas de fazer a regulação contábil: livre mercado, iniciativa privada e setor público. A padronização da contabilidade brasileira era basicamente originária do livre mercado durante o século XIX. Naquele momento, a existência de poucas obras didáticas facilitava o tratamento contábil mais uniforme. O aumento na quantidade de livros de contabilidade, a mudança de influência econômica, a presença de imigrantes com conhecimento contábil, a entrada das empresas de auditoria e a expansão da economia, com a consequente complexidade, foram fatores que aumentaram a diferença na contabilidade das entidades.

A década de cinquenta do século XX apresentou uma tendência à padronização, originária do setor público. Entretanto, antes disto já era possível perceber um avanço neste sentido. Em 1935 Carneiro de Rezende apresenta um projeto no legislativo federal para padronizar a contabilidade das empresas de transportes (1). Nesta mesma época existia um esforço no sentido de padronizar a contabilidade pública (2). Ou dos depositários judiciais (3).

Outro aspecto interessante é que a padronização da contabilidade começou a ser discutida em congressos específicos de diversos setores. Isto ocorreu com hotéis (V Congresso Nacional Hoteleiro, 1952) (4), com empresas de propaganda (I Congresso de Propaganda, 1957) (5), as ferrovias (Primeiro Congresso Pan-americano de Engenharia, 1949) (6) e (7) e as cooperativas (Segundo Congresso Brasileiro de Cooperativismo Ervateiro, 1957) (8).

Em alguns casos, a padronização foi motivada por autoridades governamentais. Este foi o caso que ocorreu em 1947, onde o delegado regional do trabalho de Alagoas designou uma comissão para estudar a padronização dos sindicatos de classe (9). Outro exemplo ocorreu no município do Rio de Janeiro, que estabeleceu, em 1958, um código de contabilidade para empresas de ônibus e lotações através do decreto municipal 13.884 (10). Um ano antes o Conselho Nacional de Petróleo constituiu um grupo de trabalho em 1957, composto por três engenheiros, três economistas e um contador, para elaborar a contabilização do custo industrial dos derivados de petróleo produzidos no Brasil. A designação indicou que a base do estudo seria o Outline of Petroleum Industry Accounting, do American Petroleum Institute (11).

Entre os diversos casos existentes naquele período, destacamos os partidos políticos, as usinas de açúcar e as companhias aéreas.

Partidos Políticos
O Tribunal Superior Eleitoral passou a atuar para que os diferentes partidos políticos tivessem uma contabilidade organizada. Em outubro de 1950 o TSE apresentou instruções sobre a contabilidade dos partidos políticos (12). Em 1951 o TSE determinou que os partidos usassem dois livros: Caixa e Registro de Contribuições e Auxílio (13). Isto mostra que o regime de competência não era usado por estas entidades. Em 1953 uma estranha indicação foi aprovada:

Ficam os partidos, legalmente registrados, obrigados a informa ao T.S.E., no prazo máximo de 20 dias, se possuem outros livros de contabilidade além dos de “contribuições e auxílios” e “caixa”. Em caso afirmativo, o partido terá de informar ainda qual o estado atual de sua escrituração, devendo também apresentar sugestões no tocante a finanças e contabilidade partidária, bem como quanto a despesas com pleitos eleitorais e candidatos (14)


Usinas de Açúcar
A regulamentação do setor estava sob a supervisão do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool). O problema contábil já tinha sido detectado há anos. Em 1949 uma comissão, comandada pelo General Anápio Gomes, examinou o preço do açúcar cristal e considerou que o problema devia-se a contabilidade das usinas. A comissão sugeriu a padronização da contabilidade das usinas (15). E que “enquanto a referida contabilidade não estiver em ordem e em dia, de acordo com a orientação do I.A.A., nenhuma modificação de preço do açúcar seja levada em consideração (...)” (16). Esta recomendação não era nova. Em 1946, uma mesma comissão que estudou o mesmo problema já tinha recomendado a padronização e nenhuma providência foi considerada (17).

Em 1952 o presidente da República aprovou a padronização das usinas de açúcar, através da Comissão de Padronização da Contabilidade das Usinas do País, que incluía instruções sobre contabilidade industrial (18).

Companhias Aéreas
O setor aéreo brasileiro na época estava sob a supervisão do então Ministro da Aeronáutica. Em 1951 uma comissão presidida pelo engenheiro Alberto de Melo Flores (19) entrega um relatório em novembro com a padronização para empresas de transporte aéreo. Esta comissão foi criada pela Portaria 153, de 4 de agosto de 1949. Isto significa dizer que a comissão levou mais de dois anos para fazer a padronização (20).

A portaria 398, de 14 de novembro de 1951, aprovou o Plano de Padronização da Contabilidade das Empresas de Transporte Aéreo. Durante o primeiro semestre de 1952 o Plano foi adotado em caráter experimental, para aperfeiçoamentos. A Portaria 398 já incorpora estas mudanças (21).

As empresas aéreas eram obrigadas a entregar anualmente o balanço e a demonstração de lucros e perdas. Além disto, trimestralmente a Diretoria da Aeronáutica Civil receberia as despesas por centros de custos, os resultados por linhas e categoria de serviço e por tipo de avião e os custos médios por tipo de avião (22).

Referências
(1) Jornal do Brasil, 18 de setembro de 1935, ed. 223, p. 8.
(2) Vide por exemplo Jornal do Brasil, 10 de outubro de 1939, ed. 240, p. 5. Isto inclui a padronização da contabilidade dos municípios fluminenses (do então estado do Rio de Janeiro) conforme Correio da Manhã, 15 de janeiro de 1938, ed. 13246, p. 4. Vide também Correio Paulistano, 16 de agosto de 1938, ed. 2587, p. 8, sobre tema discutido no Congresso Paulista de Contabilidade.
(3) A Noite, 12 de julho de 1939, ed 9849, p. 18.
(4) Estado de S Paulo, 19 de agosto de 1952, ed 23702, p. 1.
(5) Diário de Notícias, 31 de outubro de 1957, ed 10729, p. 15.
(6) Correio da Manhã, 23 de julho de 1949, ed 17285, p. 3. Vide também Diário de Notícias, 23 de julho de 1949, ed. 8205, p. 2.
(7) Estado de S Paulo, 23 de julho de 1958, ed 25528, p 13.
(8) Diário do Paraná, 16 de julho de 1957, ed 694, p. 10. Sobre isto, veja BELDA FILHO, João. Subsidio á padronização legal da contabilidade nas cooperativas. Estado de S Paulo, 8 de novembro de 1942, ed 22446. A segunda parte do artigo foi publicado na edição 22528, de 14 de fevereiro de 1943.
(9) Diário de Notícias, 23 de novembro de 1947, p. 5.
(10) Diário de Notícias, 25 de maio de 1958, ed 10897, p. 9. Vide também Correio da Manhã, 6 de maio de 1958, ed 19970, p. 3.
(11) Diário de Notícias, 4 de outubro de 1957, ed 10706, p. 8.
(12) Estado de S Paulo, 26 de junho de 1950, ed. 23348, p. 3.
(13) Estado de S Paulo, 24 fev de 1951, ed. 23246, p.3.
(14) Estado de São Paulo, 21 de julho de 1953, ed. 23985, p. 3. Ou seja, o TSE gostaria de saber se algum partido tinha uma contabilidade mais avançada do que aquela exigida na lei.
(15) Correio da Manhã, 21 de julho de 1949, ed 17283, p. 18.
(16) Correio da Manhã, 4 de agosto de 1949, ed 17295, p. 2. Vide também A Manhã, 4 de agosto de 1949, ed 2450, p. 13.
(17) Correio da Manhã, 5 de agosto de 1949, ed 17296, p. 14.
(18) Estado de S Paulo, 10 de abril de 1952, ed. 23592, p. 1.
(19) Estado de S Paulo, 1 de novembro de 1951, ed. 23458, p. 1. Vide Diário de Notícias, 1 novembro de 1951, ed 8902, p 7, com os nomes dos demais integrantes da comissão.
(20) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.
(21) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.
(22) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.

As pessoas mais poderosas do Mundo

1) Vladimir Putin - Presidente - Russia
2) Barack Obama - Presidente - EUA
3) Xi Jinping - Secretário Geral - China
4) Papa Francisco - Papa - Vaticano
5) Angela Merkel - Chanceler - Alemanha
6) Bill Gates - Empresário - EUA
7) Ben Bernanke - FED - EUA
8) Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud - Rei - Arábia Saudita
9) Mario Draghi - Presidente do Banco Central da Europa
10) Michael Duke - CEO Wal-Mart
11) David Cameron - Primeiro Ministro - Reino Unido
12) Carlos Slim Helu & família - Empresário - México
13) Warren Buffett - CEO - EUA
14) Li Keqiang - Premier - China
15) Jeff Bezos - CEO Amazon.com
16) Rex Tillerson - CEO Exxon Mobil
17) Sergey Brin & Larry Page - Google
18) Francois Hollande - Presidente - França
19) Timothy Cook - CEO Apple
20) Dilma Rousseff - Presidente - Brazil

Fonte: Forbes

Contra a Previsão

Dillow, em Against Forecasts, afirma que não existe nenhuma profissão respeitável que possui sua reputação na previsão. Dillow completa: qual a razão dos economistas buscarem os poderes de clarividência?
Esta questão talvez possa ser considerada também para a contabilidade. Cada vez mais, a contabilidade moderna depende da previsão para entregar informação para o usuário: basta ver a questão do teste de recuperabilidade, onde o contador faz projeções do fluxo de caixa, para confrontar com o valor contábil e o valor de mercado.

Mas a previsão não deveria ser a função do usuário? Usando o raciocínio de Dillow, existem três argumentos contrários à tentativa de trazer a previsão para a contabilidade. Em primeiro lugar, a realidade é muito complexa e muitas vezes difícil de prever. Optar por considerar este aspecto na informação contábil pode ser muito irreal. Em segundo lugar, muitas previsão são impossíveis de serem realizadas corretamente. No caso da contabilidade, muitos ativos não possuem informação suficiente para fazer uma previsão adequada. Neste caso, a previsão aproxima-se muito do chute. Em terceiro lugar, como as pessoas reagem a incentivos, o uso de previsão tende a estar associada aos incentivos recebidos pelos preparadores da informação. Se elas recebem bônus por desempenho, dificilmente optariam por fazer uma baixa contábil que afete o dinheiro que irá receber.

As Finanças da Pirataria

Um texto muito interessante mostra os aspectos financeiros da atividade de pirataria, que ocorre no Chifre da África (região da Somália). O assunto desperta interesse em razão do novo filme de Tom Hanks, que narra a história de um navio capturado pelos somalis (Captain Phillips).
A atividade rendeu entre 339 milhões de dólares a 413 milhões, entre 2005 a 2012 (gráfico). Um valor médio de 2,7 milhões de dólares por sequestro. Os piratas recebem entre 30 mil a 75 mil dólares, além de bônus, menos o consumo de Qat, um narcótico mastigável, alimentos e multas por mau comportamento. Além disto, recebem pagamentos os cozinheiros, advogados, milícias de portos e até rebeldes islâmicos.

O custo da expedição é relativamente reduzido. Uma expedição maior pode custar 30 mil dólares e pode ter "investidores". Além disto, existe um setor financeiro capaz de levar o dinheiro do resgate para o exterior.

Photoshop

Fonte: Aqui

Kevin Breel: Confissões de um humorista depressivo

Kevin Breel não parecia ser uma criança depressiva: capitão do time, em todas as festas, engraçado e seguro de si. Mas ele conta a história da noite em que percebeu que -- para salvar sua própria vida -- ele precisava dizer três palavras bem simples.

03 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Confisco

A Venezuela assumiu o controle de duas plataformas de petróleo pertencentes a uma unidade da norte-americana Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está meses atrasada em seus pagamentos.

A estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país sul-americano, de acordo com a ordem judicial vista pela Associated Press. Funcionários da companhia foram instruídos a deixar as plataformas e entrar em caminhões para serem levados a "poços importantes" em outras regiões, de acordo com o documento.

(...) As empresas de petróleo estão receosas em trabalhar com a PDVSA, que vem acumulando grandes dívidas com prestadores de serviços dos quais depende para desenvolver as maiores reservas provadas de petróleo do mundo. A Superior é uma empresa de serviços de petróleo com mais de 14 mil funcionários em todo o mundo e US$ 4,5 bilhões em receita anual.
Fonte: Associated Press.

Até cafezinho

Na lista de credores da OGX que acumula dívidas de R$ 11,3 bilhões, constam até os fornecedores de cafezinho, que têm para receber cerca de R$ 10 mil. O calote atingiu também serviços de refrigeração, no valor de R$ 11 mil, empresas de aluguel de automóveis (R$ 6 mil), cooperativas de táxis (R$ 9 mil) e material de papelaria (R$ 4 mil). As contas de telefone celular e serviços de telecomunicações acumulam valores de R$ 85 mil não honrados por Eike Batista.

No rastro de inadimplência da OGX, amargam prejuízos fundos de investimentos, bancos, órgãos públicos e até fornecedores de materiais e serviços - de refrigeração à papelaria.

No relatório encaminhado à Justiça em que elenca todos os credores, a OGX informa ainda que as dívidas com a Petrobrás somam R$ 37 milhões e já têm prazo de pagamento vencido. Com a subsidiária Petrobrás Distribuidora, as dívidas passam de R$ 3 milhões e ainda não estão vencidas. Juntas, as empresas detêm 0,21% das dívidas da petrolífera do grupo X. Procurada, a Petrobrás não comentou os valores.

Outros órgãos estatais também figuram na lista. A Caixa Econômica Federal é credora de cerca de R$ 121 mil, e o Ministério dos Transportes, R$ 100 mil. Também constam como credores o Ministério da Fazenda, o Tribunal de Justiça e a prefeitura do Rio.
No total das dívidas da empresa de Eike, pouco mais de R$ 740 milhões são de títulos vencidos. Entre os principais credores, estão fundos de investimentos com mais de R$ 8 bilhões. O grupo francês Schlumberger, da área de petróleo, acumula mais de R$ 150 milhões em títulos. O relatório também expõe a dívida entre as empresas irmãs do grupo X.

A OSX reclama o pagamento de R$ 1,6 bilhão por contratos de locação de equipamentos, como plataformas de exploração. A OGX, entretanto, reconhece dívidas de apenas R$ 770 milhões.

A petroleira de também deixou de pagar serviços básicos da empresa, como o aluguel da sede do grupo EBX. A administradora do Edifício Serrador, no Centro do Rio, cobra uma dívida de mais de R$ 757 mil referentes ao aluguel do espaço. Em função das dívidas, as empresas do grupo começaram a deixar o prédio no início de outubro.

Assembleia. Esvaziada, a assembleia extraordinária de acionistas da OGX, elegeu ontem três membros independentes para o Conselho de Administração. Apenas dois acionistas minoritários foram à assembleia, no auditório do Grupo EBX. A reunião de ontem teve poucos minutos e começou pontualmente ao meio-dia. O presidente da OGX, Paulo Narcélio Simões Amaral, não foi. Eike Batista também mandou um representante.


OGX deve até para fornecedor do cafezinho
Por Mariana Durão, Antonio Pita , Mônica Ciarelli, com colaboração de Vinicius Neder

OGX

Ainda sobre a empresa, mais revelações:

Em julho de 2012, a principal sala de reuniões da OGX, no 19º andar do edifício Serrador, no Rio, foi palco de uma discussão acalorada. Gerentes das áreas de exploração, reservatório e produção não chegavam a um consenso sobre um dado crucial para uma empresa de petróleo: o tamanho de suas reservas. A briga foi provocada por um levantamento feito a pedido de Luiz Carneiro, presidente da OGX. Ele acabava de substituir Paulo Mendonça em um momento delicado para a empresa, que tinha divulgado que os primeiros poços do campo de Tubarão Azul estavam produzindo 5.000 barris/dia, abaixo dos até 20 mil anteriormente previstos

Ou aqui:

Um ano antes de a real situação da empresa vir à tona, estudos feitos a pedido da diretoria da OGX, de Eike Batista, indicavam que as principais áreas de petróleo da empresa na bacia de Campos (RJ) poderiam ter reservas equivalentes a apenas 17,5% do que fora divulgado ao mercado, revelam documentos da petroleira obtidos pela Folha. As projeções pessimistas, fruto de avaliações de técnicos da OGX e confirmadas por uma prestadora de serviços externa, chegaram a provocar uma briga dentro da empresa e não foram tornadas públicas na época.

02 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Jovem, Adulto e Velho, tempo, dinheiro e energia.

Fato da Semana

Fato: OGX pede recuperação judicial.

Qual a relevância disto? A OGX representa a principal empresa do grupo empresarial Eike Batista. Financiado por investidores deslumbrados e por instituições financeiras governamentais (ou seja, nosso dinheiro), o grupo de empresas do empresário representava o símbolo de um país que se dizia emergente, mas que sobrevive à custa de exportação de commodities. Batista é o símbolo do empresário brasileiro, por suas conexões com a burocracia estatal e a grande capacidade de fazer negócios usando estas relações. A sua pretensão de ser o homem mais rico do mundo acabou diante da falta de credibilidade. A corrosão do seu império lembra um esquema Ponzi (uma pirâmide).

A queda da OGX passa por sua contabilidade: a divulgação dos fatos relevantes, a utilização de redes sociais para promoção dos seus negócios, a capacidade de divulgar informações inadequadas sem ser incomodado pelos reguladores e auditores, a demora de agir das empresas de ratings, a insistência do governo em colocar dinheiro público no negócio.

Positivo ou Negativo? Certamente ainda irá sobrar para a contabilidade. Será negativo também para auditores, reguladores, governança corporativa, entre outros. A OGX só não foi ruim para os executivos, que durantes anos receberam elevados bônus por desempenho que não existiu.

Desdobramentos – Pela análise histórica, a OGX dificilmente irá sobreviver. A grande maioria das empresas brasileiras não sobrevive a recuperação judicial, revelou recentemente o Estado de S. Paulo.

Outros eventos relevantes da semana: a acusação de que a CVM está anacrônica, as noticias sobre a norma de convergência do reconhecimento da receita ou a crítica do Banco Central da Europa às normas são acontecimentos importantes.

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1. Foi divulgada uma estimativa de que a Receita Federal poderá arrecadar 20 bilhões de reais a mais por ano com este instrumento

Convergência da contabilidade pública
Escrituração Contábil Digital ou Sped
Folha de Pagamento Digital ou eSocial

2. Uma estimativa mostrou que o pagamento da Petrobras pelo campo de petróleo Libra irá representar ____ % do seu caixa

10%
50%
80%

3. Estes funcionários, invejados por muitos, não podem sair do seu país, sob pena de serem presos

Banqueiros suíços
Espiões britânicos do MI6
Funcionários públicos da Comunidade Europeia

4. O parcelamento de dívidas tributárias parece não ser um bom negócio para o governo: recebe somente ___ do valor devido

10%
20%
30%

5. O Brasil não é muito vantajoso para fazer negócios. Um ranking do Banco Mundial colocou o país na seguinte posição mundial

116a posição
45a posição
84a posição

6. Esta entidade foi denunciada como anacrônica por um periódico de negócios brasileiro

CPC
CVM
Ibracon

7. É preciso melhorar os balanços. Refere-se a que setor?

Empresas de capital aberto
Empresas de petróleo
Instituições financeiras

8. É preciso melhorar os balanços. De que lugar?

Brasil
Comunidade Europeia
Estados Unidos

9. Esta empresa de auditoria comprou uma consultoria, a Booz Co, por US$1 bilhão

EY
KPMG
Price

10. Segundo um jornal, o Iasb está preparando para reduzir

As notas explicativas
O relatório de administração
O tamanho do balanço patrimonial

Acertando 9 ou 10 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze

Respostas: (1) Folha de Pagamento Digital ou eSocial; (2) 10%; (3) Banqueiros suíços; (4) 10%; (5) 116ª; (6) CVM; (7) Instituições financeiras; (8) Comunidade Europeia; (9) Price; (10) notas explicativas

OGX: Quem paga a conta

Tudo indica que a conta do calote de Eike Batista vai sobrar para os acionistas minoritários, para os credores estrangeiros e para os fornecedores de suas empresas. O empresário está fazendo de tudo para livrar os bancos e, principalmente, o governo de amargar prejuízos. A OGX entrou nessa semana com o maior pedido de recuperação judicial da América Latina, deixando para trás R$ 11,2 bilhões de dívidas não pagas. Pode causar espanto, mas não há dívidas bancárias envolvidas. A maior fatia - quase R$ 8 bilhões - é com investidores do exterior, que compraram os títulos de dívida da empresa. As únicas dívidas bancárias da OGX estavam na subsidiária OGX Maranhão, que produz gás na bacia do Parnaíba. Se a OGX Maranhão tivesse sucumbido, Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander teriam tomado um calote de R$ 200 milhões cada um. Na véspera da recuperação judicial da petroleira, o fundo Cambuhy, do banqueiro Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco) topou injetar dinheiro na empresa.

Fonte: Folha de S. Paulo

Padronização nos Bancos

Os bancos terão que publicar mais informações sobre os riscos, composição de capital e o cumprimento de regras, a partir de 30 de junho de 2014. Essa publicação será padronizada e assim será possível fazer comparação com todas as instituições financeiras no mundo.

Essa medida, publicada nessa quinta-feira (31) pelo Conselho Monetário Nacional, complementou a regulamentação de Basileia 3, um conjunto de recomendações para a estrutura de capital das instituições financeiras. As regras de Basileia 3 refletem as lições tiradas da crise econômica internacional. A ideia é garantir que as instituições financeiras tenham recursos reservados para absorver choques em momento de crise. As economias integrantes do G20 (as 20 maiores economias mundias) assumiram o compromisso de implementar as recomendações de Basileia 3.

Entre as informações que os bancos terão que divulgar estão as reservas de lucro, os instrumentos de dívidas subordinadas (usadas para reforçar o capital dos bancos) e deduções, como de ágios e créditos tributários, por exemplo.

Segundo o chefe do Departamento de Regulamentação Prudencial e Cambial do Banco Central (BC), Caio Ferreira, o objetivo é dar transparência para que os investidores possam analisar os dados. Segundo Ferreira, o BC já tem acesso a essas informações, de forma até mais detalhada, para fazer a supervisão do setor no país.

Outra medida para complementar a regulamentação das regras de Basileia 3 no país foi a elevação do capital próprio dos bancos nos casos de empréstimos com valor a partir de R$ 100 milhões a grandes empresas.

Nesses casos, o fator de ponderação passou de 75% para 85% usado no cálculo do capital próprio das instituições financeiras. De acordo com Ferreira, a medida foi tomada para equiparar a regra brasileira com o padrão internacional.

Também foram criados critérios para o BC determinar se uma instituição financeira poderá converter instrumentos de dívidas em ações para ampliar capital.

Outra resolução estabelece procedimentos qualitativos para determinar o preço de ativos financeiros pouco negociados no mercado. A ideia é que o banco tenha uma política clara para ditar o valor desses ativos. Além disso, será necessária uma análise de instituição independente sobre os preços dos ativos. Segundo Ferreira, são poucos os ativos dos bancos que têm baixa negociação no mercado. "A maior parte são instrumentos líquidos, amplamente negociados no mercado", disse.

De acordo com Ferreira, outras resoluções estabelecem ajustes que" garantem que os bancos vão continuar seguros em termos de exigência de capital", além de darem esclarecimentos sobre as regras de Basileia 3 às instituições financeiras.


Fonte: Brasil Econômico