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05 julho 2013

Deloitte na Espanha

A empresa de auditoria Deloitte poderá perder sua licença como empresa de auditoria na Espanha. O regulador de contabilidade naquele país (ICAC) está investigando a empresa pelos problemas no Bankia, uma instituição financeira que esteve envolvida nos problemas daquele país. Além de ter sido a empresa de auditoria do Bankia, a Deloitte também prestou serviços de consultoria, pelos quais recebeu 2,15 milhões de euros. E recebeu 1,6 milhão pelos serviços de auditoria.

Os problemas do Bankia representam, na Espanha, a crise financeira da Espanha. Mas a Deloitte parece afirmar que seu trabalho de auditor não foi afetado pelo que recebeu como consultor.

Na Espanha, a Deloitte é a maior das Big Four. Entre seus clientes estão a Zara e a Repsol.

Fonte: Big Four

Fundo dos Pastores

(...) Em pouco mais de anos de existência, o CiadPrev [Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná], soma mais de R$ 22 milhões em patrimônio líquido e 1.150 pastores associados - entre integrados (dedicados integralmente à igreja) e voluntários -, segundo cálculos de Eliel da Costa Batista, assessor da presidência da Ciadescp. "O crescimento médio anual do patrimônio líquido é de 37% e, com base nesses resultados, dá para imaginar qual o potencial de avanço da fundação nos próximos anos", diz Batista.

Sem dúvidas que dá: apesar de ser um fundo de pensão instituído, ou seja, que não tem um patrocinador tal como os demais fundos de pensão constituídos por uma empresa, os aportes mensais são feitos pelo participante e pela igreja - este último arrecadado por meio de dízimo. O valor da contribuição varia de acordo com a idade do participante, bem como com o objetivo a ser alcançado na ocasião da aposentadoria. "O montante médio do aporte, somando a contribuição do participante e da igreja, é de R$ 470", pondera Batista.

Globo

A Receita Federal autuou a Rede Globo de Televisão por supostas irregularidades na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002. Os fiscais afirmam que a emissora usou uma empresa de fachada no exterior só para não recolher impostos no Brasil. A Globo diz ter seguido a legislação, mas confirma ter pago a multa. A empresa não respondeu à Folha se fez o pagamento para obter descontos e, posteriormente, discutir a multa na Justiça ou se efetuou o pagamento, assumindo a infração. A suposta manobra fiscal resultou em uma multa de R$ 274 milhões pelo não recolhimento de R$ 183 milhões em Imposto de Renda.

Folha de S Paulo

Likes no Facebook

O Departamento de Estado dos EUA "investiu" 630 mil dólares para ganhar milhões de likes no Facebook. As campanhas foram lançadas em 2011 e 2012 para "construir plataformas globais de sensibilização para o envolvimento com o público estrangeiro, aumentando o número de fãs ... em quatro propriedades temáticas Facebook".

Cada uma das quatro páginas conseguiu atrair 2,5 milhões de fãs.

04 julho 2013

Rir é o melhor remédio


Incentivos perversos no Grupo X

Um texto do Valor Econômico (Como atuava o "dream team" de Eike na OGX - Cláudia Schüffner - Valor Econômico - 03/07/2013) mostra como incentivos podem ter um efeito perverso.

política de remuneração criada por Batista, que garantia bônus e ações da companhia para os principais executivos, que podiam receber em quatro anos e, em alguns casos, apenas dois, já que ele abriu exceções para permitir a retirada parcial em metade do tempo. Durante a campanha exploratória da OGX, a equipe de geologia comemorava as descobertas comprovadas apenas por meio da perfuração de poços estratigráficos que identificavam colunas de óleo, sem atentar para os riscos de que não fossem produtivos.

(...) Aos que alertavam para a necessidade de testes de produção para avaliar a vazão e permeabilidade dos reservatórios, a área de exploração dizia que não era necessário, porque a geologia era conhecida, conta uma fonte.

Um conhecido de Eike também vê defeitos na política de remuneração dos executivos do grupo, que segundo essa fonte acredita, incentivava resultados rápidos (para bônus e opções serem exercidas em 5 anos) ao invés de premiar uma postura mais conservadora.

Bancos Oficiais e Grupo X

Um relatório de um banco dos EUA divulgou quem emprestou para as empresas X, informou o Estado de S Paulo (BNDES e Caixa entre os maiores credores de Eike - O Estado de S. Paulo - 03/07/2013):

Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.


Este valor é otimista, já que existem problemas de evidenciação:

(...) os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.

“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.

Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos. Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.


Fazendo uma conta simples, cada brasileiro poderá perder R$33. Este é o problema dos bancos estatais: o prejuízo é socializado para toda população e os responsáveis pela decisão não são punidos.

Mas aqui afirma que somente no BNDES a exposição é de 10 bilhões. Ou seja, dobre este valor.

Agora EY 2

Sobre a mudança de nome da empresa Ernst Young para EY, o Going Concern, site de contabilidade, fez uma pesquisa interessante: colocou o nome EY no Google Imagens. O resultado? A seguir:
A maioria das fotos refere-se a revista EY

Evidenciação no Grupo X

A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) está investigando a OGX e outras empresas do grupo EBX por suposta falha na divulgação de informações ao mercado. Entre elas, a promessa de produção de petróleo que não se confirmou.

(...) As empresas X são alvo de pelo menos 17 análises da CVM sobre potenciais irregularidades em negócios, informações financeiras e relevantes. Até agora apenas um caso, relativo à LLX, foi convertido em processo administrativo sancionador. Isso significa que a empresa pode ir a julgamento e os envolvidos serem punidos, entre os quais o controlador Eike Batista e outros três ex-executivos da empresa, que administra o projeto do Porto do Açu.


O Estado de S.Paulo - 3 de junho de 2013

Olympus

Em 2011 o escândalo da fabricante de máquinas de fotografias, Olympus, mereceu destaque na imprensa econômica. Agora um tribunal japonês condenou o ex-presidente da empresa (foto, no centro) com três anos de prisão. O auditor foi suspenso, mas nenhum deles irá pegar prisão imediata, informou o The Telegraph.

Frase

RSS representa a antítese desse novo mundo: é completamente aberta, descentralizada e de propriedade de ninguém, assim como a própria web. (A razão real que o Google quer matar RSS)

Com o fim do Reader, estou usando o Feedly. Um leitor de RSS é fundamental nos dias de hoje.

Taxa de sucesso

A quantidade de golpes de estado, desde 1950 e a taxa de sucesso, pontilhada. Nos últimos anos tivemos menos golpes, mas com maior taxa de sucesso.

03 julho 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Contabilidade para empresas de Capital Fechado nos EUA

No ano passado as autoridades dos Estados Unidos criaram o Private Company Council (PCC). Para as empresas de capital aberto naquele país, a contabilidade é regulada pelas normas emitidas pelo Fasb e endossadas pela SEC. O PCC seria uma entidade à parte do Fasb, responsável por normas contábeis para as empresas de capital fechado. Este ano o PCC já começou a emitir algumas normas contábeis para estas empresas.

Também em 2013, o AICPA, a associação que reúne os contadores certificados dos Estados Unidos, emitiu uma norma para empresas de pequeno porte.

Antes de prosseguir é interessante destacar como o país mais avançado do mundo somente agora se preocupou em normatizar a contabilidade das empresas que não estão no mercado de capitais. E devemos lembrar que as normas para pequenas e médias empresas do Iasb já existem há anos.
Uma questão importante é se a norma da AICPA contradiz o que o PCC está fazendo. Robert Stewart, do FAF, aponta uma distinção importante entre a norma do AICPA e do PCC (em FASB agrees to advance three private company alternatives for public comment, Ken Tyiac, Journal of Accountancy, 10 de junho de 2013). Para Stewart o trabalho do PCC é verificar onde os princípios contábeis geralmente aceitos dos Estados Unidos (US GAAP) possuem alternativas apropriadas que ajudam a reduzir o custo da informação e a sua complexidade, sem sacrificar a essência das demonstrações. Já a abordagem do AICPA é não-GAAP. Em outras palavras, não está preocupada com os princípios contábeis geralmente aceitos. É uma abordagem também conhecida como Other Comprehensive Basis of Accounting, ou OCBOA. Ou seja, não necessariamente respeitaria os princípios contábeis geralmente aceitos dos Estados Unidos.

Assim, se não existe a exigência de uso do GAAP (os princípios contábeis geralmente aceitos), a abordagem para pequenas e médias empresas pode ser uma alternativa razoável. A figura a seguir faz um breve resumo desta posição (clique na imagem para ver melhor):


Mas a norma do AICPA não possui consenso. A National Association of State Boads of Accountancy (NASBA), que é membro da Federação Internacional dos Contadores, defende que as empresas de capital fechado não devem adotar a abordagem proposta pela AICPA. Segundo a NASBA, a proposta não traz a possibilidade de exigir a sua adoção. Seria um mero guia. Além disto, não existe uma definição de “pequena e média” entidade.

Vamos aguardar mais debates.

Agora EY

Postamos a mudança no logo da Ernst Young. A notícia é que a empresa de auditoria resolveu simplificar: agora seu nome é EY. A empresa está seguindo a PwC e a KPMG, reduzindo seu nome.

Apple na Inglaterra

O The Telegraph destacou que a empresa Apple está conseguindo não pagar impostos no Reino Unido. Uma das divisões da empresa teve vendas de 1 bilhão de libras e lucro de 16 milhões de libras. Mas como a empresa compensou deduções fiscais, finalizou o exercício sem pagar impostos.

Além disto, especialistas consultados pelo jornal sugerem que as vendas da empresa no Reino Unido são maiores, já que muitas delas são registradas em outros locais. Isto provavelmente também deve ocorrer no Brasil: quando você adquire um produto na Apple Store o mesmo está faturado numa filial de um paraíso fiscal.

A empresa insiste que não age ilegalmente e paga todos os impostos.

Congresso

Acontecerá nos dias 2 a 4 de outubro de 2013 o IV Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2013. Trata-se de um evento que ocorrerá nas instalações do PPGA Unigranrio, organizado pela UFR. A submissão dos trabalhos ocorrerá até o dia 4 de agosto.

Para maiores informações visitem nosso site: www.facc.ufrj.br/ocs
Para contato disponibilizamos nosso email e telefone: adcont@facc.ufrj.br - (21) 38735262.
Conto com a colaboração de todos na divulgação em suas redes de contato e com a participação dos interessados em temas de Administração e Contabilidade.

Leasing com Fasb e Iasb

O FASB e o IASB estão promovendo uma rodada de discussão da proposta de Leasing no segundo semestre deste ano. Trata-se da proposta que foi divulgada em maio de 2013. Um dos encontros será realizado em São Paulo, em local ainda não confirmado, no dia 10 de setembro de 2013. O prazo para inscrição e mais informações podem ser obtidos aqui

02 julho 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

O grande dilema da contabilidade

Uma das grandes vantagens do conservadorismo é que os eventos e transações são facilmente verificados. Se uma empresa adota o custo histórico para avaliar os estoques, um auditor pode facilmente comprovar o valor conferindo com a nota fiscal de aquisição. O mesmo pode ocorrer com um terreno: basta verificar o valor de foi registrado no documento do cartório para ter o montante que deveria ser registrado na contabilidade da empresa.

Entretanto o conservadorismo possui alguns grandes problemas. Um deles é que o número registrado na contabilidade tende a ficar muito distante do seu valor. Assim, aquele terreno que foi adquirido há quinze anos já teve valorização e o custo histórico não acompanhou. O cômodo custo histórico deixa de ter relevância para quem analisa as demonstrações contábeis.

Estabelece assim um grande dilema para o contador: usar o conservadorismo, que permite registros verificáveis e objetivos ou usar um método como o valor justo, que traz mais relevância para a decisão? A relação entre o conservadorismo e a relevância da informação é muito difícil de ser observada e mensurada. Mas uma dissertação de mestrado conseguiu fazer isto com a situação brasileira dos últimos anos. Usando dois modelos, um para medir o conservadorismo e outro para a relevância da informação, o mestre Dionísio Ramos, sob a orientação do professor Paulo Lustosa, analisou os dados de informações da bolsa de valores brasileira entre 1999 a 2012. Com uma amostra de 579 empresas e dados trimestrais, Ramos comprovou que nos últimos anos ocorreu uma redução do conservadorismo contábil nas empresas brasileiras de capital aberto. Os dados permitiram também comprovar que ocorreu um aumento na relevância da informação no mesmo período. E que existe correlação entre as duas variáveis. O mais importante é que os pesquisadores comprovaram que isto ocorreu a partir do momento que as empresas brasileiras passaram a adotar as normas internacionais de contabilidade. Estas normas são menos conservadoras para a contabilidade da empresa e tudo leva a crer que a convergência contábil ocorrida a partir da Lei 11.638 seja a causa da redução do conservadorismo e do aumento da relevância.

Entretanto este resultado deve ser tomado com cuidado, já que ao mesmo tempo em que o Brasil adotava as IFRS ocorria uma crise econômica mundial. De qualquer forma, o trabalho de Ramos é um pontapé inicial para pesquisa sobre estas duas variáveis.


Leia mais: RAMOS, Dionísio Adárcio. Conservadorismo e Relevância da Informação Contábil, Brasília, Dissertação (mestrado), UnB, 2013.