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09 março 2011

O lucro é do mal?

O lucro é do mal?- Postado por Pedro Correia

Existe diferença entre a crença dos leigos e de acadêmicos sobre os efeitos sociais do lucro. Os leigos, muitas vezes parecem relacionar lucro com dano social. Enquanto, que os acadêmicos afirmam que o lucro adiciona valor à sociedade.

No paper "Is Profit Evil? Associations of Profit With Social Harm". Os autores buscaram verificar se existe alguma correlação entre o lucro e o valor social percebido pelos indivíduos em relação as determinadas empresas e indústrias.

No Teste 1a, os sujeitos classificaram a rentabilidade e o valor social de 40 empresas das 500 maiores de acordo com a revista Fortune.

Os indivíduos tinham que indicar, primeiramente, a sua familiaridade com a empresa em uma escala de 3 pontos (1 = Nunca ouvi falar, 3 = Familiar). Em seguida, eles classificaram a empresa sobre o lucro percebido ("Quanto de lucro você acha que este negócio tem feito em média (das empresas em geral) no último ano?", 1 = zero ou menos, 6 = Muito mais do que a média) . Os indivíduos, em seguida, indicaram o valor percebido da empresa para a sociedade ("O que você acha sobre o valor deste negócio para a sociedade, em geral?", 1 = Seria melhor se ele não existisse, 5 = É importante e útil).

Eles encontraram uma forte relação negativa (r =-. 62) entre o lucro e o valor social. Cofira o gráfico de dispersão . Mais surpreendente, eles descobriram que a correlação entre o real lucro das entidades e o valor social percebidos foram corretos(r =-. 57). Na média as suposições dos indivíduos sobre a rentabilidade foram surpreendentemente precisas, apesar de que os palpites sobre o valor social ficaram longe da realidade.

No Teste 1b, os autores substituíram as empresas por indústrias, e mais uma vez verificaram a correlação entre rentabilidade e valor social percebido r =-. 67! . Confira o gráfico de dispersão.

No teste 2, através de um cenário hipotético, chegaram a conclusão de que a mera mudança do objetivo da mesma organização: de sem fins lucrativos para com fins lucrativos gerou uma mudança negativa no valor percebido.

Após diversos testes os autores concluíram que :

As pessoas aparentemente tem pouca fé no poder dos mercados para criar valor para a sociedade. Entre empresas reais (Estudo 1a), indústrias inteiras (Estudo 1b) e organizações hipotéticas (Estudo 2), nossos participantes associaram maiores níveis de lucro com o maior dano e menor valor social. Além disso, eles viram que os grandes lucros eram imerecidos, pois são às custa dos outros. Apesar de as próprias empresas não serem vistas como geralmente más ou desprovidas de valor, o lucro é visto como mal. Aumentar a lucratividade da empresa (ou lucro) muito prejudicaram percepção de valor social ... Estes resultados são bastantes opostos à visão dos mercados defendidas por economistas e estudiosos que a oferta,demanda e concorrência irão recompensar as entidades que buscam o lucro e que forneçam o que a sociedade quer. Assim,mesmo em uma das sociedades mais orientadas para o mercado na história humana, as pessoas não acreditam na "mão invisível" do mercado.

Fonte: Evil of profit

Economistas mais influentes

Economistas mais influentes- Postado por Pedro Correia

A revista The Economist realizou pesquisa com 50 eminentes economistas para que escolhessem os colegas com as ideias mais importantes depois da crise e aqueles que mais influenciaram na última década. Eles indicaram 20 nomes, mas não houve maioria absoluta. Alguns ganharam votos as mais que os outros. Veja a tabela:




Em primeiro lugar como economista com as ideias mais importantes da última década está Raghuram Rajan. Ele escreveu o livro “Fault Lines”, que argumenta que o aumento da desigualdade fez com que os governos facilitassem o aumento de crédito para a população, o que por consequência contribuiu para a crise.

Fonte: The Economist

Links

Links sobre Imposto de Renda - por Isabel Sales

Como declarar posse e venda de imóvel;

Como declarar pensão alimentícia;

Despesas dedutíveis;

Novas regras para plano de saúde empresarial;

Direitos do paciente com câncer.

País perde 7,4 bilhões por ano com água

País perde 7,4 bilhões por ano com água - Postado por Pedro Correia

O País perde cerca de R$ 7,4 bilhões por ano por falta de investimentos em manutenção, fiscalização e atualização de redes antigas de abastecimento de água para impedir vazamentos, ligações clandestinas - conhecidas como "gatos" - e erros de medição. O cálculo foi feito pelo consultor especialista em uso eficiente da água e energia, Airton Gomes.

Para chegar a esse valor, foram usados dados de 4.561 municípios constantes no documento mais recente - de 2008 - do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), e considera a produção das cidades, tempo médio de abastecimento de 20 horas por dia, consumo autorizado não faturado, estimativa de perdas reais (vazamentos) e aparentes (fraudes nos hidrômetros e ramais clandestinos).

De acordo com os cálculos do especialista, do total de R$ 7,4 bilhões, R$ 4,4 bilhões são recuperáveis com medidas de gestão e investimentos. Ele classifica o número como "avassalador" porque o País necessita de investimentos de cerca de R$ 10 bilhões ao ano para garantir a universalização dos serviços de água e esgoto até 2015

"As empresas brasileiras estão perdendo dinheiro", ressaltou, acrescentando que há um limite para recuperação das perdas. Há um momento em que o custo para redução da perda é maior do que o resultado.

O cenário é reflexo da cultura brasileira de investir na construção de obras novas, o que foi estimulado na primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ignorar os sistemas já em funcionamento. Uma inauguração traz mais retorno político e pode ter um custo menor do que direcionar recursos para programas de ganhos de eficiência em sistemas antigos.

Fonte: Estadão

08 março 2011

Mulheres com doutorado: medida do avanço

  • O desenvolvimento da América Latina está dando mais poder às mulheres e reduzindo as distâncias em relação aos homens, mas as desigualdades persistem. No Brasil, as mulheres passaram os homens no número de pessoas com doutorado, mas o desemprego continua sendo maior entre as mulheres. Elas governam vários países mas são poucas nos parlamentos.

    Um estudo, mostrando essas contradições, será divulgado no final do mês no encontro da Associação de População da América (APA), dos autores José Eustáquio Diniz Alves e Suzana Cavenaghi, da Escola Nacional de Estatística do IBGE, e o consultor George Martini. Os autores mostram que a evolução está no meio do caminho: há avanços e muita herança da velha discriminação. Desigualdade que o mundo começou a enfrentar de forma mais decidida há menos de 20 anos, na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento, no Cairo, em 1994, que estabeleceu obrigações que parecem elementares mas que, infelizmente, ainda são metas: a de acabar com toda a forma de discriminação contra a mulher, incluindo-se o infanticídio.

    O texto “Revertendo e reduzindo as desigualdades na América Latina” constata que na educação as mulheres fizeram um esforço tão extraordinário para reduzir a distância que já há um “gap reverso”: elas estão na frente em inúmeros indicadores, inclusive no número de doutores no Brasil. Aqui, elas já são maioria entre as pessoas que anualmente recebem títulos de doutorado (vejam no gráfico abaixo). O mercado de trabalho continua sendo discriminatório: há mais desemprego entre mulheres; elas têm salários menores.



  • Um dos velhos argumentos para justificar a diferença salarial é que as mulheres trabalham menos horas. As estatísticas do mercado de trabalho parecem confirmar a impressão. Ela é derrubada por análises mais acuradas como a comparação salarial de pessoas do mesmo nível educacional. Os autores no entanto fazem outra conta de horas trabalhadas incluindo-se as atividades não remuneradas. Um dos temas do estudo que só agora começa a ser compreendido é que é preciso rever o conceito sobre o trabalho de criar os filhos; tido normalmente como obrigação da mulher, como se fosse biologicamente determinado.

    Na terra que internacionalizou a expressão “machismo” como se fosse inerente à natureza do ser latino, muita coisa já está em transformação. Os autores acham que a onda de crescimento que atinge quase todos os países latino-americanos pode favorecer as mulheres no mercado de trabalho, reduzindo a diferença salarial e as taxas de desemprego.

    A consolidação da democracia na região também é outro fator que favorece o avanço do poder das mulheres. Em alguns países como a Argentina elas já são 30% dos representantes eleitos no Congresso. O Brasil está no grupo dos piores, com menos de 10% de representação feminina. Desde a Conferência de Pequim sobre Direitos da Mulher, o avanço delas na política em todo o continente, incluindo Estados Unidos e Canadá, é visível, mas insuficiente: passou de 12,9%, em janeiro de 1997, para 22,7%, em dezembro de 2010, a proporção de mulheres nos parlamentos das Américas. No século XXI, cinco mulheres foram eleitas no continente: Michelle Bachelet, presidente do Chile até 2010; Cristina Fernández, atual presidente da Argentina; Portia Simpson-Miler, primeira-ministra da Jamaica até 2007; Laura Chinchilla, presidente de Costa Rica até 2013; e Dilma Rousseff, do Brasil, até 2014. “Em contraste, os Estados Unidos em 230 anos de democracia nunca elegeram uma mulher.”

    Os autores citam como epígrafe do texto a frase: “Em qualquer sociedade o grau de emancipação da mulher é a medida natural da emancipação geral.” A frase é do filósofo Charles Fourier, de 1808. E ainda há hoje quem pense que feminismo é assunto que interessa só às mulheres.

Coluna no GLOBO, por Míriam Leitão Fonte: Aqui

E às leitoras: feliz dia internacional das mulheres! \o/

Rir é o melhor remédio

Rir é o melhor remédio - Por Pedro Correia



Demanda por minerais raros chineses


Agora é Harvard

Agora é Harvard - Postado por Pedro Correia

Semana passada a LSE ficou em situação delicada ao revelarem as suas ligações com Kadafi. Agora é Harvard.

It reads like Libyan government propaganda, extolling the importance of Moammar Khadafy, his theories on democracy, and his “core ideas on individual freedom.’’

But the 22-page proposal for a book on Khadafy was written by Monitor Group, a Cambridge-based consultant firm founded by Harvard professors. The management consulting firm received $250,000 a month from the Libyan government from 2006 to 2008 for a wide range of services, including writing the book proposal, bringing prominent academics to Libya to meet Khadafy “to enhance international appreciation of Libya’’ and trying to generate positive news coverage of the country
.

Fonte: Local consultants aided Khadafy

Saiu caro para o país

Saiu caro para o país - Postado por Pedro Correia

Como já noticiado neste blog:" Saiu barato para o grupo coreano LG os R$ 200 mil pagos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sua primeira palestra após deixar o cargo. "

Não saiu barato para o país:

Dois dias antes da palestra de Lula para a LG, a presidência da República fez um agrado para a empresa coreana: comprou 30 televisores por R$ 54.561,00. As relações entre a empresa e o governo petista sempre foram ótimas. Lula conversou com dirigentes da empresa na Coréia (2005), inaugurou a sua fábrica em Taubaté, SP (2007) e, agora, dentro da quarentena, já está fazendo lobby para a empresa, iniciando com palestra e indo até o trem-bala, onde o consórcio coreano passou a ser franco favorito.

Vejam a nota de empenho de R$ 55 mil para a aquisição de 17 televisões LCDs de 42 polegadas e outros 13 de 42 polegadas. Todos os equipamentos deverão ter tecnologia Full HD e conversor digital integrado.

Fonte: Coturno Noturno

Leia mais no sítio Contas Abertas

Pirataria de Mídia em Economias Emergentes

Pirataria de Mídia em Economias Emergentes - Postado por Pedro Correia

Um estudo que será lançado no dia 9 de março, com dados comparativos entre países emergentes, mostra que questões econômicas têm um impacto maior na pirataria do que a repressão.

Em termos de política de combate à pirataria, o estudo mostra que o Brasil se destaca entre os demais países estudados. No entanto, o efeito desse esforço é pequeno, por conta de questões econômicas. O mesmo DVD vendido a US$ 24 nos Estados Unidos, para o bolso do brasileiro é como se ele custasse US$ 85,50, como mostra a tabela abaixo, relativa ao filme “Batman, o Cavaleiro das Trevas”, com dados coletados em 2008:





A tabela, com dados do estudo, mostra que o DVD pirata no Brasil, ajustado ao poder de compra da população, custa US$ 20, próximo do DVD original nos EUA (US$ 24). Já o original, aqui, é mais do que três vezes superior ao mesmo original no mercado norte-americano, considerado o poder de compra em cada país.

Fonte: Media Piracy in Emerging Economies

Carnaval "made in China"

Carnaval Made in China - Postado por Pedro Correia

O carnaval brasileiro é "made in China", afirma o Financial Times. O jornal aponta que 80% das fantasias apresentadas na tradicional festa nacional foram importadas, principalmente da China, conforme dado da Associação Brasileira dos Importadores Têxteis (Abitex).

Desde as criações das escolas de samba até vestimentas mais estranhas, como roupas do cantor Elvis Presley e máscaras de Osama Bin Laden, a maioria dos produtos é feita a partir de poliéster e de nylon chinês, junto com algum material da Coreia do Sul.

Segundo o FT, os baratos importados chineses inundaram o País nos últimos anos, parte como resultado da valorização da moeda nacional, paralisando diversas áreas da economia. Na avaliação do jornal, a situação representa um dos maiores dilemas políticos para a presidente Dilma Rousseff.

"Há 15 anos, era completamente diferente. Era tudo brasileiro", disse ao jornal britânico Jonatan Schmidt, presidente da Abitex.

A proprietária da loja Carnaval Store, Claudia Sakuraba, importou produtos da China com desconto de 40% em relação aos nacionais. "Quando o real se fortaleceu, ou quando o dólar se enfraqueceu, a indústria do carnaval reagiu como nenhuma outra. É claro que importamos mais", afirmou a dona da Carnaval Store em São Paulo, que fornece para escolas de samba e lojas de fantasias.

Conforme o FT, economistas argumentam que os esforços do Brasil para combater a apreciação do real são infrutíferos e que a única solução verdadeira, não apenas para a área têxtil como para toda a indústria, é melhorar o treinamento, investir[1] em máquinas e desenvolver a infraestrutura.

Mas, para o jornal, apesar dos esforços da Petrobras para expandir sua produção de poliéster no Nordeste, "é improvável que o carnaval seja made in Brasil tão cedo".

Fonte: Estadão

[1] O Brasil terá que investir muito para tentar superar as vantagens comparativas da China

Bolha do mercado imobiliário mundial

Bolha do mercado imobiliário mundial - Postado por Pedro Correia

O mercado imobiliário no Brasil está cada vez mais aquecido e por consequência os preços estão bastantes altos. O preço dos imóveis estão super valorizado não apenas no Brasil, mas em todo o planeta. Em reportagem da revista The Economist, o preço dos imóveis na Australia está super valorizado em 56%, em Hong Kong em 53%. A revista alerta que essa bolha imobiliária poderá causar grandes consequências para a economia global. A situação é tão drástica, que na China existem 64 milhões de propriedades desocupadas.


A aquisição de imóveis nem sempre é um investimento seguro, na verdade em muitas vez é um investimento altamente arriscado. A compra de um imóvel é um investimento que involve de forma exarcebada a questão emocional, assim muitas vezes os indivíduos tomam decisões irracionais. Além disso, a compra de um imóvel, normalmente, está relacionada a tomada vultouosa de recursos no mercado de crédito que podem prejudicar a situação financeira do adquirente.

Outro ponto interessante é que esse mercado muitas vezes desafiam as leis da oferta e demanda, pois quando os preços sobem é um sinal para que outros indivíduos façam aquisições.

Frango congelado por caças

Frango Congelado por caças- Postado por Pedro Correia
De acordo com a Reuters,a empresa americana Lockheed Martin, que vende o caça F-16 estava na concorrência para a venda de caças para o governo tailândes. Entre os países concorrentes estava a Rússia e Suécia. Os americanos queriam de qualquer forma ganhar a venda. O governo tailândes não tinha como pagar em dinheiro. Diante disso, eles propuseram o pagamento dos caças com 80 mil toneladas de frango congelado. A Reuters afirma que os diplomatas dos EUA realmente trabalharam para promover o negócio , uma vez que ajudaram, a Lockheed e, ao mesmo tempo, mantiveram os russos longe do negócio. No final, o negócio não foi fechado porque o governo tailandês foi expulso em um golpe.

Em outro caso, a Lockheed Martin negociava a venda de aviões de transporte com o governo do Chade. Eles não poderiam pagar o contrato e mentiram quanto ao uso dos aviões. O governo do Chade queria os aviões para desmontar um levante pró-democracia. Não osbtante, o corpo diplomático dos EUA apoiou a venda e escreveu para o Departamento de Estado: "Nossa conclusão é que, gostemos ou não, os nossos interesses se alinham a favor de permitir que a venda vá para frente de qualquer forma."

07 março 2011

Rir é o melhor remédio


Posição Ocidental de Ioga

Sivio Santos tem dificuldade de obter crédito

Sivio Santos tem dificuldade de obter crédito - Postado por Pedro Correia

Executivos de primeiro escalão da Jequiti, uma das 43 empresas do Grupo Silvio Santos, passaram boa parte de fevereiro batendo à porta de bancos. O objetivo era conseguir um empréstimo para alongar o perfil de endividamento[1] da fabricante de cosméticos. Até sexta-feira, haviam conseguido 30% do que buscavam. Ainda assim, aceitando pagar juros altos para o porte da companhia (entre 1,40% e 1,90% ao mês) e mudando as garantias oferecidas aos credores: em vez de estoque de produtos, imóveis que pertencem ao Grupo.

Esse caso ilustra as dificuldades que o império do apresentador encontra para se financiar após a crise do Panamericano. Mesmo considerada a "joia da coroa" do Grupo e avaliada em R$ 800 milhões, a Jequiti tem suado para conseguir crédito .

O Estado ouviu sobretudo dois argumentos para explicar a mão mais fechada do que o normal com as empresas do apresentador. O primeiro deles é a falta de governança e transparência no Grupo. "Se o Panamericano, que tem capital aberto e é fiscalizado pelo Banco Central, conseguiu promover uma fraude daquele tamanho, como confiar em empresas de capital fechado?", indaga um banqueiro. O segundo argumento mais citado é uma possível dívida de Silvio com a Receita Federal. Segundo o entendimento de alguns tributaristas, o empresário poderia ser obrigado a pagar até R$ 1 bilhão para o Fisco por causa da maneira como o Panamericano foi salvo.

Levando em conta só as maiores empresas (SBT, Jequiti e a varejista Lojas do Baú), o endividamento total [1] do Grupo supera R$ 600 milhões. Cerca de 60% vencem em até um ano - o que se considera curto prazo.


Fonte: Estadão
[1] O termo correto é passivo

Dívidas da Petrobras com os bancos públicos

Dívidas da Petrobras com os bancos públicos - Postado por Pedro Correia
A relação entre a Petrobras e os bancos públicos nunca foi tão próxima. A estatal terminou 2010 com uma dívida líquida recorde de R$ 46,3 bilhões com BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, revelam dados coletados pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mansueto de Almeida, no balanço mais recente divulgado pela empresa. Esse montante respondeu por quase 40% do endividamento[1] total da estatal, que chegou a R$ 117,9 bilhões em 2010. O levantamento demonstra um crescimento exponencial da dívida da Petrobras com BNDES, BB e Caixa nos últimos três anos. Em 2006, a companhia tinha crédito a receber de R$ 2,55 bilhões com os bancos públicos.

Fonte: Estado de São Paulo
[1] O termo correto é passivo.

06 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Loteria

As loterias da Caixa Econômica Federal atingiram a arrecadação recorde R$ 8,8 bilhões no ano passado, superando em 19,8% o montante de 2009 (R$ 7,3 bilhões). O resultado superou a previsão de crescimento de 10% traçada pelo banco público no começo do ano. (Apostas em loterias da Caixa batem recorde em 2010 – Valor 4 mar 2011)
Racionalmente, as pessoas não deveriam jogar na loteria. Entretanto, o resultado da CEF mostra que as pessoas não seguem um padrão esperado de racionalidade. O grande problema é que a loteria esportiva não deixa de ser um imposto altamente regressivo. Em geral, as pessoas pobres apostam mais, proporcionalmente com certeza, que os ricos. Assim, o resultado da loteria indica, em termos econômicos, que aumentou a arrecadação regressiva por parte do governo.

Sexo e Seguro

Sexo e Seguro - Postado por Pedro Correia

Houve gritos de protesto da indústria de seguros, quando o Tribunal de Justiça Europeu decidiu em 1º de março que o sexo de uma pessoa não deve ser usado para definir as políticas de seguro. As seguradoras afirmaram que vai sair caro para alguns : não existirá mais prêmios baratos para motoristas cuidadosas do sexo feminino, e as anualidades mais baixas para os homens de vida mais curta.





A decisão desencadeou um caloroso debate sobre se a ciência atuarial, que avalia fatores como expectativa de vida e a propensão de um indivíduo destruir carros, não poderia usar apenas outros dados além do sexo para calcular os possíveis acontecimentos . Como por exemplo usar dados sobre a alimentação e hábitos de direção ou a localização e a riqueza. Os atuários já utilizam alguns desses fatores.

A Advogada-geral do tribunal alegou que, tendo em conta as mudanças sociais, modelos de risco não podem mais ser claramente relacionadas com o sexo de uma pessoa. Isso foi uma "espécie de critério de substituição " para outras funções e era incompatível com o princípio da igualdade de tratamento entre homens e mulheres, ela disse.

O caso foi apresentado por Test-Achats, um grupo de consumidores belga, argumentando que um artigo da União Europeia de 2004 sobre igualdade de tratamento de bens e serviços era falho: com uma condição muito desagradável, o artigo 5 (2), tinha dado injustificadamente aos Estados a opção de permitir que o o uso continuado dos dados aturiais baseado no sexo para definir os prêmios de risco. Os juízes concordaram com o Test-Achats e eliminaram o artigo 5 (2). A partir de 21 de dezembro de 2012 todos os novos contratos de seguros terão de cumprir com a nova regra.

Os atuários dizem que o uso de outros fatores nos seus cálculos além do sexo é perfeitamente possível. Pode haver um choque para os prêmios de motos para as mulheres jovens na Grã-Bretanha, mas muitas seguradoras já usam como base de seus prémios o carro e não o motorista. A Bélgica tem seguro de carro unissex desde 2007.

A situação da Bélgica não é suficiente para acalmar o clima na Grã-Bretanha. A grande questão é a das pensões: as anuidades são muito mais comuns na Grã-Bretanha do que no resto da Europa.

Restringir a capacidade das seguradoras de refletir os riscos no momento de fixar os prêmios pode causar problemas. As seguradoras argumentam que a remoção do sexo como fator de avaliação irá adicionar incerteza a conta de todos. Usar mais detalhes sobre as características dos indivíduos também vai aumentar os custos. Se os prêmios mais elevados irão desestimular as pessoas a pouparem para pagar a anuidade, por exemplo, o acórdão do tribunal não vai ajudar ninguém.

Tradução livre de Pedro Correia

05 março 2011

Rir é o melhor remédio


Marty pede a jovem que segure algo. Comercial engraçado e da paquera bem-humorada.

Economia comportamental e Valuation

Economia comportamental e Valuation - Postado por Pedro Correia

Aswath Damoradan fez breve análise da integração da economia comportamental com a avaliação de ativos. Segundo o professor de finanças da Stern School of Business para ganhar dinheiro com valuation é preciso avaliar o valor dos ativos mas seu preço deve se mover em direção aquele valor. A economia comportamental proporciona diversas dimensões sobre o assunto. Ele formulou três perguntas de modo a mostrar a relevância da integração da economia comportamental com o valuation. São estas:

1º- Por que diferentes analistas chegam a diferentes estimativas de valor para a mesma empresa? Quando você avalia o valor de uma empresa, você é um dos muitos a fazê-lo, muitas vezes com base na mesma informação que os outros investidores, e muitas vezes usando os mesmos modelos. Então, por que diferentes analistas chegam a diferentes estimativas do valor? Ao olhar para a interação entre psicologia e avaliação, a economia comportamental proporciona insights interessantes sobre porque os valores que chegamos são diferentes (e por extensão, por que alguns de nós são os compradores e outros são vendedores) e os erros sistemáticos (superavaliação ou subavaliação) que nós fazemos por conseqüência.

2ª Por que o preço difere do valor? No mundo da economia clássica, o preço pode desviar do valor, porque os investidores cometem erros, ou porque o preço pode refletir informações que o analista não pode ter, ou vice-versa. Com a economia comportamental, estamos aprendendo que, que os investidores podem se comportar de maneiras (por exemplo: se recusar a vender “lossers”, querer fazer parte da multidão, ser bastante confiante e avaliar de forma equivocada as probabilidades) o que faz com que os preços divirjam do valor em quantidades significativas.

3ª Quando o valor e o preço vão convergir? A eco
nomia comportamental pode nos fornecer pistas sobre a rapidez com que a convergência entre preço e valor vai acontecer e por que a velocidade pode variar entre os diferentes ativos. Isso seria extremamente útil para o investidor. Assim, poderemos ser capazes de responder a uma pergunta que, historicamente, nos iludiu: Se eu comprar uma ação barata hoje (e estou certo sobre o preço ser o mais barato), quanto tempo tenho de esperar até que minha “aposta” retorne o que paguei?

Como investidores, nos cabe não só se familiarizar com os achados em finanças comportamentais, mas também devemos reconhecer quando o instinto de seguir pode danificar carteiras. Meir Statman, um dos economistas comportamentais que mais gosto, escreveu um grande livro sobre como os investidores podem vencer os seus impulsos e tomar melhores decisões.
Tradução livre de Pedro Correia