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21 setembro 2010

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Lennon e McCarthy: quando a rivalidade é produtiva

Probabilidade de uma previsão estar correta

As maiores marcas do mundo

Relacionamento, seleção adversa e lemmon problem

Q de Tobin mostra que o mercado acionário dos EUA está aquecido

Goodwill Motors

Algumas vezes, os resultados contábeis mais malucos são os impulsionados pelas próprias regras contábeis.

Levará um bom tempo até a General Motors (GM) livrar-se do estigma de ser chamada de "Government Motors". Aqui vai outro apelido para a montadora socorrida pelo governo: "Goodwill [ágio, em inglês] Motors".

Algumas vezes, os resultados contábeis mais malucos são os impulsionados pelas próprias regras contábeis. Vejamos: como é possível que um dos ativos mais valiosos da GM, contabilizado com um valor de US$ 30,2 bilhões, seja o ativo intangível conhecido como ágio, quando há pouco mais de um ano a empresa estava saindo de um processo de recuperação judicial, pelo Capítulo 11 da lei de falências americana?

Esse é o valor de ágio que a General Motors informou possuir em 30 de junho, no balanço apresentado no mês passado como parte do documento de registro para seu plano de realizar uma oferta pública inicial de ações. Em comparação, o patrimônio total da empresa era de US$ 23,9 bilhões. Portanto, sem o ágio, que não é negociável, o patrimônio da empresa seria negativo. Isso está longe de ser sinal de solidez financeira.

Um ano antes, o ágio da GM havia sido contabilizado com valor zero. É como se, de repente, US$ 30,2 bilhões tivessem se materializado do nada. No mundo de cabeça para baixo que é o balanço patrimonial da GM, aconteceu exatamente isso.

Aliás, o ágio da GM supostamente vale mais que suas propriedades, fábricas e equipamentos, listados pela montadora a um valor de US$ 18,1 bilhões. O valor é cerca de oito vezes maior que os US$ 3,5 bilhões que a GM está pagando para comprar a AmeriCredit, a instituição de créditos automotivos de baixa qualidade.

Outra distorção: a GM informou que seu ágio valeria menos se sua capacidade creditícia fosse melhor. É de coçar a cabeça, não? (Ainda retomarei o assunto mais abaixo.)

Não é assim que o ágio funciona normalmente. Em geral, ele vem à tona quando uma empresa compra outra. O comprador contabiliza o patrimônio líquido da outra empresa em seus livros pelo valor justo de mercado. A diferença entre esse valor e o preço de compra é contabilizada como ágio.

As origens do ágio da GM são mais intrincadas. Pouco depois de ter entrado com processo de recuperação judicial em 2009, a empresa aplicou uma mudança na base de avaliação de ativos e passivos (conhecido como método "fresh start" em inglês), usado por empresas no Capítulo 11. Por meio dessa reorganização, a GM inicialmente cortou seu passivo em 44%, cerca de US$ 93,4 bilhões. Com essa nova base, os ativos aumentaram em US$ 34,6 bilhões, ou 33%, principalmente em função do crescimento do ágio.

A explicação da GM? A companhia informou que não teria registrado nenhum ágio pelo método "fresh start" caso tivesse contabilizado todos seus ativos e passivos identificáveis pelos seus valores justos de mercado. A GM, no entanto, contabilizou alguns de seus passivos com quantias superiores a seu valor justo, basicamente relacionados a benefícios a funcionários. Segundo a empresa, a decisão está de acordo com os padrões contábeis americanos sobre o assunto.

A diferença entre o valor contabilizado desses passivos e o valor justo deu origem ao ágio da GM. Quanto maior a diferença, maior o ágio contabilizado. Em outros casos, a GM informou ter registrado certos ativos tributários por um valor abaixo do valor justo, o que também resultou em ágio.

No lado do passivo, por exemplo, a GM informou que os valores justos eram inferiores aos contabilizados porque havia usado taxas de desconto maiores para calcular as cifras do valor justo. Essas taxas de desconto mais altas levaram em conta o próprio risco de inadimplência da GM, o que empurrou o valor justo para baixo.

É aqui que a coisa fica realmente terrível. Se a capacidade creditícia da GM melhorar, isso reduziria a diferença entre o valor justo dos passivos e os valores de fato contabilizados. Em outras palavras, segundo a GM, o saldo do ágio decorrente dessa diferença diminuiria. Isso pode tornar o ágio da GM vulnerável a baixas contábeis no futuro, o que reduziria os lucros.

Um efeito similar ocorreria no lado dos ativos, caso as previsões de lucro de longo prazo da GM melhorassem. Nesse cenário, a GM poderia reconhecer mais ativos tributários, o que levaria seu valor contábil a aproximar-se do valor justo, encolhendo, portanto, essa diferença.

Dessa forma, resumindo, quanto mais forte a GM for e quanto melhor for sua classificação creditícia, menos esses ativos intangíveis poderão valer no futuro. Não há nada de intuitivo nisso.

Há uma história mais complexa aqui. Normalmente, quando as empresas abrem o capital, supostamente estão preparadas do ponto de vista empresarial e contábil para assumir as responsabilidades de ficar sob controle do público.

A oferta pública inicial de ações da GM, é claro, é um bicho muito diferente. Os contribuintes já são donos da maior parte da empresa. Agora, o governo tenta vender seus 61% de volta ao público investidor, embora possa levar anos até o governo conseguir vender essa participação completamente.

Neste momento, o balanço da GM continua cheio de inconsistências, como ilustrado pela história do ágio. A GM divulgou que as entregas em agosto caíram 25% em relação ao mesmo mês de 2009, então, não é o caso de uma empresa com negócios em franca expansão.

Além disso, a GM revelou que ainda tem fragilidade significativas em seus controles internos, o que é uma maneira elegante de dizer que não possui em vigor os sistemas necessários para assegurar que sua contabilidade financeira é precisa.

Estando em temporada política, o governo Obama deixou claro que quer ver a GM completar sua oferta pública inicial este ano para que o presidente possa reivindicar o êxito da estratégia. Já foi ruim o suficiente o fato de a GM ter precisado de resgate com dinheiro dos contribuintes. Seria pior ainda voltar a abrir o capital da empresa de forma prematura.

Uma coisa é certa: da próxima vez que a GM quiser voltar a criar US$ 30 bilhões do nada, não será tão fácil.


Como a General Motors fez US$ 30 bi aparecerem do nada - Jonathan Weil, colunista da Bloomberg News - Por Valor Econômico - 20 set 2010

Matriz de Impacto


Muito interessante a matriz de impacto. Baseado na Deloitte, via Blogabilidade.

LRF em época de eleições

O Ministério da Fazenda sofreu ontem mais uma derrota na tentativa de flexibilizar as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal para concessão de incentivos fiscais, em plena campanha eleitoral. Marinus Marsico, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), emitiu parecer contrário a um recurso da Fazenda que defende a compensação dos incentivos com o uso do excesso de arrecadação, hipótese não prevista na LRF e já rejeitada pelo TCU em auditoria concluída em abril.

— A limitação reflete a finalidade da LRF, evitar concessões descomedidas de renúncias de receitas — disse Marsico.

O objetivo da lei, menciona o parecer, é aumentar o custo das renúncias de receitas, “dificultando-se a concessão arbitrária que compromete o equilíbrio das contas públicas e, não raro, fere os princípios da isonomia e da equidade, ao privilegiar grupos de contribuintes que não necessariamente são aqueles que mais carecem desse instrumento de política pública”.

Marsico lembra que a flexibilização da concessão de incentivos fiscais — por meio da aceitação do excesso de arrecadação como custeio, como quer a Fazenda — alarga a possibilidade de utilização desse mecanismo, fragilizando a transparência orçamentária.

Ao recorrer, o Ministério da Fazenda argumenta que a vedação de compensação de benefícios com base no excesso de arrecadação “vai de encontro à meta de redução da carga tributária vigente no país, uma vez que a única alternativa, no caso de o benefício fiscal entrar em vigor durante o exercício em curso, passaria a ser a adoção de medidas voltadas ao aumento de tributos e de contribuições, o que não seria desejável”.

A LRF estabelece, no artigo 14, entre outras exigências, que a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de medidas de compensação (...) “por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.”

Marsico enfatiza — reforçando posição já manifestada por órgãos técnicos do TCU — que a intenção do legislador está patente na lei: “Ao invés de simplesmente exigir a compensação do gasto tributário por meio do aumento de receita, optou por enumerar taxativamente quais as formas admitidas para sua efetivação, a fim de, se não impedir, ao menos minimizar a prática de sua concessão sem a transparência devida e sem o desejado planejamento que lhe deve anteceder”.


Fazenda é impedida de flexibilizar LRF - 21 Set 2010 - O Globo - Regina Alvarez

Mais reclamações na CVM


O volume de reclamações, denúncias e consultas realizadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) voltou a crescer em 2010. Nos primeiros seis meses do ano, já foram registradas 28.932 reclamações. Apesar de a autarquia não ter divulgado os resultados de todos os semestres, este volume ultrapassa em mais de 5 mil a metade das 48.679 consultas realizadas em 2009, quando a CVM já tinha registrado 5,3% a mais do que no ano anterior. (...)

Do total das reclamações que geraram a abertura de um processo administrativo, o tema que levou ao maior número de processos foi o de serviços prestados por instituições que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários, com participação de 35,73%.

Foram abertos 139 processos sobre o mesmo tema, com reclamações que vão desde o funcionamento de homebroker a falhas na execução de ordens do investidor. De acordo com a CVM, chegou a haver denúncias de realização de operações sem o conhecimento do aplicador.

Os fundos de investimento concentraram 59 processos abertos na CVM, ou 15,17% do total, com questionamentos sobre a rentabilidade auferida, devido à política de investimentos.


CVM recebe 29 mil reclamações de investidores em apenas seis meses - (Juliana Ennes | Valor (via Yahoo) - 20 set 2010

Foto: Gavin Bond

Derivativos e Convergência

Trata o presente artigo de um estudo sobre a participação dos instrumentos financeiros derivativos nos ativos e passivos totais das empresas, diante do processo de convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais do IASB. O artigo objetiva analisar a participação dos derivativos no balanço patrimonial de empresas brasileiras, antes e após a entrada em vigor da Lei 11.638/07. Os resultados apontam para um acréscimo considerável dos derivativos nos ativos e passivos das empresas analisadas, sendo superior no ativo em relação ao passivo. Conclui-se que, pela análise realizada, que não se pode afirmar se essas variações são integralmente oriundas das modificações previstas na Lei 11.638/07 e no Pronunciamento CPC 14, ou se parte delas decorrem de transações normais das companhias, com aumentos ou diminuições nos contratos. Provavelmente, devem ser originadas de ambos os casos.


PARTICIPAÇÃO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS NO BALANÇO PATRIMONIAL DE COMPANHIAS BRASILEIRAS - Roberto Carlos Klann, Paulo Roberto da Cunha, Jorge Ribeiro de Toledo Filho - RIC - vol. 4 n. 2

Resumo

Empréstimos de curto prazo


A Securities and Exchange Commission (SEC), comissão valores mobiliários dos EUA, propôs a adoção de medidas para aprimorar a divulgação de informações adicionais de empresas de capital aberto nas operações de empréstimo de curto prazo para investidores.

A proposta da SEC pode clarear as práticas de empréstimo de curto prazo das empresas, incluindo o que alguns citam como "window-dressing" - omissão de despesas e dívidas realizadas durante o balanço trimestral.

A medida tem como objetivo permitir que os investidores entendam melhor se as somas de empréstimos de curto prazo reportadas ao final de cada trimestre estão coerentes com os saldos de operações realizadas ao longo de cada período.

"Com essas regras, os investidores poderão ter mais informações sobre o comportamento das atividades financeiras da companhia ao longo do trimestre, e não apenas a posição ao final do período", disse a presidente da SEC, Mary Schapiro. Os investidores estarão mais habilitados a avaliar a progressão da liquidez e o nível de riscos", afirmou.

Muitas instituições financeiras e outras empresas praticam empréstimos de curto prazo para capital de giro. Existe uma série de modalidades desse tipo de financiamento, que variam desde acordos de recompra, letras de crédito, notas promissórias, entre outros. Geralmente, eles têm duração de um ano ou menos.


(Tatiana Schnoor | Valor - SEC quer maior detalhamento de operações financeiras de curto prazo - Sex, 17 Set, 2010 - Imagem Fffound

Muda-se a contabilidade


Incomodado com o destaque dado pela imprensa aos resultados negativos das contas da Previdência Social, o ministro Carlos Eduardo Gabas tem pressionado o governo - mais especificamente o Ministério da Fazenda - a alterar a contabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). "Por mim, mudaria isso este ano, já", comentou. A ideia é tratar, em separado, dos resultados da previdência urbana - que já está superavitária - e da previdência rural - que tem déficits.

Com os dados divulgados hoje, o saldo negativo de todo o sistema previdenciário entre janeiro e agosto deste ano já soma R$ 30,779 bilhões, pressionado pelo déficit do setor rural. Levando-se em conta apenas o setor urbano, a Previdência acumula, no mesmo período, um superávit de R$ 5,901 bilhões. Este valor não inclui a antecipação do pagamento da primeira metade do 13º salário aos beneficiários que recebem até um salário mínimo nem os passivos judiciais da Previdência.

Caso ocorra, a mudança no sistema de divulgação dos resultados previdenciários deverá ser posta em prática somente no próximo governo. Essa alteração deverá constar do "livro branco", um apelido que o ministro deu ao diagnóstico da Previdência que deverá apontar os problemas do setor para o próximo presidente da República. Entre outros pontos, o ministro já disse anteriormente que também devem constar propostas como a ampliação da idade mínima para aposentadoria e maior rigidez para pagamento de pensão a viúvas.

"A aposentadoria rural está na Constituição, não é feita para ser superavitária", argumentou o ministro. Por isso, toda vez que o campo apresenta resultados negativos, a cobertura dos pagamentos é feita pelo Tesouro Nacional. Em todo o ano, até o mês passado, também sem considerar o adiantamento do 13º salário e as ações judiciais, o setor rural apresentou um déficit de R$ 27,340 bilhões. Com esses itens, o rombo sobe para R$ 29,387 bilhões. Nos cálculos feitos pelo próprio governo, no entanto, a rubrica usada para a Previdência considera o resultado das áreas urbana e rural.


Governo quer separar resultados da previdência urbana e rural - Célia Froufe - 20 Set 2010 - AE Agronegócios (Imagem: Ffffound)

20 setembro 2010

Rir é o melhor remédio



Via Monsieur Bandit

Teste #351

Complete a notícia com o termo mais apropriado:

O Tribunal de Contas da União (TCU) barrou o lobby da Master Top Linhas Aéreas (MTA) para mudar a forma de contratação das aeronaves que fazem transporte aéreo de carga postal para os Correios. (...) [A empresa requereu] TCU a mudança do sistema estabelecido nos editais de licitação da estatal, que atualmente é de contratação do espaço total dos aviões com exclusividade, de modo que as empresas pudessem negociar no mercado as sobras de lugar e carregar cargas que não fossem da estatal.

A mudança do sistema de contratação faria a MTA faturar alto. Isso porque as aeronaves da empresa são bem maiores que as especificadas nos editais de licitação dos Correios em diversos trechos. (...) A saída, então, seria conseguir aprovação do TCU para que os Correios pudessem contratar apenas uma fatia do espaço, o que cobriria os ___________ da MTA.


Resposta do Anterior: PwC. Fonte: aqui

Basiléia III, Iasc e Fasb

Basilea III no es perfecto. Es posible que acabe generando una carrera de las entidades financieras por limitar sus controles. Para ello tienen varias opciones. La más obvia es el arbitraje regulatorio, o sea, trasladar sus operaciones a países cuyos reguladores apliquen las normas con más suavidad, sobre todo las referentes al colchón anticíclico voluntario del 2,5%, cuya puesta en práctica es opcional. O disimulando el riesgo de los activos.

Pero no hay una forma unificada de medir el riesgo de los activos. De hecho, hay dos estándares diferentes. Uno es el del Comité de Estándares de Contabilidad Internacional (en inglés IASC [sic]), cuyos criterios, que empezaron en Europa, se están imponiendo lentamente, pero que todavía distan de tener una aceptación generalizada. Estados Unidos, por ejemplo, aplica las normas del Comité de Estándares de Contabilidad Financiera (FASB, según sus siglas en inglés). En todo caso, ninguno de los dos es fiable al 100%. Y, como muestra, un botón: el IASC, la organización privada que elabora los criterios vigentes en Europa [sic], pasó por serias dificultades financieras hace un año, cuando dos de sus más destacados miembros, los bancos de inversión estadounidenses Bear Stearns y Lehman Brothers, dejaron de existir y de pagar sus cuotas [sic].


Los paraísos bancarios; Los países que apliquen Basilea III con más suavidad se convertirán en destino preferente de la banca. - PABLO PARDO - 19 Set 2010 - El Mundo

Riscos operacionais em bancos

As instituições financeiras estão expostas a riscos operacionais que se caracterizam pelas falhas de sistema, erros humanos, fraudes, deficiências em processos ou até pela inexistência ou inadequação dos controles internos. O objetivo deste artigo é verificar como estão os processos de gerenciamento de riscos operacionais nos dez maiores bancos brasileiros por ativo total. Para tanto, analisou-se os relatórios disponibilizados nos sítios de cada uma das instituições selecionadas. Os resultados deste estudo mostram as diferenças existentes nas instituições bancárias analisadas relacionadas à estrutura de gerenciamento dos riscos operacionais, política de gerenciamento, publicação de relatórios de divulgação referentes à gestão de riscos operacionais e investimentos no treinamento contínuo de seus funcionários. Conclui-se com esta pesquisa que o Banco do Brasil, o Banco Real, o Itaú e o Santander são as instituições financeiras mais adiantadas no processo de gerenciamento de riscos operacionais em conformidade com o Novo Acordo de Capitais da Basiléia. Destaca-se o Banco Santander, que atendeu a todos os itens de gerenciamento dos riscos operacionais analisados, sendo também classificado como o primeiro no ranking desenvolvido nesta pesquisa.


UMA VISÃO ATUAL DO PROCESSO DE CONTROLE E GERENCIAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS NOS MAIORES BANCOS BRASILEIROS - Francisco Carlos Fernandes, Adriana Kroenke, Ari Söethe - RIC - vol 4, n. 2

19 setembro 2010

Rir é o melhor remédio


Dívida

Novo mercado e CPC

A rejeição aos três pontos mais relevantes da reforma do Novo Mercado - realização de uma oferta pública a partir da aquisição de 30% do capital social de uma companhia, criação obrigatória do comitê de auditoria e aumento do percentual de membros independentes do conselho de administração de 20% para 30% -, já era esperada pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

"O excesso de detalhes acabou prejudicando a aprovação de alguns pontos", critica Antonio Castro, presidente da entidade.

Mesmo sem os três itens, o progresso foi positivo para Castro. "Há três anos, a Abrasca tentou publicar um manual orientando as companhias a divulgarem sua política de negociação e não tivemos 30% de aprovação. Esse item passou com folga na reforma (apenas uma companhia de cada segmento rejeitou a proposta)."

O único ponto incontestável de todo o processo de revisão do nível máximo de governança é a atuação da BM&F Bovespa. "A Bolsa conduziu muito bem o processo, sendo imparcial e serena", pondera Gyedre Palma Carneiro de Oliveira, sócia do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch.

A revisão dos regulamentos de listagem dos níveis diferenciados de governança teve início em 2008. Em julho deste ano, o conselho de administração da BM&F Bovespa iniciou o processo de audiência restrita, no qual as companhias listadas no Novo Mercado, Nível 1 e 2 puderam manifestar-se contra ou a favor às alterações propostas.

Das 105 empresas listadas no Novo Mercado (sem incluir a BM&F Bovespa, que se absteve), apenas 12 não se manifestaram; das 28 empresas no Nível 1, sete preferiram não votar; e das 13 companhias que fazem parte no Nível 2, seis não se manifestaram sobre os temas propostos.

Contribuição

Além de discutirem os impactos da reforma, os membros do conselho diretor da Abrasca aprovaram ontem, durante assembleia, o ingresso da associação na Fundação de Apoio ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

"A fundação visa organizar os processos de custeio para treinamento de profissionais envolvidos com a convergência contábil. Precisamos lembrar que, até hoje, todos os membros do CPC trabalharam de forma voluntária", explica Castro.

As entidades que compõem o CPC precisarão aprovar o ingresso na fundação de forma individualizada. O presidente da Abrasca acredita que a entidade estará completamente implementada até o final do ano.


Rejeição às normas do Novo Mercado era esperada, diz Abrasca
Vanessa Correia - Brasil Econômico - 17/09/10 20:01

Governança em empresas não listadas

Este artigo tem por objetivo analisar a evolução da qualidade das práticas de governança corporativa das empresas brasileiras de capital aberto não listadas em bolsa, no período de 2003 a 2007. Os dados foram coletados através do Sistema DIVEXT da CVM. Como proxy para determinar a qualidade das práticas de governança, foi utilizado o Índice de Governança Corporativa das Empresas Brasileiras de Capital Aberto Não Listadas em Bolsa, calculado a partir de um conjunto de 14 perguntas binárias e objetivas. Os resultados da pesquisa apontam que metade das empresas investigadas apresentou bom nível de governança. Em relação à dimensão Transparência, verificou-se uma melhora na elaboração de relatórios financeiros, obedecendo aos prazos legais e que cerca da metade das companhias contrataram alguma das auditorias globais. Quanto à Composição e Funcionamento do Conselho não foram constatados sinais de melhoria, justificada pela diminuição do atendimento às exigências no que se refere à quantidade de membros, independência e prazo de mandato. Já os resultados da estrutura de Controle e Conduta mostram que a grande maioria das empresas não possuía acordos entre acionistas, significando evolução positiva no sentido de boas práticas de governança.


Evolução da Qualidade das Práticas de Governança Corporativa: um Estudo das Empresas Brasileiras de Capital Aberto Não Listadas em Bolsa - Moisés Araújo Almeida/ Joséte Florencio dos Santos / Lúcio Flávio Vieira de Medeiros Ferreira / Fernando José Vieira Torres - RAC

18 setembro 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Preço

Me parece visível a mudança que a contabilidade de custos sofreu na última década. O preço do produto não é mais determinado pela linha de produção, e sim, pelo mercado consumidor. Como o mercado define o preço, me parece que a melhor análise deve partir da percepção que o cliente faz do preço do produto, para depois eu adequar a minha produção, ou, em casos drásticos, sair do mercado.

Análise de Valor - Balbinot

Acredito que o preço de um produto é determinado pelos 3 C´s: custo, cliente e concorrente.

Pós-graduação

(...) a área acadêmica de administração no Brasil poderia ter um destaque mundial muito maior do que tem – mas vários fatores impedem que isso aconteça. (...)

Hoje apresento 3 fatores, semana que vem trago mais.

O jogo dos pontinhos da Capes

Para mim, o fator que mais mediocriza a produção acadêmica brasileira. Toda escola que oferece programa de pós-graduação está sujeita a um sistema de medida elaborado pela Capes para manter seus programas. Entre alguns outros critérios, os professores de cada escola de administração que oferece mestrado e/ou doutorado têm que atingir uma certa média de pontos por pessoa para a escola ser considerada boa. Publicações contam pontos dependendo da qualidade do periódico.

Poxa, até aí tudo ótimo, um sistema de avaliação que dá incentivo para a produtividade. Mas... a lista de publicações é ruim - já houve muitas mudanças ao longo dos últimos 10 anos, desde versões que não incluíam nenhum dos periódicos mais importantes da área (ou seja, se alguém publicasse no melhor periódico da sua área não ganhava nenhum ponto) até versões que dão a mesma pontuação para períodicos bons e medíocres (ou seja, publicar nos melhores, que é muito mais difícil, não vale o esforço). E, mesmo com as médias sendo calculadas a cada 3 anos, as escolas colocam pressões em seus professores para fazer pontos no curto prazo – o que faz com que ninguém queira correr o risco de submeter para os melhores periódicos, já que o ciclo para ter um artigo publicado neles leva de 2 a 5 anos. A consequência? Todo mundo finge que está fazendo algo importante, mas na verdade só está pensando em maximizar os tais pontinhos gerando quantidade (ao invés de qualidade).

Como é no resto do mundo? Na sua grande maioria, os sistemas são elaborados pelas próprias escolas. As melhores geralmente colocam como objetivo publicar 5 ou 6 artigos em 6 anos (dependendo do impacto dos artigos e da escola, esse número pode ser menor). Só vale publicação nos periódicos considerados "A", uma lista ao redor de 6 periódicos por área. Conseguindo-se esse objetivo (junto com objetivos de qualidade de ensino e contribuição à instituição), voce está livre para publicar o que quiser na velocidade que quiser (sistema chamado de "tenure"). Não conseguindo, tem que procurar emprego em outra escola. Os prazos são maiores, os objetivos mais ambiciosos, e depois de alguns anos você conquista liberdade para fazer coisas mais arriscadas. No Brasil, ao contrário, você esta sujeito eternamente aos pontinhos, à obrigação de gerar artigos em certa quantidade, artigos que não estabelecerão diálogo com pesquisadores pelo mundo porque foram publicados no periódico onde era mais rápido conseguir os pontinhos.

Triste, mas verdadeiro.

Em terra de economista, quem administra se estrumbica

Nos EUA, professores de business school ganham pelo menos 50% a mais que professores de economia (salários universitários norte-americanos variam de área para área). As melhores escolas da Europa pagam o mesmo ou mais que nos EUA, para atrair bons professores. Se isso é "certo" ou não sob ponto de vista de criação de valor, eu não sei – mas sempre que vejo economistas tentando ser científicos e errando feio em seus conselhos, acho que faz sentido os administradores ganharem mais.

Já no Brasil, com sua eterna obsessão por fatores macro e sua paixão por "especialistas" fazendo previsões, economistas são reis: tem universidades onde professores de economia ganham o dobro dos de administração. Para alguém terminando o PhD em economia, voltar para o Brasil não significa uma perda de salário – às vezes ganhando até mais do que ganharia nos EUA ou Europa. Já para o PhD em administração, a diferença é grande, geralmente ganhando o dobro fora do país. E para os cursos executivos (geralmente adicionais ao salário normal), as diferenças no valor por hora-aula variam de 4 a 10 vezes – pelo simples fato que vim para os EUA, o valor de minha hora-aula cresceu 5 vezes. Mesma aula, mesmo tipo de alunos.

"Ah, mas no Brasil os salários são mais baixos mesmo". Hmm. Isso não é verdade para os economistas, e não é verdade para recém-MBAs, que atualmente conseguem melhores ofertas no Brasil que no exterior. Banqueiro ganha a mesma coisa no Brasil que nos EUA, consultor ganha mais, diretor ganha a mesma coisa ou mais... por que o professor de administração tem que ganhar metade ou menos?

Relacionado a isso, há também as diferenças de salário num mesmo departamento, que criam problemas ainda maiores – disso falarei mais na semana que vem.

Aulas, aulas, aulas

Um professor nas melhores escolas de administração dos EUA ou Europa tem uma carga horária entre 75 e 120 horas de aula.

Por ano.

No Brasil, mesmo as escolas muito generosas pedem no mínimo mais que o dobro disso. E há casos que chegam a mais de 500 horas/ano.

O que o professor das melhores escolas do mundo faz no resto do tempo? Produz artigos, visita empresas, conversa com executivos, dá palestras, viaja, apresenta idéias, expande as fronteiras do conhecimento. Recicla-se. Planeja com cuidado seus cursos. Sobretudo aprende, para fazer com que seus alunos aprendam mais.

O que o professor no Brasil faz com o que resta do seu tempo? Dá mais aulas, para aumentar seu salário (vide discussão do item anterior). E faz pontinhos para a Capes ficar feliz e os burocratas poderem mostrar a pretensa "pujança" do nosso ambiente acadêmico.


O que há de errado na área acadêmica de Administração no Brasil – Parte 1
Por Paulo Prochno

Devo lembrar que no Brasil a área de contabilidade, na pós-graduação, está dentro da Administração na Capes.

17 setembro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #350

Esta big four (uma das quatro grandes empresas de auditoria do mundo) está mudando sua marca:

Deloitte
E & Y
PwC

Resposta do Anterior: Diferir = semear/ Passivo = suscetível de paixão/ Receita = recuperado / Patrimônio = haveres / Demonstração = Comprovação