CVM vê fraude na compra da GVT por Vivendi
Graziella Valenti, de São Paulo
08/06/2010
A Vivendi está sendo acusada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por irregularidades cometidas na aquisição da GVT, realizada em novembro. A operação foi inovadora no mercado brasileiro e as brechas utilizadas pelo grupo francês para vencer a disputa com a Telefónica levaram a autarquia a rever a regulamentação sobre essas operações.
Após investigação internacional, a CVM concluiu que a transação foi fraudulenta. A Vivendi também é acusada por falha na comunicação aos investidores, que resultaram em manipulação do mercado. Procuradas, CVM e Vivendi não comentaram o assunto.
08 junho 2010
Fraude
A questão ambiental
A notícia a seguir refere-se ao desastre de Bhopal. Somente 25 anos após a desastre, o julgamento.
Sentença branda e tardia na Índia
O Globo - 8/6/2010
Somente mais de 25 anos após a morte de milhares de pessoas na cidade de Bhopal, um tribunal indiano condenou sete ex-funcionários da subsidiária indiana da multinacional Union Carbide por negligência no vazamento de gás, num dos maiores desastres industriais já ocorridos no mundo. Sobreviventes do acidente que aguardavam do lado de fora do corte consideraram a sentença muito leve — dois anos de prisão — e muito atrasada. Estima-se que 100 mil pessoas ainda sofram os efeitos do gás. Os condenados saíram sob fiança e ainda podem recorrer da sentença.
— Essa punição não é suficiente. Eu perdi o meu filho, um irmão e meu pai. Eu ainda tenho pesadelos — contou Ram Prasad, de 75 anos.
O governo indiano calcula que 3.500 pessoas tenham morrido quando gás vazou de uma fábrica da Union Carbide em Bhopal, numa área próxima a favelas. Ativistas estimam em 25 mil o número de pessoas mortas imediatamente e nos anos seguintes, em decorrência do gás.
Os sete empregados — todos indianos e muitos já na faixa dos 70 anos — foram ainda multados em 100 mil rúpias (cerca de R$4 mil), enquanto a divisão indiana da empresa deverá pagar 500 mil rúpias (R$20 mil). Um oitavo funcionário morreu antes do julgamento. Organizações como a Anistia Internacional (AI) defendem que o governo indiano leve agora à Justiça a Union Carbide Corporation (UCC), que tem sede nos Estados Unidos.
“Estas são condenações históricas, mas muito pequenas e muito tardias. Vinte e cinco anos é uma demora inaceitável para os sobreviventes do desastre e para as famílias dos mortos aguardarem pela conclusão de um julgamento criminal”, disse Audrey Gaughran, diretor da AI para Assuntos Globais. Segundo a organização, 100 mil pessoas sofrem de doenças relacionadas ao gás.
Na manhã de 3 de dezembro de 1984, uma fábrica de pesticida controlada pela Union Carbide deixou escapar cerca de 40 toneladas de isocianato de metila, um gás letal. Investigadores dizem que o acidente ocorreu quando entrou água num tanque contendo o gás altamente reativo, elevando a pressão. A empresa afirma que foi um ato de sabotagem, nunca esclarecido.
Mais de três mil pessoas morreram logo após o vazamento. Crianças e idosos, a maioria extremamente pobre, morreram na cama, cerca de três minutos após inalar o gás. O alarme da indústria falhou, não soou imediatamente, e milhares de pessoas não sabiam que deviam fugir.
Segundo a Central de Investigação da Índia, a empresa não seguia os procedimentos de segurança adequadamente, e os efeitos do gás elevaram o número de mortes nos anos seguintes. Ativistas dizem que até hoje crianças nascem na região com danos cerebrais e defeitos físicos devido ao acidente.
Anos depois a empresa vendeu a subsidiária, que hoje se chama Eveready Industries India. Nos Estados Unidos, a Union Carbide disse ontem, numa declaração em seu website, que a empresa e seus empregados não estão sujeitos à jurisdição indiana, já que não estavam envolvidos no funcionamento da fábrica. Segundo a Dow Chemical, que comprou a Union Carbide em 2001, o caso foi resolvido em 1989, quando a empresa pagou US$470 milhões ao governo indiano — cerca de R$864 milhões.
Sentença branda e tardia na Índia
O Globo - 8/6/2010
Atraso na Convergência
União Europeia critica adiamento na adoção das normas internacionais / Nikki Tait e Rachel Sanderson
O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês), com sede em Londres, e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), dos Estados Unidos, foram forçados recentemente a divulgar uma nota na qual confirmam que não vão cumprir o prazo de junho de 2011 estabelecido pelo grupo dos 20 países industrializados, o G20, para a harmonização das regras contábeis globais.
As relações entre a União Europeia e o Iasb não foram as mais tranquilas no passado, e qualquer sinal de deterioração é acompanhado de perto, já que poderá prejudicar ainda mais o processo de convergência contábil.
Enquanto não é incomum para reguladores contábeis mexer nos prazos durante o processo de criação de normas, os ministros do G20 vinham pressionando por junho de 2011 em parte porque é visto como particularmente importante trazer as empresas americanas para as normas internacionais.
Barnier disse estar "decepcionado" com a maneira que a decisão do Fasb e do Iasb foi tomada e pediu que o assunto fosse tratado com urgência pelo Conselho de Monitoramento, que supervisiona as operações do Iasb. Barnier é membro do conselho, assim como Mary Schapiro, presidente da Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC), que fiscaliza o órgão contábil americano.
"Todas as jurisdições representadas no Conselho de Monitoramento precisam trabalhar muito de perto e é onde as decisões importantes devem ser discutidas e tomadas. É por isso que o comissário gostaria que a questão fosse discutida o mais rápido possível no Conselho de Monitoramento", informou a Comissão Europeia.
Barnier acrescentou que "apoia e acredita com vigor" na criação de um padrão global contábil único de alta qualidade até junho de 2011. É um "compromisso de todos os membros do G20 que tem de ser respeitado".
Não é a primeira vez que a Comissão Europeia e o Iasb entram em atrito. Bruxelas criticou a governança do órgão de normas internacionais de contabilidade e ameaçou suspender os recursos se não fossem feitas mudanças. A Comissão Europeia também contrariou o Iasb no ano passado quando decidiu não apoiar uma regra sobre o uso do valor justo para instrumentos financeiros.
O atraso no processo de convergência também forçou a SEC a publicar uma declaração reiterando que ainda pretende avaliar em 2011 se as companhias americanas devem adotar as normas internacionais.
O Iasb e o Fasb dizem que o processo de convergência poderá atravessar o segundo semestre do próximo ano porque investidores e companhias estariam preocupados com a velocidade do processo, o que poderia induzir a erros nas demonstrações financeiras.
Valor Econômico - 7 jun 2010
07 junho 2010
Atraso na Convergência
Conforme postado anteriormente neste blog, a convergência sofreu um atraso. Na postagem, comentei uma reportagem do Financial Times sobre o assunto, onde destaquei que o principal derrotado teria sido David Tweedie, presidente do Iasb. Eis o texto completo do artigo em português, publicado no Valor Econômico (via Manual de contabilidade Simplificada:
Valor Econômico
Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres
Bob Herz, presidente do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), responsável pelas normas contábeis dos Estados Unidos, confirmou o que já era um dos segredos mais mal guardados da profissão.
As principais reguladores contábeis do mundo não cumprirão o prazo, até junho de 2011, determinado pelo G-20, Grupo dos 20 países mais industrializados, para criar um padrão contábil mundial único.
A convergência global das normas de contabilidade vem sendo o santo graal dos contadores há mais de 30 anos. Argumentam que se as maiores companhias do mundo conseguissem harmonizar seus balanços financeiros melhorariam os fluxos de capital, atenderiam melhor os investidores e reduziriam a possibilidade de fraudes empresariais, como as da Enron e Parmalat.
Desde a recente crise financeira, autoridades reguladoras e políticos compartilham cada vez mais dessa opinião.
A iniciativa pela convergência assumiu um caráter mais premente depois que o promotor americano Anton Vakulas ter revelado em março que o Lehman Brothers havia transferido US$ 50 bilhões de suas contas no fim de trimestres graças ao artifício contábil Repo 105.
Embora admissível pelas regras americanas, o uso da Repo 105 não era permitido pelas internacionais.
Agora, no entanto, os responsáveis por criar as normas contábeis mundiais - o Fasb, dos EUA, e o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) - sinalizaram após semanas de especulações que estão reavaliando o cronograma da convergência.
Essa sinalização chega na esteira das queixas de investidores e empresas de que as autoridades estão apressando o processo e poderiam prejudicar a contabilidade das companhias no futuro.
Herz disse que os responsáveis por criar as normas podem aguardar que o processo de convergência - que inclui mais de uma dezena de projetos - ocorra no início de 2012.
Especialistas dizem que o atraso é um contratempo, mas pode não ser muito desastroso.
"É importante para nós termos padrões confiáveis e de boa qualidade, e se for preciso demorar mais um pouco eles deveriam usar o tempo que for necessário", diz Pauline Wallace, chefe de assuntos regulatórios da auditoria PricewaterhouseCoopers.
Canadá, Brasil e, possivelmente, Japão adotarão as normas internacionais ao longo deste ano e "havia pressões para ter a convergência até lá [junho de 2011]" para incrementar a força do processo, diz David Larsen, da firma de assessoria financeira americana Duff Phelps.
Há receios entre os integrantes do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia sobre como calcular as taxas de alavancagem, porque os responsáveis pelas normas ainda não chegaram a um acordo sobre as grandes diferenças entre o que deve ficar fora e dentro do balanço patrimonial.
Os investidores continuam esperançosos. Peter Vipond, diretor de regulamentação financeira da Associação de Seguradoras Britânicas (ABI, na sigla em inglês), um dos maiores grupos de investidores do Reino Unido, afirmou que, embora o grupo apoie a convergência, isso não deve ocorrer à custa da qualidade das normas.
De fato, alguns contadores dizem que o principal derrotado poderia ser David Tweedie, presidente do Iasb, cuja data de aposentadoria coincidiria com o prazo para a convergência, junho de 2011, algo que traria brilho adicional a seu legado.
Tweedie, cuja anúncio de substituição é esperado em julho, disse repetidas vezes que tal atraso poderia ser prejudicial para o processo de convergência porque o novo presidente poderia levar tempo para estabelecer-se em seu novo cargo.
Fonte: Valor Econômico
Custo da Energia

Um dos principais vilões do custo da energia no Brasil é a carga tributária, que saltou de 35,91% em 2002 para 45,08% em 2008, segundo estudo da PricewaterhouseCoopers. Nesse período, a arrecadação cresceu 115%, de R$ 21,4 bilhões para R$ 46,2 bilhões – resultado de 20 tributos e encargos sociais e setoriais.
“A conta de energia virou um varal para pendurar todo tipo de encargo. A maior esperança para reduzir o valor da tarifa sempre foi eliminá-los”, afirma o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Eduardo Spalding.
Ele destaca, porém, que a realidade tem se mostrado outra. Alguns encargos que deveriam ser extintos, conforme determina a lei, são sempre prorrogados por mais algum tempo. É o caso da Reserva Global de Reversão (RGR), que acabaria no fim deste ano, mas deve ser estendida.
Outro exemplo é a Conta do Consumo de Combustível (CCC), usada para subsidiar a tarifa da Região Norte, onde a geração é térmica. Em vez de ser extinta, a cobrança praticamente dobrou de 2009 para cá. Este ano, serão recolhidos do consumidor R$ 4,8 bilhões.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reconhece que a carga do setor é elevada. Mas avalia que o problema apenas seria resolvido com uma reforma tributária. Em relação aos encargos, ele diz que se trata de uma opção do governo. “O dinheiro da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), por exemplo, é usado para a universalização dos serviços de energia. Isso não é ruim.”
Outro fator que tem pesado bastante nas tarifas é o custo do sistema de transmissão, que saltou 500% em dez anos. Esse foi o preço para expandir a malha nacional, que até 1999 contava com 67.048 km de extensão. Mas o aumento do custo da transmissão é um mal necessário. Em 2001, o Brasil entrou no racionamento porque não tinha transmissão suficiente para trazer energia do Sul para o Sudeste.
Concessões. Uma alternativa para reverter o quadro de alta das tarifas de energia é a renovação das concessões das usinas elétricas, que vencem em 2012. Como a maioria das unidades é antiga e já foi amortizada, o governo poderá definir uma tarifa (bem menor que a atual) para a empresa que quiser continuar com a concessão.
A medida terá impacto direto na conta de luz de todos os consumidores brasileiros, avalia o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro. Até 2015, vence a concessão de cerca de 20 mil megawatts (MW) de potência instalada.
Hubner acredita que a renovação das concessões também possa permitir reequilíbrio de tarifas nas diversas regiões do País. Ele destaca, porém, que a medida dependerá de amparo legal e deve ficar para o próximo governo. O problema é que, em 2012, vencem vários contratos de energia velha, aquela que foi vendida no leilão de 2004.
Se até lá a questão das concessões não estiver resolvida, o governo terá de fazer um leilão de médio prazo. “É aí que mora o perigo. Se essa energia for vendida a preços atuais, o aumento no custo da tarifa seria de 25%”, calcula o diretor da Fiesp/Ciesp, Julio Diaz.
Em 2008, 45% do custo da energia era imposto - Renée Pereira - O Estado de São Paulo - 7 junho de 2010 (Foto: Design You)
06 junho 2010
Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui
BP = British Petroleum, empresa responsável pela poluição do Golfo do México, num torneio de soletrar.
Enquanto isto, em 1892...
A Companhia Commercio e Industria Nacional apresentou, no dia 10 de junho de 1892, suas informações contábeis. A seguir o formato da Demonstração da Conta de Lucros e Perdas:

Os valores referiam ao semestre encerrado em 31 de março de 1892 e a demonstração era apresentada como um razonete T. Esta demonstração era assinada por "Arthur Severino, guarda-livros". Abaixo, o formato do "Balanço Geral em 31 de março de 1892".

O balanço não segue a ordem que estamos acostumados nos dias de hoje. A conta Caixa, por exemplo é a última do Activo. (Mantive o português da época). O Balanço era assinado pelo Director-presidente, o Director-gerente e pelo guarda-livros.
Sobre as demonstrações, o parecer do Conselho Fiscal afirmava:
Com a assinatura de três conselheiros.
É interessante que o relatório da administração da empresa ocupa uma página inteira do Diario Oficial.
No item Escriptorio, discorre sobre a contabilidade da empresas:
Observe que a contabilidade tem sido usada com finalidade de controle, além de ajudar nas decisões.

Os valores referiam ao semestre encerrado em 31 de março de 1892 e a demonstração era apresentada como um razonete T. Esta demonstração era assinada por "Arthur Severino, guarda-livros". Abaixo, o formato do "Balanço Geral em 31 de março de 1892".

O balanço não segue a ordem que estamos acostumados nos dias de hoje. A conta Caixa, por exemplo é a última do Activo. (Mantive o português da época). O Balanço era assinado pelo Director-presidente, o Director-gerente e pelo guarda-livros.
Sobre as demonstrações, o parecer do Conselho Fiscal afirmava:
Cumprindo com o disposto no no. 1 do art. 27 dos nossos estatutos, procedemos á verificação dos saldos do balanço geral desta Companhia, realizado em 31 de Março ultimo, assim como á verificação das contas que nos foram apresentadas, as quaes se acham de acordo com os respectivos lançamentos.
Somos, portanto, de accôrdo, que devam merecer a vossa approvação as contas apresentadas pela nossa directoria"
Com a assinatura de três conselheiros.
É interessante que o relatório da administração da empresa ocupa uma página inteira do Diario Oficial.
No item Escriptorio, discorre sobre a contabilidade da empresas:
Escriptorio
Exerce as funcções de guarda-livros e chefe do escriptorio, desde 17 de setembro ultimo, o Sr. Arthur Severino, cuja proficiência, dedicação ao trabalho e zelo pelos nossos intereses, muito o recomendam ao nosso apreço, e muito têm contribuído para a regularidade a que chegamos nos variados serviços da nossa empresa.
Em o nosso escriptorio central são examinadas semanalmente as contas, o movimento e os escriptos parciaes das diversas casas feliaes; e, mensalmente, procede-se ao balanço em cada um destas.
Foi com a adopção desta pratica que conseguimos cortar despesas abusivas e harmonizar a marcha do serviço com a necessidade de garantir nossos interesses, estabelecendo um centro de acção e fiscalização para todas as ramificações do nosso negocio.
E acreditamos que, sem esse rigor, nada poderemos conservar de estável e proveitoso
Observe que a contabilidade tem sido usada com finalidade de controle, além de ajudar nas decisões.
05 junho 2010
Rir é o melhor remédio
Numa madrugada qualquer, um ladrão entra pelo quintal de uma casa e começa, em silêncio a arrombar a porta dos fundos....
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus tá te olhando!
O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra), mas não vê nada......
Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
Jesus tá te olhando!!!
Desta vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus?
E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio?
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.
(Enviado por Jomar, grato)
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus tá te olhando!
O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra), mas não vê nada......
Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
Jesus tá te olhando!!!
Desta vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus?
E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio?
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.
(Enviado por Jomar, grato)
A história não oficial da Contabilidade no Brasil
Provavelmente o leitor já conhece parte da história oficial da contabilidade no Brasil: a data da fundação do primeiro curso, a lei que reconheceu a profissão, os primeiros congressos dos profissionais, entre outros fatos importantes.
Mas como era a contabilidade antes destes fatos formais? Desconheço uma referência sobre o assunto, o que significa que ainda é necessário pesquisa sobre o mesmo.
Lendo História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira (Mameluco) encontrei a seguinte passagem (p. 45) sobre a vida da família Prado. Ao falar da vida de Antonio da Silva Prado (1778 a 1875), Caldeira conta como ele enriqueceu: fez uma viagem para Chapada Diamantina como tropeiro e obteve uma alta margem de lucro. A partir daí, passou a fornecer capital para outros tropeiros. Ajudou o governo de Dom Pedro I a pagar algumas contas e ganhou o contrato para cobrar impostos em Sorocaba. Nesta função de cobrador de impostos, comprou milhares de mulas; suas mulas passavam pela barreira fiscal sem pagar impostos, mas as tropas concorrentes eram duramente taxadas. O dinheiro obtido era reaplicado no negócio. Eis um trecho importante do livro.
Observe que o trecho diz respeito ao início do século XIX, quando ainda não existiam escolas de contabilidade no Brasil. Mas isto não impedia que algumas pessoas tivessem conhecimento da contabilidade. No caso Veridiana, provavelmente a educação recebida em contabilidade deve ter ocorrido através de professores particulares, contratado pelo pai, Antonio da Silva Prado. Além disto, a relevância da educação na contabilidade indica claramente que Prado já conhecia o método, de alguma forma, e considerava importante que sua filha aprendesse.
Sabe-se que antes da criação de escolas formais de contabilidade, a mesma era ensinada nas famílias. E no Brasil, como isto ocorreu? Talvez fosse necessário alguém investigar a história não oficial da contabilidade para descobrir a freqüência que isto ocorria. O livro de Caldeira já é relevante por revelar outra visão da história brasileira: existia um intenso mercado interno no Brasil colônia, a economia não dependia da exportação e os trabalhadores eram em sua maioria pessoas livres.
Mas como era a contabilidade antes destes fatos formais? Desconheço uma referência sobre o assunto, o que significa que ainda é necessário pesquisa sobre o mesmo.
Lendo História do Brasil com Empreendedores, de Jorge Caldeira (Mameluco) encontrei a seguinte passagem (p. 45) sobre a vida da família Prado. Ao falar da vida de Antonio da Silva Prado (1778 a 1875), Caldeira conta como ele enriqueceu: fez uma viagem para Chapada Diamantina como tropeiro e obteve uma alta margem de lucro. A partir daí, passou a fornecer capital para outros tropeiros. Ajudou o governo de Dom Pedro I a pagar algumas contas e ganhou o contrato para cobrar impostos em Sorocaba. Nesta função de cobrador de impostos, comprou milhares de mulas; suas mulas passavam pela barreira fiscal sem pagar impostos, mas as tropas concorrentes eram duramente taxadas. O dinheiro obtido era reaplicado no negócio. Eis um trecho importante do livro.
Nesse ritmo, Antonio da Silva Prado se tornou logo um dos homens mais ricos de São Paulo. Deu o passo seguinte ao reunir para si toda a herança da família, ao casar sua filha Veridiana com seu meio-irmão Martinho. A noiva tinha recebido a educação que seu pais julgava mais adequada, que incluía um longo treinamento na contabilidade de partida dupla.
Observe que o trecho diz respeito ao início do século XIX, quando ainda não existiam escolas de contabilidade no Brasil. Mas isto não impedia que algumas pessoas tivessem conhecimento da contabilidade. No caso Veridiana, provavelmente a educação recebida em contabilidade deve ter ocorrido através de professores particulares, contratado pelo pai, Antonio da Silva Prado. Além disto, a relevância da educação na contabilidade indica claramente que Prado já conhecia o método, de alguma forma, e considerava importante que sua filha aprendesse.
Sabe-se que antes da criação de escolas formais de contabilidade, a mesma era ensinada nas famílias. E no Brasil, como isto ocorreu? Talvez fosse necessário alguém investigar a história não oficial da contabilidade para descobrir a freqüência que isto ocorria. O livro de Caldeira já é relevante por revelar outra visão da história brasileira: existia um intenso mercado interno no Brasil colônia, a economia não dependia da exportação e os trabalhadores eram em sua maioria pessoas livres.
04 junho 2010
Teste #289
O desastre ecológico da empresa BP no Golfo do México trouxe, na terça-feira, algumas estimatimas.
1) Qual a perda no valor de mercado das ações da empresa, desde 20 de abril, data do acidente?
A. 10%
B. 20%
C. Um terço
D. Metade
2) O valor da queda do valor de mercado é de:
A. 10 bilhões de dólares
B. 20 bilhões de dólares
C. 50 bilhões de dólares
D. 75 bilhões de dólares
3) A empresa informou que já gastou, até terça, o seguinte valor no esforço de limpeza:
A. 1 bilhão de dólar
B. 2 bilhões de dólares
C. 5 bilhões de dólares
D. 10 bilhões de dólares
4) A responsabilidade da empresa na limpeza, que aproxima-se da perda com turismo e com a pesca, pode chegar a:
A. A metade dos lucros trimestrais da empresa, ou 3 bilhões de dólares
B. A 100% dos lucros trimestrais, ou 6,2 bilhões de dólares
C. A pelo menos o dobro do lucro trimestal, ou 14 bilhões de dólares
D. A pelo menos o lucro anual da empresa, ou 24 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: 1) C; 2) C; 3) D; 4) B; 5) A Fonte: CFO Magazine, 1/6/2010, Someone is Up to no Good
1) Qual a perda no valor de mercado das ações da empresa, desde 20 de abril, data do acidente?
A. 10%
B. 20%
C. Um terço
D. Metade
2) O valor da queda do valor de mercado é de:
A. 10 bilhões de dólares
B. 20 bilhões de dólares
C. 50 bilhões de dólares
D. 75 bilhões de dólares
3) A empresa informou que já gastou, até terça, o seguinte valor no esforço de limpeza:
A. 1 bilhão de dólar
B. 2 bilhões de dólares
C. 5 bilhões de dólares
D. 10 bilhões de dólares
4) A responsabilidade da empresa na limpeza, que aproxima-se da perda com turismo e com a pesca, pode chegar a:
A. A metade dos lucros trimestrais da empresa, ou 3 bilhões de dólares
B. A 100% dos lucros trimestrais, ou 6,2 bilhões de dólares
C. A pelo menos o dobro do lucro trimestal, ou 14 bilhões de dólares
D. A pelo menos o lucro anual da empresa, ou 24 bilhões de dólares
Resposta do Anterior: 1) C; 2) C; 3) D; 4) B; 5) A Fonte: CFO Magazine, 1/6/2010, Someone is Up to no Good
Convergência

Em uma declaração conjunta, o FASB e o IASB disseram que o projeto de convergência deve permanecer no prazo de 30 de junho de 2011, mas que a concretização das metas de alguns projetos deve ser estendida para além do segundo semestre de 2011.
Fonte: CPA Sucess
Aqui o texto do Iasb e do Fasb aos membros do G20. Aqui declaração conjunta anunciando a prioridade na convergência.
David Albrecht considerou que estas declarações correspondem a um retrocesso no processo.
Malcolm McKay também considerou que a declaração do Fasb/Iasb que não irão cumprir o prazo de 30 de junho de 2011 para convergência, conforme solicitado por G20, um retrocesso.
Já Rachel Sanderson, do Financial Times, em Deadline setback for global accounting rules, 3 de junho de 2010, afirma que:
Na verdade, para alguns contadores, o principal perdedor pode ser Sir David Tweedie, presidente do International Accounting Standards Board, cuja aposentadoria data deveria coincidir com o prazo de junho 2011, uma situação que teria adicionado brilho ao seu legado.
Foto: Design You
03 junho 2010
Custo de Extrair petróleo
Ipea: custo de extrair petróleo triplica de 2003 a 2008
Por Alessandra Saraiva
Os custos de extração do petróleo no País triplicaram em cinco anos. É o que revelou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apresenta hoje no Rio o estudo "Perspectivas de desenvolvimento do setor petróleo e gás no Brasil". Segundo o instituto, do terceiro trimestre de 2003 para o terceiro trimestre de 2008, o custo de extração saltou de US$ 3,42 para US$ 10,42 por barril. De acordo com o levantamento, o aumento reflete não somente um cenário de escassez mundial de equipamentos e serviços, como também a expansão da fronteira petrolífera em direção a áreas mais inóspitas - no caso brasileiro, a exploração em alto-mar em profundidades cada vez maiores.
O Ipea avalia que, para dar conta dos custos elevados, será necessário "um imenso esforço de inovações tecnológicas, para maximizar o petróleo e o gás natural a serem produzidos", além de ênfase aos aspectos institucionais, políticos e regulatórios, visto que, com a fronteira de exploração e de produção do pré-sal, houve uma mudança radical nas condições de contorno da indústria brasileira do petróleo.
Na prática, para os pesquisadores do instituto, as descobertas recentes do pré-sal irão demandar a reorientação das diretrizes de política energética no Brasil. Entretanto, se houver esgotamento precoce das reservas pode ocorrer perda de competitividade, bem como atrofia dos demais setores econômicos, de acordo com o instituto.
O aumento nos custos provoca um aumento no ponto de equilíbrio. Ou seja, o preço do barril do petróleo precisa ser elevado o suficiente para que a extração seja viável financeiramente.
02 junho 2010
Teste #288
Você conhece fraude? Então responda as perguntas a seguir e depois confira seu grau de conhecimento:
1) Qual a percentagem de fraudes corporativas descoberta pelos auditores internos?
A. 2%
B. 10%
C. 14%
D. 25%
2) Os crimes do colarinho branco cometidos por proprietários e executivos em 2008 - com perdas média de 834,000 dólares - ultrapassaram os crimes cometidos por funcionários por que margem?
A. 2-1
B. 5-1
C. 9-1
D. 20-1
3) Muitas vezes, os fraudadores se entregam. Qual é o sinal mais comum de comportamento de alerta de fraude corporativa?
A. Reclamar das dificuldades financeiras
B. Recusar tirar férias
C. Amizade com fornecedores / clientes
D. Viver além de seus meios
4) Mais de 80% de todas as fraudes eram cometidas por funcionários em seis departamentos. Qual departamento liderou a lista, com 22% dos crimes e mediana perdas estimadas de $ 180.000?
A. Vendas
B. Contabilidade
C. Administração sênior
D. Compras
5) Um estudo mostrou que 80% dos fraudadores
A. Não têm condenações anteriores de fraude.
B. Passaram por pelo menos uma auditoria fiscal.
C. Eles têm atuado através de várias funções corporativas.
D. Eles mudaram de emprego pelo menos uma vez.
Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: aqui
1) Qual a percentagem de fraudes corporativas descoberta pelos auditores internos?
A. 2%
B. 10%
C. 14%
D. 25%
2) Os crimes do colarinho branco cometidos por proprietários e executivos em 2008 - com perdas média de 834,000 dólares - ultrapassaram os crimes cometidos por funcionários por que margem?
A. 2-1
B. 5-1
C. 9-1
D. 20-1
3) Muitas vezes, os fraudadores se entregam. Qual é o sinal mais comum de comportamento de alerta de fraude corporativa?
A. Reclamar das dificuldades financeiras
B. Recusar tirar férias
C. Amizade com fornecedores / clientes
D. Viver além de seus meios
4) Mais de 80% de todas as fraudes eram cometidas por funcionários em seis departamentos. Qual departamento liderou a lista, com 22% dos crimes e mediana perdas estimadas de $ 180.000?
A. Vendas
B. Contabilidade
C. Administração sênior
D. Compras
5) Um estudo mostrou que 80% dos fraudadores
A. Não têm condenações anteriores de fraude.
B. Passaram por pelo menos uma auditoria fiscal.
C. Eles têm atuado através de várias funções corporativas.
D. Eles mudaram de emprego pelo menos uma vez.
Resposta do anterior: Alemanha. Fonte: aqui
Ritmo das mudanças
Em What's New? Don't Ask, Sarah Johnson (CFO Magazine, 1 de junho de 2010) apresenta uma visão interessante: o ritmo das mudanças contábeis e a dificuldade das empresas em acompanhar.
Nas áreas financeiras das empresas, as alterações constantes nas normas contábeis têm gerado fadiga, hora extra e dificuldade de acompanhar. E, segundo Johnson, dificilmente isto irá mudar no médio prazo, podendo agravar, nos Estados Unidos, em razão do processo de convergência.
Algumas alterações pendentes regra, como os que envolvem o reconhecimento de receita e apresentação das demonstrações financeiras, pode ter fortes efeitos em cascata por possivelmente alterar as métricas utilizadas nos contratos de dívida e os planos de compensação, e colocando novas exigências sobre os serviços fora do financiamento, incluindo TI, investidor relações e recursos humanos.
O impacto deste cenário depende do porte da empresa. Em pequenas empresas de contabilidade, não existe recursos humanos suficiente para acompanhar todas as normas. Nestas, deve-se estabelecer prioridades. Mas em outras empresas, não basta acompanhar, mas também ajudar a determinar as novas normas. Isto inclui apresentar sugestões no processo de elaboração das novas regras e atuar como um local de teste.
O texto de Johnson não diz, mas o ritmo das mudanças termina sendo injusto com as empresas que não conseguem manter-se atualizadas.
Nas áreas financeiras das empresas, as alterações constantes nas normas contábeis têm gerado fadiga, hora extra e dificuldade de acompanhar. E, segundo Johnson, dificilmente isto irá mudar no médio prazo, podendo agravar, nos Estados Unidos, em razão do processo de convergência.
Algumas alterações pendentes regra, como os que envolvem o reconhecimento de receita e apresentação das demonstrações financeiras, pode ter fortes efeitos em cascata por possivelmente alterar as métricas utilizadas nos contratos de dívida e os planos de compensação, e colocando novas exigências sobre os serviços fora do financiamento, incluindo TI, investidor relações e recursos humanos.
O impacto deste cenário depende do porte da empresa. Em pequenas empresas de contabilidade, não existe recursos humanos suficiente para acompanhar todas as normas. Nestas, deve-se estabelecer prioridades. Mas em outras empresas, não basta acompanhar, mas também ajudar a determinar as novas normas. Isto inclui apresentar sugestões no processo de elaboração das novas regras e atuar como um local de teste.
O texto de Johnson não diz, mas o ritmo das mudanças termina sendo injusto com as empresas que não conseguem manter-se atualizadas.
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