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30 maio 2010

Futebol

Os clubes de futebol do Brasil já não dependem tanto da venda de jogadores para faturar e têm diversificado suas fontes de receitas, que estão em ascensão. Só que continuam gastando demais.

Essas são algumas conclusões tiradas de um estudo feito pela consultoria Crowe Horwath RCS, que também projetou a evolução do mercado da bola para os próximos sete anos, a começar por 2010, que deverá movimentar mais de R$ 2,1 bilhões.

Parece muito? Para se ter uma ideia, os 20 times da Premier League, a badalada divisão de elite inglesa, geraram cerca de R$ 5,3 bilhões só na temporada 2008-09.

"Estamos muito longe do ideal", afirma Amir Somoggi, diretor da Esporte Total da consultoria, que prevê para 2014, ano de Copa do Mundo no país, um faturamento na ordem dos R$ 3 bilhões.

O estudo mostra que em 2003, ano da introdução dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, 26% das receitas das equipes vinha da transferência de atletas. O ápice aconteceu em 2007 (37%) até despencar para 19% no ano passado.

Outras fontes, como bilheterias (de 7% para 13%) e patrocínio e publicidade (9% para 14%) vêm ajudando os times a reduzir a dependência do mercado externo.

Já os rankings dos mais ricos e endividados foram feitos com base nos balanços que os clubes publicam no "Diário Oficial" dos Estados.


Quanto vale o futebol brasileiro - Folha de São Paulo - 30/5/2010 - RENAN CACIOLI

29 maio 2010

Rir é o melhor remédio



Maradona, Aspirador. Veja também esta notícia.

Transbrasil


Uma reportagem da Isto É Dinheiro (Falência Turbinada, Hugo Cilo) informa que o Tribunal de Justiça de São Paulo fez felizes os antigos donos da Transbrasil. O Tribunal considerou que uma dívida de US$22,5 milhões, cobrada pela GE, eram indevidos.

Estranho, muito estranho. Além da devolução do valor em dobra da quantia cobrada, o tribunal decidiu cobrar uma indenização referente ao lucro cessante. Segundo o texto, o valor da indenização é de US$190 milhões. Estranho, muito estranho.

Prossegue o texto:

Às vésperas da falência, quando a empresa aérea ensaiava uma fusão com a americana Continental, a Merrill Lynch calculou em US$ 250 milhões o preço da Transbrasil – quantia que, segundo a consultoria Economática, em valores atuais seria de US$ 1,047 bilhão.

Vamos verificar este valor. Entre 2001, data da falência, e 2010 são nove anos. Como não sabemos como foi feita a correção, vamos obter a taxa anual usada. Para isto basta dividir o valor corrigido atual, de US$1,047 bilhão, pelo valor da empresa na época, US$250 milhões. Do resultado, para encontrar a taxa anual, é necessário extrair a raiz nove. Fazendo os cálculos, encontramos 17,25% ao ano. Se pesquisarmos no Wolfram Alpha, a inflação média dos Estados Unidos no período foi de 2,473% ao ano. Ou seja, o valor corrigido pela Economática está muito acima do razoável. Usando a taxa de inflação dos Estados Unidos, o valor final seria US$311 milhões.

O texto prossegue afirmando que quando a empresa faliu, administrava espaços nos aeroportos do país que valiam R$1,5 bilhão em direito de uso. Isto é questionável, já que os contratos talvez não possam ser considerados ativos (vide um exercício sobre isto no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, capítulo Ativo).

Outro aspecto interessante da questão é que o STJ, em 2009, tinha confirmado a falência da empresa.

Finalmente, cabe perguntar: para onde irá o dinheiro recebido da indenização? Será usado para pagar as dívidas trabalhistas e fiscais?

Foto: Carlos NAscimento

Gisele...


Quando criou o índice Gisele Bündchen de ações, em 2007, o economista e professor americano Fred Fuld queria medir o efeito da top model brasileira sobre as ações das empresas que a contratavam para promover suas marcas. O resultado, para quem é fã de Gisele, não poderia ser outro: o desempenho do indicador, que reúne companhias como Volkswagen, Polo Ralph Lauren e Vivo Participações, superou o do Dow Jones Industrial, principal termômetro da bolsa nos EUA.

De janeiro de 2007 a setembro de 2009 (última vez que foi medido), o Dow Jones caiu 23% e o índice da beldade perdeu somente 2%. (...)


Gisele é a Isca - Por Juliana Schincariol - Isto é Dinheiro. Foto: Fffound

28 maio 2010

Rir é o melhor remédio



Todo cuidado com as ações

Fonte: aqui

Links

Iasb começa a discutir impairment

Portal da Transparência com informações atualizadas diárias sobre a execução das receitas e despesas dos governos federal, estaduais e municipais

BMF & Bovespa recebem nota A1 e Aaa.br da Moody´s

Iasb e outros resultados abrangentes

Minuta do Fasb para instrumentos financeiros

Teste #285

As pessoas só ganharam dinheiro com gravações [de música] num período de tempo muito curto.

Houve um pequeno período, de 1970-1997, onde todos fizeram muito dinheiro. Mas agora esse período já passou.

Então, se você olhar para a história da música gravada a partir de 1900 para cá, houve um período de 25 anos, onde os artistas se saíram muito bem, mas no resto do tempo não.


Esta análise acurada da indústria da música foi feita por um economista muito famoso. Seu nome é:

Gary Becker
Mick Jagger
Paul Samuelson

Resposta do Anterior: 500 mil dólares. Fonte: Wall Street Journal

BP e o Golfo do México


A fotografia acima mostra um diretor da BP, empresa de petróleo responsável pelo vazamento de óleo no Golfo do México. Ele está explicando o que a empresa está fazendo para resolver o problema. No gráfico, a quantidade de petróleo recolhida pela empresa. Parece positivo, não é mesmo?

Mas Laura Conaway notou um ponto interessante. O gráfico apresenta o volume em termos cumulativos. É obvio que os valores terão uma tendência crescente no tempo. Seria uma tentativa de manipulação?

Custo da corrupção


Custo da corrupção no Brasil chega a R$ 69 bi por ano
por FinancialWeb - 14/05/2010

Renda per capita do País poderia ser de US$ 9 mil, 15,5% mais elevada que o nível atual, segundo pesquisa da Fiesp

Além dos incalculáveis prejuízos sociais, conhecidos por todos os brasileiros, que a corrupção acarreta, os econômicos também são enormes, com a diferença de que podem ser minuciosamente medidos. De acordo com estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o custo médio anual da corrupção no País gira em torno de R$ R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões. O montante é equivalente a 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

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No período entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita do Brasil era de US$ 7.954. Contudo, a pesquisa constatou que se o País estivesse entre os menos corruptos este valor subiria para US$ 9.184. Ou seja, um aumento de 15,5%, equivalente a 1,36% ao ano.

No ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional, que contempla 180 países, o Brasil está na 75ª colocação. Numa escala de zero a 10, sendo que números mais altos representam países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7, ficando abaixo da média mundial de 4,03 pontos.

Prejuízos

Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversas áreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada.

Educação: o número de matriculados na rede pública do ensino fundamental saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos. Um aumento de 47,%, que incluiria mais de 16 milhões de jovens e crianças.

Saúde: Nos hospitais públicos do Sistema único de Sáude (SUS), a quantidade de leitos para internação, que hoje é de 367.397, poderia crescer 89%, que significariam 327.012 leitos a mais para os pacientes.

Habitação: o número de moradias populares cresceria consideravelmente. A perspectiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é atender 3.960.000 de famílias; sem a corrupção, outras 2.940.371 poderiam entrar nessa meta, ou seja, aumentaria 74,3%.

Saneamento: a quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais 23.347.547 casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.

Infraestrutura: os 2.518 km de ferrovias, conforme as metas do PAC, seriam acrescidos de 13.230 km, aumento de 525% para escoamento de produção. Os portos também sentiriam a diferença, os 12 que o País possui poderiam saltar para 184, um incremento de 1537%. Além disso, o montante absorvido pela corrupção poderia ser utilizado para a construção de 277 novos aeroportos, um crescimento de 1383%.


Encaminhado por Ronaldo Schimidt G. de Almeida
Foto Design you

Custo do vulcão

A erupção do vulcão islandês provocou prejuízos de 5 bilhões de dólares. Esta é a conclusão de um estudo divulgado num congresso de turismo ocorrido em Pequim (via Agencia Estado, Interrupção de vôos por vulcão islandês custa US$ 5 bi, Michelly Teixeira)

Entre os prejudicados, o estudo lista os passageiros, as empresas aéreas e os que dependem do comércio exterior. Um exemplo são os produtores de rosas, geralmente exportadas por avião. Neste caso, por ser um produto perecível, o custo corresponde ao produto que não foi vendido.

Basiléia 3

A revista The Economist da semana discute a questão do acordo de Basiléia. Este acordo, com o nome da cidade suíça, resulta da discussão dos bancos centrais dos principais países do mundo. O acordo da Basiléia representa uma tentativa dos bancos centrais de regular as instituições financeiras em termos mundiais.

O atual acordo é denominado de Basiléia 2. Os estudos para reformar o atual acordo devem ser concluídos no final do ano, e corresponderia ao Acordo da Basiléia 3.
E pelo que já se sabe as instituições financeiras não são favoráveis ao acordo. Algumas estimativas falam do aumento do custo dos empréstimos. (Bare-Knuckle in Basel, The Economist, 27 de maio de 2010).

A chegada do Basiléia 3 representa uma resposta a crise financeira. É sempre bom lembrar que o nascimento da SEC, a CVM dos EUA, ocorreu após a crise de 1929. E que a SEC foi um dos primeiros órgãos preocupados com o mercado e seus usuários, o que inclui as informações contábeis.


Fonte da foto aqui


Outras propostas de reforma incluem impostos sobre transações financeiras e mudanças na contabilização dos empréstimos, usando o valor justo.

Algumas previsões destas mudanças já aparecem. Analistas do Credit Suisse, uma instituição financeira, estima que os resultados dos bancos europeus daqui a dois anos podem cair 37% (The Banks battle back, 27 de maio de 2010). Se isto tornar-se real, as reformas podem enfrentar o poderoso lobby dos banqueiros.

Variação da Receita e Risco

O analista Saj Karsan chama a atenção (Understanding Risk on the Revenue Side: Wal-Mart vs. Apple) para a importância da receita estável na avaliação do risco de uma empresa.

1) As empresas que são influenciadas por ciclos econômicos podem apresentar maior risco. Imagine se ocorrer uma recessão prolongada; seus os efeitos serão piores nestas empresas.

2) As empresas que conseguem proteger-se da competição possuem receitas mais estáveis. Neste caso, receitas seriam sintomas desta vantagem. Isto inclui situações onde a empresa não depende de um produto.

3) Provavelmente receitas estáveis representam uma capacidade de manutenção de criatividade.

Karsan faz uma comparação entre a Apple e a Wal-Mart. A estabilidade da receita da Wal-Mart seria uma garantia de menor risco. Para Karsan, o desempenho futuro da Apple depende de inovação constante.

Saúde financeira nos clubes


O Comitê Executivo da União de Associações Europeias de Futebol (Uefa) adotou nesta quinta-feira o 'jogo limpo' financeiro, que prevê o impedimento de clubes sem equilíbrio em suas contas e cujas sanções devem entrar em vigor a partir de 2014, informou seu secretário-geral, Gianni Infantino.

(...) O 'jogo limpo' estipula que, para participar das competições europeias de futebol, os clubes não poderão gastar mais dinheiro do que arrecadam, para evitar a chamada "vitória dos gastos", quando os clubes se endividam para formar grandes equipes.


Uefa adota 'jogo limpo' nas finanças dos clubes - Isto é Dinheiro

Alguns clubes estavam fazendo inversões elevadas, sem ter o devido suporte de médio e longo prazo. Isto aquecia o mercado de salários, com efeitos perversos sobre os outros clubes. O termo "jogo limpo" diz respeito ao investimento sem ter condições no médio e curto prazo.

Foto: Design you

27 maio 2010

Rir é o melhor remédio

"Às vezes, quando se está furioso com alguém, sentar e pensar sobre o problema pode ajudar bastante!"



(Grato, Alexandre Alcântara)

Links

CIA e o plano do vídeo falso de Bin Laden e Hussein

Intensidade turística (baseado nas fotos do Panoramio)

Mitos da comunicação visual

Faça um cartoon de você mesmo (software)

Transforme uma fotografia num desenho de lápis (software)

Humor: os 123 passos para publicar um artigo num periódico

Custo de Oportunidade da Espera

No teste de ontem, foi apresentado o caso de um posto de gasolina que vendeu o produto por R$1,59, versus um preço normal de R$2,64. O comportamento dos consumidores provocou uma fila enorme. Muitas pessoas levaram muitas horas (quatro ou mais) para abastecer.

Um comentário ao teste levantou três questões sobre o preço praticado:

Quem irá recolher os impostos?
A gasolina tem a mesma qualidade?
Qual o custo de quatro, cinco ou nove horas de espera?


Admite-se que os impostos sejam recolhidos pelo posto. Sobre a segunda questão, diante do intenso impacto da promoção, a venda de gasolina de baixa qualidade poderia provocar um efeito contrário intenso.

O terceiro aspecto talvez seja o mais importante. Admitindo um tanque de 40 litros, a diferença de preço por litro é de R$1,05. Isto corresponde a uma economia de 42 reais. Supondo cinco horas de espera na fila, o custo de oportunidade seria de R$8,40 por hora.

Só podemos dizer que vale a pena em cada caso individual. Para algumas pessoas, provavelmente não é interessante. Um cálculo aproximado pode ser feito da seguinte forma:

Um trabalhador que recebe R$2.000 de remuneração e trabalha 180 horas por mês terá uma remuneração de R$11,11 por hora. Neste caso, talvez a espera não seja adequada.
(Mas observe que estamos supondo que esta pessoa passaria cinco horas do seu tempo somente numa fila de espera. Ele não faria nenhuma atividade produtiva neste período, o que pode ser irreal)

Dono da Parmalat condenado

O escândalo da Parmalat foi um dos mais famosos dos últimos anos. A empresa italiana, então com atuação no Brasil na área de laticínios, fraudou suas demonstrações contábeis. Agora a condenação do dono. Eis a notícia:

O Tribunal de Apelações de Milão confirmou nesta quarta-feira (26) a condenação a dez anos de prisão do ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, no processo de falência do grupo agroalimentar italiano, informou a agência de notícias Ansa.

A Corte, no entanto, não acatou o pedido do Ministério Público de uma pena mais alta, de 11 anos e um mês de prisão.

Acusado de especulação na bolsa, de dificultar a atividade dos órgãos de vigilância e de ser cúmplice de falsificações em relatórios, Calisto Tanzi, fundador e ex-dono do grupo, foi condenado no fim de 2008.

O advogado de Tanzi, Giampiero Biancolella, informou que seu cliente irá recorrer.

O tribunal ainda condenou Giovanni Bonici, ex-presidente da Parmalat da Venezuela, a dois anos e meio de prisão e Luciano Silingardi, antigo administrador independente do grupo, a três anos, mesmo com os dois tendo sido absolvidos em primeira instância.

Por outro lado, as absolvições de três antigos dirigentes do banco americano Bank of America e de dois administradores do grupo foram confirmadas, apesar de irem contra a solicitação do Ministério Público, que queria as condenações.

Tanzi deve ainda pagar € 100 milhões para ressarcir 32 mil investidores afetados pela falência da Parmalat.

O processo de Milão começou em 2005 e é o primeiro de uma longa série de problemas com a Parmalat.

O maior processo, relativo à falência, em número de prejuízos e penas aplicadas foi aberto em março de 2008 em Parma, cidade sede do grupo. Tanzi foi julgado por falência fraudulenta.

Referência da economia italiana, a Parmalat empregava, na época, 36 mil pessoas em 30 países, reunia diversas empresas e estava presente no futebol, com o clube Parma, e no turismo.

Sua falência em 2003 representou um dos escândalos financeiros mais graves da Europa e engoliu as economias de 135 mil investidores, deixando um buraco de cerca de € 14 bilhões
.


Ex-dono da Parmalat é condenado a 10 anos de prisão
Brasil Econômico - Por AFP - 26/05/10 14:39

Todas as notícias da Parmalat deste blog aqui

TCU e o trem-bala

Exigência do TCU pode atrasar trem-bala - O Globo - 26 de maio de 2010

Gustavo Paul

BRASÍLIA. Já atrasado em relação ao cronograma previsto pelo governo no início do ano, a licitação para construção do trem de alta velocidade (TAV) ligando o Rio a São Paulo esbarrou nas últimas semanas em uma polêmica entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e o governo. Os técnicos do tribunal só querem liberar o edital se o Ministério dos Transportes elaborar um projeto básico para a nova ferrovia, e o governo se recusa a fazê-lo. O argumento é que o Executivo estará contratando um serviço público e não uma obra pública.

Caso seja obrigado a entregar o projeto, a licitação poderá demorar mais um ano, avalia uma fonte ligada à licitação.

Para tentar chegar a um acordo, as conversas com o TCU têm se intensificado em vários níveis hierárquicos — ministros, secretários e técnicos do Executivo estão permanentemente em contato com o tribunal. O argumento oficial é que um projeto básico não faz sentido nesta fase do processo, pois a tecnologia vencedora é que decidirá o trajeto definitivo e as soluções técnicas para a obra.

Estão em disputa várias tecnologias diferentes para o trem — entre elas a alemã, a japonesa, a coreana, a francesa e, mais recentemente, a chinesa.

Para o governo, este é o último entrave a ser contornado para colocar a licitação na rua. Ao custo de R$ 34,6 bilhões, o trem de alta velocidade é a mais cara obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deveria ficar pronto até 2015, antes dos Jogos Olímpicos de 2016. A expectativa é que a pendência se resolva até o início de junho — o caso do TAV não está previsto na pauta do TCU de hoje.


(Enviado por Caio Tibúrcio)

Intangíveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem aumentado o peso dos chamados ativos intangíveis na avaliação de empresas que buscam financiamento. A experiência do banco na medição do potencial econômico de fatores que não aparecem nos balanços será apresentada a representantes de bancos de fomento e agentes econômicos de vários países que se reunirão na semana que vem em Paris em torno do tema.

O diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Eduardo Rath Fingerl, apresentará a metodologia do banco, desenvolvida em parceria com a Coppe/UFRJ, numa reunião do chamado Novo Grupo de Paris, que reúne líderes empresariais, governamentais e acadêmicos de 20 países.

Rath Fingerl integra a equipe que estuda formas e normas internacionais para agregar aos demonstrativos de empresas e aos sistemas de contas nacionais o valor de itens como inovação, capital intelectual, marca, reputação, sustentabilidade e uso de tecnologia em processos e gestão. Isso pode ampliar a capacidade das empresas de atrair investimentos e financiamentos.

“Cada vez mais, o que realmente gera valor nas companhias são os ativos intangíveis. É o que faz com que, entre duas empresas com mesmo parque industrial, uma tenha sucesso e a outra não”, define Rath Fingerl.

Como exemplo, cita a aposta da petroquímica Braskem no “plástico verde”. Apesar do preço 30% mais alto, a companhia já vendeu a produção inicial da fábrica de Triunfo (RS), que começa a operar em agosto produzindo resina plástica de cana-de-açúcar. O projeto foi apoiado pelo banco, que é sócio da companhia por meio da BNDESPar, comandada por Rath Fingerl.

“O maior ativo ali não são os equipamentos, mas a tecnologia e a pesquisa que deve fazer com que a empresa iguale o custo com um produto sustentável, que tem demanda crescente.”


BNDES tenta valorizar ativos intangíveis - Alexandre Rodrigues / RIO - Estado de São Paulo - 27 de maio de 2010

Ainda o Lehman

O Lehman Brothers Holdings iniciou ontem uma ação contra o JPMorgan Chase, acusando o segundo maior banco dos EUA de subtrair ilegalmente bilhões em ativos desesperadamente necessitados no período que culminou com sua histórica falência. Na ação, apresentada na Corte de Falências de Manhattan, o JPMorgan é acusado de usar o seu “acesso sem paralelo” aos detalhes dos problemas do Lehman para cobrar US$8,6 bilhões em garantias nos quatro dias anteriores ao colapso do banco, no dia 15 de setembro de 2008, inclusive US$1 bilhão no último dia de funcionamento do banco.

O JPMorgan foi o banco responsável pela “compensação” do Lehman, funcionando como um mediador das operações do banco com outras partes. O Lehman quer US$5 bilhões em indenização.

Segundo a ação, o JPMorgan sabia, graças ao acesso especial, que a viabilidade do Lehman se deteriorava rapidamente, e usou o “poder de sua posição” como mediador, ameaçando deixar o Lehman sem serviços de compensação a não ser que ele colocasse um volume excessivo em caução. Paro o Lehman, isso precipitou a falência.

“Com essa pistola financeira contra a cabeça do Lehman, o JPMorgan conseguiu extrair um acordo unilateral do Lehman da noite para o dia”, afirma a ação apresentada ontem. “Esses bilhões de dólares em caução por direito pertencem aos bens do Lehman e de seus credores.”

Já o Tesouro dos Estados Unidos anunciou ontem que vai vender mais 1,5 bilhão de ações do Citigroup. O governo dos EUA quer diminuir gradualmente sua participação de 27% na instituição financeira, assumida na crise financeira global.

Lehman processa JPMorgan por danos - O Globo - 27 de maio de 2010