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Sobre débitos e créditos da vida real
O preço de nossa ação caiu 28,4% em 2008 e 40% em 2009 até esta data. Mike e eu consideramos que o preço da ação no tempo é um importante relato de nosso desempenho e, este ano, nós ainda estamos na escola.

Empresas: Finanças lançam novo sistema contabilístico na quinta-feira
Agência Lusa - Serviço Economia - 22/4/2009
Lisboa, 22 Abr (Lusa) - O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, apresenta na quinta-feira o novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que substituirá o Plano Oficial de Contabilidade (POC) que vigora há mais de 30 anos.
"O novo SNC representa um marco histórico, já que remodela o POC, que tem mais de 30 anos, e que é assim alvo de uma revisão completa, destinada a dar resposta à nova forma de as empresas desenvolverem a sua actividade, num ambiente mais complexo, internacional e com exigências de reporte diametralmente diferentes daquelas que existiam em 1977", refere o comunicado enviado pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública.
A cerimónia de apresentação do novo SNC contará também com a presença do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo.
O SNC cria três níveis de estrutura normativa contabilística, intermutáveis e integrados: aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS) -- tal como adoptadas na União Europeia. Aplicação das Normas de Contabilidade e Relato Financeiro (NCRF) e aplicação de Normas de Contabilidade e Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE)
É assim criada uma estrutura que "assegura a coerência horizontal entre os três conjuntos normativos (tendo em conta que assentam em critérios e princípios de base comuns), viabilizando uma fácil comunicabilidade vertical da estrutura contabilística das entidades, sempre que alterações de dimensão impliquem uma evolução para relatos financeiros mais exigentes", conclui o comunicado.

Os balanços sem graça dos parques de diversão
Gazeta Mercantil - 22/4/2009
Considerados equívocos de investimento no País pelo prejuízo que já renderam a fundos de pensão e fundos de private equity, os parques de diversão podem iniciar uma segunda fase no mercado brasileiro - baseada em expectativas menores de retorno e custos de capital mais adequados à realidade do segmento.
O fundo de pensão Funcef, que esperava renda por 30 anos com as debêntures perpétuas da Serra Azul, controladora do Wet'n Wild, pode receber dividendos do empreendimento pela primeira vez neste ano. Isso porque o fundo provisionou uma perda de R$ 20 milhões em 2003 e convenceu os demais debenturistas a um "perdão da dívida". A melhor forma de reestruturação encontrada foi a conversão dos papéis em ações e uma nova chance para a lucratividade. "Sem a dívida, o parque consegue gerar resultado hoje", afirma Carlos Rosa, diretor de participações da Funcef.
A consultoria de recuperação de empresas Íntegra, que deve concluir um acordo com o BNDES para reduzir a dívida do Hopi Hari e assumir o empreendimento, define o equívoco do segmento no custo do dinheiro. "É relativamente usual encontrar situações em que a expectativa de retorno não se preenche porque o custo de capital é maior do que o negócio poderia permitir", diz Nelson Bastos, sócio da Íntegra.
Por isso a reestruturação desses complexos tem passado impreterivelmente pela assunção de prejuízo. Alguns debenturistas do Wet'n Wild venderam seus títulos por 5% do valor de face. A Previ, sócia do Hopi Hari, vendeu seu Magic Park com deságio de 92% sobre o total investido.
B1(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Maria Luíza Filgueiras)
Nota fiscal eletrônica traz novos desafios à gestão
Gazeta Mercantil - 22/4/2009
Nos últimos meses, a nota fiscal eletrônica é tema recorrente nas empresas que comercializam produtos no Brasil. É a bola da vez, prioridade zero, seja qual for o tamanho e segmento de atuação. Não há como ficar de fora do projeto de modernização fiscal do governo federal. Regra válida, claro, para aqueles que cumprem com os deveres tributários.
A mudança é realmente inevitável e abrangente. Mas a migração do papel para o modelo digital é bem mais que um assunto tecnológico. Afeta por completo a rotina da operação comercial, dos processos logísticos e administrativos. Estamos estabelecendo um paradigma no país. Aos poucos, os documentos eletrônicos desenham o novo sistema tributário do Brasil. Nesse momento, estamos passando por uma travessia chamada adaptação. E algumas empresas estão mais suscetíveis do que outras.
Por falta de informação e orientação, empresários e profissionais experientes se surpreendem com as mudanças implícitas na adoção obrigatória da nota fiscal eletrônica. Por trás da eliminação do documento em papel, há um emaranhado de detalhes. E o preço para quem tropeça na implementação pode sair caro. Isso se aplica quanto ao abastecimento logístico. É que, com o processo de emissão da nota totalmente eletrônico, se os dados não estiverem 100% compatíveis com os campos pré-estabelecidos, a nota não é gerada. Será necessário parar e checar qual o erro e corrigi-lo. Nesse caso, o que deveria durar segundos pode demorar horas.
Sem gerar a nota eletrônica, o caminhão não sai do pátio. Fica lá, parado, esperando. Imaginemos uma companhia de cimento. Depois de encher o caminhão, a empresa precisa chegar ao seu destino em menos de duas horas antes que o produto endureça. No caso de um problema na emissão das notas, essa empresa tem três opções: jogar fora o cimento, correr o risco de perder também o caminhão ou liberar o caminhão sem a nota. As três são inapropriadas e trazem prejuízo.
Antes, a companhia só corria o risco de ser multada se o fiscal batesse à porta. Agora, tudo é informado à Secretaria da Fazenda no exato momento da emissão. Possíveis falhas tornam-se evidentes. Além de gerenciar a emissão das notas, há outras questões a atentar. No modelo eletrônico, não há mais talonário em papel. Mas permanece a regra de se guardar as informações por seis anos. Sua empresa sabe onde vai armazenar esses dados? Como? Qual o grau de segurança? Quem está responsável pelo controle? Esses são alguns dos questionamentos necessários.
Para as corporações, as mudanças são absorvidas pelas equipes internas, envolvendo tecnologia, contabilidade, logística e áreas afins. Mas nas pequenas e médias empresas ou naquelas que emitem poucas notas por mês, não há como distribuir as tarefas. A crítica missão de se adaptar cabe a um ou dois funcionários, apenas. Para enfrentar a desvantagem tecnológica e a falta de infraestrutura interna, considere a possibilidade de contratar um serviço terceirizado.
O investimento com a migração para o modelo eletrônico é fato. Resta saber qual a melhor forma de fazê-lo. Observe que existem no mercado soluções para todos os tamanhos de negócio. Se sua empresa está se preparando para adotar a NF-e é preciso avaliar o custo de internalizar o desenvolvimento do sistema com o de terceirizar a solução completa: sistema de emissão e gerenciamento, hardware de segurança e armazenamentos das notas fiscais pelo prazo de seis anos. Se a opção for terceirizar, a companhia paga de acordo com o volume de notas fiscais emitidas, mensalmente, e não precisa se preocupar com a operação e infra-estrutura.
A nota fiscal eletrônica traz mudanças que envolvem tecnologia, processos e pessoas. Assim, seja qual for a solução escolhida o mais importante neste momento é preciso estar atento aos prazos estipulados pelo governo. Afinal, é fundamental que haja tempo suficiente para implementar as soluções e não ocorram "surpresas" de última hora.
(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(Marco Zanini - Marco Zanini é diretor geral da NFe do Brasil)

Creative accounting helps Citigroup return to profit
Eric Dash - The New York Times - 20/4/2009
International Herald Tribune
New York: -- After more than a year of crippling losses and three bailouts from Washington, Citigroup said it had made money in the first quarter of the year. But the headline number - a net profit of $1.6 billion - was not quite what it seemed. Behind that figure was some fuzzy math.
Like several other banks that have recently reported surprisingly strong results, Citigroup used some creative accounting in the earnings reported Friday, all of it legal, to bolster its bottom line at a pivotal moment.
While wisps of recovery are appearing in the U.S. banking industry - mortgage lending and trading income are up industrywide - many banks are doing all they can to make themselves look good.
The timing is crucial. U.S. regulators are preparing to disclose the results of stress tests; the tests could determine which banks are strong enough to return the taxpayer dollars that they have accepted and which might need more. Many banks are eager to free themselves from the strings attached to the government bailout money, including restrictions on pay.
Meredith A. Whitney, a prominent research analyst, said in a recent report that what banks were doing amounted to a ''great whitewash.'' The industry's goal - and one that some policy makers share - is to create the impression that banks are stabilizing so private investors will invest in them, minimizing the need for additional taxpayer money, she said.
Citigroup posted its first profitable quarter in 18 months, in part because of unusually strong trading results. It also made progress in reducing expenses and improving its capital position.
But the long-struggling company also employed several common accounting tactics - gimmicks, critics call them - to increase its reported earnings.
One of the maneuvers, widely used since the financial crisis erupted last spring, involves the way Citigroup accounted for a decline in the value of its debt, a move known as a credit value adjustment. The strategy added $2.7 billion to the company's bottom line during the quarter, a figure that dwarfed Citigroup's reported net income. Here is how it worked.
Citigroup's debt has lost value in the bond market because of concerns about the company's health. But under accounting rules, Citigroup was allowed to book a one-time gain approximately equivalent to that decline because, in theory, it could buy back its debt at a lower cost in the open market. Citigroup did not actually do that, however.
''It's junk income,'' said Jack T. Ciesielski, the publisher of an accounting advisory service. ''They are making more money from being a lousy credit than from extending loans to good credits.''
Edward J. Kelly, Citigroup's financial chief, defended the practice of valuing its bonds at market prices since the company valued other investments the same way. The number fluctuates from quarter to quarter. For instance, Citigroup recorded a big loss in the fourth quarter of last year, when the prices of its bonds bounced back.
''I think it is unfair to focus on it in isolation rather than considering it with all the factors,'' Mr. Kelly said.
Other banks have taken a similar approach. Bear Stearns, now absorbed into JPMorgan Chase, and Lehman Brothers, which plunged into bankruptcy last autumn, took advantage of credit value adjustments as their bonds lost value last year, as did Goldman Sachs.
JPMorgan, which reported strong results last week, added $638 million to its first-quarter profit by availing itself of this adjustment. Bank of America and other large financial companies are expected to take similar steps when they report their results.
Citigroup also took advantage of beneficial changes in accounting rules related to toxic securities that have not traded in months. The rules took effect last month, after lobbying from the financial services industry.
Previously, banks were required to mark down fully the value of certain ''impaired assets'' that they planned to hold for a long period, which hurt their quarterly results. Now, they must book only a portion of the loss immediately. (Any additional charges related to the impairment may be booked over time, or when the assets are sold.)
For Citigroup, this difference helped inflate quarterly after-tax profits by $413 million and strengthened its capital levels.
Citigroup and other banks also benefit simply by taking a sunnier view of their prospects. Banks routinely set aside money to cover losses on loans that might run into trouble. By squirreling away less money, banks increase their profits.
That is what Citigroup did. During the fourth quarter, Citigroup added $3.7 billion to its consumer loan loss reserves, more than analysts had expected. In the first quarter, even though more loans were going bad, it set aside $2.4 billion.