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07 janeiro 2009

O resultado da Crise

Apesar da subestimação do efeito da crise no Brasil, por parte dos políticos, o efeito é visível.

Valor das empresas na bolsa recua R$ 871 bilhões no ano
Ter, 30 Dez, 01h13
As empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perderam R$ 871 bilhões em valor de mercado neste ano, o que significa uma perda de 41,5% em relação ao valor de dezembro do ano passado, segundo estudo da consultoria Economática. No dia 31 de dezembro de 2007, as 323 empresas analisadas pela Economática valiam R$ 2,097 trilhões. Quase um ano depois, no dia 26 de dezembro, o valor dessa mesma carteira era de R$ 1,225 trilhão.

(...) Em valores absolutos, as maiores perdas foram as da Petrobrás (de R$ 430 bilhões para R$ 220 bilhões) e da Vale (de R$ 270 bilhões para R$ 136 bilhões). "As duas, somadas, representam 40% de toda a queda de valor das empresas neste ano", diz Rivero.

Analisando-se, no entanto, a queda do valor de cada empresa, aquelas em pior situação são a Construtora Rossi - cujo valor no Ibovespa no fim de 2007 era de R$ 3,55 bilhões e na semana passada era de R$ 690 milhões (perda de 80,6% de valor de mercado) - e Aracruz. Há um ano, a empresa de papel e celulose valia R$ 14,7 bilhões e atualmente vale R$ 3,1 bilhões (perda de 78,9%).

"O setor de construção civil, representado por 29 empresas na nossa análise, foi o mais afetado ao longo de 2008. Teve uma queda de 72,4%, ou R$ 38,4 bilhões", diz Rivero. "Havia muitas empresas novas na bolsa, com valor acima do real. Um ajuste natural de mercado, seguido da crise econômica, e o preço das ações despencou."

(...) Apenas sete empresas apresentaram desempenho positivo este ano, segundo o levantamento: Nossa Caixa (alta de 188,2%), Brasil Telecom (33,2%), Ultrapar (33,2%), CTEEP (15,3%), Natura (12,8%), Eletrobrás (8,2%) e JBS-Friboi (4,6%).

Para Agostini, da Austin Rating, essas empresas - com exceção da Nossa Caixa - estão dentro de um grupo menos afetado pela crise. O economista acredita que os setores de energia e alimentos serão os que primeiro apresentarão melhora. [A Nossa Caixa foi objeto de aquisição este ano, e isto explica este desempenho]

21 novembro 2008

Banco do Brasil e Nossa Caixa


Com a aquisição da Nossa Caixa pelo BB, o sistema financeiro brasileiro tornou-se mais concentrado. Isto pode aumentar o risco global do sistema já que os dez principais bancos representam 87,1% do total. E a concentração promete continuar.

Aqui notícia do NYTimes sobre o assunto. O BB pretende fechar 30 agências (=menos competição), segundo o Estado de S. Paulo

Aqui o fato relevante e aqui a briga pelo primeiro lugar.

Finalmente, aqui uma opinião sobre o objetivo de uma empresa (aumentar receita ou agregar valor)

Fonte da Fotografia: Life

13 novembro 2008

Pagamento e Valor


A seguinte reportagem mostra a importância da forma de pagamento num processo de negociação de uma empresa.

BB deve gastar R$ 14 bi com compra de bancos
Fernando Travaglini, Claudia Safatle e Alex Ribeiro
Valor Econômico – 12/12/2008

(...) Superado o fator "preço" entre BB e Nossa Caixa, falta ainda acertar a forma de pagamento ao governo paulista, que foi motivo de longas discussões. Inicialmente, o BB queria pagamento em ações, enquanto o governador José Serra queria pagamento em dinheiro, à vista. O Valor apurou que o cenário mais provável, hoje, é que o BB faça pagamento em dinheiro (pelo menos da maior parte) em três parcelas: uma à vista, outra em seis meses e a última dentro de 12 meses. Mas ainda estão sobre a mesa outras propostas, como pagamento parcial em ações, e prazos até mais longos, de até dois anos. A dificuldade em aceitar pagamento em ações é que o governador Serra pretende usar os recursos da venda da Nossa Caixa em obras ainda no seu mandato, que vai até 2010. Com a condição atual de mercado, transformar um grande bloco de ações em dinheiro é praticamente impossível. Já o pagamento em dinheiro a prazo não seria um grande problema porque o governo poderia facilmente levantar empréstimos com base nesse "recebível" do BB. Outro fator que conta a favor do pagamento em dinheiro é uma avaliação de pessoas que participam das negociações de que o valor atribuído à Nossa Caixa, de R$ 7 bilhões, não é extraordinário, mas apenas "justo". Ontem, o valor de mercado da Nossa Caixa estava em R$ 5,5 bilhões, ou seja, com desconto ainda em relação ao preço que deve ser pago pelo BB. Esse desconto parece fazer sentido diante da incerteza dos investidores em relação à forma de pagamento a ser acertada.


Foto: Flickr