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Mostrando postagens classificadas por data para a consulta CFC. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
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08 novembro 2025

Pressa?

Anteriormente postamos:

O CFC colocou em audiência pública as minutas das novas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP). Entre elas a NBC que trata da Estrutura Conceitual, na sua primeira revisão. (...) O CFC quer receber comentários até o final de julho. Ou seja, deu 30 dias de prazo para que as pessoas possam ler e refletir sobre o assunto. 

Até o presente momento a nova EC não foi aprovada, conforme print da página do Conselho


 

24 outubro 2025

Padrão contábil para o terceiro setor


Já tínhamos publicado sobre o desenvolvimento de um conjunto de padrões contábeis para entidades do terceiro setor. A International Non-Profit Reporting Foundation (INPRF) acaba de divulgar o primeiro padrão abrangente de relatórios financeiros para organizações sem fins lucrativos em todo o mundo, denominado International Non-Profit Accounting Standard (INPAS).

Baseado na norma para Pequenas e Médias Empresas da Fundação IFRS, o novo padrão pretende atender às organizações sem fins lucrativos, incluindo regras sobre reconhecimento de doações, fundos restritos, subvenções e outros tópicos. É importante destacar que, atualmente, a Fundação IFRS não cobre assuntos relacionados a entidades do terceiro setor.

No Brasil, há muito tempo o Conselho Federal de Contabilidade assumiu a função de tratar desse tema. Talvez fosse interessante, neste momento, que o CFC ajustasse seus documentos a essa norma internacional, ajudando a dar legitimidade ao esforço de criação do INPAS.

Anteriormente postamos aqui e aqui

06 outubro 2025

Disputa judicial entre Ordem dos Contabilistas de Portugal e DigitalSign


O DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) em Portugal abriu um inquérito-crime contra a Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), o que correspondente ao CFC de lá, após uma queixa da empresa DigitalSign. A controvérsia gira em torno do software TOConline, ferramenta de contabilidade, faturação e gestão disponibilizada pela OCC. Segundo a DigitalSign, a OCC estaria a faturar diretamente para empresas — e não apenas aos contabilistas —, o que configuraria “desvio de clientela” e atuação comercial indevida por uma associação profissional pública. A queixante acusa ainda a OCC de emitir certificados digitais não qualificados atrelados ao software, sem credenciamento, e de ferir seus próprios estatutos ao comercializar serviços com fins lucrativos. Em resposta, a Bastonária da OCC rejeitou qualquer ilegalidade, sustentando que o TOConline é destinado aos contabilistas certificados, que depois o disponibilizam aos seus clientes.

17 setembro 2025

Minuta para adoção do IFRS 18 em pauta até 29/09

Eu estava passando um pente fino em alguns materiais e me lembrei do IFRS 18. Já comentamos por aqui que o objetivo da norma é estabelecer requisitos de apresentação e divulgação das demonstrações financeiras, denominadas pelo IASB de “demonstrações financeiras de propósito geral”. Do início da discussão até a publicação do texto final foram 8 anos de tramitação. (Relembre: aqui).

Pois bem: vi no site do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que a a Minuta de Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 28 (Alterações decorrentes da IFRS 18/CPC 51) está aberta para audiência pública até 29 de setembro de 2025.

Segundo o CFC, a proposta busca alinhar a norma brasileira ao Anexo D da IFRS 18 – Presentation and Disclosure in Financial Statements, atualizando as referências ao CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, que será revogado. Além disso, outros documentos emitidos pelo CPC (CPCs, ICPCs e OCPCs) também passarão por revisão para incorporar as mudanças necessárias.

É um daqueles movimentos de revisão em cascata, já que a nova norma entra e puxa a revisão de diversas outras. É importante ficar atento, não só à revogação do CPC 26, mas também às pequenas alterações consequentes. É interessante acompanhar e, se possível, participar da audiência. Pena que faltam apenas 12 dias.


Fonte da imagem: Gemini

11 setembro 2025

XI ACG - II


Ainda sobre o evento, que ocorrerá de 17 a 19 de setembro de 2025, em Brasília. Os palestrantes presentes no evento.

O congresso conta com o patrocínio do Banco do Brasil, da Caixa e do Governo Federal, além da promoção do Sebrae e da organização da Finatec. Também recebe o apoio do CRCDF, do CFC, do CNPq e do Banco do Brasil.

Este evento surgiu no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis e ganhou muita força ao longo do tempo. Já tivemos a presença de dois nomes que fazem parte do Hall da fama da Ohio University.  

20 agosto 2025

Contabilidade Eleitoral

Eis um resumo da notícia:


A Comissão de Contabilidade Eleitoral do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) realizou uma reunião em 19 de agosto de 2025 para preparar a entrada em vigor da Norma Brasileira de Contabilidade Eleitoral — NBC‑TPE 01, aprovada em 2024 e que passará a vigorar em janeiro de 2026. Durante o encontro, foram debatidas estratégias para sua ampla divulgação e aplicabilidade por contadores, tanto na esfera pública quanto privada. O evento também reforçou a importância de capacitação profissional e será tema central do I Seminário Nacional de Contabilidade Eleitoral, que busca consolidar a norma como referência na prestação de contas e na transparência eleitoral.

Imagem: aqui  

13 agosto 2025

Caso Ultrafarma 2


Um dos pontos curiosos do caso Ultrafarma é que o auditor fiscal, da Diretoria de Fiscalização da Secretaria da Fazenda, teria recebido mais de 1 bilhão de propina. Mas como ele não atuou sozinho, provavelmente o valor deve ser menor. Há duas contadoras envolvidas no esquema, uma delas que consta do Cadastro do CFC . 

Seria de esperar que o Conselho fizesse um pronunciamento ou acompanhasse as investigações e, se for provada a culpa, a exclusão da profissão. Segundo o texto do Estado de São Paulo, eram "assistentes nos serviços criminosos", ajudando na elaboração de pedido de ressarcimento, "que envolvem documentos e cálculos complexos". 

Fonte da imagem 

30 julho 2025

Incerteza nas Demonstrações financeiras


Do CFC:

A Fundação IFRS publicou, nesta segunda-feira (28), exemplos quase finais [1] que demonstram como as empresas podem melhorar a divulgação de incertezas em suas demonstrações financeiras, usando exemplos relacionados ao clima como ilustrações práticas. Essa publicação tem objetivo de apoiar a aplicação oportuna e informada.

Embora os exemplos usem padrões de fatos relacionados ao clima, eles fornecem orientações que se aplicam amplamente a todos os tipos de incertezas [2]. Os exemplos demonstram como as empresas podem aplicar as Normas Contábeis IFRS para melhorar a divulgação de incertezas nas demonstrações financeiras.

continue lendo aqui . Os exemplos estão aqui. Imagem daqui

[1] Imagino que seja pelo fato de ser uma minuta ainda

[2]  Aqui um exemplo de economia de escopo. 

27 julho 2025

História: Uma profissão incompreendida


Esse é o título de uma pequena entrevista publicada em 1980 no Jornal do Tocantins (edição 51, de 13 de maio). Eis o conteúdo:

Contabilidade, ainda uma profissão incompreendida

O dia 25 de abril [1] marca na folhinha o dia em que se comemora o trabalho dos profissionais da Contabilidade. Como um dos mais atuantes elementos da classe em Araguaína, Josealdo da Silva Teixeira [2] esclarece a real posição do contabilista no contexto social e produtivo. Sua entrevista é uma homenagem que fazemos aos elementos que são o esteio de todas as organizações mercantis do país.

JT - Qual o papel real de um contabilista na esquemática das firmas para as quais presta serviços?

R - Pela série de atividades que desenvolve, algumas não sendo de sua responabilidade, o profissional é obrigado a assumir os mais diferentes cargos em razão da falta de estrutura da maior parte das Empresas. Para cada decisão, o contabilista responsável assume a posição do cargo que estaria envolvido  diretamente no assunto.

JT - Como é visto o contabilista pelos empresários e pelos agentes do fisco?

R - Para o empresário, o profissional é visto de acordo com as circunstâncias de momento. Quando tudo está em ordem o contabilista não fez mais do que sua obrigação; quando surge algum problema é o primeiro a ser lembrado como responsável ou para consertar o erro [3]. Muitas das vezes, não é mais do que a falta de estruturação da própria firma a causadora do problema. Para o fisco somos vistos como coordenadores das atividades comerciais para facilitar o bom relacionamento entre fisco/empresa.

JT - Porque não há em Araguaina uma entidade da classe?

R - Esta virá com o tempo. Ainda existem aqueles que não sabem que a união faz a força e que ainda estão desinteressados. Estes são os que desvalorizam o próprio trabalho evitando a utilização das tabelas de serviços emitidas por órgãos superiores. 

JT - Quais as sugestões que poderiam servir de orientação aos contabilistas no melhor desmepenho de suas funções?

R - Com o advento da lei 6.40 [4] e da lei 1.598/77 muitas foram as modificações, principalmente no Imposto de Renda. Essas alterações, como todas as que vão surgindo paulatinamente precisam ser do conhecimento do profissional. Para isto é importante estar sempre atualizado, por contatos com colegas mais experientes ou através de publicações especializadas.

JT - A qual colega você prestaria sua homenagem no seu dia?

R - A todos, pois são homens que lutam diariamente pelo aperfeiçoamento e para ajudarem as empresas a se tornarem mais produtivas influenciando no progresso da região e do país [5]. 
 

[1] Veja que a data de publicação é de 13 de maio, mas a data comemorada é de 25 de abril.  

[2] Fiz uma consulta no cadastro do CFC é o registro está baixado, mas destaco que seu número é o 12/TO. Ele era presidente da câmara de Araguaína no período da entrevista:


 [3] Parece que não mudou nada...

[4] Aqui há um erro. Refere-se a lei das SA. Veja que já estamos em 1980, mais de três anos da lei, e parece que ainda há uma adaptação da legislação.  

[5] Percebemos uma resposta política aqui. 

09 julho 2025

Mais normas


O International Sustainability Standards Board (ISSB) divulgou duas minutas de exposição que visam reformular significativamente as normas SASB, integrando-as ao IFRS S2 para garantir maior alinhamento climático e setorial, informou o site do CFC. O projeto contempla uma revisão em nove setores prioritários, o que inclui mineração e alimentos processados, alinhamento de métricas em 41 outros setores e atualizações na implementação do IFRS S2.

O ISSB é um braço da Fundação IFRS e foi criado para propor normas de sustentabilidade para as empresas. Ao mesmo tempo, sua atuação deve ser coerente com as normas internacionais de contabilidade, também emitidas pela Fundação. 

A consulta vai até final de novembro, com previsão de emissão da norma no próximo ano. 

Imagem: aqui

01 julho 2025

Em discussão a Estrutura Conceitual do Setor Público

O CFC colocou em audiência pública as minutas das novas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP). Entre elas a NBC que trata da Estrutura Conceitual, na sua primeira revisão. O objetivo é promover o alinhamento com as normas internacionais.


Parece que existiu uma preocupação com esse alinhamento, o que pode ser interessante. Fazendo uma rápida leitura, percebi uma evolução enorme. Eis um trecho importante:

A estrutura conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs), os quais devem ser elaborados com base no regime de competência.

(Fica a pergunta sobre a legalidade dessa redação, dentro da existência da Lei 6404). Outro trecho interessante: 

A neutralidade é apoiada pelo exercício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob condições de incerteza. 

Esse trecho também está presente na EC da contabilidade financeira. O regulador fez uma grande ginástica para manter o termo prudência na estrutura, sem deixar de "apoiar" a neutralidade. 

O CFC quer receber comentários até o final de julho. Ou seja, deu 30 dias de prazo para que as pessoas possam ler e refletir sobre o assunto. (Foto: aqui)

20 junho 2025

Riscos ao adotar a postura ESG e DEI


Um artigo do Australian Financial Review discute como ESG (Ambiental, Social e Governança) e DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), antes vistos como pilares de responsabilidade corporativa, estão se tornando potenciais fontes de risco para os negócios. Nos Estados Unidos, essas práticas passaram a ser alvo de pressões políticas, ações judiciais e resistência cultural, fazendo com que muitas empresas repensem sua abordagem. 

O texto trata das repercussões na Austrália, onde conselhos e executivos começam a perceber que adotar ou expandir iniciativas de ESG e DEI pode gerar não apenas benefícios reputacionais, mas também exposição a riscos legais e críticas públicas. 

Como a pauta também foi adotada pela Fundação IFRS, e também pelo CFC/CPC, creio que pode também existir um risco aqui para as empresas brasileiras.  

18 junho 2025

Progresso na adoção das normas

Eis a notícia 

O Brasil é uma das 17 jurisdições divulgadas na lista “perfil” da Fundação IFRS, por adotar as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB). A publicação dos 17 perfis jurisdicionais ocorreu nesta quinta-feira (12) e representa uma etapa fundamental para esclarecer o progresso na obtenção de uma base global de divulgações de sustentabilidade para os mercados de capitais. O documento menciona a regulação do CFC para relatórios de sustentabilidade.


Mais adiante

Das 17 jurisdições analisadas, 14 estabeleceram a meta de “adotar integralmente” as normas do ISSB, duas estabeleceram a meta de “adotar os requisitos climáticos” das normas do ISSB e uma meta de “incorporar parcialmente” as normas do ISSB. 

Aqui eu fiquei curioso em saber qual grupo está o Brasil. Prosseguindo: 

Além do Brasil, as jurisdições analisadas incluem a Austrália, Bangladesh, Chile, Gana, Hong Kong SAR, Jordânia, Quênia, Malásia, México, Nigéria, Paquistão, Sri Lanka, Taipei Chinês, Tanzânia, Turquia e Zâmbia. 

Esse grupo de países representa cerca de 10% da economia mundial e da população.  É bem verdade que trata dos países que já completaram o processo e que existem alguns outros em situação de consulta. 

10 junho 2025

A IFRS 18 será adotada no Brasil? Parece que sim


Comentamos da lentidão do processo de adoção da IFRS 18 no Brasil. Hoje saiu a seguinte notícia:

Os membros do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) realizaram, nesta sexta-feira (6), a 223ª Reunião Ordinária da organização. Um dos principais pontos da pauta foi a apresentação e discussão final [1] sobre a IFRS 18, que será convergida para o Brasil como CPC 51 – Demonstrações Financeiras Primárias.

 A IFRS 18 foi emitida pelo  International Accounting Standards Board (Iasb) em abril de 2024 e no mesmo mês foi constituído um Grupo Técnico no CPC [2], que vem discutindo sobre as traduções e cronogramas para aplicação de um novo pronunciamento técnico, o CPC 51 [3].

Durante a Reunião Ordinária, o GT avaliou os termos traduzidos, bem como os demais itens pertinentes ao CPC 51. O documento final será aprovado virtualmente ainda nesta semana e encaminhado para aprovação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), bem como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A previsão é que o novo pronunciamento técnico entre em audiência pública no início do segundo semestre de 2025. 

Outro destaque da pauta foi a análise do CPC 07 (R2) – Subvenção e Assistência Governamentais e do ICPC 24 - Assistência Governamental sem Relação Específica com as Atividades Operacionais. A discussão foi conduzida pelos membros do Grupo de Trabalho GT-Iasb. 

[1] Há uma luz no fim do túnel 

[2] Mais de um ano para traduzir a norma.  

[3] 51 é uma boa ideia.   

(A fotografia acima mostra a reunião do grupo e foi colocada originalmente no site do CFC. Eu não postaria uma foto assim para destacar o trabalho do grupo. Mas é uma questão pessoal, já que um terço dos presentes estão com a câmera fechada.) 

08 maio 2025

Tamanho do setor contábil na Austrália e reflexões sobre o Brasil


 A KPMG da Austrália sobre emprego no país, usando os anos de 2014 e 2024. A tabela acima foi retirada do estudo. A contabilidade não é uma profissão de rápido crescimento (somente 5,3% no período), mas continua sendo uma das mais comuns. Mas o número de profissionais, 442 mil, é impressionante, considerando uma população de 27 milhões de habitantes ou 1,6% da população, e um PIB de 1,7 bilhão - 1 profissional para cada 3,8 milhões de dólares de riqueza gerada. 

A título de comparação, considerando esses parâmetros, o Brasil deveria ter 3,4 milhões de profissionais. Os dados do CFC indicam que temos registrados 18% do total, mas há muitas pessoas que trabalham sem o registro - assim como muitos profissionais que pagam anuidade, mas não exercem a profissão. De qualquer forma, supondo um total de 1 milhão de profissionais, isso corresponde a 0,5% da população. E esse valor de 1 milhão de profissionais seria coerente com o tamanho da economia. (Os dados do PIB e população eu retirei da Wikipedia)

04 abril 2025

Fundação IFRS: maior e com boa saúde financeira

A Fundação IFRS divulgou suas demonstrações contábeis anuais. O relato mostra uma entidade do terceiro setor que está cada vez maior, mas que ainda preserva uma boa saúde financeira. Como já havia ocorrido no ano passado, o documento piorou em termos de layout, com letras reduzidas, muitas vezes sobrepostas a fundos coloridos ou a fotos. Péssimo para quem deseja ler o texto, ao contrário das versões de 2020 e 2021, por exemplo.

Mas eis alguns números interessantes:

Desde a criação do ISSB, a Fundação mais que dobrou de tamanho em número de funcionários. Se há um aumento no escopo do trabalho da entidade, mais funcionários podem ser uma má notícia para a contabilidade: mais produção de documentos, alguns sem tanta relevância. Ao final de 2024, eram 369 funcionários, bem mais que os 156 de 2020. A decisão de repartir o ISSB por seis cidades do mundo — todas no primeiro mundo — também contribui para essa expansão. 

As receitas também cresceram. Antes, estavam na casa dos 30 milhões de libras; agora, estão próximas dos 70 milhões. O tema da sustentabilidade parece ter um atrativo substancial para os doadores. Uma consequência indireta é que o peso da contribuição das grandes empresas de auditoria (Big Four) diminui, o que é positivo.

Deixei para o final as doações realizadas pelo Brasil. Basicamente, os doadores são o Itaú, a Petrobras, o Ibracon e a B3. Mas, em 2024, houve uma redução significativa do dinheiro brasileiro — e a explicação é o Itaú. Desta vez, a instituição financeira não fez o cheque para a entidade. No passado, o ex-diretor Broedel fazia parte da burocracia da Fundação. Com sua saída do Itaú, pouco amistosa, nem mesmo a Fundação foi poupada. 

Mas fica a pergunta: por que a B3, o CFC ou outra grande empresa nacional não contribuem com a entidade do terceiro setor? Falta de credibilidade? Amarras burocráticas? Efeito carona? 




22 março 2025

Aprovação é igual a qualidade?

 

Lendo um comunicado antigo do CFC, da retrospectiva 2024:

A contratação da Fundação Getulio Vargas (FGV) para realizar as duas edições do Exame de Suficiência trouxe grandes ganhos à qualidade da avaliação dos futuros profissionais. Na primeira edição, foi alcançado o quantitativo de 18.898 aprovados, com um índice de 47,30%.

Como está no mesmo parágrafo, o texto passa a impressão de que qualidade na avaliação dos profissionais é igual ao aumento no número de aprovados.  Será que minha leitura estaria correta? 

Em outro trecho leio: 

Além dos exames, a área avançou em resultados relativos a outras iniciativas, como a aprovação da Resolução CFC n.º 1.246, de 2009

Inicialmente achei que a data estava incorreta. Mas parece que é isso mesmo. Eu não colocaria isso em um texto de retrospectiva. 

20 março 2025

Educação e sustentabilidade

Do CFC:


A International Federation of Accountants (Ifac) finalizou as revisões das Normas Internacionais de Educação (IES, na sigla em inglês) com o objetivo de assegurar que os profissionais da contabilidade de todo o mundo desenvolvam as competências certas para implementar os relatórios de sustentabilidade e as normas de asseguração de forma eficaz.

“A Ifac e seus membros trabalham juntos para moldar o futuro da profissão por meio do aprendizado, da inovação, de uma voz coletiva e de um compromisso compartilhado com o interesse público”, disse o diretor executivo da Ifac, Lee White.  As revisões das normas educacionais estabelecem uma base global de competência em sustentabilidade. Isso inclui as normas emitidas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (Iaasb), pelo International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba) e pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), bem como aquelas em desenvolvimento pelo International Public Sector Accounting Standards Board (Ipsasb).

Foto: aqui

01 março 2025

Nova norma de PME


O International Accounting Standards Board (IASB) divulgou uma nova norma para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Trata-se da terceira edição da mesma norma, com ajustes para incluir os itens que avançaram em outras normas aplicáveis às grandes empresas.

O presidente do IASB, Andreas Barckow, foi só elogios, afirmando que a nova norma contribui para a entrega de informações mais qualificadas aos usuários das demonstrações contábeis. Isso inclui um novo modelo para o reconhecimento da receita, além de aspectos sobre combinações de negócios e instrumentos financeiros.

Como a nova norma foi divulgada no final de fevereiro, as empresas brasileiras ainda não possuem uma versão local. E, mesmo que houvesse, para ter validade no Brasil, a norma precisaria ser endossada por alguma autoridade nacional.

Tudo indica que haverá a adoção. Resta aguardar as providências do CFC nesse sentido.