Translate

Mostrando postagens com marcador intangíveis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intangíveis. Mostrar todas as postagens

27 maio 2010

Intangíveis

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem aumentado o peso dos chamados ativos intangíveis na avaliação de empresas que buscam financiamento. A experiência do banco na medição do potencial econômico de fatores que não aparecem nos balanços será apresentada a representantes de bancos de fomento e agentes econômicos de vários países que se reunirão na semana que vem em Paris em torno do tema.

O diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Eduardo Rath Fingerl, apresentará a metodologia do banco, desenvolvida em parceria com a Coppe/UFRJ, numa reunião do chamado Novo Grupo de Paris, que reúne líderes empresariais, governamentais e acadêmicos de 20 países.

Rath Fingerl integra a equipe que estuda formas e normas internacionais para agregar aos demonstrativos de empresas e aos sistemas de contas nacionais o valor de itens como inovação, capital intelectual, marca, reputação, sustentabilidade e uso de tecnologia em processos e gestão. Isso pode ampliar a capacidade das empresas de atrair investimentos e financiamentos.

“Cada vez mais, o que realmente gera valor nas companhias são os ativos intangíveis. É o que faz com que, entre duas empresas com mesmo parque industrial, uma tenha sucesso e a outra não”, define Rath Fingerl.

Como exemplo, cita a aposta da petroquímica Braskem no “plástico verde”. Apesar do preço 30% mais alto, a companhia já vendeu a produção inicial da fábrica de Triunfo (RS), que começa a operar em agosto produzindo resina plástica de cana-de-açúcar. O projeto foi apoiado pelo banco, que é sócio da companhia por meio da BNDESPar, comandada por Rath Fingerl.

“O maior ativo ali não são os equipamentos, mas a tecnologia e a pesquisa que deve fazer com que a empresa iguale o custo com um produto sustentável, que tem demanda crescente.”


BNDES tenta valorizar ativos intangíveis - Alexandre Rodrigues / RIO - Estado de São Paulo - 27 de maio de 2010

07 abril 2009

Ágio e Intangível

Ágio e intangíveis são principais desafios para fusões e aquisições
Gazeta Mercantil

São Paulo, 7 de Abril de 2009 - A combinação entre o agravamento da crise internacional e o processo de convergência às novas normas internacionais de contabilidade já surte efeitos práticos na formatação de fusões e aquisições no mundo todo. O principal desafio das empresas envolvidas nesse tipo de transação será saber registrar com equilíbrio os valores atribuídos ao ágio das operações. Também será importante contabilizar adequadamente os ativos intangíveis existentes na empresa adquirida.

Em um momento de enorme volatilidade do mercado de capitais, o ágio - que representa em uma fusão a capacidade de ganhos futuros - está mais sujeito à perda de valor. Errar seu cálculo pode gerar insegurança para fundos de private equity e investidores institucionais, que precisam levantar fundos para levar à frente processos de compra.

Essas conclusões são apontadas por um estudo global preparado pela Ernst & Young, cedido com exclusividade à Gazeta Mercantil. O levantamento, que considerou transações realizadas por 709 companhias de 21 países até 2007, identificou que, na média, o ágio representou 47% do valor pago pelas companhias.

Já a contabilização de ativos intangíveis, onde entram, por exemplo, marcas e listas de clientes, somou 23% do total desembolsado pelos negócios. "Os times que organizam fusões e aquisições estão tendo mais trabalho com a chegada do IFRS. As empresas podem ver reduzidas suas perspectivas de lucros e ganhos futuros quando a contabilização dos intangíveis não é a adequada", explica o sócio da Ernst Eduardo Redes. "Ou o que é ainda pior para os investidores: surge a notícia de que aquilo que custou 100 pode valer apenas 80", diz.

Pelas regras do International Financial Reporting Standards (IFRS), a apuração do ágio sobre rentabilidade futura, chamado por especialistas em contabilidade de goodwill, não pode sofrer amortização. No entanto, explica Redes, as companhias têm a possibilidade de, anualmente, fazer um teste de cenário. Chamado de teste de impairment, tem o objetivo de observar se o valores ajustados anteriormente - de goodwill ou intangíveis - sofreram perdas e devem ser remarcados. "Nas operações em que o ágio é o principal componente de valor, muitas empresas estão considerando que o valor da companhia adquirida pode sofrer perdas re-levantes", afirma o especialista.

Mais ágio

Os setores de bens de consumo e tecnologia são, segundo o estudo da Ernst, aqueles cujo ágio nas transações representou a maior fatia dos valores envolvidos em fusões e aquisições: 65% e 60%, respectivamente.

Outros segmentos cujo percentual de ágio ultrapassa a metade dos montantes desembolsados pelas companhias em fusões e aquisições são os de mídia e entretenimento e o de bancos de investimentos.

Os setores de seguros e telecomunicações, cujas combinações de negócios são geralmente motivadas pela aquisição de carteiras de clientes, são os que mais intangíveis desse tipo reconheceram e contabilizaram em fusões e aquisições: 44%.

A marca foi o segundo intangível mais comum, aponta a pesquisa. Surgiu em 31% dos casos, seguido pela incorporação da tecnologia, em 20% dos negócios.

Na contramão

As indústrias de construção civil e de petróleo e gás estão na ponta oposta. São aquelas cuja maior parte do valor pago na fusão equivale a ativos tangíveis, como equipamentos ou bens materialmente palpáveis. Eles representam 62% do valor no caso da primeira e 52%, na segunda.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)

08 dezembro 2008

Nome tem Valor

A seguir, na tabela, a prova de que nome tem valor. Trata-se da lista de venda dos dominios na internet, o valor de venda e o ano.



Fonte: So What Are Domain Names Worth?

Fiz de curiosidade uma regressão entre valor e ano para verificar se o preço pago pelos domínios está diminuindo ou aumentando com o passar do tempo. O resultado mostrou a inexistência de relação entre as duas variáveis. Em outras palavras, o valor do domínio não segue um tendência no tempo.

27 novembro 2008

Intangíveis em Bancos

Segundo informações da Gazeta Mercantil (CMN muda regra de bens intangíveis, 27/11/2008 Finanças & Mercados - Pág. 2, Ayr Aliski) e Valor Econômico (Gasto com compra de folha de pagamento será intangível de banco, Azelma Rodrigues, Valor Online e Banco deve incluir "bens intangíveis" no balanço) e Agência Estado (CMN cria nova categoria de ativos dentro do balanço dos bancos, Isabel Sobral e Renata Veríssimo) o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou alteração das normas contábeis nas instituições financeiras que permitem que os bens intangíveis sejam considerados no patrimônio de referência de bancos. Isto inclui compra de folha de pagamento de empresas, marcas adquiridas e ágios, mas não marca própria. Contabilmente, os intangíveis serão reclassificados de realizáveis a longo prazo para o ativo permanente, formando o quarto subgrupo.

Isto está de acordo com a Lei 11.638/2007, que até agora não tinha sido regulamentada neste ponto.

04 novembro 2008

Intangível nas fusões

Tinha selecionado este texto que foi postado no blog do Moisés Ávila. Com a aquisição do Unibanco pelo Itau, tornou-se mais atual:

O intangível nos processos de fusões e aquisições
Integrar pessoas e culturas a negócios talvez seja o principal desafio para empresas que participam de processos de fusões e aquisições. E operações como estas têm se tornado cada vez mais comuns. Apesar de mais constantes, muitos desses acordos ainda geram insucessos para negócios que, aparentemente, não tinham como dar errado. Isso acontece pois muitas companhias levam em conta apenas os valores tangíveis das operações - ou seja, quantas sinergias de mercado e de custos a aquisição vai gerar para o negócio - sem perceber que o choque entre diferentes culturas e valores pode ameaçar o sucesso. Estudo recente, com base em 200 companhias européias, mostra que não ter levado em conta esses aspectos, gerou 90% dos maus resultados nas fusões e aquisições ocorridos no continente nos últimos três anos.

Fica evidente, então, que unir os aspectos tangíveis com os intangíveis é mais do que necessário; é a chave para o sucesso. O lado humano e comportamental é fator determinante para garantir o futuro das empresas nesse mundo aparentemente sem barreiras. A grande missão das corporações é justamente encontrar uma maneira de eliminar essas dificuldades e fazer com que o período de transição ocorra de maneira fluida.

Os valores intangíveis são compostos por três diferentes capitais: o organizacional, que engloba a cultura, o know-how, a estrutura e a forma de tomar decisões; o relacional, que diz respeito às redes de relacionamento internas e externas; e o humano, relacionado às habilidades pessoais, talentos e lideranças. A soma desses intangíveis corresponde de 60% a 80% do valor da empresa e, aquelas que não se preocupam com isso, perdem a oportunidade de construir um valor intangível mais valioso.

Nesse cenário, o papel dos líderes é fundamental, já que será deles a tarefa de nortear a transição da melhor forma. Além de viabilizar a integração, eles devem trabalhar a sinergia entre as companhias e focar na dimensão intangível de maneira aprofundada e por um período mais longo - que deve se iniciar antes da fusão e terminar meses, ou anos, após a operação ser concluída.

Os funcionários são um dos ativos mais importantes. No processo de transição eles ficam inseguros a respeito do futuro e do clima que se formará no novo ambiente de trabalho. Por isso o grande desafio dos CEOs é conhecer bem a cultura das empresas, das lideranças e dos países onde estão instaladas, saber onde estão as forças e fraquezas das companhias, escolher os modelos de cultura a serem seguidos e implantá-los de forma cuidadosa. O importante é dar espaço ao aprendizado mútuo em vez de unilateral - uma habilidade que não se consegue do dia para a noite; precisa ser bem treinada.

Para isso, é necessário desenvolvimento de uma ferramenta customizada, um modelo que defina as dimensões críticas, a fim de identificar áreas de fraquezas, os focos da transação e orientar as ações antes, durante e depois da operação. E também entender o valor estratégico desse processo e criar um contexto para políticas, negócios, processos de sistemas, marca, pessoas e culturas, ou seja, trazer objetividade para as empresas.

A dimensão intangível das fusões é uma jornada emocional, que lida o tempo todo com sentimentos e percepções distintas, capazes de influenciar fatalmente nos resultados. Operações que não levam em conta o capital da organização fazem a empresa perder muito do seu valor nos primeiros 12 meses após o processo e essa tendência permanece nos anos seguintes. O ativo humano gera valor para acionistas e é o grande diferencial frente aos concorrentes. Assim, uma integração bem feita pode gerar lucros maiores, ou tão importantes quanto os econômicos.

Fonte: Valor On Line

18 julho 2008

Herança da A-B

Conforme lembra o WSJ (16 de julho de 2008, Patent Dispute Could Put Czech Brewer in A-B InBev’s M&A Crosshairs) uma herança da aquisição da Anheuser Busch são mais de 100 disputas legais com a marca Budweiser em mais de 30 juridições ao longo da terra. O custo para resolver alguns desses conflitos pode não ser pouco. A estimativa ultrapassa a casa dos bilhões de dólares.
Uma cervejaria techa tem a marca Bud e Budweiser registrada em vários países. Estima-se que o custo desse problema talvez seja de 2 bilhões de dólares.

11 julho 2008

Princípios para avaliação?

Entrevista com Chris Higson, professor da London Business School:

“La crisis ‘subprime’ se debe a que los bancos olvidaron un principio básico: la disciplina”
Juanma Roca
Gaceta de los Negocios - 11/07/2008 - 85

(...) Como experto en valoración, ¿se pueden medir realmente los activos intangibles?

Sí. Puedes evaluar y medir todo. La cuestión es si lo valoras con precisión y cuánta incertidumbre o inseguridad existe alrededor.

Pero en la actualidad muchos analistas dicen que existen demasiadas métricas de evaluación de intangibles.

No lo creo. Y no porque los intangibles sean muy difíciles de medir sino porque todas las consultoras intentan entrar en el mercado con su propia métrica para diferenciar sus productos. Y por tanto, cada consultora tiene su propio método de evaluación. Simplemente se trata del negocio de la consultoría. Pero eso no significa que haya 10 formas de medir intangibles.

¿Sería necesario crear un estándar de valoración?

No, por la simple razón que eso supondría restringir el número de métricas y la libertad de mercado.

Pero alguna medida habrá que tomar, pues muchos directores financieros siguen viendo los intangibles, como la marca, no como un valor sino como coste.

Y ése es un problema relacionado con la forma en que los principios financieros están establecidos en la actualidad.

Por tanto, ¿habría que redefinir esos principios?

Podría ser la solución. Posiblemente, el mayor problema en contabilidad hoy en día en relación con los activos intangibles es que los directivos vean esos activos como beneficio y no como coste y que vean que cuanto gastan dinero en esos activos intangibles están gastando parte de los beneficios.

24 junho 2008

Reputações

As melhores
1) Google
2) Johnson & Johnson
3) Intel
4) General Mills
5) Kraft
6) Berkshire Hathaway
7) 3M
8) Coca-Cola
9) Honda
10) Microsoft

As piores

10) DaimlerChrysler
9) General Motors Corporation
8) ChevronTexaco Corporation
7) Ford
6) Sprint
5) Comcast
4) Exxon
3) Northwest Airlines
2) Citgo
1) Halliburton

As maiores variações:
1) Bank of America
2) Halliburton
3) Wal-Mart
4) Sears
5) Nike

Fonte: Aqui aqui e aqui

27 maio 2008

Uma marca vive para sempre?


Um texto interessante do New York Times, de 18 de maio de 2005, discute se uma marca pode morrer (Can a Dead Brand Live Again?, ROB WALKER). O artigo começa mostrando uma pequena empresa de Chicago, River West Brands, que adquire marcas de produtos inexistentes, mas que ainda estão presentes na memória do consumidor. Como o texto afirma, “não existe presença no varejo, nem distribuição, nem caminhões, nem fábricas. Nada. Tudo que existe é memória”
Isso tem valor? Aparentemente sim, segundo a visão do texto. Um exemplo mais conhecido e citado no texto é o caso do Fusca da Volks, que saiu de produção, mas continuava existindo na memória. Ao reviver o fusca, a Volks mostrou que a memória tem valor, sim.

06 maio 2008

Goodwill é antigo

A questão da marca pode ser importante para aprendermos que o fundo de comércio é muito mais antigo do que pensamos. Richardson mostra que já existia uma marca na idade média. É nesse momento que surge a contabilidade.

Em outras palavras, a contabilidade surgiu com o problema de contabilizar o intangível.

28 abril 2008

Intangíveis em audiência pública


Intangíveis estão em audiência pública
Gazeta Mercantil - 28/4/2008

São Paulo, 28 de Abril de 2008 - A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) colocou em período de audiência pública o 4 pronunciamento para alinhar a contabilidade do País às normas previstas pelo IFRS (International Financial Reporting Standards).

O conteúdo do documento detalha o novo tratamento a que serão submetidos os ativos intangíveis no novo desenho que terão o balanços das empresas. A minuta ficará à disposição e poderá receber sugestões e eventuais alterações até o dia 26 de maio.

O documento, cuja divulgação integra uma série de futuros pronunciamentos em conjunto com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), traz algumas alterações em relação à maneira como as empresas brasileiras identificam os intangíveis.

Uma dessas mudanças é a que estabelece a centralização em uma conta própria desses ativos nos balanços. Integram os intangíveis marcas e valores gerados dentro ou fora das organizações.

Isso significa, por exemplo, que as empresas terão de reconhecer e identificar ativos desse tipo sempre que puderem mensurar, de forma segura, vanta

gens financeiras futuras com eles.O órgão regulador do mercado de capitais brasileiro optou agregar à redação do texto colocado em audiência pública, algumas questões que ultrapassam o conteúdo do IAS 38. À norma, editada pelo IASB (International Accounting Standards Board ) e cujo conteúdo trata de forma genérica o reconhecimento e classificação dos intangíveis, a autarquia brasileira somou outros temas considerados relevantes. O principal deles é o que se refere à apuração e à mensuração adequadas de ágios gerados em hipotéticos processos de aquisição de empresas.

Nesses casos, a mescla entre valores intangíveis gerados pelas companhias envolvidas formam o que as normas definem como "combinação de negócios".

"Achamos que seria adequado trazer à minuta, de forma específica, clara e bem definida, essa discussão", explica o analista da superintendência de normas contábeis da CVM, Paulo Roberto Gonçalves. "O texto, porém, está contemplado em outros capítulos do IFRS", afirma o executivo.

Empresas brasileiras cujos papéis são negociados em bolsa terão até 2010 para divulgar balanços consolidados em IFRS.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Feltrin)


Conforme Alexandre Alcantara:

A CVM e o CPC esperam receber comentários em geral sobre a minuta de pronunciamento, além de contribuições específicas sobre:

1.Conceituação de concentração (ou combinação) de atividades empresariais (Business Combinations)

2. Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill)

3. Subvenções Governamentais

4. Custos relacionados ao início das operações

5. Reavaliação de ativos intangíveis

6. Ajustes decorrentes da aplicação inicial do Pronunciamento

7.Interpretação técnica sobre o tratamento contábil dos custos relacionados ao desenvolvimento de Websites.

A audiência é realizada em conjunto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, nos termos da Deliberação CVM nº 520/07, e as sugestões e os comentários deverão ser encaminhados até 26 de maio de 2008.

07 dezembro 2007

Marcas

Esta pesquisa é muito conhecida: o valor da marca. Entretanto, as limitações da metodologia (só participa empresa com ação negociada na bolsa, por exemplo) são relevantes demais para serem esquecidas. A Vale não participava no ano anterior e agora aparece. É muito estranho isto.

Além disto a metodologia confunde o conceito de marca com outros ativos. Aqui, uma crítica. A seguir, uma reportagem sobre o assunto


Bancos lideram a lista das marcas mais valiosas do Brasil
Marianna Aragão
O Estado de São Paulo - 6/12/2007

VALOR DA IMAGEM - Roger Agnelli, presidente da Vale, lançou na semana passada a nova marca da empresa

Marca do Itaú foi avaliada em R$ 8,07 bilhões pela Interbrand Os bancos dominam o ranking das dez marcas mais valiosas do País, divulgado ontem pela consultoria internacional Interbrand. Na quarta edição da pesquisa, realizada desde 2001, quatro das dez marcas nacionais de maior valor são empresas do setor financeiro. O Itaú, cujo valor de marca é de R$ 8,076 bilhões, lidera o ranking. Em seguida, vem o Bradesco, avaliado em R$ 7,922 bilhões e o Banco do Brasil, em R$ 7,772 bilhões. O Unibanco ganhou quatro posições e também aparece na lista, agora em quinto lugar.

"As marcas dos bancos têm força porque precisam transmitir confiança aos clientes, que vão depositar ali seu dinheiro. Além disso, todos os anos as instituições financeiras batem recordes de lucros no País", diz o diretor de avaliação de marcas da Interbrand, Alexandre Zogbi. Segundo ele, as três primeiras colocadas já apareciam na mesma ordem na última seleção, em 2005. Porém, este ano, o valor de suas marcas aumentou. "Isso mostra que souberam aproveitar bem a situação macroeconômica atual. Todas as empresas do ranking, inclusive, tiveram aumento do valor de marca maior que o PIB do País." Além dos resultados financeiros, o valor da marca de uma empresa é medido por seu grau de internacionalização, investimentos em sustentabilidade e interação com o consumidor final. Outro destaque da pesquisa foi a entrada de companhias do setor siderúrgico e de mineração. Vale, Gerdau e Usiminas apareceram pela primeira vez no ranking. A mineradora, que tem valor de mercado de aproximadamente US$ 160 bilhões, estreou na seleção na sétima posição. Sua marca foi avaliada em R$ 2,871 bilhões pela Interbrand. Gerdau e Usiminas ocupam a nona e a décima posições na lista, respectivamente.

A Petrobrás também subiu duas posições em relação ao ranking de 2005, passando para o quarto lugar, com R$ 5,738 bilhões. Além dos resultados operacionais crescentes, a presença da marca em novos mercados colaborou para a evolução. A única empresa do setor de bens de consumo incluída na lista de 2007 foi a Natura, que desceu duas posições, ficando com valor de marca de R$ 4,338 bilhões.

Segundo o diretor da Interbrand, a predominância dos setores bancário e siderúrgico, que têm juntos seis das dez marcas mais valiosas do País, pode mudar a médio prazo. A previsão é de que, devido ao ritmo atual de IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), empresas de outros setores, como tecnologia, construção civil e serviços possam fazer parte do ranking. "Deve haver mudanças interessantes nos próximos anos.". Zogbi destaca ainda que, neste ano, a proporção entre o valor da marca e o do negócio como um todo das empresas do ranking está mais próxima dos índices internacionais. "As marcas brasileiras estão mais bem alinhadas com as melhores práticas globais", diz ele.

METODOLOGIA

Na pesquisa, foram avaliadas 40 empresas listadas na Bolsa de Valores ou que publiquem informações financeiras regularmente ao mercado. Todas precisam ter, no mínimo, 60% de capital nacional. Por causa dessa limitação, algumas marcas que figuravam no ranking em anos anteriores, como as da cervejaria InBev, ficaram de fora da lista deste ano.

30 outubro 2007

Intangíveis

O estudo feito pelo BNDES/Coppe para mensurar o ativo intangível das empresas recomenda a elaboração de um relatório de intangíveis a ser incorporado aos relatórios anuais das companhias. No Japão, mais de cem empresas acoplam essas informações ao divulgar seus resultados anuais, apesar de não ser uma medida obrigatória. No Brasil, o grupo Suzano já divulga essa informação.Durval Soledade, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (...) recebeu bem a idéia, adiantando que a mensuração dos intangíveis vem sendo uma preocupação da autarquia, mesmo sabendo das dificuldades de normatizar a questão.

"A SEC [a comissão de valores mobiliários dos EUA] está gastando milhões de dólares num projeto para tentar fazer isso", lembrou Soledade.Para Soledade, o mercado explodiu com a operação de abertura de capital da Bovespa porque o que estava em jogo era o valor do intangível da bolsa paulista, no caso a marca, credibilidade, capacidade de fazer planejamento, dentre outras. "O que se discutiu foi a visão que cada um tinha do intangível da Bovespa. O tangível da Bovespa é muito pouco, um ativo tangível que não chega perto do valor atribuído a empresa. É a visão holístico do intangível funcionando."Por essa razão, Soledade acredita que as superintendências de registro, de valores contábeis e de empresas da CVM têm que começar a examinar isto. "Em breve será matéria corrente no mercado." Ele destacou que os 19 artigos da Lei das S.A. que falam em avaliação ou em laudo de avaliação não se referem aos intangíveis. O assunto só é mencionado no caso de fechamento de capital. "Para cada empresa o intangível tem uma importância diferente. No caso das companhias abertas, o maior ativo intangível pode ser a governança. Já nas empresas emergentes e de capital semente o principal intangível é a tecnologia", disse Soledade.A CVM lida muito com o capital intangível quando examina os recursos que são encaminhados ao colegiado. A discussão mais recorrente nos laudos de avaliação das empresas é sobre o valor do intangível. Durante o seminário, Natan Szuster, professor da UFRJ e especialista em contabilidade, também apoiou a idéia do relatório de intangíveis. "Ele funcionaria como uma demonstração complementar para o mercado, já que os intangíveis não podem ser contabilizados no patrimônio líquido das companhias", afirmou.

CVM apóia relatório de intangíveis
Valor Econômico - 30/10/2007

10 setembro 2007

Balanço na Nova Economia

Um artigo no New York Times de 09/09/2007 (When Balance Sheets Collide With the New Economy, de Denise Caruso, Late Edition - Final, p. 4) discute a questão os ativos intangíveis na contabilidade. Inicialmente o texto expõe a necessidade e importância de tais ativos:

=> Os mais valiosos ativos de uma empresa baseada na inovação hoje - sua propriedade intelectual, investimentos em softwares, assessorias e experiência administrativa, pesquisa e desenvolvimento, propaganda e pesquisa de mercado e processo de negócios - não têm uma casa natural no balanço patrimonial. Eles podem ser registrados como despesas ou as vezes, como é o caso da propriedade intelectual, como passivo.

=> Reputação é um dos ativos intangíveis; pergunte a Mattel sobre seu valor, depois do seu terceiro recall de brinquedos neste verão.


Depois, a palavra para uma crítica da contabilidade, através de consultores, ansiosos em vender soluções.

Clique aqui para ler

07 julho 2007

Reputação

Qual o preço de uma boa reputação?, pergunta a revista Business Week de 9/07/2007 (What Price Reputation? Many savvy companies are starting to realize that a good name can be their most important asset--and actually boost the stock price, por Pete Engardio e Michael Arndt, BusinessWeek - 9 July 2007 - 70 - Volume 4042).

A revista chega a falar de uma nova ciência, a reputation management. Para isto as empresas estão usando sofisticados modelos estatísticos para prever como isto ocorre. Conforme a reportagem, o fato da reputação ser menos tangível que terrenos, receitas ou caixa, torna a sua quantificação difícil.

Clique aqui para ler

16 maio 2007

Duas histórias de avaliação

Duas histórias interessantes de avaliação. Na primeira, um nome da internet foi vendido por 9 milhões de dólares.

Na segunda, informa que a venda da Chrysler pela Daimler foi, na verdade, um pagamento da Daimler para a Cerberus, para se livrar o passivo trabalhista de 18 bilhões. Ou seja, a transação para Daimler representou uma prejuízo muito maior do que o divulgado.

22 janeiro 2007

Intangível

Artigo do NY Times sobre Steve Jobs


"a empresa pode não ser a mesma sem ele. Infelizmente, investidores têm que contemplar a possibilidade desde que se conheceu as práticas irregulares envolvendo as opções. Mr. Kaiser diz que sua estimativa do valor da empresa poderá mudar radicalmente se Mr. Jobs tiver que deixar [a empresa]".