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14 agosto 2022

Viés da confirmação e a questão ambiental

 

Figura adaptada daqui

Em tempos de consenso sobre a gravidade da situação ambiental, talvez seja importante destacar o viés da confirmação. Procuramos evidência para nossa crença prévia nas notícias que lemos e ignoramos as informações que são contrárias ao que acreditamos. 

Será que a solução passa pela contabilidade? É possível fazer previsões e com isto reconhecer ativos e passivos ambientais? Temos métodos de mensuração razoáveis? A convergência dos padrões pode reduzir a criatividade de soluções contábeis para os problemas? E muito mais a ser questionado, tentando evitar o viés. 

Insatisfação com o auditor

O Audit Analytics faz um levantamento das vezes que os acionistas votaram contra a permanência de um auditor na empresa. Parece existir uma ligação entre a insatisfação dos acionistas com uma empresa de auditoria com a qualidade do trabalho realizado. 

Além disto, uma insatisfação geralmente irá representar uma mudança do auditor no futuro. Em 2021, o levantamento indica o seguinte:


Eis uma grande instituição, o Citigroup, em terceiro lugar na lista. Isto é preocupante. Mas achei irônico a seguinte tabela:

Em 7o. lugar, "Cuentas". 

Rir é o melhor remédio

 

Minha cama quando vou dormir e quando eu acordo. 

13 agosto 2022

Gerando dados falsos


Já tinha conhecimento de um site que gerava nomes falsos para você "contar" uma história. Ou um gerador falso de conversas em Wpp. Ou... Mas uma libraria que gera nomes, emails, endereços para seu projeto, eis Faker:

Have you ever wanted to generate fake data to build your own dataset? In the past, I could easily generate random numbers with Numpy, but when I had to generate names, emails, and addresses, there wasn’t a simple solution … until I discovered the Faker library.

This library helps us generate fake data for our projects. Data such as job, company, social security number, residence, birth date, and more can be easily generated with Faker.

Sempé

 Morreu o cartonista francês Sempé. Este é um dos casos de pessoas que esbarramos e prestamos mais atenção na sua ausência. Eis alguns desenhos para o New Yorker (um baita cartão de visita para um desenhista) e na brasileira Piauí:





Auditoria força a saída da NYSE de estatais chinesas

Um desdobramento esperado do impasse sobre a auditoria de empresas chinesas com ações negociadas na Bolsa dos Estados Unidos: quatro estatais anunciaram que irão sair da bolsa. 

A saída da bolsa de Nova York não significa o fechamento de capital, mas o cancelamento das negociações no mercado dos Estados Unidos. Outras empresas, como Alibaba e Baidu, estão esperando o desdobramento. 

Washington têm exigido há tempos acesso completo aos registros contábeis de empresas chinesas listadas nos EUA, mas Pequim proíbe a inspeção estrangeira de documentos de auditoria por empresas de contabilidade locais, citando preocupações de segurança nacional.

Qualidade vida digital

 Nos dias atuais, a internet tornou-se algo fundamental para um país. Eis que surge o índice da qualidade de vida digital. E os países com as melhores pontuações são:


Foram pesquisados 110 países e o Brasil ocupa uma posição intermediária. Está muito bem na estabilidade da internet de banda larga (1o.), da internet móvel (4o.) e dos serviços on-line (20o.). Mas fomos mal na acessibilidade (78o.), no número de usuários (76o) e no crescimento (75o.). O painel abaixo permite ver alguns números:

Veja a posição do Governo Eletrônico, em 42o. 


Rir é o melhor remédio

 

Nem sempre o planejado é o realizado. 

12 agosto 2022

O arcaico imposto de renda dos EUA

Parece incrível: 


Em 29 de julho, o IRS tinha um atraso de 10,2 milhões retornos individuais não processados. Culpe a pandemia, com certeza, mas também o sistema embaraçosamente desatualizado da agência, baseado em papel, que deixa pilhas e pilhas de retornos bagunçando prateleiras, corredores e até a cafeteria.

No pipeline, as declarações fiscais em papel não são digitalizadas em computadores; em vez disso, os funcionários do IRS digitam manualmente os números de cada documento no sistema, dígito por dígito.

Mesmo se você, Joe Taxpayer, registrar seus impostos eletronicamente (como a maioria dos americanos), você ainda poderá desembarcar no purgatório de papel. Qualquer problema com sua devolução "arquivada em e-mail" e o IRS envia uma carta; então, você deve responder por correio tradicional ou fax.

[Há] uma máquina ("SCAMPS") que abre e classifica as declarações fiscais que chegaram por correio.

A tecnologia data da década de 1970 - embora essa máquina em particular tenha sido atualizada nos anos 90 para torná-la compatível com o Y2K. A empresa que fabricou SCAMPS não existe mais; quando a máquina quebra, um funcionário do IRS fabrica peças de reposição no local. "Apenas um cara sabe como consertar a coisa", diz John Desselle, gerente de departamento da sala de correspondência.

A parte mais nova da configuração é computador - ele usa o Windows XP, um sistema operacional de 2001.(...) 

 Chega. Mas vale a pena ler o texto completo do The Washington Post

Beleza de uma cidade e proporção áurea


Qual a cidade mais bonita? Segundo uma pesquisa, Veneza. 

(...) Tentando dar um valor estético a um cidade inteira é um pouco mais complicado. Então analistas em Consultor de hipoteca on-line concentrou seu estudo na arquitetura. Eles extraíram pela primeira vez imagens do Google Street View em cidades ao redor do mundo para imagens de centenas de ruas residenciais e cerca de 2400 edifícios icônicos. Então, eles calcularam as proporções de todos esses edifícios para descobrir o quão intimamente cada um aderiu à Proporção Dourada. "Quanto maior a pontuação, mais próximos os edifícios de uma cidade se igualam, em média, à Proporção Dourada", escreveram os pesquisadores.

Se você prioriza a perfeição matemática acima de tudo ao planejar um passeio turístico, sua melhor aposta é a Itália: Veneza ficou em primeiro lugar, com uma pontuação de 83,3%, e Roma foi vice-campeã com 82. Florença caiu em 13o lugar. A França também ostentava três cidades entre as 25 melhores: Bordeaux, Paris e Estrasburgo.

Eis a listagem: 1. Veneza, Itália // 83,3%

2). Roma, Itália // 82%

3). Barcelona, Espanha // 81,9%

4). Praga, República Checa // 78,7%

5). Cidade de Nova York, Estados Unidos // 77,7%

6. Atenas, Grécia // 77,5%

7). Budapeste, Hungria // 75,9%

8). Viena, Áustria // 75,8%

9. Bordeaux, França // 75,3%

10). Milão, Itália // 75,1%

11). Estocolmo, Suécia // 74,8%

12). Paris, França // 74,7%

13). Florença, Itália // 73,6%

13). Tel Aviv, Israel // 73,6%

14). Copenhague, Dinamarca // 73,2%

15. Marrakech, Marrocos // 72,7%

16. Chicago, Estados Unidos // 71,7%

16. Amsterdã, Holanda // 71,7%

17. Berlim, Alemanha // 71,3%

18. Istambul, Turquia // 70,2%

19. St. Petersburgo, Rússia // 69,2%

20. Estrasburgo, França // 69,1%

21. Dubai, Emirados Árabes Unidos // 67,6%

22). Miami, Estados Unidos // 63%

23. Pequim, China // 55,6%

Bom, imaginar que proporção áurea é suficiente para esta classificação parece ser um pouco demais. A medida é visual, antes de tudo, mas deixa de fora os outros sentidos. 

E a contabilidade? A proporção áurea tem um vínculo com Fibonacci, o matemático italiano. A obra dele estava esquecida, quando Pacioli publicou a Summa, que possui trechos "inspirados" em Fibonacci. Leonardo da Vinci, o pintor, usou a proporção em seus quadros e foi muito amigo de Pacioli.

Quando um Chatbot emite sua "opinião"

 Antes de iniciar, detesto Chatbot. E a notícia a seguir é uma postagem que gostei muito de fazer. 

A BBC fez uma entrevista com o Chatbot da Meta (ou seja, Facebook). Eis um trecho do dialogo:

A figura indica a pergunta sobre o chefe, o Chatbot disse que ele não ajudou um país dividido. Como era um protótipo, a empresa justifica as respostas podem não ser verdadeiras. Uma das declarações é que a empresa explora pessoas por dinheiro e Zuckerberg não se importa. 

Como sendo produto da inteligência artificial, o chatbot pode estar "aprendendo" com outras pessoas. Mas certamente diz muito sobre a empresa. 

Rir é o melhor remédio


 

11 agosto 2022

Onde está ocorrendo a convergência?

 

O quadro acima mostra a posição de adoção de padrões globais na contabilidade. No final de 2021, o grupo de normas mais amplamente adotado no mundo é os padrões de auditoria e seguros, com um status de 62% adotado e 36% parcialmente adotado. O ponto frágil são as normas do setor público, adotadas por 14% das jurisdições e parcialmente adotada por 47%. Mas incríveis 39% das jurisdições não adotam. 

As IFRS são adotadas por 53% dos países, sendo 42% de forma parcial. (Curiosidade: aonde o Brasil estaria classificado? Minha opinião seria "parcialmente adotado")

Auditoria pós pandemia

O Conselho de Relatórios Financeiros (FRC) anunciou recentemente planos revisar a governança corporativa no Reino Unido e, além disso, publicar orientações para auditores - o primeiro do gênero no Reino Unido - para ajudar a melhorar a maneira como eles exercem julgamento profissional. (...)

As auditorias que foram manchetes recentemente no Reino Unido são de contas registradas antes da pandemia ocorrer no início de 2020, supostamente quando todos os freios e contrapesos necessários estavam em vigor e práticas de trabalho firmemente estabelecidas. Consultas como essas, e revisitando padrões em intervalos regulares em geral, proporciona uma oportunidade de aprender com as experiências passadas e melhorar a orientação para o futuro, particularmente se eles não tivessem orientação ou fossem inadequados para lidar com situações que não estavam previstas quando os padrões foram elaborados ou atualizados pela última vez, que em alguns casos pode ser um tempo considerável atrás.

Pressões pandêmicas

(...) As práticas de trabalho mudaram e, com isso, controles, freios e contrapesos foram alterados, substituídos ou rasgados por equipes e funcionários de gerenciamento de clientes de auditores, geralmente em um espaço de tempo incrivelmente curto, aumentando o risco de erros e potencialmente fraudes, intencionais ou não. Olhando para trás, durante a Grande Crise Financeira (CG) de 2007/8, houve um aumento significativo na gerência intermediária cometendo fraudes, enquanto lutavam para manter seus padrões de vida na medida que os bônus caíam e os empregos eram perdidos.

Isso levanta a questão importante de saber se as expectativas existentes dos auditores e reguladores são razoáveis nessas situações extremas e existe uma lacuna crescente entre as expectativas elevadas sobre a qualidade da auditoria, principalmente quando estão envolvidas entidades de interesse público (PIEs) e seus revisores oficiais de contas? Talvez haja um novo nível de incerteza que deva ser refletido em contas que atualmente não estão alinhadas com as orientações, ceticismo e expectativas das partes interessadas. Ou eles precisam ser lembrados de que a gerência e os auditores não têm bolas de cristal e, simplesmente, porque uma empresa falha não significa necessariamente que alguém foi negligente ou não foi cético?

Qualquer que seja o resultado das revisões no ISA600 e ISA 570 (revisado) e o impacto de novas orientações, o setor de auditoria se encontra em uma posição muito diferente daquela em que entrou na pandemia e as mudanças necessárias estão no horizonte.

Fonte: aqui

Mais pressão para convergência

 


A ACCA (algo como Associação dos Contadores Certificados) é uma entidade com 240 mil membros. Em documento recente, a entidade solicita a unificação dos padrões globais relacionados com a sustentabilidade.

Atualmente existem diversos padrões, muito embora seja possível perceber um movimento para que prevaleça os padrões do ISSB. O pedido da ACCA vai neste sentido, solicitando que a Europa, através do Grupo Consultivo que lançou o European Sustainability Reporting Standards, faça um alinhamento neste sentido. 

Segundo o gerente sênior da ACCA, Yen-Pei Cheng, em comunicado, "Pedimos ao EFRAG que forneça uma definição e orientação mais claras sobre a dupla materialidade: especificamente sobre como a materialidade do impacto deve ser avaliada na prática e garanta que a materialidade financeira esteja alinhada com a definição do ISSB.'

OnlyFans e Meta

A fonte não é muito confiável, mas o caso parece algo de cinema. O site OnlyFans cresceu com um conteúdo um pouco mais apimentado. A audiência adulta troca conteúdo exclusivo por pagamentos, que são repassados, em parte, para os artistas.

Segundo o New York Post - não confundir com o NY Times - para retirar potenciais concorrentes da jogada, o OnlyFans pagou para Meta, de Zuckenberg, para que as contas destes artistas fossem marcadas, falsamente, como sendo de conteúdo terrorista. Esta marcação ocorreu especialmente no Instagram, mas não somente. 

Via aqui

Rir é o melhor remédio

A ONU foi fazer uma pesquisa no plenário sobre a situação mundial. Uma única pergunta e nenhum país soube responder. A pergunta era:

Por favor, você poderia me dar sua opinião honesta sobre as soluções para a escassez de alimentos no resto do mundo? 

Os países da África não sabiam o que "alimento" significava. A Índia não respondeu pois não sabia o significado de "honesto". A Europa não sabia o que significava "escassez". A China não conhecia do que era "opinião". Os países do Oriente Média não entenderam o termo "solução". Os países da América do Sul não conheciam o significado de "por favor". E os Estados Unidos não entenderam o que significava "resto do mundo".

Adaptado daqui

10 agosto 2022

Clima e a política da vergonha


A divulgação recente de que celebridades usavam seus jatos de maneira excessiva trouxe a tona a possibilidade de usar a imagem como uma forma de coibir que algumas pessoas contribuam para o aquecimento global. 

Uma pesquisadora calculou que os bilionários, famosos por seu estilo de vida glamoroso, estavam contribuindo com uma grande quantidade de emissão de carbono. Especificamente, a pesquisa mostrou que 20 destes bilionários emitiam, em média, 8.194 toneladas métricas de CO2 na atmosfera, por ano. Uma pessoa média emite menos de 5 toneladas. Isto parece não se justo. 

Esse desequilíbrio é injusto, especialmente enquanto o resto da população está deprimida e se sente culpada por sua reciclagem desleixada ou por dirigir um SUV. Pior ainda, enquanto os super-ricos têm pegadas gigantes de carbono, sua riqueza também lhes permite evitar as terríveis consequências da mudança climática. Eles podem pegar um jato particular para fugir de inundações ou furações e só veem fome e pobreza pelas janelas de suas limusines blindadas.

Uma potencial solução é a "vergonha do carbono", lembrando os super poluidores e forçando uma mudança de atitude. Esta é a opinião da pesquisadora.

Na contabilidade parece que isto não funciona completamente. As empresas de auditoria deveria fazer seu trabalho e o principal incentivo seria a reputação. Mas muitos escândalos contábeis, como colar na prova de ética para continuar seu trabalho, parece indicar o contrário

História usando jornais

Este blog já postou vários textos usando os jornais, especialmente brasileiros e digitalizados da hemeroteca da Biblioteca Nacional. Muitos dos textos são reveladores sobre a história da contabilidade. Agora um texto do NBER discute sobre o uso desta base de dados. Apesar da ferramente ser valiosa, o texto reconhece algumas limitações. 

Eis o abstract:

Digitized historical newspaper databases offer a valuable research tool. A rapidly expanding set of studies use these databases to address a wide range of topics. We review this literature and provide a toolkit for researchers interested in working with historical newspaper data. We provide a brief description of the evolution of historical newspapers, focusing on aspects that are likely to have implications for the design of empirical studies. We then review the main databases in use. We also discuss some key challenges in using these data, most importantly the fact that even the most extensive datasets contain only a selected sample of the universe of historical newspaper articles. We offer tools for evaluating the comprehensiveness of available newspaper datasets, show how to assess potential identification concerns, and suggest some solutions.

Há uma grande variedade de fontes citadas no texto como o British Newspaper Archive, entre outros e a quantidade de cada biblioteca encontra-se a seguir:
O fluxo a seguir mostra como o resultado da pesquisa histórica em jornais pode ser enviesado



Faz Sentido? - Parte 2

 

Do Statmodeling, uma pesquisa mostrou que em média pessoas com menos de 40 anos são mais jovens que pessoas com mais de 40 anos. (O interessante que conseguir um p-valor igual a 0,0001 e não <0,0001)

  Gellman lembra de outra pesquisa que mostrou que pessoas estavam com mais fome quando entraram em um café do que quando saíram. 

Mensurando capital humano

O tema é relevante e caro para contabilidade: mensuração do capital humano. Um novo artigo compara as três metodologias e propõe alternativas. 

There are many reasons to want measures of countries’ investments in human capital and especially their investments in formal education. We review the existing literature on the measurement of human capital. Broadly speaking, economists have proposed three approaches to the measurement of human capital—the indicator approach, the cost approach and the income approach. Studies employing the indicator approach have used single measures such as average years of schooling or created indexes of multiple measures as human capital proxies. The cost approach values human capital investments based on spending. The income approach values human capital investments by looking forward to the increment to expected future earnings they produce. The latter two approaches have the significant advantage of consistency with national income accounting practices and measures of other types of capital, but there are also challenges to their implementation. Measures based on the income approach typically yield far larger estimates of the value of human capital than measures based on the cost approach. We outline possible reasons for this discrepancy and show how changes in assumptions can reconcile estimates based on the two approaches.


Faz sentido?

Algumas NFTs estão sendo vendidas por um valor acima do bem físico que representam. Parece ilógico e os exemplos da figura são de automóveis:

Uma NFT de um Nissan GTR foi leiloada por 2,3 milhões ou 10 vezes o valor do carro real. Outro exemplo: DuLoren tem uma NFT que foi comprada por 183 mil dólares, enquanto o automóvel vale 50 mil. 

Nem sempre o custo histórico é uma boa opção de avaliação. 

Para finalizar, eis um dado interessante: onde vivem os usuários dos NFTs? Eis a resposta:


Rir é o melhor remédio

 

Aerodinâmica na pratica

09 agosto 2022

Uma visão diferente do ISSB


Eis uma visão diferente sobre o esforço de construir relatórios de contabilidade que contemplem o meio ambiente, a governança e as questões sociais. Selecionei alguns trechos e mantive os links do artigo original. Tradução do navegador Vivaldi.

Destruir o capitalismo de livre mercado em favor de um novo modelo de "participação", no qual as elites globais detêm todo o poder tem sido seu objetivo há anos. Um único sistema ESG os aproxima muito desse objetivo e será significativamente mais eficaz em corroer a soberania nacional, contornar os processos democráticos, coagindo as empresas a cumprir. e finalmente restringindo a escolha individual. No início da sessão, a presidente da Bolsa de Hong Kong, Laura Cha, foi direto ao ponto. Ela revelou: "Para que as divulgações [ESG] sejam significativas, precisamos ter um padrão harmonizado. ... Seria muito bom em termos do trabalho que o ISSB [International Sustainability Standards Board] está realizando para promover algumas medidas globais padronizadas." (...)

Ele [Emmanuel Faber, presidente do ISSB] havia declarado anteriormente: "Não podemos permanecer nos níveis de taxonomia de nenhuma jurisdição. Porque eles estão ligados a um certo consenso político e podem estar mudando amanhã. Então, se você olhar para o longo prazo, você precisa ir mais fundo do que as taxonomias.”

Lendo nas entrelinhas Faber parece estar dizendo que pretende institucionalizar um sistema de cima para baixo que se infiltrará em todas as fronteiras nacionais e será impermeável à tomada de decisões políticas, o que tornaria impotente a idéia de democracia [grifo no original]. (...)

Primeiro, a crescente aliança entre grandes governos e grandes empresas - com uma pequena ajuda da mídia - carrega conotações fascistas substanciais[grifo no original].

Segundo, o consumidor que você refere não tem escolha livre, Alan [Jope, CEO da Unilever, que ameaçou os fornecedores da empresa]. O que você espera fazer é semelhante a tirar um candidato popular de uma votação eleitoral - como acontece em autocracias eleitorais como a Rússia - e forçar as pessoas a escolher entre opções limitadas que dificilmente serão sua preferência.

Há uma razão para existir um mercado natural para esses produtos; há demanda do consumidor, que por sua vez é atendida pelos produtores. Essas pessoas estão tentando alterar fundamentalmente a demanda alterando as preferências do consumidor, enquanto altera fundamentalmente a oferta destruindo produtores que não se juntam à sua equipe.

Faber enquadra esses esforços como "Não vamos dizer o que é bom ou o que é ruim. Estamos apenas fornecendo as informações para as pessoas tomarem decisões."

Simplificando, isso é mentira.[grifo no original]

Como foi claramente afirmado pelos membros deste painel do WEF, o que essas elites estão realmente fazendo é afastar o investimento de empresas que não se alinham à sua visão para o mundo, e rompendo relacionamentos com empresas—causando uma redução lenta na escolha para o resto do mercado—que não embarca.

Não se trata de informações; é sobre controle e poder.

Os próximos anos do Iasb


Segundo destacou o Accountacy Daily, o Iasb, após consulta pública, optou por completar as "melhorias" atuais das normas de contabilidade e apoiar o parceiro, o ISSB, nas normas de sustentabilidade, como parte do planejamento para os próximos anos. 

Assim, a agenda de normas internacionais nos futuro próximo será conservadora. O texto afirma, no entanto, que o Iasb  lançará projetos sobre intangíveis, fluxos de caixa e evidenciação vinculada ao clima, mas após 2024. Nas palavras do presidente do Iasb, "talvez não façamos progressos substanciais em novos projetos imediatamente". 

É importante destacar que este período irá coincidir com o primeiro mandato do atual presidente, o alemão Barckow. 

Foto: Phil Desforges

Recessão, segundo o Trends

 

O gráfico da Bloomberg mostra que a pesquisa por "recessão" no Google geralmente antecede o anúncio de recessão por parte do NBER, dos Estados Unidos. E no Brasil? Veja a seguir:

O gráfico do Brasil acompanha razoavelmente bem a pesquisa de lá de fora. Mas tivemos nossa maior recessão histórica não em 2008 ou 2020, justamente o pico do gráfico brasileiro, mas em 2015. Ou seja, parece que não há uma relação tão forte assim no caso brasileiro. 

Covid e a China

 

O gráfico acima mostra o número de mortos pela Covid, de março de 2020 até agosto de 2022, para o Brasil (laranja), Estados Unidos (vermelho) e China (verde). Mas observe bem o gráfico, pois será difícil encontrar a linha com os mortos chineses. 

A razão para isto não foram as medidas de contenção adotadas pelo regime chinês ou a genética da civilização. Os dados de mortos pela pandemia na China são mentirosos. Assim, é impossível saber o impacto que a pandemia provocou no país. 

O pior é que muitas entidades "respeitáveis" e influentes aceitaram a mentira. A OMS afirmou

“China’s bold approach to contain the rapid spread of this new respiratory pathogen has changed the course of a rapidly escalating and deadly epidemic,”

Mas a OMS não é uma entidade com credibilidade suficiente para fazer esta afirmação, dado como ela se comportou com a pandemia. O colunista Thomas Friedman afirmou que "A China ficou melhor", mesmo reconhecendo que os dados não são confiáveis. 

No link citado aqui uma informação que mostra um pouco disto: entre 25 de janeiro de 2021 a 21 de março de 2022, o país com 1 bilhão de habitantes não registrou nenhuma (ou seja, zero) morte. Você acredita nisto? 

Provavelmente não, mas o texto que citei destaca que muitos acreditaram, incluindo a OMS, o OurData, onde busquei o gráfico acima, o Google e a própria China. 

Rir é o melhor remédio

 


08 agosto 2022

Congresso da UnB: datas importantes

 


Livros, NFT e Blockchain




Notícia do Boing Boing

Em uma entrevista à Bloomberg, o CEO da Pearson plc, Andy Bird, discute os benefícios de mover as vendas de livros didáticos digitais para as tecnologias blockchain e Non-Fungible Token (NFT) como um mecanismo para capturar partes das vendas em segunda mão :

"No mundo analógico, um livro didático da Pearson é revendido até sete vezes e só participaríamos da primeira venda", disse ele a repórteres, após [a divulgação d] os resultados intermediários da empresa com sede em Londres na segunda-feira, falando sobre oportunidades tecnológicas para a empresa.

"A mudança para o digital ajuda a diminuir o mercado secundário, e tecnologia como blockchain e NFTs nos permite participar de todas as vendas desse item em particular (...)

Andy Bird também mencionou que outras tecnologias também estão sendo consideradas :

"Temos uma equipe inteira trabalhando nas implicações do metaverso e no que isso poderia significar para nós"

Amazon e iRobot

DEPOIS DE DÉCADAS DE criando máquinas de guerra e aparelhos de limpeza doméstica, o iRobot concordou em ser adquirido pela Amazon por US $ 1,7 bilhão, de acordo com a declaração conjunta das duas empresas. Se o acordo for concluído, daria à Amazon acesso a mais uma fonte de dados pessoais: mapas internos das casas dos proprietários de Roomba.

O iRobot começou construindo robôs para os militares dos EUA, mas há 20 anos adicionou aspiradores de consumo à mistura. (Ele desmembrou completamente o negócio de defesa em 2016.) Esses Roombas trabalham em parte usando sensores para mapear as casas em que operam. Em uma entrevista para Reuters, de 2017, o CEO da iRobot, Colin Angle, sugeriu que a empresa algum dia compartilharia esses dados com empresas de tecnologia que desenvolvem dispositivos domésticos inteligentes e assistentes de IA.

Combinada com outras metas recentes de aquisição, a Amazon pode acabar com uma visão abrangente do que está acontecendo dentro das casas das pessoas. A gigante do comércio eletrônico adquiriu a empresa de campainhas de vídeo Anel em 2018 e fabricante de roteadores Wi-Fi Eero um ano depois. Alto-falantes e outros dispositivos com assistente de IA Alexa agora pode controlar milhares de dispositivos domésticos inteligentes, incluindo aspiradores Roomba. E a Amazon planeja adquirir a cadeia de atenção primária One Medical, em um acordo de US $ 3,49 bilhões em dinheiro, que, se aprovado, colocaria os dados de saúde de milhões em seu poder.

“As pessoas tendem a pensar na Amazon como uma empresa de vendedores on-line, mas na verdade a Amazon é uma empresa de vigilância. Esse é o núcleo de seu modelo de negócios e é isso que impulsiona seu poder e lucro de monopólio ”, diz Evan Greer, diretor da organização sem fins lucrativos de direitos digitais Fight for the Future. "A Amazon quer ter as mãos em todos os lugares e adquirir uma empresa que se baseia essencialmente no mapeamento do interior das casas das pessoas parece uma extensão natural do alcance de vigilância que a Amazon já possui."

A Amazon se recusou a responder a perguntas sobre como usaria os dados do iRobot, mas a porta-voz da empresa, Alexandra Miller, forneceu uma declaração que alegava que a empresa era um bom administrador de informações do cliente. "A confiança do cliente é algo que trabalhamos duro para ganhar - e trabalhamos duro para manter - todos os dias", afirmou o comunicado.

(...) Fonte: Wired

E olhem o cartoon abaixo, que diz tudo sobre o tema:

Fasb e Impostos - atualização

O Senado dos EUA aprovou uma legislação que, entre outras itens, acrescentou 

15% minimum tax on corporations making $1 billion or more in income. The provision offers more than $300 billion in revenue.

Conforme postagem anterior, isto poderá aproximar as demonstrações obtidas pelo FASB das informações para fins fiscais. 

A Herança de Santos

Hoje faz um mês da morte do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Durante 38 anos, Santos comandou a ex-colônia portuguesa e seu legado é muito bom ... para sua família.

Um longo texto da Forbes mostra como sua filha, Isabel dos Santos, tornou-se a mulher mais rica da África, com um patrimônio de 3,7 bilhões de dólares em 2014. Por coincidência, entre 2007 a 2010, cerca de 32 bilhões das receitas de petróleo do país sumiram, segundo o FMI.

Seu império [de Isabel dos Santos] começou a desmoronar depois que seu pai se aposentou do cargo. Seus bens foram congelados e ela foi acusada de peculato e lavagem de dinheiro. A Forbes a removeu do ranking de bilionários em 2021. Além disso, um tribunal de arbitragem internacional ordenou que ela devolvesse, em julho de 2021, suas ações da empresa portuguesa de energia Galp avaliadas em US$ 500 milhões. Isabel dos Santos negou qualquer irregularidade e se defendeu de todas as acusações dizendo que são politicamente motivadas. 

Parte dos negócios de Isabel transitaram por Portugal. Isto ocorreu com o apoio do governo português, obviamente.

Rir é o melhor remédio

 

Duração dos dias e a proporção áurea

07 agosto 2022

Pessoas Notáveis por região

 O mapa interativo traz as pessoas mais famosas que nasceram em um determinado local:

Através do mapa, você pode explorar as pessoas mais famosas em uma determinada região. Como é um blog de contabilidade, lá fomos verificar Sansepolcro, Itália. E eis que encontramos:

que a pessoa mais famosa que nasceu na pequena cidade da Toscana foi Pietro della Franscesca, o pintor, e não Luca Pacioli. 

Cancelamento do filme BatGirl


O anúncio do cancelamento do filme BatGirl segui de um texto da Forbes com o título: "Quem matou BatGirl? Provavelmente dos contadores" (o texto pode ser lido depois de ser assinante ou pagar uma pequena taxa). 

Em resumo é o seguinte: a Warner Bros cancelou Batgirl e o filme não será lançado, nem nos cinemas, nem na HBO Max. Até o momento, o filme teve um custo de 90 milhões de dólares e estava quase terminado. 


Nos últimos anos, a Warner começou a lançar seus filmes simultaneamente nos cinemas e no streaming. Se por um lado a estratégia trouxe assinantes, a decisão afetou a reputação da Warner:  alguns cineastas não gostaram e estão evitando trabalhar para o estúdio. 

Mas uma decisão tão radical como esta é feita após uma mudança gerencial. No caso da Warner, um novo CEO, que passou a priorizar o lançamento no cinema. Segundo um site:

O problema é que Batgirl não é um projeto grande o suficiente para ser lançado nos cinemas ou pequeno o suficiente para ser colocado de imediato no catálogo da HBO Max. 

E existia algumas despesas futuras, especialmente a publicidade, que consumiria muitos recursos. 

A razão do título da Forbes é que a decisão tem um reflexo em termos de tributação. O não lançamento do filme permite uma redução de impostos imediata, que permite recuperar parte do custo de produção. Como o filme tinha recebido reações ruins nos testes realizados até aqui, a chance de produzir receita era reduzida. 

Temos aqui dois conceitos importantes para ajudar a entender a situação. O primeiro é a falácia do custo perdido. Considero este o conceito mais difícil de ser entendido e ser aceito em finanças e custos. Em linhas gerais, a falácia do custo perdido diz que devemos considerar para fins de decisão de investimento, o que inclui continuar ou parar um projeto, somente as entradas e saídas de caixa que irão ocorrer. De forma ainda mais simples, só o futuro importa. Todo gasto que a Warner fez com o filme não é relevante para decisão. O executivo deve analisar quanto a empresa ainda irá gastar com o projeto e se este valor é superior as entradas de caixa. 

A decisão da Warner pode ser estranha, mas indica que temos que considerar que a empresa irá ainda incorrer nos custos de pós-produção e de propaganda e a receita projeta com o filme talvez não seja suficiente para compensar. Na planilha do executivo é preciso constar todos os custos futuros do filme - que parecem ser elevados ainda, e a receita projetada, que deve ser desanimadora. E isto inclui o impacto tributário. Se os cálculos estiverem corretos, a planilha deve constar a potencial perda de reputação do estúdio em caso de fracasso. 

O custo perdido é difícil de ser aceito, pois estamos apegados ao que fizemos. Incomoda saber que algo poderia ser diferente e que não podemos mudar o passado. 

Comentamos de dois conceitos. O primeiro é a falácia do custo perdido e o segundo é o viés da confirmação. Este é um problema comportamental muito comum em empresas e muitas vezes o ciclo só é interrompido através de uma mudança na gestão. O que significa este viés? Basicamente somos seletivos com a informação que consideramos, enfatizando aquilo que confirma nossa crença e desprezando o que contraria. 

Durante a fase do primeiro rascunho, os primeiros testes, a aceitação do início da filmagem e seu término, o executivo que comandava a Warner deveria acreditar no projeto BatGirl. Foi preciso outra visão, do novo executivo, que percebeu que o projeto não era bom, para ter a coragem de cancelar o filme. Assim, a decisão do cancelamento resulta desta nova visão, da nova crença. 


Moeda Digital e Dinheiro Físico: duas grandes economias amam dinheiro

Duas grandes economias que representam o que se tem de mais moderno no mundo. Japão e Alemanha continuam com a crença que o dinheiro físico é o rei e isto está complicando a implantação das moedas digitais do Banco Central (CBDCs). 


Começamos pelo Japão. Em junho, o Banco Central Japonês anunciou que estava arquivando seus planos de criar uma moeda digital. Entre os vários fatores, quase 38% das transações ocorridas no varejo do país era em dinheiro. No país asiático, o dinheiro é algo seguro e líquido no pagamento. Com baixa taxa de juros, o 90% dos japoneses já responderam uma pesquisa indicando que dinheiro é seu meio de pagamento preferido. 

Na Alemanha, o dinheiro ainda é o meio de pagamento mais popular. Em 2016, o governo de Merkel chegou a propor a proibição de pagamento acima de cinco mil euros em dinheiro e recebeu uma crítica pública imensa. Uma pesquisa mostrou que somente 13% dos alemães apoiam o euro digital e 56% eram contra. 

E aonde o moeda digital do Banco Central está sendo considerada? A primeira experiência ocorreu no Equador, em 2014. Logo após, Bahamas, Nigéria e Índia desenvolveram seus projetos. É bom ressalvar que o Equador recuou na moeda digital dois anos depois do lançamento. Há comentários que Brasil, México e Indonésia devem lançar CBDC nos próximos anos. Compare o grupo de países que estão buscando a moeda digital do Banco Central com os países que possuem restrições. 


Um dos grandes problemas do dinheiro digital é a fragilidade. Provavelmente o grande beneficiário serão os bancos centrais, que terá um controle maior sobre a economia. Além de controlar o dinheiro, o governo poderá exercer uma vigilância enorme sobre as pessoas. Este medo existe. 

Leia mais Naked Capitalism. Foto: CardMapr.nl e Matthew Henry

Rir é o melhor remédio: Ciência Atrapalhada

Étienne Klein, um famoso físico e diretor da Comissão de Energias Alternativas e Energia Atômica da França, compartilhou a imagem da salsicha espanhola apimentada no Twitter na semana passada, elogiando o "nível de detalhe" que ela forneceu. "Foto de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol, localizada a 4,2 anos-luz de distância de nós. Foi tirada pelo Telescópio Espacial James Webb. Esse nível de detalhe... Um novo mundo é revelado todos os dias ", disse ele a mais de 91.000 seguidores no domingo.
Depois de enfrentar uma reação dos membros da comunidade online para a brincadeira, ele escreveu: "Em vista de certos comentários, sinto-me obrigado a especificar que este tweet mostrando uma suposta foto de Proxima Centauri era uma piada. Vamos aprender a ter cuidado com os argumentos das posições de autoridade, tanto quanto com a eloquência espontânea de certas imagens."

Na quarta-feira, Klein pediu desculpas pela farsa, dizendo que sua intenção era "exortar cautela em relação às imagens que parecem falar por si."

Em uma tentativa de fazer as pazes, ele postou uma imagem da espetacular galáxia de Cartwheel, garantindo aos seguidores que desta vez a foto era genuína.

Fonte: aqui

(Será que ele fez de brincadeira, ou fez em um momento de não lucidez?)

06 agosto 2022

Fasb e Impostos


Stephen Gandel escreve para o New York Times sobre o Financial Accounting Standards Board, o Fasb. Geralmente uma entidade de emissão de normas não atrai muito interesse de um público mais amplo, mas o texto do jornal chama a atenção que o Senado está prestes a votar uma conta climática e tributária que poderá dar um grande "poder" a um grupo "obscuro" (o termo é do texto) de contadores em Norwalk. 

No caso, o legislativo está criando um conta, referente a um imposto mínimo de 15%, para ajudar a financiar as questões climáticas. Há tempos, as empresas apresentam um lucro para fins tributários e outro para fins de mercado. Isto está na legislação dos Estados Unidos, mas tem existido exageros, com empresas divulgando lucros enormes, mas pagando pouco imposto. 

Segundo o texto, há 50 anos a SEC deixou a cargo do Fasb a determinação dos "princípios contábeis geralmente aceitos" que determinam como os lucros são apurados. E este Fasb é administrado por um conselho de sete membros de contadores e investidores profissionais (nem sempre foi assim, mas o texto não entra neste detalhe). 

A questão legislativa passa por mandar o Fasb a ajudar como calcular o valor do tributo. E isto pode influenciar o problema e o valor a ser arrecadado. O texto chama a atenção para a "falta de diversidade":

o quadro é composto por quatro homens brancos e três mulheres brancas. Um porta-voz do Fasb disse ao DealBook que a entidade, fundada em 1973, nunca teve um membro do conselho de cor. Também está politicamente conectado: Kathleen Casey, chefe do comitê de indicação, é um ex-funcionário da SEC e ex-chefe do gabinete do senador republicano Richard Shelby, que há tempos pede impostos mais baixos para as empresas e para os ricos.

E seus membros são bem pagos: Richard Jones, um ex-executivo da empresa de contabilidade EY, que a deixou para ser presidente, recebeu um salário base de 1 milhão de US$ no ano passado (...)

Bom, o texto comenta que aparentemente a visão dos membros do Fasb é contrária ao imposto corporativo mínimo, o que poderia atrapalhar a formação destas regras. 

Foto: Towfiqu barbhuiya

50 anos do Limites do Crescimento

Em 1972 apareceu um livro chamado "Os limites do Crescimento".  Seus autores, Donella Meadows, Dennis Meadows, Jorgen Randers e William Baehrens III, modelaram as consequências do crescimento da população mundial e o fato de termos recursos limitados. O livro usou um sistema computacional para simular as consequências do crescimento. 


O livro considerava que um século seria o ponto de colapso da civilização. Ou seja, estamos na metade do percurso. O livro vendeu milhões de cópias, foi traduzido em diversos idiomas e trouxe muita controvérsia. Em 1992, 2004, 2012 e agora, em 2022, "edições" com novas previsões foram ou serão lançadas. 

Aqui você pode ler uma entrevista com um membro do Clube de Roma, responsável pela publicação do relatório original. Algumas das previsões do livro parecem confirmadas, inclusive recentemente. Aqui há uma discussão sobre o assunto. 

É interessante notar que a questão climática tornou-se, somente agora, um assunto também da contabilidade. 

Auditores consideram clima relevante?


Do blog de Richard Murphy, que examinou se no relatório de auditoria a questão clima aparecia. A amostra é de 100 empresas britânicas com maiores volumes de negociação no mercado: 

Os resultados foram decepcionantes, para dizer o mínimo. Trinta e nove (39%) por cento dos auditores não se referia às mudanças relacionadas ao clima como uma questão preocupante ao declarar o escopo de seu trabalho de auditoria em 2021, enquanto apenas trinta e seis por cento (36%) dos auditores expressou uma opinião sobre o impacto das mudanças climáticas nas demonstrações financeiras das empresas que estavam auditando em 2021 e apenas duas opiniões de auditoria em 2021 consideraram as questões relacionadas ao clima importantes.


As duas empresas eram companhias de petróleo. Mais ainda:

O auditor que mais frequentemente tratava os riscos relacionados ao clima como fora do escopo de seu trabalho de auditoria era a KPMG: 50% (cinquenta por cento) de suas auditorias não fazem referência ao problema quando detalham o escopo do trabalho realizado. Por outro lado, a PWC incluiu questões relacionadas ao clima no escopo de seu trabalho com mais frequência do que qualquer outro auditor. Setenta e oito por cento (78%) de seus relatórios de auditoria referem-se ao clima ou ao meio ambiente como estando dentro do escopo do trabalho que realizaram.

Rir é o melhor remédio

 

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