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25 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Corrupção

Começou ontem na Alemanha um dos maiores julgamentos envolvendo corrupção da história. No centro, a Fórmula 1 e seu proprietário, Bernie Ecclestone. O julgamento deverá durar três meses e a história, resumida, é a seguinte:

Gerhard Gribokowsky, ex-gerente de risco da Beyern LB está sendo acusado de receber propinas de 44 milhões de dólares referente a venda de ações da Fórmula 1 em 2006. Bernie Ecclestone (foto), atual dono, já admitiu que pagou este valor como "chantagem", não suborno. Gerhard nega e afirma que os valores referem-se a consultoria.

No momento que ocorreu o pagamento existia dúvida sobre a capacidade da Fórmula 1 continuar existindo, já que existia ameaça por parte de outras equipes.

O julgamento poderá colocar em risco a continuidade da Fórmula 1, já que a imagem de Bernie poderá levar os donos das equipes questionarem a condução do negócio.

O jornal The Telegraph fez uma cobertura interessante na edição de ontem: aqui, aqui, aqui e aqui

O poder de um ‘bip’ de hora em hora

Daniel Pink, o autor de Motivação 3.0 (ed. Campus. Título original: Drive) publicou a postagem intitulada “o poder de um ‘bip’ de hora em hora” com base num livro de Peter Bregman, consultor estratégico que aconselha alguns dos top CEOs da América do Norte e escreve um blog para o Harvard Business Review.

No mês passado Bregman publicou seu segundo livro –18 Minutes: Find Your Focus, Master Distraction, and Get the Right Things Done. O título em português seria algo como “18 minutos: encontre o seu foco, controle a distração e termine as tarefas corretas”. (Se bem que “Drive” foi traduzido como “Motivação 3.0”... sabe-se lá a regra desse jogo) que vem acompanhado de conselhos inteligentes e práticos para impulsionar o desempenho individual.

Leia um trecho muito interessante do livro, destacado por Pink:

Eu começo todos os dias com um plano. A cada manhã eu olho para a minha lista de afazeres e me pergunto: o que tornará esse um dia de sucesso? Então eu transfiro as tarefas corretas da minha lista de afazeres para o meu calendário e começo a trabalhar.

É raro que eu atenha a cada minuto do meu plano. Chegam e-mails, o telefone toca, soam bips de mensagens e a minha própria inclinação para a distração me surpreende. Não me leva muito tempo para me desvairar do meu horário. E, às vezes, como em uma recente troca de farpas com um representante de uma empresa de telefone, eu me distancio de mim também.

Costumeiramente eu encerrava cada dia desapontado, imaginando porque não havia sido o sucesso que visionei.

Mas tudo acabou quando comecei com os “bips de hora em hora”.

A cada hora, quando meu relógio, computador ou celular toca um bip eu paro o que quer que esteja fazendo, respiro profundamente e me pergunto duas coisas:

1. Eu estou fazendo o que mais preciso estar fazendo neste momento?
2. Eu estou sendo quem mais quero ser agora?

Inicialmente parecia contraintuitivo me interromper a cada hora. As interrupções não são exatamente o que tentamos evitar? Mas essas interrupções horárias são interrupções produtivas. Elas nos trazem de volta para que façamos o que precisamos e sejamos quem devamos ser para que façamos deste, um dia produtivo.

Isto não é exatamente sobre se manter em um plano. Às vezes o bip toca e eu percebo que, apesar deu ter me desgarrado do meu calendário, no que quer que esteja trabalhando é o que mais preciso estar fazendo naquele momento. Nessas situações eu simplesmente altero os itens do meu calendário, de forma com que as minhas prioridades mais importantes ainda sejam cumpridas, e faço escolhas intencionais do que deixarei inacabado.

Para mim, um lembrete de hora em hora, uma respiração profunda e duas perguntas fizeram a diferença entre encerrar o meu dia frustrado e encerrá-lo me sentindo realizado.

Petrobras, Cide e Preço

Um texto interessante do Estado de São Paulo (Petrobrás [sic] quer Cide para reforçar Caixa) mostra o problema da defasagem do preço interno do combustível.

O governo pressionou a Petrobras para não repassar aos consumidores o aumento do preço internacional do petróleo. Isto naturalmente tem reflexo no resultado e no caixa da empresa. A proposta é que o governo reduza uma contribuição presente no preço interno, denominada Cide, e mantenha o preço atual.

Segundo cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em oito anos a estatal deixou de ganhar R$ 9 bilhões apenas por causa da defasagem nos preços. Internamente, entretanto, fontes da Petrobrás dizem que o rombo é ainda maior. A conta do CBIE é feita com base nas cotações do mercado à vista do Golfo, mas a Petrobrás teria contratos prefixados, alguns com preços maiores.


No mercado, os analistas veem poucas chances de parte do prejuízo ser compensada pela Cide - como deseja a Petrobrás - e já começam a se preocupar com o tamanho da queda no lucro da estatal no balanço do terceiro trimestre. A alta de quase 20% do dólar no período pode representar uma queda entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões no resultado da empresa, de acordo com Maurício Pedrosa, sócio da gestora de recursos Queluz. No último trimestre, a estatal registrou lucro recorde de R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões decorrentes da desvalorização do dólar na época.

(imagem, aqui)

Pequenas empresas


James Surowiecki, autor do livro Sabedoria das Multidões, escreveu um artigo muito interessante na sua coluna semanal do New Yorker: Big is Beautiful (Grande é belo, 31 out 2011) .

Nos Estados Unidos, os políticos dos dois partidos concordam que as pequenas empresas devam receber algum tipo de proteção contra as grandes empresas. No passado, o governo impôs regras que aumentaram o preço dos produtos para o consumidor. Nos tempos recentes, esta política talvez não seja popular, escreve Surowiecki. (É interessante notar, e Surowiecki não se lembra disto, que a rede Walmart já foi considerada, por alguns estudiosos, como uma fonte relevante pela baixa inflação naquele país, ao pressionar os fornecedores por produtos mais baratos)

Existiria uma “fetichização”  do pequeno negócio baseado em algumas vantagens, como diversidade de escolha e relacionamento com a comunidade local. Mas para a economia como um todo, as grandes empresas são os reais direcionadores de crescimento.

“Nós podemos ver isto olhando os dados das economias mundiais. Os países desenvolvidos com a mais elevada percentagem de trabalhadores empregados nos pequenos negócios inclui Grécia, Portugal, Espanha e Itália, isto é, os quatro países cujos problemas econômicos estão causando estragos no mercado financeiro. E os países com menor percentagem de empregados nos pequenos negócios são Alemanha, Suécia, Dinamarca e Estados Unidos, algumas das economias mais fortes do mundo.”

Esta correlação não seria coincidência, já que as grandes empresas são mais produtivas que as pequenas.

No Brasil a proteção para pequenas empresas inclui a contribuição obrigatória para uma entidade que cuidaria dos seus interesses, o Sebrae. Apesar de receber uma grande quantidade de recursos públicos, não existe ainda uma pesquisa isenta mostrando os benefícios (ou não) desta distribuição dos recursos. Até por que os órgãos de controle têm uma grande dificuldade em ter acesso as contas do Sebrae. E o poder de pressão do sistema S, ao qual se inclui o Sebrae, impede que saibamos se estes recursos estão beneficiando o consumidor final.

(Imagem: aqui)

O sistema ABC muda o foco

A Euclid Egineering fabrica peças e componentes para momtadoras de automóveis. Em decorrência de seu estudo de custeio baseado em atividades, os administradores da Euclid "descobriram que a empresa estava gastando mais com o lançamento de novos produtos do que com mão-de-obra direta na fabricação de novos produtos existentes. As despesas de desenvolvimento e lançamento de produtos existentes chegavam a 10% do total de despesas, ao passo que os custos de mão-de-obra direta representavam somente 9%. Evidentemente, no sistema anterior de custeio de mão-de-obra direta, oda atenção estava concentrada na redução de custos de mão-de-obra direta...Os custos de desenvolvimento e lançamento de produtos estavam misturados na taxa de custos gerais de produção aplicados aos produtos com base no custo de mão-de-obra direta. Agora, os administradores da Euclid reconhecem que tinham uma oportunidade de realizar uma substancial redução de custos por meio do ataque ao custo de lançamento de produtos diretamente".

A Euclid compartilhou a nova informãção produzida pela estudo ABC com clientes . A decomposição detalhada dos custos de projeto e das atividades de engenharia ajudou os clintes a analisar que certas atividades de engenharia ajudou os clientes a aalisar melhor suas escolhas, fazendo co que muitas vezes pedissem que certas atividades fossem deixadas de lado, quando seus custos superavam seus benefícios.

Fonte: Robert S. Kaplan e Robin Cooper, Cost and Effect: Using Integrated Cost Systems to Drive Profitability and Performance.

Custeio por absorção na Rússia

O custeio por absorção é a norma de elaboração de relatórios financeitos externos pelo mundo. Após a queda do comunismo, os métodos contábeis foram alterados na Rússia pra que se tornassem mais compatíveis com os métodos contábeis utilizados no Ocidente. Um dos resultados foi a adoção do custeio por absorção.

Fonte: Adolf J. H. Enthoven, "Russia's Acounting Move's West," Strategic Finance, julho de 1999,pp. 32-37

"Perdi US$ 5 milhões hoje de manhã"

diz James Altucher, investidor e escritor de livros de autoajuda financeira. Ele estava limpando a caixa de entrada do e-mail quando encontrou uma mensagem de 2009 convidando-o a se tornar sócio minoritário de um certo Foursquare. Não deu atenção. E hoje o aplicativo está avaliado em US$ 300 milhões.

Fonte: Superinteressante, ed. 297

História

Há muito os historiadores notaram a conexão entre o florescimento artístico e científico do Renascimento e a formação do capitalismo mercantil na região, que obviamente envolveu seu próprio conjunto de inovações nos negócios bancários, na contabilidade e nos seguros. Não há dúvida de que o capitalismo acelerou o crescimento das cidades italianas e criou excedentes de riqueza que foram depois utilizados para patrocinar artistas e arquitetos como Michelangelo e Brunelleschi. Mas relação entre capitalismo e inovação é mais sutil do que muitas vezes supomos. Sim, livres mercados introduzem novas formas de competição e acumulação de capital que podem impelir a criação e a adoção de novas ideias. Mas os mercados não deveriam ser definidos apenas em termos de motivação de lucro. Considere a invenção de uma das ferramentas conceituais fundamentais do capitalismo: a contabilidade de dupla entrada, que Goethe chamou de uma das “mais admiráveis criações do espírito humano”. Ora, a pedra angular de toda contabilidade financeira, a inovação da dupla entrada, que consiste em registra todo evento financeiro em dois livros (um refletindo débito, o outro, crédito), permitiu aos comerciantes acompanharem a saúde financeira de seu negócio com uma precisão sem paralelo. Codificada pela primeira vez pelo monge franciscano e matemático Luca Pacioli em 1494, o método da dupla entrada tinha sido usado havia pelo menos dois séculos por banqueiros e comerciantes italianos. Não sabemos se ele nasceu na mente de um único protocontador visionário, ou se a idéia irrompeu ao mesmo tempo nas mentes de múltiplos empresários, ou se foi transmitida por pioneiros islâmicos que poderiam ter experimento a técnica séculos antes. 

 De onde vêm as boas ideais – Steven Johnson – Zahar p. 51

24 outubro 2011

Frase

"Assim foi que o menino tornou-se filho não de um advogado, mas de um evadido da escola secundária com paixão por mecânica e sua humilde esposa, que trabalhava então como guarda-livros"

Trecho do livro: Steve Jobs - A Biografia

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 529


Recentemente o time de futebol italiano Juventus divulgou seus resultados. Segundo o Brasil Econômico, a equipe apurou um deficit de 95,4 milhões de euros, que corresponderia ao

"pior balanço de sua história", segundo as palavras de seu presidente, Andrea Agnelli.

Conforme o jornal, o clube acabou de inaugurar um estádio, que teve um custo de 122 milhões de euros e “é o grande motivo do déficit”

Como o clube é de capital aberto, o resultado será discutido na Assembleia, que irá aprovar um aumento de capital extraordinário no montante de 120 milhões de euros.

Pede-se:

a) a frase “pior balanço de sua história” estaria correta? (ou faz sentido)
b) Suponha que o estádio tenha um vida útil prevista de quarenta anos, sem valor residual. Qual seria o peso do novo estádio no prejuízo do clube?
c) Faça dois lançamentos contábeis:
c.1) o lançamento do resultado no patrimônio líquido
c.2) o aumento de capital


Resposta do Anterior: a) 2,4 x (683,65/100) = 16 milhões a preços de hoje. Como o F35 custa 122, o avião atual é muito mais caro. b) 2,4 milhões / 747,5 bilhões  = 0,000321% do PIB da época; 122 milhões/15012 bilhões = 0,000813% do PIB atual. Ou seja, o avião atual é mais caro. Fonte dos dados: aqui

Análise dos co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA

BERGMANN, D. R.; SAVOIA, J. R. F; MENDES_DA_SILVA, W.; DE OLIVEIRA, M. A.; NAKAMURA, W. T.

Neste artigo, a teoria de cópulas é utilizada para analisar os co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA. Na finalidade de implementação de uma estratégia de alocação de ativos é importante entender os eventos extremos – tanto os positivos (boom) como os negativos (crashes) – e seus efeitos sobre os mercados. Os índices de mercado usados são o IBOVESPA e o S&P 500 cobrindo o período de 03/2001 a 04/2007. A aderência aos log-retornos das principais cópulas encontradas na literatura financeira é avaliada. Os seguintes critérios foram escolhidos: o Log-likelihod, o critério de informação de Akaike e o critério de informação bayesiano. Os resultados mostram que a cópula de Joe-Clayton simetrizada é a mais adequada para modelar a estrutura de dependência entre os log-retornos do IBOVESPA e os do S&P500. Este trabalho difere de alguns estudos já realizados [e.g. Mendes e Moretti(2005) e Canela e Collazo(2005)], pois leva em consideração a modelagem de cópulas dinâmicas introduzida por Patton (2006). Finalmente, através dos índices de dependência caudal ao longo do tempo, pode-se concluir que a ocorrência de eventos extremos negativos (crashes) no mercado norte-americano tende a afetar mais o mercado brasileiro quando da comparação da ocorrência dos eventos extremos positivos (booms).

BBR, v. 8, n. 4, p. 124-138, out./dez. 2011

Panamericano

Com respeito ao banco Panamericano, o jornal Estado de São Paulo traz um conjunto de reportagens sobre a procura de solução por parte dos executivos da entidade junto a políticos e fundo de pensão (aqui, aqui, aqui e aqui). Em um dos trechos, comenta sobre o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.

Após reter os valores, o governo passava a negociar com os bancos o pagamento, cobrando um taxa de retorno de 25%. Sob ameaça de transformar a dívida em precatório judicial. Neste caso, os valores somente seriam recebidos muitos anos depois.

Produtividade: entre 151 países, Brasil está em 130º

O trabalho no Brasil não se tornou mais produtivo ao longo dos últimos 30 anos. A produtividade do trabalho, fator fundamental do crescimento econômico sustentado, caiu entre 1980 e 2008. De lá para cá, o indicador recuou na crise global, depois se recuperou rapidamente, mas parou de crescer a partir do segundo semestre de 2010.

"O Brasil é um país no qual, não importa como se meça a produtividade, nada parece acontecer", diz José Alexandre Scheinkman, economista brasileiro da Universidade Princeton.

Em 1980, um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, esse número havia caído para US$ 17,8 mil. Houve, portanto, queda de 15% no período. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.

Os números vão até 2008 para a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Os valores da Penn World Table sobre a produtividade do trabalho são todos convertidos para dólares de 2005, com paridade de poder de compra (PPP). Isso significa que a diferença de custo de vida entre os diferentes países é eliminada.

Entre os 150 países da Penn World Table com dados completos de produtividade do trabalho entre 1980 e 2008, o Brasil está em 130.º em termos de desempenho neste período.

O Brasil só ganha de 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Todos os outros países africanos tiveram desempenho melhor do que o Brasil.

Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.

Comparado a outras grandes economias emergentes, ou a países sul-americanos como Argentina e Chile, o Brasil tem o pior desempenho na produtividade do trabalho entre 1980 e 2008.

A Argentina saiu de US$ 21,2 mil para US$ 24,8 mil (alta de 17%).
O Chile, de US$ 15,1 mil para US$ 27,5 mil (82%).
A China, de US$ 1,2 mil para US$ 10,9 mil (778%).
A Índia, de US$ 2,8 mil para US$ 7,8 mil (181%).
E a Coreia, finalmente, de US$ 14 mil para US$ 50 mil (256%).

Scheinkman nota ainda que, como proporção da produtividade do trabalho dos Estados Unidos, o desempenho brasileiro nas últimas décadas também é muito ruim. "Os Estados Unidos são a fronteira, e o Brasil não está se aproximando", ele diz.

(...)

Para Scheinkman, a má performance brasileira deve-se a deficiências de educação e infraestrutura, à integração ainda baixa com a economia global, à baixa absorção de tecnologia, à falta de inovação em muitos setores e às dificuldades burocráticas para formalizar ou aumentar o tamanho das empresas.

Ele nota que programas como o Simples, que aliviam a tributação para as pequenas empresas, ajudam na formalização mas se tornam um desincentivo ao crescimento. "As empresas não ganham a escala necessária para se tornarem mais produtivas, trocando-se um problema pelo outro."

Scheinkman ressalva, porém, que a agricultura é um setor em que a produtividade teve grandes avanços no Brasil. "As pessoas reclamam da agricultura, mas não percebem que ela vai muito melhor que os outros setores em termos de produtividade", ele diz.

O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, acha que uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80.

Um dos mais básicos foi a evolução da tecnologia a partir de meados dos anos 70, que começou a exigir trabalhadores com melhor qualidade educacional.

"Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos", diz Pessôa.


Fonte: Estadão

Frase

"O país que não adotar esse padrão não vai atrair investidores internacionais." Márcio Luiz Borinelli, coordenador do curso de Contábeis da USP, no Estado. Será?

Concentrando-se no Fluxo de Caixa

A Burlington Nothern Santa Fe opera a segunda mairo ferrovia dos EUA. O vice-presidente sênior, diretor financeiro e tesoureiro da empresa é Tom Hunt que afirma que em "termos gerais somosmuito orientados para fluxo de caixa". Após a fusão da Burlington Northern com a Santa Fe, a empresa passou por vários anos de pesados investimentos e fluxos de caixa negativos. Para manter-se a par da posição de caixa da empresa, Hunt fazia com que uma pevisão de caixa fosse elaborada a cada mês." Tudo cai como dominós de fluxo de caixa livre", diz Hunt,"isso nos dá alternativas. Agora mesmo, a alternativa preferida é recomprar nossas próprias ações... mas poderia ser aumentar os dividendos ou realizar aquisições de outras empresas. Nenhuma dessas coisas sequer estaria na tela do radar se não tivéssemos fluxo de caixa livre"
Fonte: Randy Myers," Crash Crop: The 2000 Working Capital Survey," CFO, agosto de 2000, pp.59-82.

Idosos usam seus cérebros com mais eficiência do que jovens

Teorias científicas e crenças populares sugerem que nosso cérebro se deteriora com a idade, tornando-se menos capaz de tomar decisões fundamentadas. Mas, na verdade, a velhice pode ser sinônimo de sabedoria.

Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens.

Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens.

As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias.

Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos.

Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral.

Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício.

Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa.

O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou.

Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi.


Fonte: Aqui.

Malária

De 108 países onde a malária é endêmica, dez estão em vias de eliminar a doença num futuro próximo, de acordo com um relatório da Roll Back Malaria ,publicado em 18 de outubro. Para muitos outros, zerar o número de mortes causados pelo parasita é um sonho distante. No entanto, isso não pode apagar o progresso realizado na última década, durante o qual as mortes por malária caíram 20% (ver gráfico). A correlação entre a redução de mortes e o dinheiro gasto é bastante forte, muito mais do que a correlação entre a ajuda convencionais e desenvolvimento econômico. Dado que melhorias na saúde, muitas vezes ocorrem antes de avanços em termos de PIB per capita;os gastos com malária podem, eventualmente, apresentar um retorno ainda maior do que até agora.




Fonte: aqui

QI não é estático

O QI de um adolescente pode aumentar ou diminuir até 20 pontos em apenas alguns anos, concluiu um grupo que examina o cérebro num estudo publicado na quarta-feira [19/10/2011] que sugere que a medida da inteligência de uma pessoa jovem não é tão fixa como se pensava.

Os pesquisadores também descobriram que mudanças no QI tiveram relação com pequenas alterações físicas em áreas do cérebro ligadas a habilidades intelectuais, apesar de eles não terem conseguido mostrar claramente causa e efeito.

"Se a descoberta for verdadeira, pode sinalizar que fatores ambientais estão mudando o cérebro e a inteligência num período relativamente curto de tempo", disse o psicólogo Robert Plomin do Kings College em Londres, que estuda a genética da inteligência e não estava envolvido na pesquisa. "Isso é um tanto surpreendente."

Há tempos no centro dos debates sobre como a inteligência pode ser medida, o QI — as iniciais significam "quociente de inteligência" — normalmente mede a capacidade mental através de uma bateria de testes padronizados da capacidade linguística, habilidade espacial, aritmética, memória e raciocínio. Um QI de 100 é considerado médio. Excluindo casos de acidentes, essa capacidade intelectual permanece constante ao longo da vida, acredita a maioria dos especialistas.

Mas as novas descobertas dos pesquisadores da University College London, divulgadas na versão on-line da "Nature", sugerem que o QI, geralmente usado para prever desempenho escolar e perspectivas de trabalho, pode ser mais maleável do que se acreditava antes — e mais suscetível a influências externas, como uso de tutores ou negligência de adultos.

"Uma alteração de 20 pontos é uma diferença enorme", disse a pesquisadora sênior do grupo, Cathy Price, do Centro do Fundo Wellcome de Mapeamento Neurológico da universidade. Realmente, pode significar a diferença entre ser avaliado na média ou ser superdotado — ou, reciprocamente, ser categorizado como abaixo do padrão.

Para melhorar o entendimento da inteligência, Price e seus colegas estudaram 33 jovens britânicos saudáveis cujos QIs variavam entre 80 e 140. Eles testaram os voluntários com exames padronizados de inteligência em 2004 e 2008, para incluir os anos de pico da adolescência, enquanto monitoravam mudanças sutis na estrutura do cérebro usando imagens de ressonância magnética.

Ao analisar o desempenho verbal e não-verbal do QI separadamente, os pesquisadores descobriram que essas facetas fundamentais da inteligência poderiam mudar de forma relevante, mesmo nos casos em que a contagem geral ficasse relativamente constante.

"Um quinto deles saltou em uma das duas direções", disse Price. Um escore de QI verbal de um adolescente subiu de 120 aos 13 anos para 138 aos 17 anos, enquanto o QI não-verbal caiu de 103 para 85. Outro QI verbal aumentou de 104 para 127 em quatro anos, enquanto o seu desempenho não-verbal permaneceu o mesmo.

A ascensão e queda dos escores de testes verbais de QI aparentemente estão ligadas a mudanças na área do cérebro ligada à fala, enquanto as variações no QI não-verbal se relacionam à região envolvida no controle motor e nos movimentos das mãos.

Nos últimos anos, cientistas determinaram que a experiência pode facilmente alterar o cérebro, à medida que as redes de sinapses neurais afloram em resposta à atividade ou murcham com a falta de uso. Quando músicos profissionais, malabaristas de circo e taxistas de Londres estudam mapas — até mesmo guerrilheiros colombianos aprendendo a ler —, todos eles exibem mudanças cerebrais ligadas ao ato de praticar uma ação, relataram vários estudos de imagens do cérebro.

Mas, até agora, pesquisadores consideravam a inteligência geral muito básica para ser afetada por tais ajustes neurais relativamente pequenos. Price e seus colegas não sabem o que causou as mudanças no cérebro e nos escores que eles documentaram, mas especularam que podem ser resultado de experiências de aprendizado.

Diversos especialistas do cérebro disseram que as mudanças poderiam também refletir um ritmo normal de crescimento e mudanças nos QIs poderiam ser causadas pelo desempenho inconsistente no teste.

As variações podem também indicar que o teste de QI em si pode ter falhas. "Pode ser um verdadeiro indício de como a inteligência varia ou pode significar que nossas medidas de inteligência são inconstantes", disse o pioneiro em imagem cerebral B.J. Casey, da Faculdade de Medicina Weill, da Universidade Cornell, que não participou do estudo.

"Um aspecto importante dos resultados é que as habilidades cognitivas podem aumentar ou diminuir", disse o especialista em psicometria da Universidade Estadual de Oklahoma, Robert Sternberg, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia que também não participou do estudo. "Aqueles que são mentalmente ativos provavelmente vão se beneficiar. Os preguiçosos, que não se exercitam intelectualmente, vão pagar o preço."


Fonte: WSJ