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15 fevereiro 2011

Por que as pessoas têm preconceito contra a Wikipedia?

É muito comum escutar a recomendação para não usar a Wikipedia em citações de trabalhos acadêmicos. A principal razão é que a Wikipedia é uma enciclopédia aberta, onde qualquer pessoa pode fazer sua contribuição. Isto torna a Wikipedia sujeita a erros, já que não teríamos especialistas fazendo os verbetes. Mas pesquisas já mostraram que o nível de erro da Wikipedia iguala-se as melhores enciclopédias (aqui e aqui), apesar de alguns verbetes, em especial de empresas e pessoas famosas, o conteúdo ser enviesado. Provavelmente a principal razão para não se usar a Wikipedia não seja válida.

Outro argumento usado é que a Wikipedia pode ser alterada a qualquer momento. Assim, uma informação de um verbete, que foi usada para construir uma pesquisa, pode ser retirada da enciclopédia a qualquer momento. Observe que este problema, apontado como se fosse exclusivo da Wikipedia, é abrangente para toda informação que capturamos da internet. Ou seja, não convence numa argumentação.

Terceira possibilidade para o preconceito diz respeito ao fato da Wikipedia contribuir para a preguiça acadêmica. Os professores preferem que seus alunos trabalhem um pouco mais os conceitos, confrontando as fontes. A Wikipedia resume tudo num verbete, impedindo o aprofundamento da pesquisa. Isto realmente pode ser verdade, mas não surgiu com a Wikipedia. O aluno preguiçoso sempre existiu, não sendo criação da enciclopédia.

Uma pesquisa recente (citada aqui) mostrou que os estudantes estão usando a Wikipedia como uma pré-pesquisa. Ou seja, para começar a conhecer melhor o tema eles usam a enciclopédia. Mais ainda, sabendo que a autoridade da Wikipedia como "argumento de autoridade" é questionada nas universidades, eles geralmente não fazem citação da enciclopédia. Ou seja, ela está sendo usada como um primeiro filtro. Se isto está ocorrendo, é necessário melhorar o conteúdo da Wikipedia. E isto é assustador. Observe, por exemplo, o que o verbete da Wikipedia dizia sobre "receita", um conceito fundamental para a contabilidade: "é a entrada monetária que ocorre em uma entidade (Contabilidade) ou patrimônio (Economia), em geral sob a forma de dinheiro ou de créditos representativos de direitos. Nas empresas privadas a receita corresponde normalmente ao produto de venda de bens ou serviços (chamado no Brasil de faturamento). Classificam-se em operacionais e não-operacionais." O conceito não está de acordo com a Estrutura Conceitual, confunde receita com faturamento e apresenta uma classificação que não é mais utilizada. Isto tudo em três frases.

Assim, em lugar de criticar a Wikipedia, os professores deveriam trabalhar para melhorar a Wikipedia no seu papel de pré-pesquisa.

A Administração faz Diferença

Apesar de a administração ser enfatizada nos cursos para executivos, nos livros e na imprensa econômica, existe pessoas que são céticas quando a sua relevância. Existem pelo menos duas boas razões para que isto ocorra: é difícil mensurar os efeitos da administração, mantendo todas as variáveis constantes; e as práticas de excelência podem mudar no tempo e no espaço.

Cinco pesquisadores resolveram fazer um teste interessante para tentar mostrar a importância da administração (Does Management Matter? Evidence from India; Nicholas Bloom; Benn Eifert; Aprajit Mahajan; David McKenzie; e John Robert). Usando dados de grandes empresas têxteis da Índia, os autores dividiram o grupo analisado em dois grupos. Um grupo recebeu cinco meses de consultoria e acompanhamento intensivo de uma empresa de consultoria internacional. No primeiro mês foi feito o diagnóstico, para determinar as oportunidades de melhoria; nos meses seguintes, aplicaram-se as orientações. O segundo grupo só recebeu o diagnóstico.

Encontrou-se que a adoção das técnicas administrativas aumentou a produtividade (11%) e o lucro. Os autores perguntam: se a administração faz diferença, por que técnicas administrativas não são empregadas mais constantemente?

Auditores na Europa

O comissário de Mercado Interno da União Europeia, Michel Barnier, disse em conferência em Bruxelas que terão de ser promovidas mudanças na forma como a profissão funciona, especificamente para assegurar sua independência e tornar o mercado por seus serviços mais competitivo. (...)

Barnier delineou áreas gerais de preocupação, entre as quais o papel dos auditores e até que ponto esse papel deve ir além da tarefa restrita à empresa sendo auditada e seus investidores, estendendo-se também a clientes, funcionários e autoridades reguladoras.

Outro foco deverá ser a independência da profissão. Entre as possíveis formas de avanço nessa área, segundo Barnier, podem ser incluídas restrições ao grau de combinação permitido entre as funções de auditoria e não auditoria que essas empresas detêm; uma rotatividade regular das firmas de auditoria que cuidam das contas de uma empresa; leilões regulares e abertos de concorrência; e um maior papel para as comissões de auditoria das empresas na seleção das empresas de auditoria.

Uma terceira área em análise, acrescentou Barnier, é determinar como possibilitar mais opções no mercado de auditoria, dominado pelas quatro grandes firmas internacionais, Deloitte, PwC, Ernst & Young e KPMG.

Nessa questão, o comissário disse que as ideias apresentadas em resposta ao recente documento para discussão elaborado por Bruxelas trouxeram à luz várias possibilidades.

As opções vão desde determinar um limite para a participação de mercado das grandes firmas de auditoria no trabalho com as empresas de capital aberto até uma auditoria conjunta, em que o trabalho seria divido por duas firmas, com uma delas não sendo necessariamente uma das quatro grandes.

Fonte: Valor Online - Via Blogabilidade

Somente através de uma medida num mercado como o europeu será possível reduzir o oligopólio do setor de auditoria. Devemos lembrar que nos Estados Unidos, na década de oitenta, existia basicamente uma empresa de telefonia, a AT&T. Em 1982 o Departamento de Justiça ordenou a divisão da empresa em empresas menores, denominadas Baby Bells. Anteriormente, em 1911, o regulador interferiu no mercado de petróleo, forçando a divisão da Standard Oil. A história mostra que é possível o regulador interferir no mercado.

Bruxos

Na Romênia, a atividade de bruxaria é tão popular que o governo resolveu taxar os serviços prestados pelos profissionais. Isto naturalmente gerou uma revolta entre os bruxos. Agora um novo projeto prevê permitir punição para os erros nas previsões, incluindo multas e prisão. Mas, como pergunta o Freakonomics, será que todos os adivinhos estarão sujeitos a esta lei?

Efeito sobrenome

Pessoas cujo sobrenome começa com letras mais próximas ao fim do alfabeto reagem mais rapidamente à oportunidade de comprar algo do que aquelas cuja inicial está perto da letra A, segundo um estudo recente sobre o comportamento do consumidor.

Esta característica parece partir do sobrenome de solteiro das pessoas, e não do eventual nome que adotarem depois de casadas.

Por este motivo, os autores do estudo levantam a hipótese de que este comportamento pode ser uma reação à forma como o mundo é ordenado durante a infância - como na escola, por exemplo, onde crianças com sobrenomes começados em 'Z' estão sempre no final da fila, enquanto as que tem sobrenomes começados com 'A' ficam no começo.

Pesquisadores das faculdade de Gestão Empresarial das universidades americanas Georgetown e Nashville apresentaram ofertas por tempo limitado a quatro grupos de estudantes universitários, e descobriram que quanto mais perto ao fim do alfabeto fosse a inicial do sobrenome dos participantes, mais rápido compravam.

"Nosso argumento é de que as crianças desenvolvem tendências de resposta para gerir as desigualdades que surgem pelo uso dado ao Z em seu ambiente", indica o estudo, publicado na edição de janeiro da revista científica sobre consumo Journal of Consumer Research.

"Os consumidores que estão no final do alfabeto querem ter certeza de que serão os primeiros da fila. As crianças do final do alfabeto agem rapidamente quando o sobrenome não é uma variável", observa o texto.

"Do mesmo modo, aqueles cujos sobrenomes estão no começo do alfabeto estão tão acostumados a serem os primeiros que não se interessam tão rápido pelas oportunidades individuais, e comprarão 'mais tarde'".

O "efeito sobrenome" pode ser útil para diretores de marketing e vendedores, afirmam os pesquisadores Kurt Carlson e Jacqueline Conard.

É possível, por exemplo, elaborar bases de dados ou selecionar usuários do Facebook, cujos sobrenomes comecem com uma letra próxima ao fim do alfabeto e vender melhor ofertas limitadas de produtos disponíveis por curtos períodos de tempo.

Os pesquisadores consideram "letras próximas do final do alfabeto" as que vão de R a Z.
Cabe ressaltar que, no Brasil, o estudo precisaria levar em consideração o fato de que a grande maioria das escolas costuma identificar e organizar as crianças pelo prenome ou nome de batismo, e não pelo sobrenome.

Pessoas com sobrenome começando com Z compram mais que as que começam com A - Por AFP

Convergência

Três estudos interessantes foram apresentados no Congresso da Anpcont, que se realizou em Natal em 2010.

Três doutorandos (Bruno Fernandes, Diogo Lima e Eduardo Vieira), juntamente com o Jorge Katsumi Niyama, todos do Programa Multi, fizeram uma pesquisa entre 190 docentes dos cursos de graduação de contabilidade no Brasil. A percepção dos docentes é que a convergência é importante, já que reduziria os custos de elaboração das demonstrações contábeis e melhoria a inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Entretanto, o fato da profissão contábil não ser relevante pode ser um obstáculo. É interessante notar que os docentes sentem-se preparados para lecionar (excesso de otimismo?), mas as instituições de ensino não estão.

Vinicius Lima, em conjunto com Gerlando Lima, Iran Lima e Luiz Carvalho, todos da Universidade de São Paulo, estudaram os benefícios econômicos que induzem a convergência. As empresas maiores, voltadas ao mercado externo e que possuem maior necessidade de financiamento, são mais propensas a adotar as novas normas.

Jorge Katsumi, Paulo Cavalcante e Isabelle Rezende discutem a área de construção civil, através de um estudo de caso. Analisando os efeitos do reconhecimento da receita e a confrontação da receita, comparando as normas brasileiras, do Fasb e do Iasb, os autores mostraram as potenciais distorções que podem ocorrer. É sempre bom lembrar que a área de construção civil é uma das mais afetadas pela convergência internacional.

Economistas publicando


O gráfico mostra a divisão na publicação de economistas em periódicos internacionais, entre 1991 e 2006. Reduziu a parcela de publicação dos economistas da América do Norte, leia-se Estados Unidos, principalmente, e aumentou da Europa (de 24% para 38%) e Ásia (de 3,4% para 7,7%).

Do céu ao inferno

Em 2006 VSP Gupta recebeu o “Recognition of Commitment Award (ROC)” do “The Institute of Internal Auditors, USA (IIA)”. Segundo a empresa que empregava Gupta, era um reconhecimento das melhores práticas adotadas pelo auditor interno. É isto, Gupta era auditor interno.

Hoje, Gupta está preso em razão da fraude contábil ocorrida na Satyam.Ele era diretor de auditoria interna e a prisão ocorreu em novembro de 2010.

Auditoria x Fraude

Há quem pense que auditores são investigadores, cuja missão é desvendar fraudes e conluios criminosos. Auditores são por vezes acusados de não terem detectado fraudes praticadas em empresas cujas demonstrações contábeis lhe são submetidas a exame. Existe, porém, uma enorme diferença entre auditar demonstrações financeiras e investigar (ou tentar descobrir) fraudes.

O objetivo de uma auditoria de demonstrações financeiras é verificar se, na opinião dos auditores que a realizam, elas representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da empresa, considerando elementos tais como os seus resultados, o fluxo de caixa e outros, e se a contabilidade está de acordo com princípios aceitos. O objetivo de uma investigação de fraude é determinar sua eventual ocorrência, seus autores, o modo como foi perpetrada, quem dela se beneficiou. O simples enunciado dos objetivos da auditoria e os da investigação demonstra que as atividades não guardam relação entre si.

Uma investigação de fraude parte do pressuposto de que há - ou existem suspeitas de que ocorreu - uma prática irregular, um fraudador, uma ilegalidade. Uma auditoria parte do pressuposto de que é necessário conhecer a empresa, suas metas, práticas contábeis, controles, sua administração e adotar os procedimentos apropriados para avaliar as demonstrações financeiras.

Se no curso do trabalho de auditoria for encontrada uma fraude, o auditor deve tomar diversas providências. Mas o objetivo do seu trabalho não é esse. O que se espera do auditor é uma segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro.

Ao auditar demonstrações financeiras, portanto, o auditor não investiga possíveis fraudes: o que almeja é uma segurança razoável de que não há distorções decorrentes de erro ou fraude. Esta segurança razoável - e não absoluta - é obtida por meio dos procedimentos estabelecidos para os trabalhos de auditoria, sobre os quais não nos aprofundaremos, e pela postura de ceticismo, que o auditor deve adotar em seu trabalho.

Limites de trabalho. Existem limites sobre o quanto o auditor consegue levantar em seu trabalho. A Resolução CFC n.º 1.203/09 e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC 200) tratam do assunto, estabelecendo que "existe a possibilidade de que a administração ou outros possam não fornecer, intencionalmente ou não, as informações completas que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis ou que tenham sido solicitadas pelo auditor".

Dizem, ainda, que "a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados para sua ocultação. Portanto, os procedimentos de auditoria aplicados para coletar evidências de auditoria podem ser ineficazes para a detecção de distorção relevante que envolva, por exemplo, conluio para a falsificação de documentação que possa fazer o auditor acreditar que a evidência de auditoria é válida quando ela não é".

Por fim cabe lembrar que, nos termos da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n.º 836/99, substituída pela norma citada acima, que havia aprovado a Norma Brasileira de Contabilidade 11-IT-03, a respeito de Fraude e Erro, não cabe ao auditor a responsabilidade por prevenir fraudes ou erros. O conceito de que o auditor não tem a responsabilidade por detectar fraudes é hoje aceito sem divergências.

Assim, todos os que se debruçam sobre o trabalho do auditor, ou buscam a sua opinião a respeito de demonstrações financeiras, entendem que ele não é responsável por desvendar fraudes. Portanto, não se pode esperar que uma auditoria de demonstrações financeiras descubra tais irregularidades, principalmente quando realizadas pela própria administração da entidade auditada. Espera-se, sim, que o auditor realize o seu trabalho com diligência e cuidado, seguindo as regras da profissão.

Fraude. Aliás, o próprio Poder Judiciário já se manifestou sobre o assunto, ao decidir sobre um caso de fraude ocorrido em um banco. Ao analisar a responsabilidade civil de uma auditoria sobre o desvio de verbas feito por funcionários, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu: "Não houve descumprimento da obrigação contratual, já que o trabalho de auditoria não representa garantia total para a cobertura de irregularidades. Ademais, o prejuízo experimentado foi em decorrência da ação direta e fraudulenta dos prepostos do Banco e não da conduta da empresa auditora." O pedido de indenização foi considerado, assim, improcedente.

Ou seja, no caso concreto examinado à época restou decidido que em caso de desvio ou fraude cometida pelos prepostos (funcionários) do banco, a empresa de auditoria não poderia ser responsabilizada por qualquer forma, porque tão elevada era a culpa dos administradores do banco que acabou por absorver qualquer eventual conduta omissiva por parte dos auditores.

Isso significa que o direito brasileiro não admite a pretensão de se punir aquele cuja atenção, em procedimento de auditoria de instituição financeira, foi flagrantemente ludibriado por outrem que tinha por dever antecedente o ato de fornecer ao primeiro informações, dados e documentos de indiscutível autenticidade.

Auditar não é investigar - 14 de fevereiro de 2011 | Eduardo Amaral Gurgel Kiss - O Estado de S.Paulo

14 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Como mentir melhor e o seriado Lie to me


Dica de Mariana, grato

Teste 430

O teste de hoje é para o amante do futebol. É um conjunto de questões sobre a contabilidade no ludopédio.

Quantas vezes o nome Brasil aparece no relatório da Deloitte sobre o Negócio do Futebol?

a) Nenhuma vez; b) Cinco vezes; c) Dez vezes

Qual o maior salário do futebol brasileiro?

a)Deco – Fluminense; b) Ronaldo – Corinthians; c) Ronaldo – Flamengo

Qual o valor do maior salário do futebol brasileiro?

a) R$1,8 milhão; b) R$1,2 milhão; c) R$550 mil

Qual o maior salário do futebol mundial?

a) Cristiano Ronaldo – Real Madrid; b) Messi – Barcelona; c) Wayne Rooney – Manchester United

Quando se compara o maior salário do futebol mundial com o maior do futebol brasileiro, a diferença é de:

a)28% ; b) 52%; c) 123%

Quando se considera, além do salário, os contratos com patrocinadores, o jogador que mais recebe é:

a)Cristiano Ronaldo; b)David Beckham; c) Kaká

Qual o clube mais valioso do mundo?

a)Arsenal; b)Manchester United; c)Real Madrid

Em termos de receitas, o Real Madrid é o principal clube do mundo. A principal fonte de receita dos Los Blancos é:

a) Comerciais; b) Direitos de televisão; c) Ingressos

O clube de futebol que mais obteve receita com ingressos arrecadou, aproximadamente,

a) R$300 milhões; b)R$200 milhões; c) R$100 milhões

O clube que teve a maior receita mundial com direitos de televisão foi

a)Barcelona; b)Milan ; c) Real Madrid

Resposta do Anterior: Manchester City versus Chelsea. Fonte: Wall Street Journal. The Most expensive game in history

Links

Filme sobre a crise financeira (e um jovem analista que examina a contabilidade) disputa festival em Berlim

vídeo: o Brasil é a próxima potência?

A Imagem média das mulheres de diversos países

Por que não fazer no Brasil? Ranking dos dados econômicos

O mercado milionário dos concursos públicos

Banqueiros brasileiros e o risco moral

Depressão pós-férias (dica de A. Alcantara)

Comparando a produção científica de Stanford e USP (dica de Pedro Correia)

Por que os jogadores de futebol chamam o técnico de “professor”?

Os jogadores são cultos e conhecem o significado das palavras. Professor, segundo o dicionário também quer dizer “aquele que transmite algum ensinamento”. Imagina-se que no alto da sabedoria, os treinadores transmitem muito conhecimento aos seus pupilos. Além disto, professor tem como sinônimo uma pessoa “muito versada ou perita em alguma coisa”. Que é o caso dos nossos treinadores de futebol.

Admiração

A revista Barron´s (via aqui e aqui) escolheu as cem empresas mais admiradas. Em primeiro lugar, a Apple (primeira também em 2010). Depois Amazon, Berkshire Hathaway, IBM, McDonald´s, Google, 3M, Coca-Cola, PepsiCo e Procter & Gamble, nesta ordem.

Faço os seguintes destaques na lista da revista:

1. Em 34º. lugar a cervejaria belga Anheuser-Busch Inbev, que no ano anterior estava em 37º.
2. A empresa Toyota caiu do 6º. para o 47º. lugar, em razão dos problemas com seus automóveis
3. A Vale, empresa brasileira, que ocupava o 72º. Lugar, agora é 53º. Outra brasileira é a Petrobrás, em 62º. (em 2010 era 59º.)
4. Entre as mais admiradas, Philip Morris International, fabricante de cigarros.
5. Enquanto a lista da Fortune (vide aqui) apresentava cinco empresas de contabilidade, entre as cem, como melhores para se trabalhar, na listagem das mais admiradas não constava nenhuma delas.

Caixa e Panamericano

Ao contrário do que previram inicialmente alguns otimistas, o problema do Panamericano irá afetar também a Caixa Econômica Federal (e, por conseqüência, o bolso do contribuinte). As estimativas falam agora entre 8 a 10 bilhões de reais (provavelmente será maior do que este valor). Este aporte será sob a forma de aquisição das carteiras de crédito, segundo informação da imprensa.

Ao mesmo, para justificar o erro cometido no passado, quando resolveu comprar ações da instituição financeira de Silvio Santos, a Caixa decidiu abrir um processo contra as empresas de auditoria. (Aqui uma notícia desencontrada da imprensa: o Brasil Econômico, além da Reuters, afirmou que seria a KPMG e a Deloitte; a Folha falou na KPMG e o Banco Fator;

Os resultados do Panamericano irão aparecer nas demonstrações contábeis da Caixa no primeiro trimestre.

Fonte: Aqui, aqui e aqui

Indexação

Mais de 40% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe são de produtos ou serviços que, de alguma forma, levam em consideração aumentos da inflação passada em seus reajustes, formal ou informalmente. No caso do IPCA, o peso desses itens é de 46% e no IPC-Fipe é de 44%, apontam estudos da Tendências.

"A indexação da economia já foi muito maior", afirma o sócio da consultoria, Juan Jensen, destacando que, em períodos de escalada inflacionária, o ímpeto dos agentes econômicos de indexar preços é retomado.

Bráulio Borges, economista chefe da LCA Consultores, ressalta também que, neste ano, os preços carregam uma "herança maldita de 2010" num momento ruim como o atual, em que as commodities estão em alta. Isto é, a referência para os reajustes neste ano é o IPCA do ano passado, que atingiu 5,91%. Esse parâmetro é bem superior ao de 2010, que havia sido de 4,3%: a inflação acumulada em 2009.

Nas contas de Borges, para um IPCA estimado em 5,2% para este ano, os preços dos serviços livres devem subir 7,7%, praticamente a mesma variação registrada em 2010 (7,6%) por causa da "herança maldita". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Peso da indexação na inflação passa de 40% - 13 de fevereiro de 2011 Estado de São Paulo

13 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio




Dilbert, 18 de maio de 2005

A expansão da tecnologia

A série de gráficos abaixo mostra a expansão da imprensa, desde a sua invenção (aprox 1440, por Gutemberg) até 1500. Lembrando que o primeiro livro de contabilidade impresso foi publicado em 1494, em Veneza, na Itália. A imprensa já existia na Itália na década de 1460. Ou seja, levou mais de 30 anos para que a primeira obra de contabilidade fosse publicada.










Maior empresa de auditoria

Um leitor pergunta qual a maior empresa de auditoria.

Esta é uma resposta difícil, (1) já que existem diversos critérios para determinar o que seria "maior"; (2) não foi especificado se no Brasil ou no mundo.

No Brasil a resposta é mais difícil, já que não temos a receita das empresas, variável que tradicionalmente mede a "maior" empresa. Por este motivo, a listagem no Brasil costuma destacar as empresas que auditam as companhias de capital aberto.

Além disto, as empresas de auditoria não consideram as suas filiais como parte da empresa matriz, principalmente quando a filial apresenta problemas. (Vide o caso da Índia, da empresa Santyam e a Price)

Usando como aproximação o número de empregados as maiores empresas de auditoria seriam: Deloitte, Price e Ernst & Young, nesta ordem.

12 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Pecados na Produção Científica

Pecados na Produção Científica - por Isabel Sales

Você sabia que se você formular um problema de pesquisa o qual eu possa responder com um simples “não” diminui a qualidade do seu trabalho? Você sabia também que nas conclusões de sua pesquisa você não pode, na tentativa de valorizá-la, acrescentar informações que não foram trabalhadas ao longo do trabalho?

Ano passado recebi uma indicação de leitura do professor Cláudio Santana que vale a pena ser repassada: Produção Científica em Contabilidade no Brasil: Dez “Pecados” Mais Frequentes.

Os professores Martins e Theóphilo ressaltaram a importância de um artigo bem escrito, bem como os erros que podem prejudicar seriamente sua qualidade:

1. Não atendimento de quesitos fundamentais do assunto-tema-problema: o tema de estudo deve ser importante, original e viável. Não se norteie apenas por um trabalho que seja “publicável”.

2. Inadequação na elaboração do problema de pesquisa: um exemplo de problema de pesquisa mal formulado é aquele que pode simplesmente ser respondido por um “sim” ou “não”; ou que acrescentam algum juízo de valor a pergunta (isso é melhor que aquilo?).

3. Trabalhos sem passado: trabalhos que não apresentam as discussões relevantes sobre o tema ou como o debate se encontra no estágio atual.

4. Trabalhos nem abrangentes, nem aprofundados: uma pesquisa tem que privilegiar um ou outro. Um levantamento, por exemplo, será abrangente. Já de um estudo de caso espera-se aprofundamento.

5. Inadequação na sustentação teórica do estudo: um trabalho precisa de um referencial teórico robusto.

6. Inadequação na utilização das fontes que dão apoio ao estudo: uma pesquisa científica deve utilizar fontes diversas. (Não utilize apenas livros ou leis. Baseie-se em dissertações e teses, assim como artigos científicos publicados em bons periódicos. Se você utilizar a internet da sua Universidade provavelmente terá acesso, por meio do portal de periódicos da Capes, aos journals internacionais que a princípio cobram por seu conteúdo).

7. Pouca atenção para com aspectos de confiabilidade e validade dos estudos.

8. Crença na auto-explicação dos testes estatísticos.

9. Deficiências na enunciação das conclusões dos estudos: muitas vezes são acrescentadas às conclusões análises que ultrapassam o que foi observado no desenvolvimento da pesquisa.

10. Pecado coletivo: é necessário que os pesquisadores não sigam tanto um modelo predeterminado e ousem um pouco mais.

O artigo mencionado foi publicado pela Editora Atlas no livro “Educação Contábil: Tópicos de Ensino e Pesquisa”, organizado por Jorge Lopes, José Ribeiro Filho e Marcleide Pederneiras.

Similaridade na pesquisa

Informa Pedro Correia: pesquisa realizada na universidade de Stanford mostra as semelhanças entre a linguagem utilizada nas teses de doutorado entre os departamentos da universidade. Não aparece departamento de contabilidade. Não obstante, acredito que esteja inserido na escola de negócios. Contudo, é interessante a animação e o estudo realizado. Segue o link.

Aqui o resumo:

The Stanford Dissertation Browser is an experimental interface for document collections that enables richer interaction than search. Stanford's PhD dissertation abstracts from 1993-2008 are presented through the lens of a text model that distills high-level similarity and word usage patterns in the data. You'll see each Stanford department as a circle, colored by school and sized by the number of PhD students graduating from that department.
When you click a department, it becomes the focus of the browser and every other department moves to show its relative similarity to the centered department. The similarity scores are computed using a supervised mixture model based on Labeled LDA: every dissertation is taken as a weighted mixture of a unigram language model associated with every Stanford department. This lets us infer, that, say, dissertation X is 60% computer science, 20% physics, and so on. These scores are averaged within a department to compute department-level statistics (the similarities shown), and need not be symmetric. For instance, Economics dissertations at Stanford use more words from Political Science than vice versa. Essentially, the visualization shows word overlap between departments measured by letting the dissertations in one department borrow words from another department. Which departments borrow the most words from which others? The statistics are computed for each year in the data.

11 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Deus e a guerra

Links

Modelo de risco, decimais e efeito sobre o mercado

O brasileiro deve-se acostumar aos apagões, diz a The Economist

Aposta do BTG Pactual no varejo

Apps para Economistas

Hip Hop inventou a música moderna (e a maneira de ganhar dinheiro no mundo virtual)


É ciência: vencedora do Oscar de melhor atriz tem 1,68 mais chances de separação. A favorita do ano é Portman

Google Earth está ajudando os arqueólogos a descobrir sítios para pesquisar

As empresas de sucesso podem ser complacentes com o sucesso e criar grupos de pressão que são avessos à mudança: o caso da Nokia

Por que nós usamos Cartões de Débito e não Cartão de Crédito?

Quando nós fazemos nossas compras podemos pagá-las com dinheiro, cartões de débito ou cartão de crédito. Se não existir nenhuma diferença entre o preço nas diferentes modalidades, o cartão de crédito é mais vantajoso. A razão disto é o valor do dinheiro no tempo: é preferível pagar amanhã uma despesa a pagar hoje. Entretanto, mesmo com as alternativas, alguns consumidores insistem em efetuar o pagamento no cartão de débito.

As possíveis explicações são as seguintes. Primeiro, as pessoas possuem uma contabilidade mental, em que algumas despesas são destinadas a serem pagas através do cartão de crédito (viagens, por exemplo) e outras com cartão de débito (pagamento de combustível). Esta separação provavelmente deve ajudar no planejamento e controle financeiro.

(Isto também ajuda a explicar por que algumas pessoas pegam um empréstimo no banco, pagamento juros de 4% ao mês, mas não usam os recursos existentes na caderneta de poupança, que rendem 0,6% ao mês. A contabilidade mental do indivíduo impede de “mexer” na caderneta de poupança)

Segundo lugar, as pessoas gerenciam os fluxos futuros. Sabendo que no futuro existirão despesas elevadas, uma forma de evitar gastos é usar agora o cartão de débito, deixando o cartão de crédito como uma reserva financeira. Assim, no início do ano existem muitas despesas (material escolar, impostos, etc) e neste momento o cartão de crédito pode ser utilizado até que a situação financeira volte ao normal.

Terceiro lugar, algumas pesquisas já mostraram que o uso do cartão de crédito induz a um maior consumo. Uma pequena parcela dos consumidores sabe disto e evitam o uso de cartão. Outra, talvez tenha uma intuição de que isto seja verdadeiro e adotam a mesma atitude.


Leia Mais: Why Do We Use Debit Cards when Credit Cards Make More Sense?

Teste 429

Ainda sobre esportes, o teste de hoje é simples. Estas duas equipes, quando se defrontam, possuem a maior folha de pagamento do esporte mundial. São 900 milhões de dólares num campo quando ocorre a seguinte peleja:

Manchester City versus Chelsea
New York Yankees versus Boston Red Sox
Real Madrid versus Barcelona

Resposta do Anterior: os 442 milhões são de receitas. Além disto, confundiram receita com rentabilidade. Fonte: Isto é dinheiro

Mais dados sobre o futebol europeu

=> Apesar da crise, o mercado europeu de futebol cresceu para 15,7 bilhões de euros em 2008/2009.
=> Os salários dos 92 clubes britânicos de futebol ultrapassou a 1,8 bilhão de libras em 2009/2009. Um aumento de 191 milhões ou 12%.
=> No período, somente a liga inglesa e a alemã obtiveram lucro. Entretanto, enquanto Arsenal, Liverpool e Manchester United tiveram lucro de 196 milhões de libras, outros 14 clubes da Primer League apresentaram prejuízos operacionais de 117 milhões.
= > Manchester City gastou 138 milhões de libras (gasto líquido de 125 milhões) na aquisição de jogadores. Somando o investimento em infra-estrutura, o valor que Mansour Bin Zayed Al Nahyan gastou chega a 440 milhões de libras. Já o seu rival, Manchester United, vendeu Cristiano Ronaldo e teve uma receita de 80 milhões de libras.

Fonte: The Telegraph (Dados específicos do Manchester United, aqui)

Os ricos dos futebol


O gráfico mostra os maiores clubes de futebol, por receita. Pelo sexto ano o líder é o Real Madrid, com faturamento de 438 milhões de euros. O Barcelona, campeão no campo, aparece em segundo. O total dos dez maiores chega a 2,93 bilhões de euros. Segundo o Brasil Econômico

Os 20 primeiros clubes da lista estão nas maiores ligas de futebol do mundo: Inglaterra (7), Itália (4), Alemanha (4), Espanha (3) e França (2)

O Manchester United, terceiro da lista, está abrindo um escritório em West End, em Londres.

Efeito das IFRS

(...) Estudo inédito da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Eaesp-FGV) diz que, assim como na primeira etapa do processo de convergência contábil, implementada em 2008, quando entrou em vigor a Lei 11.638, essa nova fase de migração para o IFRS completo trará, na média e em termos consolidados, crescimento expressivo no lucro líquido.

A conclusão reforça a tese de que a contabilidade antiga brasileira, na tradição da Europa continental e com forte influência do Fisco, era conservadora em comparação com as práticas usadas nos países de origem anglo-saxã. [1]

A partir de agora, em tese, os balanços vão tratar melhor os acionistas, em detrimento dos credores [2]- não só pelo efeito imediato em que os lucros maiores elevam base de distribuição de dividendos [3], mas principalmente porque haverá mais informação que interessa ao investidor [4] e os valores estarão mais perto da realidade [3].

(...) A pesquisa apontou que a segunda etapa de adoção das normas internacionais elevou o resultado líquido das empresas, na média, em 33% em 2007 e em 20% em 2008 [5]. No primeiro momento do processo de transição, em 2008, o efeito já havia sido positivo em 31% e 10%, respectivamente. (...)

Não são apenas os lucros que devem crescer com a adoção do padrão contábil IFRS. As notas explicativas que acompanham os balanços também aumentarão de forma significativa e, em muitos casos, vão dobrar de tamanho, afirma Bruce Mescher, sócio de auditoria da Deloitte e especialista em normas internacionais de contabilidade. (...)

Balanços da Nova Era Dão Mais Lucro - Valor Econômico Fernando Torres

[1] Considerando que no longo prazo os valores são iguais, não faz muito sentido esta afirmação.
[2] A segunda parte da frase não condiz com a primeira.
[3] Veja, com respeito a isto, reportagem do mesmo jornal, comentada aqui no blog.
[4] é questionável esta afirmação. A informação que interessa ao investidor já é divulgada. O que muda são os valores. Mas ninguém fez uma pesquisa para constatar isto.
[5] Esta afirmação só possível de ser feita com o ceteribus paribus. Ou seja, seria necessário manter tudo mais constante e verificar o efeito da adoção. Mas isto não ocorreu: neste período a economia cresceu, por exemplo, que impede de separar, efetivamente, a parcela decorrente da adoção das normas dos outros fatores. Entretanto, apesar disto, a adoção das normas internacionais em outros países realmente incrementou o resultado.

10 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 428

Veja o seguinte trecho, publicado numa revista da área financeira:

O Real Madrid [clube de futebol] fechou 2010 com E 442,3 milhões em caixa, segundo estudo da Crowe Horwath RCS. A maior fatia da receita, 35%, saiu dos direitos de transmissão de jogos e site com conteúdo pago. Outros 33% saíram do bolso dos torcedores com compra de ingressos para os jogos. O marketing do time, um dos mais eficientes do mundo da bola, respondeu por 32% da renda. É, diz a Crowe, o clube mais rentável do mundo. E eles ainda têm o José Mourinho!

O que existe de errado no trecho?

Resposta do Anterior: Casas Bahia, Unilever, Hyundai e Ambev. Fonte: Isto é Dinheiro

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Outra razão para tomar cerveja

O indicador do Super Bowl

Anúncios no Super Bowl e o mercado acionário

Caldas Novas (GO) irá sediar torneio internacional de Xadrez

Os números da era Agnelli na Vale

Construtoras brasileiras e as doações nas eleições do Peru

Valor da inovação: caso do iPhone, com estimativa de 30 bilhões, sendo 25% referente as patentes

Erros comuns nas apresentações

Como a AIG caiu

Por que os professores contadores são tão conservadores?

Na vida acadêmica, os professores de contabilidade são “caretas”, com respeito às posições sociais. Ou, reacionários, conforme um termo mais comum.

Uma possível explicação para isto é que de uma maneira geral os professores são mais liberais que a maioria da população. Tendem a apoiar temas como homossexualidade, aborto, defesa dos índios, reforma agrária, governo Chavez etc. Assim, o parâmetro do professor acadêmico faz com que uma pessoa “do centro” seja visto, dentro do ambiente acadêmico, como reacionário. Mesmo que o professor de contabilidade seja mais liberal que a média da população, dentro do ambiente acadêmico será visto como reacionário. É uma questão de parâmetro.

Outra explicação está no próprio objeto de trabalho. Um professor de contabilidade está ensinando algo relacionado a lucro, acionista, investidor, aumento de receita e outras coisas mais. É difícil imaginar alguém que não acredita no lucro ensinando contabilidade. E se o professor ensinar finanças, a posição a favor do mercado, e contra a participação do estado na economia, é mais acentuada.

Ilusão de ótica

O sítio Mighty Optical Illusions dedica-se a apresentar desenhos, fotos e outros que possam induzir a uma ilusão de ótica. Abaixo um exemplo: a figura apresenta o Wolverine ou dois Batmans ?

Discurso do Futuro presidente do Iasb III


Apesar das aparências que as regras são feitas por um punhado de europeus influentes que gostam de brincar com regras de contabilidade, ele insistiu que o IASB é um grupo multinacional em que todos têm o que dizer. Ou melhor, ele insistiu que ele vai tentar garantir que o IASB seja percebido como tal

What’s on Incoming IASB Chairman Hans Hoogervorst’s Plate? - ADRIENNE GONZALEZ – Going Concern

Discurso do Futuro presidente do Iasb

A seguir, as palavras mais usadas no discurso do futuro presidente do Iasb:

Wordle: Hans hoogervorst addresses

A figura mostra a importância da palavra transparência. Destaco também a palavra estabilidade.

Discurso do Futuro presidente do Iasb II

O futuro presidente do Iasb, Hans Hoogervorst, falou em Bruxelas sobre objetivos das demonstrações contábeis para o European Commission Conference on the Financial Reporting and Auditing. O discurso inicia-se com duas questões que, segundo HH, dominou os debates nos últimos três anos: quem é o usuário preferencial?; e as demonstrações devem servir para transparência ou para estabilidade financeira?

Quanto a primeira pergunta, do usuário preferencial, HH afirma que a discussão é se as demonstrações são para os investidores ou devem servir a um público mais amplo, incluindo reguladores. (Aqui, a citação dos reguladores não é gratuita, já que existe uma pressão na Europa para focar as demonstrações para fins regulatórios.) Para HH são os investidores o alvo prioritário:

Escusado dizer que as demonstrações financeiras são mais relevantes para os investidores. Afinal de contas, demonstrações contábeis nasceram da necessidade de dar aos investidores informações adequadas sobre a empresa para o qual está fornecendo o capital.


Mas para HH as informações contábeis devem ser confiáveis. E esta característica seria fundamental para a economia de mercado global, sendo portanto de “interesse público”. HH lembra que na constituição da Fundação IFRS o “interesse público” está presente no parágrafo primeiro.

Com respeito a segunda questão, HH ressalva que os termos transparência e estabilidade aparecem como conflitantes. Afirma HH

Acho que isso é essencialmente uma contradição falsa. Em minha opinião, é evidente que transparência é uma condição necessária de estabilidade.


Para HH, as normas de contabilidade devem ter um papel importante tanto na estabilidade, proporcionando máxima transparência.

Mais genericamente, a transparência não vem sempre espontaneamente para um setor que é tão vulnerável como o do setor financeiro.


HH lembra que Paul Volcker, presidente do banco central dos EUA, escondeu o fato de que o setor financeiro do seu país estava quebrado durante a crise da dívida latino-americana, e que ele conseguiu um tempo para que os bancos pudessem arrumar seus balanços.

Após responder as duas questões, HH comenta sobre a relação entre a independência e responsabilidade no estabelecimento dos padrões de contabilidade. HH comenta sobre a pressão dos grupos de interesses e o fato de que a contabilidade possui grau elevado de subjetividade. Para ele, a contabilidade deve ser sensível aos interesses dos negócios, mas independente dos interesses especiais.

A independência é essencial pré-condição para a confiança do público na definição dos padrões de contabilidade.


Para obter a independência, HH apresenta quatro maneiras de reforçar a aceitação das IFRS: qualidade do trabalho do Iasb; assegurar que o processo de normatização seja transparente e participativo; rápida mudança nas normas, quando for necessário; existência de um sistema de accountability.

A todo o custo devemos evitar a impressão de que a Fundação IFRS é dominada por um pequeno grupo de países.

P/L nos emergentes

O gráfico

mostra o índice P/L dos mercados emergentes. Este índice relaciona o preço da ação pelo lucro por ação. Quando o mercado está valorizado, o preço da ação geralmente está num patamar muito superior ao lucro por ação. Desta forma, quanto maior o índice P/L, mais valorizado estará o mercado.

Pelo gráfico é possível perceber que os mercados mais valorizados são Colômbia e Chile. Rússia e Hungria são mercados menos valorizados. Para o investidor internacional, valores menores de P/L são as oportunidades de investimentos.

Auditoria na folha de pagamento

Segundo ela [ministra do Planejamento, Miriam Belchior], o primeiro foco do ajuste fiscal será na folha de pagamentos, um dos maiores gastos da União [1]. Para tanto, o governo contratará junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) [2] uma auditoria externa [3] na folha de pagamentos para detectar incorreções.

Para isso, haverá um sistema de alerta que avisará quando ocorrer desvios em relação aos parâmetros estabelecidos para os gastos com a folha. Além disso, um outro sistema investigará indícios de irregularidades, como a acumulação de cargos e aposentadorias. De acordo com Miriam, 13 Estados já cooperam com o sistema, que realizará cruzamentos semestrais das informações.

Folha de salários do governo será auditada pela FGV - Por Eduardo Rodrigues, Adriana Fernandes e Renata Verissimo

[1] Isto inclui o judiciário e o legislativo. Será que irão conseguir?
[2] O governo já definiu quem irá contratar. Ou seja, haverá dispensa de licitação. Como a FGV é forte no governo público.
[3] A FGV fazendo auditoria externa? Faz sentido?

09 fevereiro 2011

Fotografias

É difícil não se apaixonar pelas fotos abaixo






Rir é o melhor remédio


Herói

Por que demora tanto o processo de liquidação de bancos no Brasil?

Volta e meia a imprensa econômica traz notícias sobre a gestão dos liquidantes dos bancos Econômico ou Nacional. Mas espera: o Econômico quebrou em 1994, o Nacional em 1995, São mais de cinco mil dias depois do problema. Afinal, o que explica o longo tempo entre a liquidação e a “última pá de cal”?

Temos algumas hipóteses para explicar isto. Primeiro lugar, a nossa legislação para liquidação é muito ruim para os credores das entidades que quebram. Isto significa que o sistema jurídico não garante, de forma adequada, os direitos de propriedade. Este quesito, por sinal, faz com que nosso país ainda seja analisado de forma negativa no seu risco.

Aliado a isto, o judiciário brasileiro permite que recursos e mais recursos sejam apresentados, na idéia de garantir “ampla defesa aos acusados”. Besteira, obviamente.

Mas os dois aspectos acima não seriam relevantes se não existisse o interesse dos antigos donos. Eles sabem que o sistema jurídico brasileiro não é bom e tentam se aproveitar disto. Notícia recente do Valor Econômico mostrava que uma nova norma do Banco Central, reduzindo o valor dos passivos das instituições em liquidação, poderia fazer com que alguns ex-banqueiros recebessem dinheiro das empresas que quebraram. (Banqueiros podem embolsar garantias, Valor Econômico, 21 jan 2011, Murilo Camarotto e Fernando Travaglini).

Mas existe uma explicação alternativa. O liquidante recebe mensalmente pelo trabalho que está fazendo. Mas esta remuneração induz a incentivos errados. Se um trabalho de liquidação durar um ano, o liquidante irá receber doze vezes o salário mensal. Se ele ficar 180 meses na função, como é o caso dos bancos citados, serão 180 salários que irá receber. Quanto mais tempo durar o processo de liquidação, mas vantajoso será para o liquidante. Para se ter uma idéia, considere com salário mensal de R$15 mil para um liquidante. Trabalhando 180 meses, isto significa que o liquidante embolsou no período 2,7 milhões. Uma quantia bastante razoável.

Isto obviamente não significa que os liquidantes sejam desonestos. Mas como os agentes econômicos reagem aos incentivos, a demora num processo de liquidação é algo esperado.
Uma forma que reduzir este tempo é remunerar o liquidante pela tarefa, não pelo tempo de trabalho.

Teste 427

As empresas Ambev, Casas Bahia, Hyundai Cacoa e Unilever (Omo e Seda). A maior anunciante gastou R$3 bilhões em 2010 em propaganda e publicidade. Depois, 1,9 foi o valor gasto pela empresa vice-líder em gastos. O terceiro e quarto posto gastaram 1,3 e 1,2 bilhão. Você saberia a ordem destas empresas em gasto?

Resposta do Anterior: 3,6%. Fonte: aqui

Impostos para Sílvio

A venda do banco Panamericano deve gerar uma conta de cerca de R$ 1 bilhão em tributos federais para o apresentador Silvio Santos, segundo cálculos de técnicos escalados pelos maiores banqueiros do País para cuidar da venda, de acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo desta quarta. A publicação diz ainda que a fiscalização da Receita Federal entende o cálculo da mesma forma.

Segundo o jornal, a origem da obrigação fiscal é a diferença entre o preço aplicado pelo Fundo Garantidor de Créditos no Panamericano e o valor de venda do banco. O FGC emprestou R$ 3,8 bilhões à holding do Grupo Silvio Santos para cobrir os déficits da instituição financeira. No entanto, Silvio Santos vendeu o banco para o BTG Pactual por R$ 450 milhões. Na negociação, ficou firmado que essa quantia irá para o FGC e que o apresentador ficará livre integralmente da dívida com o fundo
(Fonte: Terra)

A Entidade e o Panamericano

Análises contábeis feitas por auditores da Deloitte e da Price, a pedido do Fundo Garantidor de Créditos, não encontraram desvios de recursos no banco PanAmericano. O banco teve um rombo de R$ 4,3 bilhões, mas a diretoria não tirou dinheiro da instituição, segundo os estudos feitos até agora.

O rombo foi resultado de má administração, de acordo com esses técnicos. A manipulação da contabilidade era uma forma de esconder o buraco de R$ 4,3 bilhões, não os desvios.

Na interpretação dos profissionais que estão analisando as contas do banco, os diretores do PanAmericano que foram afastados em novembro, quando foi anunciado o rombo de R$ 2,5 bilhões, tiraram recursos de outras empresas do grupo.

A estimativa inicial é que os ex-diretores do PanAmericano tenham tirado cerca de R$ 100 milhões das empresas não financeiras do grupo. (Auditores não acham desvio no PanAmericano - Mario Cesar Carvalho - Folha de Sao Paulo - 4 fev 2011)

O texto afirma que não ocorreu desvio: a diretoria simplemente retirou dinheiro de outras empresas do grupo para cobrir o rombo. Mas e o princípio da entidade, onde fica? Pela entidade, isto é um desvio de recurso. Os auditores da Deloitte e Price realmente afirmaram isto?

Vale do Rio Doce

A figura mostra que a maior empresa exportadora brasileira é a Vale do Rio Doce, seguida pela Petrobras. A Bunge, uma multinacional presidida por um brasileiro, aparece em terceiro. Em quarto, a Embraer, que exporta muito, mas também é uma importadora de peso. A Embraer é a primeira empresa de tecnologia em termos de exportação. A maioria das exportadoras são empresas do setor primário. Isto é um sinal de que o país continua sendo uma economia pouco desenvolvida em termos industriais.

Auditoria em filmes

O cineasta Michael Moore denunciou os donos do estúdio The Weinstein Company por apropriação indevida de vários milhões de dólares gerados pelo documentário "Fahrenheit 11 de Setembro", segundo informou nesta terça-feira o "Los Angeles Times".

O conhecido diretor americano vencedor de um Oscar por "Tiros em Columbine" (2002) acusou os irmãos Harvey e Robert Weinstein de falsificarem as contas do lucro do filme e ficaram com pelo menos US$ 2,7 milhões que supostamente eram de direito dele.

(...) Larry Stein, que representa os interesses de Moore, assegurou que a denúncia chegou depois que um auditor independente estudasse as contas de "Fahrenheit 11 de Setembro". "Esta é a primeira vez que Michael Moore denunciou alguém em seus 20 anos de carreira como diretor. Isso deveria ser um indicativo de que é algo sério. A quantia de US$ 2,7 milhões é o que descobrimos até agora. Não me surpreenderia que a quantidade fosse muito maior", disse Stein.
Michael Moore denuncia distribuidora de "Fahrenheit 11 de Setembro"

Música e dinheiro

A revista Isto É dinheiro fez uma seleção musical e relacionou com alguns conceitos importantes para as finanças pessoais (Afinadas).

Uma das canções selecionadas foi do Chico Buarque:

Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
(Todos juntos – Chico Buarque, no musical Os Saltimbancos)

A seguir a explicação da revista:

A lição: cuidado com o efeito manada ao investir
Engana-se quem pensa que acompanhar os movimentos do mercado é a melhor forma de ganhar dinheiro na bolsa. Quando um grupo de investidores começa a comprar ou a vender determinadas ações, muitos outros vão atrás. Esse fenômeno é conhecido como efeito manada, que tende a se acirrar em horas de crise.“Os números e os fundamentos da companhia são mais importantes do que a opinião da multidão”, afirma o consultor de investimentos Mauro Calil. Ele lembra que boa parte dos investidores não tem paciência para ver suas economias crescer e recomenda considerar um trio bem afinado: valor aplicado, objetivo do investimento e prazo esperado para alcançar a meta.

É interessante que a canção diz exatamente o oposto da lição pregada pela revista. Para a música o “efeito manada” é bom.

Análise de balanços como ferramenta de gestão

A grande maioria das médias, pequenas e até mesmo microempresas ainda padece de um mal que já passou da hora de ser expurgado do mundo empresarial – a ignorância quanto à importância da análise de demonstrações contábeis enquanto ferramenta de gestão. Num mundo em que tomar decisões rápidas e certas é a medida do bom administrador, deixá-la de lado é assinar um atestado de incompetência.
Análise de balanços como ferramenta de gestão - Alexandre Alcântara

Continue lendo aqui

Elite e Poder

O mito de que pessoas inteligentes, principalmente se são membros das escolas de elite, como a Ivy League, são necessariamente honestas cai por terra no documentário de Charles Ferguson, "Inside Job". Ele mostra que acadêmicos que detém o poder de monopólio do conhecimento e por isso figuram nos principais postos da economia, seja nos bancos de Wall Street, ou no FED, abusam do poder e de sua posição de prestígio para obter rendas. (Fonte: aqui) (Dica e Texto de Pedro Correa)

Fraude

Um caso interessante de fraude:

O jornalista Lee Horton, ex-editor esportivo do tabloide The People, editado em Londres pela Trinity Mirror, foi condenado a 15 meses de detenção por ter fraudado registros da empresa para desviar 370 mil libras em pagamentos por reportagens inexistentes. A fraude teve início em 2000 e terminou em junho de 2008, dois meses antes de Lee Horton ter sido suspenso.

A empresa Trinity Mirror iniciou uma investigação interna para apurar "irregularidades financeiras" e, em setembro de 2008, teve início uma ação civil contra Horton e reembolsou a empresa em cerca de 300 mil libras desde então. O restante será reembolsado quando a casa do ex-editor for vendida.

Horton "inventou" 1.690 pedidos de pagamento por contribuições ao jornal de supostos "free lancers". Como os valores eram modestos, entre 150 e 390 libras, o jornalista conseguiu a liberação, pois sabia que somente pagamentos acima de 500 libras tinham de ser aprovados
pelos chefes.

Para dar autenticidade à fraude, o ex-editor de esporte criou 12 contas diferentes para receber os depósitos dos pagamentos pelas reportagens fictícias, desviando 370.406 libras.

O salário do jornalista, de 90 mil libras anuais, não era compatível com os gastos que ele fez. Ele alegou que gastou o dinheiro com a educação da filha. Horton teria feito doações à escola da filha, que tem a síndrome de Down, e teria feito gastos em um torneio de golfe para agradar aos colegas.

O jornalista foi condenado a 15 meses de prisão em Southwark. Horton, cuja a esposa está se divorciando, confessou ter falsificado a contabilidade da empresa e ter feito manobras para lavar o dinheiro desviado.

Ao proferir a sentença que condenou Horton, o juiz John Price lamentou o destino do jornalista. "Você tem sofrido de ansiedade e depressão, e sua esposa está movendo uma ação de divórcio. É um caso extraordinário e triste", lamentou o juiz. "Fico triste por fazer o que eu tenho de fazer."

Para Price, Horton é um homem decente que caiu em tentação. "Mas agora terminou, e você estará fora dessa confusão em alguns meses", ponderou o juiz. "Passará."

O advogado da empresa, David Levy, disse que Horton foi "ganancioso" e "ridiculamente generoso" com o dinheiro alheio. Já Tara McCarthy, advogada de defesa do jornalista, afirmou que a vítima de Horton não "era uma senhora velha vulnerável". Ela acrescentou que Horton tinha trabalhado anteriormente em vários e nunca teve um estilo de vida pródigo.

"Ele cometeu um erro estúpido", reconheceu a advogada. "E o que fez ele com o dinheiro? Ele não comprou um Ferrari", justificou McCarthy. "Ele perdeu tudo. A casa, a aposentadoria e até a esposa."

"E ele nunca mais vai poder trabalhar no setor que ele mais gosta, nem como jornaleiro ou como jornalista, porque ninguém mais do segmento jornalístico lhe dar emprego", observou a advogada.

Reembolso

Em 2008, quando a fraude foi descoberta, Lee Horton concordou em reembolsar a empresa em quase 500 mil libras. Suspeitava-se, na época, que a fraude vinha sendo praticada havia mais de sete anos. Horton foi preso pela primeira vez em 2008, ao completar 52 anos, pela Polícia
Metropolitana de Londres, e solto em seguida mediante pagamento de fiança.

A acusação original apontava que Horton tinha recebido um total de pelo menos 376.225 libras indevidamente, entre 2001 de janeiro e agosto de 2008 em mais de 1.600 operações de pagamento de colaborações fictícias. O reembolso do prejuízo não livrou o jornalista do processo criminal. (...)

Fonte : aqui

Quase contador

Eis uma notícia sobre William, novo gerente de futebol do Corinthians:

Quase formado em contabilidade (parou no último ano), William já vê problemas para abrir os cofres. O jogador acredita que os protestos da torcida nos últimos dias pela eliminação na Taça Libertadores vão complicar a procura. Ele entende que os jogadores na mira do Timão aumentarão a pedida salarial por causa da segurança.
Quase contador, William sai à caça de reforços, mas controlando gastos - Carlos Augusto Ferrari - São Paulo

Existe uma diferença sutil, que naturalmente a imprensa não percebe. Uma pessoa que se forma em contabilidade, fazendo o curso superior, é um bacharel. Pela nossa legislação, para se tornar um contador de fato e de direito é necessário estar inscrito no conselho de classe. O correto seria então “quase bacharel”.

Investimento

Mesmo com a redução das ações policiais com o pagamento regular de propinas, bandidos não economizaram para montar um arsenal de guerra na Vila Cruzeiro, na Penha. A contabilidade do tráfico obtida pelo EXTRA revela um investimento de R$ 788.640 para a compra de armas, como metralhadoras e fuzis, segundo a movimentação financeira descrita em anotações feitas durante 307 dias.

Contabilidade do tráfico na Vila Cruzeiro revela gastos de R$ 788 mil
na compra de armas - Herculano Barreto Filho – O Globo

08 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

A seguir, propaganda da Pepsi Cola, que passou no intervalo do Super Bowl.

Teste 426

O iPhone é produzido para Apple numa fábrica da China. O valor de custo é de US$178,96. Mas o aparelho é feito com muitas peças de outros países, incluindo Japão, Alemanha, Coréia do Sul e EUA. A parcela correspondente a China representa:

Mais de 20% do custo do iPhone
Menos de 20% e mais de 10% do custo do iPhone
Menos de 10% do custo do iPhone.

Resposta do anterior: Yevloev era estudante de contabilidade. Fonte: Radio do Vaticano

Por que as empresas não atualizam seus ativos?

O motivo desta pergunta foi uma reportagem do Valor Econômico (Empresas evitam atualizar ativos, 20 de jan de 2011, Fernando Torres). Na ausência da reavaliação, que ainda continua proibido no Brasil, as empresas poderão apresentar uma nova avaliação inicial, quando adoção das normas internacionais. Esta nova avaliação recebe a denominação de deemed cost.

Existia uma expectativa que as empresas pudessem fazer novas avaliações para seus ativos. Mas o texto faz uma constatação: poucas empresas estão usando o deemed cost. De trinta empresas somente duas resolveram atribuir um novo custo.

O texto de Torres apresenta uma possível resposta a este dilema: a questão da distribuição de dividendos. Um maior ativo tem como contrapartida o aumento nas despesas de depreciação. Maior depreciação pode conduzir a um menor lucro, influenciando nos dividendos, reduzindo-os. Para alguns investidores a nova avaliação poderia diminuir o valor a ser distribuído.

Existem dois argumentos contrários a esta idéia: (1) os grandes investidores geralmente são os gestores das empresas. A redução dos dividendos poderia ser compensada por despesas favoráveis aos gestores; (2) o número de empresas onde esta justificativa seria adequada é reduzido.

Além disto, o próprio texto afirma que a CVM poderia questionar o valor a ser registrado nos ativos das empresas:

“A empresa terá que dizer que considera que o valor registrado no balanço está próximo do valor justo. A explicação só pode ser essa”, diz José Carlos Bezerra, gerente de normas contábeis da CVM, ressaltando que a autarquia sempre terá o poder de questionar essa avaliação. “Afirmar isso tem consequências.”

Parece que as empresas não acreditam na ameaça de Bezerra.

Duas possíveis explicações para a atitude das empresas que considero mais razoáveis. Primeiro, as empresas provavelmente acreditam que no futuro a reavaliação será permitida. Assim, a decisão de não atualizar o ativo poderá ser feita no futuro.

Particularmente acredito mais na segunda alternativa: atribuir um valor para cada ativo é muito caro e seus benefícios são relativamente reduzidos. O processo de mensuração do valor de cada ativo deve estar baseado num laudo de avaliação técnico. As empresas acham que isto é complicado demais; em alguns casos é interessante a contratação de terceiros para fazer esta avaliação.

Links

Mulher mais atraente recebe mais mensagens em endereços de encontros amorosos

Senador belga pede greve de sexo até a obtenção de um acordo

O relatório anual, e pessoal, criativo

A história ilustrada da dívida

Seu nome é nome de rua, praças e outro local? Digite seu nome e veja no mapa

As propagandas do Super Bowl ranqueadas

Padronizar o tamanho dos textos jurídicos

Custo no Super Bowl

Um anúncio de 30 segundos durante a transmissão do Superbowl de 2011 custou 3 milhões de dólares. Isto significa que o custo do minuto foi de 6 milhões. Em horas, 360 milhões (6 x 60 minutos). Ou 8.640 milhões por dia. Transformando isto em valores anuais, 3,2 trilhões de dólares por ano. Somente para fins de comparação, o PIB da Alemanha em 2010 foi de 3,3 trilhões.

As empresas que mais anunciaram no Superbowl entre 2001 a 2010 foram:
1. Inbev = 10 participações nos jogos = 235 milhões gastos
2. Pepsico = 10 participações = 170,8 milhões de dólares
3. Wal Disney =9 e 70,8 milhões
4. General Motors = 7 e 61,1 milhões
5. Coca-Cola = 4 e 54,4 milhões.

Fonte: Aqui

Santos e Santificação

Robert Barro é um dos economistas mais famosos da atualidade. Sua última pesquisa é sobre santos e santificação. Barro, em conjunto com Rachel McCleary, analisa (Saints Marching In, 1590-2009) o processo de santificação, que ocorre em dois estágios: a beatificação e a canonização. Barro e McCleary estudaram o processo desde 1590 encontraram que a taxa de canonização depende do número de candidatos. Além disto, desde 1900, o processo parece refletir uma resposta da Igreja à concorrência do protestantismo.

Tesouro direto foi a melhor aplicação da década


O Tesouro Direto foi a modalidade que mais deu lucro aos investidores nos últimos dez anos no Brasil. Levantamento feito pelo Instituto Assaf, especializado em investimentos, mostra que as Notas do Tesouro Nacional (NTNs) proporcionaram ganhos reais de 164% aos investidores entre 2001 e 2010. Esses títulos são recomendados para investimentos de longo prazo, com vistas à aposentadoria, por exemplo.

Em segundo lugar do ranking que avalia rentabilidades reais obtidas entre 2001 e 2010 está a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com ganho de 139,3%. Depois aparecem os fundos DI, com rendimento de 119%. O único investimento que não conseguiu resultados positivos no período avaliado foi o dólar, que demonstrou queda de 56,6%.

Tesouro Direto foi melhor aplicação dos últimos 10 anos - Estado de Sao Paulo
Seg, 07 Fev, 08h22

07 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

O ciclista Lance Armstrong não consegue separar das acusações de doping

Por que as pessoas insistem na automedicação?

O governo, os conselhos de medicina e outras entidades fazem propagandas insistentes contra a automedicação. Entretanto, mesmo com a conscientização das pessoas, a população insiste em não procurar um médico antes de tomar um medicamento.

Isto ocorre em razão da chamada relação custo e benefício. Para a pessoa que está doente, procurar um médico envolve em vários custos: o valor da consulta, o tempo de espera, o desagradável ambiente de um hospital, o risco de contrair uma infecção hospitalar, a perda de um dia de trabalho, entre outros. É possível perceber que uma consulta médica não é algo muito interessante.

A alternativa disponível pode ser tomar um conselho de alguém que já teve sintomas parecidos. Este conselho pode ser de um conhecido, que possui um pouco mais de conhecimento sobre saúde, ou pode surgir de alguém que não conhecemos direito, mas que transmite certa sabedoria sobre o assunto. O vendedor da farmácia pode ser uma opção. Se a doença parecer algo simples, a relação custo-benefício é muito desfavorável a consulta médica, mas é favorável a uma solução mais simples.

Assim, em lugar das campanhas dispendiosas, o governo poderia tentar reduzir os custos da consulta médica, reduzindo o tempo de espera nos hospitais ou tornando-os locais mais seguros, por exemplo. Outra possibilidade é dificultar o acesso aos medicamentos sem receita.

Teste 425

Recentemente um atentado terrorista no aeroporto internacional de Moscou matou 36 pessoas e deixou 200 feridos. O autor do atentado é Magomed Yevloev, morador de Ali-Iour, vizinha a Chechênia. Você saberia dizer qual a relação disto com a contabilidade?

Resposta do Anterior: Bradesco. Fonte: Isto é Dinheiro

Links

Photoshop da revista Rolling Stones (Kate Perry)

Gasto com educação gera retorno no PIB do Brasil

JP Morgan sabia que Madoff era picareta e não fez nada

Shell não quer pagar indenização por derramento de petróleo na Nigéria para não incentivar a prática da sabotagem

Os problemas contábeis das empresas chinesas

Um vídeo interessante sobre coincidência e correlação: as pessoas não conhecem probabilidade

Computador e mercado II

Os corretores especialistas em computação, conhecidos como quants (analistas quantitativos), estão muito atentos. Segundo o Aite Group, uma empresa de consultoria de serviços financeiros, cerca de 35% das empresas de trading quantitativo já estudam a possibilidade de usar feeds de dados não estruturados. Há dois anos, cerca de 2% destas empresas os usavam.

Os quants usam frequentemente esses programas para administrar seus riscos, por exemplo, fechando automaticamente as negociações quando recebem más notícias.

Mas segundo especialistas do setor, os programas também estão agitando os mercados. Em maio, quando a crise financeira da Grécia se agravou, os computadores de Wall Street captaram uma notícia com a palavra "abismo" na manchete, e começaram a emitir ordens de venda, segundo especialistas do setor.

Alguns desses especialistas advertem que existe uma crescente divisão digital nos mercados. Corretores mais abonados, que podem se permitir uma tecnologia sofisticada, estão em posição de vantagem em relação a todos os outros.

Mesmo assim, os especialistas já falam do que virá em seguida - programas de computador para assimilar automaticamente as transmissões e os letreiros da televisão.

Tecnologia pode tornar o mercado mais instável - 24 de dezembro de 2010 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo

Computador e mercado

Os analistas de Wall Street que vivem lidando com números, agora têm mais uma coisa para acrescentar ao seu arsenal: o noticiário. Os operadores amantes da matemática já estão usando computadores potentes capazes de ler com rapidez o noticiário, os editoriais, os sites das companhias, postagens de blogs e até mesmo mensagens do Twitter - e depois deixam que as máquinas decidam o que tudo isso pode significar para os mercados.

A novidade vai muito além do material digital comum, como as listas de mais lidos e enviados pelo correio eletrônico. Em alguns casos, os computadores na realidade analisam palavras, estrutura de sentenças e até mesmo emoções. Uma piscada e um sorriso, por exemplo, poderão significar que as coisas estão melhorando para os mercados. Depois, frequentemente sem a intervenção humana, os programas interpretam as notícias e as usam nas operações.

Dada a volatilidade dos mercados e a preocupação de que as negociações computadorizadas possam exagerar os altos e baixos, a ideia de que Wall Street esteja montando agregadores de notícias pode soar como um pesadelo para o investidor.

Mas a inovação, que começou há alguns anos, faz parte da revolução tecnológica que está reformulando Wall Street. Em uma atividade em que a informação é a mercadoria mais valiosa, os traders com os computadores mais inteligentes e mais rápidos podem superar em inteligência e esperteza os concorrentes.

"É uma corrida às armas", comentou Roger Ehrenberg, sócio gerente da IA Ventures, empresa de investimentos especializada em companhias jovens, falando de algumas das novas tecnologias que ajudam os corretores a identificar os acontecimentos e a interpretá-los.

Muitos dos leitores-robôs vão além dos números e tentam analisar o sentimento do mercado, a intuição que os investidores têm a respeito dos mercados. Assim como os dados econômicos mais recentes, as notícias e os boatos da mídia social - os "dados não estruturados", como são conhecidos - podem mudar os sentimentos da exuberância para o abatimento.

Os corretores conhecedores da tecnologia há anos extraem os dados do noticiário, dos press releases e dos sites das empresas na internet.

Mas um software novo, baseado em linguística, vai muito além disso. As agências de notícias, como Bloomberg, Dow Jones e Thomson Reuters, adotaram a ideia, oferecendo serviços que supostamente ajudarão seus clientes de Wall Street a avaliar automaticamente as notícias.

Sentimentos. Alguns desses programas se assemelham à ciência espacial. Trabalhando com acadêmicos da Columbia University e a Universidade Notre Dame, a Dow Jones compilou um dicionário de aproximadamente 3.700 palavras que podem indicar mudanças de sentimentos. Entre as palavras com uma conotação positiva estão "engenhosidade", "vigor" e "vencedor". Entre as de conotação negativa estão "litigioso", "conspira" e "risco".

O software identifica o tema de um artigo e depois examina as palavras. Os programas são escritos de forma a reconhecer o significado das palavras e das frases dentro de um contexto, como distinguir entre "terrivelmente", "bom" e "terrivelmente bom".

Vince Fioramonti, gerente de carteiras da Alpha Equity Management, um fundo de ações de US$ 185 milhões de Hartford, usa o software da Thomson Reuters para avaliar o sentimento durante semanas, e não apenas minutos ou horas, e transmite estas informações diretamente para os sistemas de operações do fundo. "É um efeito agregado", disse Fioramonti. "Essas coisas permitem assimilar mais informações".

A Bloomberg monitora artigos e feeds do Twitter e alerta seus clientes quando muitas pessoas de repente enviam mensagens de Twitter a respeito, por exemplo, da IBM.

A Lexalytic, uma companhia de análise de texto de Amhearst, Massachusetts, que trabalha com a Thomson Reuters, informa que desenvolveu algoritmos que entendem o sentido das mensagens do Twitter. O que inclui emoções como rosto feliz e rosto não tão feliz.

Apesar do ceticismo, os idealizadores do método insistem que este software consegue transmitir um tipo de comunicação com os corretores. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

Computador lê notícia em Wall Street - Software é capaz de identificar o sentimento do mercado ao analisar o noticiário e as mensagens nas mídias sociais, como o Twitter - 24 de dezembro de 2010 - Graham Bowley (The New York Times) - O Estado de S.Paulo