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19 outubro 2010

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O que mudou com a Lei 11.638/07

Em janeiro de 2008 entrou em vigor a Lei 11.638/07 que altera a Lei das S/A, de no. 6.404/76. A mudança foi feita com o objetivo de dar mais transparência às empresas e ao mercado, atualizando as leis contábeis brasileiras para seguir ao padrão internacional IFRS (International Financial Reporting Standard (sic)), que deve ser incorporado por todas as empresas de capital aberto e de capital fechado de médio e grande portes (sic) aberta no Brasil a partir de 2010. Para isso, foram divulgados uma série de regulamentos, dentre os quais encontra-se a obrigatoriedade das empresas de grande porte terem seus balanços auditados anualmente.


Estado de São Paulo, 17 de out de 2010, Empregos, p. 3

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Dicas

1. Comunicação - O auditor precisa ter bom poder de negociação e habilidade para lidar com o cliente

2. Atitude - O trabalho exige que o profissional seja ágil e eficaz.

3. Idioma - Inglês fluente é fator decisivo para a conquista de uma vaga nas grandes empresas.

4. Formação - É desejável [sic] diploma na área de ciências contábeis

5. Disposição - É preciso estar disponível para reuniões noturnas e para trabalhar no fim de semana.


(Estado de São Paulo, 17 out 2010, Empregos, p. 3)

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Embora a maior parte das empresas de auditoria também contrate profissionais formados em outros cursos, como administração, economia, direito e engenharia, somente quem tem o diploma de ciências contábeis pode tirar o registro de auditor junto ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

A licença é obrigatória para que o profissional possa assinar um relatório final de auditoria como responsável. “É por essa razão que a maioria das empresas oferece bolsas de estudo e estimula os profissionais formados em outras áreas a cursas ciências contábeis”, diz o professor de contabilidade da Pontifica Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP) e membro do CFC, Geraldo Gianini.

Segundo ele, 30% dos estudantes dos cursos de ciências contábeis estão cursando uma segunda faculdade.

Requisitos
Para obter a licença é preciso primeiro tirar o registro de contabilista, emitido após a aprovação do candidato no exame de suficiência, teste aplicado anualmente pelo CFC.

Com o registro em mãos, o futuro auditor pode prestar o Exame de Qualificação Técnica para a área de auditoria, que acontece no segundo semestre de cada ano. Os portadores do registro precisam fazer um novo teste a cada cinco anos.

O CFC exige também que o profissional habilitado a trabalhar como auditor seja submetido a 32 horas de atualização profissional a cada ano. “é um estímulo à educação continuada para garantir o bom desempenho da profissão”, diz Gianini. “O profissional pode cumprir essas horas tanto por meio de cursos de aperfeiçoamento quanto escrevendo um livro sobre sua área de atuação, por exemplo.”

Formação
O curso de ciências contábeis tem duração média de quatro anos.

Os profissionais formados podem atuar nas áreas de controladoria, pericia técnica contábil, arbitragem, auditoria interna e externa, contadoria e auditoria governamental. Há oportunidade de carreira também como contador [sic], pesquisador, analista contábil financeiro e tributário.

De acordo com a última pesquisa realizada pelo CFC, em agosto deste ano, há 246,307 mil contadores registrados em todo o Brasil. Desse total, 142,234 mil são homens e 104,073 mil são mulheres.

O índice de empregabilidade dos novos profissionais é alto, de acordo com Gianini. “A maioria dos estudantes começa a trabalhar já no primeiro ano da faculdade, geralmente na área de auditoria. Quando se formam, o índice de aproveitamento nas empresas chega a 98%.”


Só formado em Ciências Contábeis pode Assinar Relatórios - Estado de São Paulo, 17 de outubro de 2010, Empregos, p. 3.

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Quando a então estudante do primeiro ano do curso de ciências contábeis Andréa Gini conquistou uma vaga de trainee na Crowe Horwath RCS, empresa internacional de auditoria independente, ela não imaginava que pouco mais de um ano após receber o diploma já ostentaria um cargo de gerência. "Nunca me imaginei nessa área, mas resolvi arriscar. No primeiro ano fui promovida a assistente e, depois, o crescimento foi muito rápido", conta satisfeita.

A rápida ascensão da profissional, porém, não é um caso isolado, já que o trabalho como auditor contábil tem sido uma das áreas mais promissoras das ciências contábeis.

O auditor é responsável por atestar a exatidão dos registros e demonstrações contábeis que alteram o patrimônio e a representação de uma empresa e descobrir eventuais irregularidades. O mercado para esse tipo de profissional está aquecido nos últimos anos, em razão do crescimento da economia brasileira, do aumento dos investimentos externos e a realização de eventos como a Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016 no Brasil. Além disso, mudanças na área contábil, com a vigência da Lei 11.638 (veja quadro acima), a partir de 2008, e a adoção de padrões internacionais nas auditorias, aumentaram a demanda por esse tipo de serviço. Consequentemente, impulsionaram a contratação de mão de obra.

As empresas procuram jovens estudantes dos primeiros anos dos cursos de administração de empresas, economia, direito, engenharia e, principalmente, ciências contábeis. Oferecem treinamento e um plano de carreira no qual o funcionário pode se tornar, no nível máximo, sócio da empresa.

"Em uma empresa de auditoria, o negócio não passa de pai para filho, mas de sócio para gerente", diz o sócio da Price Waterhouse Coopers, Guilherme Campos. "Um funcionário com boa evolução pode crescer de trainee para sócio em cerca de 15 anos", afirma.

Todo ano, a empresa contrata 500 trainees, dos quais metade é destinada para a área de auditoria. Segundo Campos, nós últimos anos, a empresa dobrou o número de jovens contratados.

Esse aumento é reflexo do crescimento de 10% ao ano registrado pela empresa na última década na procura por serviços de auditoria. "As companhias precisam passar por um processo de adaptação para aplicar as novas leis e, como não possuem profissionais conhecedores desses processos, procuram as empresas de auditoria", explica.

Por causa disso, Campos estima que a demanda da companhia continue crescendo no ritmo atual de 10% ao ano até dobrar de tamanho em 2020.

Contratação

O presidente da Crowe Horwath RCS, Raul Corrêa da Silva, começou sua carreira como trainee aos 21 anos. Seis anos depois, abriu sua primeira empresa de auditoria e hoje comanda 250 profissionais, dos quais 30% são trainees. "Todos os anos os funcionários têm de crescer para que mais pessoas sejam contratadas. Esse é o ciclo natural da profissão", diz.

Os outros dois sócios da empresa, José Santiago da Luz e Mauro Ambrósio, também começaram a carreira como estagiários. "Na entrevista, sempre pergunto aos candidatos qual o salário que eles gostariam de ganhar após cinco anos. A maioria fala um valor menor do que vão ganhar efetivamente após esse tempo", diz Silva. O salário base dos iniciantes é de R$ 1,1 mil. Em cinco anos, esse valor chega a aumentar até sete vezes.

Contratado no último processo seletivo da empresa, realizado no ano passado, Gustavo Lemes, que está no terceiro ano do curso de ciências contábeis, acaba de ser promovido de trainee para assistente. "O mercado é muito bom. Para quem faz contabilidade, ser auditor é a melhor opção, porque há muita oportunidade para crescer", diz.

Seleção

A melhor maneira de entrar em uma empresa de auditoria é como trainee ainda nos primeiros anos da faculdade.

As principais companhias do setor oferecem treinamento aos iniciantes, além de apoio para a capacitação do profissional, com subsídio para pagamento da faculdade, cursos de idiomas, pós-graduação e atualização. "Os profissionais que nós contratamos são muito visados no mercado, justamente porque são super capacitados", diz a gerente nacional de recrutamento e diversidade da Deloitte, Ellen Moreira de Macedo.

A empresa faz um processo seletivo anual. Os candidatos passam por testes de conhecimentos gerais, dinâmicas de grupo e entrevistas. São 500 pessoas contratadas, das quais 250 são para a área de auditoria. "A demanda aumenta em torno de 10% ao ano", afirma Ellen.

O salário inicial varia de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil. "Se por um lado há um plano de carreira maravilhoso, por outro há muita pressão para que a pessoa cresça, já que, a cada ano, o funcionário deve ser promovido", diz.

Na Crowe Horwath RCS, o recrutamento é feito duas vezes ao ano. Cada processo tem cerca de 4 mil candidatos, dos quais cerca de 20 são contratados. O processo inclui análise de currículo, dinâmica de grupo e entrevista individual. Os contratados ficam em treinamento por três meses.


Cresce a busca por ‘atestadores de exatidão’
Crescimento da economia brasileira aquece mercado de trabalho para auditores
Texto de Ligia Aguilhar, publicado no Estadão em 17 de outubro de 2010 (via Blog Claudia Cruz)

Padronizar

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta segunda-feira (18/10) que pretende criar um padrão para a divulgação do Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - Ebitda, na sigla em ingles) e do Lajir (lucro antes de juros e imposto de renda - Ebit, na sigla em inglês).

"Após observar o uso generalizado, pelas companhias abertas, de informações de natureza não contábil, sobretudo o Lajida e o Lajir, geralmente apresentadas com o relatório da administração, em prospectos de ofertas públicas e notas explicativas, a CVM coloca em audiência pública minuta de instrução com o objetivo de tornar essas informações mais claras", aponta o comunicado da autarquia.

A entidade observou ainda que essas informações são, na maioria das vezes, elaboradas de "forma peculiar" por parte das companhias abertas, o que dificulta o seu entendimento e a sua comparabilidade.

Diante disso, a CVM pretende editar instrução, acompanhada de nota explicativa, em que estabelece os parâmetros para o cálculo do Lajida e do Lajir e os critérios para a sua divulgação.

A minuta estabelece que no cálculo "devem ser considerados somente os valores apresentados nas demonstrações contábeis, não podendo ser excluídos os itens não recorrentes, não operacionais e os relativos às operações descontinuadas".

O prazo para envio de sugestões e comentários com relação à minuta termina no dia 18 de novembro de 2010.


CVM coloca em audiência pública padronização do Lajida e Lajir
Brasil Econômico (redacao@brasileconomico.com.br) - 18/10/10

Veja mesma notícia no Valor Econômico, aqui

Nota Fiscal Eletrônica

Perspectiva – Antes de entrarmos nas especificidades da 2ª. Geração da NF-e, você poderia nos trazer alguns pontos históricos sobre a NF-e?

Duarte - Em setembro de 2006, mais precisamente no dia 14, a primeira NF-e foi emitida no Brasil pela Empresa Dimed e autorizada pela SEFAZ do RS. Em março do ano seguinte, as empresas participantes do projeto piloto já emitiam 101 mil notas fiscais eletrônicas. Quando foi instituída a obrigatoriedade de emissão NF-e para os setores de combustíveis e cigarros em abril de 2008, foram autorizadas nada menos que 3.535.972 NF-e's. Em dezembro do mesmo ano, foram inclusos os setores de cimento, indústria farmacêutica, bebidas, energia elétrica e siderurgia. Nessa ocasião, mais de 20 milhões de NF-e´s foram emitidas.

Já em abril de 2009, mais 25 setores da economia passaram a emitir NF-e. Para se ter uma idéia, a média mensal de documentos autorizados pelas Secretarias de Fazenda, considerando o período entre abril e agosto de 2009 saltou para 41 milhões.

Em setembro do mesmo ano tivemos a obrigatoriedade para outros 54 setores econômicos. E o país chegou ao fim do ano com mais de meio milhão de documentos eletrônicos autorizados. A média diária no mês de Dezembro foi de 2.527.415 documentos emitidos, mais de 75 milhões no mês.

Neste ano, todo setor industrial e comércio atacadista passaram a ter que emitir a NF-e. Alguns Estados já estão considerando incluir produtores rurais na obrigatoriedade de emissão deste tipo de documento fiscal. Há ainda outras situações onde o documento eletrônico será obrigatório, como por exemplo, venda para órgãos públicos e realização de operações interestaduais.

Enfim, tudo indica que o até o inicio de 2011, nota fiscal em papel será coisa do passado.

Perspectiva – O que é a 2ª. Geração da NF-e? Ela é válida para todos os setores que já fazem parte da obrigatoriedade da lei?

Roberto Dias Duarte - A NF-e de Segunda Geração ou 2.00, como queiram, é o resultado de mais de cinco anos de trabalho das autoridades fiscais e contribuintes. A partir desta experiência foi possível estabelecer um novo patamar de segurança e confiabilidade ao sistema.

Os avanços são muitos. Ressalto a inclusão de novos campos, regras de validação e controles para o fisco; sobretudo com relação aos impostos do Simples Nacional, e também relativos à integração da cadeia logística.

As especificações técnicas dessa segunda geração entraram em vigor no último dia 1º. De abril, deste ano, conforme disposições técnicas estabelecidas pelo Manual de Integração da Nota Fiscal Eletrônica –NF-e, Versão 4.01. Contudo, o Manual de Integração – versão 3.0, que define a versão 1.10 da NF-e, continuará em vigor até Dezembro de 2010, 9 meses após a implantação da nova versão 4.01.

Perspectiva – Quais são as principais mudanças na segunda geração da NF-e?

Duarte - Em linhas gerais as alterações são:

I. Maior segurança na comunicação eletrônica com a unificação do padrão de comunicação dos Web Services da NF-e para o novo padrão que utiliza o SOAP header.

II. Atualização do leiaute da NF-e (v2.00), com inclusão de novos campos, reorganização e eliminação de alguns campos existentes.

III. Adequação do leiaute da NF-e para registrar as operações praticadas pelos contribuintes optantes do SIMPLES NACIONAL.

IV. Aperfeiçoamento das regras de validação dos campos da NF-e.

V. Eliminação da necessidade de lavratura de termo no RUDFTO, em caso de emissão em contingência. Este procedimento foi substituído pelo registro, no arquivo da NF-e, da data e hora de início e a justificativa para a contingência.

VI. Exclusão da possibilidade de denegação de uso por situação irregular do destinatário.

VII. A partir da versão 2.00 do leiaute da NF-e, o campo tpEmis (forma de emissão da NF-e) passou a compor a chave de acesso. O campo continua com 44 posições, graças à redução do tamanho de um de seus componentes: cNF – código numérico da NF-e passou para oito posições.

VIII. O leiaute de impressão DANFE prevê agora dois campos de conteúdo variável logo abaixo do local onde é impressa a chave de acesso.

IX. Em casos de cancelamento, o emissor deverá disponibilizar para o destinatário o mesmo conteúdo da NF-e enviada para a SEFAZ, complementada com os dados da homologação do pedido de cancelamento.

X. Inclusão de campos como por exemplo: Data e Hora da entrada em contingência; Justificativa de entrada em contingência; Regime Tributário do emissor: Simples Nacional, Simples Nacional – excesso de sublimite de receita bruta ou regime normal; E-mail do destinatário; CT-e referenciado; Cupom fiscal referenciado; Nota de produtor rural referenciada; Campos para identificação do pedido e item de compra;

Novas campos específicos para veículos, cana, combustíveis, medicamentos; informações de tributação do ICMS para operações praticadas por optante do SIMPLES Nacional; Acréscimo do campo cSitTrib para identificação da tributação do ISSQN (Retida, Normal, Substituta, Isenta);

Aperfeiçoamento da identificação do veículo utilizado no transporte com o acréscimo de novas opções de transporte e aumento da quantidade de reboque.

XI. Alteração da forma de preenchimento do campo NCM. Este campo, com 8 posições deve ser preenchido com o gênero (posição do capítulo do NCM) quando a operação não for de comércio exterior (importação/ exportação) ou o produto não seja tributado pelo IPI. Em casos especiais deve ser preenchido com '99'.

XII. Eliminação dos CFOP de prestação de serviço de comunicação. O objetivo é evitar o uso indevido da NF-e, modelo 55, para a prestação de serviços de comunicação e só tem reflexo para os contribuintes que emitem indevidamente a NF-e, modelo 55, em substituição a NFSC – Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21 e/ou NFST – Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação, modelo 22.

XIII. Alteração do nome dos campos vBCST e vICMSST do grupo ICMS60. Os nomes dos campos vBCST e vICMSST foram alterados para vBCSTRet e vICMSSTRet para dar maior clareza que o valor não é devido na operação.

XIV. Acréscimo do grupo de informações de operações interestaduais de mercadorias com ICMS ST retido anteriormente para a UF do remetente, cujo ICMS ST retido será repassado para a UF de destino pelo Substituto Tributário que fez a retenção do ICMSST. Este grupo de informação deverá ser preenchido nas operações interestaduais com combustíveis pelo contribuinte que tiver recebido o combustível diretamente do Sujeito Passivo por Substituição.

XV. Inclusão de regras de validação como por exemplo:
Total do IPI difere do somatório dos itens
Total do Produto / Serviço difere do somatório dos itens
Total do ICMS difere do somatório dos itens
Total da BC ICMS difere do somatório dos itens
Total do Seguro difere do somatório dos itens
Se CST de ICMS = 00, 10, 20, 51, 70, 90: Valor ICMS difere de Base de Cálculo x Alíquota
CNPJ do Transportador inválido
CPF do Transportador inválido
Para o pedido de cancelamento, verificar registro de Circulação de Mercadoria
Para o pedido de cancelamento, verificar recebimento da NF-e pelo Destinatário (a ser implementada) Implantação Gradativa do Registro de Eventos
Existem diversos eventos importantes para a NF-e, pois alterar a sua situação, como é o caso do cancelamento. Outros, como o Registro de

Passagem, apesar de não terem consequência para a situação da NF-e, registram a circulação da mercadoria e impossibilitam o cancelamento do documento fiscal.

Ainda, podem existir outros eventos como é o caso da carta de correção, onde o emissor da NF-e pode sanear uma informação incorreta da NF-e, desde não modifique as informações vedadas na legislação, ou outras que confirmam um benefício tributário condicional como é o caso da internalização da mercadoria na SUFRAMA ou a confirmação do embarque em operação de exportação ou o licenciamento de veículo.

Já foram mapeados os seguintes eventos que passarão a ser registrados ao longo do ciclo de vida do documento fiscal: Registros de saída; Registro de passagem; Confirmação de Internalização na Suframa; Saída para exportação; confirmação de recebimento; Desconhecimento da operação; Devolução de mercadoria; Restituição ICMS sobre Combustíveis; Ocorrência em fiscalização de Trânsito;Cancelamento pelo Fisco; Reversão do cancelamento;Visto da NF-e;Carta de Correção; Carta de Correção pelo Fisco; NF-e referenciada pelo Fisco;Registro de Veículos; Roubo de Carga; Rastreamento RFID; Outros

Perspectiva – O que o usuário e o Fisco ganham com a 2ª. Geração da NF-e?
Duarte - A partir da experiência de uso desta tecnologia em diversos setores da economia, inclusive nos mais críticos em termos operacionais e fiscais, foi possível estabelecer um novo patamar de controle agregando mais segurança e confiabilidade ao sistema.

Bom para o fisco, pois os novos controles poderão viabilizar a detecção de fraudes com mais velocidade e eficiência. Já os contribuintes poderão utilizar os recursos de integração logística para promoção de um B2B também mais eficiente.

Além disto, práticas desleais serão fortemente coibidas. Cancelamentos indevidos, contrabando, falsificações, roubo e desvio de mercadorias, "meia nota", "nota calçada", "vai-e-volta", "recursos não contabilizados" e outros subterfúgios cederão espaço para boas práticas de gestão.

Planejamento, controle, integração, parcerias, análise, contabilidade, auditoria, capacitação e desenvolvimento. Estes termos substituirão rapidamente alguns jargões do "undergroud" empresarial.


Fonte: Aqui

18 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Pesquisa no Mundo Virtual

Quando pretendemos responder a uma pergunta de pesquisa, podemos buscar dados no mundo real. É este o tipo de pesquisa que fazemos quando usamos as informações do mercado acionário. Se desejarmos saber se uma empresa de auditoria é mais rigorosa usamos as informações do mercado e fazemos testes para comprovar nossa teoria. O problema neste tipo de pesquisa é que existem uma série de fatores que pode afetar o resultado da pesquisa, como o setor de atuação da empresa e o ano do parecer. Nesta situação, o dilema do pesquisador é comprovar que realmente a empresa de auditoria é mais rigorosa que as outras e que o resultado não foi influenciado ou afetado por outro fator.

Uma forma de fazer certos estudos é reproduzir uma determinada situação de forma “artificial”. Nesta situação, tentamos imitar o que ocorre no mercado através de experimentos. Muitas pesquisas na área de finanças comportamentais são feitas através deste método, chamado de experimental pelos especialistas. Apesar deste método já ser reconhecido por muitos cientistas, graças ao trabalho pioneiro de Vernon Smith, existem muito questionamento se a experiência reproduz, razoavelmente, o mundo real.

Uma tentativa de avançar nesta questão tem sido proposta: usar o mundo virtual como instrumento de pesquisa na área contábil. Robert Bloomfield e Kristina Rennekamp, da Cornell University, consideram que a economia virtual do Second Life poderia ser um importante instrumento de pesquisa na área da contabilidade financeira. Por reproduzir razoavelmente bem o ambiente real, ambiente virtual pode ajudar a entender melhor questões como governança corporativa ou direitos de propriedade. Os pesquisadores acreditam que certas pesquisas poderiam ter uma relação custo-benefício favorável, além de possibilitar ao pesquisador um controle maior sobre as variáveis externas que podem influenciar no comportamento das pessoas.

Para ler mais:
Robert Bloomfield e Kristina Rennekamp. Experimental Reasearch in Financial Reporting. Now the essence of knowledge, 2009.

Fisco

A processadora de oleaginosas e produtora de fertilizantes Bunge foi pelo Governo argentino de sonegar mais de 300 milhões de dólares nos últimos três anos a partir de um "esquema de triangulação". O Governo da Argentina tornou público que a Bunge vendia grãos a preços baixos para a sua filial no Uruguai, onde a carga tributária é reduzida, para depois fazer a exportação para os mercados asiáticos.

A manobra resultava num menor imposto para a segunda maior exportadora de alimentos na Argentina. Na semana passada, funcionários do Serviço da Fiscalização entraram nos escritórios da empresa com um mandato judicial e apreenderam documentos. A Presidenta Cristina Kirchner, disse, através do seu Twitter, que foi descoberta "a maior sonegação tributária da Argentina".

A Presidenta Cristina Kirshner também reclamou pela demora dos parlamentares em votar um projecto de lei que prevê a prisão de grandes sonegadores de impostos. A Bunge emitiu um comunicado em que qualifica as declarações de "falaciosas". A empresa diz que pagou 80 milhões de dólares em impostos desde 2006, mesmo tendo registado prejuízos no país em 2008 e 2009.


Fertilizantes Bunge x fisco argentino - do Análise de Balanço de Alexandre Alcantara - Autoridades argentinas descobrem fugas ao fisco - Jornal de Angola

Governança Corporativa

Abaixo, uma entrevista com a gestora de recursos Rio Bravo Investimentos, Ana Novaes, sócia da Galanto Consultoria, sobre governança corporativa e a recente tentativa de mudança nas regras do novo mercado.

Que balanço você faz da evolução da governança corporativa no Brasil nos últimos dez anos? E, para quem não tem ideia do que a gente está falando, como é que você define governança corporativa?

(...) É impressionante a mudança que houve no Brasil de 2000 pra 2010, em particular, com a criação do Novo Mercado. Governança é um tema que vai sempre evoluir, então, a gente não pode parar aqui aonde a gente chegou - é preciso também que a gente continue evoluindo. No final da década de 90, a gente tinha um mercado que não ia pra frente, porque o minoritário não tinha informações adequadas e era sempre "ferrado" em toda operação de reestruturação corporativa por causa da prevalência das ações preferencialistas.

Eu sempre digo que ação preferencialista na hora da reestruturação societária, você é a variável de ajuste. Inclusive, existe um estudo feito em 2001, mostrando que o Brasil era o país aonde o prêmio de controle era o maior controle do mundo. Na média, as operações davam um prêmio extra para o controlador de 65%.

Se você tem ON que comanda o controle da companhia, você podia ter 2/3 de preferencialistas e 1/3 de ordinários - até a mudança da lei de 2001 -, então, você com os seus 17% controlava a companhia e todo poder estava nesses 17%. Então, na hora que tinha uma mudança societária que alguém queria adquirir uma companhia, esse cara dos 17% recebia tudo, o restante, os da ON, recebia 80% e os preferencialistas variavam de ajuste.

Eu acho que era por isso que o mercado de ações brasileiro, do ponto de vista da governança corporativa, é considerado de altíssimo risco e, evidentemente, os investidores, em particular, os estrangeiros estavam sempre reclamando e dando um desconto.

Eu não quero minimizar aqui os problemas macroeconômicos que ocorriam antes, mas a estabilização aconteceu em 1994, a desvalorização era em 1999, e chegou em 2001/2002 e você ainda estava engatinhando nessas questões - embora o Novo Mercado tenha sido adotado em dezembro de 2000.

A BM&F Bovespa tentou fazer uma reforma do Novo Mercado para aprimorar a governança das empresas. Alguns pontos foram aprovados, outros não. Havia, por exemplo, a proposta da obrigatoriedade de criação de um comitê de auditoria, que seria eleito pelo conselho de administração, com a participação de pelo menos um conselheiro independente. Essa proposta foi rejeitada. Qual é a ideia aqui?

Foi rejeitada e por larga maioria de votos. A gente está num momento muito particular na estrutura de controle das companhias e isso acontece uma vez na história. Nos Estados Unidos e na Inglaterra isso aconteceu no início do século XX e no Brasil está começando a acontecer.

Nesse processo, a estrutura deixa de ser familiar para ser uma corporação, o que quer dizer que nenhum grupo ou nenhum grupo de acionistas detém mais de 50% das ações com direito a voto. Hoje no Novo Mercado nós já temos mais de 50 companhias aonde você não tem um controlador com 50% mais um. Em algumas o controle é pulverizado, mas a maioria ainda tem um acionista que tem entre 15 e 20%.

Eu acredito que daqui a uns 5, 10 anos, muitos dos grandes grupos familiares ou empresas aonde você tem um acordo de acionistas não serão assim. Eu acho que a proposta da Bovespa foi colocada nesse meio de caminho e pegou diferentes interesses, pois o interesse de uma empresa que tem controle definido é diferente do interesse de uma empresa de controle disperso - aí que está a raiz da rejeição.

Tem outro ponto também que eu acho que aconteceu. Houve muita discussão na ABRASCA ao nível das companhias e ao nível, em particular, dos diretores de relações com investidores. É comum em economia as partes afetadas discutirem o assunto. Quando você pensa nos milhares de investidores, em particular, nos estrangeiros que estão longe e não se organizaram, teve muito pouco debate. Poucos asset managements se pronunciaram. Dos grandes, como Bradesco e Itaú, eu não vi interesse desse pessoal em defender junto com a Bovespa a mudança do Novo Mercado, então ficou uma coisa muito "na mão" ao nível das companhias.

A questão do comitê de auditoria é muito importante. A lei brasileira não prevê comitê de auditoria, prevê sim conselho fiscal, então muitas empresas têm conselhos fiscais instalados, inclusive, para aquelas que estão listadas no ADR. O conselho fiscal no Brasil é um conselho que opina - ele não tem participação da administração da companhia. Ele é formado por gente de fora da companhia numa empresa que tem o controle escolhido e definido pelo controlador - o conselho é como se fosse um fiscal do controlador em cima da administração.

Agora, o comitê de auditoria, que hoje em dia é requerido como uma prática básica de governança corporativa, é diferente.

Ele é formado nos Estados Unidos por pelo menos três conselheiros independentes do conselho de administração. Na lei consta que, se a empresa não montar o seu comitê de auditoria, o conselho todo é considerado comitê de auditoria. Agora, para você só ter membros independentes, você tem que ter muito mais conselheiros independentes.

Como a Bovespa só está exigindo 20% de independentes, já começou com um problema, porque isso exige a participação de um conselheiro independente e os outros são eleitos pelo conselho de administração. Uma empresa brasileira como a CPFL que tem ADR lá fora é obrigada a formar um comitê de auditoria em que não vai satisfazer seus donos - esse é um problema.

Por outro lado, eu imagino que toda empresa de capital disperso tinha que ser obrigada a ter comitê de auditoria por não ter justamente a figura do controlador. (...) O comitê de auditoria, ao ser formado por membros do conselho de administração, é um órgão de assessoria e supervisão.

O comitê de auditoria supervisiona, o conselho fiscal opina. Eu não diria que o comitê de auditoria tem mais poder que o conselho fiscal, agora, é ele que bota a mão na massa no sentido de supervisionar os auditores internos e externos, certificar-se de que você tem um canal de denúncias na companhia, vai estar sabendo quais são as principais práticas contábeis da companhia, vai estar reportando para o conselho de administração.

O conselho fiscal tradicional muitas vezes está muito longe da administração - simplesmente lê os relatórios depois de confeccionados. É diferente do comitê de auditoria que está acompanhando as demonstrações financeiras e que se responsabiliza por elas.

O conselho fiscal pode até funcionar numa empresa de controle definido, mas numa empresa de controle disperso, aonde você não tem a figura do acionista controlador, você tem que ter o comitê de auditoria porque o acionista e o investidor têm que poder responsabilizar diretamente o conselho, e numa empresa de controle definido você responsabiliza o controlador.

É essa figura que está muito clara na lei das S/As. Agora, como essa lei foi criada em 1976 para um ambiente de empresas de controle definido, ela tem essas lacunas. O que um conselho fiscal vai fazer numa empresa aonde cada acionista tem menos de 1%? A reforma de 2001 não deu conta dessas lacunas porque não estávamos ainda nesse ponto. É preciso levar em conta a estrutura das companhias.

Claro que uma empresa de grande porte tem comitê de auditoria e conselho fiscal. A obrigatoriedade do comitê de auditoria que a Bovespa propôs não exclui a obrigatoriedade de criar um conselho fiscal. Se você quer fazer um trabalho bem feito, custa caro. Estamos falando de mudanças substanciais.

Eu acho que a criação de um comitê de auditoria tinha que ser exigida apenas das companhias de capital disperso, ou que na realidade a Bovespa criasse uma outra categoria só com empresas de controle disperso, que aí teriam que adotar comitê de auditoria e as outras reformas que a Bovespa pediu.

O debate na sociedade continua. Para ter uma nova votação precisamos de dois anos?

É preciso discutir mais esses assuntos. Esse debate ficou muito ao nível de relações com investidores. Houve pouca discussão entre os acionistas - os principais interessados -, sejam eles controladores ou de capital disperso e os beneficiários, que não fizeram sua voz ser ouvida. Poucos grandes gestores se posicionaram.

Por outro lado, é uma discussão muito técnica, com termos que as pessoas não entendem. É preciso tornar a linguagem mais acessível. É preciso que esse pessoal entenda o que está acontecendo e se posicione em relação aos investidores. A gente tem que amadurecer a discussão. Embora a Bovespa tenha feito vários seminários, o enfoque era muito técnico.

Muitos advogados, muito RI, muita empresa e eu acho que não ficou bem compreendido. Por outro lado, empresas que não têm isso e que tem controle definido colocarem a cláusula no estatuto era outro problema. Essa reforma ia aprimorar a governança corporativa e permitir diminuir o custo de captação.

No final das contas, as regras do Novo Mercado poderiam ser adotadas por qualquer empresa em seus estatutos. Não tem nada na lei que impedisse uma empresa de adotar as regras do Novo Mercado em seu estatuto.

O que garantiria maior adesão seria a criação do Novo Mercado Premium e para pertencer ao Premium não poderia ter um acionista ou grupo de acionistas com 50% mais um, ter um comitê de auditoria com membros independentes e a maioria do conselho independente e adesões voluntárias.

A saída é discutir um pouco mais, esclarecer, explicar que a falta de uma regulação fez com que as companhias dessem um passo errado e adotar a regra europeia está muito mais na nossa tradição do direito. É muito melhor se auto-regular e se entender no mercado. E dar um novo salto no nível da governança.

Teste #368

Esta conhecida modelo brasileira foi recentemente contratada para fazer um comercial de lingerie. Para verificar se a empresa poderia pagar seu cachê (2,7 milhões de dólares), ela solicitou as informações contábeis:

Adriana Lima
Gisele Bundchen
Izabel Goulart

Resposta do Anterior: balance positivo - Fonte: Fútbol.- Laporta defiende su gestión con beneficios frente a la "contabilidad creativa" de Rosell - 14 October 2010

Custo perdido

O maior laboratório de física de partículas do mundo está localizado nas proximidades de Genebra, Suíça. Ele foi construído com verba dos governos da Europa. Para quem conhece um pouco de física ou acompanha alguns dos experimentos pelos jornais este laboratório não apresenta nenhuma novidade.

O que é estranho é o fato da maior potência mundial, onde existem alguns dos mais renomados cientistas na área de física de partículas, não possuir um laboratório como este.

No passado, o governo de Ronald Reagan decidiu construir um laboratório como este perto da cidade de Dallas. As obras começaram e o governo já tinha gasto 1 bilhão nas escavações para o túnel onde seria colocadas as máquinas. Durante a aprovação final do projeto no Congresso dos Estados Unidos, um congressista perguntou a um cientista se com a máquina seria possível encontrar Deus. O cientista, sem saber o que dizer, afirmou que “nós vamos encontrar Bóson de Higgs” O congresso achou pouco gastar 11 bilhões de dólares numa máquina para encontrar uma partícula atômica. E cancelou o projeto.

Gastaram-se mais dinheiro para fechar o buraco escavado. A tendência das pessoas é imaginar: gastaram 1 bilhão para abrir um buraco; qual a razão de não gastar mais 11 bilhões para finalizar o projeto? A resposta está no custo perdido. A decisão do congresso era levar adiante, ou não, o projeto. Neste caso, o gasto de 9 bilhões para terminar o projeto deve ser analisado independente do gasto já realizado de 1 bilhão. Vale a pena gastar 9 bilhões para este projeto? Esta pergunta só pode ser respondida analisando a relação custo-benefício. Para o congresso a relação era negativa, por isto o projeto foi cancelado. Não caiu na falácia do custo perdido.

Fonte: Michio Kaku and a quibble about sunk cost - Newmarksdoor

Barcelona

A situação financeira dos clubes de futebol sempre aparecerão nas páginas dos jornais. Um dos clubes mais invejados do mundo não é exceção: o Barcelona, cuja nova diretoria acusa o antigo presidente de diversos problemas administrativos, inclusive questões vinculadas a contabilidade do clube.

El ex presidente del Barça Joan Laporta ha defendido el "balance positivo" de sus siete temporadas al frente del club azulgrana, con un resultado con beneficios, frente a la "contabilidad creativa" de la nueva junta liderada por Sandro Rosell que le atribuya pérdidas millonarias.


Laporta é o antigo dirigente, que fala em "balanço positivo" (?), ao contrário de uma contabilidade com grandes perdas. Eis os argumentos de Laporta:

En rueda de prensa en el Hotel Majestic de Barcelona ante más de un centenar de periodistas y con la presencia entre el público de los miembros de la anterior junta, el ex director general del Barça, Joan Oliver, y el ex tesorero, Xavier Sala Martín, han argumentado las tesis de Laporta en defensa de la validez de los números de la temporada 2009-2010 y del balance de todo su mandato.

Así, Oliver ha repasado que entre 2003 y 2010 (hasta 30 de junio, cuando se hizo el relevo de junta directiva), Laporta ha acumulado para el equipo unas ganancias de 106,3 millones. Si se tienen en cuenta las cinco salvedades señaladas por Deloitte en la auditoría presentada el 15 de julio --y que Laporta atribuye a un retraso de los auditores--, el resultado sería de 67,7 millones, y con la "creatividad de Rosell" de 17,7 millones. Si se le suman las pérdidas de 63,8 millones de la temporada 2002-2003, en la que Laporta tuvo una semana de mandato, se producen unas pérdidas de 45,1 millones.

Respecto a la auditoría de Deloitte sobre las cuentas de 2009-2010, que calcula salvedades por valor de 37,3 millones que considera que se tienen que calcular en temporadas posteriores (ya en gestión de Rosell), Sala Martín ha discrepado, y ha recordado que los auditores expresan opiniones que pueden diferir de otros auditores y que no son vinculantes, por lo que si Rosell decide reformular las cuentas y añadir cuantificaciones propias que no señalan los auditores, "la responsabilidad legal y financiera es suya, porque quienes firman las cuentas son los responsables".

Si se aplican las salvedades de la auditoria, el resultado neto de 11,9 millones calculado por Laporta para la pasada temporada queda en -25,4 millones, que se elevan a -77,1 con los cálculos de Rosell, que añaden cuantificaciones a incertidumbres de la auditoría y un importe suplementario a salvedades.

AUDITORÍA DE DELOITTE
La primera salvedad de la auditoría de Deloitte hace referencia a la venta de la parcela de Sant Joan Despí en diciembre de 2009 por 14,6 millones, que los auditores creen que no debería computarse en la temporada 2009-2010 porque a 30 de junio todavía no se había completado la recalificación de los terrenos. Oliver ha replicado que otro auditor --Safont Auditors Associats-- ha expuesto que las ventas inmobiliarias no están sujetas a formalidad, así que se podía computar el importe de venta en dicha temporada.

La segunda salvedad versa sobre el reparto por temporadas de la prima de Mediapro, de la que quedaban 12 millones por cobrar del anterior contrato de 20 millones, que fue liquidado para firmar uno nuevo. Deloitte considera que el nuevo es una continuidad del anterior, por lo que deberían repartirse los 12 millones en tres temporadas.

La tercera salvedad se refiere al traspaso de Henry por 6,9 millones, aunque Oliver ha argumentado que el traspaso se produjo en julio, ya en etapa Rosell, y que siempre ha computado cuando se hace el transfer Fifa. Además, ha señalado que Rosell computa 8,2 millones a este aspecto, más que lo señalado por los auditores.

La cuarta salvedad es por el juicio Baena, por un valor de 3,8 millones favorables al Barça. Los auditores creen que debería esperarse a la sentencia definitiva porque el caso fue recurrido por Baena, pero Oliver ha repasado que el recurso se interpuso el 1 de julio, y las cuentas son hasta el 30 de junio.

La quinta salvedad trata sobre la pérdida de valor de terrenos de Viladecans, ya que hay dos valoraciones, una por 17 millones y la otra por 5,5 millones. Rosell fija en 6,5 millones el valor.

Deloitte no cuantifica las incertidumbres (aspectos que no valoran porque no conocen), pero Rosell sí, ha lamentado Oliver. Una incertidumbre es cómo puede afectar al Barça el concurso de acreedores de Mediapro, que de momento ha pagado lo que corresponde. Rosell cifra un impacto negativo de 6,5 millones.

Otra incertidumbre es el litigio con Sogecable, sobre el que no ha habido novedades la temporada 2009-2010, pero al que Rosell atribuye un impacto negativo de 37,5 millones. La tercera incertidumbre no ha sido cuantificada por Rosell, y hace referencia al valor que pueden tener los bienes inmobiliarios si la nueva junta decide realizar operaciones con ellos.

Por todo ello, Oliver ha considerado que "se mire por donde se mire, el balance es positivo", y que no hay "ninguna posibilidad de realizar una acción de responsabilidad" contra Laporta en la junta de compromisarios del sábado porque no hay pérdidas durante el periodo de gestión y según la ley solo se pueden tener en cuenta las salvedades (no las incertidumbres) de la auditoría bajo la supervisión de las ligas profesionales.

Oliver ha opinado que el objetivo de la nueva junta era demostrar que ha habido pérdidas, y por ello ha contabilizado incluso los números rojos de la temporada 2002-2003. En ese caso, ha apuntado que ese resultado se debió a los polémicos avales que tienen un recurso de casación ante el tribunal Supremo, por lo que no se deberían computar si se trata de la misma situación que con el caso Baena.

De todos modos, ha alertado de que si el Supremo fallase en el futuro en contra del Barça, la responsabilidad sería "mancomunada" para toda la junta de entonces, en la que figuraban cuatro personas de la junta actual, incluyendo a Sandro Rosell como máximo responsable del área deportiva, "que es donde se generó la pérdida".


Fútbol.- Laporta defiende su gestión con beneficios frente a la "contabilidad creativa" de Rosell - 14 Out 2010 - Europa Press - Servicio de Deportes

Mulheres e homens

É oficial: apostas financeiras de spread não fazem mais parte do mundo dos homens. Embora as mulheres tenham sido amplamente sub-representadas em apostas de spread e negociação de CFD (Contract for Difference) no passado, o número vem crescendo com firmeza nos últimos anos. Além disso, embora haja dez homens para 1 mulher na plataforma de negociação, as apostadoras de spread superam seus pares masculinos em desempenho, de acordo com análise dos provedores de apostas de spread Finspreads e a empresa de pesquisa internacional Digital Look. O que faz as mulheres melhores do que os homens em apostas de spread?

Um dos motivos mencionados é que as mulheres simplesmente possuem um modo de pensar mais propício a apostas de spread e negociação de CFD do que os homens. Sandy Jadeja, diretora de análise técnica da provedora de apostas de spread City Index (http://www.cityindex.co.uk), percebeu que as apostadoras de spread são mais detalhistas na pesquisa e abordam sua plataforma de apostas de spread e negociação de CFD com muito mais cuidado do que os apostadores masculinos.


Por que as mulheres são melhores em apostas financeiras do que os homens?
Seg, 11 Out, 01h26 - LONDRES, 11 de outubro de 2010

17 outubro 2010

Rir é o melhor remédio

Propagandas antigas (e politicamente incorretas)






Pais e Filhos

Casais que vão a shoppings com crianças acabam gastando mais [1]. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa divulgada hoje pela Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), sobre os hábitos de compras das famílias. Em um total de 1.295 consumidores entrevistados em shoppings de São Paulo e do Rio de Janeiro, todos acompanhados por crianças, 44% afirmaram [2] que gastam mais que o esperado quando vão às compras com crianças. Os dados mostram ainda que 26% evitam levar as crianças quando planejam fazer compras maiores.

De acordo com o levantamento, 87% dos entrevistados costumam ir ao shopping para passear com as crianças. Oitenta por cento das famílias levam os filhos ao shopping para refeições e 57% fazem compras. Para 48% dos entrevistados, passear no shopping é uma das melhores opções de lazer para a família.

O tempo de permanência no shopping, segundo 46% dos entrevistados, também aumenta quando os casais são acompanhados pelas crianças. O tempo médio de permanência nestes locais, com crianças, é de 3,42 horas. Quando estão sozinhos, os pais ficam 2,29 horas. Além disso, 38% das crianças escolhem as próprias roupas e seus acessórios quando vão às compras.

Planejamento

O estudo mostra ainda que, entre os entrevistados - todos acompanhados por crianças -, 42% planejaram os gastos nos shoppings. Desse porcentual, 96% realmente gastou e 36% excederam o planejado. Em média, 32% dos pais entrevistados, quando acompanhados dos filhos, frequentam shoppings uma vez por mês, sendo que 27% vão uma vez por semana, outros 22% a cada 15 dias e somente 4% deles vão aos centros comerciais com as crianças de duas a três vezes por semana. Sem as crianças, 31% dos pais vão aos shoppings uma vez por mês e 30% uma vez por semana.

A pesquisa, feita em oito shoppings de São Paulo e do Rio de Janeiro, foi realizada pela Ipsos a pedido da Abrasce. Os dados foram apresentados durante o 11º Congresso Internacional de Shoppings Centers e Conferência das Américas, realizado em São Paulo.


Pais com crianças gastam mais no shopping, diz estudo - Por Fabrício de Castro

[1] Será possível observar que o estudo não permite concluir que as crianças são responsáveis pelo maior volume de compras. Veja a seguir.
[2] A conclusão foi obtida a partir da informação dos próprios pais, não de dados reais.

16 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


o mundo segundo a cidade de São Francisco

Rodízio e Gerenciamento

Os auditores independentes têm função de atestar as demonstrações contábeis, de modo a atender com a fidedignidade da situação financeira e econômica da empresa. Assim acredita-se que a troca da firma de auditoria contribui para o aumento da independência entre o relacionamento da auditoria e do cliente, que se pode desgastar durante o tempo. Espera-se que o novo auditor seja severo em relação à prática do Gerenciamento de Resultados (GR) e, como consequência, ocorra um menor nível de gerenciamento de resultados. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é verificar se o rodízio de auditoria influencia no gerenciamento de resultados das empresas de capital aberto dos setores econômicos da Bovespa, utilizando o modelo de Kang e Sivaramakrishnan (1995). Tem-se, como hipótese, que no ano da troca da firma de auditoria o gerenciamento de resultados tende a diminuir e que nos anos subsequentes tende a aumentar. A pesquisa foi realizada nos dados das três empresas com maior ativo de cada setor econômico, que possuem papéis negociados na Bovespa no exercício de 2008, excluindo o setor financeiro. Desta forma, a pesquisa se caracteriza como descritiva e documental com abordagem quantitativa. Os resultados evidenciam que a troca de firma de auditoria não está diretamente relacionada à diminuição do gerenciamento de resultados. Alguns setores apresentam uma tendência para tal, porém, não se pode aceitar as hipóteses em sua totalidade.


Análise do Gerenciamento de Resultados e o Rodízio de Firmas de Auditoria nas Empresas de Capital Aberto - Júlio Orestes da Silva, Francisco Antonio Bezerra

Mandelbrot

Faleceu Benoit Mandelbrot, um gênio e inovador em finanças. Pioneiro na área de fractral, propôs uma abordagem diferente a algumas questões financeiras. Este matemático francês foi considerado um gênio. Recentemente uma de suas obras foi publicada em língua portuguesa.

Aqui, aqui, aqui e aqui postagens deste blog sobre Mandelbrot. Aqui uma aplicação do seu trabalho para determinar as fronteiras artificiais de países. Aqui um texto de 1999, publicado na Scientific American, que mostra como os fractais podem explicar o mundo.

Aqui, uma dissertação de mestrado brasileira, usando o que Mandelbrot ensinou, da doutoranda Márcia Athayde Matias. Uma das dissertações mais brilhantes na nossa área.

15 outubro 2010

Dia do professor

Eis um texto interessante com a professora caçula da UnB:

A experiência da caçula

Ludmila Souza passou no concurso antes de concluir o mestrado em Ciências Contábeis. A maioria dos alunos são mais velhos que ela, mas a respeitam como mestre
Luciana Teixeira - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Duas vezes por semana, Ludmila de Melo Souza passa pelos corredores da Universidade de Brasília (UnB) carregando livros e cadernos, como tantas estudantes universitárias. Mas não é uma delas. Aos 24 anos, Ludmila é a professora mais jovem da UnB.

A relação com a universidade começou ainda no ensino fundamental. Mineira de Patos de Minas, ela sempre sonhou em estudar na UnB e já se preparava para enfrentar o vestibular mesmo sem ter escolhido a profissão. “Na oitava série, eu já sabia que queria a UnB e não pensava em outra coisa”, relembra.

Em 2004, Ludmila deixou a cidade natal para estudar Ciências Contábeis no campus Darcy Ribeiro. Aos 18 anos, foi morar com uma amiga, também aprovada na UnB, em um pensionato. “Tinha que pagar contas, arrumar o quarto, mas como já ajudava na casa dos meus pais, a diferença não foi tão grande”, conta. A UnB era como ela havia imaginado na oitava série. “Jamais me arrependi de ter vindo para cá.”

Ludmila não imaginava a carreira de docente até iniciar o mestrado
E foi como aluna que encontrou sua verdadeira vocação. “Fiquei apaixonada pela pesquisa e pela vida acadêmica”, revela. “Participei de projetos de iniciação científica e decidi que faria mestrado para continuar aprendendo”, comenta. Curiosa, Ludmila passava horas estudando na Biblioteca Central. “Meu orientador me incentivava a escrever artigos e comecei a gostar de produzir”, comenta a jovem professora.

Em 2008, recebeu o diploma e decidiu não voltar para Patos de Minas. “Meus pais vieram para Brasília e a vida ficou mais fácil”. Com o apoio da família, Ludmila apresentou projeto de mestrado em Contabilidade. Foi aprovada e permaneceu na UnB. Durante o mestrado, deu aulas de Metodologia de Pesquisa em Ciências Contábeis. “Foi meu primeiro contato com a docência. Nunca imaginei ser professora, mas gostei da experiência.”

CONCURSO – Perto de concluir o mestrado, surgiu a oportunidade de fazer concurso para a UnB. Foi quando se tornou professora. “Tive que correr para terminar o mestrado e fui nomeada no dia 12 de agosto”, comemora.

No começo da carreira docente, enfrenta agora a insegurança diária de encarar alunos, muitas vezes mais velhos que ela. Ludmila recorda que no primeiro dia de aula um estudante perguntou se ela era a professora. “Respondi que sim e ele questionou: mas você tem mestrado?”. No final da aula, o mesmo aluno tornou a procurar Ludmila. “Dessa vez queria saber a minha idade. Falei e ele disse que achava legal ter uma professora jovem”.

Os estudantes sempre procuram a jovem professora para conversar sobre pesquisas, projetos de extensão e demais assuntos da vida acadêmica. “Eles gostam de falar comigo. Acho que tenho uma linguagem mais parecida com a deles”, avalia. Para ela, ter idade próxima à dos alunos não traz prejuízos. “Eles me respeitam como alguém que tem algo a ensinar e as aulas são muito tranquilas”. Nesse primeiro semestre como professora, Ludmila recebeu a missão de ensinar Custos, disciplina do terceiro semestre de Ciências Contábeis, para 87 alunos.

Ludmila pretende fazer doutorado e continuar trabalhando na instituição. De acordo com ela, a pouca idade pode contribuir para o processo de renovação da UnB. “As pessoas ficam cansadas e é muito importante ter gente nova e disposta a realizar um bom trabalho e desenvolver os projetos existentes.”