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01 dezembro 2016

Perfil dos Conselhos

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa divulgou uma pesquisa interessante sobre os Conselhos de Administração das empresas brasileiras. Em média estes conselhos possuem 6.6 pessoas, sendo que nas empresas estatais o número aumenta para 8.7. Mais da metade dos conselhos possuem mandatos de dois anos e 85% até dois anos. Ao contrário do que imaginava, a grande maioria dos conselheiros ocupa no máximo dois assentos, mas uma pequena minoria é de mulher (22.5% dos conselheiros e 37.8% dos conselhos).

Apesar da pressão por conhecimento especializado em auditoria, em razão do Conselho Fiscal/de Auditoria, quase 80% dos conselhos é formado por engenheiros, administradores, economistas e advogados (na ordem). O restante está dividido em outras profissões (o relatório não divulga a participação dos contadores).

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O tamanho do governo tem relação com a inflação?

Norueguês Carlsen (foto) mantem o título mundial de xadrez, numa final dramática

Marginal Revolution: Carlsen > Karjakin. Duas observações interessantes: talvez o futuro do xadrez seja o jogo rápido e finalmente Putin perdeu uma este ano

As falhas dos previsores na eleição de Trump

Rir é o melhor remédio


30 novembro 2016

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Delação da Odebrecht não está precificada no mercado

O que é um dado confiável e completo: resposta para uma pergunta estúpida?

A natureza secreta dos imóveis da Apple

Hiperinflação: pesando o dinheiro, não contando. Caso da Venezuela

Accounting e Contabilidade

As duas figuras apresentam a figura da nuvem do verbete Contabilidade e Accounting da Wikipedia.


Na língua portuguesa, além do destaque para o termo contabilidade, é perceptível os termos ciência, conselho, patrimônio, entre outros. Talvez a mania que nós brasileiros temos de reforçar que contabilidade é um "ciência"; a presença de patrimônio pode ser explicado pela herança de escolas europeias; e conselho, torna o verbete da Wikipedia voltado para os interesses da entidade de classe. Na língua inglesa o destaque para informação, financeiro e padrões. A presença do termo "enron" mostra como este fato foi relevante.

(P.S: Código-fonte que aparece na primeira figura foi em razão do uso de Crtl C e Crtl V)

Mudança no Iasb

Os curadores da Fundação IFRS o International Accounting Standards Board. Foram várias mudanças, mas a principal refere-se ao tamanho do Board e suas distribuição geográfica dos curadores. Assim, o Board será reduzido de 16 membros para 14.

As alterações valem a partir de amanhã. A nova distribuição será a seguinte: (a) quatro membros da Ásia-Oceania; (b) quatro da Europa; (c) quatro das Américas; (d) um da África e (e) um membro para manter o equilíbrio geográfico (sic).

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29 novembro 2016

KPMG multada pela CVM

KPMG teria infringido os arts. 20 e 25, II, da ICVM 308, ao executar procedimentos de auditoria no Oboé Multicred FIDC. O responsável pela auditoria deste fundo, Ricardo Souza, também sócio e responsável técnico da KPMG, teria infringido os mesmos dispositivos regulamentares, com relação a este fundo.

Já José Luiz Gurgel, sócio e responsável técnico da extinta BDO Auditores Independentes, teria infringido, com relação ao Clássico FIDC, além dos arts. 20 e 25, inciso II, da ICVM 308, também o art. 8º, §4º, da ICVM 356.


A SNC apurou que não teriam sido realizados procedimentos para a obtenção do entendimento do controle interno das entidades auditadas e a emissão de Relatório Circunstanciado sobre esse ambiente de controle interno.


Também não teriam sido testadas a materialidade, a existência e a valorização dos direitos creditórios em carteira nos Fundos e as provisões efetuadas para operações de créditos de liquidação duvidosa.


Além disso, especificamente para o Fundo Clássico FIDC, o auditor José Luiz Gurgel não teria examinado os relatórios trimestrais de 2010 emitidos pelo Clássico FIDC, conforme exigido no art. 8º, §4º, da ICVM 356.

A CVM resolveu multar a KPMG em 600 mil reais, "o status de reincidente do acusado, bem como o seu histórico em processos sancionadores ainda não transitados em julgado".

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Uma história das finanças quantitativas

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28 novembro 2016

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Como Magnus Carlsen está tornando o xadrez cool

A disputa do título de xadrez e a política (o desafiante Karjakin, que nasceu na Crimeia e apoia Putin)

Suécia é o melhor país do mundo

Um modelo econométrico para previsão da expectativa de vida baseado no eletrocardiograma apresenta um resultado inesperado

A parceria Kahneman e Tversky

70 anos de erros nas pesquisas em Finanças

Segundo ex-editor do Journal of Finance e ex-presiente da Associação Americana de Finanças: “most claimed research findings in financial economics are likely false” .

Resumo:

Hundreds of papers and factors attempt to explain the cross-section of expected returns. Given this extensive data mining, it does not make sense to use the usual criteria for establishing significance. Which hurdle should be used for current research? Our paper introduces a new multiple testing framework and provides historical cutoffs from the first empirical tests in 1967 to today. A new factor needs to clear a much higher hurdle, with a t-statistic greater than 3.0. We argue that most claimed research findings in financial economics are likely false.

Harvey, Campbell R. and Liu, Yan and Zhu, Heqing, …and the Cross-Section of Expected Returns (February 3, 2015). Review of Economic Studies

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27 novembro 2016

História da contabilidade: Charlatanismo na educação em 1869

Em 1869, no jornal America do Sul, um leitor escreveu uma correspondência sobre a educação primária para as mulheres de uma escola particular comandada por uma senhora de nome Maria Julia e suas duas filhas. O leitor comenta sobre os resultados obtidos na escola e diz:

Onze meninas de 10 a 12 anos foram examinadas em leitura, contabilidade e doutrina, e foi grande a satisfação que tivemos em notar o adiantamento real delas nos estudos, graças ao systema de ensino escoimado do charlatanismo, tão comum entre nós (19 de dezembro de 2869, ano I, n. 43, p. 4, America do Sul) (como no original)


Este trecho chama a atenção das pessoas do século XXI por diversas razões. Primeiro, mostra a existência de escolas femininas no segundo império, com turmas pequenas de onze meninas. O segundo ponto, já comentado aqui nas postagens sobre história da contabilidade, é a presença do ensino da contabilidade na fase inicial da escolarização, juntamente com a leitura. Terceiro, a crítica ao ensino da época, com a presença de charlatães. O trecho “escoimado de charlatanismo” que dizer algo como “longe da picaretagem”

26 novembro 2016

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Fato da Semana: Auditores punidos

Fato: Auditores punidos pela CVM

Data: 24 novembro de 2016

Punição 1

Punidos: Exacto Auditoria e Carlos Olavo P Hoff
Auditada: Construtora Sultepa
Motivo : Não cumprimento de normas do CFC de auditoria, incluindo o planejamento da auditoria, estimativas contábeis, entre outras questões.
Punição : Multa de 50 mil para empresa de auditoria e 30 mil para o auditor

Punição 2

Punidos: RBA Global e Nardon Nassi Auditores Independentes
Auditada: Cia Habitasul de Participações
Motivo: Descumpriu a rotatividade dos auditores. A Nardon Nassi foi substituída pela RBA Global. O auditor Antônio Carlos Nassi é responsável técnico e representante das duas, empresas. Mas Antônio Carlos Nassi não estava cadastrado na CVM como auditor.
Punição: Multa de 300 mil para Nardon Nassi e 100 mil reais para RBA Global.

Notícia boa para contabilidade?
Auditores sendo punidos por não cumprirem requisitos de auditoria, incluindo uma tentativa de driblar a rotatividade imposta pela CVM. Um delos auditores punidos recebeu a maior condecoração dada pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Desdobramentos
Para as empresas punidas poucos efeitos, exceto a perda de algum goodwill. Será que o CFC irá discutir este assunto?

Mas a semana só teve isto?
O problema do emprego no setor, a vigilância implantada na Embraer e o plano de redução do custo do Banco do Brasil seriam outros fatores relevantes.


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25 novembro 2016

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Prêmio dos melhores infográficos

Notas no TripAdvisor passa ser o foco de hotéis e restaurantes

Teste de impairment em clubes de futebol no Brasil: poucos fazem, poucos divulgam as premissas

Queijos artesanais e regulamentação do Estado na Nova Zelândia

Os vencedores da Olimpiadas de Contabilidade

Picaratagem das pesquisas e ensino em Finanças Empíricas

A pesquisa em finanças está em crise. Estudantes formados nas universidades estão mal preparados para fazer qualquer contribuição significativa para o setor de investimentos. Como o atual presidente da Associação Americana de Finanças reconheceu: "a maioria dos resultados daz pesquisas em finanças são provavelmente falsos". Os estudantes pagam centenas de milhares de dólares para aprender abordagens que não funcionam na prática. Pior ainda, eles vão desperdiçar preciosos anos tentando descobrir como fazer esses modelos teóricos falhos funcionarem na prática. Depois de muita decepção, eles vão chegar a esta conclusão: a pesquisa acadêmica e as publicações são divorciados da aplicação prática para os mercados financeiros, e muita aplicações nos mundo dos investimento não são fundamentada na ciência adequada. Além disso, diversos fundos de hedge e firmas de investimento não contratam profissionais com background em finanças ou economia. Um exemplo clássico é a Renaissance Technologies, que contrata apenas profissionais formados na área de STEM.

Resumo:


Empirical Finance is in crisis: Our most important discovery tool is historical simulation, and yet, most backtests and time series analyses published in journals are flawed. The problem is well-known to professional organizations of Statisticians and Mathematicians, who have publicly criticized the misuse of mathematical tools among Finance researchers. In this note I point to three problems and propose four practical solutions. In an attempt to overcome the challenges posed by multiple testing and selection bias, I emphasize the need to move from an individual-centric to a community-driven research paradigm. Low retraction rates can be corrected through technologies that derive “peer p-values”. Stronger theoretical foundations and closer ties with financial firms would help prevent false discoveries.




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