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03 maio 2016

Congresso

2º Congresso UnB de Contabilidade e Governança

Data: 23-25 de Novembro de 2016

Local: FACE/UnB - Brasília - DF

Gostaríamos de convidá-lo (a) à participar do 2º Congresso UnB de Contabilidade e Governança / 2016 (2º CCG UnB). O principal tema do congresso é “Contabilidade como instrumento de responsabilidade social corporativa”. O congresso cobre pesquisas relaciona das com Auditoria e Perícia, Educação e Pesquisa em Contabilidade, Contabilidade Financeira e Finanças, Contabilidade e Governança, Contabilidade e Sistemas de Informações, Contabilidade Gerencial, Contabilidade do Setor Público, Contabilidade Socioambiental e, Contabilidade e Tributação. Serão aceitos artigos escritos em português, espanhol ou inglês.
O congresso acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de novembro de 2016.

Submissão de artigos:
16/05/2016 a 15/07/2016

Saiba Mais: ccgunb@gmail.com

Listas: Maiores riscos de desastres naturais

O World Risk Report lista os países sob a ótica dos desastres naturais. Em 2015 a liderança era de Vanuatu, uma ilha que sofre ameaça com o aquecimento global. O mesmo ocorre com Tonga.

1. Vanuatu
2. Tonga
3. Filipinas
4. Guatemala
5. Ilhas Salomão
6. Bangladesh
7. Costa Rica
8. Cambodja
9. Papua Nova Guiné
10. El Salvador

O Brasil está em 123o (em 171 países), indicando baixo nível de risco. Com respeito a distribuição geográfica do risco, baixo nível está em alguns países da América (EUA, Canadá e Brasil), Europa, Oriente Médio e Austrália, todos de verde no mapa. Maiores riscos na África, América Central e Ásia.

Construindo um modelo

Hal Varian apresenta em “How to Build an Economic Model in Your Spare Time” algumas dicas interessantes para quem deseja escrever um texto científico. São cinco itens.

1 – Ter uma ideia de pesquisa – Muitos estudantes acreditam que uma maneira de ter ideias é ler artigos de periódicos. Varian não acha que os artigos científicos sejam uma boa fonte de ideais. “eu penso que você deveria olhar para fora dos textos científicos – em jornais, revistas, conversas e na TV e programas de rádio”. Além disto, Varian também cita conversas com pessoas da área empresarial e a própria experiência de vida. Para saber se a ideia é boa, Varian sugere que você coloque em termos que um leigo possa entender. Mas não olhe a literatura. Espere para ler o que os outros já escreveram sobre o assunto, para que você possa ter tempo de praticar o modelo e encontrar uma abordagem diferente.

2 – Faça seu modelo o mais simples possível – Na etapa de modelagem, comece pelo mais simples. Se for o caso, trabalhe um exemplo. É o que Varian chama de abordagem KISS: Keep it simple, stupid (fique no simples, estúpido). Somente depois disto é possível generalizar o modelo. Começar pelo simples permite que sua análise não contenha erros e se existir seja fácil de encontrar.

3 – Atrase o máximo a pesquisa da literatura – Somente depois de generalizar o modelo, olhe na literatura.

4 – Apresente seu trabalho – Use um seminário para apresentar seu trabalho. Nesta apresentação use um ou dois slides para introdução e um para conclusão. O foco é a sua contribuição.

5 – Pare quando as pessoas já não perguntarem mais sobre o assunto.

Rir é o melhor remédio






Fonte: Aqui

02 maio 2016

Hedge

Quando uma empresa possui algum tipo de contato com mercados de outros países, o seu resultado passa a depender do comportamento da taxa de câmbio. A valorização ou desvalorização da moeda afeta o lucro. Veja a figura a seguir. A empresa vende seu produto no exterior. Recebe em dólar e tem despesas em reais. Quando o real se desvaloriza isto significa que consegue receber mais por cada dólar vendido. Por exemplo, se vende US$10 dólar e a taxa está 2R$ por cada dólar, a receita é de R$20. Se o real se desvaloriza, valendo agora 3R$ por dólar, a empresa irá receber R$30. Um aumento de R$10 na receita.

Mas tudo que funciona numa direção tem seu efeito contrário. Quando o real se valoriza, a empresa recebe menos por cada dólar vendido. No exemplo, se 1R$ é igual a um dólar, a receita irá reduzir de R$20, na situação original, para R$10. Um grande problema disto tudo é que passa a existir mais um risco para a empresa: da variação do câmbio.

Para evitar este problema existem algumas possíveis soluções. Uma delas é a empresa transformar algumas despesas para a moeda da sua receita. Isto pode ser feito captando empréstimos em dólar. Com isto a despesa financeira também será em dólar. Se o real valorizar, a empresa terá uma receita menor, mas também pagará menos juros. Se o real desvalorizar, haverá aumento da receita em reais, mas também as despesas financeiras serão maiores.

Para o investidor interessa saber se a empresa está adotando uma destas soluções. Se não estiver, o lucro pode variar muito. Em outras palavras, aumenta o risco. Mas mesmo quando a empresa adota, o risco pode continuar existindo. Este parece ser o caso da empresa JBS. Segundo o jornal O Estado de S Paulo (Política de Hedge da JBS é alvo da CVM, Mariana Durão, 30 de abril de 2016, p. b18), “A JBS informou que sua cobertura pode extrapolar em até 50% o risco concreto a ser protegido”. O ideal seria a empresa usar a solução somente dentro do montante necessário. Ultrapassar ao valor pode ser um sintoma de apostas na taxa de câmbio. E experiências mostram como é difícil prever o comportamento desta variável.

01 maio 2016

História da Contabilidade: A Obra de Pacioli foi relevante?

Quando Pacioli publicou a Summa, este livro de matemática permitiu a divulgação do método das partidas dobradas. Mas Jacob Sell, em The Reckoning, chama a atenção para um aspecto importante: a obra de Pacioli não teve um impacto expressivo pela forma como as pessoas do início dos anos 1500 tratavam os negócios. É bom lembrar que as cidades italianas estavam em decadência e as potências ocidentais mais fortes tinham uma estreita ligação com a religião.

Mas Sell chama a atenção para outra obra, que fez muito mais sucesso que a Summa. Trata-se de Il Cortegiano, uma obra publicada originalmente em 1528, que foi traduzida em diversas línguas. O livro é de autoria de Castiglione descrevia as atitudes esperadas de um cortesão (daí o título do livro). Traduzido em seis línguas, o livro afirma que o nobre ideal não deveria envolver-se com o mundo intrincado das finanças. Ele não mencionava finanças e seu livro não tinha números nem quaisquer coisas que lembrasse os negócios.

O Cortesão estava em consonância com o neoplatonismo que teve grande importância no mundo pós-medieval. Sell lembra que Erasmo, em “Educação de um Príncipe Cristão”, nunca mencionou nada relacionado com a contabilidade. Os jesuítas, que ensinavam geometria, navegação e engenharia, não incluía contabilidade no currículo. Talvez por este motivo a obra de Pacioli tenha sido “traduzida” em Portugal somente em partes, mas não o capítulo relacionado com as partidas dobradas. Dinheiro era sujo e esta visão foi propagada fortemente. Por consequência, a obra de Pacioli talvez não tenha tido a importância que deveria.
Prova disto está na pintura de Marinus van Reymerswaele, o contador e sua esposa, de 1539, que acompanha este texto. A Summa poderia ter influenciado as pessoas, mas ao contrário do livro O Cortesão, não foi tão lido e apreciado pela nobreza. E a visão dos comerciantes, sem escrúpulos e contrários as leis cristãs atrapalhou ainda mais a divulgação das partidas dobradas.

Tim Urban: Por dentro da mente de um mestre na procrastinação

Tim Urban sabe que a procrastinação não faz sentido, mas ele nunca conseguiu se livrar do hábito de esperar até o último minuto para fazer as coisas. Nesta palestra hilária e inspiradora, Urban nos leva a uma jornada por horas intermináveis no YouTube, leituras compulsivas da Wikipedia e momentos de divagação olhando pela janela - e nos encoraja a pensar firmemente naquilo em que estamos realmente procrastinando, antes que não dê mais tempo.

Yuliy Sannikov ganha a medalha John Bates Clark

Yuliy Sannikov is a theorist who has developed new methods for analyzing continuous time dynamic games using stochastic calculus methods. His work has not only broken new ground in methodology, it has had a substantial influence on applied theory. He has significantly altered the toolbox available for studying dynamic games, and as a result of his contributions, new areas of economic inquiry have become tractable for rigorous theoretical analysis. The areas of application include the design of securities, contract theory, macroeconomics with financial frictions, market microstructure, and collusion.

Yuliy Sannikov, a professor at Princeton University, won the John Bates Clark young economist award.

Sannikov was honored for theoretical work that has expanded the ability of economists to analyze a whole range of issues from the design of securities to collusion in markets, the Nashville, Tennessee-based American Economic Association said Friday in astatement on its website.

“Sannikov’s work is impressive,” the AEA said. “It is elegant, powerful, and it paves the way for further analysis on lots of problems.”

Alan Blinder, a fellow professor at Princeton and a former Federal Reserve vice chairman, said Sannikov “has displayed an unusual ability to apply deep economic theory to important questions about monetary policy and the financial system.”

Fed Chair Janet Yellen cited his work with Markus Brunnermeier, another Princeton professor, in a speech she gave at the International Monetary Fund in 2014. In a footnote, Yellen said the two economists had developed an economic model to explore whether long periods of relative economic stability led to excessive risk-taking and financial imbalances that damaged the economy when they were unwound.

Fed Symposium

In a presentation to the Kansas City Fed’s Jackson Hole symposium in 2012, Brunnermeier and Sannikov argued that central bankers can’t just focus on achieving stable prices.

"Policy rules that ignore financial stability fail to lean against the buildup of imbalances and systemic risk in normal times and are not credible in crisis times," they said.

They also highlighted the impact that monetary policy can have on the distribution of wealth in a society -- a sore point among some critics of the Fed who have accused it of pursuing strategies that benefited investors without helping ordinary Americans.

Brunnermeier said in an interview that he and Sannikov were able to provide a "totally different picture" of how the economy operates by focusing on frictions in the financial system.

Small Shocks

In particular, they were able to explain and explore how a small shock can at times have outsized economic impacts as it feeds on itself. In addition, they were better able to analyze the effects of quantitative easing, he said.

Sannikov also has studied the best way to structure incentive contracts to avoid rewarding corporate executives, private equity managers and others for work today that ends up being damaging in the longer run.

He earned a bachelor’s degree in mathematics from Princeton in 2000, then went on to get a Ph.D. in business administration four years later from Stanford University. He won three gold medals in the International Mathematical Olympiads in 1994 to 1996, according to his resume.

Research Interests

His research interests include game theory, corporate finance and macroeconomics.

Mais detalhes sobre o impacto de sua pesquisa pode ser econntrado aqui


[...]

Fonte; aqui

30 abril 2016

Fato da Semana: Iran Siqueira Lima


Fato: Faleceu Iran Siqueira Lima

Data: 29 de abril de 2016

Data Fato
1973 - Gradução em contabilidade pela AEUDF, em Brasília, depois de ter feito o curso de economia na UERJ
1976 - Mestre em Contabilidade pela USP
1987 - Começa a trabalhar na Fipecafi, onde chegaria ao posto máximo. Antes, chegou fez carreira no Banco Central. Também ministrou aula na UnB.
Década de 80 - Torna-se membro de diversos conselhos de várias empresas de capital aberto.
1998 - Doutor em Contabilidade na USP
2005 - Membro do CPC (além do Ibracon, Abrasca etc)

Notícia boa para contabilidade?
Iran contribuiu para o fortalecimento do conhecimento contábil no Brasil. Como gestor, dirigiu a Fipecafi, uma entidade que simboliza muito para o conhecimento brasileiro da área. Teve participação ativa em conselhos de administração e fiscal.
A participação do professor Iran deve ser lembrada na história da contabilidade do Brasil. Foi professor de graduação, na Universidade de Brasília, na área de Mercado de Capitais. Era muito comprometido com suas tarefas, mesmo exercendo um cargo importante no Banco Central. Aproximou a instituição da pesquisa acadêmica, através de um convênio com a Fipecafi, que aproximou os professores da USP da burocracia.

Desdobramentos
A Fipecafi tinha no professor Iran um profissional e gestor brilhante.

Mas a semana só teve isto?
A divulgação de alguns resultados de diversas empresas, no Brasil e no mundo. Mas isto é muito pouco relevante.
Ensino médium


28 abril 2016

Links

Corrida 4x400: uma recuperação fantástica

Efeito da violência diária na saúde da criança (caso Brasil)

Impostos inspiraram a arte (inclui Beatles, Cash e outros)

Google Calendar com a função meta

A influência das pessoas é mais forte que você pensa

A fotografia do Facebook ajuda na contratação para o trabalho

César, Isabel e Pedro

Segundo o IBGE existem 118.934 "César" no Brasil. É o 260o. nome mais popular. O RS é o estado com maior participação deste nome e durante a década de 70 e 80 foi um nome mais popular. Já Isabel são quase 240 mil (124o. em popularidade) e as pessoas do Piauí gostam deste nome. Foi um nome mais presente nos nascidos na década de 60.

Bom, e Pedro? São mais de 1 milhão no Brasil. Ou mais preciso, 1.219.605. É o nono nome em popularidade e o DF adota muito este nome. Ah, sim. É um nome da década de 2000. Moderno e popular.

Os nomes mais populares:

1) Maria 11.734.129 pessoas
2) Jose 5.754.529 pessoas
3) Ana 3.089.858 pessoas
4) Joao 2.984.119 pessoas
5) Antonio 2.576.348 pessoas
6) Francisco 1.772.197 pessoas
7) Carlos 1.489.191 pessoas
8) Paulo 1.423.262 pessoas
9) Pedro 1.219.605 pessoas
10) Lucas 1.127.310 pessoas

Análise de regressão engana até especialistas

Resumo:

Does the manner in which results are presented in empirical studies affect perceptions of the predictability of the outcomes? Noting the predominant role of linear regression analysis in empirical economics, we asked 257 academic economists to make probabilistic inferences based on different presentations of the outputs of this statistical tool. The questions concerned the distribution of the dependent variable, conditional on known values of the independent variable. The answers based on the presentation mode that is standard in the literature demonstrated an illusion of predictability; the outcomes were perceived to be more predictable than could be justified by the model. In particular, many respondents failed to take the error term into account. Adding graphs did not improve the inference. Paradoxically, the respondents were more accurate when onlygraphs were provided (i.e., no regression statistics). The implications of our study suggest, inter alia, the need to reconsider the way in which empirical results are presented, and the possible provision of easy-to-use simulation tools that would enable readers of empirical papers to make accurate inferences.


Meu resumo (bem superficial):

A análise de regressão está interessada em verificar a relação entre variáveis dependentes (resultados de algum fenômeno) e variáveis independentes (possíveis causas). Assim, busca encontrar variáveis que tenham algum efeito significativo sobre os resultados. No entanto, ela olha apenas para efeitos médios, o que é insuficiente para realizar previsões probabilísticas, pois não há uma caracterização mais completa da relação entre variáveis dependentes e independentes.

O artigo acima mostra que a maioria dos professores e pesquisadores das melhores universidades do mundo da área de economia não sabem fazer previsões probabilísticas acuradas oriundas de analise de regressão. Como essa técnica está preocupada apenas com relações causais na média,  eles ignnoram a incerteza inerente da variável dependente, condicionada aos valores da variável independente. De maneira mais técnica, os pesquisadores focaram as incertezas das previsões nas estimativas dos parâmetros, mas não no erro padrão da regressão, que corresponde a variância da variável dependente que não pode ser explicada pela variável independente, dada por $(1-R^2$). Em suma, os economistas (e demais pesquisadores de ciências sociais) caem na Ilusão da Previsibilidade oriunda de regressões lineares.


Rir é o melhor remédio

Cantos e dedinho do pé

27 abril 2016

AGU e Normas de Contabilidade

O ex-Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams, tomou uma decisão importante para a contabilidade pública em 2015. Através da Portaria 40, de 10 de fevereiro de 2015, Adams determinou os critérios que a Advocacia-Geral da União (AGU) deveria usar para as ações judiciais contra a União, autarquias e fundações. Não é preciso dizer que esta decisão tem um impacto de muitos bilhões de reais. A AGU passou a usar a portaria para determinar o valor das ações judiciais contra a União. Diz respeito aos riscos fiscais.

Numa empresa, a contabilidade apresenta no seu passivo a perspectiva de perda com ações que correm na justiça. A Portaria 40 trata do mesmo assunto na área pública. O artigo segundo informa que as ações incluem as em tramitação ou já transitadas em julgado. Mas estabelece um limite de 1 bilhão de reais. Ou seja, ações onde o impacto financeiro é menor que este valor não são consideradas na estimativa da AGU. A AGU foca na materialidade, mas será que não esqueceu a relevância. Além disto, a portaria não se aplica a Procuradoria-Geral do Banco Central. Assim, a mensuração dos passivos sujeitos aos riscos fiscais.

O risco é classificado em provável, possível e remoto. No artigo terceiro a portaria lista as características de cada um dos riscos. São critérios objetivos e próximos ao que ocorre na área privada. Mas não é totalmente abrangente, como se espera, pois exclui valores menores e do Banco Central.

Mudança ou Realidade

As alterações realizadas no Balanço Geral da União terminaram por mostrar um patrimônio líquido negativo de 1,4 trilhão em 31/12/2015.

A reversão ocorreu, principalmente, por causa de uma alteração de entendimento no Ministério da Fazenda sobre como contabilizar créditos tributários. Antes, aqueles com exigibilidade suspensa (por causa de discussões judiciais, por exemplo) eram tratados como ativos do Tesouro. Mas o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que eles fossem desconsiderados. (Valor Econômico, 26/4/2016, via aqui)

Entretanto, afirmar que “mudança contábil leva União a ficar com patrimônio negativo” é inadequado. Espera-se que o BGU reflita a realidade. Não será a mudança na contabilidade que provocou o problema no governo federal.

Rir é o melhor remédio

Game of Thrones e The Big Bang Theory