Saiu na ESPN do Reino Unido que o caso de Neymar foi examinado e comprovou-se a criação de contratos falsos para evitar pagar impostos. Ano passado bens de Neymar, cerca de US 48 milhões de dólares, foram congelados devido a evasão de impostos.
O auditor indicado pela corte afirmou que investigou as informações tributárias relacionadas ao caso, três empreendimentos e parceiros de negócios (parentes do jogador), e concluiu que houve sim práticas fraudulentas.
Segundo a revista Veja, os impostos atrasados, juros e multas somam 188,8 milhões de reais.
Neymar também está sob investigação na corte espanhola em decorrência da sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013.
19 março 2016
Provisão
É interessante como a contabilidade pode indicar problemas macro da economia. Eis mais um caso:
Depois de uma onda de desistência de compra de imóveis - os chamados distratos - afetar negativamente os balanços das incorporadoras, agora os indicadores econômicos ainda mais fracos começam a bater nas linhas de provisões, em especial por causa da expectativa de que a crise do País trará um impacto direto nos pagamentos dos clientes.
Dentre as companhias que já anunciaram os resultados completos de 2015, a MRV Engenharia fez uma provisão de R$ 29 milhões no ano passado, acumulando um total de R$ 56 milhões sobre o seu portfólio de contas a receber, que abarca uma espécie de empréstimo feito sem garantias aos clientes.
Depois de uma onda de desistência de compra de imóveis - os chamados distratos - afetar negativamente os balanços das incorporadoras, agora os indicadores econômicos ainda mais fracos começam a bater nas linhas de provisões, em especial por causa da expectativa de que a crise do País trará um impacto direto nos pagamentos dos clientes.
Dentre as companhias que já anunciaram os resultados completos de 2015, a MRV Engenharia fez uma provisão de R$ 29 milhões no ano passado, acumulando um total de R$ 56 milhões sobre o seu portfólio de contas a receber, que abarca uma espécie de empréstimo feito sem garantias aos clientes.
Não a melhor oferta
Apesar da necessidade de recursos, a Petrobrás está disposta a ganhar menos com a venda de ativos para evitar contratos que levem a empresa a ter de assumir passivos trabalhistas e tributários no futuro. (...) Na Argentina, a subsidiária está sendo negociada exclusivamente com a Pampa Energia, que ofereceu US$ 1,5 bilhão à Petrobrás. Segundo fontes da estatal, a proposta em análise superou outra oferta, mais atrativa, mas que continha cláusula de “escrow account”, uma garantia financeira à nova dona do ativo para cobrir eventuais passivos tributários ou trabalhistas após a venda. A mesma posição é mantida nas negociações com os três interessados na subsidiária de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS), que encaminharam propostas no início do mês. O banco Santander é o assessor financeiro da transação e a previsão é que a escolha do comprador seja fechada em até 90 dias. (...) “Não adianta nada decidir pelo preço se ele representa condições contratuais difíceis de serem cumpridas. O que estamos vendo é a qualidade da proposta. Quando você vende algo, não quer estar amarrado a eventuais garantias”, informou uma fonte próxima às negociações. (Estado de S Paulo, Petrobrás dá desconto na ..., 18 de março de 2016)
A lógica da informação assimétrica indicaria que o vendedor conhece mais do ativo que está sendo negociado que o comprador. Se a empresa não aceita a garantia de cobrir eventuais passivos, isto pode indicar que a Petrobras sabe que estes passivos existem e também pode ter conhecimento que "não tem conhecimento" do tamanho do passivo. Seria de esperar que a segunda oferta, diante da recusa da empresa, apresentasse um valor bem menor para cobrir este risco.
Será que a perda de valor decorrente desta atitude compensou?
A lógica da informação assimétrica indicaria que o vendedor conhece mais do ativo que está sendo negociado que o comprador. Se a empresa não aceita a garantia de cobrir eventuais passivos, isto pode indicar que a Petrobras sabe que estes passivos existem e também pode ter conhecimento que "não tem conhecimento" do tamanho do passivo. Seria de esperar que a segunda oferta, diante da recusa da empresa, apresentasse um valor bem menor para cobrir este risco.
Será que a perda de valor decorrente desta atitude compensou?
18 março 2016
Xadrez e Emoção
Ao assistir a transmissão de um jogo de xadrez é interessante perceber a emoção dos jogadores. É isto mesmo. Apesar de ser um jogo cerebral, no tabuleiro tem seres humanos mexendo as peças. Ontem aconteceu um fato no torneio de candidatos em Moscou que mostra isto.
Para esclarecer, o torneio de candidatos atualmente está sendo disputado entre oito dos mais fortes jogadores do mundo. São dois russos, dois dos EUA e um da Armênia, Índia, Holanda e Bulgária, jogando todos contra todos e o melhor colocado irá desafiar o atual campeão mundial, o norueguês Carlsen. Das catorze partidas, seis já foram disputadas.
O jogo era entre Nakamura, dos EUA, e Aronian, da Armênia. Enquanto Aronian estava entre os primeiros com uma vitória e quatro empates, Nakamura tinha quatro empates e uma derrota. A partida já estava no seu final e uma pequena vantagem para Aronian, que jogava com as peças brancas. Em outras palavras, a partida deveria terminar em empate ou vitória para Aronian.
Existem duas regras que o leitor precisa conhecer. A primeira é “peça tocava, peça movida” impõe que quando o jogador segura uma das peças ele deve obrigatoriamente fazer a sua jogada com esta peça. Se ele pegou no rei, o rei deve ser movido, não outra peça. A segunda peça é que o jogador pode arrumar suas peças quando estas estiverem mal colocadas no tabuleiro. Para isto deve falar “j´adoube” para deixar claro que não irá mover a peça e sim arrumá-la no tabuleiro.
A jogada estava com as pretas (Nakamura). A fotografia a seguir mostra o jogador tocando no seu rei. Ou seja, deveria ser a peça a ser movida. O problema é que qualquer movimentação do rei traria a derrota quase que imediata de Nakamura.
Assim que tocou no rei, Nakamura parece ter percebido que esta não seria uma jogada boa. E retirou rapidamente a mão da peça, insinuando que estava arrumando a peça:
Mas Aronian reclamou da atitude de Nakamura. Este olha espantado para seu adversário, não compreendendo o que estava se passando. Ou fazendo de conta que não estava entendendo o que Aronian queria dizer.
A seguir Aronian abre os braços, reclamando da atitude de Nakamura.
Ao lado dos jogadores o juiz, que observa o que esta ocorrendo. Aronian dirige ao árbitro com sua reclamação, enquanto Nakamura espera. Enquanto o juiz age, Aronian levanta e sai.
O juiz determina que Nakamura deva jogar com o rei, conforme a regra. Ele se abaixa e começa a pensar na posição. A expressão é de frustação. Logo depois faz sua jogada e em menos de dez jogadas reconhece que a partida está perdida.
Com a vitória Aronian passa a dividir a liderança do torneio, com quatro pontos em seis possíveis. Nakamura tem somente dois pontos em seis e está em oitavo. Suas chances são reduzidas de vencer o torneio, já que faltam oito partidas.
Qual deveria ser a atitude de Aronian? Ser cavaleiro e aceitar o engano de Nakamura, fingindo acreditar que o americano estava arrumando as peças? Esta foi a opinião do presidente da Association of Chess Professionals, Emil Sutovsky. Seria elegante, sem dúvida, mas ele está disputando o direito de ser o desafiante ao campeão. Mas Nakamura fingiu que estava arrumando a peças e sua atitude foi questionável. Perder a partida, como ocorreu, praticamente afasta da possibilidade de vencer o torneio.
Um fato depõe contra Nakamura. Numa disputa ocorrida em 2015 contra outro jogador, Ian Nepomniachtchi, exatamente para selecionar os participantes do torneio atual, Nakamura fez um movimento, o roque, com as duas mãos, também proibido nas regras. Naquele momento, a reclamação de Ian não foi levada em consideração e ele perdeu o jogo. (Nota: como era um jogo rápido, mover com as duas mãos economiza o tempo do jogador, dando um vantagem para ele)
Xadrez, emoção, comportamento.
Para esclarecer, o torneio de candidatos atualmente está sendo disputado entre oito dos mais fortes jogadores do mundo. São dois russos, dois dos EUA e um da Armênia, Índia, Holanda e Bulgária, jogando todos contra todos e o melhor colocado irá desafiar o atual campeão mundial, o norueguês Carlsen. Das catorze partidas, seis já foram disputadas.
O jogo era entre Nakamura, dos EUA, e Aronian, da Armênia. Enquanto Aronian estava entre os primeiros com uma vitória e quatro empates, Nakamura tinha quatro empates e uma derrota. A partida já estava no seu final e uma pequena vantagem para Aronian, que jogava com as peças brancas. Em outras palavras, a partida deveria terminar em empate ou vitória para Aronian.
Existem duas regras que o leitor precisa conhecer. A primeira é “peça tocava, peça movida” impõe que quando o jogador segura uma das peças ele deve obrigatoriamente fazer a sua jogada com esta peça. Se ele pegou no rei, o rei deve ser movido, não outra peça. A segunda peça é que o jogador pode arrumar suas peças quando estas estiverem mal colocadas no tabuleiro. Para isto deve falar “j´adoube” para deixar claro que não irá mover a peça e sim arrumá-la no tabuleiro.
A jogada estava com as pretas (Nakamura). A fotografia a seguir mostra o jogador tocando no seu rei. Ou seja, deveria ser a peça a ser movida. O problema é que qualquer movimentação do rei traria a derrota quase que imediata de Nakamura.
Assim que tocou no rei, Nakamura parece ter percebido que esta não seria uma jogada boa. E retirou rapidamente a mão da peça, insinuando que estava arrumando a peça:
Mas Aronian reclamou da atitude de Nakamura. Este olha espantado para seu adversário, não compreendendo o que estava se passando. Ou fazendo de conta que não estava entendendo o que Aronian queria dizer.
A seguir Aronian abre os braços, reclamando da atitude de Nakamura.
Ao lado dos jogadores o juiz, que observa o que esta ocorrendo. Aronian dirige ao árbitro com sua reclamação, enquanto Nakamura espera. Enquanto o juiz age, Aronian levanta e sai.
O juiz determina que Nakamura deva jogar com o rei, conforme a regra. Ele se abaixa e começa a pensar na posição. A expressão é de frustação. Logo depois faz sua jogada e em menos de dez jogadas reconhece que a partida está perdida.
Com a vitória Aronian passa a dividir a liderança do torneio, com quatro pontos em seis possíveis. Nakamura tem somente dois pontos em seis e está em oitavo. Suas chances são reduzidas de vencer o torneio, já que faltam oito partidas.
Qual deveria ser a atitude de Aronian? Ser cavaleiro e aceitar o engano de Nakamura, fingindo acreditar que o americano estava arrumando as peças? Esta foi a opinião do presidente da Association of Chess Professionals, Emil Sutovsky. Seria elegante, sem dúvida, mas ele está disputando o direito de ser o desafiante ao campeão. Mas Nakamura fingiu que estava arrumando a peças e sua atitude foi questionável. Perder a partida, como ocorreu, praticamente afasta da possibilidade de vencer o torneio.
Um fato depõe contra Nakamura. Numa disputa ocorrida em 2015 contra outro jogador, Ian Nepomniachtchi, exatamente para selecionar os participantes do torneio atual, Nakamura fez um movimento, o roque, com as duas mãos, também proibido nas regras. Naquele momento, a reclamação de Ian não foi levada em consideração e ele perdeu o jogo. (Nota: como era um jogo rápido, mover com as duas mãos economiza o tempo do jogador, dando um vantagem para ele)
Xadrez, emoção, comportamento.
17 março 2016
Notícia de Jornal
O Correio Braziliense publicou uma reportagem sobre a questão da segurança na minha universidade. Segundo o jornal
Apenas 50% dos vigilantes concursados da Universidade de Brasília (UnB) estão trabalhando.
Mais ainda,
Josué Barbosa Guedes explica que a média de idade dos vigilantes concursados é de 52 anos. “Eles têm muitos problemas de saúde e há muito tempo não fazem concurso para esse cargo. O mais novo está com 46 anos e o mais velho, com 70.
E para completar,
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), há mais de 10 anos não é realizado concurso público para o setor.
Os dados parecem estar corretos. E justificam o título "UnB só tem metade de vigilantes: setor está sem concurso há 10 anos". Mas tem um detalhe crucial que afeta todo o texto:
O cargo de vigilante está em fase de extinção. Com isto, não é possível ter concurso. E obviamente que a idade média dos vigilantes é elevada. A UnB tem utilizado de terceirização para fazer esta função.
Apenas 50% dos vigilantes concursados da Universidade de Brasília (UnB) estão trabalhando.
Mais ainda,
Josué Barbosa Guedes explica que a média de idade dos vigilantes concursados é de 52 anos. “Eles têm muitos problemas de saúde e há muito tempo não fazem concurso para esse cargo. O mais novo está com 46 anos e o mais velho, com 70.
E para completar,
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), há mais de 10 anos não é realizado concurso público para o setor.
Os dados parecem estar corretos. E justificam o título "UnB só tem metade de vigilantes: setor está sem concurso há 10 anos". Mas tem um detalhe crucial que afeta todo o texto:
O cargo de vigilante está em fase de extinção. Com isto, não é possível ter concurso. E obviamente que a idade média dos vigilantes é elevada. A UnB tem utilizado de terceirização para fazer esta função.
Juntando o dinheiro
Segundo o Valor
A Suíça já bloqueou US$ 800 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões) em bancos suíços, o dobro de soma que já tinha sido bloqueada no ano passado, de dinheiro ligado à corrupção na Petrobras. Isso é resultado de investigações em mais de 1 mil contas, em 40 bancos do país, com ligação com o escândalo da estatal brasileira. O anúncio foi feito hoje depois de reunião em Berna, capital suíça, entre os procuradores gerais da Suíça, Michael Lauber, e do Brasil, Rodrigo Janot. Agora, a Suíça vai repatriar mais US$ 70 milhões (R$ 256 milhões) ao Brasil, suplementares aos US$ 120 milhões (R$ 439 milhões) que já foram repassados em 2015, com o acordo dos titulares das contas.
Isto é somente parte do que foi desviado da empresa, já que outros recursos podem ter sido transformados em diversos tipos de ativos (imóveis, carros etc).
A Suíça já bloqueou US$ 800 milhões (cerca de R$ 2,9 bilhões) em bancos suíços, o dobro de soma que já tinha sido bloqueada no ano passado, de dinheiro ligado à corrupção na Petrobras. Isso é resultado de investigações em mais de 1 mil contas, em 40 bancos do país, com ligação com o escândalo da estatal brasileira. O anúncio foi feito hoje depois de reunião em Berna, capital suíça, entre os procuradores gerais da Suíça, Michael Lauber, e do Brasil, Rodrigo Janot. Agora, a Suíça vai repatriar mais US$ 70 milhões (R$ 256 milhões) ao Brasil, suplementares aos US$ 120 milhões (R$ 439 milhões) que já foram repassados em 2015, com o acordo dos titulares das contas.
Isto é somente parte do que foi desviado da empresa, já que outros recursos podem ter sido transformados em diversos tipos de ativos (imóveis, carros etc).
Contabilidade e Guerra
"Na frieza dos números, os contabilistas representavam os judeus como meros números nos relatórios contábeis, deixando de ter valor pessoal, cultural, físico e mental. Além disso, ao serem assassinados, os judeus perdiam seus bens para o Estado e ainda tinha que pagar pelo seu assassinato - taxa de transporte (sendo ambas operações devidamente contabilizadas pelos profissionais de Contabilidade da época" (Contabilidade para guerra, Mirella Mirtes Lins e Souza et alii, Revista Brasileira de Contabilidade, 206, p 40 a 59)
No Brasil a questão da contabilidade para guerra já foi objeto de três postagens neste blog. A fábrica de Pólvora evidenciava sua situação logo após a independência, incluindo seu estoque. A questão do estoque de armamentos era sensível ao governo e um documento de 1718 mostra esta preocupação. Uma postagem específica sobre a Fábrica de Polvora Estrella, que incluía nas demonstrações os escravos que trabalhavam na produção.
Ao longo das minhas pesquisas tenho notado que o Ministério da Guerra tinha uma das contabilidades mais desenvolvidas durante o Império.
Voltando ao artigo, o texto é muito interessante. É pena que o CFC não disponibilize o texto, muito bom por sinal, para que todos tenham acesso ao tratamento dado pelos autores.
No Brasil a questão da contabilidade para guerra já foi objeto de três postagens neste blog. A fábrica de Pólvora evidenciava sua situação logo após a independência, incluindo seu estoque. A questão do estoque de armamentos era sensível ao governo e um documento de 1718 mostra esta preocupação. Uma postagem específica sobre a Fábrica de Polvora Estrella, que incluía nas demonstrações os escravos que trabalhavam na produção.
Ao longo das minhas pesquisas tenho notado que o Ministério da Guerra tinha uma das contabilidades mais desenvolvidas durante o Império.
Voltando ao artigo, o texto é muito interessante. É pena que o CFC não disponibilize o texto, muito bom por sinal, para que todos tenham acesso ao tratamento dado pelos autores.
Links
Comer carne pode ser a explicação para a evolução humana
Shapley, vencedor do Nobel de Economia, faleceu (Market Design)
Que tipo de homem lê a Playboy (propaganda antiga) (ao lado)
Se quiser que algo ocorra, use uma pessoa ocupada
4% de chance de trabalhar na Deloitte
Toshiba encontrou mais erros na sua contabilidade
Os números primos não são tão aleatórios assim (mas deveriam)
Shapley, vencedor do Nobel de Economia, faleceu (Market Design)
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Se quiser que algo ocorra, use uma pessoa ocupada
4% de chance de trabalhar na Deloitte
Toshiba encontrou mais erros na sua contabilidade
Os números primos não são tão aleatórios assim (mas deveriam)
16 março 2016
Frase
Fair value accounting has not yet been tested by a major financial crisis, when lenders in particular could discover that fair value means fair weather value (Ball, 2006, antes da crise de 2007-2008)
FIFA quer restituição por danos causados pelo escândalo das propinas
Saiu na Bloomberg que a FIFA se diz vítima dos escândalos de propinas que removeram a maior parte de sua liderança. Agora, a Federação quer dez milhões de dólares em restituições, mesmo tendo admitido pela primeira vez que executivos aceitaram pagamentos de países que queriam se tornar sede da Copa do Mundo.
Sob a liderança do recém eleito presidente Gianni Infantino a FIFA está buscando parte dos US 190 milhões que os promotores querem coletar da dúzia de executivos e mídia futebolísticos acusados de corrupção. A organização diz que tem o direito de ser compensada pelos danos causados a sua reputação e marca; também quer recuperar salários, taxas de advogados e dinheiro utilizado para propinas.
Isso faz parte da campanha de reabilitação da FIFA, que começou com a eleição de Infantino no mês passado.
Também há busca por danos de réus que um dia foram as figuras mais poderosas no futebol sul americano, incluindo US 3,5 milhões de Ricardo Teixeira, antigo líder do futebol brasileiro, e Nicolas Leoz, cabeça da Conmebol. Os dois oficiais largaram o futebol em 2013 após a FIFA ter produzido um relatório dizendo que eles aceitaram propinas. Nenhum dos dois apareceu em um tribunal estadunidense.
Jose Hawilla, brasileiro, fundador do Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, alegou ser culpado e concordou em pagar US 151 milhões em restituição. Jeffrey Webb, ex-presidente da Concaf, também alegou ser culpado e concordou em pagar US 6,7 milhões. A FIFA solicitou uma auditoria dos bens de Webb.
Resenha: Yes Please
Yes Please é um livro da comediante Amy Poehler que se consagrou nos programas Saturday Night Live (SNL) e Parks and Recreation, mas não é um livro de comédia. Nele você lerá histórias desde o início da carreira dela como comediante até a chegada ao SNL, a tentativa de ser uma “pessoa normal”, as preocupações que tem como mãe de dois meninos, as aleatoriedades que se passam em sua cabeça e criativas preocupações com inteligência artificial. É engraçado e a cara da comediante. Ninguém pode acusá-la de ter utilizado um ghost writer!
É difícil avaliar este livro, pois ele não tem uma característica específica que o define. Os gêneros utilizados variam de biografia e memória a autoajuda! E ela realmente é engraçada e traz pensamentos sobre sermos melhores e mais solidários. Frequentemente sofremos por coisas que não merecem a energia que empregamos.
O título do livro se refere a uma regra de improviso que diz que você sempre deve aceitar a situação que lhe é colocada e acrescentar algo a ela – “Sim, e...”. Essa também é uma boa regra para a vida, mas Poehler acrescenta o “por favor” para que haja educação e cuidado.
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| Nunca é agir muito emocionalmente pedir o que você quer e precisa |
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| Penso que se você consegue dançar e ser livre e não envergonhada, você pode comandar o mundo |
Vale a pena? Sim, se você gosta da atriz e do tipo de comédia que ela retrata. Se você tem certa intolerância para piadas inadequadas, este livro não é para você. Até o mais liberal vai ficar alerta em alguns momentos da narração. Se você é um fã inveterado do Saturday Night Live, compre sem pestanejar.
Gerdau
Ao divulgar seus resultados do quarto trimestre, a empresa Gerdau não deixou de lado o seu envolvimento na Operação Zelotes e apresentou sua versão dos fatos:
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