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21 fevereiro 2011

Solução do Panamericano ajudou Caixa

A operação de resgate do Panamericano não salvou apenas o pescoço de Silvio Santos, que escapou de perder boa parte de sua fortuna se o banco quebrasse. Ela também livrou a Caixa Econômica Federal, que se tornara sócia do banco, de um rosário de problemas.

Caso o Panamericano quebrasse, além de perder os R$ 740 milhões aplicados na compra do banco, a Caixa provavelmente ficaria exposta a uma chuva de processos movidos por pessoas e empresas que se sentissem prejudicadas com a falência - assim como Silvio.

Por ser um banco do governo, no entanto, a Caixa ainda poderia ser acionada por qualquer cidadão. diretores e membros do Conselho de Administração indicados pela Caixa teriam seus bens imediatamente bloqueados por força de lei - ainda que não estivessem no banco quando foi produzido o rombo de R$ 4,3 bilhões. Entre eles, Maria Fernanda Ramos Coelho, presidente da Caixa, que também preside o Conselho do Panamericano.

Salvamento do Panamericano livra Caixa de problemas - Estado de São Paulo

Falha na norma

Falhas na legislação que rege o mercado financeiro propiciam problemas como os apresentados pelo banco PanAmericano, a avaliação é do economista Roberto Luis Troster. Segundo ele, a norma é flexível para instituições que fazem operações pequenas, até R$ 50 mil, e permite que os balanços subestimem as perdas causadas pela inadimplência. “É um problema de bancos com operações menores que cedem as carteiras”, disse.

Fonte: aqui

Não sei se existiria uma maneira adequada de resolver completamente esta questão.

20 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Mais dinheiro para o Panamericano

O FGC se comprometeu a comprar até R$ 3,5 bilhões em cessões de crédito do PanAmerciano para ajudar na recomposição do patrimônio do banco. Somente em janeiro, as compras do fundo renderam R$ 700 milhões em receitas, que foram usadas para reforçar o patrimônio da instituição, que havia caído para R$ 197 mlhões em dezembro. O aporte de R$ 1,3 bilhão que o FGC fez no final do mês passado também foi usado para a recomposição do capital do PanAmericano, que de acordo com a nova direção do banco só deve voltar aos níveis mínimos exigidos pelo Banco Central no final deste mês.

FGC pode comprar até R$ 3,5 bilhões em carteiras do PanAmericano para reforçar patrimônio do banco - Publicada em 18/02/2011 às 19h52m - Ronaldo D'Ercole - O Globo

Observe que isto está de acordo com nossa análise sobre a solução para o banco.

19 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Rir é o melhor remédio - Por Isabel Sales

No filme “Meu Malvado Favorito”, da Universal, o vilão vai até o banco pedir um empréstimo para colocar seus planos maquiavélicos em prática. O banco se chama “Banco do Mal” e é caracterizado como tendo sido previamente o banco Lehman Brothers.

Satyam paga US$ 125 milhões

Satyam paga US$ 125 milhões - Por Isabel Sales

Segundo reportagem da Reuters, a companhia indiana Satyam concordou em pagar US$ 125 milhões para liquidar um litígio nova-iorquino com acionistas em decorrência de fraude contábil em janeiro de 2009.

Estima-se que as ações judiciais contra a PWC, firma responsável pela auditoria da Satyam na época do escândalo, possam alcançar mais que US$ 1 bilhão.

Leia mais sobre o maior escândalo corporativo ocorrido na Índia em postagens anteriores:

O fato do dia: Enron da Índia

Satyam

Satyam e avaliação

Outras

Auditoria no American Idol

Auditoria no American Idol - Por Isabel Sales

“Eu sou um auditor então... na verdade não tenho muitos amigos”.

Assim brincou Steve Beghun, auditor da PWC participante do American Idol– um dos programas com a maior audiência nos Estados Unidos e agora, pela primeira vez, um contador irá arriscar algumas notas.



Para quem quiser ficar na torcida, o programa é apresentado na Sony aos sábados e domingos às 20h.

Leia mais Aqui

18 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio




Por que chove tanto?

Remuneração dos mestres em Contabilidade

Este estudo teve o objetivo de analisar os fatores que determinam a variação salarial apresentada pelos mestres em Ciências Contábeis titulados pelo Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UNB/UFPB/UFPE/UFRN. Em seus resultados, pode-se observar que os principais fatores que determinam as variações salariais desses profissionais foram: o fato de possuir graduação em Contabilidade; de possuir especialização; de concluir sua graduação com menor idade possível; de ter mais tempo de experiência e ter sua principal atividade remunerada ligada ao mercado. Observou-se, também, que o mercado continua remunerando melhor que a academia, que ainda existe discriminação de gênero no mercado de trabalho, e que os preceitos das Teorias do Capital Humano e da Segmentação dos Mercados puderam ser ratificados, indicando que a escolaridade influencia a remuneração desses profissionais.

DETERMINANTES DA VARIAÇÃO SALARIAL DOS MESTRES EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Orleans Silva Martins & Paulo Aguiar do Monte

Links

Justiça condena Walmart por fazer funcionário rebolar

Jabuticaba dá desconto no IPTU de Sabará

Por que Linkedin é mais valioso que Facebook

Cientistas descobrem, acidentalmente, um possível remédio contra a calvicie

Pronunciamento sobre as melhores práticas de divulgação de resultados periódicos

Chavez decide mudar o cálculo do PIB, para mostrar crescimento (dica Pedro Correia)

Falácia do corte de R$50 bilhões no orçamento

Confusão na implantação do Basileia III

Recorde de músicas nas paradas mundiais: Glee

Por que ninguém vai para cadeia?

A revista Rolling Stone pergunta: qual a razão dos executivos de Wall Street escaparem ilesos dos escândalos? O texto cita vários casos, mas selecionei um interessante e pouco conhecido: Sunbeam. Esta empresa é especializada em utilidades domésticas. No final dos anos 1990 a empresa estava usando truques contábeis. Seu executivo, Al "Chainsaw" Dunlap, foi multado em 500 mil dólares e proibido de gerir uma empresa aberta. Como o patrimônio dele era de 100 milhões, Dunlap aposentou-se com 99,5 milhões de dólares.

Eis a conclusão:

Para a maioria dos americanos, os crimes financeiros não são reais, você não vê os culpados brandindo armas em lojas ou arrastando pessoas em arbustos. Mas estas fraudes são piores do que os roubos comuns. São crimes de escolha intelectual, feita por pessoas que já são ricos e que têm todas as vantagens sociais possíveis, agindo sobre um cálculo simples e cínico: Vamos roubar tudo o que podemos.

Panamericano republica

O Panamericano reapresentou hoje documentos relativos às demonstrações financeiras e relatório da administração em decorrência de nove alterações nos textos.

A mudança se deve a correções ou inclusão de informações, sem alterar as partes mais essenciais do balanço, como o reconhecimento do rombo de R$ 4,3 bilhões nas contas da instituição financeira ou do prejuízo de R$ 133,61 milhões em dezembro.

O banco, por exemplo, tirou da seção de resultados a nomenclatura "lucro líquido do trimestre", que causou algumas confusões ontem, já que a administração do Panamericano decidiu publicar apenas os números de dezembro - dada a falta de confiabilidade sobre as cifras de períodos anteriores, contaminadas por irregularidades contábeis da antiga direção. Por isso, o banco colocou "prejuízo líquido do mês" na rubrica.

Em comunicado ao mercado, o Panamericano informa que a Deloitte, auditoria independente responsável pelo exame das demonstrações contábeis, concordou com as alterações e substituições efetuadas.
Panamericano reapresenta balanço com alterações no texto - Qui, 17 Fev, (Eduardo Laguna | Valor)

A força dos fundos de pensão


A figura mostra a participação dos fundos de pensão na economia de cada país. Enquanto os ativos dos fundos representam mais de cem por cento da economia da Holanda e Suíça, a participação é muito reduzida na França e Alemanha. Os 300 bilhões dos fundos brasileiros fazem com que o país esteja junto com estes países. Ou seja, existe potencial para crescimento dos fundos na nossa economia.

O valor reduzido não é bom nem ruim. Apenas uma característica da nossa economia. Poderia ser maior se a gestão dos fundos fosse mais profissional, e os fundos não fossem chamados, pelo governo, para participar de projetos de baixo retorno.

Efeitos da Basileia III

Até dezembro de 2011, as instituições financeiras terão uma nova definição do capital exigido para fazer frente aos riscos bancários. Segundo o chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC), Sergio Odilon, o conceito de Patrimônio de Referência (PR) será alterado para atender às exigências das regras prudenciais do acordo de Basileia III.

O capital nível 1 que compõe o PR será dividido em capital principal e capital adicional, onde entram dois tipos de “colchões”, poupanças anticrise. Para o capital principal do nível 1 serão considerados apenas ações (capital social) e lucros retidos, excluindo-se os atuais híbridos e dívidas subordinadas, que irão compor o nível 2.

Saem também do capital principal, créditos tributários, ágios, ativos permanentes, relacionados a fundos de pensão, ações em tesouraria, participações de minoritários e em seguradoras não controladas.

Os bancos vão ter que fazer dois colchões: um chamado capital de conservação e outro de capital anticíclico [1]. Ambos serão definidos pelo BC, no futuro. (...)

Hoje, o BC exige que cada banco tenha em capital próprio, um mínimo de 11% do PR. Com a mudança, poderá chegar a 13%. [2] (...) Até dezembro de 2012 será definido o capital de conservação, contracíclico e índices de alavancagem. Até dezembro de 2013 será definido o cálculo do índice de liquidez (LCR). Até dezembro de 2014 o BC divulga metodologia para outra medida de liquidez (NSFR). Até dezembro de 2016, a composição do NSFR. E até julho de 2017, a definição final da composição e do índice de alavancagem, informou o BC.

(Azelma Rodrigues | Valor Econômico - BC mudará cálculo do Patrimônio de Referência dos bancos neste ano - 17/02/2011

[1] Observe que isto está de acordo com a questão apresentada ontem no blog, sobre a provisão dinâmica

[2] Esta medida tem impacto sobre o crédito bancário. E os efeitos sobre a taxa de juros?

O que deve ter uma "conclusão" de um trabalho científico?

A conclusão é a parte mais desprezada de um trabalho científico. Geralmente deixamos para o final, quando já estamos exaustos com a pesquisa. E temos dificuldade em escrevê-la. Existe um pesquisador que afirmou que por ele seus trabalhos nunca teriam o item “conclusão”, pois as mesmas são facilmente obtidas a partir da leitura do texto. Mas ele reconhece que isto tornaria difícil a aprovação do artigo num periódico de renome e por isto ele faz uma conclusão suscinta.

Aqui um roteiro sobre o que deve e o que não deve conter uma conclusão

O que não deve estar na conclusão

1. O objetivo do trabalho – Na realidade o objetivo só deve ser enunciado uma vez. Se o texto é claro, não é necessário repetição.
2. Os resultados do trabalho – Novamente o mesmo do anterior. Os resultados já estão no resumo, na introdução (e isto mesmo) e na análise de dados. Repeti-los na conclusão é considerar o leitor um prejudicado mentalmente.
3. O resumo do trabalho – Parece incrível, mas o resumo do trabalho deve estar numa seção chamada “resumo”.
4. As limitações – as limitações devem estar ao longo do trabalho, sempre que o assunto for abordado. Assim, quando se fala da amostra, as limitações decorrentes da amostra podem ser apresentadas.

Observe que as restrições acima fazem com que a conclusão seja algo realmente reduzido. Um trabalho de oitenta folhas poderia ter uma conclusão de no máximo uma página. Num artigo de vinte páginas, dois ou três parágrafos. Entretanto, isto é controverso. Algumas pessoas acham que a conclusão deve ser mais extensa.

O que pode estar na conclusão do trabalho

1. Uma opinião sincera e honesta sobre os achados – Os achados são relevantes para a ciência? Como podem contribuir para a melhoria do conhecimento científico? Quais os novos rumos das pesquisas futuras? Neste caso, as frases devem estar baseadas nos dados que foram analisados.

2. Sugestões de pesquisas futuras – Decorrentes das dificuldades encontradas, o pesquisador pode sugerir novos rumos a serem investigados.

P.S. Veja este link

Infraero

O texto a seguir mostra uma grande confusão de termos contábeis.

A Infraero aumentou as perdas [1] com a operação de seus 67 aeroportos nos últimos anos, segundo relatório de ontem da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Dados compilados pela agência apontam que, em 2009, as despesas dos aeroportos superaram as receitas em R$ 509 milhões, ano em que houve uma retração do setor, impactado pela crise mundial.

Conforme os critérios da Anac, o valor das perdas [1] é bem superior aos resultados de 2008 (R$ 383 milhões) e 2007 (R$ 346 milhões) [2]. O balanço de 2010 ainda não foi concluído pelo órgão [3].

Entre os principais aeroportos do país, Cumbica (em Guarulhos, na Grande São Paulo) ajudou a puxar o resultado para cima, com ganhos [4] de R$ 143 milhões.

Mas o bom desempenho de Cumbica não conseguiu compensar as perdas [1] do Galeão (R$ 146,3 milhões), maior aeroporto do Rio.

Ainda entre os maiores, Congonhas também deu resultado positivo (R$ 8,59 milhões), mas Brasília, que vem se posicionando sempre entre os quatro primeiros em número de passageiros, perdeu R$ 12,2 milhões.

O relatório da Anac, que busca avaliar a produtividade do setor, integra um programa de modernização da regulação dos custos de operação e das tarifas aeroportuárias [5]. O governo também vem discutindo a possibilidade de privatizar parte dos aeroportos.

Perda com aeroportos no Brasil chega a R$ 509 milhões - JOSÉ ERNESTO CREDENDIO - Folha de São Paulo

[1] Prejuízo?
[2] Ou seja, o prejuízo é estrutural.
[3] Observe que estamos em 2011 e o texto fala de 2009.
[4] Lucro?
[5] O texto é favorável a empresa

Hollywood depende do Exterior

O verdadeiro valor de um filme já não é decidida pela multidão que se reúne no Teatro Kodak, ou mesmo, por qualquer americano. É decidido pelos jovens em países como Rússia, China e Brasil.

A crescente onda estrangeira levantou filmes que foram praticamente nulos na América, como "Prince of Pérsia" e "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada". Apesar estrelando pelo popular Jack Black, "As Viagens de Gulliver" teve uma temporada decepcionante na América do Norte, tendo $ 42 milhões nas bilheterias até agora. Mas a participação mais forte na Rússia e Coréia do Sul ajudaram a chegar a quase US $ 150 milhões em vendas em outros lugares. Como resultado deve ter lucro, diz John Davis, produtor do filme.

Bigger abroad - The Economist - 17 fev 2011


17 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste 433

As companhias aéreas Varig, Vasp e Transbrasil já foram as maiores do setor. Agora, falidas, devem a União, ao INSS e a Receita Federal, além dos fornecedores e funcionários. Um cálculo usando dados da Justiça mostrou que o total das dívidas destas empresas é de:

Acima de 5 bilhões e abaixo dos 10 bilhões
Acima de 10 bilhões e abaixo dos 20 bilhões
Acima de 20 bilhões

Resposta do Anterior: Equador. Fonte: Ecuador Judge Orders Chevron to Pay $9 Billion

Por que este blog decidiu postar sobre a capa da Sports Illustrated?

Este é um blog de contabilidade. Então, por que postar sobre a capa da ultima edição da revista Sports Illustrated?

Uma razão básica para não fazê-lo: a correlação entre a capa e o mercado é uma correlação espúria. Ou seja, decorre de um acaso, não de um fato científico. Isto foi alertado pelo comentário do professor Jomar. E ele tem razão.

Mas temos três fortes motivos para postar sobre este fato. Em primeiro lugar, a possibilidade de fazermos uma pesquisa e encontrarmos uma correlação espúria é muito grande. Além disto, isto alerta-nos para a necessidade de ter uma teoria para explicar nossos testes estatísticos.

Em segundo lugar, o mundo de negócios realmente discute a capa da revista. Seja por diversão ou por achar que é um assunto que merece ser discutido.

Finalmente, tratar de contabilidade não significa que devamos ser restritos com o que ocorre no mundo. E, convenhamos, foi uma postagem muito bonita.