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19 fevereiro 2014

Com quem você discute pesquisa?

Por Posgraduando.com
 

As contribuições mais valiosas para as minhas pesquisas científicas foram realizadas por pesquisadores de áreas completamente diferentes do objeto de estudo.

Por isso, ao longo da minha vida acadêmica criei o hábito de discutir minhas pesquisas com outros pesquisadores e professores, sobretudo de disciplinas básicas, em todas as etapas de execução: planejamento, coleta de dados, análise dos resultados e redação do artigo.

Como resultado, os projetos se tornaram mais ricos, com respostas mais consistentes e, definitivamente, mais interessantes e úteis. Uma pessoa “de fora”, com outra “visão”, com outra experiência profissional, pode fornecer uma nova perspectiva para um mesmo trabalho.

Nem os mais consagrados gênios da história, como Einstein, Galileu ou Newton, dispensavam a ajuda de outras mentes. Cada um a seu jeito, aproveitavam as ideias dos outros para elaborar as teses que construiriam nosso conhecimento.

Entre os principais pensadores da humanidade, a maioria fez parte de alguma escola, movimento ou “panelinha” de amigos, com quem compartilhava o interesse em entender a vida e o Universo.

Albert Einstein, o cientista mais popular do século XX e que mudou nossas noções sobre tempo e energia, reunia-se semanalmente com Conrad Habith e Maurice Solovine para discutir filosofia e física. As teses de Einstein foram abastecidas por longas discussões destes encontros e por um desafio intelectual com um rival à altura, Niels Bohr, um especialista em átomos e elétrons que ganharia, em 1922, o Nobel de Física. Einstein e Bohr costumavam discutir suas teses por cartas e chegaram a ter debates públicos, que acabariam contribuindo para a obra dos dois.

Isaac Newton foi membro fundador da Sociedade Real de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza, uma espécie de incubadora de cientistas, onde trocava ideias com outros estudiosos, como o químico Robert Boyle e o astrônomo Edmund Halley. Destas conversas, Newton descreveu a lei universal da gravitação, além de outras leis da física que por três séculos valeriam como descrição do Universo.

Galileu revolucionou o conhecimento do homem sobre o céu e a Terra. Ele descobriu que Júpiter tinha satélites, que a Lua tinha crateras, que Vênus tinha fases (como as lunares) e que a Terra não era o centro do Universo, como já havia dito Copérnico. Para chegar a estas conclusões, entretanto, Galileu teve grande ajuda de um dos maiores astrônomos da história, Kepler, que dedicou sua vida ao estudo da mecânica dos planetas.

Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, se encontrava todas as quartas-feiras com três colegas estudiosos da mente humana para discutir psicanálise. Com o tempo, o número de membros aumentou e este pessoal que alimentava as discussões à base de strudel se tornaria a Sociedade Psicanalítica de Viena, hoje Associação Psicanalítica Internacional, órgão regulador da psicanálise no mundo.

Nos dias atuais, esta oportunidade de realizar encontros pessoais, discutir ideias, criar teorias e debater resultados, deveria ser praticada, sobretudo, nos grupos de pesquisas. Entretanto, em meio a tantas aulas, relatórios, cargos administrativos e pressão por publicações, as contribuições nestes grupos, quando acontecem, muitas vezes se limitam a colaborações com a análise estatística ou com a redação dos artigos.

Raros são os grupos que se reúnem para apenas discutir conceitos, hipóteses e resultados de pesquisas. Muitos são os grupos que, ao invés de grupo de pesquisa, tornaram-se grupos de publicação, onde a interação entre os membros se resume à troca de nomes nas publicações e à troca de citações em artigos.

Uma pena. Pois a máxima “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe” cai como uma luva na pesquisa científica. Einstein que o diga.

Rir é o melhor remédio


Resenha: Discovering Statistics Using SPSS

Descobri o livro de Andy Field na sua primeira edição. Mesmo com um número pequeno de páginas, para um livro de estatística, gostei muito da abordagem. Antigamente os professores de estatística estavam preocupados em mostrar os cálculos. Hoje os softwares lidam com isto. Assim, a abordagem deve estar voltada para entender o resultado e suas limitações e como tirar proveito dos softwares.

O livro de Field possui mais de 800 páginas distribuídas em 19 capítulos. A abordagem é moderna, com bastantes figuras, exemplos, explicações adicionais. Ao mesmo tempo, Field explica como usar cada uma das opções que constam do SPSS, recomendando as melhores opções para os casos. Se você for usar um teste não paramétrico, Field mostra a essência da teoria, como rodar a análise, a interpretação do output do SPSS e até como escrever seus resultados.

Tenho usado intensamente o livro quando tenho alguma dúvida sobre como proceder. Em geral consulto o índice e encontro a página específica. O livro nunca me decepcionou em explicar claramente minhas dúvidas.

Vale a pena? Para quem vai usar a estatística diariamente, o livro é uma ferramenta muito útil. Para que deseja aprender, talvez não, pois as 800 páginas são desafiadoras. Existe uma tradução deste livro publicado pela Bookman, a um preço bem acessível. 

FIELD, Andy. Discovering Statistics Using SPSS. Los Angeles: Saga, 2013

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Pesquisa em Contabilidade Pública

A contabilidade pública é o patinho feio da pesquisa contábil. Em geral são poucos os trabalhos de qualidade apresentados em congressos e revistas, com uma abordagem repetitiva, muito centrada na legislação. Uma aluna da Universidade Estadual da Paraíba, Sheila Oliveira, fez um levantamento da produção científica dos textos dos três principais congressos acadêmicos do Brasil, Anpcont, CBC e Usp, no período de 2007 a 2011. Isto representou 247 artigos ou 12,16% do total. Deste total, a maioria foi apresentada no Congresso Brasileiro de Custos (170) e poucos na Anpcont, a associação dos programas de pós da área.

As conclusões do estudo de Oliveira foram interessantes. Os artigos usaram a pesquisa bibliográfica (34%), documental (32%) e estudo de caso (26%). Mas a distribuição não é uniforme: 72% dos artigos da área apresentados no CBC eram teóricos, enquanto a abordagem empírica predominava no Anpcont e Usp (50% e 53%, na ordem).

Como as pesquisas contábeis dos dias de hoje é predominantemente quantitativa, baseado em um grande número de observações, a pesquisa mostrou que a realidade da área pública é outra. Prevalece a típica pesquisa realizada na área contábil há 30 anos: baseado em estudo de caso, bibliográfica e qualitativa. E não é por falta de dados. Esta é uma área onde a quantidade de informação disponível é enorme. O que falta, então?


OLIVEIRA, Sheila. Análise Bibliométrica dos artigos de Contabilidade Pública Públicados nos Congressos da USP, Anpcont e CBC. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012. 

Bitcoin

Já discutimos vários aspectos contábeis sobre o Bitcoin. Para quem não sabe, o Bitcoin é uma moeda virtual, que os bancos centrais evitam em reconhecer como válida para transações.

Nos últimos dias a moeda virtual perdeu grande parte do seu valor. De um valor de mil dólares, a moeda teve a cotação reduzida para 600 dólares. A justificativa: ataque de hackers:

Mas, na última semana, ele foi vítima de ataque de hackers e US$ 2,7 milhões em moedas virtuais Bitcoins foram roubados.

Os ataques com sucesso a redes da “deep web” e a bancos de bitcoins estão cada vez mais frequentes. O número de carteiras da moeda virtual sem lastro que foram limpadas por bandidos da rede já é considerável. Dois grandes "bancos" de Bitcoins tiveram danos milionários no último ano, o MtGox e o Bitstamp.

Com os casos, a moeda começou a perder a confiança de alguns de seus usuários. Para piorar, geralmente esses ataques ficam sem solução e geram desconfiança dos usuários nas próprias plataformas. "Seria muito fácil para um banco de Bitcoin sumir com o dinheiro e culpar hackers", afirmou o investidor londrino Kolin Buges.


A avaliação contábil do Bitcoin deveria ser a mesma de uma moeda estrangeira. A valorização e desvalorização teriam efeitos no resultado.

Listas: 7 melhorias que aperfeiçoaram produtos do nosso dia a dia

Todos nós conhecemos a máxima “em time que está ganhando não se mexe”. É realmente difícil melhorar algo que já esteja bom, mas não impossível.

De vez em quando, um produto que você já conhecia e amava  há muito tempo te surpreende e recebe um novo desenho ou nova função e, uau! Como ninguém tinha pensado nisso antes?

Confira na lista abaixo sete exemplos de produtos que nós já achávamos o máximo, mas foram aperfeiçoados.

7. Óculos de sol estilo aviador dobrável


A marca Ray-Ban tem produzido esses óculos desde a década de 1920, e sua popularidade tem tido altos e baixos. O fabricante se firmou mesmo ao suavizar os tons clássicos ao longo dos anos, dando um ar mais moderno ao produto. O que realmente uniu estes dois elementos muito bem foi o novo modelo de estilo aviador que pode ser dobrado no meio. Muito mais fácil – e divertido! – de guardar.


6. Colher de sorvete mais eficiente

Você pode se perguntar como alguém poderia redesenhar algo tão simples como uma colher de sorvete. A resposta: é surpreendentemente fácil. Basta adicionar uma camada mais serrilhada. Curtiu? Neste site, você pode encomendar uma destas por apenas 10 dólares, mais frete.


5. Balde mais ergonômico


Você meio que nem lembra que baldes existem até que precisa passar um pano no chão da cozinha ou jogar uma água na calçada de casa. Agora que você recordou a existência destes objetos, conheça o “Leaktite Big Gripper”, nome pomposo dado a um balde projetado pelo designer de produto Scot Herbst, da empresa Herbst Produkt. O grande atrativo são as melhorias ergonômicas, realizadas por meio de pegadores específicos na parte de cima e de baixo, além do bico redesenhado, que só derrama a água quando você realmente quiser que ela seja despejada.

4. Zíper ainda mais fácil de juntar para puxar

Sabemos o que você está pensando: “zíper já é a coisa mais fácil do mundo de usar!”. Apesar deste utensílio ter sido o mesmo por mais de cem anos, sempre há espaço para uma mudança para melhor. Uma empresa de roupas e equipamentos esportivos dos Estados Unidos, a Under Armour, acrescentou a esta equação o que estava faltando – um ímã! –, o que tornou o desafio de unir as duas partes de um zíper uma tarefa ainda mais fácil.


3. Rolha de vinho que dispensa o uso de saca-rolhas


Não é a pior coisa – etilicamente falando – quando você tem uma deliciosa garrafa de vinho, mas não consegue abri-la porque não há um saca-rolhas por perto? E nem adianta inventar. Aqueles truques de tirar a rolha batendo com um sapato no fundo da garrafa, entre outras estripulias, dificilmente dão certo. Felizmente, este drama já é passado. Pelo menos se a garrafa em questão estiver selada com a nova rolha de cortiça Helix. A novidade foi apresentada em uma exposição de vinhos na Europa na metade do ano passado – e talvez estejamos apenas a alguns anos de realmente utilizá-la em todas as garrafas de vinho para facilitar nosso acesso à bebida.

2. Canetas marca-texto de ponta transparente


Outra coisa quase tão irritante quanto ter uma garrafa de vinho e não poder abri-la é grifar uma parte do texto que você está lendo e não conseguir enxergar que parte dos escritos você está efetivamente destacando. Lançado em meados de 2013, a caneta marca-texto de ponta transparente permite que seu usuário visualize exatamente por onde a caneta está passando [quem sabe onde vende PLEASE deixe um comentário me contando!]. Nada de começar marcando uma frase e acabar na linha de cima ou de baixo. Ok, é uma invenção sutil, mas genial.


1. Post-its reutilizáveis

Os papeizinhos adesivos que utilizamos para nos lembrarmos das nossas tarefas diárias ou para deixar um recado já são uma ótima invenção por si só. Agora, o que você diria se fosse possível virar o post-it e usar o outro lado sem perder a característica de grudar nas mais diversas superfícies? Pois é justamente isso que promete a Ecostatic. O truque está no fato de que, em vez de cola, estes objetos usam a eletricidade estática como elemento-chave, o que faz com que você consiga utilizar os papéis por semanas a fio.


Fontes:  Hyperscience e Gizmondo

Excluídas

Depois de serem excluídas do Ibovespa pela nova metodologia do índice, que entrou em vigor neste ano, as "penny stocks" (ou ações de centavos, em português) agora serão completamente banidas dos pregões. Esta é uma das novas regras para listagem de companhias na Bolsa. O documento estava sendo desenvolvido desde 2011 e foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final de janeiro.

O novo regulamento prevê que as empresas cujas ações passarem mais de 30 dias negociando abaixo de R$ 1 terão 180 dias para resolver o problema - no limite, podem ser obrigadas a se retirar da bolsa. A medida pode não ter efeito prático, na medida em que a empresa poderá fazer o reagrupamento das ações.


Fonte: Aqui

Qual a razão disto? Uma boa justificativa é a matemática. Pura matemática. Uma ação de dez centavos, quando sobe um centavo teve uma valorização de 10%. Já uma ação de 10 reais, quando sobe um centavo, a variação é residual.

Eles conhecem o resultado do Oscar

Estes dois senhores felizes da fotografia já sabem que venceu o Oscar. São as duas únicas pessoas do mundo que conhecem o resultado. São funcionários da empresa de auditoria PwC, responsável pela apuração e guarda do resultado.

18 fevereiro 2014

Nos ajude a divulgar? Centro de Valorização da Vida

Queridos leitores,

Já falamos algumas vezes sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV) que faz uma campanha incrível. Vamos conversar um pouco mais?

Quando eu ainda estava no ensino médio nos passaram o livro “Rampa”, da Tanya Zagury*. Naquela época fiquei ainda mais tocada pela necessidade de fazer trabalho voluntário. Uma das oportunidades que pesquisei foi exatamente o CVV, mas não lembro-me bem se por eu ser menor de idade ou pelos horários, não pude participar. A vida seguiu... e hoje, quando comento do Centro, fico espantada com a quantidade de pessoas que nunca ouviu falar. Que tal me ajudar a espalhar por aí? Nunca se sabe. Pode ser que chegue aos ouvidos de alguém que precise de ajuda – ou que queira ajudar.

*Agradeço ao professor de história, Gilberto Assis, por isso. Atualmente ele é professor no Marista (antes INEI e Mackenzie) e acredito que vários leitores o conhecem.

Caso você queira ser voluntário e more em Brasília, você pode se inscrever pelo e-mail brasília@cvv.org.br. No dia 15 de março haverá um treinamento para voluntários no Ed. Brasília Rádio Center, no Setor de Rádios e TV Norte. Para quem é de outros estados e se sentir tocado, vale a pena pesquisar, pois sempre há esses cursos de capacitação. Acesse o site oficial aqui.

Caso você não ache que isso combina com o seu perfil, ainda há a possibilidade de ajudar divulgando o CVV. Isso também é um trabalho voluntário com valor imensurável. 

A linha ficou famosa por ajudar suicidas, mas, na verdade, ajuda a quem precise conversar. O estresse é tão comum em nossas vidas! Acredito que muitos podem se beneficiar com a divulgação desse trabalho. Vocês assistiram àquele filme, Tratamento de Choque, com o Adam Sandler e o Jack Nicholson ? É um exemplo extremista, eu sei, mas só quero ilustrar que há muitas pessoas estressadas que podem ter um tilt a qualquer momento, assim como outras tantas que têm problemas dos quais sequer temos conhecimento. Acredito que seja útil, humano e simples compartilhar que: para desabafar, chorar, ser ouvido e encontrar apoio emocional, basta ligar 141.


Curiosidades:

· No Brasil, o CVV é reconhecido como serviço de utilidade pública pelo Ministério da Saúde, pertencendo às organizações do terceiro setor.

· Nos primórdios, o Programa CVV recebeu influência dos Samaritanos Internacionais, grupo fundado pelo Reverendo Chad Varah, em 1953 na Inglaterra.

· Os atendentes do Programa CVV, todos voluntários, possuem as mais diversas formações. Enquanto em atividade no CVV, deixam ao lado seu 'eu profissional' (psicólogo, dona de casa, estudante, médico, professor, etc.) e focam apenas o seu 'eu voluntário'.

Nova Resolução CFC sobre o Exame de Suficiência

NOVA RESOLUÇÃO SOBRE O EXAME DE SUFICIÊNCIA DO CFC

O Exame de Suficiência não será mais exigido dos contadores e dos técnicos em contabilidade que desejam restabelecer o registro profissional. Além disso, os formandos que concluíram o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou o de Técnico em Contabilidade até 14 de junho de 2010, data da publicação da Lei nº 12.249/2010, não estão mais obrigados a fazer o Exame de Suficiência para obter o registro profissional.

Essas informações constam da Resolução CFC nº 1.461/2014, publicada neste dia 17 de fevereiro, no Diário Oficial da União (seção 1, página 99).

A nova Resolução altera os artigos 2º e 5º e revoga o artigo 16 da Resolução CFC nº 1.373/2011, a qual regulamenta o Exame de Suficiência como requisito para obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Dessa forma, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) informa que os inscritos na 7ª edição do Exame que são abrangidos pelos efeitos da Resolução CFC nº 1.461/2014 – concluíram o curso antes de 14 de junho de 2010 e aqueles que iriam realizar a prova para restabelecer o registro profissional – estão desobrigados de realizar o Exame de Suficiência e devem entrar em contato com a Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), por meio do e-mail suficiência@cfc.org.br, para solicitar a devolução do valor da inscrição.

A 7ª edição do Exame de Suficiência – a primeira de 2014 – irá aplicar as provas no dia 6 de abril, em todo o Brasil, das 9h30 às 13h30 (horário de Brasília).

A Resolução CFC nº 1.461/2014 já está disponível para consulta no site do CFC (http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/001461).

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade via Vida de Contador

Rir é o melhor remédio

Listas: Dez mitos sobre a Contabilidade

1) A Contabilidade foi descoberta por um cara nerd - não se sabe quem "descobriu" a contabilidade, mas a pessoa que associamos ao nascimento da contabilidade moderna é um frei, Luca Pacioli.

2) Contadores são bons em matemática - em geral as pessoas acham que todo contador é bom de matemática. Quem é bom de matemática são os matemáticos. A matemática usada pelos contadores é básica e alguns profissionais são bons em fazer as operações básicas. Mas isto todo profissional deveria saber, correto?

3) Todo contador sabe como fazer seus impostos - ser contador é receber convite para fazer o imposto de renda de um amigo ou esclarecer suas dúvidas. Mas nem todo contador são especialistas em imposto de renda. Existem alguns que detestam fazer uma declaração de imposto de renda.

4) A tecnologia está acabando com a profissão - a tecnologia parece estar destruindo todas as profissões. Se um contador faz lançamentos contábeis e se o computador pode ser programado para fazer isto, o computador deverá tirar emprego de contadores, certo? Errado. O número de profissionais só tem aumentado nos últimos anos e não se sabe de um bom profissional que esteja desempregado.

5) A contabilidade é um campo dominado pelos homens - Errado. Cada vez mais as mulheres são maioria. Veja o número de novos profissionais que se formam a cada ano.

6) Contador é igual a imposto - não é somente isto que um contador pode fazer. É bem verdade que é um bom campo de trabalho e graças ao governo teremos muito mercado de trabalho para os próximos anos. Mas a contabilidade vai além de ler nas entrelinhas o último regulamento do governo.

7) A sua empresa não precisa de um contador - Em geral o dono deseja reduzir seus custos ao máximo. E para que serve o contador numa empresa além de pagar seu salário e todo mês ele apresentar a conta dos tributos? Este profissional pode ajudar na organização da empresa, na determinação da expansão dos negócios e em muitas outras coisas.

8) Contadores são chatos - Em muitos filmes e séries temos a imagem do contador como alguém chato e sem graça. Eis uma pequena lista de "chatos": Kenny G, John Grisham, Robert Plant, Mick Jagger etc.

9) Contadores contam coisas - O contador pode ir além da mensuração das coisas. Existem muitos tipos de tarefas que podem ser desempenhados por este profissional.

10) O sujeito que faz o controle numérico de algo é "contador" - erro comum da imprensa: toda vez que a polícia prende uma pessoa que faz a anotação da movimentação do estoque de um meliante chama-o de "contador".

Adaptação livre daqui

BitTorrent, renovado pela espionagem

If BitTorrent, a company whose name is synonymous with online piracy, succeeds in its attempt to reinvent itself, it will have the US National Security Agency to thank.

BitTorrent is famous for developing an eponymous type of code that is now used to transfer more than a third of each day’s internet traffic, according to various estimates. That includes large files transferred internally by companies but also much of the world’s illegally copied music and films, which can be easily found online and packaged into downloadable files known as torrents.

BitTorrent has no more control over how others use the code its founder developed than Google has over what people search for, but it has spent the past few years struggling to shake off the stigma of its technology being used by pirates.

Yet now, thanks to the revelations of widespread state-backed surveillance and criminal hacking, the San Francisco company thinks it has a chance. BitTorrent’s peer-to-peer file-sharing technology makes it easy for people to move and store data without relying on one of the servers on which technology companies keep users’ data. That, BitTorrent says, can keep it away from spies and hackers. Data-rich servers have proved attractive to cyber thieves and were a source of the data governments have been collecting, according to documents leaked by Edward Snowden, the former NSA contractor.

“Oh, we got so lucky. Running marketing, nothing better could have happened to this company than the Prism scandal last year, it’s so great,” says Matt Mason, BitTorrent’s marketing director, referring to the NSA’s programme for monitoring some user activity on sites such as Google and Facebook.

Eric Klinker, chief executive, shoots his head of marketing an alarmed look. “So great?”

“I mean, not, well – ” Mr Mason backtracks hastily to clarify “ – a nightmare.”

BitTorrent had been trying to explain to people for years that it can be unwise to store things on servers – “which doesn’t get you very far with consumers if consumers don’t know what a server is”, says Mr Mason. “After the Prism scandal, America suddenly understood what a server is, how it worked, and why it might not be such a good idea to store stuff on one.”

Last year the company launched BitTorrent Sync, a product that works in the same way as Dropbox, the cloud-storage system, in letting users access files on multiple computers or tablets. The difference is that using BitTorrent’s program keeps those files only on a user’s own computers rather than in the hands of a tech company.



[...] Fonte: aqui

Tênis de Mesa



No dia 11 de março haverá uma partida interessante de tênis de mesa: Timo Boll, alemão e oitavo no ranking mundial do esporte, contra Kuka. Assim como no passado o computador desafiou o ser humano no jogo de xadrez e venceu, agora é a vez da máquina fazer os movimentos do tênis de mesa e, quem sabe, vencer.

Crescimento passado e futuro


Em geral gostamos de usar os dados passados para fazer previsão sobre o futuro. Mas isto pode ser muito perigoso. Os países emergentes, que tiveram elevadas taxas de crescimento no passado, estão sofrendo com a atual crise. Isto também ocorre com as projeções dos mercados acionários.

As pessoas costumam usar as taxas de crescimento do passado para: (a) dizer que é hora de investir nos mercados emergentes; (b) fazer uso do risco do mercado nas fórmulas que deveriam ser projetadas. Um estudo (via aqui) mostrou mais um elemento nesta relação: aparentemente não existe uma relação entre o retorno do mercado acionário e o crescimento econômico per capita.

Se no passado um investidor tivesse colocado seu dinheiro nos países com rápido crescimento, isto traria um retorno de 14,5% ao ano. Mas se tivesse optado por economias com crescimento mais lento, o retorno seria se 24,6%, conforme pode ser visualizado no gráfico. Além disto, parece que usar os dados do passado não funciona: a relação entre crescimento de um ano e crescimento de dois anos depois foi nenhuma.

Associar o retorno da bolsa com o crescimento da economia pode ser perigoso já que nem sempre a bolsa representa o "mercado" nos países emergentes.

Seleções vendida por 1 libra

A Readers Digest, empresa que publica a revista Seleções, foi vendida por £ 1. A empresa foi fundada em 1922 e por muitos anos foi a revista mais vendida nos Estados Unidos. Atualmente possui 40 milhões de leitores em mais de 70 países, com 49 edições em 21 línguas, inclusive português.

Mas nos últimos anos a empresa tem enfrentado dificuldades financeiras, com prejuízos constantes. A revista possui uma conhecida seção chamada "Rir é o melhor remédio" (inspiração para nossa postagem diária com mesmo nome).

17 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade no Brasil: Uma Cronologia até os anos 70

1519 – Publicação da primeira “tradução” do livro de Pacioli em língua portuguesa: Tratado da Prática de Arismética, de Nicolas Gaspar. Entretanto o autor não “traduziu” o capítulo de Pacioli sobre as partidas dobradas.

1624 a 1654 – Invasão holandesa e possibilidade de utilização das partidas dobradas pela primeira vez no Brasil.

1757 –Diccionario do commercio, de Alberto Jacqueri de Sales. É uma adaptação do Dictionnaire universel de commerce, de Jacques Savary des Bruslons (1657-1716). Primeira obra em português sobre as partidas dobradas, mas este fato é altamente controverso.

1758 – Publicação de Mercado Exacto (...) de autoria de João Baptista Bonavie. Neste período, criação das Aulas de Comércio pelo Marquês de Pombal.

Século XVIII  – Ricos contratam professores para ensinar contabilidade para seus filhos e filhas.

1808 – Legislação introduz as partidas dobradas na contabilidade pública

1809 – Primeiro classificado procurando um profissional que entenda de contabilidade

1812  – Primeiro balanço publicado no Brasil. Do Theatro de S João

1831 - Lei 4 de Outubro de 1831 – Organizava o tesouro e adotava as partidas dobradas no setor público. Este item não foi implantado na prática.

1835 -Relatório Ministério do Império insistia na necessidade do país ter um código comercial para disciplinar a economia e impulsionar a criação de indústrias

1850  – Código Comercial - Reconhecimento do profissional contábil. Traz a primeira definição de ativo

Meados do século XIX  – a contabilidade é ensinada junto com as primeiras noções de álgebra.

1860 – “primeira lei das SA” e diversas normas sobre o assunto. O mais importante era o Decreto 2679, a primeira norma mais detalhada sobre a contabilidade no Brasil.

1876  – Criada a Associação de Guarda-Livros

1891 – Criação do primeiro curso técnico no Brasil, na Academia de Commercio, localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais

1892 - Decreto 1166 organizava o ministério da Fazenda

Final do século XIX  – a existência de conselho fiscal impulsiona a atividade de auditoria, inicialmente com empresas nacionais e, no ínicio do século XX com internacionais

Inicio dos anos 1900  – chegada das empresas de auditoria estrangeiras

1906  – Adoção das partidas dobradas na contabilidade pública no Paraná. Logo depois foi abandonado. A seguir, o estado de São Paulo também adotaria o método, quase cem anos depois do primeiro decreto imperial.
1911  – Criação da Revista Brasileira de Contabilidade

1914 – Governo federal adotada as partidas dobradas

1915 – primeiro balanço publicado com parecer de auditoria

1916 – Instituto Brasileiro de Contabilidade  que irá organizar os congresso de contabilidade no futuro

Final dos anos 1910 e 1920 - Primeiro grande escândalo da história contábil

1920  – começa discussão sobre a regularização da profissão de guarda-livros e contadores

1922 – Código da Contabilidade pública

1922  – Imposto sobre lucro (lei 4.625)

1924  – Primeiro congresso de contabilidade

1925 -  instituição do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros

1925 - Instituto Brasileiro de Contabilidade inaugurou o Curso Superior de Contabilidade

1931  – Decreto 20158 ou Lei Francisco Campos que tentava organizar o ensino comercial e regular a profissão. Gerou uma grande reação, que levou ao Decreto 21033.

Anos 30 – Chegada da Hollerich ao Brasil, que representou a automatização de muitas atividades contábeis no Brasil.

1939 – começa o processo de tratamento das demonstrações contábeis à inflação

1946 -O CFC foi criado em 27 de maio pelo decreto-lei 9295

1950 – Lei 1076 ou lei das SA

Década de 50 - A padronização chega ao Brasil, com destaque para a III Conferência Continental de Bolsa de Valores

1954  - III Conferencia Interamericana de Contabilidade. Primeiro evento contábil internacional que ocorreu no Brasil.

1960  - Criação da pós-graduação na Universidade de São Paulo

1962 - Lei de remessa de lucros

1964 - Reforma Administrativa através da aprovação da lei 6.430

1965 - Regulamento do imposto de renda

1967 - Padronização da contabilidade bancária: foi aprovada a Circular 93, da Inspetoria de Bancos

Final dos anos 60 - início do intercambio entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Illinois, dos Estados Unidos.

Pequenas Corrupções – Diga Não

Site da CGU via Claudia Cruz

Campanha da CGU no Facebook obtém repercussão surpreendente

Campanha lançada pela Controladoria-Geral da União (CGU) na rede social Facebook tem gerado grande repercussão desde o último domingo, dia 9. Em menos de uma semana, a ação, intitulada “Pequenas Corrupções – Diga Não”, já foi visualizada por 7,6 milhões de usuários da rede. O resultado foi possível graças aos 135 mil usuários da rede que compartilharam o conteúdo em suas páginas pessoais e mais de13 mil que clicaram no botão “Curtir”. O número de compartilhamentos da imagem foi tão grande que chamou a atenção, inclusive, do blog #Hashtag, do jornal Folha de S. Paulo, que publicou nesta quarta-feira (12) uma notícia sobre a campanha (leia aqui).

A campanha, composta por dez mensagens, busca conscientizar os cidadãos para a necessidade de combater atitudes antiéticas – ou até mesmo ilegais –, que, por fazerem parte do cotidiano, são culturalmente aceitas ou tem a gravidade ignorada. As imagens utilizadas buscam chamar a atenção e promover a reflexão sobre práticas comuns no dia-a-dia dos brasileiros, como falsificar carteirinha de estudante; roubar TV a cabo; comprar produtos piratas; furar fila; tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas; entre outros.



A concepção e a criação da campanha são de responsabilidade da Assessoria de Comunicação Social da CGU, em especial pela equipe responsável pela gestão das mídias sociais. A propagação no Facebook ocorreu de forma totalmente espontânea, num fenômeno conhecido no ambiente digital como viralização. O resultado é ainda mais surpreendente quando se observa que não houve utilização de conteúdo patrocinado nem investimento de recursos em divulgação e publicidade.

Histórico

Em dezembro de 2012, durante as comemorações do Dia Internacional contra a Corrupção, a CGU perguntou aos fãs da sua página no Facebook o que eles faziam para combater esse crime no dia a dia. A partir das respostas obtidas, surgiu a ideia de elaborar uma campanha específica, que utilizou como referência pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto Vox Populi que listava as dez práticas de corrupção mais comuns no cotidiano dos brasileiros.

Em junho de 2013 houve lançamento da primeira peça da campanha virtual na página da CGU noFacebook. Na ocasião, foram criadas 10 imagens, compartilhadas uma a uma, em dias alternados, no período de um mês. As peças também foram compartilhadas por internautas e perfis de órgãos públicos na rede social, a exemplo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Essa foi a primeira etapa da campanha.

Já no dia 2 de fevereiro de 2014, a CGU publicou uma nova arte da campanha, que reuniu oito mensagens da primeira etapa em uma única imagem, que obteve o resultado surpreendente.

Conheça o Facebook da CGU

Assessoria de Comunicação Social

Os verdadeiros titãs das finanças não são mais os bancos


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What is really striking is the volume of non-bank financing that is quietly being supplied to western economies with minimal regulatory scrutiny – a trend on which my colleague Henny Sender has reported extensively. The “non-bankers” who provide it now matter as much as the bankers, and they appear to be having more fun. Results released in the past two weeks by asset management groups illustrate the point. Last decade, Goldman Sachs’ return on equity peaked at 40 per cent. Last year it was just 11 per cent. Meanwhile, KKR’s return on equity was 27.4 per cent in 2013 - a margin that the banks can only dream of.

These groups’ recent profits were boosted by sales of companies they acquired several years ago. But today they are branching out beyond turnround activity, partly because there are fewer new deals around, and jumping into areas that were the terrain of banks: credit and property.
The only reason non-banks can turn a profit by extending credit is that banks are no longer supplying credit to risky endeavours, such as small companies

Only a quarter of Apollo’s $160bn-odd business is now focused on private equity. It has recently gobbled up so many corporate loans and bonds that its credit portfolio has exploded to more than $100bn, compared to just $4bn seven years ago. At Blackstone and KKR the switch is less dramatic: according to Bloomberg’s calculations, credit is just a quarter of their portfolios. But they are shifting focus too. Just last week, Blackstone announced plans to start extending mortgage credit as part of its property business.

Of course, a $100bn credit book is still smaller than that of JPMorgan. It is bigger than many midsized American banks, however. And the asset managers’ economic footprint is expanding in other ways too. Blackstone’s portfolio companies, for example, now have 600,000 employees and $79bn of revenue. “The private equity houses today look like merchant banks were 100 years ago,” observes Jes Staley, formerly head of JPMorgan’s investment bank (who now works at BlueMountain Capital, an investment group). “They are very big and powerful.”

This may not be entirely desirable. Non-banks are swelling in size because they do not face the same regulatory burdens as banks, allowing them to turn a profit on business that banks now find uneconomic. This worries regulators. The US Office of the Comptroller of the Currency recently warned that the activities of non-banks has fuelled a boom in risky corporate loans – and warned banks not to “skirt rules” by teaming up with non-banks to create more credit.

But the good news about non-banks is that they are not plagued with the maturity mismatches of real banks; they do not take retail deposits but attract long-term funding instead. That reduces systemic risk; or so regulators hope. And what nobody can deny – even those who dislike this regulatory arbitrage – is that non-banks’ business has swelled due to unmet demand. After all, the only reason that non-banks can turn a profit by extending credit is that banks are no longer supplying enough credit to risky endeavours, such as small companies.

The great irony of the post-2008 regulatory clampdown is that by forcing established banks to become safer, regulators have given wings to a gaggle of new financial players – with potentially unpredictable consequences. Call it, if you like, a triumph of Wall Street’s entrepreneurial spirit; or testament to its unseemly ability to run rings around rules. Either way, financial arbitrage is once again the theme of the day, and it is producing the kind of profits that J Pierpont Morgan would have savoured.

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