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01 abril 2018

Psicologia no McDonald´s

Um texto do MarketWatch mostra como o McDonald´s está usando a psicologia para "ajudar" você nas decisões. O objetivo da rede é aumentar as receitas e o lucro e para isto a empresa contratou um consultor para usar as pesquisas na área de decisão para "oferecer melhores produtos e serviços".

Entre outras coisas, a rede de fast-food "ancora" a decisão, com fotos produzidas das ofertas, geralmente os produtos mais lucrativos. Estas fotografias estão perto da entrada, já que as pessoas tendem a seguir as primeiras opções apresentadas (efeito prime) quando tomam decisão. Nas fotos não são colocados os preços, para reduzir a dor do gasto (aversão à perda). Além disto, a empresa está usando animações sutis para direcionar os olhos para as opções mais caras. E que direcionam para os novos produtos, combatendo o viés do status quo. Para isto a rede manipula a exibição dos itens novos, reduzindo o tempo de exibição dos itens tradicionais (arquitetura de escolha).

Para evitar o sentimento de culpa, a empresa cria o "halo saudável", com fotos de salada ou água engarrafada (saudável?), o que induz a sensação de que o menu da empresa é saudável. Assim, a empresa coloca uma fatia de maçã junto com a batata frita. Um efeito comprovado do "menu saudável" é a tendência a pedir sobremesas calóricas ou batata frita.

23 julho 2014

Como os testes auxiliam a aprendizagem


TESTS have a bad reputation in education circles these days: They take time, the critics say, put students under pressure and, in the case of standardized testing, crowd out other educational priorities. But the truth is that, used properly, testing as part of an educational routine provides an important tool not just to measure learning, but to promote it.

In one study I published with Jeffrey D. Karpicke, a psychologist at Purdue, we assessed how well students remembered material they had read. After an initial reading, students were tested on some passages by being given a blank sheet of paper and asked to recall as much as possible. They recalled about 70 percent of the ideas.

Other passages were not tested but were reread, and thus 100 percent of the ideas were re-exposed. In final tests given either two days or a week later, the passages that had been tested just after reading were remembered much better than those that had been reread.

What’s at work here? When students are tested, they are required to retrieve knowledge from memory. Much educational activity, such as lectures and textbook readings, is aimed at helping students acquire and store knowledge. Various kinds of testing, though, when used appropriately, encourage students to practice the valuable skill of retrieving and using knowledge. The fact of improved retention after a quiz — called the testing effect or the retrieval practice effect — makes the learning stronger and embeds it more securely in memory.

This is vital, because many studies reveal that much of what we learn is quickly forgotten. Thus a central challenge to learning is finding a way to stem forgetting.

The question is how to structure and use tests effectively. One insight that we and other researchers have uncovered is that tests serve students best when they’re integrated into the regular business of learning and the stakes are not make-or-break, as in standardized testing. That means, among other things, testing new learning within the context of regular classes and study routines.

Students in classes with a regimen of regular low- or no-stakes quizzing carry their learning forward through the term, like compounded interest, and they come to embrace the regimen, even if they are skeptical at first. A little studying suffices at exam time — no cramming required.

Moreover, retrieving knowledge from memory is more beneficial when practice sessions are spaced out so that some forgetting occurs before you try to retrieve again. The added effort required to recall the information makes learning stronger. It also helps when retrieval practice is mixed up — whether you’re practicing hitting different kinds of baseball pitches or solving different solid geometry problems in a random sequence, you are better able later to discriminate what kind of pitch or geometry problem you’re facing and find the correct solution.

Surprisingly, researchers have also found that the most common study strategies — like underlining, highlighting and rereading — create illusions of mastery but are largely wasted effort, because they do not involve practice in accessing or applying what the students know.

When my colleagues and I took our research out of the lab and into a Columbia, Ill., middle school class, we found that students earned an average grade of A- on material that had been presented in class once and subsequently quizzed three times, compared with a C+ on material that had been presented in the same way and reviewed three times but not quizzed. The benefit of quizzing remained in a follow-up test eight months later.

Notably, Mary Pat Wenderoth, a biology professor at the University of Washington, has found that this benefit holds for women and underrepresented minorities, two groups that sometimes experience a high washout rate in fields like the sciences.

This isn’t just a matter of teaching students to be better test takers. As learners encounter increasingly complex ideas, a regimen of retrieval practice helps them to form more sophisticated mental structures that can be applied later in different circumstances. Think of the jet pilot in the flight simulator, training to handle midair emergencies. Just as it is with the multiplication tables, so it is with complex concepts and skills: effortful, varied practice builds mastery.

We need to change the way we think about testing. It shouldn’t be a white-knuckle finale to a semester’s work, but the means by which students progress from the start of a semester to its finish, locking in learning along the way and redirecting their effort to areas of weakness where more work is needed to achieve proficiency.

Standardized testing is in some respects a quest for more rigor in public education. We can achieve rigor in a different way. We can instruct teachers on the use of low-stakes quizzing in class. We can teach students the benefits of retrieval practice and how to use it in their studying outside class. These steps cost little and cultivate habits of successful learning that will serve students throughout their lives.


Henry L. Roediger III is a professor of psychology at Washington University in St. Louis and a co-author of “Make It Stick: The Science of Successful Learning.”

A version of this op-ed appears in print on July 20, 2014, on page SR12 of the New York edition with the headline: How Tests Make Us Smarter. 

07 fevereiro 2013

Estamos sempre à espera de conexões causais

Até recentemente, a nossa percepção de risco e a maneira como tomamos decisões eram consideradas mais da alçada da estatística. A psicologia cognitiva, porém, com sua ênfase em processos mentais, aproximou as noções de percepção e julgamento do campo da resolução de problemas, obtendo com isso resultados surpreendentes. No livro Judgment under uncertainty: heuristics and biases (1974), o israelense-americano Daniel Kahneman reviu, em parceria com Amos Tversky, diversas teorias sobre como tomamos decisões em momentos de incerteza. Eles concluíram que a difundida tese de que as pessoas se decidem com base em estatísticas e probabilidade não era verdadeira na prática. As pessoas fundamentam suas decisões em “regras gerais”, exemplos específicos ou pequenas amostras. Por consequência, os julgamentos podem ser muitas vezes equivocados, pois se baseiam em informações que ocorrem à mente com probabilidades reais.

Kahneman e Tversky perceberam que esse método de resolver problemas com base em experiência tinha um padrão t: tendemos a superestimar a probabilidade de coisas que tem pouca chance de acontecer (como um acidente de avião) e a subestimar a probabilidade do que tem muita chance de ocorrer (como bater o carro quando se dirige alcoolizado).

Esses achados fomentaram a teoria da perspectiva de Kahneman e Tversky, divulgada em 1979, e levaram à criação de um campo de estudo associado à psicologia: a economia comportamental.

Fonte: O Livro da Psicologia - as grandes ideias de todos os tempos.

30 novembro 2011

Doutorado e a psicologia do sucesso



Postagem interessante e pertinente do blogueiro Rodolfo Araújo:


Acabo de levar um duro golpe: não fui aceito no processo seletivo para o
Doutorado em Administração da USP. Fiz as difíceis provas da ANPAD - nas quais
fui bem - e as específicas da Universidade - nas quais fui bem mais ou menos. De
qualquer forma, qualifiquei-me para a segunda fase. Elaborei o projeto de tese,
reuni a documentação necessária e fui adiante, sendo classificado para a
terceira fase, de entrevistas. Aí babou...

Dos onze candidatos, fui um dos quatro que não passaram. Não ver o seu nome numa lista de sete futuros Doutores é algo realmente desagradável, dadas as expectativas. Não importa quantas vezes você leia, seu nome não está lá. Então algo extraordinário aconteceu.

* * * * * * * * * *

Durante boa parte da minha vida fui considerado uma pessoa acima da média. Quem me acompanha há mais tempo aqui no Não Posso Evitar... sabe que não dou adepto da falsa modéstia, da humildade exagerada, tampouco do coitadismo.

Mas carregar o rótulo de pessoa inteligente tem seu preço: você não pode errar. Porque quando você erra, põe em dúvida seus títulos, suas conquistas, suas qualidades. Errar significa passar para o outro lado - do qual você definitivamente não quer fazer parte.

Ao menos enquanto você acreditar que a divisão entre os capazes e os
incapazes é fixa, imutável, eterna. E esta é uma mentalidade limitante, é o
mindset fixo.

Quem descreve muito bem esses tipos de pensamento é Carol
Dweck, em seu imprescindível Mindset: The New Psychology of Success (Ballantine Books, 2007). Para ela, ter um mindset fixo significa acreditar que as pessoas têm uma capacidade intelectual finita, determinada, rígida. O que você é hoje, você será para sempre.

Por outro lado, ter um mindset de crescimento envolve acreditar no constante aprendizado, na eterna busca por melhoria, no desenvolvimento diário, em todos os aspectos da sua vida. E isso inclui seus revéses: o erro, a perda e o fracasso. A diferença é que você enxerga tais efeitos colaterais como mais uma etapa - e não como destino final.

Uma das piores consequências do mindset fixo é o medo de errar, porque ele se
transforma em medo de tentar. Em
O Iconoclasta, o psiquiatra americano Gregory Berns escreve que uma das principais características das pessoas que fazem o que os outros diziam ser impossível é a forma como elas lidam com o medo. Quantas vezes você deixou de enfrentar um desafio pelo simples medo de fracassar? Pelo medo de se expôr? Pelo medo de parecer - ou de se sentir - menos apto, menos inteligente?

Só perde o pênalti quem bate o pênalti Pois quando você tem o mindset de crescimento, você vê seu fracasso por outra lente. Ele faz com que você busque as razões do erro, analise em que aspectos precisa melhorar, em que pontos deve evoluir. Tivesse eu num mindset fixo, estaria chorando na cama, que é lugar quente.

Tempos atrás, confesso, é bem provável que fosse este o meu desejo no
momento. Mas aprendi a encarar tais episódios de maneira bem diferente.

Melhor dizendo, escolhi encarar tais episódios de maneira diferente. E
esta transição foi algo bem mais simples do que você pode imaginar.

Não estou feliz por ter fracassado porque, no fim das contas, isso ainda não acabou. Em vez de pensar que não passei, prefiro pensar que não passei ainda. O "ainda" faz toda a diferença. E vida que segue...

(...)

ATUALIZAÇÃO: A leitora Isabel Sales, do blog Contabilidade Financeira, lembrou-me do elemento que falta nessa equação: o esforço. É ele que faz a diferença na performance, independentemente do seu grau de aptidão para qualquer que seja a tarefa. Quem tem o mindset de crescimento reconhece no esforço o caminho para a melhoria. Já quem tem o mindset fixo, vê o esforço como uma comprovação de que você não tem o talento inato - que é um bom começo, mas não é tudo.

08 julho 2009

Economistas e Psicólogos

A diferença fundamental entre os psicólogos e os economistas é que psicólogos estão interessados no comportamento individual, enquanto economistas estão interessados em explicar os resultados dos grupos de pessoas interagindo. Psicólogos também estão focados em disfunção humana (...) Daí a atenção dos economistas sobre as pessoas que são "racional". Determinados tipos de eventos - pânico, por exemplo - que são de interesse para economista, sem dúvida irá beneficiar de compreensão da disfuncionalidade humana. Mas o balanceamento de carteiras pelos gestores de fundos mútuos, por exemplo, não é um candidato óbvio. Na verdade um dos temas deste ensaio é que, no laboratório experimental do modelo mais simples do comportamento humano - egoísta com racionalidade imperfeita aprendizagem - faz um excelente trabalho de explicar a maior parte do comportamento.


Fonte: Is Behavioral Economics Doomed?