Translate

Mostrando postagens com marcador papel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador papel. Mostrar todas as postagens

04 novembro 2019

Impresso ou digital

Ao comentar sobre uma possível fusão entre duas editoras de livros didáticos, um texto do The Conversation de Naomi Baron trata de uma questão delicada: a transição do material impresso para o digital.

Segundo Baron:

(...) os alunos aprendem melhor usando livros impressos ou digitais. Os alunos dizem que geralmente preferem estudar textos impressos em vez de digitais.

Em dois estudos internacionais com estudantes universitários - incluindo um que eu conduzi e outro liderado por Diane Mizrachi -, os alunos disseram esmagadoramente que aprendem melhor com impressão. Meus colegas e eu recebemos a mesma resposta em um estudo que fizemos com alunos do ensino médio e do ensino médio na Noruega. Nos três estudos, os alunos reclamaram que se distraíam ao ler digitalmente.

Uma análise de vários estudos sobre o tema concluiu que, em geral, os alunos tiveram um melhor desempenho ao responder perguntas sobre uma passagem de leitura, se a liam impressa, não digitalmente. No entanto, essas descobertas às vezes dependem do tipo de perguntas feitas ou da quantidade de tempo que os alunos passam lendo.

As pesquisadores Patricia Alexander e Lauren Singer Trakhman mostraram que os alunos se saem igualmente bem com impressão e digital quando perguntas são feitas sobre a ideia principal de uma passagem. No entanto, se for solicitado aos alunos pontos-chave mais detalhados, eles se sairão melhor na impressão. Ironicamente, se você perguntar a esses mesmos alunos sobre o meio em que eles acham que tiveram notas mais altas, eles dizem que são digitais - mesmo que o oposto seja verdadeiro.

Sobre isto, uma questão que interessa é a apresentação de informações contábeis. Afinal, meio digital ou impresso. Particularmente, eu prefiro impresso. Sou assinante de jornais e geralmente olho os balanços publicados. Mas raramente entro em um site para ler uma versão digital.

Recentemente o governo adotou medidas para reduzir o custo contábil das empresas, que incluía a não obrigatoriedade de publicação em jornais. Uma consequência indireta da medida talvez esteja no texto acima: as pessoas irão ler menos ou com menor atenção as demonstrações.

Sobre este assunto, novamente recomendo a dissertação de José Mauro Soares que mostrou que a tela conduz a piores decisões na contabilidade. Em diferentes situações.

28 setembro 2016

O futuro do papel

Essa tendência indica que avanços estão sendo feitos em várias frentes, desde empresas de tecnologia como a DocuSign Inc., a maior participante do mercado de assinaturas eletrônicas, à ascensão de tablets e de dispositivos móveis. Mais importante, ela representa uma mudança que levou muito mais tempo do que o previsto. Ela foi atrasada pelo fato de que os negócios são realizados de formas muito mais complicadas do que qualquer um gostaria. A persistência do papel no local de trabalho — 60% do qual não é impressão opcional, diz Shane — significa que os processos empresariais mudam devagar, se é que mudam. As pequenas e médias empresas são as mais lentas em se livrar do papel, ou seja, para digitalizar totalmente seu fluxo de trabalho.

Também existe o fato de que papel é fabuloso. É a única tecnologia de exibição e inserção de dados que custa pouco, não pesa quase nada, é legível com quase qualquer tipo de luz e não exige uma conexão de internet. É a personificação da portabilidade e da durabilidade.
(WSJ. Continue lendo aqui)

Na UnB adotamos este ano o processo eletrônico. Não se tem um levantamento do impacto, mas é perceptível a economia de papel.  (Foto: Aqui)

11 setembro 2011

Reino Unido veta fim de cópias de papel

A oposição esmagadora de grandes e pequenos investidores derrotou uma proposta que visava a permitir que as companhias parassem de imprimir em papel seus relatórios anuais e balanços.

O Financial Reporting Council (FRC), órgão de fiscalização responsável pelo cumprimento das normas contábeis e de governança empresarial no Reino Unido, disse que abandonou o plano depois que "foram levantadas preocupações com o fim das cópias em papel dos relatórios, que colocaria os pequenos investidores em desvantagem, uma vez que muitos deles são idosos ou possuem acesso limitado à internet".

Dentre as propostas publicadas pelo FRC na quinta-feira está também a obrigação das companhias de colocar seus contratos de auditoria sob licitação a cada dez anos, ou explicarem por que não o fizeram.

Stephen Haddrill, presidente do FRC, havia descrito neste ano os relatórios anuais impressos como "um enorme desperdício de papel, uma enorme perda de tempo e um desperdício de dinheiro".

A mudança de opinião reflete queixas de investidores e profissionais do mercado financeiro de Londres, muitos dos quais afirmam que, independentemente da idade do leitor, é mais difícil ler esses relatórios longos e documentos complexos na tela de um computador.

"Para muitos investidores, incluindo eu, é muito mais fácil ler em uma cópia impressa", disse Simon Laffin, ex-presidente do conselho de administração da administradora de pubs Mitchells & Buttlers, em uma carta condenando a proposta.

Laffin, que preside os comitês de auditoria da Aegis e da Quintain Estates & Development, também mencionou o exemplo da Argos, apontando que a companhia varejista ainda imprime cópias de seu catálogo, além de operar on-line. "Uma lição importante da economia digital não é que as pessoas querem tudo on-line e sim que elas exigem informações de várias maneiras", disse ele.


Fonte: Valor Econômico- Adam Jones Financial Times, de Londres

15 novembro 2006

O fim do papel

Com o desenvolvimento da tecnologia (em especial do computador) esperava-se um queda no consumo do papel (e efeito sobre as empresas de papel e celulose, inclusive a Aracruz).

Entretanto dados de longo prazo mostram que a produção (e o consumo) está aumentando. Em 1983 eram produzidas 45.224 mil toneladas métricas de papel; dez anos depois este número aumentou para 71.956 mil. Em 2003 era de 97.199 mil.

Fonte: Seeking Alpha