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07 abril 2020

Futebol e Covid-19

Enquanto em Portugal o Belenenses entrou em "lay-off", no Brasil a situação também será (é) crítica para os clubes. Eis uma análise inicial:

O principal player está suspendendo os pagamentos de campeonatos regionais pela ausência de jogos. Muitos patrocinadores estão rompendo contratos visto que não há exposição da marca e o futebol não é o foco prioritário para o momento. A bilheteria afeta imediatamente o caixa e receitas dos clubes. Os royalties são afetados pois não há venda física dos produtos licenciados dos clubes. Mesmo na venda virtual, não há nesse momento grandes motivações para que os torcedores comprem produtos.

Pensando nos impactos de médio e longo prazo, temos inicialmente a possibilidade de revisão de contratos de transmissão. A principal competição do Brasil (Campeonato Brasileiro) e a mais rentável (Copa do Brasil) podem ter os prazos encurtados e consequente redução dos valores a serem pagos conforme os jogos não se iniciarem até o mês de junho/20.

Há ainda a possibilidade de duplo impacto na negociação de atletas. Primeiro pela falta de exibição e exposição dos jogadores para viabilizar as contratações, segundo pelo fato que o mercado europeu que atualmente renegocia a redução dos salários milionários dos atletas, certamente irá rever a política de contratações até que as contas se ajustem. No aspecto custo, alguns clubes tem e terão dificuldades para honrar salários atrasados, agora com a crise do COVID 19, pagar o corrente, com os encargos e com as receitas reduzindo, o risco de inadimplência é iminente. E pela falta de caixa, há o risco de não pagamento das parcelas do PROFUT e consequente eliminação do maior programa de parcelamento fiscal das dívidas dos clubes.


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