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14 maio 2019

Embraer + Boeing

Depois de uma série de batalhas legais e complicações políticas, parece que a Boeing finalmente poderá assumir o controle da divisão de aeronaves comerciais da Embraer. A Boeing pagará US $ 4,2 bilhões por 80% de participação na divisão. Também terá que financiar uma joint venture minoritária com a Embraer para ajudar a comercializar a aeronave de transporte militar KC390 fora do Brasil.
O acordo ainda está pendente, aguardando a aprovação de autoridades antitruste em todo o mundo: os reguladores chineses já anunciaram que só vão emitir uma decisão “não antes" do que o quarto trimestre de 2019, provavelmente em retaliação ao fiasco da Huawei. E dada a importância absoluta do mercado de aviação chinês, espere muita manobra diplomática de todas as partes envolvidas.
A Embraer é líder mundial no que já foi chamado de “aviões regionais”, significando aeronaves bimotoras de curto ou médio alcance, com capacidade para 130 passageiros. Pense neles como os primos menores do Boeing 737 e do Airbus A320, que são os principais impulsionadores das viagens aéreas em todo o mundo.
A família de E-Jets da Embraer, introduzida no serviço em 2004, teve um sucesso fenomenal, com 1.486 entregas e 114 pedidos firmes em 31 de dezembro de 2018. E a renovada família E-Jet E2, com novas asas, novos motores e outras melhorias, já tem 268 pedidos firmes.
A aquisição pendente da divisão pela Boeing é um dos maiores negócios da história recente da aviação comercial. Embora as autoridades antitruste possam aprovar o acordo com a lista usual de recomendações e atenuações, é mais um passo no caminho da consolidação da fabricação de aeronaves comerciais em todo o mundo.

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