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30 janeiro 2015

O que gostaríamos de saber 3

Anteriormente, numa postagem, fizemos algumas projeções. Este é um momento para verificar como saímos:

1 - Tamanho do rombo? - será uma estimativa e não deverá levar em consideração os problemas mais antigos de corrupção da empresa. Já fizemos uma estimativa aqui de 20 bilhões, mas acredito que a empresa deverá colocar um número compatível com o resultado apurado. Minha avaliação é que o valor estará entre 10 e 20 bilhões.

A empresa disse que ainda não é possível fazer uma avaliação. A grande notícia foi o valor de 88 bilhões, mas neste valor tem mais do que corrupção. No entanto, ontem a presidência da empresa afirmou que ainda pode aumentar, já que nem todo ativo foi mensurado. Numa das metodologias chegaram a 4 bilhões. É bem abaixo do valor que estimamos.

2 - Haverá baixas por conta da redução do preço do petróleo? - Não acredito. Como o foco é o valor da baixa pela corrupção, isto pode ficar para depois. Além disto, a empresa pode afirmar, com uma certa dose de razão, que o preço é volátil.
Correto. A empresa aproveitou para não dar baixa por conta da redução do petróleo.

3 - Tamanho do corte de investimento em 2015 para não tomar empréstimo? - A punição às empreiteiras irá ajudar neste corte. Nos últimos anos a empresa teve fluxo de caixa de investimento negativo entre 53 bilhões de reais em 2008 e 77 bilhões em 2013. Deve ficar entre 30 bilhões e 50 bilhões em 2015, mas com valores mais próximo ao valor mínimo.
Ainda não está claro e somente nos próximos meses teremos condições de saber.

4 -O que falta para a empresa publicar o balanço auditado e se as demonstrações anuais serão publicadas no prazo? - A PwC é quem irá determinar esta publicação. Tenho sérias dúvidas se o balanço será limpo.
Ainda é cedo. Mas parece que será com atraso, pelo que foi dito na conferência ontem.

5 - Vai processar os executivos? - Não.
Tudo caminha para isto. Em nenhum momento a empresa falou em responsabilizar. Mais ainda, fez questão de destacar que o problema acabou com a nova gestão, apesar das investigações afirmarem o contrário.

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