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30 dezembro 2020

Mercado editorial nacional na pandemia

Em maio de 2020, de acordo com a Publishnews, o varejo de livros no Brasil perdeu quase 50% do seu faturamento. Isso ocorreu devido ao fechamento das lojas causado pela pandemia do novo coronavírus. Passado o choque inicial, o mercado foi se recuperando e após as promoções da Black Friday alcançaram valores similares ao mesmo período em 2019.

Em números absolutos, de janeiro a novembro, foram vendidos 36,92 milhões de unidades e os estabelecimentos apuraram faturamento de R$ 1,51 bilhão. Em termos de faturamento, a variação ainda é negativa em 1,14%

Segundo o Painel do Varejo de Livros no Brasil:

“Esse ano de 2020 tem apresentado grandes desafios. A pandemia afetou frontalmente a economia e o mercado livreiro. Mas estamos recuperando o ‘tempo perdido’, nos aproximando do ponto zero em termos de valor”, afirmou Ismael Borges, gestor da Nielsen Bookscan, ferramenta que monitora o varejo de livros no Brasil. “Ainda estamos negativos por conta do altíssimo nível de desconto que chega a quase 30% entre os livros mais vendidos”, analisou.

Talvez valha a pena reexplicar a metodologia do Painel. A Nielsen captura a venda de produtos que tenham ISBN em um conjunto de estabelecimentos – físicos e virtuais. A lista dos estabelecimentos aparece no fim dessa matéria. Os dados são processados e dão origem ao relatório. Portanto, o que o Painel mostra é um panorama geral do varejo de livros no Brasil. Por questões contratuais da Nielsen com as varejistas, o documento não esmiúça o que foi realizado em lojas de argamassa e tijolo e aquilo que foi vendido em lojas exclusivamente virtuais, mas, livreiros e editores ouvidos pelo PublishNews apontam que a grande parte dessas vendas foram realizadas em e-commerces, mostrando que este segmento é o que tem sustentado essa recuperação apontada pelo Painel.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, fala da necessidade da “reinvenção do varejo físico no Brasil”. “Em todos os mercados mundiais temos observado o mesmo fenômeno: a pandemia resgatou o hábito da leitura, mas permanece o desafio da introdução de novos títulos no mercado. Este será o principal tema para 2021, com a reinvenção do varejo físico no Brasil”, disse.


Mercado editorial norte-americano na pandemia

O mercado editorial norte-americano em 2020 foi excelente, segundo reportagem do The New York Times. Com eventos presenciais cancelados, as pessoas têm lido bastante – ou ao menos comprado bastante livros. Madeline McIntosh, a diretora executiva da Penguin Random House disse que acredita que a indústria teve o melhor ano dos últimos tempos.

O mercado de áudio livros, ainda pouco explorado por aqui, teve um aumento de mais de 17% quando comparado ao mesmo período em 2019. Os e-books, por sua vez, apresentaram um acréscimo em torno de 16% e os livros físicos de cerca de 8%.

Quando as livrarias foram fechadas em março houve uma queda nas vendas, mas não durou. Enquanto algumas partes da indústria continuam a sofrer, como as livrarias e as editoras educacionais, os executivos das editoras reportaram que as vendas voltaram a crescer por volta de junho. Muitas das vendas foram feitas pela Amazon, mas como os hipermercados puderam continuar abertos por lidarem com itens essenciais, também se saíram bem, com o destaque indo para o Target.

Os executivos de editoras descrevem o seu negócio como a prova de recessões. Nos Estados Unidos o mercado se manteve estável após a recessão de 2008, caindo apenas 4% quando o desemprego alcançou o topo em 2009, retomando terreno no ano seguinte. Os desafios dessa vez pareciam maiores, com o distanciamento social, as restrições em armazéns, os isolamentos amplos e o rápido declínio da economia.

Mas as dificuldades da cadeia de suprimentos, como problemas de capacidade em grandes gráficas - que têm sido difíceis de gerenciar e são contínuos - não paralisaram o sistema. As restrições da pandemia, enquanto isso, eliminaram parte da competição. Segundo eles, uma pessoa só pode assistir uma quantidade limitada de Netflix, e não havia muitas outras opções.

“A competição pelo tempo de lazer, essa equação mudou com a pandemia”, disse Don Weisberg, o presidente-executivo da Macmillan. “A maneira como isso voltará será um forte indicador do futuro.”

Partes do mundo dos livros têm lutado. Com muitas igrejas e outras casas de culto fechadas, a venda de livros religiosos caiu, de acordo com a BookScan, e a categoria de viagens despencou em mais de 40% na impressão. (Ficção para jovens adultos, por outro lado, e livros sobre casa e jardinagem aumentaram mais de 20%.)

Grandes livrarias, acostumadas com o varejo online, se saíram bem pois no início da pandemia a Amazon ficou sobrecarregada com encomendas e deu baixa prioridade aos livros, o que ajudou o desempenho da Barnes&Noble, por exemplo. As livrarias independentes também sofreram devido ao isolamento, com algumas reportando cerca de 40% no declínio de vendas, e para driblar a crise tiveram que se adaptar às vendas online.

Mesmo as editoras que se saíram bem estão preocupadas com as livrarias, já que os leitores têm mais chances de descobrir bons livros em uma loja física do que em uma online, devido a disposição dos livros ou a dicas da equipe.



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Ah, você acha que merece $600? Você deveria trabalhar pelos seus $600 da mesma forma que eu -investindo $800 no mercado acionário e perdendo $200 quase que imediatamente. 

28 dezembro 2020

As 20 postagens mais lidas em 2020


1. CCL
2. Grau de alavancagem operacional
3. Margem bruta
4. Margem operacional
5. Giro do ativo
6. Prazo médio de pagamento a fornecedores
7. Patrimônio de referência
8. Composição do endividamento
9. Endividamento
10. Curso de contabilidade básica: dívida liquida
11. Deseconomias de aglomeração
12. O que deve ter uma “conclusão” de um trabalho científico
13. Provisão, contingência e accruals
14. Comparabilidade das informações
15. ROI
16. Margem líquida
17. 600 demitidos na PWC Brasil
18. Você sabe a diferença entre incerteza e risco?
19. Pró-forma
20. Depreciação acelerada

O resultado das 10 primeiras colocações foi bem similar ao de 2019. A postagem “600 demitidos na PWC Brasil" foi a única publicada em 2020 que entrou na lista.

Essa forma de divulgação considera apenas os cliques diretos em cada postagem. As que foram lidas por meio da página principal não são consideradas.

Para acompanhar as postagens com mais facilidade, você pode acrescentar o seu e-mail na caixa “inscreva-se” que fica no nosso menu, na lateral direita da página. Ou você pode acompanhar as postagens do blog pelo Twitter ou pela nossa página no Facebook. Nos acompanhe também no Instagram!

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Fonte: aqui

27 dezembro 2020

7 frases mágicas em tempos de lives

Usamos cada vez mais Zoom, Meet, Teams e outros instrumentos de comunicação não presencial. Michael Thompson sugere utilizarmos 7 frases mágicas para melhorar nossa interação com outras pessoas. Obviamente, algumas das frases possuem variações, embora a essência continue a mesma. O texto a seguir é inspirado no texto de Thompson.


1. Você pode dizer isto de novo? Eu quero anotar - isto mostra que você está interessado. Outras frases parecidas: "nunca pensei nisso dessa forma, eu quero escrever isso" ou "eu amo essa ideia e vou anotar para não esquecer". 

2. Obrigado por perguntar - quando alguém faz uma pergunta, esta frase transmite gratidão. Pode estar acompanhada de outra frase como "eu tive uma experiência disto no projeto", "eu aprendi isto com meu melhor amigo". 

3. Desculpe interromper, estou animado. Continue - é muito comum falarmos muito nas lives. Ao mesmo tempo que reconhece que a interrupção pode atrapalhar, destaca que ocorreu em razão do interesse no assunto. 

4. Adoraria sua opinião sobre - Esta é uma boa forma de quebrar o gelo em uma conversa. Depois de expor a situação, esta frase convida a outra pessoa para a conversa. Pode também ser algo como: "como alguém com uma boa experiência no assunto, o que você aconselha?" 

5. Eu sei que não devo reclamar - Em tempos de pandemia, nem sempre sabemos a situação do outro. Em muitos casos estamos desabafando sobre as medidas sanitárias, quando o nosso interlocutor sofreu uma perda por conta da doença. Você pode conquistar alguém com: "eu não devo reclamar, mas gostaria de estar dando esta aula de maneira presencial". 

6. Tenho enjoado de lives, mas está foi divertida - No início das lives eram novidades e todos gostaram. Depois, viraram obrigação. Nunca sabemos se o compromisso que estamos tendo é algo agradável ou não. Esta frase funciona e conquista a simpatia.

7. Importa de desligar o vídeo - Em muitos casos, não estamos preparados para uma chamada. Ou precisamos fazer outra coisa enquanto conversamos. A ausência do vídeo pode melhorar a qualidade da conversa. 

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Planejamento Anual: devemos levar a sério?

 

26 dezembro 2020

Razões para não usar Word e algumas alternativas

Um editor de texto do tipo “bloco de notas” pode ser um boa opção para quem deseja escrever. Não somente textos simples, mas também artigos científicos. Em lugar de usar o popular Word, que certa vez alguém chamou de “ordinário”, há um grande número de opções e algumas boas justificativas. 

Diferença - O Word, e outros programas semelhantes, baseia-se na filosofia WYSIMYG, do inglês “o que você vê é o que você obtém”. Um editor de texto simples tem outra filosofia: WYSIWYM ou o que você vê é o que você quer dizer. Ou seja, para formatar o texto, utiliza uma sintaxe que diz ao computador o que fazer. 

Para muitas pessoas, parece estranho que você tenha optado por digitar sua formatação semanticamente, quando poderia apenas vê- la. É como deixar seu Tesla na garagem e escolher dirigir um Modelo T.

Razões para abandonar o Word

1. Word é confuso - há muitas opções na barra de ferramentas e em cada nova versão algumas destas funções mudam de lugar. Se o usuário do computador muda a configuração default - poucos fazem isto, é verdade - isto pode ser mais complicado ainda.

2. Word distraí a escrita - Há uma tendência a prestar atenção nas opções de formatação do Word quando você escreve. As opções de formatação terminam por distrair quem deseja escrever muito e rápido. Alguns editores de texto, como este onde este artigo foi redigido, não possuem os botões de formatação à mostra. E eles são poucos. Em outras palavras, são minimalistas. 

3. É difícil de colocar tabelas e figuras - Experimente colocar uma tabela ou uma figura em um documento Word. E dado que muitas normas de textos científicos exigem formatação diferente da tabela para o texto (exemplo: tamanho da fonte), isto torna a tarefa mais ingrata. Quantas vezes você parou de escrever para arrumar uma figura ou tabela por conta de quebra de página. 

4. O Word não serve para documentos grandes - Quando você deseja escrever uma tese ou um livro, a melhor alternativa é evitar o Word. Torna-se lento lidar com os problemas de um editor de texto. 

5. Word não é código aberto - A Microsoft é dona do Word. Antigamente você comprava um pacote Office por uns 200 reais e ficava com ele por anos. A Microsoft vende agora uma licença anual, pelo preço do antigo pacote. 

Um meio termo

Uma forma de evitar isto é usar um editor mais limpo. Eu uso em muitos textos o Focus (figura). Ele é uma tela em branco, com algumas poucas funções, que ficam escondidas enquanto você digita. Tenho usado o Doc do Google, principalmente em situações onde compartilho um documento. O livro Fundamentos Básicos de Contabilidade foi escrito no Google pois facilitou muito eu redigir um texto e a co-autora, Fernanda, alterar e acrescentar coisas. 


Alternativas radicais

Latex é uma boa alternativa para quem deseja unir um processador de texto com um resultado de boa qualidade. Nele é possível fazer um texto com cara de um artigo de periódico; ou produzir uma tese que parece um livro. A dissertação da Thais Crabbi foi escrita em Latex, mas é uma exceção na área de contabilidade. Há algumas opções onde é possível integrar o Latex com arquivos Doc. Ele foi criado em 1984 e este é um problema: há alternativas mais simples. A opção recente é o Markdown, cujos comandos são mais fáceis. 

Baseado na minha experiência e na leitura de um artigo do Economicsfromthetopdow

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25 dezembro 2020

Pressão pelo padrão de sustentabilidade

Isto é algo que carece de uma boa explicação. Em tempos de uma grande pandemia, um grupo de entidades voltadas para a produção de normas passaram a dar uma grande atenção para a questão da governança, ambiente e sustentabilidade. Gostaria de tentar entender a razão para este grande interesse, quando a lógica indicaria que estas entidades deveriam estar preocupadas em estabelecer normas para informações neste novo ambiente. Qual a razão? Realmente não consigo encontrar uma justificativa razoável para isto que está ocorrendo agora. Recomendo o texto postado aqui onde tentamos uma explicação. 

A cronologia recente provisória dos acontecimentos é a seguinte. Em maio, durante a conferência do GRI, são definidas diretrizes de relatórios de sustentabilidade que seriam adotados pelas empresas. O assunto começa a fazer parte da agenda de jornais, com poucos artigos críticos sobre o tema. A maioria tece loas ao tema. 

Em setembro constata-se a presença de 50 padrões sobre ESG (ambiente, sustentabilidade e governança). Isto levou a entidade que congrega a profissão contábil, o Ifac, lança um documento denominado Enhancing Corporate Reporting: The Way Forward, ainda em setembro. O IFAC propunha um novo conselho para definição de padrões para um relatório corporativo que tratasse da questão. O IFAC solicita à Fundação IFRS pensar sobre o assunto. 

Também em setembro, cinco entidades (Carbon Disclosure Project, Climate Disclosure Standards Board, Global Reporting Inititative, International Integrated Reporting Council e Sustainability Accounting Standards Board) lançam um declaração conjunto para um alinhamento das normas. A ideia seria criar um conselho para tratar da questão da sustentabilidade. As Big Four lançaram um documento sobre o assunto, o que é realmente mais estranho. E em um mês movimentado, a Fundação IFRS lança uma consulta sobre o tema. (tudo isto aqui)

Esta consulta está recebendo comentários agora, em dezembro. A cinco entidades citadas no parágrafo anterior soltaram, em dezembro, um documento sobre o tema. O IFAC também encaminhou uma carta de comentários no sentido de se criar um sistema global para informações de sustentabilidade, sob liderança da Fundação IFRS. Na visão do IFAC

A profissão de contador, por sua vez, deve desempenhar um papel ativo em ajudar as empresas, economias e sociedades a alcançar um futuro mais sustentável. Acreditamos que a padronização de informações de sustentabilidade de alta qualidade trará uma nova relevância ao nosso trabalho em relatórios e garantias corporativas e promoverá o interesse público. A IFAC está pronta para se envolver com a Fundação IFRS, bem como com nossas organizações membros e outras partes interessadas, para garantir o sucesso desta importante iniciativa.

Imagem aqui




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Líder, chefe e presidente de uma comissão

24 dezembro 2020

23 dezembro 2020

Everest está mais alto


O Monte Everest é a maior montanha da Terra. Localizado na fronteira do Nepal com o Tibete (hoje China), o monte foi escalado somente em 1953. 

A primeira vez que alguém mediu o Everest em meados do século XIX. Uma equipe, comandada por Sir George Everest, calculou que o monte teria 29.000 pés de altitude. Para dar mais "precisão" à medida, Sir George adicionou 2 pés na medida, registrando 29.002 pés como a altura oficial, que corresponderia a 8.840 metros.

Outra pesquisa, feita no final do século XIX e início do século XX registra uma altura de 8.882. Em 1955, outra altura é calculada: 8.848 metros. Esta foi a altura aceita oficialmente, apesar de existirem medidas realizadas por outros países: Itália (8.872, em 1987; 8.846, em 1992), Estados Unidos (8.850, em 1999) e China (8.844,43 m, em 2005).

É estranho esta variação, mas justificável. Se a medida da altura for feita no inverno, há a neve acumulada no topo. Outro fato que afeta o resultado da medida é a movimentação da terra, que pode alterar a altura de uma montanha. Em 2015, por exemplo, ocorreu um terremoto na região que poderia ter afetado o tamanho da montanha. 

Recentemente, um comunicado conjunto do governo do Nepal e Chinês aumentou o tamanho do Everest em 86 cm. A montanha tem agora 8.848,86 cm. E isto já esta registrado na Wikipedia

Contabilidade? - Gostei de ler  sobre o assunto, pois mostra que se a ciência tem dificuldade de chegar a um consenso sobre a altura de uma montanha, o que dizer do valor de um ativo ou a medida de resultado de uma empresa. 

Um belo comercial de Natal


Este comercial já tinha mais de 13 milhões de visualizações. Começa com um senhor idoso fazendo exercícios físicos. Isto desperta a curiosidade das pessoas e uma vizinha chega a ligar para filha deste senhor (1:30 m do vídeo). Somente no final ficamos sabendo a razão disto tudo (2:10 m). 

Uma explicação sobre a beleza do comercial pode ser encontrada aqui

Imprensa pode melhorar a qualidade da contabilidade


A imprensa pode melhorar a qualidade da informação contábil. Um estudo (via aqui), da Universidade do Arkansas, descobriu que notícias da imprensa (The Wall Street Journal, The New York Times , o Washington Post, o Chicago Tribune, Forbes, The Economist, Economic Times, Kiplinger, Accounting Today, Wired e CFO Magazine) podem ajudar na qualidade da auditoria das empresas. 

Quando uma auditoria é questionada no seu trabalho, que inclui notícias de fraudes, por exemplo, estas empresas aumentam a atenção dada às auditorias. Basicamente, nenhuma Big Four quer estar na primeira página do The Wall Street Journal. 

A pesquisa também encontrou que as empresas de auditoria tentam gerenciar a reputação, pois notícias negativas possuem custos de crescimento e retenção de clientes. 

“Coletivamente, nossa evidência sugere que a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz das firmas de auditoria, ao direcionar a atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria”, disse o estudo.

(...) As descobertas sugerem que “a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz de firmas de auditoria ao direcionar maior atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria.