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18 maio 2017

Um dia na vida de um contador: professor de contabilidade

O pessoal do Going Concern começou uma série de postagens muito legal: um dia na vida de um contador. Se o seu inglês estiver bom, clique aqui e confira a postagem na íntegra.

A ideia é dar uma espiada na vida dos contadores lá nos Estados Unidos (e lembra que estão precisando de gente!?)

O primeiro a participar é Alan, um professor que leciona contabilidade financeira intermediária e avançada e IFRS.

Ele geralmente acorda às 5h30 (eu quero saber que horas ele vai dormir, mas não diz) e vai andando para o trabalho. Um dia normal no varia. Depende se é um dia de ensino ou de pesquisa. Em dias de ensino ele começa com forte preparação, muita cafeína, aulas coladas umas nas outras. Os dias de pesquisa se alternam entre coleta de dados, codificação de dados, análise estatística, escrita, edição e tarefas para a preparação de apresentações. Geralmente também incluem muitos diálogos com coautores.

Quando questionado sobre a parte do trabalho dele que mais poderia surpreender as pessoas, ele menciona exercer também um papel de terapeuta, já que alunos na casa dos 20 geralmente lutam com assuntos sérios e não sabem ou não têm os recursos para lidar com aquilo. A parte mais gratificante do trabalho dele é ajudar alunos com metas de carreiras ou acadêmicas que, sem a ajuda dele, o aluno não conseguiria.

Ragi Refrigerantes: Inadimplência e fraude no ICMS

A fabricante do refrigerante Dolly é alvo nesta quinta-feira, 18, de uma operação que investiga fraudes relacionadas ao pagamento de impostos.

Segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo, a Operação Clone mira empresas "de um grande grupo do ramo de bebidas que são suspeitas de inadimplência fraudulenta do ICMS, embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada".

Fontes com conhecimento do assunto confirmam que trata-se da Ragi Refrigerantes, fabricante dos produtos da marca Dolly.

"Com cerca de R$ 2 bilhões de débitos já inscritos na dívida ativa e autos de infração milionários, as empresas do grupo têm deixado de responder a inúmeros comunicados da Secretaria da Fazenda desde o ano passado e jamais receberam fiscais da pasta para esclarecimentos", diz comunicado divulgado pela secretaria.

A pasta diz também que várias empresas tiveram as inscrições estaduais cassadas pelo Fisco por causa das irregularidades, mas que "há indícios de que elas ainda hoje continuam operando irregularmente, sem inscrição estadual".

O Fisco "também identificou créditos vultosos de impostos relativos a supostas entradas de insumo nunca comprovadas, emitidas por empresas situadas em outras unidades da federação, cujos valores foram objeto de autuações."


Fonte: Aqui

Ibovespa e Circuit Breaker

O principal índice da bolsa paulista retomou o pregão e opera em forte queda nesta quinta-feira (18), após ter os negócios interrompidos pelo circuit breaker, um mecanismo de controle de variação dos índices. Se a queda persistir, os negócios podem ser interrompidos novamente quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação seria de uma hora.

Às 11h19 10h19, o Ibovespa caía 8,23%, a 61.978 pontos.
Às 10h51, a Bovespa caiu 10,47%, a 60.470 pontos, e os negócios foram interrompidos pelo circuit breaker, repercutindo as denúncias da noite passada contra o presidente Michel Temer. Os negócios ficaram suspensos por 30 minutos. O site da Bovespa também saiu do ar. A última vez que isso aconteceu foi em 22 de outubro de 2008, quando a bolsa caiu 10,18%.



O circuit breaker é um mecanismo de controle da variação dos índices. Quando as cotações superam limites estabelecidos de alta ou de baixa, as negociações são interrompidas, para evitar movimentos muito bruscos.

Na Bovespa, o circuit breaker é disparado quando a baixa Ibovespa atinge os 10%. Os negócios são então paralisados por trinta minutos e retomados em seguida. Depois da retomada do pregão, se a queda persistir, os negócios são novamente interrompidos quando a baixa chega a 15%. Desta vez, a paralisação é de uma hora.


As ações preferenciais da Petrobras abriram as negociações desta quinta com queda de 18%. Os títulos do banco Itaú, que possuem o maior peso no índice Ibovespa, também registravam baixa de 18%. Ainda no segmento financeiro, o Bradesco recuava 17%. A própria JBS perdia 14% no mesmo horário.


Na véspera, o Ibovespa caiu 1,67%, a 67.540 pontos, após subir por 6 pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo de aversão a risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência Reuters.

Mais cedo, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e que "atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados".

A Secretaria do Tesouro Nacional também informou, por meio de nota à imprensa, que "adotará as medidas necessárias para assegurar a plena funcionalidade e a adequada liquidez dos mercados".

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica Comportamento das Vendas

Uma das variáveis mais relevantes de desempenho de uma empresa é o valor das vendas. Para alguns setores, o desempenho das vendas é um termômetro da participação no mercado, da conquista de novos clientes, dos efeitos de uma recessão, entre outros aspectos. O valor das vendas dá também uma dimensão do porte de uma empresa.

De uma maneira geral, o valor das vendas é resultado da quantidade vendida pelo preço de venda. Quando a quantidade e o preço aumentam, as vendas também irão aumentar. Mas quando estas duas variáveis caminham em sentido opostos, a variação no valor das vendas dependerá do tamanho da variação de preço e da quantidade.

No nosso livro “Curso de Contabilidade Básica”, comentamos sobre uma empresa varejista nos capítulos de estoques. Também falamos no capítulo 7 do primeiro volume da receita, como sendo o preço vezes a quantidade.

Em muitas empresas a equação “quantidade vezes preço” não é tão simples, já que existem diferentes produtos. Mesmo assim, é possível ter uma ideia desta relação. Muitas empresas de varejo acompanham este desempenho através do tíquete médio, que corresponde ao valor médio que cada cliente pagou nas suas compras.

Vejamos como exemplo a Guararapes, que é uma varejista de grande porte. Recentemente, ao divulgar suas demonstrações contábeis trimestrais, a empresa divulgou o comportamento do faturamento líquido em milhares de reais para os meses de janeiro a março. No quadro apresentado, ela também divulgou uma informação gerencial: a quantidade de peças vendidas. Como a Guararapes vende roupas, a divisão do faturamento pela quantidade de peças produz o preço médio de venda das peças de roupas da empresa no período. O quadro a seguir foi divulgado pela empresa:
Observe que no trimestre de 2017 o faturamento médio caiu em um terço. É uma queda expressiva. Ao mesmo tempo, a quantidade de peças vendidas manteve-se estável. Isto significa que o cliente da empresa continuou comprando, só que produtos com menor preço de venda.

Com base nas informações apresentadas pela Guararapes:
a) você saberia encontrar um erro cometido pela empresa?
b) você conseguiria encontrar o preço médio de venda de cada peça da empresa?

Links

A Petrobras deverá pagar dividendos em 2017

TCU multa Foster pelos problemas do Comperj / Petrobras

Sobre investimento no Brasil (e os conselheiros) (vídeo)

Número de advérbios por 10 mil palavras

Charada matemática para alunos do primário (?) de Singapura (ao lado)

O caso de insider Sadia-Perdigão

Descobrindo os bons pagadores

Aqui estão as palavras usadas em pedidos de empréstimo por pessoas mais propensas a quitar a dívida: dívida livre, menor taxa de juros, depois de impostos, pagamento mínimo, pós-graduação.

E aqui estão as palavras usadas por aqueles menos propensos a pagar seus empréstimos:
Deus, promessa, vai pagar, obrigado, hospital.

(...) Frases como "taxa de juros mais baixa" ou "depois de impostos" indicam um certo nível de sofisticação financeira na parte do mutuário, por isso não é surpreendente que eles se correlacionam com alguém mais propensos a pagar seu empréstimo de volta. Além disso, se ele ou ela fala sobre realizações positivas, como ser um graduado de faculdade e ser "livre de dívidas", também é provável que pague seus empréstimos.

Agora, vamos considerar a linguagem que sugere que alguém é improvável que pague seus empréstimos. Geralmente, se alguém lhe diz que ele pagará de volta, ele não pagará de volta. Quanto mais firme a promessa, mais provável ele irá quebrá-la. Se alguém escreve "Prometo que vou pagar de volta, então me ajude Deus", ele está entre os menos propensos a pagar de volta. Apelando à sua misericórdia - explicando que ele precisa do dinheiro porque ele tem um parente no "hospital" - também significa que ele é improvável que pague de volta. De fato, mencionar qualquer membro da família - marido, esposa, filho, filha, mãe ou pai - é um sinal que não pagará. Outra palavra que indica padrão é "explicar", ou seja, se as pessoas estão tentando explicar por que eles vão ser capazes de pagar um empréstimo, eles provavelmente não.

Os autores não têm uma teoria de por que agradecer as pessoas é prova de padrão provável.

Alguém que menciona Deus foi 2,2 vezes mais propensos a inadimplência. Este foi um dos únicos indicadores mais altos que alguém não iria pagar de volta.

Mas os autores também acreditam que seu estudo levanta questões éticas.Embora este tenha sido apenas um estudo acadêmico, algumas empresas relatam que usam dados on-line para aprovar empréstimos. Isso é aceitável? Queremos viver em um mundo em que as empresas usam as palavras que escrevemos para prever se devemos pagar um empréstimo? É, no mínimo, assustador - e, possivelmente, assustador.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio



17 maio 2017

Limpeza na Fifa

A entidade que dirige o futebol no mundo foi tema de manchetes pelos problemas financeiros, envolvendo corrupção, compra de votos e outros pecados mais. Recentemente, o comando da entidade, a Fifa, foi trocado, com a eleição do italiano Infantino. Junto com as mudanças, trocou-se o auditor, já que durante 16 anos a KPMG não tinha notado o que estava ocorrendo na entidade. No seu lugar, contratou-se a PwC.

Uma notícia do Inside World Football mostra como é difícil limpar uma cultura de práticas desonestas. Um dirigente da entidade, Fatma Samoura, secretária-geral, foi pega fazendo o que não deve (na foto, com Clooney e uma colega, no lado direito). No caso, a Fifa contratou uma empresa de limpeza de serviço, a SCJ, para limpar a casa de Fatma, a um custo de 28 mil francos suíços. A limpeza ocorreria cinco vezes por semana, durante duas horas por dia. A descoberta da travessura foi do novo auditor. O Inside revela que a PwC fez um acerto com Fatma: pagou-se para Fifa o dinheiro usado indevidamente e a PwC não revelou o problema na auditoria de 2016.

Parece pouco, mas a Fifa tem realizado uma campanha para dizer que agora a entidade mudou, que os problemas de fraudes são coisas do passado. Além disto, Fatma ocupa um cargo importante na entidade.

Links

Mercados de água

KPMG é multada na Espanha

Aprendendo história pelos filmes de Hollywood

Grafologia não é uma ciência

Executivo da Volks investigado por manipulação do mercado

10 jogos que inspiraram o mundo dos videos-games

Rir é o melhor remédio


16 maio 2017

Links

Eldorado Celulose anuncia o atraso na publicação das demonstrações contábeis do primeiro trimestre de 2017

Sharapova não irá ganhar o Wild Card para o aberto da França: sem privilégio para que está voltando de um doping

Entrevista com Jobs com 26 anos

Cartazes soviéticos contra a bebida...

... e as capas de discos na Iugoslávia

Mais um jogador acusado de fraude fiscal na Espanha

Mercado de Trabalho da contabilidade

O Ministério do Trabalho divulgou os dados do emprego formal, conforme o Caged. Como é praxe, o blog Contabilidade Financeira fez um acompanhamento do desempenho no setor contábil, incluindo os escriturários, técnicos, contadores e auditores. Se na economia as notícias são que o admitidos superaram os demitidos, indicando contratações, o mesmo não ocorreu na área contábil.
Em abril de 2017 foram admitidos 7.361 empregados e demitidos 8.045. Isto significa uma variação negativa de postos de trabalho de 684. Em termos acumulados, desde janeiro de 2014, são 34.134 postos reduzidos no período. De 2015 até abril de 2017 somente três meses o número de contratações superou ao de demissões: janeiro de 2015, outubro de 2016 e janeiro de 2017. É bem verdade que abril de 2017 foi bem melhor que abril de 2016 (menos 2.623) ou abril de 2015 (menos 940). E que o número do mês divulgado é o melhor desde janeiro de 2016 (excetuando o primeiro mês deste ano, que foi positivo). A pergunta que fica: começamos uma recuperação de postos de trabalho no setor contábil? O fato do número de demitidos ter sido o segundo menor da série pode ser um sinal disto.

Em termos salariais, os admitidos foram contratados por R$2.250 em média e o demitidos recebiam R$2.826, uma diferença acima de 25%. Esta diferença, por sinal, é a terceira maior desde janeiro de 2014. Os demitidos tinham, em média, três anos de carteira assinada, um número elevado para o setor, e 32,42 anos de idade.

A movimentação do mercado formal de trabalho do setor mostra que os valores negativos estão concentrados nos contadores e auditores, com 530, negativos. Finalmente, 69% das demissões foram sem justa causa, indicando uma tendência de redução.

JBS e o câmbio

A JBS divulgou o resultado do primeiro trimestre de 2017. Com uma receita líquida de 38 bilhões de reais, um valor menor que no período anterior, a empresa conseguiu um lucro de R$486 milhões, mostrando uma margem líquida reduzida. É bem verdade que no mesmo período de 2016 o resultado foi um prejuízo de R$2,64 bilhões. A empresa conseguiu reduzir os custos dos produtos vendidos, mas isto não foi suficiente para gerar caixa com as atividades operacionais.

Mas a grande diferença ocorreu nas despesas financeiras, que caiu R$6 bilhões. Uma redução tão significativa pode ter três possíveis explicações. A primeira é a redução do volume de empréstimos e financiamentos; a segunda, é a redução da taxa de juros. A terceira razão, associada a segunda, é a alteração ocorrida em algum indexador ou na taxa de câmbio. Vamos detalhar cada um destes aspectos.

Volume - A empresa afirma que possuía, ao final do primeiro trimestre, 48 bilhões de reais de dívida líquida. Este número não é muito diferente do ano passado, quando o valor era de R$47 bilhões ao final de março de 2016. Neste valor está incluso o disponível, sendo necessário retirar os recursos em caixa e equivalentes. Assim, a dívida bruta da empresa era de 56,3 bilhões em 31 de março de 2016 e 58,6 bilhões agora, no final de março. Isto significa 4% a mais, algo próximo a inflação do período. O que queremos mostrar é que não ocorreu uma grande variação no volume de passivo que gera despesa financeira, o que leva a excluir esta explicação.

Taxa de Juros - A taxa de juros dos empréstimos e financiamentos pode ser uma outra possível explicação para a redução da despesa financeira. Conhecendo as notícias recentes sobre a empresa, sabemos que durante anos as instituições financeiras de fomento brasileiras apoiaram fortemente a empresa, com empréstimos generosos e subsidiados. Mas estamos em 2017, onde a liberação de uma empréstimo deste tipo certamente chamaria a atenção. De qualquer forma, analisei detalhadamente a relação de empréstimos constante da nota explicativa 14 e não percebi nenhuma grande variação em relação ao ano anterior, exceto pelo aumento na linha de financiamento chamada “Term loan JBS Lux 2022”, que aumentou de 3,8 bilhões para 8,7 bilhões.

Indexador ou Taxa de Câmbio - Uma possibilidade é a mudança em algum indexador que tenha beneficiado a empresa. Isto inclui, por exemplo, a variação da taxa de câmbio no período. Esta é uma possibilidade interessante, já que o câmbio no final de março de 2016 era de 3,56 e um ano depois mudou para 3,17, uma redução de 10% aproximadamente. E isto afeta cerca de metade da dívida da empresa. Entretanto, é bom lembrar que o câmbio é um aspecto da despesa financeira; ainda devemos levar em consideração a taxa de juros. Assim, não basta multiplicar 10% por 27 bilhões, o valor da dívida em moeda estrangeira no início do trimestre, para se ter o efeito do câmbio sobre a despesa financeira.

É interessante notar que no primeiro trimestre de 2016 a empresa informou, num quadro (nota explicativa 23) que o resultado da despesa financeira era decorrente do resultado financeiro com derivativos. Na divulgação deste ano, este quadro não aparece. Ficamos sem saber se isto influenciou ou não o desempenho.

De qualquer forma, o desempenho da empresa medido pelo lucro líquido foi decorrente, da redução expressiva da despesa financeira, parcialmente explicada pelo comportamento da taxa de câmbio. (E pela decisão de não provisionar os efeitos da operação Carne-Fraca)

Rir é o melhor remédio


15 maio 2017

Recurso mais valioso do mundo

Uma nova commodity gera uma indústria lucrativa, de rápido crescimento, levando os reguladores antitruste a intervir para conter aqueles que a controlam. Há um século o recurso em questão era o petróleo. Agora preocupações semelhantes estão sendo levantadas pelos gigantes que lidam com dados, o petróleo da era digital. Estes titãs - Alphabet (empresa-mãe do Google), Amazon, Apple, Facebook e Microsoft são as cinco mais valiosas empresas listadas no mundo. Seus lucros estão aumentando: elas coletivamente acumularam mais de US $ 25 bilhões em lucro líquido no primeiro trimestre de 2017. Amazon captura metade de todos os dólares de gastos online na América. Google e Facebook representaram quase todo o crescimento de receita na publicidade digital na América no ano passado.

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Onde a Bolsa investe?

Nas demonstrações contábeis do primeiro trimestre, a B3 (ex-BM&FBOVESPA) revelou ter 14 milhões investidos em aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários. Mas aonde a Bolsa investe o dinheiro da entidade? A resposta na nota explicativa:

A resposta: em fundos de investimentos, atrelados ao CDI. Estranho? Ou seria mais estranho se a B3 investisse em ações?

Itaú indica auditor

O Banco Itaú adquiriu a XP. O Valor Econômico fez uma entrevista com o CEO da XP, Benchimol. Num trechos temos o seguinte dialógo entre o jornal e Benchimol:

Valor: Ouvimos que o controle de risco da XP ficará com o Itaú.
Benchimol: A única governança combinada com o Itaú é que hoje temos sete membros no conselho, quatro nossos e três da GA e da Dynamo. Aprovando Cade e Banco Central, passam a ser quatro nossos, um da GA e da Dynamo e dois do Itaú. E o Itaú tem direito a indicar o auditor interno.

Valor: Uma pessoa que vai comandar essa área?
Benchimol: Uma pessoa que é executiva nossa e que reporta ao comitê de auditoria, do qual o Itaú tem maioria, e ao CEO.

Valor: O que fica sob o auditor?
Benchimol: O risco estrutural. Essa é a garantia de que teremos por trás da credibilidade do Itaú.

Valor: Controla o compliance?
Benchimol: É contabilidade, balanço. Não tem interferência na gestão do negócio. Ele indica onde estão as brechas, como a gente indica isso no comitê de auditoria e como o comitê fecha essas brechas. É positivo.


Interessante que no processo deixaram claro que haveria independência para os atuais gestores. Mas a indicação do auditor por parte do Itaú é um sinal de que haverá um controle sobre o que é feito na XP, até sua incorporação definitiva pelo Itaú.

Links

Música moderna está ficando mais repetitiva

E se um livro representasse cada país do mundo? O Brasil seria...

Disparidade de gênero na publicação científica

Kasparov conversa com Tyler Cowen

É necessário aprender programação para aprender estatística?

Um parceiro da Toshiba tenta impedir a venda da fábrica de chips

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

14 maio 2017

Cortem-lhe a cabeça!

Um contador morre e uma das suposições é que alguém queria calá-lo por causa de coisas que ele sabia.

... se a moda pega.






Cenas da série Bones, temporada 5, episódio 22

Corrupção no Futebol também ocorre na Alemanha

O livro “Football Leaks: The Dirty Business of Football”, baseado nas investigações dos jornalistas Michael Wulzinger e Rafael Buschmann, do jornal Der Spiegel, revela detalhes sobre o poder exercido pelos agentes nas transferências dos jogadores.

Ontem, a FIFA confirmou que estava a investigar o caso denunciado pelo livro sobre a transferência de Pogba, e hoje, o The Sun revela pormenores até agora desconhecidos, da transferência de Roberto Firmino para o Liverpool, em 2015.

O avançado brasileiro, de 25 anos, juntou-se aos Reds, depois de quatro anos a jogar com a camisola do Hoffenheim. No verão de 2015, a transferência terá custado 34 milhões de euros.

Mas, de acordo com o livro, cerca de 7 milhões de euros terão ficado no lado alemão, e 27 milhões de euros foram pagos à empresa Transfair, detida por Dietmar Hopp, dono do Hoffenheim.


Fonte: Aqui

Fato da Semana: Recuperação da Petrobras?

Fato: Recuperação da Petrobras?

Data: 11 de maio

Contextualização 
Nos últimos meses a divulgação do resultado da Petrobras tem sido destaque. Um dos alvos da investigação de corrupção no Brasil, a empresa tenta se recuperar.

Os últimos resultados foram ruins, em razão da redução do valor de alguns ativos. Na quinta a empresa divulgou finalmente um resultado positivo. E sem grandes baixas contábeis.

Relevância
A divulgação do resultado da empresa marca o início da recuperação? Tudo indica que sim. O problema da dívida ainda não foi resolvido, mas a empresa, de forma consistente, está conseguindo gerar fluxo das operações.

O resultado apresentado foi ajudado pelo câmbio, que ajudou a reduzir a dívida e não comprometeu o resultado financeiro. Mas a empresa precisa cuidar do volume do caixa, que sofreu uma grande redução nos últimos meses.

Notícia boa para contabilidade?
Sim. A divulgação foi vista como um retrato da empresa, que afinal é o objetivo da contabilidade.

Desdobramentos
Talvez a diretoria atual da empresa tenha um prazo de validade, de menos de dois anos. O novo presidente da república, que será eleito em 2018, pode mudar a atual gestão. A empresa está preparada?

Mas a semana só teve isto?
Além da Petrobras, outras empresas divulgaram seus resultados.

10 pequenas coisas para fazer e se tornar mais inteligente



1. Seja mais inteligente quanto ao seu tempo online: Todo intervalo online não precisa ser gasto checando mídias sociais e suprindo a sua quota diária de imagens de animais fofos. A Web também é cheia de ótimas referências como cursos virtuais (Coursera, por ex.), palestras TED intrigantes, ferramentas de enriquecimento de vocabulário. Troque alguns minutos de cachorros skatistas por algo mais mentalmente nutritivo.

2. Escreva o que você aprende:
Não precisa ser bonito ou longo, mas tirar alguns minutos do dia para refletir de forma escrita sobre o que você aprendeu é uma forma de aumentar o seu potencial neural.

3. Faça uma lista “feito”: Uma grande parte da inteligência diz respeito à confiança e felicidade, então melhore ambos ao pausar e fazer uma lista não das coisas a serem feitas, mas sim das que você já concluiu.

4. Pegue as suas palavras cruzadas: jogos de tabuleiro e quebra-cabeças não são apenas legais, como também uma forma de trabalhar o cérebro. Jogue... Palavras cruzadas, buraco, xadrez, batalha naval, não importa. Para melhorar o seu potencial, faça palavras-cruzadas sem consultar dicas ou livros.

5. Tenha amigos inteligentes: Pode ser duro para a sua autoestima, mas andar com pessoas mais inteligentes que você é a forma mais rápida de aprender. Seja sempre humilde e disposto a aprender.

6. Leia bastante: é óbvio, mas essencial. Leia muito.

7. Explique a outras pessoas: se você não consegue explicar de forma simples, você não entendeu bem o suficiente, disse Albert Einstein. Tenha certeza que realmente aprendeu o que acha que aprendeu e que aquela informação realmente ficou gravada na sua memória ao tentar repassar a outros.

8. Faca coisas aleatórias: um exemplo é a história sobre as aulas de caligrafia que Steve Jobs cursou. Após largar a faculdade, o futuro fundador da Apple tinha muito tempo disponível e acabou vagando até uma aula de caligrafia. Na época parecia irrelevante, mas as técnicas de design que ele aprendeu foram posteriormente incluídas nos primeiros Macs. O que se pode aprender com isso: nem sempre se sabe previamente o que será útil. Você apenas precisa tentar novas coisas e esperar para ver como isso te conectará ao resto das suas experiências.

9. Aprenda uma nova língua: não, você não precisa se tornar rapidamente fluente ou ir para um país estrangeiro para aprender a língua de sua escolha. Há diversos sites grátis para isso (ex: Memrise).

10. Tire algum tempo de folga:
é importante tirar uma folga de estímulos mentais. Dê espaço para o seu cérebro processar o que aprendeu.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

13 maio 2017

Supere 175 vieses cognitivos e seja racional

É rir pra não chorar:

Resumo:

It is clear that people do not always behave in a rational manner. Sometimes they are presented with too much information or they may want to make a quick decision. This may cause them to rely on cognitive shortcuts known as heuristics (rules of thumb). These cognitive shortcuts often result in cognitive biases; at least 175 cognitive biases have been identified by researchers. This paper describes many of these biases starting with actor-observer bias and ending with zero-risk bias. It also describes how one can overcome them and thereby become a more rational decision maker

Friedman, Hershey H., Cognitive Biases that Interfere with Critical Thinking and Scientific Reasoning: A Course Module (April 26, 2017). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=2958800


Links

ex-Chefe da estatística chinesa é acusado de receber propina

PwC inglesa paga multa referente a má conduta de 2009


CEO da Deloitte incentiva seu filho a ver The Jetsons para não ter medo de robôs

O número de contas abertas sem autorização do banco Wells Fargo pode ser maior do que a estimativa original

Os problemas com o sexto maior banco da Espanha

Sorte ou Boa Gestão?

Na quinta a empresa Petrobras divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2017. O destaque foi o lucro de R$4,5 bilhões e a redução do endividamento da empresa. A empresa estatal possui grandes eixos para ser analisada: a qualidade dos ativos, em especial do seu imobilizado, e o endividamento.

Ativo - O primeiro eixo, do ativo, tem contribuído com os resultados contábeis ruins. No passado, a empresa tomou muitas decisões erradas, fazendo investimento ruins. Hoje já sabemos que estas decisões ruins foram frutos de corrupção e megalomania dos seus dirigentes e da controladora. Isto fez com que o ativo da empresa estivesse mensurado de forma muito otimista, não refletindo o potencial de geração de riqueza. A Petrobras investiu, por exemplo, numa refinaria de baixa qualidade nos Estados Unidos. O valor de aquisição, constante do balanço da empresa até recentemente, não refletia nem o valor de utilização nem um possível valor de negociação. Diante do exposto, a empresa tem feito uma série de reconhecimento de perda de recuperabilidade de vários destes ativos nos últimos meses. O efeito deste reconhecimento é a redução do ativo e um efeito negativo sobre o resultado. Em lugar de fazer um único reconhecimento logo que ficou claro que existiam sérios problemas de mensuração na contabilidade da empresa, optou-se por fazer lançamentos parcelados das perdas. O balanço divulgado na quinta indica que este processo está encerrando. Ou seja, as próximas demonstrações podem apresentar resultados melhores do que aqueles obtidos nos períodos anteriores.

Dívidas - O segundo eixo de análise refere-se ao endividamento (gráfico ao lado). Se em março do ano passado a dívida total da empresa era de R$450 bilhões (ou R$370 bilhões a dívida líquida), neste ano a dívida caiu para R$365 bilhões (ou R$301 bilhões de dívida líquida). Em um ano a empresa conseguiu reduzir seu endividamento em R$85 bilhões (ou 69 bilhões considerando a dívida líquida). Mas esta redução deve ser considerada com cautela por dois motivos: em primeiro lugar a empresa hoje é menor que há doze meses, o que significa que a proporção da dívida sobre o ativo ainda é elevada; em segundo lugar, a dívida em dólar diminui somente US$10,7 bilhões, indicando que parte da redução pode ser creditada mais ao comportamento do câmbio do que aos esforços da gestão. Com efeito, o câmbio médio no primeiro trimestre de 2016 era de R$3,90/US$, enquanto que no primeiro trimestre de 2016 era de R$3,10.

Boa gestão ou sorte - O resultado da Petrobras no primeiro trimestre de 2016 parece ter sido uma combinação de sorte e gestão. É inegável que a gestão da empresa está tomando algumas decisões , que passam pela venda de ativos, redução do número de funcionários e revisão de algumas obras, que influenciam neste resultado. Mas o câmbio favorável e a recuperação nos preços também ajudaram no resultado. Prova disto é que o valor de mercado da empresa aumentou 54% nos últimos meses. Além disto, a comparação com as gestões de Gabrieli e Foster ajuda muito a atual gestão.

Em análise das demonstrações anteriores destacados que a empresa, apesar de estar numa situação ruim, ainda conseguia gerar caixa com as atividades operacionais. Mostramos também que este fluxo de caixa mantinha-se razoavelmente constante ao longo do tempo, ao contrário da variabilidade do resultado líquido. Este comportamento do resultado líquido era decorrente do reconhecimento das perdas com os ativos de baixa qualidade que a empresa estava fazendo no passado.

Mas as medidas que a gestão tomou nos últimos meses tem um preço. No primeiro dia de 2016 a empresa tinha caixa de 98 bilhões. Em três meses este volume caiu para 78 bilhões. Em mais um ano, R$17 bilhões saíram a mais do caixa e equivalentes. A dúvida é se esta queima de caixa irá persistir nos próximos meses.

Existe uma frase famosa que diz: o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo; o segundo melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo mal administrada. A Petrobras mostrou que a segunda parte não é verdade.

Itaú Unibanco e XP Investimentos



Pouquíssimos frequentadores da sede do Itaú Unibanco, no Jabaquara, sabiam da negociação para a compra da XP Investimentos. [...] O negócio seria confirmado na noite da quinta-feira 11, com a compra, por R$ 6,3 bilhões, de 49,9% das ações.

Desse total, R$ 5,7 bilhões vão para os acionistas e R$ 600 milhões de injeção de capital na XP, para pagar investimentos em tecnologia e a compra da corretora Rico, anunciada no fim de 2016.
[...]

A trajetória da XP tinha tudo para dar errado. Benchimol e seu ex-sócio Marcelo Maisonnave haviam sido dispensados da corretora InvestShop, fundada em 1999 pelo banco Bozano, Simonsen. Sem ânimo para trabalhar para os outros, resolveram empreender. Juntaram as economias, alugaram uma salinha no centro de Porto Alegre, compraram quatro computadores usados e tentaram vender ações pela internet. A empresa nasceu sem nome. “Vamos fundar a empresa XPTO”, brincava Benchimol, que depois resolveu economizar duas letras.

No começo, foi difícil atrair à Bolsa um público acostumado à poupança, ainda mais com os solavancos provocados pela primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2002, e pela crise imobiliária americana, em 2008. O começo não era promissor, mas o ultramaratonista e participante de corridas de aventura Benchimol virou o jogo quando passou a oferecer duas coisas que seus clientes não tinham. A primeira foi educação financeira, inicialmente por meio de cursos e palestras, e depois virtualmente, que existe até hoje. A segunda foi acesso a produtos financeiros melhores que os oferecidos pelos bancos de varejo.

A XP ganhou tração ao convencer os investidores que os Certificados de Depósito Bancário (CDB) de bancos médios, que pagavam mais juros, eram seguros. Se o banco quebrasse, explicavam os agentes autônomos da XP, o investidor estava protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). “Isso fez toda a diferença”, diz Paulo Secches, presidente do instituto Officina Sophia, especializado em pesquisa de mercado no setor financeiro. “Quem investe pela internet entende os riscos e os ganhos de diversificar seus investimentos, e a segurança é um dos principais fatores de decisão.”

Ao atender o desejo de uma parcela crescente dos investidores por produtos financeiros melhores que os dos bancos, a XP estava no local e na hora certas. Os resultados são exuberantes. No fim de abril, a companhia – que preparava uma abertura de capital na bolsa, processo abortado pela venda para o Itaú – acumulava R$ 85 bilhões de ativos sob administração e uma participação de mercado no setor de investimento de pessoa física de 2%. A XP encerrou 2016 com patrimônio líquido de R$ 1,095 bilhão e o lucro líquido passou de R$ 43 milhões, em 2014, para R$ 251 milhões no ano passado, segundo o prospecto protocolado na quarta-feira 10 na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A XP possui 410 mil clientes ativos, atendidos por 2 mil agentes autônomos. A compra vai ocorrer por fases. A participação do Itaú na XP começa com 49,9%, pode subir para 75% em duas etapas até 2022, e chegar em 100% em 2024 ou 2033. Prova do sucesso de Benchimol foram os ganhos de seus sócios. As participações adquiridas pelo Itaú Unibanco pertencem ao fundo de private equity americano General Atlantic (GA) – que estreou no Brasil com o aporte na XP – e à gestora carioca Dynamo. Juntos, eles têm 49,5%. Os 50,5% restantes estão nas mãos de Benchimol e outros sócios da XP. GA e Dynamo compraram 33% da XP por R$ 420 milhões em 2012.

Em 2016, levaram outros 10%, por R$ 450 milhões. Assim, a GA entrou em uma XP que valia R$ 1,2 bilhão e saiu de uma que vale R$ 12 bilhões, alta de 900%. Esse número não veio por acaso. Nos últimos anos, a migração de clientes para investimentos alternativos vinha incomodando os bancos. A contraofensiva passou pela oferta de produtos de outras gestoras, a chamada arquitetura aberta. “A arquitetura aberta é irreversível na indústria de fundos, e as instituições que lutarem contra ela vão perder espaço no mercado”, diz Daniel Maeda, superintendente da CVM.

Assim, para o Itaú, a aquisição visa contornar a perda recente dos investimentos de clientes Personalité, e também cria uma barreira para minar o crescimento de concorrentes da XP. Empresas como Guide Investimentos, Easynvest, Genial e até o BTG Pactual, lançaram suas plataformas virtuais de investimentos. O próprio Itaú incursionou nessa área, com o Itaú 360º, que vende fundos de outros bancos. “Mas levaria anos para conseguirmos ganhar uma participação relevante no mercado, e a compra da XP nos permite economizar esse tempo”, diz um executivo do banco. “Vamos manter a operação independente”, disse Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú, em uma teleconferência com analistas na manhã da sexta-feira 12.

Para ele, as principais vantagens são que a operação consome pouco capital do banco e permite maior flexibilidade. A transação deve movimentar ainda mais esse mercado e fazer outras corretoras tentem trilhar o caminho aberto pela XP. Uma delas é a Guide Investimentos. Aline Sun, sócia da Guide, planeja aproveitar o momento para divulgar sua marca e atrair novos investidores. “A chancela do Itaú Unibanco fortalece as corretoras”, diz ela. “Aumenta a confiança dos investidores e reforça a transformação que estamos promovendo no mercado.” A corretora possui R$ 11 bilhões de ativos sob gestão e 40 mil clientes e Sun, que prepara sua primeira campanha publicitária, resolver acelerar o processo.

Fechada após pouco mais de dois meses de negociação, a compra reforça o sucesso da fórmula desenvolvida pelo Itaú na compra da Porto Seguro, em 2009. Todos no mercado cobiçavam a seguradora, mas o Itaú foi o vencedor ao oferecer o que o controlador Jayme Garfinkel mais queria: autonomia para manter a fórmula de sucesso do negócio. O mesmo valeu para o banco BMG, comprado em 2012 por meio de uma joint-venture negociada em tempo recorde por Setubal e a família mineira Pentagna Guimarães. Agora, o novo desafio para Benchimol será convencer seus clientes que, mesmo sendo controlado por um banco, ele não deixará de lado os princípios que o levaram ao topo do mundo.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio



Publicidade da Argentina: El Contador Sensible (via aqui)

12 maio 2017

A economia brasileira, segundo as empresas e seus relatórios

Algumas empresas brasileiras já divulgaram os resultados do primeiro trimestre do ano. Para algumas empresas, o período é “desafiador”, uma palavra muito comum nas narrativas apresentadas neste período. A grande maioria evita comentar sobre o cenário; quando fazem, tratam do cenário específico do setor onde atuam, não comentando o momento atual da economia brasileira.

Mas existe uma pequena parcela de empresa que mesmo que brevemente traçam um panorama da situação atual. Neste grupo, conforme pesquisado por este blog nas demonstrações trimestrais apresentadas, há muito mais um cenário positivo, do que negativo.

A seguir alguns exemplos coletados nas demonstrações contábeis trimestrais:

Fibria Celulose = “O ano de 2017 começou mais positivo para o mercado de celulose”

Romi = “O início de 2017 continua demonstrando fraca atividade econômica, contudo, alguns sinais de uma possível recuperação da economia brasileira, mesmo que lenta e gradual, puderam ser notados, como, por exemplo, a evolução nos índices de confiança apresentados a seguir.”

Klabin = “No primeiro trimestre de 2017 o aumento da confiança em relação à retomada da economia brasileira foi percebido na queda da inflação e das taxas de juros, na maior estabilidade cambial e na valorização do Ibovespa”

Grendene = “Em fevereiro deste ano, quando divulgamos nosso Relatório de Administração referente aos resultados de 2016, nossos comentários sobre a economia doméstica e as expectativas de sua recuperação em 2017 foram cautelosos, mas também nos declaramos confiantes no desempenho da Grendene e adiantamos que o início do ano estava nos surpreendendo positivamente. Os resultados obtidos comprovaram esta tendência”

Irani = “O primeiro trimestre de 2017 teve sinais positivos da economia brasileira.”

Cielo = “O primeiro trimestre de 2017 não apresentou alteração no comportamento do negócio, ainda pressionados por um cenário econômico desafiador, exigindo foco constante na disciplina em nossas operações.”

Suzano = “O primeiro trimestre foi marcado por um desempenho forte do mercado de celulose”

Profarma = “A atividade econômica brasileira, no início de 2017, apresentou alguns sinais de retomada. Fatores com efeitos mais estruturais, como o ajuste fiscal de longo prazo, a aceleração do afrouxamento monetário e o controle da inflação, contribuíram para uma percepção mais favorável e proporcionaram maior confiança dos agentes econômicos”

SulAmerica = “Começamos o ano de 2017 de maneira positiva”

Magazine Luiza = “O primeiro trimestre de 2017 deve ser o início de uma gradual recuperação na economia brasileira.”

Portobello = “A leve retomada da economia e melhora das expectativas de consumo trouxeram algum otimismo ao mercado”

Corinthians: exemplo para contabilidade?

O Sport Club Corinthians Paulista divulgou suas demonstrações contábeis no final de abril. Uma análise das demonstrações permite notar, de imediato, um aumento substancial nos seus ativos, de 1,351 bilhão para 2,164 bilhões, em razão dos contas a receber de longo prazo (mais 487 milhões) e imobilizado (mais 395 milhões). Ao mesmo tempo, aumentou o valor de receitas a realizar de longo prazo (mais 481), que representa, de certa forma, a contrapartida do contas a receber, e o ajuste de avaliação patrimonial (mais 407).

Em termos de resultado, destaca-se o substancial aumento da receita de futebol decorrente dos direitos de transmissão de TV (mais 90 milhões), que ajudou no superavit registrado e que reverteu o deficit de 2015.

O que chama atenção é realmente o imobilizado. O detalhamento da nota explicativa revela que ocorreu um aumento líquido de terrenos, de 79 milhões para 422 milhões, o que explica a grande variação no imobilizado. De onde surgiu estes valores? O aumento de terrenos teve como contrapartida a conta de ajuste de avaliação patrimonial, que como escrevemos anteriormente, aumentou em 407 milhões. Eis o que informa a demonstração:

Em 2016, a administração optou por fazer o ajuste de avaliação do seu patrimônio (edificações/terrenos) do Clube, através do laudo técnico de avaliação realizado em 05/12/2016 pela empresa Pontes & Peteado (sic) - Empreendimentos, Consultoria e Perícias Ltda, conforme demonstrado abaixo”


(Confesso que procurei pela empresa no cadastro do CFC e não localizei) Logo após o detalhamento, o clube informa o seguinte:

A administração do Clube optou por considerar o laudo patrimonial com a data de dezembro de 2016 para realização dos lançamentos em 31 de dezembro de 2016 e decidiu não retroagir para a data de adoção inicial da ITG 2003, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução 1.429/2013 que previa os registros desses valores a partir de 1o. de janeiro de 2013, por entender que os esforços e custos envolvidos nesse trabalho excedem os benefícios proporcionados pelas novas informações para o ano de 2015. Por essa razão, não houve a reapresentação dos saldos do imobilizado em 2015, o que gerou o registro na conta do patrimônio líquido - Ajuste de Avaliação Patrimonial.


Entenderam? O clube não usou o deemed cost no passado, fez uma reavaliação em 2016 e resolveu não reapresentar as demonstrações, alegando a relação custo-benefício da informação. Afinal, a reavaliação adicionou somente 422 milhões ao ativo do clube ou 31% a mais em relação ao ativo existente no final de 2015. Observe que estamos usando o termo reavaliação.

Auditor - A empresa Parker Randall Brasil foi a responsável pela auditoria do clube. E fez um relatório com ressalva, informando o seguinte:

Conforme mencionado (...) o Clube contabilizou a reavaliação de determinados bens do ativo imobilizado ao seu valor justo (...) tendo como contrapartida a rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial” no patrimônio líquido. A contabilização dessa reavaliação está em desacordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (Pronunciamento Técnico CPC 27 - “Ativo Imobilizado”. Consequentemente em 31 de dezembro de 2016, o saldo do imobilizado e do patrimônio líquido (...) estão apresentados a maior em R$407.738 mil cada.


Ou seja, o auditor foi direto ao ponto e indicou que o clube fez uma reavaliação. Mas não foi somente isto. O auditor aponta dois outros fatos que ajudaram na ressalva. O primeiro é a falta de confirmação dos saldos ou circularização. Quando um auditor faz seu trabalho, ele espera receber a informação dos credores e devedores sobre os valores informados pelo clube. Pois a empresa não conseguiu confirmar estes valores, de assessores jurídicos e de pessoas jurídicas. E isto inclui patrocinadores, como Caixa Econômica e Nike, além da rede de televisão (TV Globo). Ou seja, as maiores entidades que apoiam o clube não confirmaram os valores envolvidos nesta relação. Finalmente, os auditores tiveram dúvidas relacionadas com o fundo de investimento relacionado com a construção do estádio do clube. O clube registrou o estádio como cotas de investimento, mas existem dúvidas sobre a questão jurídica e seus valores.

Exemplo - Há anos venho comentando que o Corinthians é um exemplo de apresentação das demonstrações contábeis num clube de futebol. Não mais, depois destas demonstrações contábeis com ressalva. O que temos aqui parece mais um exemplo de um relatório dos auditores independentes, que indica os pontos cruciais, sendo preciso na indicação para o usuário externo dos motivos da ressalva.

Toshiba não encontrou um auditor

Segundo o jornal Japan Times a empresa Toshiba não conseguiu contratar um novo auditor para dar o parecer sobre as demonstrações contábeis de 2016. Conforme já informamos no blog, a empresa japonesa perdeu seu auditor, a PwC Aarata LLC. A empresa tem até segunda para resolver este problema. Provavelmente a Toshiba irá pedir para a PwC Aarata continuar trabalhando na empresa até que encontre um auditor diferente para o próximo exercício social.

Há um sério desentendimento entre a empresa de auditoria e a Toshiba com respeito a contabilidade da Westinghouse, uma unidade de energia nuclear da Toshiba, que apresenta sérios problemas financeiros. A PwC Aarata não concordou com os números da Toshiba e não quis assinar o seu relatório de auditoria para os três primeiros trimestres.

Links

Popba: Juventus diz que vendeu por 61 milhões; Manchester diz que comprou por 43. Como é possível? No futebol é possível

Como ler notícias de futebol no trabalho

Vídeo: Aliyah Molden canta Jealous no The Voice (emoção no final). E para animar Jesse Larson canta Jungle Love

Chefe de espionagem argentino recebeu propina da Odebrecht

Gelman: "Eu não sei o que os pesquisadores contábeis fazem"

Lobby para minar a SOX

As quadro grandes empresas de auditoria - Deloitte, EY, KPMG e Price - e a AICPA estão usando o momento político dos Estados Unidos para tentar mudar a Lei Sarbanes-Oxley, segundo afirma Francine McKenna. Esta lei, também conhecida como Sarbox ou SOX, foi aprovada em 2002 e alterou a forma de trabalho das empresas de auditoria.

Com a vitória de Trump abriu-se a oportunidade de reverter algumas reformas implementadas nos últimos anos. O atual presidente dos Estados Unidos é claramente favorável a redução de regras que “impedem” os negócios. Para a área de auditoria, a SOX é um obstáculo. Este conjunto de regras surgiu após os problemas com a empresa Enron e o trabalho incompetente da empresa de auditoria Arthur Andersen. Ambas entidades não existem mais, mas os efeitos dos problemas da Enron e da Andersen foram sérios, a ponto de levar a criação da SOX.

Segundo McKenna, as empresas de auditoria e a AICPA desejam voltar no tempo onde não existia uma entidade que regulasse as suas atividades. Segundo dados apresentados por McKenna, somente a Deloitte gastou 560 mil dólares no primeiro trimestre de 2017 na atividade de lobby. As outras empresas também estão fazendo “investimentos” pela alteração das normas, o que poderia, eventualmente, incluir a extinção do PCAOB.

Outro problema é a pressão exercida no passado para separar a auditoria da consultoria. Duas das grandes empresas de auditoria desfizeram da área de consultoria em razão da pressão ocorrida logo após a falência da Enron. Afinal, a atenção que a Andersen deu a consultoria pode ter provocado as falhas cometidas na Enron. Mas a área de consultoria é vantajosa e tem um crescimento bastante interessante. Por isto, as restrições de fazer auditoria e prestar serviço de consultoria representam um obstáculo para o crescimento das Big Four. O que se observa mais recentemente é a retomada dos serviços de consultoria.

No final de 2015, a Reuters revelou que as Big Four fizeram lobby para minar o presidente do PCAOB. Recentemente, sócios das empresas em diversos países, inclusive no Brasil, foram punidos pelo PCAOB. E um funcionário desta entidade repassou informações sobre fiscalização para a KPMG. Os problemas da Big Four com os reguladores não param e isto pode ser um indutor para o lobby das empresas de auditoria.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

11 maio 2017

Quem destrói mais o ambiente?

Em 1970, as pessoas usaram pela primeira vez mais recursos ambientais do que o mundo poderia produzir.

A diferença entre a demanda e a capacidade da natureza para atender a essa demanda tem crescido de forma constante desde então. Todos os anos vivemos um déficit ecológico - tomando mais do que podemos repor - reduzindo as reservas mundiais de recursos naturais. Garantir que não usamos os recursos do mundo é um esforço global, embora alguns países usem mais recursos do que outros.

Queríamos saber quais os países que mais usaram os recursos ambientais e quais os que não o fazem.

(...) Os países da Europa Ocidental, do Leste Asiático e dos países produtores de petróleo normalmente são os maiores déficits por pessoa. Luxemburgo tem um déficit por pessoa 10 vezes superior à média mundial. Os países da América do Sul, com densas florestas, como a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa, têm os maiores excedentes por pessoa.

Vimos que a riqueza de um país é um forte preditor do seu consumo de recursos naturais. Olhando apenas para as 50 maiores economias, o Canadá é o mais ambientalmente responsável e a Coreia do Sul o pior. Destas grandes economias, os Estados Unidos têm o segundo pior cenário ambiental.

A pegada ecológica mede quanta área biologicamente produtiva um país precisa para alimentar seu consumo de recursos e absorver seus resíduos.

(...) Por outro lado, a "biocapacidade" é positiva para o meio ambiente. A biocapacidade mede o quanto a terra e a água de um país podem produzir. (...)

Continue lendo aqui

Uberização da Contabilidade 2

Numa postagem de ontem reproduzimos um texto de um jornal português sobre a uberização da contabilidade. Além de reproduzir o texto, fizemos alguns comentários sobre as ideias apresentadas no jornal.

O termo uberização naturalmente é originário do nome da empresa Uber. Em termos conceituais, refere-se a transição de um modelo operacional onde os agentes econômicos trocam uma capacidade subutilizada de recursos, com baixo custo de transação. No caso do Uber, a empresa criou um aplicativo que permite que os usuários solicitem o serviço de motoristas que utilizam seu próprio automóvel. O custo de transação é reduzido, já que não existe o processo burocrático de um táxi; para o motorista, prestar este serviço pode ser interessante nas horas vagas, por exemplo, quando seu automóvel estiver subutilizado. O papel da empresa é aproximar o cliente do prestador de serviço.

A uberização depende da tecnologia existente no dia de hoje, onde clientes podem acessar rapidamente a plataforma da empresa, que irá prestar serviço indicando um motorista. A empresa é um intermediário entre dois agentes econômicos. Para garantir a qualidade do serviço e criar incentivos para o motorista e cliente, a empresa adota um sistema de classificação da qualidade do serviço.

A Uber não é a única empresa onde isto ocorre. Airbnb, de locação de espaços físicos, ou eBay, de venda de artigos.

Voltamos então ao artigo. No texto o autor afirma:

Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro

Se a uberização fosse somente isto, a ideia do texto estaria correta. Mas trata-se da criação de um vínculo entre cliente e prestador de serviço, através de uma empresa (Uber, Airbnb, eBay etc). Observe no seguinte texto:

Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.

Pelo texto, realmente a contabilidade NÃO poderia ser comparada, já que não existiria o “prestador de serviço”. Poderia existir a Uberização da Contabilidade se:

a) eu criasse uma empresa chamada ContUber, por exemplo;
b) criasse um app de fácil uso para qualquer pessoa interessada (e que tivesse um cartão de crédito);
c) criasse um banco de dados de profissionais contadores
d) um cliente, desejando resolver um problema contábil, acessaria o App, indicando seu problema;
e) baseado na descrição, a ContUber mandaria um profissional, que não teria vínculo empregatício com a ContUber, com as habilidades desejadas;
f) o serviço seria prestado pelo profissional;
g) o cliente avaliaria a qualidade do serviço, pontuando num sistema de ranking;
h) Com o pagamento para ContUber, esta passa uma parcela do dinheiro para o profissional que prestou o serviço. Tanto o cliente quanto o profissional seriam avaliados; baixa avaliação significa ser descadastrado da ContUber.

Este seria realmente uma situação de Uberização da Contabilidade.

(Esta postagem surgiu de uma dúvida de um leitor. Grato.)

Rir é o melhor remédio


10 maio 2017

Uberização da contabilidade?

Um artigo no Jornal Econômico fala da uberização da contabilidade. Como o texto foi publicado num jornal português, a leitura precisa levar em consideração as peculiaridades locais. O autor começa com o seguinte diagnóstico:

Paira a sensação de que a maior parte dos contabilistas está demasiado focada no cumprimento das inúmeras obrigações que tem perante o Fisco e os seus clientes, não tendo capacidade de antever o que está para chegar. E este cenário torna-se ainda mais preocupante se pensarmos que ao longo de 2017 a contabilidade das empresas irá sofrer profundas alterações devido à entrada em vigor das Taxonomias, que acarretam mudanças quer no Plano de Contas, quer na estrutura do ficheiro SAFT-(PT).


A segunda parte do parágrafo é de interesse local. Mas não acredito que a implantação de taxonomia ou mudança no plano de contas possam ser usados como argumento.

Consciente ou não dessa realidade, a transformação digital dos Escritórios de Contabilidade está a entrar pelos gabinetes adentro, não pela porta grande mas pela fibra que os conecta à Segurança Social ou ao Ministério das Finanças.


É interessante que o grande usuário da contabilidade parece ser o governo, como no nosso país.

Todos estão a ser puxados para a era digital, ainda que sem darem por isso, e talvez muitos não estejam ainda preparados para tirar o máximo proveito das ferramentas que lhes são impostas.


Isto não é uma característica exclusiva da contabilidade.

Mas afinal, o que é isto da “uberização” da contabilidade?
É muito simples traçar um paralelo entre ambas as realidades: a do transporte privado de passageiros e a prestação de serviços de contabilidade. Se imaginarmos que o “destino” pretendido pelos clientes dos contabilistas é o cumprimento atempado das obrigações fiscais, então teremos uma “viagem” normal, semelhante àquela que é proporcionada pelo serviço de táxi tradicional.


Tenho dúvidas se o gestor deseja um serviço “uber”, como afirma o texto. Em alguns casos, sim. Mas na grande maioria, o gestor é muito orgulhoso para ter alguém dando palpite. Além disto, o papel de “guiar” a gestão, numa grande empresa, talvez seja também o papel da área de marketing, produção, etc. E o profissional mais preparado para isto é o consultor, que sabe como vender seus “conselhos”. Não estou dizendo que a informação contábil não seja relevante; mas que a informação contábil, da forma como é entregue hoje, não é interessante para o gestor. Parece que o autor está tentando vender o Uber Black, quando o gestor quer o Uber X.

Porém, se oferecermos ao cliente um serviço mais ágil, que permita guiá-lo pelos pontos de maior interesse na gestão da sua empresa, que proporcione informação relevante exatamente na hora certa, contribuindo para a monitorização da performance e para o aumento da rentabilidade, aí o serviço será diferenciador.


Bom, parece que o autor reconhece que o serviço de Uber Black não é feito hoje pela contabilidade (mais adiante iremos saber que isto não ocorre somente nas pequenas empresas). E fala da necessidade de tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho.

Tecnologia aplicada ao serviço é o futuro
Muitos contabilistas já disponibilizam este serviço diferenciador às grandes contas, no entanto, a maioria das PME acede ainda a um serviço tradicional de táxi. A questão que se coloca é: como disponibilizar este serviço global a todas as empresas? A resposta é simples: tecnologia aplicada ao serviço – tal como fez a Uber.


O foco do texto então são as pequenas empresas. Nestas não existe o serviço de Uber e faz-se necessário a tecnologia aplicada ao serviço. Sejamos realista: é muito difícil substituir a visão do gestor/dono da pequena empresa por tempestividade, informação para controle e melhoria de desempenho. Mais difícil ainda é convencer o gestor/dono a aceitar esta informação.

É aqui que entra o papel essencial das software houses, também elas desafiadas a encontrar soluções que permitam agilizar a relação entre cliente e contabilista, deixando para trás um modelo de trabalho tradicional que limita a produtividade e o papel de consultoria de negócio que os contabilistas devem ter e, por outro lado, tira agilidade às empresas e dificulta o acesso a indicadores de gestão e informação de apoio à decisão, que podem ser tão decisivos na performance empresarial.

A grande diferença está na experiência que se tem ao longo do “percurso” e nos resultados obtidos. Cabe agora a cada um decidir como pretende fazer a “viagem”, sem esquecer que é na velocidade que hoje está a diferenciação.

Finalizando o texto com os desafios para cada profissional.

Doutorado na Argentina

Do Diário Oficial de hoje (página 13):


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Coisas que brasileiros que moram nos estates estão cansados de escutar...

09 maio 2017

Links

Propaganda de jornal italiano para os dias das mães

Valor da Apple: qual o limite?

Como os Emojis podem afetar o direito

Muitas anomalias do mercado não passaram pelo teste da replicabilidade (aqui também)

Toshiba está considerando evidenciar balanço sem parecer 

Avião passou 700 dias em órbita e não se sabe o que fez

Perigo da Economia sem Dinheiro

Num artigo publicado na Fortune, Milo M. Benningfield chama atenção para os perigos da ausência do dinheiro. O primeiro destaque do autor refere-se ao fato de que geralmente consumimos mais com cartão de crédito do que com dinheiro físico. Quando abrimos nossa carteira e tiramos um nota de dez reais, sentimos muito mais a perda do que quando entregamos nosso cartão para passar numa máquina. E a diferença é muito maior com um cartão de crédito, já que o ser humano utiliza o desconto hiperbólico nas suas decisões pessoais: pesamos mais o presente do que o futuro, o que faz com que a pessoa não pondere adequadamente o esforço do pagamento futuro da fatura do cartão.

Mas o futuro pode ser pior, segundo as experiências potenciais que estão sendo feitas por algumas empresas. A Amazon está criando uma loja onde o cliente sequer precisa passar pelo caixa, bastando pegar o produto e levar para sua casa. Isto será feito a partir de dispositivos que dispensaria a existência do cartão de crédito. Se no mundo atual já não é vantajoso a compra com a fricção de retirar um cartão da sua carteira, imagine sem necessitar deste gesto. Benningfield pergunta: como vamos garantir que estaremos vivendo dentro dos nossos recursos?

Um dos principais instrumentos de controle das finanças pessoais, o fluxo de caixa, também deve sofrer. Afinal, será que teremos paciência para listar nossas despesas e as receitas, fazendo o controle do que gastamos? O exercício de montar um fluxo de caixa pessoal ajuda não somente verificar se estamos vivendo dentro dos nossos limites, mas também sugere questionamentos sobre os gastos que fazemos. Os especialistas em finanças pessoais consideram o fluxo de caixa como uma atividade muito importante no controle dos gastos.

A princípio, num mundo sem dinheiro, seria mais fácil fazer e controlar o fluxo de caixa. As informações podem ser usadas num app do celular, agregando as informações dos cartões de débito, de crédito, das contas correntes e outros. Mas ter acesso a um instrumento de controle não garante seu uso. Na realidade, usar um app de finanças pessoais exige um certo trabalho e tempo que muitas vezes não estamos dispostos a fazer.

Além disto, o mundo sem dinheiro tende a valorizar mais o gasto presente, conforme já dizemos anteriormente. E o dinheiro para aposentadoria? E os recursos para a viagem dos sonhos? E a reserva para um problema de saúde ou um potencial desemprego? Conforme lembra o autor, o “custos emocional” de olhar um fluxo de caixa é, muitas vezes, a maior barreira para usar este instrumento. Muito embora os custos de não usar são maiores. Em outras palavras, o maior custo de não ter um fluxo de caixa é ficar vulnerável as influências invisíveis: as compras por impulso e todos os instrumentos que o marketing usa para empurrar produtos para os idiotas clientes.

Finalmente, num mundo sem dinheiro o comprador está dando, de graça, algo extremamente valioso: informação detalhada sobre ele. Com esta informação, as ofertas serão direcionadas especialmente para fazer você consumir mais, mesmo sem necessidade. Lembra Milo M. Benningfield: fluxo de caixa pessoal nos permite ser um participante pleno, não um espectador, da nossa vida.

The Perils Of A Cashless Economy, Fortune

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Enquanto isto, na Espanha...


Fonte: Aqui

08 maio 2017

Peritos confirmam irregularidades no Bankia

En ese proceso, ayer se conoció otro capítulo: los peritos judiciales del caso Bankia, Antonio Busquets y Víctor Noguera, han ratificado la existencia de irregularidades en las cuentas de Bankia en salida a Bolsa de 2011 al “no reflejar la imagen fiel” y “no cumplir la normativa de aplicación”, informa Efe. Los peritos se apoyan en los correos del inspector José Antonio Casaus a sus superiores, críticos con el estado y la viabilidad del grupo BFA-Bankia. Busquets que la institución “no incluyó información sensible” y rebate el contenido de los contraperitajes realizados por expertos de las defensas y pide que se investigue a la auditora Deloitte.

Fonte: Aqui. Para entender o caso, leia aqui

Links

Analisando a coluna "Modern Love" do NY Times

A justiça precisa pensar em termos estatísticos

As máquinas reproduzem os estereotipos culturais humanos

Os primeiros produtos antes da empresa ser famosa (ao lado)

Cobertura da imprensa e ataque terrorista

Estereotipos de tenistas (video)

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Paixão por leitura e livros. Adaptado de Grant Snider