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13 março 2009

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Teste #36

Grau de Dificuldade: ***

Usando a relação abaixo, encontre a palavra com base nas dicas a seguir:

a) a soma das nove letras é igual a 98;
b) duas letras se repetem, uma é número primo e outra divisível por 3;
c) são seis números impares e cinco múltiplos de 3
d) A soma da primeira e última letra é um número par, primo, múltiplo de dois
e) A letra do meio corresponde ao valor da segunda letra menos 1



Resposta do Anterior: Resposta: John Gouge, autor do primeiro livro de contabilidade em língua inglesa; Richard Dafforne, contador, que publicou seu livro de contabilidade em 1635; Nancy Temple, contadora da Enron; Ibn Taymiyyah, escritor mulçumano, que descreveu a contabilidade árabe; Luca Pacioli.

Links

China preocupada com seus investimentos em títulos dos EUA (algo em torno de 1 trilhão de dólares)

Media de Fofoca interessa agora por bilionários, executivos e Madoff

Andorra e Liechtenstein concordam com mais transparência

Baseado nas agências de rakings, os bancos mais seguros do mundo

Roubini e o lado “bom” da crise (ou Roubini no Brasil)

Madoff

Madoff reconhece culpa e pode pegar 150 anos de prisão
Valor Econômico - 13/3/2009

Bernard Madoff declarou-se culpado na manhã de ontem, na Corte Distrital de Manhattan, da acusação de ludibriar investidores em bilhões de dólares em um esquema de pirâmide (conhecido nos Estados Unidos como esquema Ponzi), que pode ser a maior fraude da história.

O ex-presidente do conselho de administração da Nasdaq e outrora respeitado corretor de Nova York declarou ao juiz Denny Chin ser culpado em 11 acusações que vão de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro a roubo de um plano de pensão e encaminhamento de informações falsas à Securities and Exchange Commission (SEC). Na sala de audiência lotada com supostas vítimas e jornalistas, Madoff disse estar "profundamente sentido e arrependido por meus crimes...Estou dolorosamente ciente de que prejudiquei profundamente muitas pessoas...Não consigo demonstrar o quanto estou arrependido do que fiz".

Madoff, 70, insistiu que os negócios de formação de mercado e com carteira própria conduzidos por seu irmão Peter e seus próprios filhos, Mark e Andrew, eram legítimos. Ao contrário da maioria dos réus de colarinho branco que se declaram culpados, Madoff não fez um acordo com os promotores públicos que exigiria que ele cooperasse com as investigações, em troca de uma redução na sentença. Além disso, não se declarou culpado de conspiração, uma acusação comum que exigiria que ele declarasse que trabalhou com outras pessoas.

O juiz Chin, que aceitou a declaração de Madoff, disse ao réu que ele poderá pegar a sentença máxima de 150 anos de cadeia estabelecida por lei. A verdadeira sentença poderá ser bem menor, mas Madoff poderá passar o resto da vida na cadeia.

Madoff saiu do tribunal algemado, depois que o juiz decidiu que ele deverá ficar encarcerado até o anúncio da sentença, em 16 de junho. Madoff ficará em uma cela com pouco mais de cinco metros quadrados, no Metropolitan Correctional Center, em Manhattan (centro de Nova York), com parede de blocos, piso de linóleo e uma cama de alvenaria. O café da manhã será servido antes do nascer do sol, e o financista poderá esticar as pernas no lado de fora, mas apenas uma vez por dia. (...)

Os mais ricos

Na lista dos bilionários da Forbes divulgada recentemente uma presença interessante: Joaquín El Chapo Guzmán, de 54 anos, que possui uma fortuna de 1 bilhão, estimada. Guzmán é mexicano e seu principal negócio é narcotráfico. Em 2001 ele escapou de um prisão de segurança "máxima".

Por sua captura existe uma recompensa de 5 milhões de dólares.

O presidente Calderón, do México, considerou a inclusão como uma apologia ao crime.

"La opinión pública y ahora hasta las revistas no sólo se dedican a atacar, a mentir sobre la situación de México, sino a exaltar a los criminales. En México lo consideramos incluso un delito, que es (la) apología del delito", denunció Calderón, sin citar el nombre de la revista, durante una conferencia organizada por la 'America Society and Council of the Americas'.

Ante un auditorio de empresarios estadounidenses, Calderón lamentó "profundamente que se haya escalado una campaña que parece que es una campaña contra México (...). Pero eso ni nos arredra a nosotros ni modifica un ápice nuestra firme determinación de fortalecer el Estado de Derecho en México".


El cártel de Sinaloa libra una guerra sin cuartel contra el de Juárez de los Carrillo Fuentes por el trasiego de drogas hacia Estados Unidos desde la fronteriza Ciudad Juárez (norte), donde 1.600 personas fueron asesinadas sólo en 2008, de un total de 5.300 en todo el país.

El contrabando de drogas hacia Estados Unidos, el mayor mercado del mundo de consumo de cocaína, permitió a los narcotraficantes mexicanos y colombianos lavar recursos por entre 18.000 y 39.000 millones de dólares en 2008, de los cuales 20% los movió Guzmán, según la estimación de Forbes.



Narcotraficante más buscado de México en la lista de millonarios de Forbes
12 March 2009
Agence France Presse

Balanço de Bancos

Balanços mostram bancos cheios de vento
Valor Econômico - 13/3/2009

Quanto mais os bancos expõem sua intimidade, mais assustador começa a se revelar o seu minguante capital.

Talvez em nenhuma outra época os balanços dos bancos tenham ficado tão escancaradamente repletos de ar quente. O Bank of America (BofA) revelou na semana passada que sua carteira de empréstimos para o fim de de 2008 valia US$ 44,6 bilhões menos do que dizia seu balanço patrimonial. O Wells Fargo disse que seus créditos valiam US$ 14,2 bilhões menos do que o registro contábil. E essa diferença no SunTrust Banks era de US$ 13,7 bilhões.

Preste atenção: são os números dos próprios bancos. Se existe neles alguma distorção, certamente estará no lado do otimismo. (...)

Felizmente, as companhias são obrigadas uma vez ao ano a divulgar valores de mercado justo estimados para todos os seus instrumentos financeiros, inclusive empréstimos. A divulgação de notas explicativas permite às pessoas de fora ter uma melhor visão dos balanços dos bancos, usando números mais relevantes.

O capital ordinário tangível tornou-se a opção de referência de liquidez para os investidores, uma vez que a principal medida de capital do governo, conhecido como "nível 1", perdeu credibilidade. Pelo nível 1, os bancos começam a fazer de conta que algumas perdas não importam, e até obtêm permissão para contabilizar alguns tipos de dívida - ou dinheiro devido a outros - como capital.

O ordinário tangível começa com o capital dos acionistas. Isso equivale aos ativos líquidos, menos as ações preferenciais, que são deixadas de fora porque funcionam como dívida [especialmente, no mercado americano]. Também exclui ativos intangíveis porosos como ágio, que é uma sobra de registro contábil decorrente da aquisição de outras empresas, e direitos de administração de carteiras hipotecárias, que refletem o valor da renda futura proveniente da cobrança e processamento de pagamentos de empréstimos.

O Bank of America, por exemplo, detinha US$ 35,8 bilhões em capital ordinário tangível em 31 de dezembro, antes de ter completado sua aquisição do Merrill Lynch com a ajuda do governo. Esse número cai para negativos US$ 1,7 bilhão assim que é ajustado de forma que todos os ativos e passivos financeiros sejam medidos pelo critério de valor justo, usando os números que o BofA divulgou nas suas notas explicativas. A versão em valor justo mostra que o BofA necessita de muito mais capital ordinário - desesperadamente.

O capital ordinário tangível do Wells Fargo foi US$ 13,5 bilhões em 31 de dezembro. Com base no valor justo, foi negativo em US$ 133 milhões. Isto torna a capitalização de mercado acionário de US$ 49 bilhões do banco parecer imensamente opulenta.

No total, oito dos 24 bancos que integram o KBW Bank Index tiveram capital ordinário tangível negativo com base no valor justo, inclusive SunTrust, KeyCorp, Fifth Third Bancorp, Huntington Bancshares, Marshall & Ilsley e Regions Financial.

Mesmo com esses retoques de valor justo, o ordinário tangível ainda pode exagerar a capacidade de absorção de perdas de um banco. Ele inclui ativos com impostos diferidos, que são perdas reprimidas que as companhias esperam usar algum dia para reduzir os seus gastos tributários.

O problema deles é que só têm valor para empresas lucrativas - que estão pagando imposto de renda. O capital do Well´s Fargo pareceria ainda pior se os seus US$ 13,9 bilhões de impostos líquidos diferidos fossem excluídos. O mesmo ocorre no Bank of America, que disse ter US$ 8,7 bilhões deste item.

Mas a notícia não é de todo sombria. Sete bancos no índice KBW disseram que os valores justos dos seus créditos eram superiores aos dos seus valores de carregamento: Bank of New York Mellon, Northern Trust, People´s United Financial, Comerica, BB&T, Cullen/Frost Bankers e Commerce Bancshares.

Para todas, exceto para uma destas companhias, o Bank of New York, o capital ordinário tangível acabou sendo mais alto com base no valor justo. O mesmo vale para o Citigroup, devido a números de valor justo menores para a sua dívida.

O capital ordinário tangível do JPMorgan Chase cai para US$ 56,4 bilhões, ou apenas 2,7% dos ativos tangíveis, ante US$ 71,9 bilhões, se agregamos as cifras de valor justo do banco.

Isso decorre em grande parte do fato de o JP ter declarado que seus créditos valiam US$ 21,7 bilhões menos do que seu valor de carregamento para 31 de dezembro.

Notas explicativas de valor justo deste tipo não são novidade. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeiras (Fasb) as exige em base anual desde 1993. O Conselho planeja torná-las obrigatórias em base trimestral a partir deste mês. Desta forma, certamente ganharão importância.

Nos idos de novembro de 1992, na esteira do caos das instituições de crédito e poupança, Henry B. Gonzalez, à época presidente da Comissão de Bancos da Câmara dos Representantes dos EUA, escreveu uma carta ao presidente do Banco Central dos EUA, Alan Greenspan, elogiando as normas de divulgação de resultados da Fasb. As revelações de valor justo romperiam a "camuflagem contábil" e "provariam que muitos bancos estão insolventes", escreveu, segundo um artigo de 5 de janeiro de 1993, publicado no "New York Times". Vejam só, ele estava certo.


Esta notícia traz uma reflexão secundária interessante: ao comentar sobre os valores tangíveis, o autor desconsidera os intangíveis. Durante os períodos de alta no mercado comentava-se muito em "capital intelectual", "valor de marca", "ativo que não está no balanço, mas que representa mais do que os ativos da empresa" e outras frases de efeito. O que ocorreu com a discussão? Será que a crise tornou pouco representativo estes ativos?

TV e maternidade

A questão das novelas no Brasil foi objeto de reportagem da The Economist da semana.

Uma pesquisa mostrou o efeito das novelas da Globo, que mostra famílias menores, brancas e ricas.

As pessoas que assistem novelas possuem uma taxa de fertilidade menor. O efeito sobre a taxa de divórcio é menor, mas também existe.

Leia aqui

12 março 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui



Fonte: Aqui

Teste #35

Abaixo estão listados nomes de personagens que fazem parte da história da contabilidade. O detalhe é que os nomes e sobrenomes estão misturados. Você seria capaz de arrumar a bagunça?

Ibn Pacioli
John Temple
Luca Dafforne
Nancy Gouge
Richard Taymiyyah

Resposta do Anterior: O patrono dos contadores é São Mateus, que era cobrador de impostos

Reconhecimento da Receita

Conjunto de normas permite recuperar créditos de IR
Valor Econômico - 12/3/2009

Atrás de soluções que gerem créditos tributários, as empresas estão resgatando um conjunto de medidas que reúnem atos do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de decisões da esfera administrativa. As empresas despertaram para esse conjunto de medidas em função da lei que buscou a padronização das normas contábeis a partir do ano passado.

Segundo especialistas, as normas dão base para as empresas adiarem o registro de receitas para pagamento do Imposto de Renda (IR) para o momento da entrega efetiva do bem ou do serviço em vez de contabilizar a receita no momento do faturamento.

A medida está sendo adotada por empresas que estão definindo os balanços, cujo prazo de aprovação é fim de abril, seja para as grandes limitadas ou sociedades de capital aberto. A postergação de receitas pode dar origem a um débito de IR e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) menor relativo ao ano passado. Como esses tributos devidos em 2008 já foram recolhidos, a aplicação da postergação pode gerar créditos de IR e CSLL a favor das empresas. A ideia é aproveitar esses créditos no decorrer de 2009 compensando com tributos como o PIS e a Cofins.

Essa possibilidade não era muito utilizada pelas empresas, que geralmente registravam as receitas no momento do faturamento e não da entrega da mercadoria. Isso porque a saída da nota fiscal é o fato que deflagra a cobrança de ICMS, IPI, PIS e Cofins. O trabalho de separar aquilo que foi somente faturado do que já foi efetivamente entregue ao destinatário, porém, tem sido buscado pelas grandes empresas, que precisam ter os balanços aprovados até o fim de abril. (...)

Rankings

Vivemos num mundo onde tudo é colocado em ranking. Em certas situações, isto pode render assuntos interessantes (vide, este exemplo, dos maiores impostores da história, que inclui o homem que vendeu a Torre Eiffel, Ponzi e Milli Vanilli).

Mas em outras, o cruzamento de rankings pode ser mais interessante ainda. Um ranking do consumo de pornografia online colocou o estado de Utah, um lugar conservador e religioso, em primeiro lugar nos EUA.

Em outra pesquisa fez-se o ranking dos estados mais felizes dos EUA. O primeiro lugar: Utah.

Quem audita os piores?

A organização Audit Integrity foi criada em 2002 e faz pesquisa independente nas empresas de capital aberto dos EUA (mais de 7 mil empresas). Esta organização divulgou as 300 entidades que são "muito agressivas", o que representa o seu pior nível de classificação.

De certa forma, isto indicaria a possibilidade de fraude e outras manobras contábeis. São empresas arriscadas paras os investidores, empregados, reguladores e contribuintes.

Entre estas 300 piores, McKenna fez uma análise das cem maiores em capitalização de mercado. Estas empresas grandes e arriscadas são auditadas pela KPMG (21), Deloitte (29), PwC (23) e EY (26).

Marcação a mercado

A contabilidade marcada a mercado tem sido condenada como responsável pela crise financeira (veja, por exemplo, aqui). Uma informação importante sobre isto:

Dos US $ 8,46 trilhões em ativos detidos dos 12 maiores bancos do KBW Bank Index, apenas 29 por cento está marcado a mercado(...). A General Electric Co., entretanto, disse na semana passada que apenas 2 por cento dos seus ativos foram marcados a mercado na sua filial General Electric Capital Corp, que é semelhante em tamanho ao sexto maior banco dos EUA.


Fonte: Aqui

Auditoria do Escândalo

Você conhece as seguintes empresas de auditoria:

a) Friehling & Horowitz
b) Sosnik Bell
c) Konigsberg Wolf & Company

Se você respondeu "não" a todas as alternativas, parabéns. Estas três empresas possuem em comum:

=> são pequenas empresas de auditoria
=> estão vinculadas a Madoff, o investidor responsável pela fraude de 50 bilhões de dólares
=> possuem laços de amizade com Madoff
=> recomendavam a seus clientes o investimento no fundo de Madoff.

Fonte: Investigation Into Madoff Fraud Turns to a Small Circle of Accountants, LESLIE WAYNE & WILLIAM K. RASHBAUM, NY Times.

Sobre o Termo Imparidade

Um leitor questiona o uso do termo imparidade (O senhor usa "imparidade", assim, com tranqüilidade? Sempre achei uma tradução canhestra para "impairmente". Tenho visto "prejudicado", "com valor prejudicado", coisas assim. Não lhe parece mais correto?) . Não sei se a opção que adotei é adequada. Alguém teria uma sugestão?

Os bilionários

A revista Forbes divulga a nova lista dos bilionários. O número reduziu em 30% em relação ao ano anterior, com uma fortuna média de 3 bilhões, 23% a menos que 2008.

O homem mais rico do mundo, Bill Gates, perdeu 18 bilhões em um ano. Possui agora 40 bilhões. O segundo mais rico, Warren Buffett, perdeu 25 bilhões, mas ainda tem uma fortuna de 37 bilhões de dólares.

VEja mais aqui e aqui

11 março 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Crise

De volta a 2004
11/3/2009 - Valor Econômico - Nelson Niero

A crise financeira global que encerrou um longo ciclo de alta das empresas listadas na bolsa e desacelerou o nível de atividade da economia fez com que o valor total de mercado das empresas em relação ao produto interno bruto (PIB) caísse praticamente à metade em 2008.

O indicador, que no fim de 2007 era de 95,4%, levando em conta os preços em reais, caiu para 47,6%, bem próximo aos níveis do fim de 2004. A forte desvalorização das ações das companhias é o principal componente da deterioração do indicador. Em 2007, as empresas valiam quase R$ 2,5 bilhões na Bovespa e, ao fim de 2008, esse montante somava apenas R$ 1,38 bilhão, uma diferença de mais de R$ 1 bilhão.

A relação entre o PIB e o valor de mercado vem sendo usada como um parâmetro para se determinar se o mercado está "caro" ou "barato". Sua eficiência tem sido motivo de debates, mas figuras proeminentes como o investidor americano Warren Buffett costumam consultar o indicador antes de tomar decisões.

Grosso modo, um resultado acima de 100% indicaria que o mercado está supervalorizado, enquanto algo abaixo de 50% seria a luz verde para as compras.

O índice de capitalização em relação ao PIB costuma ser um termômetro do desenvolvimento do mercado de capitais e também da dinâmica dos investimentos, já que o mercado funciona como uma das fontes de financiamento de projetos para as empresas.

Os investidores, porém, também observam esse indicador como termômetro de momentos que podem ser oportunos para investir e consideram que quando fica muito alto, o índice pode sinalizar que os ativos estão caros demais.

Nos Estados Unidos, a relação está próxima de 70%, comparado a um pico de 154,7% em 2000, no auge da bolha da internet. Em artigo recente, a revista americana "Fortune" arrisca que, pela "métrica de Buffett", seria a hora de entrar no mercado.

No entanto, todo cuidado é pouco, lembram os especialistas. O momento ainda é de instabilidade e incerteza no mercado, o que significa um risco ainda muito alto. Passada essa fase, a relação poderia ser, entre várias outras, usada para orientar para os investidores.

"É um indicador polêmico, mas confiável no médio e longo prazo, levando em conta o grau de desenvolvimento do país", diz César Tibúrcio, professor de contabilidade da Universidade de Brasília (UnB). "É especialmente interessante como tendência histórica e como alerta para situações de valorização excessiva do mercado."

Para ele, o indicador deve continuar nesse patamar por mais algum tempo, como reflexo da crise.

Reginaldo Alexandre, presidente da Apimec-SP, a associação dos analistas de investimentos, lembra que há múltiplos mais precisos - como preço da ação sobre lucro (P/L) ou valor do negócio sobre o lucro operacional (EV/Ebitda, na sigla em inglês) -, que ajudam a compor um quadro da situação. Ainda assim, é preciso esperar um "contexto de recuperação" para evitar surpresas.

Alexandre acredita que, quando vier esse momento, o Brasil poderá se valer de bons fundamentos macroeconômico e também microeconômico. "O setor bancário é sólido e as empresas não foram, de modo geral, pegas no contrapé, não se endividaram demais", afirma.

O sócio da gestora Leblon Equities, Pedro Rudge, observa que os preços dos ativos no mercado de ações respondem muito mais rápido em momentos de crise do que os indicadores da economia real, por isso, no fim de 2008 a relação entre a capitalização de mercado e o PIB estava provavelmente num ponto bastante crítico.

"No PIB, a correção é mais gradual, na bolsa, é imediata", diz Rudge, lembrando que os investidores da bolsa antecipam nos preços as expectativas para o futuro.

Para o economista e presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, os investidores colocam rapidamente o tamanho da crise global no preço das ações, conforme suas expectativas. Ele não vê, porém, nenhum problema estrutural no mercado de capitais brasileiro e nos fundamentos macroeconômicos do país. O economista lembra que a queda na capitalização da bolsa ocorreu em quase todos os mercados, em muitos inclusive de forma mais acentuada do que no Brasil.

"Este vai ser um ano difícil, em que o sistema financeiro americano precisa criar bases para se refundar e isso vai afetar a todos. Mas o mercado de capitais brasileiro não tem problemas estruturais, ao contrário, temos um sistema financeiro forte, que nos favorece", diz Rocha Augusto. Outro fator que costuma ser apontado por especialistas como favorável ao Brasil é que o mercado tem uma regulação já forte.

No Brasil, até o Ibovespa retomar a trajetória positiva e o mercado de emissões primárias renascer, em 2004, o índice valor de mercado das empresas em relação ao PIB ficava na casa dos 30%. Entre 2004 e 2007, porém, os empreendedores locais passaram a captar recursos com a venda de ações para novos sócios - os investidores da bolsa. Assim, cem novas companhias chegaram e melhoraram um pouco a representatividade dos setores da economia no mercado de ações. Além disso, os preços das companhias já existentes tinham se valorizado.

Um dos problemas do passado era que a bolsa brasileira era muito concentrada na Telebrás. Mais recentemente, o setor de commodities, representado por Vale e Petrobras passou a predominar e ainda não há uma representação tão balanceada, mas o perfil melhorou um pouco, na visão dos especialistas. "Há três anos não tínhamos empresas de construção civil e agronegócio no pregão, por exemplo, o que já existe hoje. Mas ainda falta diversificação para ficar representativo", diz Rudge.

Para ele, o importante agora é tentar vislumbrar quando será o ponto de virada da situação, ou seja, quando o valor das companhias deve voltar a crescer como proporção da economia como um todo. "É difícil prever, o mercado ainda tem oscilado ao sabor de humores."

Rudge diz que do ponto de vista das captações no mercado de capitais - que andam praticamente paralisadas - pode ser que se comece, timidamente, a ver sinais de alguma atividade, embora com muita seletividade e para as companhias já estabelecidas. Há, porém, quem acredite, que até pelo menos o terceiro trimestre, tudo vá continuar bastante parado nesse terreno.

O analista da Investidor Profissional, Gustavo Ballvé, diz que do ponto de vista do investidor ele não avalia a capitalização de mercado como um indicador tão relevante, ao menos num mercado como o brasileiro, ainda em fase de consolidação. "Pode ser mais um dado a se observar, mas preferimos analisar histórias individuais", diz.


Aqui postagem sobre o assunto

Teste #34

Grau de Dificuldade: ***

Torpedo

Usando o teclado do celular, um aluno transmitiu uma dica durante a prova para seu colega. Ele teclou o seguinte

6 723763476 367 2668236737 3´ 72~6 628387, 783 372 2653867 33 46767867

Resposta do Anterior: Arrendamento Mercantil

Links

Proposta do Iasb para evidenciação de instrumentos financeiros

The Economist defende a legalização das drogas em 2009

The Economist defende a legalização das drogas em 1989

As 10 profecias tecnológicas que nunca aconteceram

Petrobras 3

Ainda sobre o vazamento da informação da Petrobrás:

Dados da Petrobrás eram acessíveis a pelo menos 100
Kelly Lima, RIO
O Estado de São Paulo - 11/3/2009

Segundo diretor da estatal, é elevado o número de pessoas com acesso aos dados que vazaram para o mercado, antes da divulgação do balanço

Pelo menos cem pessoas poderiam ter deixado vazar dados preliminares sobre os resultados da Petrobrás antes da divulgação do balanço financeiro de 2008, admitiu ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Segundo ele, a companhia recebeu, na noite de sexta-feira, denúncia de suposto vazamento dos dados do balanço, divulgado perto de 19h daquele dia.

“Nós recebemos uma denúncia na sexta-feira à noite, minutos antes da divulgação. Por isso constituímos uma comissão interna para apurar o que aconteceu. E, se aconteceu, para evitar que ocorra novamente”, disse o diretor, após o término de conferência com analistas para detalhar os dados do balanço. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também está investigando a movimentação atípica com as ações sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo.

Entre os analistas do setor de petróleo, circulou na tarde de sexta-feira um e-mail com cerca de 45 páginas contendo parte dos dados referentes ao balanço que seria divulgado horas depois. Segundo informações de bastidores, o e-mail tinha até mesmo a carta do presidente José Sérgio Gabrielli, analisando os resultados da companhia.

O correio eletrônico teria circulado durante duas horas antes do fechamento do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao fim do pregão, as ações preferenciais da estatal caíram 1,27%. As ordinárias, 1,84%. Durante o dia, porém, chegaram a cair mais de 4%, num movimento que, segundo analistas, demonstra antecipação do mercado aos resultados.

Barbassa descartou que o vazamento possa ter ocorrido durante teleconferência do conselho de administração, que inclui Gabrielli e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A reunião ocorreu no fim da tarde de sexta-feira para a aprovação dos dados finais do balanço. “Não foi isso, com certeza. O dado que supostamente pode ter vazado era preliminar, não eram dados finais.”

Segundo Barbassa, é elevado o número de pessoas com acesso a estes dados no processo de elaboração. “Tem uma equipe grande envolvida, o pessoal da contabilidade, de RI (Relações com Investidores), a nossa auditoria externa, mais os tradutores. Em torno de cem pessoas.”

Não é a primeira vez que a Petrobrás está envolvida em denúncia de vazamento de informações. No início de 2007, a empresa enfrentou problema semelhante, pouco antes do anúncio da compra da Ipiranga, em operação que envolveu ainda a Braskem e o grupo Ultra.

FRASES

Almir Barbassa
Diretor financeiro da Petrobrás
“Nós recebemos uma denúncia na sexta-feira à noite, minutos antes da divulgação”

“O dado que supostamente pode ter vazado era preliminar, não eram dados finais”

“Tem uma equipe grande envolvida, o pessoal da contabilidade, de RI, a nossa auditoria externa, mais os tradutores. Em torno de cem pessoas”

Petrobras cria comissão para apurar vazamento de dados
KELLY LIMA
11/3/2009
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

O diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou ontem que há sim o risco de ter ocorrido vazamento de dados contábeis da estatal petrolífera antes da divulgação do balanço financeiro da empresa, na sexta-feira passada. Segundo ele, a Petrobras está apurando se houve realmente este vazamento em comissão interna composta especificamente para este assunto."Nós recebemos uma denúncia na sexta-feira à noite, minutos antes da divulgação e por isso constituímos a comissão: para apurar o que aconteceu e, se aconteceu, para evitar que ocorra novamente", disse o diretor.

Indagado sobre a possibilidade de o vazamento ter ocorrido durante a teleconferência realizada para a reunião do Conselho de Administração da empresa no fim da tarde daquela sexta-feira, Barbassa negou: "Não foi isso com certeza. Não foi por aí. O dado que supostamente pode ter vazado era um dado preliminar, não eram dados finais. Era um dado do processo de elaboração do balanço entre quarta e quinta-feira (dias 4 e 5). Ou seja, que pode ter vazado depois da reunião de diretoria, na quinta-feira) à noite", disse Barbassa.

O diretor lembrou ainda que é elevado o número de pessoas que tem acesso a estes dados durante o processo de elaboração. "Tem uma equipe grande envolvida. Tem o pessoal da contabilidade, do RI (Relações com Investidores), o pessoal da nossa auditoria externa, mais os tradutores. Em torno de umas 100 pessoas", disse.

Ele afirmou ainda que não tem detalhes sobre exatamente quais os dados que poderiam ter vazado. Barbassa também não soube dizer quanto tempo deve levar as investigações sobre o assunto. "Eu, particularmente, nunca apurei denúncia deste tipo. Não sei quanto tempo dura", afirmou.

Barbassa diz que vazamento não ocorreu em reunião do conselho
Reuters Focus - 10/3/2009

RIO DE JANEIRO, 10 de março (Reuters) - A sindicância interna aberta pela Petrobras para apurar o vazamento de dados do balanço da estatal divulgado na sexta-feira não tem prazo para terminar, segundo o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

Ele informou que o dado que teria vazado era preliminar, o que indicaria que a irregularidade ocorreu antes da reunião do Conselho de Administração, na sexta-feira, feita em parte por vídeo-conferência.

"Não foi por aí", disse ao ser perguntado se a informação teria vazado na reunião do conselho por não ter sido feita pessoalmente, como geralmente ocorre, "porque o dado que nos informaram que vazou foi um dado preliminar", disse Barbassa a jornalistas após reunião com analistas.

De acordo com o executivo, cerca de 100 pessoas estavam envolvidas na elaboração do balanço, somando o pessoal da contabilidade, da área de Relações com Investidores, auditores externos e equipe de tradução, além de diretores e conselheiros.

"Nós tivemos uma denúncia e vamos apurar, para que isso que aconteceu não aconteça de novo", explicou o executivo dizendo que esta é a primeira vez que coordena uma sindicância interna.

A Comissão de Valores Mobiliários informou que também está investigando o assunto, mas não quis antecipar se encontrou movimentos suspeitos nas negociações com as ações da Petrobras.

"A CVM está examinando os negócios realizados com as ações da companhia antes da divulgação do fato relevante (do balanço)."

(Por Denise Luna; Edição de Marcelo Teixeira)

Holística

Bernanke defende regulação "holística"
Gazeta Mercantil - 11/3/2009

Nova York, 11 de Março de 2009 - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pediu ontem uma ampla revisão do modo como o governo regula o sistema financeiro para prevenir os derretimentos financeiros futuros. Numa palestra para o Conselho das Relações Exteriores (CFR, na sigla em inglês) em Washington, Bernanke disse que o sistema financeiro necessita ser regulado "como um todo, de uma forma holística" e que a supervisão mais rigorosa dos bancos não será suficiente para proteger contra as crises futuras.

"A regulamentação e a supervisão sólidas e eficientes das instituições bancárias, embora necessárias para reduzir o risco sistêmico, não são suficientes por si mesmas para alcançar essa meta", disse Bernanke.

Ele disse que as deficiências dos sistemas de supervisão do governo e do gerenciamento do risco do setor privado contribuíram para precipitar a crise econômica ao não assegurar que o fluxo de capital estrangeiro nos Estados Unidos fosse investido de forma prudente. Os mercados de crédito congelaram e as economias globais começaram a se contrair no que Bernanke chamou de pior crise financeira desde os anos 30.

Mesmo quando o Fed e outros bancos centrais se empenhavam para restaurar a confiança no sistema financeiro e liberar o crédito, Bernanke disse que os formuladores das políticas públicas tinham de olhar adiante para as mudanças de longo prazo no sistema financeiro.

Bernanke afirmou ainda que eles também têm de examinar o problema das instituições consideradas "grandes demais para quebrar" por causa da função que elas desempenham no sistema mais amplo. Grandes instituições como o Citigroup e a seguradora American International Group (AIG) receberam bilhões em ajuda financeira enquanto o governo procurava evitar o colapso no sistema financeiro. "Na presente crise, a questão das instituições grandes demais para deixar quebrar surgiu como um enorme problema", disse Bernanke.

Especificamente, o presidente do Fed pediu supervisão "especialmente rigorosa" das empresas cujo colapso apresenta ameaça sistêmica para a economia mais ampla, e disse que os reguladores têm monitorar zelosamente a tomada de risco e a estabilidade financeira das grandes instituições financeiras, e que elas devem manter os elevados padrões de liquidez.

Bernanke pediu uma revisão das regras de contabilidade que determinam o modo como as empresas avaliam os ativos - um tema importante quando os bancos avançam com dificuldade sob o peso de títulos lastreados por hipotecas cujo valor subjacente tem caído paralelamente à queda dos preços dos imóveis residenciais. Bernanke disse que as regras contábeis e outras regras financeiras não devem amplificar os altos e baixos naturais dos ciclos dos mercados.

"A revisão adicional dos modelos de contabilidade que determinam a avaliação e a provisão para perdas serão úteis, e podem resultar em modificações das regras contábeis que reduzem seus efeitos pró-cíclicos sem comprometer as metas de divulgação e transparência", disse ele.

Numa sessão de perguntas e respostas depois do discurso, Bernanke disse que não era a favor da suspensão dos modelos de contabilidade marcados a mercado, mas disse que a debilidade nas regras vigentes deve ser identificada e corrigida.

Além disso, Bernanke pediu a criação de uma autoridade para monitorar e supervisionar os ricos amplos e sistêmicos, e disse que os formuladores das políticas públicas têm de reforçar as regras que determinam os pagamentos e as negociações de forma que os mercados financeiros possam atuar melhor sob pressão.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(The New York Times)


Não sei qual a razão, mas toda vez que escuto/leio a palavra Holística sinto cheiro de embronação.

Vazamento

Pelo menos cem são suspeitos de vazar balanço da Petrobras
11/3/2009 - Valor Econômico

A Petrobras avalia que pelo menos cem pessoas estão entre as que podem ter sido responsáveis pelo vazamento de informações referentes ao balanço de 2008, divulgado pela empresa no final da tarde da sexta-feira passada. São, entre outros, os técnicos das equipes de contabilidade e de relações internacionais da empresa, membros da auditoria externa e da equipe de tradutores, todos com acesso a todas as fases de elaboração do balanço.

"É uma equipe grande", disse ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, após fazer a apresentação dos resultados da empresa para analistas e acionistas reunidos pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais do Rio (Apimec-Rio). Sempre falando no modo condicional sobre o ocorrido na tarde de sexta-feira, algumas horas antes da divulgação oficial dos números, Barbassa disse que já está descartada a hipótese de o vazamento ter acontecido no processo de aprovação do balanço pelo conselho de administração, realizado parte com as presenças dos integrantes, parte por videoconferência. A auditoria externa da empresa é a KPMG.

"Não foi por aí, porque o dado que teria vazado era um dado preliminar, do processo de elaboração", disse. Segundo o diretor, os números que lhe foram passados representavam o quadro do balanço na noite de quarta-feira para quinta-feira, mas ressalvou: "Não estou dizendo que o vazamento teria ocorrido de quarta para quinta-feira".

Barbassa mostrou tranquilidade em relação ao ocorrido e não chegou a ser pressionado pelos analistas. "O mais importante é evitar que aconteça de novo, se aconteceu", afirmou. A Petrobras decidiu anteontem formar uma comissão interna para investigar a ocorrência, mas o executivo não soube dizer o prazo que terá para concluir os trabalhos. Ele disse também que até ontem não sabia "exatamente o que vazou".

As preocupações dos analistas durante a apresentação foram mais focadas no baixo lucro operacional da empresa, no forte aumento da dívida e na correlação entre os preços dos combustíveis no mercado interno e no externo. Sobre o lucro operacional, que caiu de R$ 10,8 bilhões no terceiro para R$ 5,04 bilhões no quarto trimestre do ano passado, Barbassa atribuiu à ocorrência de "números não recorrentes" nos últimos três meses de 2008, principalmente resultantes da queda do preço do petróleo no mercado internacional e da variação cambial.

Segundo o executivo, se não existissem essas perdas extraordinárias, como a desvalorização dos estoques provocada pela baixa do óleo no mercado e a perda de economicidade de alguns projetos de exploração e produção de óleo pelo mesmo motivo, o resultado operacional teria sido de R$ 10,8 bilhões, ficando apenas R$ 1,38 bilhão abaixo do número do terceiro trimestre também expurgadas as mesmas rubricas.

Sobre o endividamento líquido da estatal, que cresceu 83% em 2008, passando de R$ 26,7 bilhões para R$ 48,8 bilhões, Barbassa disse que o efeito do câmbio sobre os números em reais foi muito importante (R$ 9 bilhões) e ressaltou que, sendo a Petrobras uma empresa dolarizada, o mais importante é verificar seu endividamento em dólares. Na moeda americana, a dívida cresceu somente 23%, passando de R$ 22,4 bilhões para 27,7 bilhões do final de 2007 para o de 2008.

Barbassa disse que tudo em relação à dívida da Petrobras "está dentro dos planos" e que a atual gestão tem entre os objetivos "manter a empresa dentro de um sólido 'investment grade' (grau de investimento)", condição importante para que as ações da empresa mantenham a atratividade. Ele disse ainda que os números da estatal com base na legislação americana deverão ser divulgados por volta do dia 27 deste mês.

Questionado sobre sua afirmação de que a Petrobras é uma empresa dolarizada, quando 60% da receita vem da venda de óleo diesel, gasolina e gás de cozinha (GLP), produtos cujos preços não estão atrelados ao mercado internacional, o executivo disse que esses preços são também dolarizados, só que no médio prazo e não no curto, como a nafta e o querosene de aviação. Com base no mesmo raciocínio, disse que não há prazo para o reajuste dos preços dos produtos mais vendidos.


Volto a afirmar: fiz uma pesquisa com o volume de negociação da Petrobrás e não constatei nada de anormal.

Balanço da Petrobrás

Sobre o vazamento do balanço da Petrobrás dois dias antes de sua evidenciação, abaixo uma notícia da Folha de São Paulo. É interessante notar que procurei no volume de negociação de alguns dos principais papéis da empresa e não constatei nenhuma mudança significativa no mesmo. Seria então um mistério que uma informação contábil divulgada antes do tempo não tenha propiciado ganhos por parte dos investidores.

Balanço da Petrobras vazou dois dias antes
11/3/2009
Folha de São Paulo

Cem pessoas tiveram acesso antecipado aos dados
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que dados do mais recente balanço financeiro da companhia, referentes ao quarto trimestre de 2008, vazaram para o mercado financeiro de quarta para quinta-feira, dois dias antes da divulgação oficial havida na sexta-feira à noite.

A companhia constituiu, anteontem, comissão de sindicância para investigar a origem e a extensão do vazamento. Segundo o diretor, mais de cem pessoas podem ter manuseado o relatório preliminar do balanço e originado o vazamento.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que fiscaliza o mercado de capitais, está examinando os negócios com as ações da companhia antes da divulgação do balanço.

A empresa teve lucro de R$ 7,4 bilhões no último trimestre, 32% menor do que o apurado nos três meses anteriores. O desempenho foi afetado pela queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Barbassa disse ter sido informado sobre o vazamento minutos antes de fazer a divulgação oficial do balanço. O relatório passa pelas áreas de contabilidade, de relações com investidores, por auditores externos e por tradutores, uma vez que é divulgada versão em inglês.

Segundo ele, a companhia não sabe que informações vazaram, mas seriam dados preliminares e não definitivos.

O jornal "Valor Econômico" noticiou, na edição de ontem, que teve acesso na sexta-feira, antes da divulgação oficial, a um relatório de 44 páginas. O texto era praticamente igual ao distribuído pela empresa após o fechamento do pregão.

Descolamento

O vazamento passou despercebido pela Bolsa de Valores e pela CVM, que souberam do ocorrido apenas anteontem.

A Bovespa, segundo sua assessoria, não detectou anormalidade nos negócios com a Petrobras, na sexta-feira, quando o valor das ações ordinárias, com direito a voto, caiu 1,83% e o das preferenciais (sem direito a voto) recuou 1,26%.

Para o analista de investimentos do Banco do Brasil Nelson Mattos, a queda das ações na sexta-feira foi atípica, porque os papéis da Petrobras vinham em alta desde que a empresa divulgou seu plano estratégico, no fim de janeiro.

Há divergência entre os analistas. Para Luiz Otávio Broad, da Corretora Ágora, a queda das ações da estatal foi compatível com as variações na Bolsa.

Safra e Madoff

Os clientes do Safra Group, que estava envolvido em investimentos do fundo de Madoff, podem receber compensação por suas perdas. Entre os clientes, grandes bancos brasileiros, segundo o Financial Times.

Oposição

Anteriormente já postamos a opinião de Forbes, da revista Forbes, sobre marcação a mercado. Ele se opõe e considera uma das causas da crise financeira. Novamente sua opinião:

(...) The most disastrous Bush policy that Mr. Obama is perpetuating is mark-to-market or "fair value" accounting for banks, insurance companies and other financial institutions. (...)

Mark-to-market accounting is the principle reason why our financial system is in a meltdown. The destructiveness of mark-to-market -- which was in force before the Great Depression -- is why FDR suspended it in 1938. It was unnecessarily destroying banks.

But bad ideas never die. Mark-to-market was resurrected by the Financial Accounting Standards Board and became effective in the fall of 2007 (FASB rule 157) to the approval of the Bush administration, its Treasury Department, and the Securities and Exchange Commission. Even as FASB 157 began to take its toll on financial institutions last year, Mr. Bush refused to kill or suspend it. When Congress voiced displeasure last fall, the administration and regulatory authorities made some cosmetic changes, but the poisonous essence remained.

Obama Repeats Bush's Worst Market Mistakes
Steve Forbes - 6/3/2009 - The Wall Street Journal - A13
Mr. Forbes is chairman and CEO of Forbes Inc. and editor in chief of Forbes magazine.

Confusão

(...) Um desses desafios será fazer com que órgãos reguladores locais, acionistas e o Poder Judiciário se acostumem ao modelo International Financial Reporting Standars (IFRS, na sigla em inglês), que traz como um de seus maiores componentes a ampliação drástica do espaço para julgamentos e interpretações nos demonstrativos das companhias. "Vejo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) bastante avançada no entendimento e nos julgamentos das aplicações do IFRS. Mas o Judiciário tem demonstrado ainda não estar preparado para fazer julgamentos baseados em princípios.

Há sempre aquela necessidade de tipificar as decisões em códigos escritos", critica o presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Mauro Cunha.

Na avaliação do executivo, um dos órgãos do Judiciário que tem de se adequar melhor à nova realidade é o conselhinho, vinculado ao Ministério da Fazenda, que permite que decisões tomadas por CVM e pelo Banco Central (BC) sejam revistas.


[sic. uma grande confusão aqui, não?]

Para Teixeira da Costa, o fato de não ocorrer em "céu de brigadeiro" não invalidará as principais vantagens que a adoção do IFRS trará às empresas brasileiras em médio prazo. "O maior benefício será a redução no custo das captações de recursos. O IFRS traz um conjunto de normas que facilitam o entendimento da companhia por todos os agentes de mercado", afirma o especialista.

[Isto naturalmente é um juízo de valor. Acredito não ser possível mensurar isto]
IFRS já traz novos desafios ao mercado

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 5)(Luciano Feltrin) - 5/3/2009 – Via Análise de Balanço

Livros que você leu e livros que você não leu

Sempre que participo de processos seletivos, gosto de perguntar ao entrevistado sobre um livro que leu. As respostas são diversas. Já teve um período onde a maioria das pessoas indicava Código Da Vinci. Mais recente, predomina O Monge e Executivo. Arte da Guerra também é muito citado. (E como moro em Brasília, livros de concurso, quando o candidato é sincero!)

Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha revela os segredos dos livros e sua leitura. Já sabemos que muitas pessoas mentem quando perguntado sobre o livro que leu e gostou, muitas vezes para impressionar as outras pessoas.

Pois bem, Segundo a pesquisa dois terço das pessoas admitem mentir sobre o assunto, conforme revela uma pesquisa do World Book Day.

O mais interessante é a presença de certos livros entre aqueles citados. Começa a lista com um autor inglês, George Orwell, e o clássico 1984. A lista dos dez mais é a seguinte:

1. 1984 - George Orwell (42%)
2. Guerra e Paz - Leo Tolstoy (31%)
3. Ulisses - James Joyce (25%)
4. Bíblia (24%)
5. Madame Bovary - Gustave Flaubert (16%)
6. Uma breve história do tempo - Stephen Hawking (15%)
7. Midnight's Children - Salman Rushdie (14%)
8. Em busca do Tempo perdido - Marcel Proust (9%)
9. Dreams from My Father - Barack Obama (6%)
10. The Selfish Gene - Richard Dawkins (6%)

Fonte: Poll reveals UK's reading secrets

(Já li 1984 e Ulisses. O primeiro tudo bem; mas acreditar que alguém leu e gostou de Ulisses é difícil.)

Mesmo com esta pesquisa, irei continuar perguntando que livro a pessoa leu. Não para entender ou classificar um candidato, mas dar uma pequena parcela de contribuição para leitura num país de analfabetos.

Gráfico

O gráfico abaixo mostra o histórico do índice P/L da SP 500. Muitas pessoas não gostam deste índice por confrontar uma informação de mercado com outra contábil. Mas a força do gráfico mostra que claramente os sintomos da bolha em 1929, final da década de 60 e a bolha da internet. Observe que os níveis atuais de P/E mostram que o mercado ajustou-se a sua média histórica. Fonte: Aqui

Sorte ou friamente calculado?

Outra fraqueza que se transformou em vantagem durante a crise é a severa lista de exigências para a liberação do crédito no Brasil, que incluem garantias, entradas e altas taxas de juros que elevam o custo do financiamento. Segundo a publicação, isso desencoraja consumidores e empresas a assumirem os "selvagens riscos" que quebraram vários bancos na Europa e na América. "Em vez disso, o crédito no Brasil está suavemente decaindo, e não em colapso".
Brasil é beneficiado por sua indolência
Portal Exame Via Claudia Cruz

Mapa da Proibição de Bebida no Mundo

O mapa abaixo mostra a partir de que idade é permitido o jovem tomar bebida alcoólica. O Brasil está no meio termo.



Clique na imagem para ver melhor.

Fonte: NY Times via MJPerry Blog

Efeitos da IFRS

O primeiro balanço do setor de construção, divulgado ontem pela Camargo Correa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), mostra que o impacto das alterações contábeis no segmento será bastante expressivo e deverá reduzir indicadores importantes, como receita, resultado operacional e a última linha do balanço.

As empresas passam a ter que descontar, de uma só vez, despesas comerciais e de vendas - como gastos com estande e marketing - que antes eram descontados conforme o andamento da obra. Outra mudança importante é o ajuste a valor presente, que inclui, por exemplo, a diferença entre o valor à vista e a prazo de um imóvel, além da contabilização de terrenos.

No caso da CCDI, as novas regras contábeis tiraram R$ 44,9 milhões do lucro anual da empresa por conta, principalmente, da "baixa de despesas comerciais ativadas", que representaram R$ 32,3 milhões, e de "ajustes a valor presente", que somaram R$ 8,6 milhões. (...)
CCDI tem prejuízo com novas regras contábeis
5/3/2009 - Valor Econômico


Conforme afirmei anteriormente, em alguns países onde a IFRS foi adotada o setor imobiliário foi muito afetado pelas normas.

GE

(...) No fim de 2008, a GE informou que havia contabilizado US$ 4 bilhões em perdas não reconhecidas de um total de US$ 37 bilhões investidos em prédios comerciais, ou cerca de 11%. AGoldman Sachs e a Blackstone fiveram, respectivamente, baixas contábeis de 25% e 30% em suas carteiras de investimentos imobiliários.

Se a GE fizesse a baixa de 25% na carteira de investimentos imobiliários, isso teria um impacto de US$ 9 bilhões nos lucros e no patrimônio, disseram analistas do UBS em relatório divulgado na terça-feira. No relatório, os analistas disseram que a GE pode precisar levantar capital adicional, em parte por causa de perdas pendentes da carteira imobiliária. A GE reduziu os investimentos imobiliários, mas aumentou os empréstimos para o setor. Por isso, os ativos imobiliários aumentaram US$ 6 bilhões, ou 8%, no ano passado.

A GE informou que não precisaria marcar a mercado seus ativos imobiliários porque eles são investimentos de longo prazo. Ela tradicionalmente compra propriedades, faz reformas e depois as vende.
(...)

Crise de confiança derruba ações da GE; empresa reage em comunicado
Serena Ng, Paul Glader e Lingling Wei, The Wall Street Journal
5/3/2009 - The Wall Street Journal Americas - 1


Observem a contradição do texto (grifo meu).

Reserva e Crise

Este assunto já foi tratado aqui. Mas é interessante a discussão sobre a reserva para períodos de crise.

Grupo sugere que companhias façam reserva para crises
5/3/2009
Valor Econômico

Transformar a receita de economia doméstica da vovó em regra contábil. A idéia em discussão na elite do universo da contabilidade é como fazer as companhias, especialmente os bancos, pouparem mais em tempos de bonança para terem um colchão de segurança para épocas ruins.

Esse é o assunto que mais tem tomado tempo nos debates do Comitê da Crise Financeira criado em dezembro pelos dois principais reguladores de normas contábeis do mundo, o Iasb, que emite as normas do padrão internacional IFRS, e o Fasb, que cuida das regras americanas.

O objetivo desse grupo, formado principalmente por agentes de mercado que não são contadores, é oferecer um relatório com sugestões ao Iasb e ao Fasb de como a contabilidade pode contribuir para prevenir ou detectar precocemente as crises.

A questão foi parar no universo contábil porque a economia desejada seria feita por meio de uma reserva ou provisão. Hoje, em Nova York, o comitê da crise tratará mais uma vez da questão em seu terceiro encontro, que avaliará a possibilidade de fornecer um pré-relatório para a reunião do G-20 que ocorrerá em abril. A agenda do comitê prevê mais três encontros até julho. (...)

A discussão sobre a economia durante os ciclos positivos, chamada de provisionamento dinâmico ou anticíclico, parte dos reguladores do sistema financeiro e economistas, mas enfrenta forte resistência dos especialistas em contabilidade. A inspiração vem do modelo espanhol. (...)

10 março 2009

Rir é o melhor remédio

Método do tijolo para contratação de funcionários

O método consiste em:

1- Colocar todos os candidatos num galpão.

2- Disponibilizar 200 tijolos para cada um.

3- Não dê orientação alguma sobre o que fazer.

4- Tranque-os lá.

Após seis horas, volte e verifique o que fizeram.

Segue a análise dos resultados:

1 - Os que contaram os tijolos, contrate como contadores.

2 - Os que contaram e em seguida recontaram os tijolos, são auditores.

3 - Os que espalharam os tijolos são engenheiros.

4 - Os que tiverem arrumado os tijolos de maneira muito estranha, difícil de entender, coloque-os no Planejamento, Projeto e Implantação Controle de Produção.

5 - Os que estiverem jogando tijolos uns nos outros, coloque-os em Operações.

6 - Os que estiverem dormindo, coloque-os na Segurança.

7 - Aqueles que picaram os tijolos em pedacinhos e estiverem tentando montá-los novamente, devem ir direto à Tecnologia da Informação.

8 - Os que estiverem sentados sem fazer nada ou batendo papo furado, são dos Recursos Humanos.

9 - Os que disserem que fizeram de tudo para diminuir o estoque mas a concorrência está desleal e será preciso pensar em maiores facilidades, são vendedores natos.

10 - Os que já tiverem saído, são gerentes.

11 - Os que estiverem olhando pela janela com o olhar perdido no infinito, são os responsáveis pelo Planejamento Estratégico.

12 - Os que estiverem conversando entre si com as mãos no bolso demonstrando que nem sequer tocaram nos tijolos e jamais fariam isso, cumprimente- os com muito respeito e coloque-os na Diretoria.

13 - Os que levantaram um muro e se esconderam atrás são do Departamento de Marketing.

14 - Os que afirmarem não estar vendo tijolo algum na sala, são advogados, encaminhem ao Departamento Jurídico.

15 - Os que reclamarem que os tijolos estão uma porcaria, sem identificação, sem padronização e com medidas erradas, coloque na Qualidade.

16 - Os que começarem a chamar os demais de companheiros , elimine-os imediatamente antes que criem um sindicato.


Enviado por André Calvo, grato.

Teste #33

Grau de Dificuldade: **
Partindo de uma letra A, siga as linhas e sem repetir a mesma letra descubra uma palavra vinculada à contabilidade. Todas as letras só podem ser usadas uma única vez e todas as letras serão usadas.



Resposta do Anterior: 1) Sim. Lyra Tavares foi presidente do CFC entre 1946 e 1955. O Chanel 5 foi criado por Gabrielle Bonheur Chanel ou Coco Chanel em 1921; 2) Não, pois Beaver nasceu em 1940 e o incêndio ocorreu em 1937; 3) Não. A batalha de Alcácer-Quibir ocorreu em 1578, quando morre o rei Sebastião de Portugal. Ibn Taymiyyah viveu entre 1263 e 1328 e escreveu no livro Hisba sobre a contabilidade entre os muçulmanos.

Normas Brasileiras de Contabilidade

As grandes mudanças na contabilidade brasileira fizeram com que o capítulo do livro de Teoria ficasse defasado. Aqui uma dica imprescindível do blog Notícias Contábeis.

A partir da Resolução do Conselho, fiz duas figuras para que você, caro leitor, possa entender o que nos espera no futuro com as normas brasileiras de contabilidade. (Se você acha que hoje está confusa, imagine quando as normas estiverem convergindo):



Abaixo, o detalhamento das normas técnicas:



Além destas, existem a Interpretação Técnica (quando a redação da norma técnica ficou muito confusa e ninguém conseguiu entender direito, emite-se uma "interpretação" do texto) e o Comunicado Técnico, de caráter transitório.

Links

Uma analise critica do acordo entre AIG e Tesouro dos EUA

Ego economia em crise também

A questão do copyright no xadrez

Empresas poderão responder por corrupção

Petrobras

Petrobras cria comissão interna para apurar vazamento de balanço
Valor Econômico - 10/3/2009

A Petrobras vai constituir uma comissão interna para apurar vazamento de informações relativas aos resultados do quarto trimestre de 2008.

Desde sexta-feira o mercado está em polvorosa com a divulgação, antes do fechamento do pregão, de uma cópia preliminar com os números do balanço da Petrobras. A companhia inicialmente disse que não tinha conhecimento de nenhum vazamento de dados, mas ontem à noite informou que criou uma comissão de sindicância.

A circulação dos números da maior empresa brasileira com o pregão ainda em funcionamento causou espanto em alguns analistas, que ainda esperavam a divulgação oficial do balanço. Eles ficaram ainda mais perplexos quando confirmaram que os números preliminares batiam com os oficiais.

Um e-mail com o balanço preliminar da Petrobras rapidamente correu o mercado na sexta-feira e, antes do fechamento da Bovespa, às 18h, bancos, corretoras e gestoras de recursos de terceiros já sabiam o resultado da companhia no quarto trimestre e no ano inteiro de 2008.

Na própria sexta, o Valor teve a informação do vazamento e procurou a direção da companhia, que só se pronunciou ontem à noite sobre o assunto. O material que vazou, do qual o Valor teve acesso, possui 44 páginas, com todos os dados sobre o desempenho da companhia e até a carta com os comentários do presidente, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

O texto é praticamente o mesmo do que foi divulgado após o fechamento da Bovespa, mas todas as páginas possuem uma espécie de marca ao fundo com a palavra "preliminar". O documento também mostra que alguns ajustes ainda seriam feitos, como as remissões de uma página para outra.

Ontem a Petrobras divulgou uma nota informando que constituiu comissão interna para apurar o vazamento de informações dos resultados. Um profissional de mercado disse ao Valor que recebeu o e-mail de outro profissional às 17h20. Há relatos de profissionais do mercado de que o material começou a circular a partir das 16h, duas horas antes do fechamento do pregão.

O Valor apurou que pelo menos um analista notificou a Petrobras sobre a existência do documento, enviando cópia para a área de relações com investidores no próprio dia. Na sexta, as ações ordinárias (com direito a voto) da companhia caíram 1,83% e as preferenciais (sem voto), 1,26%.

Remuneração e executivos da Merrill no Brasil

Merrill Lynch fez aposta cara no Brasil quando mercado engasgava
Antonio Regalado, The Wall Street Journal
10/03/2009

No início do ano passado, a Merrill Lynch & Co. apostou pesado no Brasil quando atraiu um ex-banqueiro de investimentos do UBS Pactual, Alexandre Bettamio, e nove outros especialistas em fusões no país, oferecendo-lhes milhões em bônus garantidos. Bettamio recebeu pelo menos US$ 7 milhões, segundo pessoas a par da questão.

Mas os banqueiros de investimentos da Merrill na América Latina, incluindo Brasil, México e Argentina, geraram receita de uns US$ 50 milhões até o fim de dezembro, enquanto criaram pelo menos US$ 100 milhões em despesas, a maioria ligada a salários, disse uma pessoa familiarizada com os resultados. A Merrill não quis comentar os números.

Embora esses valores sejam só uma gota no prejuízo total de US$ 27,6 bilhões da empresa em 2008, o revés é um raro exemplo de banqueiros de investimento que custaram a seu empregador mais do que renderam. Os bônus também mostram como a Merrill estava disposta a pagar agressivamente por talento, enquanto conduzia seu ambicioso plano de expansão fora dos Estados Unidos, num período em que já contabilizava perdas gigantescas com suas operações.

Durante o boom do mercado, os bônus pré-estabelecidos e outras mordomias eram oferecidos rotineiramente pelas firmas de Wall Street que tentavam incrementar suas operações ao redor do mundo. A Merrill não foi considerada especialmente esbanjadora, mas o pagamento em torno de US$ 3,5 bilhões em bônus durante seus últimos dias como uma empresa independente lançou uma luz nada lisonjeira sobre seu sistema de remuneração. A Merrill fez acordo para ser comprada pelo Bank of America Corp. em setembro, mas agora seus bônus, pagos em dezembro, estão sendo investigando pelo procurador-geral do Estado de Nova York, Andrew Cuomo.

Entre os executivos da Merrill intimados por Cuomo está Andrea Orcel, o principal banqueiro de investimentos da Merrill, que teve um papel crucial nas contratações brasileiras. O ex-presidente John Thain também considerava o Brasil como uma das oportunidades de crescimento mais promissoras para a empresa.

"As perspectivas de crescimento fora dos EUA na verdade são melhores do que nos EUA, e não há motivo para não lucrarmos com isso", disse Thain em janeiro de 2008.

Para atrair os dez banqueiros brasileiros, oriundos principalmente do UBS Pactual e do Credit Suisse Group, a Merrill ofereceu pagamentos garantidos, que recrutadores e pessoas a par das operações da firma acreditam estar na faixa de US$ 50 milhões a US$ 60 milhões em dinheiro e ações.

Uma porta-voz da divisão do Bank of America que inclui a Merrill disse que a empresa não comenta sobre os bônus, mas que as operações latino-americanas foram de modo geral lucrativas em 2008. "A Merrill Lynch obteve na América Latina o segundo ano mais lucrativo da sua história, e o Brasil foi o que mais contribuiu para esse feito", disse a porta-voz.

Uma chuva de subscrições para ofertas iniciais de ações ajudou a transformar São Paulo num dos mercados mais lucrativos do mundo para bancos de investimentos, em parte por causa da falta de gente talentosa. Em 2007, os salários na versão local de Wall Street, a Avenida Brigageiro Faria Lima, tinham subido de 20% a 30% mais do que cargos equivalentes em Nova York, segundo recrutadores.

A Merrill não foi a única empresa a oferecer salários polpudos no Brasil. Mas nenhum concorrente se expandiu tanto nos dias da alta do mercado. "Esses valores eram realistas para o mercado daquele momento", diz Ademar Couto, consultor de capital humano da firma de recrutamento Ray & Berndtson Group em São Paulo. "Hoje em dia, estão totalmente fora da realidade."

Segundo um memorando interno da Merrill, a "expansão de larga escala na equipe" deveria revigorar os negócios da Merrill e "prejudicar" as operações dos dois bancos suíços, que estão entre os maiores do mercado brasileiro de banco de investimentos. Nos anos 90, a Merrill tinha um papel importante no país, mas perdeu mercado quando ficou fora da onda de aberturas de capital de empresas de médio porte.

Ainda em setembro, a Merrill continuava a elogiar Bettamio e sua turma, incluindo Adriano Borges, um especialista em fusões no setor imobiliário que foi recrutado quando trabalhava no Credit Suisse. A equipe foi elogiada por Thain e o presidente do Bank of America, Kenneth Lewis, pouco depois de o banco americano, sediado em Charlotte, na Carolina do Norte, anunciar a aquisição da Merrill.

Mas a expansão das operações brasileiras da Merrill não poderia ter ocorrido num momento pior. Quando a equipe de Bettamio chegou, o mercado de abertura de capital no Brasil estava praticamente paralisado.

No fim do ano passado, a Merrill tinha perdido ainda mais brilho na região. Para todo o ano, ela caiu para a décima colocação ou pior em operações latino-americanas com dívidas, ações ou fusões e aquisições, segundo a Thomson Reuters. No Brasil, a Merrill foi responsável por apenas US$ 330 milhões em novas operações com ações, ficando em 14º lugar, com uma participação de 1,8% do mercado. Em 2007 a Merrill estava em 5º.

Também não ajudou que a Merrill teve se retirar da abertura de capital, em junho, da petrolífera OGX Petróleo e Gás Participações SA, depois que o analista de petróleo e gás da firma em Nova York desconfiou da polpuda avaliação para a empresa, de US$ 22 bilhões. Isso custou à Merrill cerca de US$ 30 milhões em comissões.

Apesar dos resultados ruins, a Merrill ainda devia milhões em bônus garantidos, o que provocou dificuldades para pagar outros executivos. Bettamio, que agora chefia as operações da Merrill no Brasil, não devolveu dinheiro nenhum de seu bônus, disseram pessoas a par da situação. Mas, depois que a Merrill cancelou as festas de fim de ano para economizar, Bettamio e outros pagaram do próprio bolso uma festa no Cafe de la Musique, um restaurante da moda em São Paulo.

O Bank of America afirmou que ainda espera que as contratações brasileiras deem o devido retorno à firma. "Contratamos a equipe com um plano de longo prazo em mente, e estamos satisfeitos porque eles estão atendendo às nossas expectativas", disse um porta-voz. "Nosso compromisso é continuar construindo nossa marca e nossa capacidade no Brasil."

(Colaborou Susanne Craig)

IFRS no Brasil 6

Desafio com normas novas é contínuo no IFRS
Valor Econômico - 10/3/2009

É um caminho sem volta e sem fim. A decisão do Brasil de harmonizar o padrão contábil com o internacional IFRS demandará estudos contínuos do tema. E o desafio com mudanças de regra não terminará tão cedo. Talvez em 2014.

Logo depois que o país terminar a emissão das normas locais baseadas nos princípios do padrão internacional - o que deve acontecer em 2010 -, começarão os trabalhos para convergência do padrão americano US Gaap ao IFRS, que devem ir de 2011 até 2014.

Gregory Gobetti, sócio da Ernst & Young, lembrou que, quando chegar a vez dos Estados Unidos, as normas do IFRS serão reeditadas para buscarem a união das orientações das duas contabilidades. "Estamos aprendendo algo que está mudando", completa Paul Sutcliffe, sócio líder no padrão internacional IFRS da firma no Brasil.

Nelson Carvalho, diretor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Atuariais e Contábeis (Fipecafi-USP), ressaltou o contínuo processo de discussão sobre as normas e os desafios da adoção, durante debate promovido pela escola, em conjunto com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "Não é um processo fácil, nem rápido e nem sem reação."

Geraldo Toffanello, diretor contábil da Gerdau, que optou por adotar antecipadamente o padrão IFRS - desde o balanço anual de 2007 - enfatiza a necessidade da presença do contador nas definições da administração. "Ele precisa estar na ponta das decisões." E destacou a necessidade de os profissionais da área se manterem atualizados sobre as discussões no Brasil e em âmbito internacional.

Contabilidade e Vivo

El control de Vivo, más fácil para Telefónica
Expansión - 10/3/2009 - GENERAL - 14
I.C./J.M. Madrid

El tiempo corre a favor de Telefónica en su interés por controlar Vivo, el líder del mercado brasileño de telefonía móvil. La operadora española, que comparte, al 50% con Portugal Telecom (PT), el control sobre el accionariado de Vivo, ha visto como la operadora portuguesa rechazaba sistemáticamente las ofertas de la española para hacerse con su participada.

Enorme influencia

Es normal. Cada vez más, Vivo, con sus casi 45 millones de clientes de telefonía móvil (frente a los 6,9 millones que PT tiene en Portugal), supone el yacimiento de crecimiento del grupo portugués, con un peso sobre la compañía lusa mucho más importante que el que tiene en el consolidado del gigante español. Y un peso creciente, además.

En 2008, los ingresos que PT se apuntó procedentes de Vivo, 3.040 millones de euros, representaban el 45% de los ingresos totales del grupo, de 6.734 millones, lo que supone una notable subida sobre el 40% que suponían hace un año. Lo mismo ocurre con el ebitda, donde la participada brasileña aportó el 34% de los ingresos en 2008, frente al 25% en 2007. Cinco puntos más que el año anterior.

Pero esta situación puede cambiar dramáticamente, beneficiando los intereses de la española. A partir de 2010 está previsto que se apliquen nuevos cambios en las normas internacionales de contabilidad (IFRS) que impedirían que tanto PT como Telefónica pudiesen aplicar una consolidación proporcional de Vivo como realizan hasta ahora al poseer el control conjunto de la compañía. En ese caso, tendrían que aplicar una consolidación por puesta en equivalencia, lo que mantendría la consolidación de los resultados pero haría desaparecer la aportación de Vivo en los ingresos y el ebitda. Ese golpe no sólo reduciría a la mitad el tamaño actual de PT, sino que, de rebote, reduciría drásticamente la importancia que el grupo brasileño tiene para la operadora portuguesa, que ya no se beneficiaría de su crecimiento excepto en los beneficios. En ese caso, y con un grupo cuyo endeudamiento y compromisos globales están por encima de tres veces ebitda, la posibilidad de que PT optase por la venta de Vivo sería más alta.


Grifo meu.

Brasil e a crise

Conforme um estudo recente da Organization for Economic Cooperation & Development (OECD) o Brasil pode ser o único entre as 34 grandes economias que evitará a recessão em 2009. Enquanto os EUA debatem se deve nacionalizar os bancos, os [bancos] brasileiros permanecem relativamente bem. Empresas de petróleo no mundo todo reduzem investimentos, mas a empresa estatal Petrobras vai adiante, com um plano de expansão de 174 bilhões de doláres.

Fonte: Carpe Diem

Desculpas

No processo de implantação da IFRS é sempre interessante acompanhar as empresas justificando seu resultado pela adoção da nova norma. Eis um exemplo inglês:

Aviva: Pérdida neta 7.710m libras 2008, por nuevo método contable
Dow Jones en Espanol - 5/3/2009
Vladimir Guevarra

LONDRES (EFE Dow Jones)--Aviva PLC (AV.LN), la mayor aseguradora del Reino Unido por capitalización de mercado, indicó el jueves que en 2008 sufrió una importante pérdida debido a que utilizó un nuevo método de contabilidad.
Aviva utilizó el valor intrínseco coherente con el mercado, o MCEV por sus siglas en inglés. Ajustado a este nuevo tipo de contabilidad, Aviva sufrió una pérdida de 7.710 millones de libras en 2008 frente a un beneficio neto de 1.950 millones de libras en 2007.

Bajo el método contable anterior, las Normas Internacionales de Información Financiera, la pérdida de Aviva en 2008 habría sido menor, de 885 millones de libras, frente a un beneficio neto de 1.500 millones en 2007.

El beneficio de explotación creció un 10% a 3.360 millones de libras en 2008, según el estándar MCEV, frente al beneficio de 3.060 millones de libras del año anterior.
El valor intrínseco es un nuevo método contable que cada vez más aseguradoras europeas utilizan porque tiene en cuenta los riesgos de las inversiones y utiliza tasas de rentabilidad más "coherentes con el mercado", frente a otros métodos contables, que utilizan tasas de rentabilidad más basadas en sus propias estimaciones.

Las acciones de la compañía abrieron la sesión con un descenso del 2,1% tras anunciar la pérdida.

Moeda

Um pequeno comentário num texto do Valor Econômico sobre a AB-Inbev poderá trazer grandes conseqüências a médio e longo prazo para empresa:

A companhia trocará o euro pelo dólar como moeda de contabilidade do balanço, porque a maior parte de seu fluxo de caixa agora é na divisa americana.
AB-InBev cresce nos EUA e recua na Rússia – 6/3/2009 - Valor Econômico


Isto é coerente com as normas internacionais do Iasb, mas pode afetar a comparação e os resultados da empresa. Observe que pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade a moeda das demonstrações deve ser o Real. Mas o Brasil adotou as normas internacionais, que exige o uso da moeda de maior volume de transação. O que fazer?

Importância dos comerciais

Os cientistas estão concluindo que os comerciais tornam o habito de assistir televisão mais agradável.

Numa experiência da New York University, com 87 alunos de graduacao que assistiram um episódio de um seriado denominado Taxi, metade o fizeram com comerciais e a outra metade sem propaganda.

O resultado mostra que pessoas gostam de coisas quando existem pausas forcadas. E o efeito não esta limitado a televisão.

Fonte: Science: You Love Commercials, por Hamilton Nolan

Recado ao BACEN

Presidentes, primeiros-ministros e príncipes muçulmanos conclamaram ontem o mundo islâmico a adotar práticas financeiras para superar a crise global e instou bancos islâmicos realizar "trabalho missionário", no oeste de promover o sharia bancário.

Quase todos os oradores na abertura do quinto Fórum Econômico Mundial Islâmico (WIEF) em Jacarta lamentaram os excessos do "irresponsável e não regulado mercado financeiro ocidental" para o desencadeamento da crise, e consideraram o sharia bancário como a abordagem para um sistema financeiro global mais estável.

(...) Instituições financeiras islâmicas não pagam juros e exigem operações de ser sustentada por ativos reais. Seus ativos compreendem apenas alguns por cento da indústria bancária mundial, mas têm sofrido menos do que os seus homólogos convencionais por não usar de subprime ou complexos produtos estruturados.

Susilo Bambang Yudhoyono, o presidente indonésio, disse a 1550 delegados de 36 países islâmicos que "agora devemos ser capaz de assumir um papel de liderança". "Banqueiros islâmicos devem, portanto, fazer alguma obra missionária no mundo ocidental para promover o conceito da sharia bancário (...)”

Standard & Poor's, agência de notação, disse na semana passada que, embora as instituições financeiras islâmicas tenham fortes perspectivas de longo prazo, o futuro imediato era incerto. (...)


Islamic banks urged to show west the sharia way forward
John Aglionby in Jakarta - 3 March 2009 - Financial Times - USA Ed1 - 03

Imparidade

(...) Quando uma empresa adquire outra, o preço tende a ser superior ao valor dos ativos fixos, tais como os edifícios e equipamentos de escritório, que ela adquire.

A diferença entre os dois valores é o goodwill,, que as empresas devem testar a imparidade pelo menos uma vez por ano no âmbito das normas de contabilidade.

Estas baixas tornaram-se banais depois do colapso da bolha das telecomunicações em 2001, quando as empresas que pagou preços estratosféricos por acordos de compra ficaram com um monte goodwill em seus balanços.

Até agora, muitas empresas que fizeram aquisições entre 2006 e 2007 têm sido capazes de mascarar o fato de que elas podem ter pagado demais por ativos devido à alta contínua das cotações das ações.

Mas esta camuflagem tem sido afastada pelo declínio acentuado nos mercados acionários mundiais. Liderando os índices de quase para metade nos últimos anos, forçando as empresas a rever as suas previsões sobre o valor destas ofertas.

(...) Esta era a defesa que a Akzo Nobel deu acionistas no mês passado, quando contabilizou € 1.2 bilhões de baixa relacionadas com o goodwill da sua aquisição da ICI, que foi comprada por £ 8.1 bilhões em 2007com 45 por cento de prêmio.

"O mundo mudou desde 2007", disse a Akzo aos acionistas. "Compramos a ICI por muito boas razões estratégicas e não compramos com passivo. Portanto, pedimos desculpas pela compra? Claro que não.”

(...) Talvez uma das mais graves implicações da baixa contábil é o impacto que pode ter sobre contração de empréstimo, quando o crédito é tão escasso.

Muitos desses acordos contêm convênios ligados à contabilidade dos lucros e patrimônios líquido, e baixa de goodwill têm uma relação direta, com efeitos sobre os dois.

Aggressive M&As of boom years leave huge goodwill writedowns
Lina Saigol - 3 March 2009 - Financial Times - Asia Ed1 - 18

Finanças Comportamentais e Neoliberalismo

Constantemente tenho lido que finanças comportamentais se opõem o liberalismo (de Smith e Friedman). Veja o seguinte texto:

Além disso, nesta década, economia comportamental tem desafiado a presunção neoliberal de que as pessoas fazem decisões econômicas racionais. Análise comportamental aplica a psicologia e a sociologia para dizer que não - ou não sempre. Se eles fizeram, não haveria qualquer habitação e bolha de ativo.
POLITICS : On a Hide-ing To Nothing
1/3/2009 - Management Magazine - 27 - Colin James

Parece simplista uma vez que Thaler defende em Nudge o liberalismo orientado por ações do Estado.

09 março 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #32

Grau de Dificuldade: **
1. Paulo Lyra Tavares, ex-presidente do CFC, poderia ter comprado o Channel 5?
2. William Beaver acompanhou as notícias no rádio sobre o incêndio Hindenburg em New Jersey?
3. Ibn Taymiyyah soube da batalha de Alcácer-Quibir?

Resposta do Teste anterior: Alemão, contabilidade

Derivativos

Em primeiro lugar o adjetivo "tóxico" nem sempre é apropriado para o uso indiscriminado que vivenciamos. O uso do derivativo, se bem empregado, auxilia a distribuição do risco entre os diversos players de mercado ao possibilitar que as empresas comprem proteção contra, o que é chamada de forma simplista, uma indesejada e imprevisível variação de um determinado ativo e/ou índice. Assim, ao adentrarmos sob o aspecto contratualista dessas operações de swap, hedge, opções etc., nos deparamos, a priori, com um contrato tipicamente de risco, ou seja, a companhia, face à variação do dólar, por exemplo, poderá ou não lucrar.

Derivativos 'tóxicos' e responsabilidade de administradores
Marcelo Freitas Pereira e Walter Roberto Plaza Junior - 3/3/2009 - Valor Econômico

Mercado acionário e economia

Antiga bola de cristal, bolsa vira termômetro do medo
Justin Lahart, The Wall Street Journal
3/3/2009 - The Wall Street Journal Americas - 1

Durante os anos 90, o mercado de capitais dos Estados Unidos ganhou a reputação de bola de cristal. Como representação da sabedoria de milhões de investidores, sua capacidade de prever o rumo da economia parecia superar todas as demais previsões.

Depois da bolha da Internet, época em que a ação da agência de viagens online Priceline.com subiu tanto que passou a valer mais que a soma de todas as grandes empresas aéreas americanas, o mercado deixou de ser visto como um oráculo. E, nos últimos tempos, as altas e baixas desenfreadas revelam confusão, e não mensagem. Nos anos 90, a Média Industrial Dow Jones subiu ou caiu 2% em 91 dias. Só no ano passado, houve mais de 80 oscilações como essas.

Mas, em meio ao pior declínio econômico em pelo menos uma geração, uma recuperação das bolsas — por mais que essa possibilidade pareça afastada depois da forte queda de ontem — pode ser um sinal especialmente bom.

As bolsas são mais do que simplesmente uma medida da expectativa do investidor; elas são uma medida de confiança. Numa época em que a maior parte dos males da economia reside na crise de confiança, em que tanto os consumidores quanto os empresários estão tão inseguros quanto ao futuro que cortam despesas até o osso, a alta das ações seria um importante sinal de que a maré virou. Mais que isso, bolsas em alta podem ser, por si só, um importante estimulante da confiança.

O pensamento reinante de que as ações são o principal indicador do rumo da economia americana baseia-se na idéia de que os investidores monitoram incansavelmente a lucratividade das empresas. "Da mesma forma que a lucratividade de uma empresa revela alguma coisa sobre a economia, o mercado de ações pode ser um sinal", disse o economista Frederic Mishkin, da Columbia Business School.

Em quase todos os 11 declínios econômicos dos Estados Unidos desde a Segunda Guerra Mundial, a Média Industrial Dow Jones atingiu seu ponto mais baixo da recessão e começou a subida seis meses antes do início da recuperação da economia.(A grande exceção foi a recessão de 2001, quando o mercado de ações só atingiu o fundo do poço quase um ano depois do começo da recuperação). Geralmente, os investidores ficam ansiosos para comprar papéis antes da recuperação econômica porque, quando eles sobem depois de uma recessão, os ganhos são consideráveis.

Agora, claro, muitos investidores estão simplesmente ansiosos. O valor atual das ações já não reflete a lucratividade de longo prazo, disse o presidente do Federal Reserve, o banco central dos EUA, Ben Bernanke, em depoimento na Comissão de Finanças da Câmara, mas apenas "as atitudes do investidor sobre risco e incerteza, que estão agora em níveis muito altos".

Grande parte da insegurança do investidor se deve ao desconhecimento quanto ao destino dos bancos. Os investidores ainda não sabem exatamente que bancos vão quebrar, ser incorporados pelo governo ou transferidos para os credores, e qualquer dessas opções vai prejudicar os acionistas. Como resultado, as ações dos bancos já não refletem tanto as expectativas de lucros futuros, mas sim as apostas de que este ou aquele irá sobreviver. Isso fez com que as ações flutuassem amplamente. E, como as empresas financeiras estão na base da crise de crédito, quando elas entram em turbulência o resto do mercado reage.

Mesmo para famílias americanas que não têm nenhuma exposição às bolsas — cerca de metade delas —, o mercado de ações é importante. Um estudo feito em 1999 pela economista do Fed Maria Ward Otoo mostra que mudanças nos preços da ações afetaram a confiança das famílias consultadas na pesquisa do índice de confiança do consumidor feita da Universidade de Michigan, independentemente do fato de terem investimentos ou não. Ela concluiu que os consumidores usam o mercado de ações como um indicador de tendência de seus salários.

O mercado de ações também influencia o comportamento das empresas. Em discurso no mês passado, o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, explicou como chegou à conclusão, no final da década de 50, de que mudanças na cotação das ações levaram a mudanças nas compras de equipamentos pelas empresas. Ele atualizou a análise há pouco tempo e concluiu que a correlação entre ações e gastos das empresas com equipamentos continua a existir.

"Uma recuperação do mercado de ações liderada pelo fim do medo pode muito bem ser o momento de virada da atual crise", disse ele. "A questão, claro, é saber quando."

Em agosto de 1982, durante o que até agora parece ter sido o declínio mais profundo desde a Grande Depressão, o "quando" a que Greenspan se referiu aconteceu no momento em que o Fed cortou a taxa básica de juros, sinalizando que sua luta contra a inflação estava encerrada. As ações dispararam e continuaram em alta, apesar do acúmulo de más notícias sobre a economia e das reclamações dos analistas de mercado de que os avanços não tinham sentido. Em novembro daquele ano, a recessão acabou.

Provisão para tempos ruins


Reguladores estão esperando o desenvolvimento de alguma forma da “provisão dinâmica” para forçar bancos a manter fundos nos tempos bons para ajudá-los nos ruins. Mas contadores estão preocupados em como isto pode afetar seriamente a transparência das contas dos bancos.

IASB warns on capital reserve plans - Jennifer Hughes 24/2/2009 - Financial Times - Asia Ed1 - 14

Buffett e a Marcação a Mercado

Todd Sullivan, em Buffett Endorses 'Mark-to-Market' as a Producer of Ways to Profit, discute a posição do famoso investidor em relação a marcação a mercado. Na apresentação das demonstrações da sua empresa Buffett afirma que “nos endossamos a contabilidade marcada a mercado”. O mesmo Buffett afirma que melhorar a transparência, um remédio favorito dos políticos, comentaristas e reguladores financeiros - não resolve os problemas com derivativos. Para Buffett não existe mecanismo para descrever e mensurar os riscos dos complexos derivativos. Por isto, segundo Buffett, auditores não pode auditar estes contratos e reguladores não podem regulá-los.

Buffett, segundo conclui Sullivan, acredita que marcação a mercado produz ineficiências no mercado, dando exemplo de um mesmo título que produz diferentes resultados.

Frase

Cerca de 70% das recolocações de profissionais que ocupam cargos de alto nível hierárquico ocorre por meio de networking, isto é, graças à rede de contatos pessoal de cada um. A afirmação é da gerente de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Renata Perrone.

Sete em cada dez contratações começam na rede de contatos
2/3/2009 - Gazeta Mercantil
Caderno D - Pág. 7 - João Paulo Freitas