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12 setembro 2008

Pagando Dividendos


A empresa Lehman Brothers Holdings Inc. está enfrentando um momento de dificuldade, conforme o gráfico (Fonte: Aqui). Entre as medidas: cortar em 93% os dividendos. Aqui se pergunta qual a razão de não cortar todos os dividendos.
A resposta é que o pagamento de dividendos é psicológico: as coisas não estão tão ruins assim. Sinalização.

Correria pela IFRS: Educação

Alexandre Alcantara apresenta um comentário interessante sobre a implantação da IFRS no Brasil:

Neste momento é preciso ter muita calma, pois o cronograma do CPC ainda prevê um bom tempo para normatizar as principais mudanças de práticas contábeis. As empresas correm o risco de enviar funcionários para cursos que efetivamente não preparam os seus funcionários para o novo padrão brasileiro de contabilidade. Isto poderia levar ao cometimento de erros, e até na necessidade de investir em mais treinamentos.

Convergência

Duas matérias da revista eletrônica CFO.com abordam a questão da convergência do USGAAP ao IFRS. O sentimento reinante entre alguns profissionais americanos da contabilidade é que os EUA não precisavam migrar para IFRS e que este processo está sendo feito rápido demais.


Fonte: aqui

Links: aqui e aqui

Com respeito a isto, em The Rush to International Accounting, Charles Niemeier observa que “todas pesquisas mostram que os Estados Unidos são únicos em sua regulação. Nenhum paíse é tão efetivo … Nós temos o menor custo de capital do mundo.”

Dificuldade de convergência

O texto IAS 24: Related Party Disclosures Are Too Transparent to Suit China mostra como é dificil na prática fazer a convergência. A China está relutando em aceitar o IAS 24, sobre evidenciação de partes relacionadas. A justificativa é a relação custo-benefício. Entretanto, o texto mostra que outros aspectos talvez estejam influenciando esta posição. Lembre-se que uma grande parcela da economia da China possui uma influencia das empresas estatais.

Desenvolvimento Financeiro


Postei anteriormente o índice de desenvolimento financeiro. A figura a seguir mostra uma visão melhor do Brazil, em 40º de um total de 52 países.

Fonte : Aqui

Pagamento de Executivo



O gráfico mostra os países com melhores remunerações de executivos. Os brasileiros, em 23º, indica que o executivo tupiniquim recebe cerca de 40% a mais do que o executivo dos EUA.

Fonte: Aqui

IPO do Terceiro setor

A The Economist de 11 de setembro mostra a existência de uma organização do terceiro setor que está fazendo uma IPO (initial public offering). No texto Non-profit capitalism a revista informa que a organização Do Something, que promove o voluntariado entre jovens, irá fazer uma IPO para obter 8 milhões para dobrar as atividades da organização. O prospecto da organização é igual a de outras empresas, somente não faz promesa quanto ao lucro.
A entidade promete, no entanto, um expressivo retorno social do investimento. Quem participar da IPO terá direito a voto.

Rodízio de Auditores


Através do blog do Alexandre Alcantara fiquei sabendo da Deliberação 549/2008 da CVM que determina o fim do rodízio dos auditores (Instrução n.º 308/99) até 2011 para

diminuir os impactos decorrentes do processo de adaptação às novas normas contábeis e contribuir para a estabilidade nesse cenário de mudanças com vistas à convergência contábil.


O assunto é polêmico. Conforme lembra o Valor Econômico (Rodízio alterou divisão de forças do setor, 12/09/2008)

ajudou a mudar a divisão de forças entre as principais empresas do setor de contabilidade. A decisão do BC foi seguida em 1999 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que estendeu a rotação obrigatória para todas as companhias de capital aberto e impediu as auditorias de prestar de serviços de consultoria para seus clientes de auditoria.

As auditorias foram juntas à Justiça contra a medida, mas logo passaram a se digladiar na disputa pelas empresas. O rodízio da CVM e a quebra da Arthur Andersen, que aconteceu pouco antes da medida entrar em vigor, viraram o setor de cabeça para baixo. A Deloitte, antes a menor das então "cinco grandes", passou rapidamente para a primeira posição no ranking de auditoria de companhias de capital aberto (o que é, lembre-se, apenas parte do faturamento total das firmas).

(...) Por isso, a decisão do BC, principalmente, e o congelamento da CVM foram comemorados pelos auditores.(...) "Há estudos qualitativos que mostram a ineficiência da medida. (...)

Martins é indicado diretor da CVM


Especialista em IFRS, professor Eliseu Martins será diretor da CVM
Valor Econômico - 12/09/2008

A contabilidade está mesmo na ordem do dia. Depois de uma batalha de meses de convencimento, o nome de Eliseu Martins, professor da USP e um dos maiores especialistas em normas contábeis do país, foi confirmado ontem para a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele vai terminar o mandato que era de Durval Soledade, que vai até o fim de 2009. Também foi anunciado ontem o nome do substituto do diretor Sérgio Weguelin, que deixa a CVM no fim deste ano. Será Otávio Yazbek, que atuava como diretor de normas na BM&F. A presidente da CVM, Maria Helena Santana, afirmou que a escolha do professor Eliseu Martins para o cargo de diretor é uma excelente aquisição para qualquer organização, "por conta da competência, da reputação e da experiência acumulada por ele, que são acima de qualquer consideração". A escolha do Eliseu foi anunciada em um seminário em São Paulo e ele foi ovacionado pelo público.

Martins não quis comentar a escolha, alegando que "é muito cedo".Maria Helena frisou, porém, que a chegada de um profissional com este perfil não poderia ter ocorrido em um momento melhor, pois agora está acontecendo a transição para o IFRS, novo padrão contábil internacional. "Para uma instituição como a nossa, é muito importante ter um profissional como ele, que sempre teve espírito público na vida privada", disse, acrescentando que a decisão foi do Ministério da Fazenda, que mostrou sensibilidade ao momento atual. Nos bastidores comentava-se que Martins já tinha sido assediado para esse cargo por conta do atual momento de ebulição nas questões relacionadas à contabilidade das companhias abertas, mas vinha resistindo à idéia. Recentemente, capitulou. (...)


Já a Gazeta Mercantil informa que:

Mantega indica dois diretores para CVM
Gazeta Mercantil - 12/9/2008

Eliseu Martins, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, vai complementar o mandado do diretor Durval Soledade até dezembro de 2009. Soledade deixa o órgão por motivos pessoais, para fazer um tratamento de saúde. Martins, até então, não havia trabalhado para o setor público federal.


Esquecendo que Martins (foto) foi diretor da CVM e do Banco Central no passado.

11 setembro 2008

Rir é o melhor remédio

Contador, Auditor e Princípios Contábeis

What's the definition of an accountant? Someone who solves a problem you didn't know you had in a way you don't understand.

What's an auditor? Someone who arrives after the battle and bayonets the wounded.

And drum roll, please: What are Generally Accepted Accounting Principles? The difference between accounting theory and practice.

Fonte: Information Age: Closing the Information GAAP - L. Gordon Crovitz - 8 September 2008 - The Wall Street Journal - A17

Links

1) A questão da depreciação com a IFRS

2) IAS 33 – Resultado por ações (ainda não regulamentado pelo CPC)

3) Salários do futebol americano

4) Uma das conseqüências da adoção da IFRS nos Estados Unidos ocorrerá sobre os planos de compensação e benefícios aos empregados.

5) A questão do Lucro Permanente e a estimativa de retornos das ações

Processo contra Price

Um Tribunal dos Estados Unidos condenou a PricewaterhouseCoopers em 183 milhões de dólares por problemas na contabilidade de uma empresa de seguros - Insurance Co. - em 1983. Na época a empresa era auditada pela Coopers & Lybrand, que ocultou alguns dos problemas da empresa.

Depois de anos, um julgamento em 2005 estipulou uma indenização de 120 milhões de dólares, que acrescidos de juros, chegou ao valor final.

Fonte: US court OKs $183 million award in accounting case - MaryClaire Dale - Associated Press Writer - 10/9/2008

10 setembro 2008

Rir é o melhor remédio



Fonte> Aqui

Links


Em Finanças Comportamentais

A falácia do custo perdido

O Equity Premium nos Estados Unidos

Uma conversa sobre finanças comportamentais, entre o racionalista e um comportamentalista

Som de uma Maserati, Lamborghini e Ferrari e o nível de testoterona

Potter


A autora da série Harry Potter - J. K. Rowling - venceu uma batalha judicial contra um fã que violou seus direitos, publicando uma enciclopédia sobre Potter. O juiz do caso determinou o bloqueio do livro e uma multa de 6.750 dólares, segundo esta notícia.

Leia mais aqui e aqui.

O valor de Harvard

Estimativa apresentada aqui mostra que o lucro anual de Harvard é de 9,33 bilhões de dólares. É isso mesmo. Somente no licensiamento da marca, que inclui a produção de camisetas, a universidade recebe 150 milhões. Mais 615 milhões são doações recebidas de pessoas como Bill Gates, David Rockefeller, Príncipe Talal e outros.

Com sua carteira de investimento a universidade está conseguindo obter um retorno de 23% ao ano, que é a principal fonte do seu lucro (estimativa de 7,9 bilhões)
Em outras palavras, o lucro de Harvard é maior que muita empresa conhecida e poderosa.

Homem e Sexo



Uma pesquisa com 28 mil homens, de 20 a 75 anos, nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, México e Brasil, feita por telefone, foi publicada no The Journal of Sexual Medicine.

Entre vários tópicos, somente 2% dos entrevistados afirmaram que uma vida sexual satisfatória é sua prioridade de vida.

Fonte: Aqui

Enron e Indenização

Um juiz federal dos Estados Unidos aprovou a distribuição de 7,2 bilhões de indenização a ex-acionistas da Enron. O escritório de advocacia Coughlin Stoia Geller Rudman & Robbins irá receber 688 milhões mais juros pela defesa do litígio. Aproximadamente 1,5 milhão de investidores deverão receber em média 6,79 por ação.

O valor de 7,2 bilhões bate o recorde anterior da WorldCom, também uma empresa envolvida em fraudes contábeis.

Do valor a ser pago, 6,6 bilhões tem origem nas instituições financeiras como JP Morgan, Citigroup e outras que previamente concordaram em efetuar pagamentos para evitar processos.

$7.2 Billion Approved for Enron Shareholders
Stephen Taub, CFO, 9/9/2008


A seguir, trecho da Gazeta Mercantil sobre o acordo:

Advogados receberam US$ 688 milhões
Gazeta Mercantil - 10/9/2008

Os advogados dos investidores da falida Enron Corp. vão receber a soma recorde de US$ 688 milhões em honorários por terem conseguido recuperar mais de US$ 7,2 bilhões de instituições financeiras, empresas de auditoria e diretores da falida comercializadora de energia elétrica, determinou ontem uma juíza federal dos Estados Unidos.

Os honorários arbitrados pela Justiça são os maiores já pagos a advogados em um caso de fraude com valores mobiliários, segundo dados compilados pela Bloomberg News. O juiz disse que o pagamento se justifica devido à quantia recorde que os advogados recuperaram para os investidores da Enron. Depois do escândalo, os investidores que solicitavam judicialmente mais de US$ 40 bilhões para cobrir seus prejuízos.

Para o tribunal, "não é surpresa o total" de honorários advocatícios concedidos ao escritório Coughlin Stoia Geller Rudman & Robbins. Pelo contrário, "esse foi um pagamento razoável e merecido feito a um grupo extraordinário de advogados que conseguiu obter a maior quantia já firmada em um acordo, apesar da situação incrivelmente adversa que eles tinham diante de si", escreveu a juíza do Tribunal de Primeira Instância dos Estados Unidos, Melinda Harmon.

As estimativa é que os advogados gastaram mais de 280 mil horas se preparando para o julgamento e na negociação de acordos extrajudiciais com o Bank of America Corp., o Citigroup Inc., o JPMorgan Chase & Co., o Canadian Imperial Bank of Commerce, o Lehman Brothers Holdings Inc., a Arthur Andersen LP, a Kirkland & Ellis, os antigos diretores externos da Enron e com outras pessoas, segundo a sentença da juíza Melinda Harmon.

Os advogados criaram um espaço de armazenamento especialmente para os milhões de documentos da Enron e ouviram mais de 420 testemunhas. Eles desembolsaram mais de US$ 45 milhões em despesas pagas dos próprios bolsos para financiar o litígio, que teve início no final de 2001. (...)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)(Bloomberg News)


Custos dos Jogos Olímpicos

Os custos de construir as instalações dos jogos Olímpicos de 2012 em Londres aumentaram rapidamente desde que a cidade venceu a competição para hospedar os jogos.

A decision that sets deadlines against costs, 26 de Agosto de 2008, Financial Times

Caridade é racional

Segundo esta postagem Is it rational to give to charity? Yes! a caridade é racional:

Being leader of BonaResponds (coolest volunteer group in the world! Ok, maybe I am slightly biased) has led me into some interesting discussions on charitable giving. Some strict classic economists have argued that charity and other selfless acts do not make economic sense. To that argument I always remind them that people (and I guess monkeys too!) maximize utility and not money. Here are some recent articles that give further credence to the charitable giving can be economically justified and what at first glance appears irrational may be just the would-be economist looking at the wrong metric.

Neural Responses to Taxation and Voluntary Giving Reveal Motives for Charitable Donations

" consistent with warm glow, neural activity further increases when people make transfers voluntarily. Both pure altruism and warm-glow motives appear to determine the hedonic consequences of financial transfers"

Monkeys Enjoy Giving To Others, Study Finds:

"Researchers at the Yerkes National Primate Research Center, Emory University, have shown capuchin monkeys, just like humans, find giving to be a satisfying experience. This finding comes on the coattails of a recent imaging study in humans that documented activity in reward centers of the brain after humans gave to charity."
NowWeAreTalking offers still more evidence of the benefits of giving.

"...researchers at the University of British Columbia and the Harvard Business School found that individuals report significantly greater happiness if they make charitable donations or give gifts to others rather than spending on themselves (March 21 edition, Science)."

Which is really just to say that some of the things that appear irrational, are actually rational when utility and not just risk and return are considered. Need other examples? Excess trading, buying high flying stocks to be able to brack about them, even lottery tickets if they allow you to dream of winning big.

BTW if all of this talk about giving makes you want to be happier, BonaResponds is always ready to accept any and all donations of money, food, tools, just about anything. As the leader, I will guarantee it gets put to good use!