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10 setembro 2008

Desenvolvimento Financeiro

"É na análise dos detalhes que encontramos as verdadeiras preciosidades do primeiro relatório sobre o Índice de Desenvolvimento Financeiro do World Economic Forum (WEF)", afirma o gerente de projeto do estudo, James Bilodeau.

(...) Na classificação geral, o Brasil ficou em 40º lugar e as primeiras posições foram ocupadas pelos Estados Unidos e Reino Unido. No último lugar, a Venezuela.

É aí que entra a análise do detalhe: mesmo em 40º lugar, devido à fraca pontuação registrada em função do sistema jurídico e regulatório e do ambiente político, Bilodeau chama atenção para a o alto conceito obtido pelo Brasil no quesito referente às instituições financeiras não-bancárias - 21º lugar - devido ao grande número de ofertas públicas iniciais efetivadas pelo País.

(...) Baseado em 120 variáveis, que vão da eficiência do legislativo ao comportamento ético das empresas ou rigor em auditorias e padrões de contabilidade, o Brasil tem resultados melhores quando se trata da confiança na administração profissional (29º lugar) ou disposição de delegar autoridade a subordinados (29º) ou num índice referente aos direitos dos acionistas (17º).

Maus resultados aparecem quanto ao comportamento ético das empresas no relacionamento com funcionários públicos, políticos ou outras empresas (45º). Pior ainda quanto ao ônus da regulamentação do governo (alvarás, regulamentação, relatórios), quando o País fica em penúltimo lugar, à frente apenas da Venezuela. Outro ponto fraco é a proteção aos direitos autorais (42º), depois até mesmo da China (41º)

Mas nada pior que o desvio de fundos públicos (para empresas, indivíduos ou grupos, devido à corrupção): 51º e falta de confiança do público na honestidade financeira dos políticos, também 51º. E quanto à qualidade do ensino de matemática e ciências, 50º lugar.

(...) O Relatório de Desenvolvimento Financeiro, segundo o gerente de projetos do WEF, demonstra todo o potencial dos sistemas financeiros que possibilitam o crescimento econômico dos países.


WEF divulga primeiro estudo de Desenvolvimento Financeiro
Gazeta Mercantil - 10/9/2008
Caderno A - Pág. 12 - Claudia Bozzo

Falta uma informação crucial: quantos países participaram do estudo?

09 setembro 2008

Rir é o melhor remédio


Carona

Desinteresse

Uma pesquisa conduzida pela American Accounting Association e KPMG com 535 professores mostrou que 22% pretendem incorporar tópicos sobre IFRS nos planos de ensino durante o ano de 2008 e 2009 nos Estados Unidos.

Fonte: Aqui

Frase

"We believe the capital markets ultimately will insist on IFRS for public companies. Today's action by the SEC continues a robust and thoughtful debate that is critical as the transition occurs."

Barry Melancon, AICPA president and CEO
The American Institute of Certified Public Accountants AICPA; AICPA Statement on SEC Roadmap for IFRS - Science Letter - 9/9/2008

IFRS e Agronegócio 2

O princípio da contabilização de ativos biológicos pelo seu valor de mercado não é novo no Brasil. As companhias já poderiam registrar dessa forma seus bens se assim desejassem, antes mesmo da reforma da parte contábil da Lei das Sociedades por Ações (com a 11.638) e da regulamentação baseada no IFRS (que ainda está por vir). Mas a regra existente não é utilizada. As empresas preferem adotar o custo como referência para os balanços. Com a convergência ao padrão internacional, o uso do valor de mercado será obrigatório.

O motivo para essa faculdade ser solenemente ignorada, como não poderia deixar de ser, é o Fisco. Eliseu Martins, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e vice-coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), explica que o uso da regra implicaria uma antecipação de impostos, já que as companhias contabilizariam os ganhos pelo desenvolvimento dos ativos antes mesmo de efetivar a venda.

Segundo ele, nos países que já adotam a regra, o imposto só é pago quando a companhia vende o bem. Quando for usada aqui, a norma também exigirá uma posição da Receita Federal.Mas os biológicos não são os únicos ativos que o IFRS determina o registro pelo valor de mercado. Esse princípio é válido para todos os bens destinados à venda. Escapam apenas os ativos fixos, prédios, terrenos, máquinas e equipamentos. O objetivo, com isso, é que tanto o balanço patrimonial como a demonstração de resultado das empresas sejam mais eficientes para refletir o valor da companhia.O processo de convergência ao padrão internacional afetará, por outras regras que não o IAS 41, também as companhias produtoras de commodities minerais - como minério de ferro, ouro e petróleo. A diferença é que nesses casos somente quando estão prontos para venda é que os ativos são tratados pelo valor de mercado, a regra não vale para o minério não extraído, ainda na mina, nem para o óleo que está no poço. Martins explica que o sentido da regra para ativos biológicos e minerais está no fato de a eficiência do negócio estar na produção e exploração. "O fundamental não é o processo de venda. Para isso, há mercado líquido a qualquer momento. É diferente da indústria, em geral, e das empresas de serviços, em que a atividade mais difícil é a venda em si." (GV)

Regra brasileira já permite adoção do valor de mercado
Valor Econômico - 9/9/2008

Otimismo

"La globalización está aquí y lo que sucederá es que los inversionistas que quieran depositar capital aquí estarán más tranquilos de ver información financiera que conocen ellos mismos", comentó.


Unificación del lenguaje contable detonará bolsas
Ari Audi - 8/9/2008
El Financiero

IFRS e Agronegócio

Agronegócio terá desafio adicional na convergência ao IFRS
Valor Econômico - 09/09/2008

As empresas do setor de agronegócios terão um desafio a mais no processo de convergência dos padrões contábeis brasileiros aos internacionais. Nada menos do que aquilo que está no centro de seus negócios, chamados na contabilidade de ativos biológicos. Entenda-se aí tudo que nasce, cresce e morre. De árvores e culturas variadas a rebanhos e matrizes animais reprodutoras. Enquanto para praticamente todos os demais temas, é possível para empresas, contadores e auditores beber na fonte da experiência internacional, a contabilização de ativos biológicos não tem precedentes do que promete a escala brasileira. (...)

O IFRS determina que os ativos biológicos têm que ser ajustados no balanço pelo seu valor de mercado. Como, em geral, esse bens biológicos crescem ou engordam com o tempo, espera-se variação constante na avaliação. Correções negativas também podem surgir com as oscilações de preço nos ciclos internacionais, uma vez que esses ativos são, em boa parte dos casos, commodities.

Paul Sutcliffe, sócio líder no padrão internacional IFRS da Ernst & Young no Brasil, estima que a mudança de regras para ativos biológicos atingirá, de alguma forma, cerca de 10% das 100 maiores companhias brasileiras por valor de mercado listadas na Bovespa. A Bovespa conta com empresas que potencialmente podem ser atingidas pela norma internacional das mais diferentes formas. Há companhias de papel e celulose, diversas sucroalcooleiras, outras de culturas variadas e ainda produtoras de alimentos.

(...) A regra nacional, quando houver (ainda nem está na fila para normatização), será inspirada na original internacional, a IAS 41 (sigla para padrão contábil internacional).

Para os investidores, a aplicação da regra internacional significará aumento da instabilidade dos números das empresas. Além disso, no primeiro ano de adoção, espera-se que o patrimônio aumente, uma vez que tais bens estavam registrados pelo custo. "Necessariamente, haverá mais variação, vinda do mercado real desses produtos", explicou Fábio Cajazeira, sócio e especialista em mercado de capitais da PricewaterhouseCoopers (PwC).

As oscilações dos ativos biológicos, seja pelo desenvolvimento da cultura ou engorda do rebanho, serão lançadas na conta de receita da companhia. "A empresa reconhece um ganho que já aconteceu, mas cuja realização financeira ainda não foi finalizada", explicou Cajazeira. O sócio da Ernst & Young, Paul Sutcliffe, chama esse efeito de "antecipação de receitas". A regra para ativos biológicos é bastante semelhante às recomendações do IFRS para ativos e dívidas financeiras: os ajustes de valor de mercado transitam por resultado.

(...) O especialista da PwC destacou ainda que, além da volatilidade pelo desenvolvimento do ativo biológico, as companhias também estarão sujeitas a refletir nos balanços fenômenos que não dominam, como alterações climáticas e alterações de qualidade nos produtos - que podem ter impacto positivo ou negativo sobre o valor desses bens.A regra do IFRS para ativos biológicos avança em alguns conceitos da contabilidade tradicional e, por isso, possui diferenças significativas até mesmo frente ao padrão americano.Diante de tantas novidades, os especialistas são unânimes em alertar para a necessidade de as companhias estudarem os impactos em seus negócios o quanto antes. Especialmente quando dentre os ativos biológicos estiverem bens pouco líquidos. Carvalho, do Iasb, explica que, nesses casos, será preciso desenvolver modelos de avaliação. "Nem todos os ativos têm um preço óbvio, pronto no mercado."Porém, a despeito dos alertas, as companhias não parecem estar com a solução para esse desafio na ponta da língua. Ao contrário. A companhia de papel e celulose Aracruz ainda avalia o assunto e, por entender que a discussão é preliminar, preferiu não comentar o tema.

08 setembro 2008

Rir é o melhor negócio

O creme Nívea possui uma legião de admiradores (inclusive comunidade no Orkut). A propaganda a seguir é muito criativa ao destacar as vantagens do produto:



Fonte: Aqui

Links

1) Guia do estudante para ler Freakonomics

2) Dicas para incentivar monetariamente seu filho

3) IAS 32 – Apresentação de Instrumentos financeiros (ainda não regulamentado pelo CPC)

4) Uma análise, por um investidor estrangeiro, da ação da Petrobrás

Efeito positivo da Televisão


Eles encontraram: ajustando por diferenças (...) crianças que viviam em cidades com mais exposição a televisão na infância tiveram um desempenho melhor nos testes do que aquelas que tiveram menos exposição. Os economistas encontraram que televisão foi especialmente positiva nas famílias onde o inglês não era a língua principal e o nível de educação dos pais era menor.


Fonte: Via Greg Mankiw

Filmes

Vinte Filmes sobre Negócios

10) A Corporação (2003)
9) A Malvada (1950)
8) O Poderoso Chefão II (1974)
7) Salesman (1968) – Documentário
6) Tempos Modernos (1936)
5) A Felicidade não se Compra (1946)
4) Cidadão Kane (1941)
3) Era uma vez no Oeste (1968)
2) Os bons companheiros (1990)
1) O Poderoso Chefão (1972)

Fonte: Aqui

Sped Fiscal

Sped Fiscal entra em vigor em janeiro e já preocupa empresas
Gazeta Mercantil - /8/9/2008

São Paulo, 8 de Setembro de 2008 - Até janeiro de 2009, 14 mil estabelecimentos de todo o País deverão modificar seu repasse de informações à Receita Federal e se adequarem ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) Fiscal. No entanto, segundo empresas que desenvolvem essa tecnologia, muitos desses estabelecimentos não vão conseguir fazer a adaptação a tempo, pois existem muita demanda e pouca oferta de fornecedores de softwares tributários.

"Existem apenas cinco ou seis empresas especializadas em soluções tributárias, por isso falta mão-de-obra para dar conta dos pedidos de troca para o Sped Fiscal", comenta o diretor Werner Dietschi, da Lumen IT.

Dietschi explica que por enquanto a Lumen IT, já conseguiu desenvolver o projeto piloto (aplicação do Sped Fiscal) em seis dos seus 150 clientes. "De um lado essa situação é positiva para nós porque é uma demanda líquida e certa, por outro lado, aquelas empresas que ainda não começaram a desenvolver o projeto piloto, poderão ser obrigadas a pagar mais por isso, ou não vão conseguir se adequar a tempo e ser multada", prevê o diretor.

Da mesma forma, pensa a gerente de relacionamento ao cliente Dulce Siqueira, da Alliance Consultoria de Informática. "O Sped exige um detalhamento muito maior das informações fiscais, além de que a demora para concluir o projeto piloto é de dois a três meses, assim alertamos as empresas a buscarem a solução o quanto antes", comunica.

A Alliance já conclui os projetos da Toyota, Telefônica, Redecard, Vivo e Usina São Manuel. E, segundo a gerente, também não está, por enquanto, recusando novos pedidos. "Estamos numa situação que beira ao limite para atender a todos os pedidos. Muitos estão deixando para fazer na última hora", diz Dulce.

A dificuldade encontra pelas duas fornecedoras do software tributário é também sentida pela Easy Way. "Hoje damos conta, mas quando chegar mais perto do prazo talvez não dá tempo de modificar a todos os pedidos", confessa o gerente de desenvolvimento e aplicações da empresa, Fernando Moura. A empresa está instalando o novo sistema em 10 estabelecimentos e espera concluir mais 50.

Prazo final

Segundo o supervisor geral do projeto Sped na Receita Federal, Carlos Sussumu, as empresas tiveram tempo suficiente para se adaptarem. "Já restringimos o número de estabelecimento obrigatórios ao máximo e prorrogamos o prazo por duas vezes, não temos mais o que fazer, exceto se houver uma pressão política", explica. "Se o prazo final fosse em 2020, ainda sim teria muitos reclamando", completa. O prazo para adaptação venceu em janeiro deste ano e foi prorrogado para o início de 2009.Para o contador José Donizete Valentina, conselheiro efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), ainda é prematuro afirmar qualquer situação com o início do Sped Fiscal. "O Sped não é um sistema fechado e quando iniciado mais empresas deverão se adequar às normas exigidas pelo governo", diz. Entretanto, o contador afirma que até é possível prever um atraso das empresas em relação ao Sped, pois não há um suporte tecnológico eficiente ao que o projeto fiscal exige.

Impacto

O advogado Flávio Sanches, do escritório Veirano Advogados , diz que o problema maior será quando o Sped Fiscal entrar em vigor. "Muitos de nossos clientes estão pensando em como fazer com seus projetos desenvolvidos hoje para se adequar ao Sped." Para ele, como a legislação é a mesma não terá muitos problemas como a entrada em vigor do sistema, mas argumenta que os advogados terão que estar atentos as mudanças com relação obrigações acessórias.

"Sem dúvida em 2009, teremos vários atos normativos da Receita, que é algo bastante comum. Porém, com o passar dos anos, teremos muitos benefícios, como o fim da sonegação e até caminhar para a redução de impostos, com o aparecimento de novos contribuintes", otimiza. Para ele, o sistema vai obrigar pequenas empresas fornecedoras das grandes a pagar seus impostos, o que pode resultar em maior arrecadação.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Fernanda Bompan)

Ajuda para empresas de crédito imobiliário

O governo dos Estados Unidos decidiu ajudar as duas grandes empresas do setor de crédito imobiliário. O valor chega a 200 bilhões de dólares, segundo informa a imprensa de hoje. A seguir, dois trechos dos jornais com referências à contabilidade:

Ontem, o jornal "The New York Times" publicou reportagem afirmando que as empresas maquiaram seus balanços inflando artificialmente o valor das reservas que teriam para cobrir perdas por inadimplência. Essa contabilidade problemática acabou sendo um dos fatores principais para que o governo decidisse intervir de uma vez para evitar uma crise generalizada no mercado.


EUA criam ajuda de US$ 200 bi a imobiliárias - Folha de São Paulo - 8/9/2008

A intervenção reflete a crescente preocupação entre as autoridades dos EUA de que os mercados financeiros tenham começado a perder confiança nas duas empresas. A Morgan Stanely, contratada pelo Departamento do Tesouro para investigar as finanças das companhias, concluiu que a contabilidade, embora legal, permitiu que a Freddie, e em menor escala a Fannie, exagerassem quanto ao valor de suas reservas, segundo disseram as fontes que pediram anonimato porque as descobertas são confidenciais.


Governo intervém na Fannie Mae e na Freddie Mac - Gazeta Mercantil - 8/9/2008

Aquisição aprovada

A aquisição da Anheuser-Busch pela InBev foi aprovada pela agência alemã que regulamenta questões de carel, segundo Merger Watch: Anheuser-Busch - InBev. Ainda segundo a notícia, a Inglaterra o processo está sendo analisado.

05 setembro 2008

Rir é o melhor remédio


Jogos Olímpicos: Salários x aumentos

Fonte: Big Picture

Links

1) IAS 29 – Demonstrações financeiras em economias hiperinflacionárias (ainda não regulamentado pelo CPC)

2) Links sobre IFRS e XBRL

3) O problema da evidenciação de reservas em petrolíferas

4) Exemplo de IFRS – Portugal

5) IAS 31 – Interesses em empreendimentos conjuntos (ainda não regulamentado pelo CPC)

6) IFRIC 15 e IAS 18 – Receita no Iasb e Construção
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Faleceu Hammer


Michael Hammer, o co-autor do famoso livro de reengenharia (com James Champy) e que influenciou muitas empresas, faleceu aos 60 anos de idade. O livro foi publicado em 1993 e ficou na lista dos mais vendidos por 41 semanas.

A idéia da reengenharia era simplificar e reorganizar os negócios. Na prática, significou demissões e simplificações de processos que dificultaram a vida do auditor.

Mais sobre Hammer, aqui