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26 julho 2007

O tempo pode não existir

É o que afirmar a Discover. Aqui

Uma parte da história que não conhecia

Esta parte da história eu não conhecia. Em 1933 um grupo de empresários e políticos influentes planejaram um golpe de estado para implantar um governo de direita nos Estados Unidos. Seria um governo próximo ao de Hitler e Mussolini. Entre os participantes, nomes ilustres como Heinz, Birds Eye, Goodtea, Maxwell Hse, George Bush (avó) e Prescott. Aqui para ler mais

Análise de artigos em periódicos: Economic Inquiry

O periódico Economic Inquiry resolveu adotar uma nova política na análise de artigos submetidos para publicação.

Em geral os periódicos adotam um procedimento de revisão realizado por pareceristas. Quando um artigo é enviado para publicação, o editor distribui o artigo para análise de parecerista, geralmente dois. Estes pareceristas são autores da área que irão opinar sobre a publicação ou não do artigo. Em geral o parecer solicita alterações no artigo. De uma maneira geral, a publicação do artigo está condicionada as mudanças propostas pelo parecerista.

Isto geralmente faz com que o artigo leve muito tempo para ser publicado.

O Economic Inquiry adotou uma nova política: não haverá sugestão de alteração. Ou o artigo será aceito ou recusado.

Clique aqui e aqui

Auditorias e Normas Internacionais

El presidente de Ernst & Young descubre el tesoro contable
Expansión - 26/07/2007

Las firmas norteamericanas se preparan para aplicar nuevos estándares

El proceso recibió un impulso cuando el regulador bursatil estadounidense (SEC) explicó que esperaba poner fin al requisito exigido a las empresas extranjeras que emplean los estándares internacionales de contabilidad (Niif o Ifrs, según sus siglas en inglés), de hacer cuadrar sus cuentas con los principios contables generalmente aceptados estadounidenses (Gaap). La SEC y la UE también han acordado aceptar sus respectivas normas de auditoría en 2009. "La convergencia de los estándares es vital. Si los equipos del Mundial de Fútbol jugaran bajo reglas distintas, nos encontraríamos con un caos en el terreno de juego. A la velocidad con la que el capital financiero se mueve por todo el mundo, un conjunto único de estándares es beneficioso para los inversores", mantiene Turley.

Los países europeos, como España, ya están adaptando su legislación interna a las Niif. No obstante, para que se produzca una verdadera armonización, las compañías estadounidenses deben estar de acuerdo en actuar según otras leyes. De otra forma, "serían las normas globales frente a los estándares de otro participante, aunque los estadounidenses contribuyen a esas leyes", señala Turley. Sin embargo, "no creo que, actualmente, las compañías norteamericanas o las firmas de auditoría estadounidenses, cuenten con una amplia experiencia en las Niif. Las universidades de EEUU no las enseñan en profundidad", añade.

La cuestión es saber cuándo se podría ver a EEUU abrazar ese estándar global. "El inicio lo marcaría el momento en que se deje de exigir la conciliación con las normas de EEUU de las cuentas de las compañías extranjeras que cotizan en la bolsa estadounidense, probablemente en 2009. Esperaro que algunos años después, pudiéramos alcanzar la convergencia total, en 2011 o 2012, aproximadamente", augura Turley.

Actualmente, en EEUU, las auditoras se preparan para negociar con nuevos estándares que clarifiquen cómo auditar la conformidad de una compañía con la Sección 404 de la Ley Sarbanes-Oxley de gobierno corporativo, el polémico apartado que aborda cómo manejan los gestores los controles internos. "En el caso de los auditores, con la Ley Sarbanes-Oxley, observamos un cambio espectacular en nuestro negocio, ya que pasamos de disfrutar de la autorregulación a ser regulados por organismos externos y esa tendencia se ha expandido por todo el mundo. Por lo tanto, creo que la ley ha aportado muchos beneficios".

Defensa

Sin embargo, el aumento de las exigencias contables derivado de esta norma ha sido criticado por perjudicar la competitividad estadounidense. "Pueden escucharse las reticencias a cotizar en EEUU. Pero el motivo no es Sarbanes-Oxley, sino que se debe a todo el entorno normativo, las diferencias en el enfoque regulador entre Europa, Asia y EEUU, la responsabilidad en nuestro país y en la complejidad de las normas contables. Lo que ha quedado claro es que la Sección 404 supuso un coste muy alto en la primera implementación, pero los reguladores, la SEC y las firmas se están esforzando para mejorar su eficacia". Además, "lo que aseguran los inversores es que observan nuestra profesión y otras para asegurarse de que las compañías actúan según un conjunto ordenado de normas. Sarbanes-Oxley ha sido parte de lo que ha ayudado al inversor a recuperar la confianza", afirma el presidente de E&Y.

Direito de Voto

(...)Uma operação anunciada recentemente pela Cosan, no entanto, preocupa pelo "passo para trás" que sua finalização poderá representar em relação ao Novo Mercado, atingindo em cheio (ainda que indiretamente) o principal pilar que orientou sua criação: o princípio de que a cada ação deve corresponder um voto.

Os controladores da Cosan pretendem fazer uma ampla reorganização da companhia em três etapas. A primeira será uma oferta global da Cosan Limited, que submeterá à Securities and Exchange Commission (SEC) o registro da oferta pública de ações classe "A" de sua emissão nos Estados Unidos (em montante a ser ainda definido) com pedido de listagem na Bolsa de Nova York. A Cosan Limited também solicitará pedido de registro de programa de Brazilian Depositary Receipts Nível III (BDR), representativos de ações ordinárias classe "A" que serão ofertados na bolsa brasileira.

A Cosan Limited foi constituída em Bermuda, em 30 de abril último, e seu capital será dividido em ações ordinárias classes "A" e "B". As ações ordinárias classe "A" e os BDRs representativos das mesmas serão oferecidos aos investidores. As ações classe "B" serão subscritas pelos controladores da Cosan.

As ações classe "A" e "B" da Cosan Limited terão, em linhas gerais, os mesmos direitos de que gozam atualmente as ações da Cosan, incluindo tag along. Mas, enquanto a cada ação classe "A" corresponderá um voto, a cada ação classe "B" corresponderão dez votos. E aí é que reside o problema. Após a liquidação da oferta global, e condicionada à sua conclusão, a Cosan Limited pretende lançar uma oferta pública (OPA) voluntária dirigida aos acionistas minoritários da Cosan no Brasil e nos Estados Unidos, com o fim de permitir que os atuais acionistas da Cosan permutem suas ações por ações ordinárias classe "A" do capital da Cosan Limited ou de BDR representativos das mesmas. A relação de troca deverá ser de um por um, sujeita a ajustes, em razão de eventual caixa líquido existente em cada uma das empresas.

(...) Parece ser este o quadro que essa operação sugere em relação ao Novo Mercado. Não se questiona a legalidade da operação. A questão central é o rompimento do que foi o motor de criação do Novo Mercado: o princípio da isonomia de voto. Neste sentido, a transação da Cosan poderá representar não um avanço, mas um retrocesso para o mercado brasileiro.


(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Reginaldo Alexandre - Governança Corporativa Isonomia de voto do Novo Mercado sob ameaça, 26/07/2007)

25 julho 2007

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

CTC

A pós-graduação no Brasil é dividida em áreas. A Contabilidade faz parte da área de Administração, Contábeis e Turismo. Quando uma instituição deseja criar um curso de mestrado ou doutorado em contabilidade, seu processo é enviado para esta área, da qual participo as vezes como consultor.

Após o processo ser analisado, o mesmo é aprovado ou não por um colegiado maior denominado CTC. A aprovação no CTC significa que o curso foi aprovado para funcionar pelo Ministério da Educação.

Pois bem, nesta semana ocorreu uma reunião do CTC em Brasília. Em pauta, dois doutorados (Furb e Consórcio UnB, UFPB e UFRN) e pelo menos um mestrado (Mackenzie). O resultado final poderá se divulgado nos próximos dias.

Abrir o capital resolve?

Notícia dos jornais de 25/07/2007 informa que o governo pretende abrir o capital da Infraero como uma alternativa para obter recursos para fazer certos investimentos no setor.

Dois problemas básicos quanto a esta possível solução. Em primeiro lugar, o processo de abertura de capital é algo que precisa ser considerado com cautela. Não é uma decisão tomada de forma agressiva e súbita, para resolver um problema como este. Mas isto não significa dizer que a abertura não possa trazer benefícios.

Em segundo lugar, conforme notícia publicada anteriormente, o governo hoje arrecada 1,5 bilhões de reais por dia. É preciso dizer mais?

A notícia como aliada

A notícia como aliada (Valor Econômico, 25/07/2007) comenta um estudo de Alexander Dyck, professor de finanças da Universidade de Toronto, sobre fundos Hedge.

O estudo de Dyck focou no período de 1999 a 2002 e, para analisar o impacto das matérias publicadas pela mídia sobre a governança corporativa russa, os pesquisadores examinaram o boletim semanal de governança de um dos principais bancos de investimentos russo entre dezembro de 1998 e junho de 2002. Em seguida, eles tabularam o número de artigos sobre problemas de governança. Os pesquisadores reuniram também histórias em que o Hermitage aparece como investidor.Dyck e sua equipe elaboraram um modelo que atribuía um preço determinado a toda notícia de cunho negativo. De acordo com o estudo, um artigo a mais na imprensa anglo-americana corresponde a um aumento de cinco pontos percentuais na probabilidade de reverter uma falha de governança corporativa. A violação média da governança tinha o potencial de diluir o valor das ações em 57% - isto significa que, em média, o valor de um artigo adicional publicado no "Wall Street Journal" ou no "The Financial Times" corresponde a US$ 40,4 milhões. Quando restringe seu campo a empresas com valor de mercado na média de US$ 2,8 bilhões, o impacto de artigos da imprensa estrangeira (dos EUA e Inglaterra, basicamente) pode chegar a US$ 72 milhões.No estudo, batizado de "O papel da governança corporativa da mídia: dados da Rússia", de autoria de Dyck em parceria com Natalya Volchkova, da Nova Escola de Economia de Moscou, e Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, os autores assinalam que a mídia tem um papel importante na absorção do custo da coleta de informações que podem beneficiar os acionistas. Em 2000, Bill Browder preparou um dossiê em que mostrava como os administradores russos da petroleira Gazprom vinham transferindo os ativos da empresa para entidades controladas por amigos e parentes. Browder entregou suas descobertas a jornalistas do "Wall Street Journal", "Financial Times" e "BusinessWeek". Os jornalistas passaram, então, a publicar uma série de histórias em torno dos problemas observados na Gazprom, culminando com a demissão do principal executivo da empresa e com o início das reformas da companhia. Paralelamente, os investimentos da Browder na Gazprom cresceram dez vezes, passando de US$ 150 milhões para US$ 1,5 bilhão.O impacto da repercussão na imprensa é relevante porque também pode levar órgãos reguladores a tomar medidas contra administradores. Não só os indivíduos se importam com sua reputação, como autoridades reguladoras se preocupam com o impacto do evento sobre sua própria reputação.Como exemplo, Dyck cita o caso de Richard Grasso, ex-presidente da Bolsa de Valores de Nova York. Grasso foi destituído da posição que ocupava em 2003 depois que passaram a circular rumores de que teria recebido uma remuneração exorbitante. Todos os membros do conselho de administração da bolsa aprovaram inicialmente o pacote concedido a Grasso. Só depois que vieram a público detalhes sobre o seu salário e os benefícios que recebia é que os membros do conselho mudaram de opinião.

TAM e o lucro

Na busca de notícia sobre a tragédia do avião da TAM, um conhecido sítio destacou os mandamentos da Tam. Entre eles, a importância do lucro. Um artigo da Gazeta MErcantil (O lucro está em julgamento?, 25/07/2007, Márcio Veríssimo) discute se isto é relevante ou não. A seguir, alguns trechos:

Quando uma tragédia como o acidente da TAM ocorre, é natural e até necessário procurar as causas e os responsáveis. Este é o melhor jeito de evitar que tragédias semelhantes voltem a acontecer. Em uma matéria sobre o assunto, o jornalista listava como co-responsáveis os "mandamentos da TAM" - o primeiro dos quais é "Nada substitui o lucro". O raciocínio era simples: se a companhia busca o lucro, ela não coloca a segurança em primeiro lugar. Parecia que pouco importava o próprio terceiro mandamento: "Mais importante que o cliente é a segurança."

(...) A busca do lucro é absolutamente natural para uma empresa. Exigir o oposto é o mesmo que querer que alguém trabalhe sem receber salário. (...)

(...) A verdadeira questão não é se a TAM ou tem culpa ou não, isso vai ser tratado e (espera-se) resolvido em seu devido fórum. O que me preocupa é a criminalização do lucro que é feita no Brasil. O lucro é o troféu da iniciativa empreendedora, o prêmio que empresa e empresário recebem por criarem um produto que é reconhecido pelos seus clientes como sendo bom e por um preço justo, gerando riqueza para si, clientes, funcionários e sociedade. Defender o lucro é defender o direito de a pessoa comprar o que lhe agrada, é defender que as pessoas e empresas mais produtivas ganham mais por isso. Um elogio do indivíduo.

Qual a alternativa de uma empresa que não busca o lucro? O controle estatal? Um Estado que dilui os interesses do indivíduo em nome de um bem maior que nunca vem? Uma burocracia autoritária? Um sistema onde os grupos buscam garantir o seu quinhão de"amigo do rei" e é sempre uma "elite" (ainda que não empresarial no sentido do termo) que consegue esses "favores"?O Brasil precisa é de mais capitalismo, mais empresários e trabalhadores buscando lucros e não grupos de sindicalistas ou de empresários (não raro, ambos) buscando privilégios. Apenas isso efetivamente fará evoluir a economia e o mercado de capitais no Brasil. Só o lucro fará deste um país melhor, incluídos os mais pobres. O resto são os mascates da pobreza alheia.

Globalização

Na coluna de artes do Financial Times (The ancient art of globalisation, Jeremy Grant, 24/07/2007), USA Ed1, p. 15, o jornal inglês comenta uma exposição sobre a história de Portugal. O título da matéria é apropriado e interessante pois informa que a globalização é mais antiga do poderíamos pensar.

Além disto, a matéria informa sobre a espionagem italiana, que rouba o "Cantino Planisphere", um mapa que contém informações das quatro grandes expedições marítimas: Colombo, Cabral, Vasco da Gama e os irmãos Corte-Real.

In 1502, an Italian diplomatic agent working in Lisbon for the Duke Ercole d'Este of Ferrara pulled off what must rank as one of the boldest thefts of a state secret. Somehow, he managed to make off with an item of inestimable value to the Portuguese king: a copy of the "Cantino Planisphere", a large map. This was no ordinary map. Using information brought back by Portuguese sailors in the latter half of the 15th century, it represented the most accurate view of the known world at that time, allowing the Portuguese to project their emerging maritime empire more effectively than any rival.

With the beginning of the reign of Joao II in 1481, Lisbon had become the seat of a vast project of exploration, carried out along the African coasts, with the objective of reaching the Indian Ocean and southern Asia. The Portuguese had begun their explorations in the early part of the century, colonising Madeira and the Azores, moving later along the west coast of Africa in search of slaves and gold. Asia soon followed, then Brazil.

Royal cartographers fashioned the map using information brought back by sailors from four series of voyages: Columbus to the Caribbean; Pedro Alvarez Cabral to Brazil; Vasco da Gama to eastern Africa and India; and finally the brothers Corte-Real to Greenland and Newfoundland. Except for Columbus, all had sailed under the Portuguese flag. The original of the Cantino map is presumed to have been lost in the Lisbon earthquake of 1755. But the stolen version - a copy - has been housed at a library in Modena ever since.

(...) As empires go, the Portuguese seems to get less attention than those that followed. But Portugal was the first European nation to build an extensive commercial empire, creating a global network that relied more on trade than conquest of land. In the process, they not only made contact with regions previously unknown to Europeans, but also left a legacy that was more cultural than political. (...)

Será um bom negócio

Segundo o Financial Times (Falkland Oil leads surge, Neil Hume e Robert Orr, 24/07/2007, p. 40) a Falkland Oil & Gas tem por finalidade pesquisar e explorar petróleo nestas ilhas do Atlântico Sul.

As ilhas Falkland (ou Malvinas) são reinvidicadas pela Argentina, motivo pelo qual os dois países já entraram em conflito no passado. E o atual presidente Néstor Kirchner insiste que a ilha pertence a Argentina.

A notícia do Financial Times informa que os parceiros da Falkland Oil & Gas podem ser a Shell ou a Petrobrás, que têm mostrado interesse na área.

Para Petrobrás, que possui sólidos investimentos na Argentina (inclusive patrocina o River Plate, o segundo time mais popular daquele país), seria interessante este investimento?

Links

1. Contabilidade pública - Reunião técnica no TCDF - em powerpoint

2. Ministro para na vaga de deficiente - com foto

3. Glossário do Tesouro Nacional

Pesquisa: Descobrindo um Astro

Seria possível, baseado na experiência histórica, fazer uma expressão matemática para determinar a probabilidade de um artista se transformar num astro? Laura Spierdijk e Mark Voorneveld testaram um trabalho anterior de Chung e Cox e refutaram que a distribuição de probabilidade seja um modelo denominado Yule. Aqui e aqui.

Orçamento

NO BAÚ DAS PALAVRAS: ORÇAMENTO - Caio Tibúrcio

Há dezenas e dezenas de milhões de anos, a mulher e o homem aprenderam a usar a fala como forma de expressar as necessidades e as vontades; com a evolução, a laringe humana se alargou e a vibração das cordas vocais permitiu a emissão de sons variados.

No início, os povos primitivos criaram palavras curtas, básicas, algumas assemelhadas a grunhidos, mugidos, como podemos encontrar ainda em diversas línguas: moon (lua); mater (mãe); eau (água); stone (pedra); hierro (ferro), tierra (terra).

Assuntos dessa natureza estão relacionados à Linguagem (faculdade que o homem tem de expressar seus pensamentos por meio de sinais, da fala, da escrita); à Lingüística (ciência que estuda as linguagens em determinada época ou em períodos diferentes; as relações das palavras, as raízes); à Etimologia (estudo da origem e formação das palavras);(1) à Ecolingüística (estudo das relações da Língua com o Meio Ambiente)(2).

Segundo a Ecolingüística, para que se forme uma Língua é necessário “uma teia de relações”, que exista um povo cujos membros vivam e convivam em determinado território.(3) É o caso do Latim, língua mater do Português. Como se sabe, o Latim nasceu de um dialeto falado por uma tribo situada às margens do Rio Tigre, localizado na Península Itálica atual. Em 753 A.C., Rômulo e Remo fundaram, nas colinas de Latium (Lácio), a cidade de Roma. E, apenas recentemente, no fim do Século I do milênio passado, com a expansão do Império Romano, o Latim vulgar dos soldados e mercadores passou a ser a língua mais usada na Península Ibérica, região onde foram formados Portugal e Espanha. (4)

A palavra “Orçar” tem origem no Latim popular do século XV, ortĭa, orzare, segundo Antenor Nascentes. Orçar significa aproximar o navio da linha do vento. “O vocábulo veio da linguagem marítima. Meter à orça era proejar, chegar-se para o vento, bolinar”.(5)

No século seguinte, a palavra de origem náutica passou a ser utilizada no sentido figurado, no dia-a-dia, pelos navegadores, pelos portuários, pela população em geral, enfim na vida palaciana. A partir daí, a idéia de calcular aproximadamente, estimar. Diz Antenor Nascentes: “das tentativas para dirigir a proa na direção do vento teria vindo o sentido de ‘calcular por alto'” (6).

Nessa evolução, o substantivo “Orçamento” só veio a ser utilizado ao final do século XVIII e início do século XIX. Hoje, dicionários portugueses registram também esses significados para o termo: “acto ou efeito de orçar; cálculo ou conta das receitas e despesas prováveis de um estado, de um município, de uma empresa, etc., durante um ano econômico; cálculo pormenorizado do que é preciso gastar para se realizar qualquer obra“. (7)

Assim, a palavra “Orçamento” é um exemplo da relação do homem com o seu ambiente na geração das palavras, da utilização da língua como expressão de uma identidade coletiva, como meio de descrever a realidade de um povo.

Por isso, na proa da linguagem náutica, vem à tona os planos plurianuais, os planos setoriais, as leis de diretrizes orçamentárias, as leis orçamentárias anuais, que devem integrar um Sistema de Planejamento, Programação e Orçamentação das Unidades da Federação, nas dimensões de longo, médio e curto prazos. (8) Espera-se que a estes instrumentos sejam aportadas previsões corretas, de tal forma que possibilite o alcance dos objetivos da sociedade ou se aproxime deles, pois planejar é preciso. Ainda, que as finanças públicas não fiquem à deriva e a sociedade a ver navios.(9)

(1) Macedo, de Walmírio. Dicionário de Gramática. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1979.
(2) Couto, Hildo Honório do. Ecolinguística: Estudo das Relações Entre Língua e Meio Ambiente. Brasília: Thesaurus., 2007.
(3) Couto, Hildo Honório. Op. Cit.
(4) Gehringer, Max . Big Max - Vocabulário Corporativo: origens e histórias curiosas de centenas de palavras para você digerir. São Paulo: Negócio Editora, 2003.
(5) Nascentes, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, Acadêmicos, São José e Livros de Portugal, 1932.
(6) Nascentes, Antenor. Dicionário de Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro: Bloch, 1988.
(7) Priberam Informática S.A. Dicionário - Língua Portuguesa On Line. < http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx >. Acesso em 10/07/2007.
(8) Anthony, Robert apud Cunha, Armando Moreira da. Manual da Disciplina: Planejamento,. Programação e Orçamentação. Rio de Janeiro: Escola Brasileira de Administração Pública/Fundação Getúlio Vargas/Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração. Pública – EBAP/FGV/CIPAD, 1981.
(9) Serra e Gurgel, J.B. Dicionário de Gíria – Modismo Lingüistico – O Equipamento Falado do Brasileiro. Brasília: J.B. Serra e Gurgel, 6ª Ed., 2000.

24 julho 2007

Rir é o melhor remédio: Mulher vive mais do que o homem





Fotografias que tentam explicar o motivo pelo qual a mulher vive mais do que o homem. Fonte: Aqui

ANP, Petrobrás e custos

No dia 23/07/2077 o Estado de São Paulo publicou a seguinte notícia:

ANP investiga contas da maior bacia da Petrobrás
COMBUSTÍVEIS Governo do Rio suspeita que empresa inflou custos do projeto Marlim e vem pagando menos participação especial ao Estado do que deveria
Nicola Pamplona

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu rever as contas da Petrobrás referentes ao campo de Marlim, na Bacia de Campos, o maior produtor de petróleo do Brasil. A medida foi tomada a pedido do governo do Estado do Rio. Há suspeitas de que a empresa inflou os custos do projeto e vem pagando um valor inferior ao que deveria a título de participação especial, taxa cobrada sobre os campos de alta produtividade no País. A revisão da contas, aprovada em reunião de diretoria da agência no dia 3, pode representar maiores ganhos para o caixa estadual, um dos beneficiários da cobrança. Regulamentada pelo decreto 2705/98, a participação especial é cobrada sobre a rentabilidade de um campo de petróleo. Ou seja, para calcular o valor devido por um projeto, a ANP abate os custos e cobra um porcentual sobre o restante da receita.

No ano passado, a participação especial representou uma arrecadação de R$ 8,84 bilhões, que são divididos entre os Ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente, além dos governos estaduais e prefeituras de municípios produtores de petróleo.

(...) Embora já tenha entrado em declínio, Marlim é o maior pagador de participação especial do País. No ano passado, o campo produziu uma média de 414,2 mil barris de petróleo por dia, o equivalente a 23% da produção nacional de 2006. O campo foi descoberto em 1985 e começou a operar em 1994. O pico de produção, de 586,3 mil barris por dia, foi atingido quatro anos depois. Hoje, o projeto conta com nove plataformas de produção, que extraem petróleo e gás de 107 poços submarinos.

A revisão do cálculo é encarada pelo governo estadual como uma chance de aliviar suas contas, que já acumulam déficit de R$ 1 bilhão este ano. Em 2006, a ANP chegou a fazer uma revisão das contas de Marlim, o que garantiu ganho extra de R$ 170,4 milhões aos cofres do Estado - os ministérios ficaram com R$ 213 milhões e os três municípios com R$ 42,6 milhões. (...)


No dia 24/07/2007 outra reportagem sobre o assunto:

ANP cobra R$ 1,3 bi da Petrobrás
Cobrança decorre de "deduções indevidas" na contabilidade do Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ)
Nicola Pamplona
Estatal nega diferença e diz que vai defender seus direitos na Justiça

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) cobra R$ 1,3 bilhão da Petrobrás por "deduções indevidas" na contabilidade do Campo de Marlim, na Bacia de Campos (RJ). A cobrança é resultado de uma revisão nas contas do projeto, iniciada em 2004, e retomada este ano a pedido do governo do Estado do Rio, explicou o diretor da agência Victor Martins. A Petrobrás, no entanto, disse, em nota oficial, que não reconhece a dívida e vai recorrer. A ANP informou que outros campos operados pela empresa serão investigados. No ano passado, a estatal pagou R$ 399 milhões referentes à revisão da participação especial paga por Marlim entre 2002 e 2006. A participação especial é uma taxa cobrada sobre campos de petróleo com alta rentabilidade e é calculada após a dedução dos custos operacionais do projeto. Na auditoria de Marlim, a agência concluiu que a Petrobrás vinha pagando menos do que deveria, entre outros motivos, por deduzir como custo parte da remuneração paga à Nova Marlim Petróleo, empresa criada para financiar o projeto. A direção da ANP afirma que não houve "tentativa de dolo ou má-fé" da Petrobrás no episódio. Na avaliação do órgão regulador, o problema é fruto da pouca prática com a legislação que regula as participações especiais. "A própria ANP ainda não tinha analisado a fundo os custos operacionais dos projetos de petróleo", disse o diretor Newton Monteiro. "Chamamos a Petrobrás para conversar e eles concordaram com nossa posição", completou. "O projeto tem uma engenharia financeira extremamente complexa", acrescentou Martins. Em nota distribuída ontem, a empresa afirmou que já havia quitado qualquer pendência com a ANP e a nova cobrança "não encontra respaldo jurídico, ferindo princípios constitucionais e impondo a esta companhia a busca da proteção de seus direitos". (...)


É lógico que um cálculo baseado em receita menos custos será sempre questionável. Qualquer mudança no critério de alocação de custos irá afetar o resultado. Quem conhece um pouco de contabilidade de custos sabe como é difícil reportar para órgãos reguladores baseado nos custos.

Google

Custo do Google alerta investidores
Gazeta Mercantil - 24/07/2007

São Francisco (EUA), 24 de Julho de 2007 - Uma alta inesperada nas contratações e nas despesas operacionais abalou a confiança dos investidores no Google, líder de buscas na internet, pela segunda vez em seus três anos como empresa de capital aberto, causando queda nas ações do grupo.

Uma vez mais a culpa foi atribuída à teimosia do Google em manter Wall Street no escuro sobre suas perspectivas - o que ajuda a empresa a resistir a pressões de curto prazo quanto a lucros mas cria incertezas desnecessárias para os investidores, queixaram-se analistas.

Na quinta-feira, o Google reportou um aumento de 58% em sua receita no segundo trimestre, o que confirmou a estimativa média de analistas. Mas o lucro líquido ficou bem aquém do esperado, depois de uma alta de 13% no número de contratações nos últimos três meses, o que elevou a folha de pagamento e as despesas operacionais, e prejudicou a margem de lucro operacional do Google.

Desde que o Google abriu seu capital, em agosto de 2004, a empresa vem se recusando a fornecer projeções financeiras, usadas pelos analistas de Wall Street para estimar resultados futuros. Ajustes periódicos de contabilidade podem criar oscilação súbita nos resultados.

Na quinta-feira, o Google surpreendeu os analistas ao promover um repentino ajuste de US$ 60 milhões em suas contas, com o objetivo de distribuir as bonificações pagas aos funcionários igualmente pelos quatro trimestres, em vez de concentrá-las no balanço dos últimos três meses do ano.

Big Brother nas Empresas

Uma reportagem do Jornal do Commercio sobre a presença de vigilância nas empresas:

Big brother corporativo
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 24/07/2007

Sorria, você está sendo filmado. Se há dez anos a frase gerava curiosidade nas pessoas que estavam sendo observadas, atualmente, mais desconfiadas e com medo, gera intimidação. No mundo corporativo não é diferente. Empresas têm instalado câmeras em escritórios para, além da prerrogativa de segurança, espionar funcionários e inibir atitudes ilícitas. O Big Brother corporativo entra em ação, a perda de privacidade é garantia e, com o passar do tempo, os colaboradores se adaptam ao cotidiano vigiado pelas lentes, em alguns casos escondidas.

Na avaliação de Alexandre Freire, professor nos cursos de marketing e gestão empresarial da escola de pós-graduação em economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e autor do recém-lançado livro Inevitável mundo novo - O fim da privacidade, a alegação para todo esse controle é a proteção. Ele frisa que as organizações usam o discurso de segurança como moeda de troca com os funcionários para garantir aos mesmos sua integridade.

“Os funcionários abrem mão de sua privacidade para as empresas lhes garantir segurança. Este é o novo mundo empresarial. Deve-se tomar cuidado, no entanto, para não transformar o protegido em perseguido. A conseqüência direta do uso das câmeras é a intimidação. Contudo, observa-se movimento sutil de reação, que é a aceitação passiva da câmera como parte do dia-a-dia. O motivo de tudo isso é o medo. Fiz uma pesquisa com meus alunos do MBA e 40% deles responderam que gostariam de ver pelo celular suas casas enquanto estivessem fora”, revela Freire.

Na Datacom, empresa de microfilmagem e processamento de dados, 15 câmeras espalhadas pelos três andares do prédio de 900 metros quadrados monitoram o cotidiano. Os ambientes de produção, administrativo e corredores são vigiados pelas lentes. Todo este aparato garante que as imagens possam ser vistas no laptop de Fernando Ewerton, diretor executivo da empresa.

INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS. Segundo Ewerton, a exigência de controle surgiu de seus clientes porque muitas informações confidenciais são processadas na empresa. Para Ewerton, não é controle de gestão de pessoas, mas de ambientes. A presença das câmeras evita que pessoas não autorizadas circulem em determinados lugares do prédio e, em caso de auditoria, pode comprovar para seus clientes que todo o processo está seguro e o sigilo das informações está mantido.

“A função primordial das câmeras é garantir segurança. Indiretamente, funciona para controlar funcionários, seus horários de chegada e saída da empresa. Isso gerou auto-disciplina porque, como sabem que estão sendo vigiados, os funcionários evitam fazer coisas erradas. Embora este não seja o objetivo principal, o resultado foi ganho em produtividade”, ressalta o executivo da Datacom.

contato com a filial. Ewerton lembra também que uma das funções da câmera é a rápida localização de um funcionário. Para saber onde determinado colaborador se encontra, basta acessar em seu laptop as imagens. Além disso, permite o constante acesso da matriz no Rio de Janeiro com a filial em São Paulo. “No início da utilização das câmeras houve reação natural dos funcionários: todos eles se sentiram vigiados. Mas, com passar do tempo, passaram a reparar mais no equipamento, que passou a fazer parte do dia-a-dia. Não acredito que os profissionais ajam de maneira diferente”, diz.

No Grupo Rai, empresa de publicidade e promoção, a presença das câmeras, instaladas há dois anos, inibiu a o furto de pequenos brindes promocionais. Camisas, aparelhos celulares e canetas deixaram de ser levados para a casa devido à vigilância, informa Fábio Burg, presidente da companhia. Mesmo que até hoje ninguém tenha sido pego em flagrante, só o fato da existência das câmeras reduziu a zero a ação dos que furtavam.

“A função da câmera é dar segurança. Contudo, no caso da nossa empresa, inibe o furto de pequenos brindes promocionais dos clientes. Antes, os itens sumiam porque não havia vigilância. Não acredito que a câmera iniba o funcionário, mas evita que tenha atitudes erradas. O Grupo Rai é feito de profissionais criativos. A câmera não tem o objetivo de inibir os movimentos expansivos característicos deles”, aponta Burg. O executivo conta que quando as câmeras passaram por reparos há cinco meses, os furtos recomeçaram.

Juscilan Brasil, diretor da Berta Contabilidade, é avesso a qualquer tipo de controle que tire sua privacidade. Entretanto, diz que a instalação de câmeras no escritório foi uma ação exigida pelos próprios funcionários da empresa para garantir-lhes segurança, mesmo com a perda de privacidade.

“Não gosto da idéia de ter câmeras no escritório, mas os profissionais exigiram este aparato tecnológico para dar segurança. Acredito que isso iniba as pessoas e suas ações. A perda da liberdade é o preço da segurança. A intimidação é óbvia”, destaca.

IAS encoraja os ganhos de curto prazo

Leia, a seguir, um artigo sobre o IAS do Valor Justo e os efeitos sobre o comportamento das empresas:

Standards that encourage short-term gain.
Por CHARLES PICTET
Financial Times - 23/07/2007, p. 6

The 2005 IAS 36 fair value accounting standards encourage listed companies to pursue takeovers for short-term gain - a tendency exacerbated by low financing costs - regardless of possible longer term consequences.

A listed company has three basic ways to pursue a growth or value-creation strategy.

First, a company may simply buy back its own stock to increase earnings per share. This can be done either with cash, borrowings or a combination of the two. Although earnings per share may increase (as long as the company's return on equity is higher than its financing costs), this approach creates no real economic value. Its only purpose is to protect the company from takeover.

In the second, "traditional" method, a company expands through capital investment, which typically has a three to five-year pay-off. For the investor-entrepreneur, this presents uncertainty: it is difficult to assess the future value creation in advance, especially in new business fields, while the investment has to be amortised, which in the short term depresses profits and valuation multiples. Such organic growth is the classic long-term strategy of unlisted companies free from the pressures of quarterly earnings results.

The third, more straightforward, growth strategy is to acquire another company for cash or borrowings. The acquirer can achieve its objectives much more quickly and assess the return on its purchase more accurately.

The purchase price is generally higher than the shareholders' equity on the balance sheet of the acquired company. This difference, called goodwill, is an intangible asset that reflects the company's reputation, brand and client base. For the acquiring company, goodwill represents the additional cost of buying a business that is already productive.

Until the advent of IAS 36, the accounting and tax treatment was the same whether companies grew organically or expanded through acquisition. Companies growing organically had gradually to amortise their investments, while acquisitive companies had to amortise the recently purchased external goodwill. This approach considered goodwill as a wasting asset.

Writing off goodwill is not only transparent, but has the added virtue of limiting the acquisition price, because the amortisation requirement reduces the net profits of the acquiring company.

The new international accounting standards, known ironically as "fair value" accounting, have turned this notion on its head. Rightly, they recognise that goodwill should not necessarily be written off; a company's reputation, brand value and client base may well have an enduring value. Thus, under the new rules, a company that takes over another no longer has to amortise the goodwill of the business it acquires.

But the acquirer can also include the goodwill on its balance sheet immediately. If the company it buys is already efficient and productive, the acquiring company will therefore increase its profits instantly, boosting the share price and benefiting the management and board of directors of the acquiring company, even if the goodwill ultimately has to be written down.

What is the "fair" value of goodwill? For market purists, the price paid is by definition fair value. But in the event of a hostile takeover, for example, the price paid for goodwill is often far too high. This is especially true if the predator is sitting on a lot of cash or if it can borrow at low interest rates (as today), which naturally leads to overpaying.

The result is that in today's conditions of easy money, the recent change in international accounting standards has fuelled the mergers and acquisition boom, and given an acquiring company wide discretion in the statement of its profits, which in turn affects valuation multiples. The lure of short-term gain may be difficult to resist.

To be sure, since goodwill is held as an asset on the balance sheet, its value is subject to an annual "impairment" test under the new rules. Such impairment normally arises from a lower projected return on investment, either because the assets are deemed to have become less productive, or simply because of higher interest rates, which depress the internal rate of return. This is potentially very damaging, because such write-downs invariably come at the low point of the cycle.

Either way, IAS 36 allows companies that pay too much for acquisitions in a period of low interest rates the freedom to boost profits now and take the hit later, probably when they can least afford it. And, as the ancient wisdom has it: "If you don't pay at the beginning, you pay at the end." Investors would be well advised to heed this traditional advice.

Charles Pictet is a former managing partner of Pictet & Cie and a member of the Swiss Banking Commission