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02 junho 2007

Valor do clique

Um dia depois do massacre na Virginia Tech o custo por clique de frases como "Virginia Tech" ou "Virginia Tech shooting" ou mesmo "Virginia Tech massacre" aumentou para $5 dólares. Nas semanas seguinte o valor caiu. Fonte: WSJ

As melhores universidades norte-americanas

As melhores universidades do mundo na área de economia:

1 Harvard
2 U Chicago
3 Massachusetts Institute of Technology (MIT)
4 U California - Berkeley
5 Princeton U
6 Stanford U
7 Northwestern U
8 U Pennsylvania
9 Yale U
10 New York

Em 277 a Fundação Getúlio Vargas. A New U Lisbon (U Nova)aparece em 201a. A Universidade Católica Portuguesa em 321a. A Torcuato Di Tella, da Argentina, também consta da lista.

Os Centros de Pesquisas:

1 World Bank
2 International Monetary Fund (IMF)
3 Federal Reserve System Board of Governors
4 Federal Reserve Bank - Minneapolis
5 Federal Reserve Bank - New York
6 Institute for Fiscal Studies UK
7 Federal Reserve Bank - Chicago
8 US Dept of Labor - Bureau of Labor Statistics
9 Centre for Research in Econ. & Statistics (CREST-INSEE)
10 Resources for the Future - USA

O ranking também é dividido em áreas. Em Financial Economics a liderança é de Chicago

01 junho 2007

Nike e responsabilidade social

Tentando reverter a imagem negativa, a Nike anuncia seu relatório de responsabilidade social:

A Nike estabelece alvos empresariais para atingir metas ambiciosas de responsabilidade corporativa; A empresa integra mais profundamente a responsabilidade corporativa no crescimento de longo prazo e em estratégias empresariais de inovação
PR Newswire em português

BEAVERTON, Oregon, 31 de maio /PRNewswire-FirstCall/ -- Com a divulgação hoje de seu Relatório de Responsabilidade Corporativa dos anos fiscais 2005 e 2006, a NIKE, Inc. anuncia uma série de alvos empresariais para 2011 que integram mais profundamente metas de responsabilidade corporativa no crescimento de longo prazo da empresa e nas estratégias empresariais de inovação. As metas estabelecem pontos de referência para melhorar as condições de trabalho nas fábricas contratadas, criar uma empresa de clima neutro, impulsionar projetos de produtos e inovações sustentáveis, e desencadear potencialidades oferecendo à juventude maior acesso aos benefícios do esporte.

"Consideramos a responsabilidade corporativa um catalisador de crescimento e de inovação", disse Mark Parker, Presidente e CEO da Nike, Inc. "Ela é parte integrante de como podemos usar a força de nossa marca, a energia e a paixão do nosso pessoal, e a dimensão de nosso negócio para criar mudanças significativas."

As metas empresariais de responsabilidade corporativa estabelecidas pela Nike incluem:

-- Melhorar as condições de trabalho eliminando até 2011 horas extras excessivas nas fábricas contratadas da marca Nike. Horas extras excessivas constituem um dos problemas de conformidade trabalhista mais sérios que a empresa e a indústria enfrentam. A prioridade da Nike continua sendo a melhoria das condições para os quase 80.000 trabalhadores das fábricas contratadas que fabricam os produtos da empresa.

-- Implantar até 2011 um clima neutro em todos os ambientes de fábricas, varejo e viagem de negócios relacionados com a marca Nike. Nos últimos dois anos, a Nike ultrapassou as metas de redução de emissões de CO2 através do programa Climate Savers do World Wildlife Fund. A empresa também eliminou gases fluorinados (gases F) em todos os produtos da marca Nike, após 14 anos de pesquisa e desenvolvimento do sistema de amortecimento Nike Air da empresa.

-- Projetar todos os calçados da marca Nike (mais de 225 milhões de pares por ano) para satisfazer até 2011 as metas básicas de redução de resíduos no projeto e embalagem de produtos, na eliminação de compostos orgânicos voláteis e no uso crescente de materiais ambientalmente preferíveis. Todo o vestuário da marca Nike está programado para satisfazer os padrões básicos até 2015, e o equipamento até 2020. A Nike está projetando soluções de inovação sustentável em seus produtos que, segundo a previsão da empresa, irão criar benefícios em toda a sua cadeia de suprimento e possibilitar a realização de seus objetivos.

-- Investir em iniciativas baseadas na comunidade que usam a força do esporte para desencadear potencialidades e melhorar a vida dos jovens. Nos últimos dois anos, a Nike investiu US$100 milhões em iniciativas esportivas baseadas na comunidade. A empresa está planejando um investimento mínimo de US$315 milhões até 2011.

Além de definir metas empresariais, a Nike continua o seu compromisso de transparência na cadeia de suprimentos, atualizando informações públicas sobre as mais de 700 fábricas contratadas em todo o mundo que fabricam produtos Nike. Em 2005, a Nike foi a primeira empresa do setor a divulgar sua base fabril para encorajar a transparência e a colaboração na indústria. Pela primeira vez, a Nike também colocou no site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/] as ferramentas de auditoria das fábricas contratadas pela empresa. As ferramentas ajudam a fornecer melhor transparência e discernimento sobre como a empresa avalia e monitora suas fábricas contratadas quanto à conformidade com os padrões da Nike.

O relatório de responsabilidade corporativa da Nike, disponível em rede no site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/], apresenta maiores detalhes sobre essas e outras metas empresariais. O relatório apresenta também uma revisão abrangente dos esforços de responsabilidade corporativa da empresa nos anos fiscais de 2005 e 2006, bem como estratégias para o futuro. Este é o terceiro relatório público de responsabilidade corporativa da empresa. O período do relatório do AF05-06 abrange uma época crítica, durante a qual a Nike experimentou uma evolução significativa sobre como a empresa formula, define e aborda a responsabilidade corporativa.

Para mais informações, visite o site http://www.nikeresponsibility.com/ [http://www.nikeresponsibility.com/].

A NIKE, Inc., sediada perto de Beaverton, Oregon, é líder mundial em projeto, comercialização e distribuição de calçados, vestuário, equipamentos e acessórios desportivos para uma grande variedade de esportes e atividades físicas. As subsidiárias integrais da Nike incluem a Converse Inc., que projeta, comercializa e distribui calçados, vestuário e acessórios atléticos; a NIKE Bauer Hockey Inc., uma empresa líder em projeto e distribuição de equipamentos de hóquei; a Cole Haan, uma empresa líder em projeto e comercialização de sapatos, bolsas, acessórios e casacos de luxo; a Hurley International LLC, que projeta, comercializa e distribui calçados, vestuário e acessórios para esportes de ação e estilos de vida jovens; e a Exeter Brands Group LLC, que projeta e comercializa calçados e vestuário atléticos para o canal de varejo em geral.

Rentabilidade no Futebol

Notícia da Agência EFE em 31/05/2007

Campeonato Inglês é o mais rentável do mundo, aponta estudo

O Campeonato Inglês é o mais rentável do mundo, com um volume de receitas de ? 2 bilhões e lucro de 200 milhões por temporada, segundo um relatório anual divulgado pela empresa de auditoria Deloitte.

Além disso, na próxima temporada os clubes do Inglês assinarão um contrato que superará os 2,5 bilhões em receitas de televisão.

Em segundo lugar aparece o Campeonato Italiano, enquanto o Espanhol desbancou o Alemão e surge em terceiro.

As competições de futebol mais importantes da Europa - em Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Espanha - tiveram aumento médio de 7,2% nas receitas desde o ano 2000.

Quanto à distribuição de lucros, os cinco campeonatos principais contribuíram 53% para esta alta, enquanto a Fifa, Uefa e associações nacionais representaram 15% desta fatia - assim como as ligas de segunda e terceira divisão dos cinco países principais.

Os campeonatos restantes representaram 14%. Os outros 3% são de todas as ligas profissionais (com exceção das de primeira divisão) dos 47 países pertencentes à Uefa. EFE

CPC

Artigo do prof. Eliseu Martins:

Harmonização contábil
Gazeta Mercantil - 01/06/2007

1 de Junho de 2007 - O processo de harmonização contábil brasileiro levou à constituição do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), formado por Abrasca, Apimec, Bovespa, CFC, Fipecafi e Ibracon, contando ainda com Bacen, CVM, SRF e Susep. Está produzindo pronunciamentos a serem aprovados por esses órgãos reguladores e deverá se constituir na única fonte de emissão de documentos contábeis brasileiros, na busca da harmonização com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB.

Paralelamente, corre no Congresso o Projeto de Lei 3741/2000 que contém, entre outros pontos, uma mudança que deverá eliminar certas influências das regras tributárias sobre o balanço societário. Mas têm surgido comentários no sentido de que, por isso, serão divulgados dois balanços, o que tem causado certa confusão.

Estão, de fato, previstos dois, mas com uma característica nova: primeiro, será feito, pelas companhias abertas e pelas fechadas que assim optarem, o balanço para fins do imposto de renda e da contribuição social; mas estes serão "secretos", não divulgados, para relacionamento apenas entre o fisco e a empresa (como já existe, de certa forma, hoje, quando os balanços fiscais sofrem ajustes para cálculo desses tributos). Após, serão elaborados os balanços para fins societários, agora livres das amarras fiscais, que serão, esses sim, publicados e válidos para todos os efeitos de cálculo de dividendo obrigatório, valor patrimonial, aprovação pelos acionistas, etc. Com isso, não haverá nenhuma possibilidade de confusão junto ao usuário externo. Este não tomará conhecimento do balanço fiscal (como hoje), e sim apenas do balanço "oficial" que irá à AGE.

Por outro lado, o Bacen determinou que, a partir de 2010, as instituições financeiras deverão divulgar seus balanços consolidados conforme as regras do IASB. E a CVM está em audiência pública com minuta de Instrução na mesmíssima direção. Teremos então três balanços?

O plano das instituições ligadas ao CPC, e também do governo, é que o Brasil tenha sua contabilidade totalmente harmonizada com as normas internacionais, e o trabalho desse comitê está sendo desenvolvido no sentido de que isso seja já aplicado diretamente nos balanços individuais, primários, de tal forma que não exista um balanço de acordo com as regras brasileiras e outro de acordo com as internacionais, como está ocorrendo hoje nos países da União Européia, onde cada empresa faz o seu balanço de acordo com suas regras nacionais e, depois, o consolidado de acordo com o IASB. Queremos evitar isso.

Mas esse trabalho do CPC não tem um tempo precisamente definido para ser completado, pois precisa ser implantado paulatinamente. Como ambas as autarquias estão determinando que, a partir de 2010, as sociedades a elas submetidas publiquem seus balanços consolidados de acordo com o IASB, poderá haver, sim, temporariamente, dois conjuntos publicados: o balanço individual, dentro das regras em vigência no Brasil, e o balanço consolidado, totalmente conforme o IASB. A diferença com relação a hoje, quando já temos os dois conjuntos, é que tanto o individual quanto o consolidado estão, com raras exceções, dentro das mesmas regras.

O que se espera, todavia, é que, até lá, as diferenças sejam bastante restritas e que, rapidamente, elas desapareçam completamente, e assim teremos os dois balanços, o individual e o consolidado, dentro das mesmas regras, as internacionais.

Vê-se, concluindo, que o balanço fiscal não será nunca publicamente divulgado. E a divulgação de dois balanços com critérios diferentes (brasileiro e internacional) só ocorrerá para as companhias abertas e as instituições financeiras, a partir de 2010 e somente durante o tempo que faltar para a completa harmonização da contabilidade brasileira às normas internacionais.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Eliseu Martins - Sócio do Ibracon; Vice-coordenador Técnico do CPC. )

Padronização

Um dos estudos mais interessantes sobre a padronização refere-se ao teclado do computador. O teclado que usamos é denominado de padrão QWERTY, os nomes das letras do canto esquerdo do teclado.

A Wikipedia resume a questão do teclado:

Nesse layout, os pares de letras utilizados com maior frequência na língua inglesa foram separados em metades opostas do teclado, numa tentativa de evitar o travamento do mecanismo das rudimentares máquinas do século XIX. Ao alternar o uso das teclas, o arranjo impedia o travamento de teclas nas antigas máquinas de escrever: enquanto uma mão acerta uma tecla, a outra localiza a tecla seguinte.

Em equipamentos modernos, insensíveis à velocidade de digitação, a eficiência desse layout é duvidosa, e outros padrões foram propostos, como o Dvorak, mas nunca atingiram a popularidade do QWERTY.



Ja o teclado Dvorak possui maior eficiência:

O Teclado Simplificado Dvorak é recomendado por ergonomistas, pois uma pessoa digitando em inglês no Dvorak se esforça 20 vezes menos do que se estivesse digitando num teclado QWERTY.

O teclado Dvorak nunca chegou a ser amplamente adotado. Tanto os fabricantes quanto os usuários foram resistentes ao layout radicalmente diferente do tradicional QWERTY, que exige a reaprendizagem da dactilografia.

Foram desenvolvidas diferentes adaptações do Dvorak para outras línguas, como por exemplo o iDvorak (Italiano), Dvorak-fr (Francês), o BR-Nativo (Brasileiro) e outros.


Isto significa que adotamos hoje um teclado que é inferior em lugar de um produto superior. O mais interessante é que o exemplo do teclado tem sido usado para mostrar como o mercado eficiente é falho. Caso contrário, o teclado Dvorak seria mais utilizado. e não o QWERTY.

Este é um excelente exemplo para discutir a questão da padronização contábil também. Será a padronização eficiente? Ao padronizar as demonstrações estamos deixando de atender a algumas características importantes? (Como acontece com o teclado QWERTY, que é interessante para língua inglesa, mas não para língua portuguesa).

Dois links

1. Livro sobre Impostos Internacionais

2. Subsídio do Estado para produção de filmes

Aviso de Perigo

Relatado por Suketu Mehta (Maximum City, via Marginal Revolution) um aviso num prédio:

“Atenção
Este prédio é inseguro. Pessoas que entram na propriedade o fazem por sua conta e risco. O dono da propriedade não será responsável por qualquer problema com a vida e propriedade. O Proprietário”

Dentro do prédio não existe traficantes ou sem teto. Mas escritórios de advogados, contadores e instituições financeiras.

Links

1. Tamanho do dedo e desempenho em matemática - Correlação espúria?

2. Avaliar marca é difícil. Cuidado com algumas pesquisas.

3. Uma listagem dos viéses cognitivos da decisão humana. 26 razões para explicar a irracionalidade humana

4. Uma discussão com Richard Thaler

5. Não sou Diretor da Economia, mas deu no Jornal Nacional

6. Um produto para evitar paparazzi.

Pirataria

A figura mostra os países com maior valor de pirataria por computador, em unidades monetárias. Fonte: The Economist Interessante a presença da Islândia, um país europeu, no segundo lugar.

31 maio 2007

Ranking dos jogadores de futebol

O ranking é comum em diversos esportes. No xadrez, por exemplo, cada jogador tem um ranking que é atualizado periodicamente com as partidas disputadas.

No futebol as tentativas de ranking são imperfeitas e toscas. O conceituado Times de Londres usou a matemática para chegar aos maiores talentos da liga inglesa. O resultado a seguir (na ordem: jogador, clube, posição e duas medidas de desempenho)

1 C Ronaldo - Manchester United - meia - 85.12% 19.12

2 F Lampard - Chelsea - Meia - 97.31% 16.24

3 Gilberto - Arsenal Meia 88.14% 16.01 P

4 - Cech - Chelsea - Goleiro 50.15% 14.41

5 - J Lehmann Arsenal - Goleiro 97.30% 13.94

6 - P Scholes Man Utd Meia - 79.10% 13.50

7 T Howard - Everton - Goleiro, 94.59% 12.96

8 N Vidic - Man Utd - Defensor 66.11% 10.48

9 B McCarthy Blackburn - 88.98% 9.91

10 A Hleb Arsenal - Meia 68.14% 9.87

Propinas e contabilidade

Um texto na Folha de S. Paulo de 31/05/2007 sobre a história da propina no Brasil.

Propinas: passado e presente
Folha de São Paulo

KENNETH MAXWELL

NO BRASIL, a propina tem uma história venerável. As lucrativas e íntimas interconexões entre o abuso de poder governamental, as quantias substanciais propiciadas pelos contratos e os empresários que recebem do Estado esses contratos não é novidade nenhuma.

Nas Minas Gerais da era colonial, propinas generosas eram formalmente incorporadas ao custo dos contratos concedidos pelo governo. O governador da Província e os funcionários do Judiciário recebiam adicionais aos seus salários oficiais conhecidos como "propinas", o que explica a origem do uso dessa palavra para descrever tal forma de pagamento no Brasil.

Em 1780, por exemplo, o governador de Minas Gerais recebeu, além do seu salário oficial, adicionais de cerca de 50% em forma de propinas, consideradas legais e que constavam das contas oficiais do governo. Os magistrados e outros funcionários locais recebiam suplementos salariais semelhantes, se bem que menos generosos.

As propinas vinham de empreiteiros que haviam recebido contratos para arrecadar em nome do governo a maior parte das receitas do Estado. De fato, o Estado havia privatizado a função básica de recolher impostos muito antes da década do neoliberalismo.

Os contratos que envolviam arrecadar impostos de importação e de exportação para o território da Província e tributos sobre a produção, uso de estradas e venda de produtos costumavam ser concedidos aos mais importantes empresários locais. O sistema gerava muitos abusos, e reformá-lo era virtualmente impossível. De fato, quando, em 1784, um oficial da contabilidade recomenda a reforma tributária, dizendo que esse método de contratação era prejudicial para o Estado, o governador e o chefe de Judiciário foram ambos totalmente contra qualquer mudança, apesar de serem inimigos e de discordarem sobre tudo. O que fica claro é que gente demais no interior do sistema lucrava com a maneira pela qual ele operava, embora o povo, evidentemente, não se beneficiasse. O povo se via forçado a pagar impostos pelos coletores, que desejavam extrair o máximo lucro de seus contratos com as autoridades.

Quanto mais impostos eles arrecadassem para além do montante prometido ao governo, mais dinheiro sobrava para eles. Foi Joaquim José da Silva Xavier que definiu a situação da melhor maneira: "Os governadores... cada três anos vinham... e todos iam cheios de dinheiro, que traziam uma machina de creados, e que cada um delles ia à proporção cheio".

Tiradentes estava falando, é claro, sobre governadores e criados vindos de Lisboa, e não sobre aqueles que hoje vivem em Brasília.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Links

1. Como o mercado acionário chinês é afetado pela crença na sorte e azar

2. Neuroeconomia, emoções e decisões morais

3. Como a escolha do título do livro de administração é importante. Reportagem do Valor Econômico de hoje

30 maio 2007

Pequenas notícias

1. A Transportation Security Administration perdeu um drive com dados (número do social security, datas de nascimentos, conta de bancos) de 100 mil empregados. (clique aqui)

2. Um estudo encontrou que uma criança escuta do professor uma média de 2.150 palavras por hora. E 620 na família. aqui

27 maio 2007

Rir é o melhor remédio



Enviada por José Matias Pereira

Cinema hoje e ontem



A figura ao lado mostra o desempenho de dois filmes. De cor mais clara, Indiana Jones, lançado em 1989, que produziu 186 milhões de dólares em nove semanas; de cor mais escura, X-Man, lançado em 2006, que gerou 190 milhões de dólares nas mesmas nove semanas. Ou seja a receita é aproximadamente igual. Entretanto, Indiana Jones levou mais tempo para chegar ao valor, enquanto X-Man teve sua receita concentrada nos primeiros dias.

Existem algumas razões para esta mudança de comportamento, conforme aponta a The Economist (28/04/2007, Endless Summer, de onde foi extraída a figura, p. 73 e 74). A primeira, é o crescimento da capacidade. O número de cinemas cresceu, nos Estados Unidos, de 29.700 para 39.700, entre 1996 e 2006. Outra razão é o crescimento da receita proveniente da tela pequena, incluindo TV, TV a cabo e DVD. Neste caso, os primeiros dias é um preditor das vendas de DVD e TV, além das propagandas acopladas ao filme.

Os grandes filmes tem algumas vantagens, como a concentração de esforços na promoção e grande número de público assistindo os trailers. Entretanto, como alerta a The Economist, a venda para tela pequena tem apontado uma tendência de queda, o que pode significar uma falência no modelo. Outro aspecto, é que os estúdios estão enfrentando uma batalha mais difícil com os artistas, cinemas e outros na divisão do bolo.

A pirataria e a divulgação rápida de informação na internet (inclusive opiniões desfavoráveis) também são fatores importantes. Isto tudo faz com que a chance de um estúdio cometer um erro, investindo num fracasso de público, tenha aumentado.

Clique aqui para ler mais e aqui também

26 maio 2007

Contabilidade Pública é diferente

Ao estudarmos a contabilidade pública pode-se perceber a grande diferença com a contabilidade financeira. Estas diferenças estão desde o tipo de demonstração utilizada até o processo contábil.

Existem diversas razões para a existência destas divergências, entre as quais é possível citar as características do governo; características dos serviços prestados; as características do processo administrativo do governo; o volume expressivo de investimento em ativos que não produzem receita; a natureza do processo decisório; o uso das informações contábeis; os usuários das informações; e a ênfase na teoria do fundo, em detrimento da teoria da entidade e do proprietário. Discutem-se cada um destes aspectos a seguir.

Características do Governo
O governo é oriundo da autoridade que é delegada pelos cidadãos. A organização do governo é completamente diferente de uma empresa ou uma entidade sem fins lucrativos. Um governo está dividido em poderes, geralmente executivo, legislativo e judiciário. O governo pode assumir a forma de uma monarquia ou república e ter divisões administrativas diversas (estados, municípios, vilas, etc.).
Existem pelo menos cinco características básicas exclusivas do governo em termos no seu aspecto econômico. Em primeiro lugar, a fonte de receita pode ser ou não obrigatória, como é o caso de um tributo; enquanto isto numa empresa a fonte de receita é opcional, resultado da vontade do cliente. Em segundo lugar, a receita do governo pode ser baseada nas características do serviço prestado, nas características do contribuinte ou em outros fatores. No setor privado, o único critério para determinação do preço é o valor dos serviços colocados a disposição. Terceiro não existe, no governo, uma relação direta e clara entre o pagamento e o serviço recebido. Uma pessoa pode consumir um bem do estado sem ter feito nenhum pagamento de imposto. Em quarto lugar, o governo é geralmente monopolista nos serviços que fornece a população. Este monopólio não é questionado, ao contrário do que ocorre com a iniciativa privada. Finalmente, e em virtude do exposto anteriormente, é difícil de medir a qualidade e quantidade dos serviços prestados pelo governo.

A forma de organização do governo é única e não encontra paralelo nas empresas. Admitindo que a contabilidade adapta-se ao ambiente na qual está inserido, é natural admitir que a contabilidade pública seja única também.

Características dos Serviços Prestados

O governo atua em áreas da economia e sociedade como segurança, educação, saúde, entre outros. Além disto, cabe ao governo estruturar e permitir o funcionamento da sociedade de maneira adequada, através da manutenção de uma infra-estrutura administrativa e de sistema legal. Em outras palavras, alguns dos serviços prestados pelo governo formam a base da estrutura da sociedade, o que gera uma necessidade de alocação em certas atividades que irão compor o serviço público.

Costuma-se dizer que as atribuições do governo estão divididas em três grandes grupos: função distributiva, alocativa e estabilizadora. Na função distributiva, o governo pode utilizar de programas sociais para permitir melhores condições de vida para população mais pobre. Na função alocativa, a vocação do governo é colocar a disposição de parcela da população certos serviços, como saúde e educação. Finalmente, a função estabilizadora mantém a sociedade funcionando através da segurança pública e de um banco central.

Características do Processo Administrativo

O processo administrativo de uma organização é composto pelo planejamento, execução e controle. Numa empresa privada, a execução é o destaque, sendo a mensuração do fluxo dos recursos econômico relevante. Na contabilidade pública existe um foco no controle, que domina o processo administrativo. Em termos do processo de gestão financeira, este está focado no orçamento público, que é elaborado e executado tendo em vista o controle dos recursos financeiros por parte do poder legislativo e dos órgãos de controle do executivo. O ciclo orçamentário governamental geralmente exige uma elaboração e aprovação anual de despesas e receitas, onde a execução está condicionada a esta autorização prévia dada pelo orçamento. Por conseqüência, o controle do orçamento é feito através da relação entre o orçado e o realizado, e será o instrumento mais importante na avaliação de uma gestão pública.

Investimento em Ativos que não produzem receita

O governo aplica uma substancial quantia de recursos em ativos permanentes, como prédios, equipamentos, veículos, parques, pontes, estradas e outros. Ao fazer estes investimentos, não existe uma preocupação que os mesmos venham produzem uma receita. Uma definição de ativo associada a geração de riqueza no futuro. As decisões de aplicação de recursos nos ativos no setor público não possuem esta preocupação com o retorno econômico. É muito comum, na área pública, o uso do termo “aplicar recurso a fundo perdido”, indicando justamente a pouca preocupação com o retorno do investimento.

Natureza do Processo Decisório

O processo decisório no governo é um processo político, onde estão presentes jogos de interesse, conflitos de opiniões, negociações, atendimento a demandas de comunidades mais organizadas, entre outros aspectos. Conforme comentado anteriormente, o orçamento é peça fundamental no processo de gestão financeira do setor público. A inclusão de um serviço ou obra no orçamento geralmente ocorre através do processo político. Assim, a inclusão de uma obra no orçamento pode ser feita através de uma proposta de um parlamentar (deputado ou vereador). Sua aprovação no legislativo dependerá da negociação com os outros parlamentares e com o poder executivo.

Uso da Contabilidade

Por tudo que foi comentado anteriormente, é possível perceber que o uso da contabilidade na avaliação de desempenho possui uma preocupação legalista e voltada para o controle dos gastos públicos. A contabilidade pública deve procurar responder se a execução orçamentária esteve de acordo com as normas, em especial a lei que aprovou o orçamento. Somente nos últimos anos, tem ocorrido uma maior preocupação com usar a contabilidade para mensurar índices que possam refletir a qualidade da gestão.

Usuários da Contabilidade Pública

Os usuários das informações contábeis do governo são diferentes das empresas privadas. A rigor, o usuário final da contabilidade pública são os cidadãos, sejam eles contribuintes ou não. O interesse é verificar a qualidade da administração pública. Além deste usuário é necessário destacar a imprensa e os grupos de pressão (conhecidos também como lobbies), o poder legislativo e os órgãos de controle externo, entre outros.

Justamente pelo fato do usuário preferencial da contabilidade pública ser o cidadão, deveria existir uma preocupação com o acesso e compreensão deste usuário as informações que são produzidas.

Ênfase na Teoria dos Fundos

Entre as diversas teorias do patrimônio líquido, a Teoria do Fundo é mais aplicada a ao setor público, e em menor grau as entidades sem fins lucrativos do terceiro setor, onde as necessidades de informações são diferentes do setor privado com fins lucrativos. No setor privado prevalece a teoria do proprietário ou a teoria da entidade.

25 maio 2007

História Econômica do Brasil




Joana Naritomi, Rodrigo Soares e Juliano Assunção, da PUC-Rio e University of Maryland, analisaram a história do Brasil e as implicações para as atuais instituições, em particular, as instituições municipais. O que aconteceu no Brasil colonial ainda tem influencia sobre a estrutura socioeconômica atual. Municípios com vínculo no ciclo da cana de açúcar (figura 5, extraída do artigo Rent Seeking and the Unveiling of “De Facto” Institutions: Development and Colonial Heritage within Brazil) possuem problemas maiores de distribuição de terra. Municípios ligados ao ciclo do ouro (figura 6) possuem problemas de governança e menos acesso a justiça.



Os autores mostraram que o problema de acesso a justiça está relacionado com aspectos de longo prazo. Duas figuras interessantes, e também do texto dos autores: A figura 1 mostra a renda per capita dos países e sua distância do Equador. Quanto mais distante estiver do Equador, maior a renda per capita. A segunda figura mostra o mesmo calculo para os municípios brasileiros. Novamente, os locais mais distantes do Equador possuem maior renda per capita.

24 maio 2007

Regras e comportamento

As pessoas reagem as regras. Esta é uma verdade que tem sido comprovada diariamente. Um estudo interessante mostra uma aplicação disto nas corridas da Nascar


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Oferta Pública de Ação

Os especialistas enfatizam que a excelência em governança não garante a existência de um bom empreendimento empresarial. [grifo meu]


Do jornal Valor Econômico de 24/05/2007, sobre as recentes operações de lançamento de ações na bolsa. Clique aqui para ler integral