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17 junho 2025

Plan General de Contabilidad


Tanto Portugal quanto a Espanha possuem um Plano de Contas que tem validade nacional. Essa postagem foi motivada pela notícia de que o Plan General de Contabilidad (PGC), da Espanha, teria completado 50 anos. Na realidade, o plano tem um pouco mais.

Tudo começou com a criação da Comissão Central de Planificação Contábil em 1965. Naquele tempo, a Espanha ainda era governada pelo ditador Franco, e a medida resultou no Decreto 530, de 22 de fevereiro de 1973, quase três anos antes da morte dele.

O plano tinha um quadro de contas dividido em quatro partes. A primeira era a divisão das contas em dez grupos: 1 a 5, do balanço; 6 e 7, as contas de gestão; o grupo 8, os resultados; e o último grupo, o 9, servia à contabilidade interna. A segunda parte estabelecia os princípios de débito e crédito entre as contas. A terceira parte tratava das contas anuais, com o balanço e resultados adicionais. Os critérios de valoração estavam englobados na parte final. O plano foi aprovado incompleto, pois não tratava de assuntos como consolidação ou mecanização.

Um dos objetivos do plano era a comparabilidade. Mas havia também a finalidade de tributação e uso na contabilidade nacional. Se inicialmente o plano era voluntário, com o tempo a filosofia chegou às pequenas e médias empresas e a setores específicos.

Em 1990, já no governo monarquista, o plano tornou-se obrigatório e aderente às normas da Comunidade Europeia, por meio do Real Decreto 1643. Anos mais tarde, em 2007, foi adaptado para atender às normas internacionais IFRS/EU, pelo Real Decreto 1514.

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Mais que regulamentar, é preciso ensinar


Eis a notícia 

A IFRS Foundation lançou um conjunto de módulos práticos de e-learning sobre os novos padrões de sustentabilidade, S1 e S2, para ajudar as empresas na sua implementação.

Os módulos estão disponíveis no IFRS Sustainability Knowledge Hub e foram desenvolvidos para auxiliar as empresas a entender os dois padrões emitidos pelo International Sustainability Standards Board (ISSB): o IFRS S1 – Requisitos Gerais para Divulgação de Informações Financeiras Relacionadas à Sustentabilidade e o IFRS S2 – Divulgação de Informações Relacionadas ao Clima.

No passado, quando um regulador desejava trazer uma nova norma, bastava emitir o documento e esperar que as empresas a adotassem. Mas parece que há uma guerra entre as entidades, em que não basta uma norma ter sido bem elaborada, sendo necessário também acrescentar materiais instrucionais, como o da norma acima.

Veja que o material permite que o usuário responda a questões sobre o assunto e, ao final, obtenha um certificado de conclusão, que tem validade em processos de educação continuada.

Uma vez que a entidade depende de arrecadação para continuar seu trabalho de emissão de normas, o material apresentado é um bom chamariz, já que está disponível para quem possui uma conta.

Outra finalidade é incentivar a adoção da norma, conforme reconhece a vice-chair, Sue Lloyd. E esse tipo de norma, que está em seu estágio inicial, depende da adoção mais do que as normas contábeis tradicionais, como as IFRS. Para finalizar, o material não deixa de ser uma resposta para os usuários que acreditam que a norma é complexa.

Um bilionário que não paga nada de imposto de renda


Sobre o desconhecido bilionário Walter Werner Rydl que possui, segundo seu imposto de renda, cem bilhões de reais:

Ao analisar as declarações do imposto de renda de Rydl, a unidade da Receita Federal em Belém constatou que, até 2006, ele não informava a posse de nenhum grama de ouro. Apenas no ano seguinte declarou 823 kg, cujo valor estava em torno de 40 milhões de reais. A partir de então, ele passou a acrescentar quantidades superlativas de ouro nas suas declarações de renda.

Na época, Rydl estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, aguardando extradição por crimes cometidos na Áustria. Para a PF, isso reforça a suspeita de que foi na prisão que Rydl aprendeu a declarar qualquer quantia de ouro sem pagar um centavo de imposto, uma vez que a Receita só tributa renda ou ganho de capital – enquanto o ouro é um bem imobilizado, como um imóvel, e não gera imposto de renda.

Não é bem assim. Gera na "realização". Mas a história é bem curiosa. 

Valor justo para atletas? A Deloitte promete entregar a informação

Eis a notícia 


Uma grande decisão judicial da NCAA com os estudantes-atletas envolve um mecanismo para limitar os contratos de nome, imagem e semelhança (NIL) ao “valor de mercado justo”, algo que pode ser difícil de mensurar, mesmo para a maior empresa de contabilidade do mundo. O modelo da Deloitte irá estimar uma faixa aceitável para cada contrato, em vez de um valor específico. Ainda assim, será necessário traçar limites — possivelmente em zonas cinzentas — para determinar quais contratos de NIL configuram pagamento por desempenho (pay-for-play). “Eu acho que esse é um objetivo louvável. Não acho que seja viável”, afirmou o advogado especializado em propriedade intelectual e esportes Mike Ingersoll, do escritório Womble Bond Dickinson.

A fonte original é a Bloomberg. 

16 junho 2025

XI AGC










O destaque será, obviamente, Schipper. 
 

Meta e IA


Mark Zuckerberg está visivelmente incomodado com a incapacidade da Meta de competir frente a OpenAI e Anthropic na corrida da inteligência artificial, especialmente após o lançamento pouco impactante do LLaMA4 Behemoth. Essa situação levou Zuckerberg a assumir um "modo fundador", reposicionando equipes internas de pesquisa e exigindo resultados imediatos . Ele desmembrou a divisão GenAI, rebaixou a liderança anterior e antecipou uma dedicação intensa: dias, noites e fins de semana de trabalho, com metas voláteis determinadas por suas ansiedades .

Paralelamente, a Meta fez um movimento estratégico ousado ao adquirir cerca de 49% da Scale AI por aproximadamente US$ 14,3–15 bilhões, avaliando a companhia em cerca de US$ 29 bilhões. O objetivo central desse investimento parece ser o “acquihire” do jovem CEO e fundador Alexandr Wang (foto), que agora comandará a nova divisão de “superinteligência” da Meta, embora a Scale continue operando de forma independente. Aos 28 anos, Wang alcançou a marca de bilionário em 2021 e está prestes a liderar os esforços de IA na Meta.

E o jovem já estreou batendo alto: acusou a China de estar tramando uma operação internacional, que inclui roubo de dados e tecnologia. Um discurso que interessa de perto aos atuais governantes. 

Sinalização, mercado de trabalho e IA

 

Os dados dos Estados Unidos mostram que a contabilidade possui uma taxa de desemprego reduzida em relação a campos "novos" como engenharia da computação ou estudos ambientais. A taxa de subemprego também é baixa, quando comparamos com antropologia (mais de 50%) ou comunicação (idem). (Fonte: newsletter da Bloomberg)

Mas sabemos que a Inteligência Artificial ainda não está refletida nos dados de emprego e tudo pode mudar nos próximos anos. Ou não, já que há controvérsias sobre a capacidade dos modelos em fazer tarefas mais complexas. Eis um trecho:

Um novo artigo de pesquisadores da Apple jogou um balde de água fria no hype da inteligência artificial. “O estudo argumenta que os modelos de raciocínio avançado — celebrados por alguns como uma nova fronteira da forma como a IA ‘pensa’ — estão muito aquém das expectativas. Quando um problema se torna suficientemente complexo... os modelos sofrem um ‘colapso total de precisão’”, relata Dave Lee. 

E ontem, lendo O Incentivo Certo, de Uri Gneezy, encontrei isso:

Por que investir em um bom ensino é um sinal convincente? Porque é algo difícil de realizar. É necessário investir tempo, esforço e dedicação nesse objetivo de longo prazo. Esse investimento em instrução é menos custos para o candidato do tipo bom do que para o tipo ruim porque, por definição, o tipo bom é mais inteligente e está mais disposto a trabalhar duro. A instrução é menos desgastante e mais recompensadora para ele do que para o tipo ruim, que, provavelmente, a considera muito difícil ou demorada.