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04 maio 2011

Por que a convergência foi adiada?

Recentemente o Iasb e Fasb divulgaram que não será possível cumprir o prazo de fazer a convergência entre as normas internacionais de contabilidade e as normas estadunidense. Qual a razão para que isto ocorresse? 

Segundo as duas entidades, existiam quatro grandes projetos (leasing, reconhecimento da receita, instrumentos financeiros e seguros) que não ficariam prontos até os meados de 2011. E que era necessário ter certeza de sua qualidade. No pronunciamento das entidades, “qualidade” era a palavra chave. (Aqui vários trechos onde Tweedie, do Iasb, e Seidman, do Fasb, falam sobre o assunto. Aqui também)

 Mas seria esta a razão principal para o anúncio? Para este que escreve, e para outros observadores (aqui e aqui por exemplo) mais imparciais, a principal razão foi o excesso de otimismo. Isto é uma característica comum na área gerencial e é objeto de estudo das finanças comportamentais. A conseqüência disto é a procrastinação, que alguns conhecem também como “enrolação”.

 Apesar do atraso divulgado, ambos ainda eram otimistas em considerar a possibilidade de atraso em alguns “meses adicionais”. Mas na página do Iasb seria possível inferir que a postegarção do prazo poderia ser maior do que os próximos meses, já que o projeto de conversão sobre seguros talvez não ficasse pronto antes de meados do primeiro semestre de 2012.

 Outro fato que permite concluir que o atraso será maior do que a aparência indica é outra notícia, publicada  posteriormente, sobre um “número limitado de respostas” dos usuários quanto a adoção de novas normas. Existe um questionário que pode ser respondido até dia 6 de maio e que tomaria “cinco a 10 minutos para ser concluído”. Isto é assustador pois mostraria que os usuários não estão dando o retorno para as entidades. Ou que a resposta mostra que a complexidade das normas está aumentando muito. Neste sentido, Jim Peterson  lembra que o relatório anual do HSBC chegou a 392 páginas.

Como desaparecer com R$2 bilhões...

Segundo análise das Prestações de Contas da República, feita pela Controladoria Geral da União (CGU), no ano passado R$ 2,14 bilhões sumiram das linhas do balanço do governo federal.
A prática, contudo, não foi exclusividade do último ano da gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, R$ 2,71 bilhões desapareceram das demonstrações contábeis da União - soma recorrente dos últimos cinco anos, no mínimo.
Esse valor refere-se à diferença entre receitas e despesas intra-orçamentárias, ou seja, transações feitas entre órgãos governamentais, como a prestação de um serviço entre autarquias e ministérios. Quando essa subtração gera um déficit, em geral significa que algumas ordens de pagamento foram feitas, mas, por algum motivo, o recebimento não foi registrado na outra ponta.
Técnicos da CGU e do Tesouro Nacional apontam que a divergência de valores vem de erros na classificação das receitas, por parte dos órgãos beneficiados 
 Governo manda R$ 2 bilhões para o limbo a cada ano - Carolina Alves - Brasil Econômico - 03/05/11

Casa de Ferreiro ...

O principal jornal econômico brasileiro divulgou suas demonstrações contábeis no dia 29 de abril (no próprio Valor, p. c5). Nas suas demonstrações o relatório da administração é o seguinte:
"Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. Ficamos a inteira disposição dos senhores para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários".

Imprensa e contabilidade

Este estudo examina a influência sobre as empresas das notícias que a imprensa divulga sobre elas, no período compreendido entre a data de encerramento do trimestre e a divulgação do seu lucro trimestral. Especificamente, o estudo verifica o efeito surpresa que a divulgação do lucro das empresas provoca nos seus preços de mercado, após controle das notícias em que essas empresas são citadas na imprensa. Os testes empíricos, realizados com a utilização do método de dados em painel, apresentam evidências de que o mercado não reagiu, na média, aos lucros quando divulgados, pois tal reação, significativamente positiva, já ocorrera no momento em que as notícias sobre as empresas foram publicadas na imprensa antes da data da divulgação do lucro.
Efeito das notícias pré-divulgadas no lucro: uma análise no setor de metalurgia e siderurgia brasileira - Clesia Camilo Pereira, Paulo Roberto Barbosa Lustosa - Base, 2011.

Balanços

A safra de balanços de 2011 está apresentando algumas surpresas interessantes. Observe as demonstrações da Publicitária Paulista S.A., cujas demonstrações foram publicadas no Estado de São Paulo de 20 de abril de 2011 (p. B27).

 A empresa tem sede em São Paulo e atua na intermediação e representação de veículos de comunicação. Basicamente a empresa representa a Editora Caras, da revista Caras. De um ativo de 14,7 milhões no final de 2010, 11,1 milhões eram caixa e equivalentes, ou 76%. Além disto a empresa tinha Contas a Receber, no valor de 3,3 milhões ou 22%. Somando as duas contas, 98% do ativo estava no Disponível ou Recebível. Para se ter uma idéia, o imobilizado da empresa era de R$44 mil, menos que o valor de um carro.

 Do lado do passivo, a empresa possuía dívidas com fornecedores de R$1,1 milhão e com impostos, de R$1,3 milhão. Estas duas contas somavam 16,4% do ativo. Fora isto, o passivo apresentava dividendos a pagar (R$3,1 milhões) e patrimônio líquido (R$9,2 milhões).

 Resumindo os dois parágrafos anteriores, a empresa era líquida demais e com poucas dívidas. Tanto é assim que o fluxo das atividades de investimentos foi de zero e o fluxo das atividades de financiamentos foi de menos 11,2 milhões de reais. Este valor corresponde a distribuição de dividendos. Novamente, muita liquidez, pouca dívida e muito dividendo.

 Se voltarmos para o patrimônio líquido, eis a sua composição:

Capital Social = R$1,000,00
Reserva de Lucros = R$200,00
Dividendos adicionais propostos = R$9.230.283,26

(É isto mesmo, capital social de mil reais e reserva de lucros de duzentos reais) Durante o ano de 2010 a empresa gerou um lucro de R$12,3 milhões. Com receitas de R$29 milhões e despesas com vendas de R$13,8 milhões, o lucro antes do imposto de renda foi de R$16,0 milhões. Isto significa que o giro do ativo foi de 1,97 e o retorno sobre o ativo foi de 109%! Ou seja, para cada 1 real investido no ativo a empresa teve um retorno de 1 real no ano de 2010. Quando se utilizado do retorno sobre investimento (retirando do ativo os itens não onerosos) o retorno é maior ainda.

 A empresa é dirigida por Edgardo Hector Martolio, um argentino naturalizado brasileiro e também Diretor Superintendente da revista Caras. O diretor Financeiro é Victor Civita.

Jornada de Trabalho

Por Pedro Correia


Segundo a OCDE, os mexicanos são os que mais trabalham.Uma média de 9,9 horas de trabalho por dia.


Fonte: Washington Post

Caixa e Preço da Ação


O gráfico acima é fantástico. Mostra a relação entre o preço da ação da Apple e a quantidade de caixa da empresa. Será que temos algo assim no nosso mercado acionário?

03 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Cartoon e a Realidade


Fonte: aqui

FASB atualiza a norma sobre contratos de recompra

Por Pedro Correia




O FASB divulgou a atualização da norma Transfers and Servicing (Topic 860): Reconsideration of Effective Control for Repurchase Agreements ,que visa melhorar a divulgação de contratos de recompra, que são conhecidos como "Repos". O contrato de recompra é uma transação em que uma entidade transfere um ativo financeiro para outra , com a comdição de que esta irá devolver o ativo para aquela.



Durante a crise estas operações vieram à tona com o caso do banco Lehman Brothers. Na ocasião, foram utilizados a Repo 105 e 108, que retiraram bilhões de dólares das demonstrãções contábeis e corroboraram para a aparente melhora do endividamento e resultado da instituição.

As instituições financeiras realizam transferências de títulos com frequência, através de acordos de curto prazo para financiar as necessidades de liquidez imediata.O FAS 140 orientava as empresas a definirem se a transferência deveria ser tratada como um acordo de venda ou financiamento , com base na entidade que detinha o controle daquele ativo financeiro.Nesta orientação, a avaliação de controle do ativo era centrada na capacidade da entidade transferidora em recomprar os títulos(the transferor’s ability criterion).

Após a crise financeira, diversas críticas forma feitas em relação a este critério de definição de controle.Assim, o FASB partiu para um "guidance" voltado para as normas internacionais, em que este critério não é utilizado.

A nova orientação do FASB indica diferentes parâmetros para que as empresas determinem se a transferência é,de fato, uma venda de um ativo e, portanto,deve ter tratamento de venda, ou se a entidade tem ainda algum controle sobre o ativo e, portanto,não pode pretende vendê-lo.Em outras palavras,o Board eliminou o antigo critério(the transferor’s ability criterion) de avaliação de controle do ativo transferido. Em suma, o FASB expurgou o critério, que permitiu a consecução dos objetivos dissimulatórios dos gestores do Lehman.

Ricos no Brasil

Segundo os novos dados da Wealth-X, uma consultoria de pesquisa de riqueza, Brasil, Rússia, Índia e China têm agora um conjunto 25.600 pessoas com US $ 30 milhões ou mais do riqueza líquida (que inclui ações de empresas de capital aberto e fechado, imóveis residencial e de investimento, arte, aviões, dinheiro e outros ativos).
Os dados revelam que são 4725 ricos no Brasil, sendo 50 bilionários. A riqueza desse grupo é estimada em 890 bilhões de dólares.

Mercado ineficiente e a Morte de Bin Laden

Rampell Catherine, do New York Times, lembrou de procurar no Intrade sobre a morte de Bin Laden. O resultado foi o seguinte:
O Intrade é uma bolsa de aposta de diversos eventos. No caso do gráfico, apostava-se a chance de Bin-Laden ser capturado até 11 de setembro de 2011. Os apostadores acreditavam numa chance remota. Se você tivesse um sexto sentido, poderia comprar aposta que ele seria morto antes da data. Como a chance dos apostadores era de 3,8%, o ganho desta aposta seria realmente elevado. (Quanto menor a chance, maior o ganho do apostador)

Isto mostra que em situações de informação imperfeita é difícil para o mercado ser eficiente.

BM&FBovespa cria mais quatro índices de ações

Por Pedro Correia

A BM&FBovespa iniciou o cálculo e a divulgação, em tempo real, de quatro novos índices: Índice Brasil Amplo (IBrA), Índice Dividendos (IDIV), Índice Materiais Básicos (IMAT) e Índice Utilidade Pública (UTIL).

O Índice Brasil Amplo estreia com 153 ações, englobando todos os papéis das empresas listadas na BM&FBovespa que atendam aos critérios mínimos de liquidez, como a inclusão numa lista cujos índices de negociabilidade somados representem 99% dos totais de negócios e de volume financeiro registrados e participação em pregão igual ou superior a 95% no período de doze meses anterior ao cálculo do indicador.

O Índice Dividendos mede o comportamento das ações das empresas que apresentaram os maiores retornos aos seus acionistas em termos de dividendos e juros sobre o capital (dividend yields) nos últimos 24 meses anteriores à seleção da carteira.

O Índice Materiais Básicos é composto pelos papéis mais representativos dos setores de embalagens, madeira e papel, materiais diversos, mineração, químicos, siderurgia e metalurgia.

O Índice Utilidade Pública reflete o comportamento das ações das companhias mais representativas do setor de utilidade pública, que inclui energia elétrica, água e saneamento e gás.

Os quatro novos indicadores terão suas carteiras teóricas reavaliadas a cada quatro meses, da mesma forma que os demais índices da BM&FBovespa. No total, a Bolsa conta agora com 22 indicadores .


Fonte: Bovespa

Arredondamento

Um novo comunicado do Bureau of Economic Analysis diz que a economia cresceu a 1.8 por cento ao ano. Nas tabela mostram que o crescimento foi de $13,380.7 bilhões (em dólares de 2005) para $13,438.8 bilhões.
 [...] BEA recebeu muitas chamadas de pessoas que calcularam uma taxa anual de 1,7482 por cento. Você deve arrendondar para baixo o valor. Então o número deveria ser 1,7 por cento.
Is 1.8% the Real Real Number? - Floyd Norris - New York Times

Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 1

Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 1

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropbox,JabRefPlagius]

Eu amo a contabilidade, mas tenho uma queda pela ciência da computação e por sistemas de informações. Por isso resolvi escrever uma série de postagens para compartilhar alguns aplicativos e dicas que podem ajudar a sua vida de contador, pesquisador, leitor, estudante... Na próxima postagem da série falaremos sobre “dropbox”. (Incentivo, inclusive, a participação e sugestão nos comentários. Não sejam tímidos!).

Não sei se vocês se lembram de uma postagem do professor César em janeiro de 2009: “Por que os professores de contabilidade não blogam?”. Ao fim do texto ele afirma: “Alguns [professores] sequer conhecem os instrumentos de agregação de notícias, como o Google Reader (se o leitor não conhece, vale a pena conhecer. Entre na página do Google, cadastre usando um e-mail e faça um link para seus endereços preferidos, incluindo este, obviamente. Toda vez que tiver uma alteração no seu endereço você pode ter acesso através do Reader. Para vocês terem uma ideia, no meu Reader eu recebo em torno de 800 a 1000 alterações por dia, alterações que me ajudam a fazer atualizações diárias no Contabilidade Financeira.).” E por causa desse parágrafo hoje falaremos sobre agregadores de feeds.

Segundo a Wikipédia, o RSS é um subconjunto de dialetos XML que servem para agregar conteúdo ou "Web syndication", podendo ser acessado mediante programas ou sites agregadores. É usado principalmente em sites de notícias e blogs. Então os RSS nos ajudarão a organizar e aproveitar melhor os conteúdos que acompanhamos virtualmente.

Seguem algumas dicas de aplicativos vindas de um contadora e, portanto, sujeita a falhas.

Aplicativo on line: Aqui
O Google Reader foi criado com a idéia de tornar o mundo das notícias algo fácil e divertido de se desfrutar com eficiência. A interface e utilização é semelhante ao de outros aplicativos do Google e tem a vantagem de poder ser acessado por qualquer computador, celular ou tablet com base no seu login (assim como o realizado para logar o Gmail). O Google Reader foi extinto. O público em geral ainda está se acostumando com a ideia. Aplicativos alternativos: G2Reader, Feedly, The Old Reader.



Aplicativo de graça:
Leitor de Notícias: Aqui
Além dos feeds que você cadastra (dos sites que você quer seguir), esse programa também mostra as principais manchetes de jornais.

SpaceTime: Aqui
Caso você procure algo moderno e fora do habitual, esse é o programa pra você. Como é um programa pesado, é indicado para computadores mais atuais.

Aplicativo que provavelmente já existe no seu computador:
No Microsoft Office 2007 vem o Microsoft Outlook 2007, equipado com agregador de feeds. Segundo o software: “Depois de assinar um RSS Feed, os títulos serão exibidos em suas pastas de RSS. Os itens de RSS são exibidos de forma semelhante às mensagens de email. Quando você vir uma mensagem que lhe interesse, basta clicar no item ou abri-lo.” Mais informações aqui.

Após selecionar o programa de sua preferência, pesquise o endereço RSS dos sites pelos quais você se interessa. Alguns colocam uma ferramenta no próprio blog na qual está escrito “RSS Feed” ou há o símbolo:. Porém, mesmo que o site não disponibilize claramente o RSS, você poderá digitar Alt+J que aparecerá o endereço, caso o site possua feeds. O dessa página, por exemplo, é: http://contabilidadefinanceira.blogspot.com/feeds/posts/default.

Escolhido o programa, pesquisados os RSS, você poderá cadastra-los e acompanhar de forma mais oportuna os conteúdos que te interessam. Que tal? Boa leitura!

Alternativas ao uso do CAPM

Pedro Correia



Damodaran propõe uma série de alternativas ao uso do CAPM:





Alternatives to the CAPM: Wrapping up

É caro viver no Brasil

Por Pedro Correia



São Paulo X Nova York






Clique na imagem




Fonte: Wall Street Journal

Lucros Cessantes

Segundo súmula do STJ:

Lucros cessantes consistem naquilo que o lesado deixou razoavelmente de lucrar como consequência direta do evento danoso (Código Civil, art. 402). No caso de incêndio de estabelecimento comercial (posto de gasolina), são devidos pelo período de tempo necessário para as obras de reconstrução. A circunstância de a empresa ter optado por vender o imóvel onde funcionava o empreendimento, deixando de dedicar-se àquela atividade econômica, não justifica a extensão do período de cálculo dos lucros cessantes até a data da perícia. A apuração dos lucros cessantes deve ser feita com a dedução de todas as despesas operacionais da empresa, inclusive tributos. 

Via aqui. Dica de Caio Tibúrcio

Jogador no Balanço dos Clubes de Futebol

Nas empresas desportivas o principal item intangível é o direito desportivo sobre o jogador. Investigações mostraram que nos clubes europeus o direito desportivo sobre o atleta formado internamente geralmente não é reconhecido como activo no Balanço, ao contrário do direito relativo ao jogador adquirido de terceiros. No Brasil, a prática contabilística é diferente, fruto da Resolução n.º 1005/2004, do CFC. Perante estas diferenças, o estudo debruça-se em particular sobre o tratamento contabilístico do direito desportivo resultante da formação, num espaço geográfico reduzido a Portugal e Brasil. (...) Concluímos que tanto o jogador formado internamente como aquele cujo direito desportivo é adquirido de terceiros cumprem com os requisitos necessários para serem reconhecidos como activo intangível. Em Portugal, a quase totalidade dos clubes não reconhece o direito desportivo resultante da formação, porque consideram que não existe um critério fiável para a valorização desse direito. Contrariamente, a totalidade dos clubes brasileiros reconhecem esse direito como activo intangível.

DIREITO DESPORTIVO RESULTANTE DA FORMAÇÃO: EVIDÊNCIA EMPÍRICA NOS CLUBES PORTUGUESES E BRASILEIROS - Sérgio Nuno da Silva Ravara Almeida Cruz, Luís Lima Santos, Graça Maria do Carmo Azevedo - Universo Contábil Resumo

Seminário

O Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília - UnB realizará o Seminário, 11º ANO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: REFLEXO NA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA E NO CONTROLE SOCIAL, que tem por objetivo discutir os avanços e desafios da LRF na gestão pública do país no período de 2000 a 2011. No evento, serão proferidas palestras com pessoas renomadas e conhecedoras do tema, possibilitando uma ótima oportunidade para que a comunidade acadêmica tenha uma melhor compreensão da importância de políticas e gestão pública à sociedade brasileira.

O evento será realizado no dia 04 de maio de 2011.

Local de Realização: Auditório Joaquim Nabuco - UnB/FACE/CCA Prédio da Face, Térreo Campus Darcy Ribeiro – Asa Norte Brasília/DF CEP 70910-900 - Tel. (61) 3107-0795

KPMG

No dia 6 de abril colocamos um link para um texto de Jonathan Weil, da Bloomberg. No final de abril o Valor Econômico apresentou nas suas páginas a tradução do texto. Eis alguns trechos:

Semanas atrás, o Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (PCAOB) dos Estados Unidos divulgou seu relatório de inspeção trienal sobre a filial em Hamilton, nas Bermudas, da KPMG, auditoria que é uma das chamadas "Big Four". 
E foi um relatório terrível. A equipe do PCAOB identificou em uma das auditorias realizadas pela KPMG-Bermudas uma deficiência tão significativa que parece que "a firma não conseguiu evidências competentes para suportar sua opinião sobre as demonstrações financeiras da emissora". 
Por se tratar do irremediavelmente tímido PCAOB, o relatório não revelou que empresa foi auditada pela KPMG-Bermudas. Isso porque a agência, como norma, se recusa a fornecer os nomes das companhias onde seus inspetores encontram auditorias malfeitas. Isso apenas mostra que a maior prioridade do PCAOB não é "proteger os interesses dos investidores", conforme alardeia o lema do conselho. Em vez disso, a prioridade é proteger os pequenos segredos sujos das firmas de contabilidade e seus clientes de auditorias.
(...)  É quando você olha para as demonstrações financeiras da Alterra que a magnitude da burrada feita pela KPMG-Bermudas fica aparente. Ações disponíveis para venda é único grande item de linha do balanço da Alterra. Elas representavam quase metade dos ativos totais de US$ 7,3 bilhões da companhia em 31 de dezembro de 2008, e pouco mais da metade de seus ativos totais de US$ 9,9 bilhões no fim do ano passado. 
Agora considere que a Alterra vai realizar sua assembleia anual de acionistas hoje, quando os acionistas terão a oportunidade de votar a ratificação da nomeação da KPMG-Bermudas como auditor independente da companhia. Até mesmo isso não tem importância para o PCAOB. Uma porta-voz, Colleen Brennan, disse que o conselho não vai confirmar se a Alterra é mesmo o cliente não revelado. Não faz mal que o segredo foi revelado. O PCAOB simplesmente não liga se os investidores conseguem ou não as informações de que precisam. (...)