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01 março 2011

Previsão

as pessoas que conseguiram prever os eventos extremos, e estão devidamente enfeitados com elogios, as vendas de livros grandes e lucrativas palestras, não o fazem porque o seu julgamento é tão afiado. Eles fazem isso porque é muito ruim...

O trabalho mais notável no campo é de Philip Tetlock, da Universidade da Pensilvânia. Tetlock analisou mais de 80.000 previsões políticas de supostos especialistas por mais de duas décadas para ver como eles se saíram.

A resposta é: ruim. Os peritos fizeram tão bem quanto chance. E quanto mais procurado o especialista, mais ousado e, portanto, menos precisas, as previsões. Uma pesquisa feita por um punhado de outros sugere que o mesmo vale para analistas econômicos. Uma previsão precisa - de um evento extremo pode gerar excesso de confiança, que pode levar a fazer mais ousadas apostas e, portanto, e mais mais erros...

Fonte: aqui

Dodd–Frank Wall Street Reform

Dodd–Frank Wall Street Reform - Por Pedro Correia

A Dodd-Frank Wall Street Reform and Consumer Protection Act, como a lei é oficialmente conhecida, tem a tarefa precípua de tratar da incrível tendência do setor financeiro em colocar todo o sistema em risco e, eventualmente, ser socorrido às custas do contribuinte. Esse Act foi proposto, em 2009, por Barney Frank na Câmara e no Senado por Chris Dodd . Apesar de ter por volta de 2300 páginas, ou possivelmente por causa delas, há uma dúvida de qual será seu eventual impacto. A lei exige mais de 225 novas regras financeiras em 11 agências federais americanas. A tentativa de consolidação da regulamentação foi mínima e muitos dos reguladores que falharam durante a última crise têm recebido mais autoridade. Além disso, a lei representa o conjunto mais abrangente de reformas do setor financeiro dos EUA desde a crise de 1929.


No livro Regulating Wall Street os eminentes acadêmicos da New York University's Stern School of Business realizaram um profundo estudo da Lei de Dodd-Frank. Segundo o prólogo do livro de Acharya, Cooley, Richardson, Sylla e Walter estes são os principais pontos:

1-Identificação e regulação do risco sistêmico: a lei cria um Conselho de Risco Sistêmico que define quais instituições não-financeiras são sistemicamente importantes, esse conselho pode regulamentá-las e, como último recurso, dividi-las. Além disso, estabelece também um escritório no âmbito do Tesouro dos EUA para recolher, analisar e disseminar informações relevantes para antecipar futuras crises.

2- Estabelece a responsabilidade e a autoridade do Federal Reserve: a lei concede a autoridade do Fed sobre todas as instituições financeiras rotuladas como “sistematicamente importantes”, que significa que o seu fracasso poderia desestabilizar o sistema financeiro e concede ao Fed a faculdade de impor qualquer tipo de regulação sobre a entidade, como exigir que ele aumente o capital social, limite a quantidade de dívida de curto prazo que pode emitir e etc. Além disso, o banco central norte-americano tem responsabilidade de preservar a estabilidade financeira. Em suma, dá ao Fed enorme poder de regulação.

3- Regulação e transparência dos derivados: a lei dispõe sobre a compensação central de derivativos padronizados, e a regulação dos mais complexos que permanecem negociados no balcão (isto é, fora das plataformas centrais de compensação), em suma, visa à transparência de todos os derivados.

4-Restringe intervenções regulatórias discricionárias: a lei impede ou limita a ajuda emergencial do governo para cada instituição.


5- Restabelece uma forma limitada de Glass-Steagall (a Volcker Rule): limita os bancos na manutenção de companhias para investimentos mínimos em atividades de negociação por conta própria, tais como fundos de hedge e de private equity, e proíbe-os de resgatar financeiramente esses investimentos.
Além disso, a lei introduz uma série de reformas para as hipotecas, a divulgação de fundos de hedge, resolução de conflitos em agências de rating.


6-BCFP- A reforma mais popular da lei, ainda que secundária à crise financeira é a criação do Bureau of Consumer Financial Protection (BCFP), que terá extensa autoridade para regular e fazer cumprir as normas que regem os serviços financeiros, para qualquer indivíduo que se engaje na oferta ou venda de um produto ou serviço financeiro junto aos consumidores. O BCFP é especificamente encarregado de proteger os consumidores contra a discriminação e "atos desleais, enganosas e/ou práticas abusivas. Uma série de entidades, serão dispensados da autoridade do BCFP, incluindo, por exemplo, a SEC.


Tradução livre de Pedro Correia

Kadafi e LSE

A London School Economics é uma das escolas de economia mais respeitadas do mundo. Ou era até aceita 300 mil libras para financiar pesquisa para uma fundação dirigida por Saif al-Islam Kadafi, filho do ditador e, coincidência, ex-aluno da LSE. Por conta disto, a LSE foi apelidade de "Faculdade de Economia da Líbia".

O diretor, Sir Howard Davies, lamenta o erro de considerar Saif uma "figura modernizadora".

Auditorias

(...) Nove conselheiros [da Sadia], entre eles a empresária Luiza Helena Trajano, uma das donas do Magazine Luiza, receberam multas que variam de 200 000 reais a 400 000 reais. “Eles falharam ao permitir operações acima do limite estabelecido pela companhia”, diz Alexsandro Broedel Lopes, relator do processo. Como é de imaginar, a decisão da CVM incomodou os conselheiros.

“Todo mundo errou”, diz Roberto Faldini, ex-conselheiro que acabou inocentado no julgamento porque havia assumido uma cadeira no conselho da Sadia poucos dias antes do estouro do escândalo. “Por isso mesmo, estranhamos o fato de os auditores não terem sido sequer indiciados.” A KPMG, auditora da companhia entre 2004 e 2008, nunca fez ressalvas sobre o risco das operações com derivativos em seus pareceres anuais. Segundo a CVM, a apuração da conduta dos auditores ainda está em curso.

O debate em torno do rombo na Sadia (empresa que viria a se unir logo depois à Perdigão para formar a Brasil Foods) é mais um dos vários escândalos financeiros dos últimos anos que colocam em dúvida o papel das firmas de auditoria. Nos últimos tempos, três outras grandes empresas sofreram perdas bilionárias com fraudes ou irregularidades contábeis — Aracruz, Carrefour e PanAmericano, todas avalizadas por auditorias independentes. Estima-se que companhias desse porte paguem algo em torno de 5 milhões de reais ao ano para contar com o serviço de auditores.

Com tanto dinheiro na mesa, seria fácil supor que o carimbo dessas firmas representasse uma garantia de que investidores e acionistas poderiam confiar nas informações divulgadas nos balanços. Mas não é bem isso o que acontece. De acordo com a legislação, descobrir fraudes não é papel das auditorias. Sua função é esquadrinhar as contas dos clientes para verificar se a contabilidade está em ordem. E só. Ainda assim, essa tarefa esbarra numa limitação prática — o volume assombroso de documentos gerado pelas grandes empresas.

Para revisá-los, os auditores trabalham por amostragem. Pinçam alguns dados e checam com fornecedores, bancos e outras áreas da companhia se as informações estão corretas. Desse modo, encontrar uma fraude isolada pode ser tão difícil quanto tirar o bilhete premiado na loteria. “Se um administrador conhecer os meandros e quiser burlar o sistema, pode ter sucesso”, diz Jorge Menegassi, presidente da Ernst&Young Terco. “Nosso trabalho é criterioso, mas nunca vai ser infalível.”

As estatísticas mostram que são raras as situações em que essas firmas percebem alguma irregularidade nesse sentido. Uma pesquisa da KPMG avaliou que em apenas 2% dos casos uma fraude é apontada pela auditoria. Quem identifica com mais frequência os rombos são os filtros criados pelas próprias companhias — de canais para receber denúncias de funcionários a auditorias internas. Fortalecer esses órgãos foi justamente a solução da Brasil Foods para evitar ter novas surpresas em seus balanços.

Exame, via Notícias Contábeis

A questão que persegue as auditorias é aparentemente estatística. Qualquer procedimento de auditoria possui um percentual que possibilita evitar fraudes. Mas o destaque da imprensa será sempre sobre o percentual de falha. Por exemplo, suponha que uma empresa de auditoria possua 98% de chance de sucesso no seu trabalho, descobrindo fraudes. Isto significa que de cada 100 empresas que auditar, duas deverão apresentar problemas. Estas serão notícias quando o problema for descoberto.

28 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 439

Um artista abaixo levou 50 milhões de dólares para fazer um show particular para o filho de Kadafi:

Beyoncé
Mariah Carey
Usher

Resposta do Anterior: 600 mil. Fonte: aqui

Evidenciação em Empresas Fechadas

Sobre a obrigatoriedade da evidenciação contábil para empresas de grande porte:

A questão se iniciou quando a Lei nº 11.638, de 2007, determinou a aplicação das disposições da Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976 - sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras, à sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, o que inclui as sociedades limitadas. (...)

Nesse aspecto, entendemos que tal exigência é aplicável apenas para o registro das atas que aprovem as demonstrações financeiras (atas das assembléias gerais ou reuniões anuais) e não de outros documentos. Com base nessa decisão, algumas juntas comerciais têm determinado a comprovação da publicação das demonstrações financeiras das sociedades de grande porte para o registro das atas das assembleias gerais ou reuniões anuais que as aprovem.

Em junho, o DNRC recorreu da sentença. No entanto, o recurso não suspende os efeitos da sentença do tribunal. Assim, momentaneamente, prevalece a exigência de publicação das demonstrações financeiras por sociedades limitadas de grande porte.

Se a sentença for mantida, as limitadas que preencham os requisitos acima serão obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras, sob pena de não conseguirem arquivar as atas de suas assembleias gerais ou reuniões anuais que aprovem tais contas na junta comercial e sofrerem as implicações comerciais decorrentes. A publicação das demonstrações financeiras deverá ser feita no diário oficial do Estado em que esteja localizada a sede da sociedade e em outro jornal de grande circulação, editado no lugar em que está localizada a sede da sociedade. Nenhuma outra forma de divulgação será exigida. (...)


Maria Lúcia de Almeida Prado e Silva - Valor Econômico

Oscar


A figura mostra a relação entre os filmes mais populares e os filmes que venceram o Oscar. No alto, os pontos vermelhos representam que naquele ano o filme que mais arrecadou, ou seja o filme escolhido pelos espectadores, também venceu o Oscar. Por exemplo, E o Vento Levou ou O Poderoso Chefão. Em 16 dos 83 anos, ou menos de 20%, isto ocorreu. Nos demais anos, a relação entre a receita do filme mais popular versus a bilheteria do vencedor do Oscar do Ano. Em 2009, a relação entre Avatar e Guerra ao Terror ficou perto de zero, por exemplo.

Medida Provisória 507

Quase cinco meses depois de publicada, a Medida Provisória 507, de 2010, continua sendo contestada por contadores e advogados. A norma exige procuração pública para a representação de terceiros em processos administrativos da Receita Federal. Nesta semana, o Sindicato dos Contabilistas (Sindcont) de São Paulo e a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) obtiveram duas liminares suspendendo os efeitos da exigência.
A decisão da segunda-feira (21/2) vai beneficiar 65 mil profissionais de contabilidade. Os efeitos da liminar começam a valer só depois da notificação da Receita Federal. Para usufruir da suspensão, o contabilista associado ao sindicato precisa apresentar a certidão da entidade e a carteira social.
A necessidade de procuração pública "afronta os princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade", escreveu o juiz federal da 19ª Vara Federal de São Paulo, José Carlos Motta, autor da decisão. De acordo com ele, a exigência "adiciona entraves burocráticos que dificultam e inviabilizam as atividades dos contabilistas".
Obedecendo ao disposto na MP 507, a Receita Federal publicou a Portaria 2.166. O artigo 7º da norma disciplina como se dá o uso de instrumento público em atos que impliquem o fornecimento de informações protegidas por sigilo fiscal.

Três dias depois da decisão da Justiça Federal paulista, a Justiça Federal no Distrito Federal manifestou posicionamento semelhante. A juíza federal Edna Márcia Ramos entendeu que "a exigência contida no artigo 7º da Portaria RFP 2.166 [...] apresenta vícios, em especial os que se referem à violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, e ao livre exercício das profissões de contador e técnico em contabilidade". De acordo com a CNPL, a decisão afeta o cotidiano de 450 mil bacharéis e técnicos de Contabilidade do país.
Ainda de acordo com a decisão, "o ato institui verdadeira condição à prática, por terceiros, de atos perante o Fisco, ao exigir apresentação por procuração por instrumento público, o que implica maior investimento de tempo e dinheiro para solução de pendências, com prejuízo para o cidadão e profissionais da área contábil".

"Esta vitória é um presente especial da CNPL para toda a categoria contábil e para o empreededorismo nacional", disse o presidente da CNPL, Francisco Antonio Feijó. Já Victor Domingos Galloro, presidente do Sindcont-SP, reforça que a entidade vai continuar na luta pela defesa das prerrogativas dos contabilistas.

Fonte: aqui (dica de Caio Tibúrcio)

Custos do trem bala

Custos do Trem Bala - Postado por Pedro Correia
Marcos Mendes, consultor legislativo do Senado e Doutor em Economia pela USP, realizou dois estudos para a avaliação do projeto de construção de Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro e Campinas. Tanto como no primeiro estudo como no segundo o autor mostrou que há elevado potencial de problemas existentes no projeto, e que suas conclusões levam à recomendação de cancelamento do mesmo. No estudo ele apresenta: o custo total estimado para construção do TAV,os cenários de custo do governo, as estimativas de subsídio implícito no empréstimo de recursos públicos ao concessionário do TAV, os custos de substituição e reparação de equipamentos (trens, locomotivas, sistema elétrico, sinalização, etc.) entre outras informações. Segue alguns trechos do último estudo:


“...dados comparativos que indicam que o TAV é o projeto de infraestrutura mais caro do país. O seu orçamento, de R$ 34,6 bilhões (provavelmente subestimado), é quase duas vezes maior que o da hidrelétrica de Belo Monte (R$ 19 bilhões) e mais de seis vezes superior ao da Ferrovia Transnordestina (R$ 5,4 bilhões). Registre-se, ainda, que o custo por quilômetro orçado para o TAV é mais de vinte vezes superior ao custo de construção de uma ferrovia convencional de transporte de carga, e que o orçamento total da obra representa mais que o dobro do valor total investido em ferrovias no Brasil, pelo setor público e pelo setor privado, no decênio 1999-2008...Além disso, o valor presente da despesa pública com o TAV ficaria entre R$ 14,6 bilhões, no caso em que o projeto venha a ser bem sucedido, e R$ 36,4 bilhões em um cenário pessimista (estouro nos custos, frustração de demanda, inviabilidade financeira do empreendimento e consequente estatização.Assim,uma obra desse porte deve ser planejada com extremo cuidado, pois qualquer variação no custo estimado significará uma despesa adicional de bilhões de reais, pressionando as finanças públicas.”

27 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

O mito do desaparecimento do gene louro

Executivos do HSBC pagam para encerrar processo na CVM

O empresário Roberto Carlos

Contador é preso por fazer ameaças no Twitter (aqui) dica de Pedro Correia

Warren Buffett e sua carta anual: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui

Workaholic

A tabela mostra três informações sobre o trabalho em quatorze países. Na primeira coluna, o percentual de pessoas que tiram todas as férias que têm direito. Assim, 33% dos trabalhadores japoneses saem de férias como deveriam. Um pouco mais da metade dos brasileiros realmente tiram férias. A segunda coluna são os feriados nacionais. Observe que os onze feriados nacionais estão dentro do padrão médio dos outros países. A Índia possui 16 feriados e a Austrália somente 8. A última coluna é o número de horas anuais de trabalho. Enquanto o trabalhador russo gasta quase duas mil horas no trabalho, o sueco leva 1610 horas.


Fonte: aqui

26 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Rir é o melhor remédio – Por Isabel Sales


Uma seleção de momentos da série “Os Simpsons” em que eles fazem graça sobre estudantes de mestrado e doutorado (grad students):





Indicado por Erica Chad, a quem agradeço.

Mais sobre os Simpsons no blog: Aqui, Aqui e Aqui

Demanda no Walt Disney World

Demanda no Walt Disney World - Por Isabel Sales

O professor Daniel Hamermesh escreveu uma postagem pro blog Freakonomics com base em uma simples observação de seu filho: o complexo da Walt Disney World tem formas interessantes de alterar a demanda por serviços em seus parques para os horários que não de pico, como oferecer cupons de desconto de 30% para o consumo entre 15h e 16h30 nos restaurantes, ou 20% entre 9h e 12h na compra de produtos.

A Disney treina seus funcionários extensivamente de forma com que uma grande parte dos custos com mão de obra se tornem fixos. Para espalhar esses custos de forma com que a produtividade seja maximizada, faz sentido reduzir o pico da demanda por mão de obra. Distribuir esses custos ajuda a reputação do parque com os consumidores que podem passar menos tempo na fila e mais tempo gastando dinheiro.

Mais sobre a Disney: Aqui e Aqui.

25 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Veja este lance de uma partida de Futebol. Muito divertido. Faria inveja a muito ator. Fonte: aqui

Links

Em finanças comportamentais

A inteligência de um grupo depende da ignorância dos seus membros

O efeito do pagamento por notas no desempenho do aluno

Por que o solteiro gasta muito: o custo do amor

Macacos possuem gestos quando não querem interação social

Na paquera online, elogiar os lábios é mais eficiente

O efeito do último nome no comportamento

Lágrimas das mulheres e desejo sexual dos homens

Por que o valor não depende das normas contábeis?

O valor de um bem ou de uma empresa é estimado pela geração de dinheiro que ocorrerá no futuro. Como o dinheiro que ganho hoje é mais precioso que o dinheiro que irei receber em 2021, é necessário trazer a valor presente estes valores. Em outras palavras, o valor diz respeito a entrada de caixa a valor presente.

Por este motivo, o valor não depende das normas contábeis. As normas contábeis estão preocupadas com o regime de competência. Mas será que esta frase tem fundamento?

Somente em parte. Existem duas situações onde as normas contábeis podem afetar o valor de uma empresa. Em primeiro lugar, algumas entradas e saídas de dinheiro estão diretamente relacionadas com as normas contábeis. Considere a situação de um funcionário que recebe comissão sobre receita. A maneira como a receita é apurada afeta o pagamento desta comissão. Uma norma contábil que muda o reconhecimento da receita irá alterar o momento da saída do dinheiro e, por conseqüência, o valor.

A segunda situação onde a norma contábil influencia o valor é no processo decisório. Se a adoção de uma norma melhora o processo decisório, isto pode agregar valor. Mas ao contrário da primeira situação, em geral nós temos muita dificuldade de mensurar o que uma empresa estaria ganhando com normas.

Teste 438

A

imagem mostra um par de sapatos. Quanto vale? Duas dicas: é de rubi e foi um dos quatro usados no filme Mágico de Oz.

Mais de 10 mil dólares e menos de 100 mil dólares
mais de 100 mil dólares e menos de 1 milhão
mais de um milhão

Resposta do Anterior: diz respeito a uma reforma em Wall Street. O nome é em homenagem aos dois políticos que promoveram a mudança. (Precisamos falar mais sobre isto no blog.)

Custo da reserva

O Banco Central gastou R$ 26,6 bilhões [1] em 2010 para manter as reservas internacionais brasileiras, que hoje superam US$ 300 bilhões. O valor é pouco maior que a metade do corte previsto pelo governo para o Orçamento deste ano, de R$ 50 bilhões.

Segundo o balanço do BC de 2010, aprovado hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o chamado "custo de carregamento" das reservas foi de 5,86% no ano passado. Isso ocorre porque o custo médio de captação do Banco Central foi de 7,74%, enquanto a rentabilidade dos títulos que compõem as reservas foi de 1,88% no período [2].

Desta forma, segundo o diretor de Administração do BC, Antero Meirelles, o custo "foi bom" considerando que o volume médio das reservas, em reais, no ano passado chegou a R$ 455 bilhões.

O diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, afirmou que o custo de manutenção das reservas internacionais é menor que os benefícios que o País tem em acumular reservas. Segundo ele, as reservas elevadas ajudam o Brasil e as empresas brasileiras a se financiarem de forma mais barata no exterior [3]. Além disso, na sua avaliação, o acúmulo de dólares evitou perdas maiores em termos de crescimento e geração de emprego durante a crise financeira internacional em 2008 e 2009.

"São difíceis de estimar todos os benefícios. Só dá para comparar com outros momentos de crise que não tínhamos reservas elevadas", disse Meirelles. "Qualquer conta que se fizer, o benefício de ter reservas é maior que o custo".

Custo das reservas internacionais em 2010 foi de R$ 26,6 bilhões - Eduardo Rodrigues e Renata Verísssimo - Agência Estado

[1] Este valor é obtido pela multiplicação de 5,88% x 455 bilhões
[2] É importante destacar o conceito implícito de custo de oportunidade. Entretanto, discordo do cálculo, feito da seguinte forma: 5,86% = 7,74% - 1,88%. O correto seria (1,0774)/(1,0188) - 1 = 5,75%. O valor do custo seria, portanto, 5,75% x 455 = 26,18 bilhões.
[3] Ou seja, diminui o risco