
Removedor de Tatuagem
Sobre débitos e créditos da vida real
No Brasil, o principal motivo para que as empresas aumentem as contratações é o crescimento dos negócios - razão apontada por 62% dos entrevistados. De acordo com a especialista em recrutamento da Robert Half Marcela Esteves, este não é, entretanto, o único motivo. A demanda por executivos de finanças e contabilidade é impulsionada também pela entrada de empresas internacionais no país- elas buscam profissionais que, além de entender o sistema fiscal e tributário brasileiro, sejam responsáveis pelas primeiras ações dessas companhias no mercado local. "Normalmente são empresas que, antes de pensar em uma estrutura organizacional, buscam os executivos da área financeira. Isso porque eles organizam contratos, negociam com bancos e lidam com fornecedores, por exemplo".
(...) O contador, segundo a especialista, é uma peça-chave também para empresas que estão iniciando as operações no país. "Como o Brasil é muito complexo em termos fiscais e tributários, os profissionais dessa área têm bastante trabalho em explicar para os estrangeiros a alta carga de impostos e a exigência tão grande de controles, por exemplo", afirma. (Empresas procuram mais executivos para área contábil – Valor Econômico – 29 dez 2010)
É interessante notar que em nenhum momento comentou-se sobre a adoção das normas internacionais de contabilidade como uma variável que impulsiona o mercado de trabalho dos contadores. Duas explicações: ou realmente a adoção das normas não criou um mercado de trabalho para os contadores ou as pessoas entrevistadas esqueceram este aspecto.
Daqui para frente, destaca ele [José Carlos Bezerra, gerente de normas contábeis da CVM], a tarefa será participar ativamente do processo de discussão das normas que estão em revisão pelo próprio Iasb - e que não são poucas. "Seremos ativos nesse sentido", diz Bezerra, dizendo que o foro de discussão dessas normas no país deve ser o CPC. Concluída agenda de normas para balanços de 2010 - Fonte: Valor Econômico – 5 jan 2011
O que Bezerra diz é que uma norma do Iasb deve ser discutida no CPC. Considere a situação onde o Iasb coloque uma revisão de norma em audiência pública. Se uma empresa, uma universidade ou uma entidade desejar contribuir ou dar sua opinião sobre a futura norma deve fazê-lo através do CPC. Mas isto contraria o espírito da audiência pública, onde a participação deve ser a mais ampla possível
Um grupo formado por sete prefeitos, dois ex-prefeitos, servidores públicos municipais e empresários do Piauí foi preso, ontem, pela Polícia Federal (PF) no estado, acusado de desviar pelo menos R$ 3,7 milhões da União. Os suspeitos especializaram-se em comercializar notas fiscais frias — por essa razão, a operação da PF, que contou com a parceria da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), recebeu o nome de Geleira. (Correio Braziliense – 20 jan 2011 – PF prende 30 por emissão de notas frias)
O esquema envolvia 33 empresas que emitiam notas fiscais frias e comercializava com as prefeituras. As empresas que vendiam cobravam 15% do valor. Por este link parece que a maioria eram donos de escritórios de contabilidade.
Imagine com seria a vida se você não fosse capaz de se acostumar. O décimo bombom seria tão saboroso quanto o primeiro. O calor sentido ao entrar em um local abafado continuaria a incomodar após horas de exposição. Isso só não ocorre porque nosso cérebro tem uma capacidade enorme de se acostumar. Os cientistas chamam esse processo de habituação.
Quando recebemos um estímulo de maneira repetitiva em um período curto, a resposta que ele provoca diminui: nos acostumamos. O processo de habituação ameniza sentimentos tão distintos quanto o prazer de ingerir alimentos ou a revolta com o baixo reajuste do nosso salário.
Até hoje se acreditava que a habituação dependia de o cérebro receber estímulos diretamente dos sentidos, sejam receptores gustativos ativados ao ingerirmos um bombom ou o sistema visual ao ver impresso o valor do salário. A novidade é que experimentos demonstraram que é possível obter a habituação sem que o cérebro receba estímulo dos sentidos. Basta que imaginemos diversas vezes o estímulo para que o cérebro diminua sua resposta.
O experimento foi feito com cerca de 50 voluntários e usando os doces M&Ms. Um grupo foi instruído a imaginar por 30 vezes o ato de retirar o doce de um frasco, colocar na boca, mastigar e engolir. Outro foi instruído a imaginar 27 vezes o ato de retirar uma moeda de um frasco e colocá-la em um caça-níquel e em seguida imaginar por 3 vezes que retirava uma bala de um frasco, colocava na boca, mastigava e engolia. O terceiro foi instruído a imaginar 30 vezes que retirava uma moeda de um frasco e a colocava em um caça-níquel.
Balança. Após os exercícios, todos eram postos frente a um pote de M&Ms e informados de que deveriam aguardar até serem chamados. Não era informado se deviam ou não comê-los. Os cientistas queriam saber quantos doces as pessoas de cada grupo comeriam. Isso era determinado quando os voluntários deixavam a sala e a quantidade de M&Ms consumida era determinada com uma balança. Os resultados mostram que os voluntários que imaginaram 30 vezes que estavam comendo M&Ms ingeriam em média 2,21 gramas, enquanto as que imaginaram que manipulavam moedas 30 vezes ou 27 vezes comeram 4,1 gramas. Isso mostra que imaginar que você come M&Ms é suficiente para provocar a habituação, ou seja, diminuir a vontade de ingeri-los.
O experimento foi repetido pedindo a outros voluntários que imaginassem estar trocando os M&Ms de um pote para outro sem levá-los à boca. Nesse caso, quando colocados na frente dos doces, todos (manipuladores de moedas ou doces) ingeriram por volta de 4 gramas.
Em um terceiro experimento, as pessoas eram estimuladas a se imaginar colocando M&Ms no caça-níquel e a ingerir queijo. Quando colocadas em frente ao queijo e aos M&Ms, a habituação ocorria somente em relação ao queijo. Diversas combinações foram testadas e em todos os casos a habituação só ocorria quando a pessoa imaginava o ato de comer.
O fenômeno de habituação, obtido com o ato de imaginar o consumo de alimentos diversas vezes, é o oposto do que ocorre quando se pede para a pessoa imaginar um alimento saboroso (poucas vezes e sem imaginar a ingestão). Nesse caso, ocorre o que os cientistas chamam de sensitização, um fenômeno que leva a um aumento no consumo dos alimentos. É o que ocorre quando observamos a foto de um alimento delicioso: nossa vontade de comer aumenta a ponto de salivarmos. A sensitização explica o sucesso das propagandas.
A descoberta de que a habituação pode ser induzida pela imaginação sugere novas estratégias para reduzir o apetite e permitir a perda de peso. Antes do jantar, vá à cozinha, veja o que vai ser servido, volte para a sala, imagine 30 vezes o ato de ingerir os alimentos, e só depois se sente para comer. O mais interessante é que a descoberta talvez ajude a explicar porque imaginar de maneira repetitiva um determinado comportamento pode reduzir nossa resposta quando nos defrontamos com ele.
Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo – 20 jan 2010 – Biólogo - MAIS INFORMAÇÕES: THOUGHT FOR FOOD: IMAGINED CONSUMPTION REDUCES ACTUAL CONSUMPTION. SCIENCE, VOL. 330
Quando falo que sou professor de contabilidade, eu escuto que devo "ser bom em matemática". Por que as pessoas associam o contador com alguém que é bom em matemática? Observe que isto está presente até na própria definição de contabilidade. Meu dicionário Houaiss informa que a contabilidade é a ciência que estuda os métodos de cálculo ou que a contabilidade, no seu uso informal, é o cálculo e planejamento de despesas e ganhos.
Existem três possíveis respostas para esta pergunta. Em primeiro lugar, as pessoas não sabem o que faz um contador. Para não fazer feio, fazem uma associação imediata entre "conta" e a profissão, imaginando que só fazemos contas. Acho esta uma boa explicação para o nosso mistério.
Outra resposta possível decorre da história da contabilidade. A primeira obra publicada com o método das partidas dobradas era um livro de matemática. Durante décadas este livro serviu para propagar e ensinar o método das partidas dobradas. No século passado, uma das primeiras aplicações dos computadores era para ajudar na contabilidade nos cálculos necessários dos lançamentos contábeis. Assim, a contabilidade sempre esteve muito próxima da matemática, a tal ponto que algumas pessoas acreditam que ambas sejam ciências exatas.
Terceiro lugar, talvez as pessoas estejam certas e para ser contador é necessário saber um pouco de matemática. Podemos descobrir isto através de pesquisas, verificando se os bons contadores possuem uma habilidade com números acima da média. Na universidade onde trabalho, eu não consigo distinguir os alunos, e futuros profissionais, como substancialmente melhores em métodos quantitativos. Além disto, conforme uma postagem anterior, sobre um estudo no exterior, mostra que o contador possui uma habilidade quantitativa intermediária. Por isto, talvez esta resposta não esteja correta e devamos conformar com as duas anteriores: ou as pessoas não sabem o que faz um contador ou decorre da vinculação histórica com a matemática.
Anteriormente postei sobre uma piada velha sobre a contabilidade. O texto a seguir, de autoria da Claudia Cruz, mostra que é possível ser engraçado e original. Fantástico:
Se você está começando uma relação nova, deve observar a norma CPC 43/IFRS 1 - Adoção Inicial e adotar muita prudência no reconhecimento de ativos e passivos.
Se os dois estão mesmo apaixonados, essa situação deve ser evidenciada com base na norma CPC 04/IAS 38 - Ativo Intangível, porque a paixão não tem substância física, mas faz uma diferença enorme para o "negócio".
Mas é bom lembrar que em todo negócio sempre há risco. Por isso, mesmo com muitos intangíveis contabilizados, melhor fazer Contratos de Seguro (CPC 11/IFRS 4), para evitar perdas maiores no futuro.
Se o casal está percebendo que ambos estão crescendo com a relação, há uma norma a ser observada: CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. O que cada um tem adicionado à vida do outro?
Se o casal acha que deve oficializar a relação, no processo de reconhecimento, trata-se de uma Combinação de Negócios (CPC 15/ IFRS 3).
Em relação à evidenciação, precisam avisar a todas as partes interessadas no negócio/casamento (amigos e familiares), então adota-se a norma CPC 05/ IAS 24 - Divulgação sobre Partes Relacionadas.
Mas deve-se reconhecer que o casamento tem um custo a ser partilhado, por isso é imprescindível adotar a norma CPC 08/IAS 39 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.
Porém, se resolverem apenas morar juntos, talvez se deva adotar outra norma: CPC 18/IAS 28 - Investimento em Coligada e em Controlada (vai depender de quem controla quem e em que medida).
Se forem morar juntos, mas a relação for aberta, é necessário observar a norma CPC 19/IAS 31- Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture).
Em todo o caso, como a essência prevalece sobre a forma legal, casando ou morando juntos, alguma estrutura deve ser criada para a convivência ou andamento do negócio, daí algumas normas são necessárias: CPC 27/IAS 16 - Ativo Imobilizado, CPC 28/IAS 40 - Propriedade para Investimento, CPC 16/IAS 2 - Estoques, CPC 30/IAS 18 - Receitas e CPC 20/IAS 23 - Custos de Empréstimos, que foram tomados para as aquisições.
A evidenciação vai depender do regime de partilha adotado (comunhão total, parcial ou separação de bens): CPC 36/IAS 27 - Demonstrações Consolidadas no primeiro caso e CPC 35/IAS 27 - Demonstrações Separadas, nos demais.
Se a relação estiver rotineira, tem que dar um upgrade, tentar evidenciar o verdadeiro valor de tudo que está envolvido, então se resgata o custo histórico e se efetua um Ajuste a Valor Presente (CPC 12).
Se houver contribuição de terceiros [amigos, familiares, psicólogos] para assegurar a continuidade do negócio, deve-se reconhecer por meio da adoção da norma CPC 07/IAS 20 - Subvenção e Assistência Governamentais.
Se mesmo com upgrades e benefícios negociados [CPC 10/IFRS 2 - Pagamento Baseado em Ações], o negócio/casamento estiver com sua continuidade ameaçada, outras normas devem ser adotadas, porque a maioria das normas é adotada no pressuposto da continuidade.
Se houver negociações favoráveis na tentativa de manter o curso normal das atividades [do casamento], devem ser consideradas as seguintes normas: CPC 23/IAS 8 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erros e CPC 24/IAS 10 - Eventos Subsequentes.
Caso se conclua que a continuidade do negócio está realmente ameaçada, as partes devem ser prudentes e, mesmo que não seja exatamente o fim do exercício, levantar Demonstrações Intermediárias (CPC 21/IAS 34) de todos os ativos e passivos adquiridos durante o curso normal do casamento e também buscar Informações por Segmento (CPC 22/IFRS 8) a fim de que nenhum passivo ou despesa do negócio fique de fora do inventário.
Após o levantamento dos ativos e passivos conjuntos, para a partilha é muito provável que as partes sejam prudentes e adotem a norma CPC 25/IAS 37 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, provisionando as prováveis perdas.
No processo de separação propriamente dita, há várias normas a serem observadas: CPC 01/IAS 36 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, para que nenhuma das partes seja forçada a um negócio que não seja feito com base no valor justo dos ativos e passivos envolvidos; CPC 03/IAS 7 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, que evidencia quem de fato gerou e/ou consumiu o caixa e equivalentes de caixa do negócio. Por fim, deve ser adotada a norma CPC 31/IFRS 5 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada.
Após a realização da separação oficial, se uma das partes toma conhecimento de que a outra parte está tentando constituir um novo negócio, deve procurar a terceira parte envolvida e assinar com ela um Contrato de Concessão, nos termos da norma ICPC 01/IFRIC 12. Porém não deve esquecer-se de excluir a cláusula que diz que ao final no prazo da concessão, os ativos retornam ao poder concedente. Lembrete: Na norma que rege os contratos de concessão o que prevalece é o que está no contrato e não a essência!
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Mas observe que o gráfico mostra que a produção científica dos Estados Unidos na área de economia tem-se reduzido com o passar do tempo.

O gráfico mostra a distribuição dos prêmios Nobeis em ciências pelos países. Os Estados Unidos ganharam 209 prêmios, bem acima da Alemanha (com menos de 80) e Inglaterra. Mas observe que o quarto colocado é a Universidade de Harvard, que possui mais prêmios que a França. Cambridge, com mais de vinte prêmios, tem está na frente da Rússia. A explicação deste desempenho está na segunda figura, que mostra que Harvard possui um orçamento de 25 bilhões de dólares. 
Para se ter uma idéia, somente o orçamento de Harvard corresponde a 60% do orçamento total do Ministério da Educação e Cultura.
A BBC, querendo promover o carro elétrico, promoveu uma viagem de Londres a Edimburgo. O tempo da viagem foi de quatro dias, com nove paradas de dez horas para recarregar as baterias do Mini elétrico. Na década de 1830 uma diligência fazia o mesmo percurso na metade do tempo, com cinqüenta paradas para mudar os cavalos, cada parada com tempo de dois minutos.
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, que controlava o Banco Santos, foi despejado da casa em que morava no Morumbi, na zona sul de São Paulo. Ele não pagava o aluguel mensal de R$ 20 mil desde 2004. A dívida já alcançara R$ 1,727 milhão. (Ex-dono do Banco Santos é despejado de casa do Morumbi por dever aluguel – Mário César Carvalho – Folha de São Paulo)
O incrível é a lentidão da justiça nestes casos. E a notícia comprova isto duplamente. Em primeiro lugar, o longo tempo em que ele não pagava aluguel (desde 2004) e somente agora, sete anos depois, foi executado. Em segundo lugar, a gestão da massa falida, que leva anos para finalizar o processo.
A revista Fortune divulgou a lista das melhores empresas para se trabalhar. Entre as empresas de contabilidade, uma surpresa: Plante & Moran ocupou a 26ª. posição. Deloitte, em 63ª., Price em 73ª. , Ernst em 77ª e KPMB em 86ª. também estão na lista.
A Plante & Moran é uma pequena empresa, com 1.478 empregados (compare com os 38.493 da Deloitte, os 28.168 da Price, os 23.102 da Ernst ou os 19.892 da KPMG). Uma informação importante é que a Plante não paga maiores salários. Pelo contrário. Enquanto um assessor de auditoria recebe 64,3 mil dólares na Plante, um administrador da Ernst ganha 102,6 mil dólares.
A falecida esposa de Charles Munger, principal assessor de Warren Buffett, deixou como herança 25 ações da Berkshire Hathaway para a Henry E Huntington Library & Art Gallery. Lembrando que uma das características da empresa Berkshire é não fazer split das ações, o valor aproximado da doação é de:
3 dólares
3 mil dólares
3 milhões de dólares
Resposta do anterior: O imposto sobre alma é criação de Pedro, da Rússia, que não acreditava em almas; o imposto sobre tatuagem é cobrado no Arkansas desde 2005; o imposto sobre vendas de substâncias ilegais foi cobrado no Tennessee entre 2005 a 2009. Fonte: aqui
O lucro operacional é o resultado obtido pela entidade, antes da distribuição da remuneração do capital de terceiros (despesas financeiras) e capital próprio. Se estivermos interessados no resultado da entidade, o lucro operacional é a parte mais importante da demonstração do resultado do exercício. Entretanto, as pessoas não olham o lucro operacional e sim o lucro líquido. Qual seria a explicação para isto?
Duas respostas que se complementam. Em primeiro lugar é importante relembrar que quando o método das partidas dobradas foi divulgado por Pacioli a principal finalidade era apurar o resultado do empreendimento. Como na época o financiamento por terceiros não era tão relevante, isto significava determinar o resultado do proprietário. Devemos lembrar que o contador era um empregado do dono do negócio e seu trabalho era considerado um segredo. Assim, por tradição, a apuração do lucro líquido tem sido mais relevante que o lucro operacional por séculos. Mudar isto leva muito tempo.
Em segundo lugar o lucro operacional é mais controverso que o lucro líquido. Devemos incluir ou não as receitas financeiras? E os resultados de atividades não recorrentes? Tanto é assim que modernamente tem-se enfatizado mais a dicotomia resultado recorrente versus não recorrente. No Brasil especificamente tivemos uma "contribuição" da Lei 6404, que considerava como parte do lucro operacional as despesas financeiras. Isto tornou difícil considerar o lucro operacional uma medida confiável. Além disto, convencer as pessoas que o lucro operacional não deveria incluir as despesas financeiras é mais difícil ainda.