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31 agosto 2009

Caixa e Competência

Trechos da entrevista de Everardo Maciel, Secretário da Receita Federal no governo Fernando Henrique Cardoso:

Terra Magazine – Algo perplexo soube que o senhor, Secretário da Receita Federal por 8 anos nos governos de Fernando Henrique Cardoso, não tem a opinião que se imaginaria, e que está nas manchetes, editoriais e colunas de opinião, sobre o caso das ditas manobras contábeis da Petrobras, agora uma CPI?

Everardo Maciel - Independentemente de ter trabalhado em qualquer governo, meu compromisso é dizer a verdade que eu conheço. Então, a verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa.

Uma farsa, um factóide?
É exatamente isso. Farsa, factóide. E por quê? Porque não se pode falar de manobra contábil, porque a contabilidade só tem um regime, que é o de competência. [1]

(...) Por que o senhor se refere, usa as expressões, “farsa” e “factóide”?
Vejamos: farsa ou factóide, como queiram, primeiro para explicar indevidamente a queda havida na arrecadação. Agora, a Petrobras, no meu entender, tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. [2] Essas coisas todas são demasiado elementares. Para especialistas. [3] (...)


O Lino pediu para que todos lessem a entrevista. Eis minhas observações:

[1] O próprio entrevistado cai em contradição ao dizer que a contabilidade só tem um regime e depois explica os dois. Talvez fosse necessário afirmar que "pelas boas normas contábeis o regime que deve prevalecer é o da competência";

[2] Aqui o grande problema do argumento do ex-secretário. A mudança da data do pagamento faz toda diferença na área financeira. Existe uma coisa chamada valor do dinheiro no tempo. Sabemos que no longo prazo o regime de caixa é igual ao da competência (e isto está claro na entrevista). Entretanto, quanto mais a saída do dinheiro é postergada, maior o ganho para a empresa. Resultado do valor do dinheiro no tempo. Para uma empresa brasileira, postegar pagamento de imposto é muito significativo em termos de dinheiro. A Petrobras declara 8 bilhões em impostos. Calcule 1% - considerando por baixo o custo do dinheiro da empresa - sobre este valor corresponde a 80 milhões de dólares. Se o prazo for maior, por exemplo, seis meses, isto é perto de 500 milhões de dólares. Faz muita diferença, senhor ex-secretário.

[3] Realmente são elementares. Para os especialistas.

Custo

O presidente Lula também determinou ao seu pessoal que quer o desenvolvimento de uma completa indústria petrolífera no Brasil. Isso significa que companhias brasileiras deverão construir aqui a maior parte dos equipamentos necessários - de navios a sondas, de plataformas a oleodutos. Não se pode perder a oportunidade criada pela imensa demanda a ser gerada pelo pré-sal.

Certamente, há uma boa chance, mas antes disso está o custo Brasil.

Eis um bom exemplo: aquelas companhias precisarão de imensos contingentes de trabalhadores. Mas para contratar pessoas no Brasil, com carteira assinada, a empresa paga uma absurda quantidade de impostos. Veja o exemplo do gráfico abaixo: para cada R$ 100 de salário, a empresa paga nada menos que R$ 27,80 (considerando valores médios) em impostos diretos ao governo.

De seu lado, o trabalhador, antes de receber o salário, já deixa para o governo outros R$ 26.

Assim, para cada R$ 100 de salário formal, a empresa desembolsa R$ 127,80, o trabalhador leva para casa R$ 74 e o governo recolhe espantosos R$ 53,80 - ou um imposto direto sobre a folha de pagamento de 53,8%.

É uma das maiores cargas tributárias sobre o salário no mundo. Na Coreia do Sul, por exemplo, que é uma grande produtora de navios e equipamentos para exploração de petróleo, os impostos sobre o salário são inferiores a 10%. Idem para a China e para outros países asiáticos.

Acrescente aí que as empresas brasileiras ainda pagam muitos outros impostos - além de serem submetidas a um sistema tributário complicado, difícil e custoso -, e se verifica o tamanho da falta de competitividade.

Vai daí que é preciso reduzir a carga tributária, especialmente sobre os salários. Não faz sentido encarecer tanto a contratação num país que precisa gerar empregos.


Gastando por conta - Carlos Alberto Sardenberg - 31/8/209 - O Estado de São Paulo

Mais ainda, o câmbio não favorece a empresa brasileira, tornando mais barato o produto importado.

Petrobras e Dividend

A capitalização da Petrobras, estudada pelo governo para levantar dinheiro para os investimentos no pré-sal, representa ameaça aos 55 mil cotistas do fundo FTGS-Petrobras. O processo deverá reduzir sua fatia na empresa e, de quebra, diminuirá seus dividendos.

Capitalização ameaça trabalhador cotista de fundos FGTS-Petrobras
Folha de São Paulo - 31/8/2009


Não necessariamente. A lógica do texto é que o lucro permanecerá o mesmo e que a capitalização ocorrerá numa única vez.

Os dividendos podem até aumentar caso o lucro aumente e a capitalização seja feita de forma gradual.

Mas hoje a margem líquida da Petrobras é de 16%, versus 9% da Exxon. Mas relação receita por empregado é menor na Petrobras, indicando que talvez seja uma empresa com excesso de funcionários.

Basileia e Valor Justo

El Comité de Supervisión Bancaria de Basilea ha respaldado a la Junta de Normas Internacionales de Contabilidad (IASB) en la reforma de los estándares de valoración de activos. Una de las cuatro peticiones del grupo de Basilea es que las nuevas normas "reconozcan que el principio de fair value -contabilidad a valor de mercado- no es efectivo cuando los mercados carecen de liquidez".

Las implicaciones están claras: los bancos podrán estirar las normas de contabilidad cuando los precios caigan demasiado y el mercado se paralice. Argumentan que requerir a los bancos capital para cubrir pérdidas sobre papel empeoró la reciente crisis. Quizás es justo dar a los bancos una vía de escape durante colapsos temporales del mercado. Pero esta distorsión en las valoraciones tiene otra cara. Igual que niveles inadecuados de liquidez tiran los precios, los niveles excesivos pueden dispararlos. En el momento, las ganancias sobre el papel sientan bien. Se crean incentivos al apalancamiento y al comercio de titulizaciones sobrevaloradas. Eso es lo que pasó antes de la crisis actual. Cuando estalló la burbuja, los balances estaban tan llenos de basura que los bancos centrales y los Gobiernos tuvieron que salir al rescate. Para activos demasiado baratos, los contables contarán con la aprobación de los bancos para alejarse de la norma. Pero cuando los mercados estén arriba, la oposición será ardua. Así, la IASB debería introducir asimetría en las desviaciones: más rigor cuando los valores suban y menos cuando bajen.

El Comité de Supervisión Bancaria de Basilea ha respaldado a la Junta de Normas...
Cinco Días. Madrid - 31/8/2009 - Nacional - 032


Mais sobre a Basiléia, leia aqui

Teste #141

Lehman Brothers Holdings Inc. foi um banco de investimento que declarou concordata em 2008. Uma estimativa preliminar do passivo da empresa encontrou os seguintes valores:

a) $20 bilhões de dólares
b) $50 bilhões de dólares
c) $100 bilhões de dólares

Resposta do Teste Anterior: Contabilidade

Ganho nos esportes


Adaptado de Carpe Diem.

Um trabalhador brasileiro, recebendo 500 reais por mês, com a cotação a R$2 reais o dólar, levaria 400 meses para receber o mesmo valor. Ou 33 anos, aproximadamente.

30 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


O mágico do imposto

Partido Verde e Contabilidade

Em contraste com a euforia de lançar a senadora Marina Silva (AC) candidata à Presidência, o PV convive com denúncias de corrupção e com a ameaça de suspensão dos repasses do fundo partidário, que hoje responde por cerca de 80% da receita da legenda.

A apresentação de notas fiscais frias e a não comprovação de gastos com viagens e diárias (feitos com recursos públicos do fundo) levaram o corpo técnico do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a sugerir a rejeição das contas do partido de 2004, 2005 e 2006 nos últimos pareceres disponíveis.

Se o plenário do TSE referendar o entendimento dos auditores em pelo menos um dos processos, o repasse será suspenso por 12 meses. A receita estimada em 2010 se aproxima dos R$ 7 milhões.

Revelado pela Folha em junho do ano passado, o esquema de uso de notas frias é agora comprovado, em parte, pelos técnicos do tribunal.

Um dos casos citados nos pareceres foi a inclusão de uma nota no valor de R$ 4.866 emitida pela Corinne Decorações. O documento fiscal é de 2005, mas a empresa foi extinta oito anos antes, segundo a Receita.

A descrição do trabalho é genérica: "serviços diversos, inclusive na área de visual de candidatos e apresentadores".

O partido também entregou ao menos sete notas de empresas fantasmas, que não existem nos endereços informados, para justificar gastos de R$ 130 mil com criação digital, marketing e gravação de programas de TV.

Na contabilidade de 2005, os servidores do TSE apontam a ausência de documentos que comprovem gastos de R$ 92 mil. Entre os papéis entregues, há um contrato de aluguel que só teve início em 2008.

Em 2006, segundo os técnicos, não há comprovação de R$ 37,8 mil que teriam sido gastos com passagens aéreas e R$ 76,8 mil com diárias, boa parte atribuída ao presidente da legenda, José Luis Penna.

Após os pareceres pela rejeição das contas, os ministros relatores dos processos abriram prazo para que o PV apresente justificativas.

Agora, poderão reenviar os processos para nova análise do corpo técnico ou, se julgarem que as informações são suficientes, elaborar os votos pela aprovação, aprovação com ressalvas ou rejeição das contas. O voto é julgado pelo plenário. Não há prazo definido.

O PV informou que só soube pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do "defeito" de notas fiscais e afirmou que contratou uma auditoria externa, em andamento, para analisar a documentação.

A secretária de assuntos jurídicos do PV, Vera Lúcia da Motta, disse que não houve má-fé e que o partido está se esforçando para dar as explicações pedidas pelo tribunal.

(ALAN GRIPP - Partido é alvo de denúncias e pode perder repasses - Folha de São Paulo - 30/8/2009

29 agosto 2009

Rir é o melhor remédio



Stephenie Meyer é autora da série Twilight. Fonte Aqui

Fora do Siafi

Despesas de saúde ficarão fora do sistema de controle federal
Gazeta do Povo - 29/8/2009

BRASÍLIA - O Senado decidiu desvincular da conta única da Casa os recursos dos parlamentares e servidores que financiam o plano de saúde da instituição. Duas contas bancárias vão ser criadas na Caixa Econômica e no Banco do Brasil para gerir, exclusivamente, as contribuições destinadas ao Sistema Integrado de Saúde (SIS) do Senado – mas vão estar desvinculadas do Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos públicos federais).

Nota técnica emitida pelo SIS afirma que os recursos são de um fundo de reserva mantido por meio de contribuições mensais de servidores. “Não há, portanto, qualquer dinheiro proveniente do Tesouro Nacional. Conse­­quentemente, não há qualquer justificativa para depósito dos recursos desse fundo na Conta Única do Tesouro Nacional no Banco Central nem para sua movimentação por meio do Siafi”, afirma o documento.

Inicialmente, o Senado anunciou que as contas seriam integradas ao Siafi, mas o conselho do SIS decidiu manter os recursos do plano de saúde fora do sistema de controle do governo. O SIS é integrado por nove membros, entre eles o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) e o diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra.

As duas contas, porém, vão ter um CNPJ próprio, modelo já adotado pelo Ministério Público da União. O SIS decidiu desvincular os recursos depois que foram identificadas contas paralelas na instituição – financiadas em sua maioria com recursos desviados do plano de saúde.

Paralelas

Em julho, reportagem da Folha de S.Paulo revelou que desde 1997 o Senado criou três contas bancárias paralelas e deu ao então diretor-geral, Agaciel Maia, total liberdade para movimentá-las sem prestar esclarecimentos a ninguém. O saldo delas chegou a R$ 160 milhões. As contas não estão na contabilidade oficial do Senado nem no Siafi.

O dinheiro das contas paralelas saía justamente do desconto feito no salário de servidores da Casa para custear o plano de saúde. Mas só uma pequena parte desse valor era usada para essa finalidade porque o Senado custeia quase a totalidade das despesas médicas de seus funcionários, já que a Casa tem orçamento próprio para isso.

O dinheiro do Senado aplicado no plano de saúde continuará a ser destinado à conta única da Casa. As novas contas vão gerir as contribuições dos servidores para o SIS.

28 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Basileia e Contabilidade

Comitê da Basileia vê necessidade de mudança contábil
Joseph Heaven, Bloomberg, de Zurique

Os padrões internacionais de contabilidade deveriam ser alterados para aperfeiçoar a forma de avaliação dos ativos quando os mercados sofrem de falta de liquidez ou com funcionamento inadequado, segundo o Comitê da Basileia de Supervisão Bancária.

O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) deveria determinar os padrões para registrar o "valor justo" quando a avaliação não é clara, e os bancos, registrar previamente as perdas previstas ao longo da vida da carteira de empréstimos, segundo propôs o Comitê da Basileia, em comunicado divulgado ontem, quinta-feira, em seu site.

A polêmica em relação ao valor justo, ou marcação a mercado, aumentou sensivelmente depois da crise financeira, com forte pressão dos bancos pela flexibilização das normas.

Os lideres do G-20, que reúne os principais países industrializados e alguns emergentes, como Brasil e China, defenderam um endurecimento das regras de contabilização financeira em seu encontro em Londres, em abril. O Iasb é responsável por determinar as Normas Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, na sigla em inglês), usados em mais de 100 países, incluindo os 27 da União Europeia (UE).

"As novas regras contábeis precisam ser consistentes com as boas práticas de gestão de risco e aumento da transparência", afirmou Nout Wellink, presidente do Comitê da Basileia e do banco central holandês, no comunicado.

A fase de consultas do Iasb sobre os instrumentos de avaliação financeira acaba em 1º de setembro e a organização, com sede em Londres, poderia publicar um esboço da proposta em outubro.

Mark Byatt, porta-voz do Iasb em Londres, não quis fazer mais comentários.

As autoridades reguladoras da UE também preparam regras preliminares de adaptação ao sistema espanhol, que força os bancos a acumular capital nos bons momentos da economia para usá-lo nos maus, como parte de uma remodelação das regras de exigência de capital, idealizada para evitar outra crise financeira mundial.

A Comissão Europeia, em Bruxelas, pretende apresentar em outubro suas propostas sobre o sistema, chamado de provisionamento dinâmico, de acordo com comunicado divulgado em seu site em julho. O órgão informou que levará em conta os planos do Iasb.

Na quarta-feira, o Iasb anunciou que havia colocado em audiência pública uma proposta para reformar onze normas contábeis (IFRS) dentro de seu projeto anual de aprimoramento, segundo um comunicado do órgão em seu site. As propostas vão desde esclarecimentos sobre combinação de negócios (IFRS 3) a mudanças na linguagem para tornar mais claras as normas e remover inconsistências.

Valor Econômico - 28/8/2009

Aumento de capital na Petrobrás

Capital para a Petrobrás
Celso Ming - O Estado de São Paulo - 28/8/2009

A primeira ideia do governo Lula foi afastar a Petrobrás da exploração das áreas do pré-sal porque temia favorecer uma empresa excessivamente privatizada, já que a União detém apenas 32% do seu capital. Seria entregar riqueza nacional para interesses privados. [1]

De todo modo, a Petrobrás terá mesmo de ser capitalizada porque os investimentos a serem feitos exigem grande capacidade de inversão e de endividamento, especialmente se tiver de participar em 30% de cada nova área do pré-sal a ser partilhada. [2]

Já no início das discussões da comissão interministerial que estuda o novo marco regulatório, a atual direção da Petrobrás convenceu o presidente Lula de que não havia razão para temer desvio da renda do pré-sal para “as contas bancárias dos gringos”. Bastaria capitalizar maciçamente a empresa, exigência que poderia ser cumprida pela União sem despender um único centavo.

Uma das propostas é a de que a União incorpore ao capital da Petrobrás reservas físicas de hidrocarbonetos das áreas adjacentes às que estão sob concessão da empresa, processo conhecido como unitização. [3] Explicando melhor: algumas das atuais jazidas do pré-sal descobertas pela Petrobrás ultrapassam a área de licitação. Assim, para que durante a produção ela não sugue o suco do vizinho, tem de haver acordo prévio que divida a produção.

Uma vez definida assim a subscrição de capital pelo Tesouro, que é o controlador das ações ordinárias (com direito a voto), os acionistas minoritários seriam chamados a apresentar a sua parte em dinheiro. Muito provavelmente, um grande número deles não o acompanharia por incapacidade financeira. Muitos dos trabalhadores que no passado usaram o Fundo de Garantia para comprar ações da empresa provavelmente não estão em condições de seguir o Tesouro.

A União poderia subscrever a parcela adicional do capital que não encontrasse interessados. Assim, ficou definida uma estratégia que eventualmente poderá levar a União a voltar a ter participação majoritária no capital.

A subscrição assim definida traz um punhado de dificuldades. Fiquemos com três. A primeira consiste em medir corretamente o petróleo recuperável das áreas adjacentes. A segunda, em definir o valor de mercado do petróleo que jaz a 6 mil metros de profundidade de maneira a que possa ser incorporado ao capital da Petrobrás. A hipótese com que vinha trabalhando a diretoria da empresa é a de que esse petróleo poderia valer US$ 19 por barril de 159 litros, magnitude sujeita aos vaivéns do mercado. Esses dois problemas técnicos exigem medição a ser feita por meio de novos furos e testes de produção. Nada disso parece equacionado.

A terceira dificuldade é a de que a parcela de subscrição a ser feita pela União com petróleo futuro não resolve o problema da necessidade de recursos em dinheiro vivo para tocar os investimentos. Daí a nova ideia de levar a União a subscrever sua parte no capital com títulos públicos. Se for isso, o endividamento vai subir. [4]

E ainda é preciso ver em que proporção seria feito esse aumento de capital e em que prazo. Não basta convocar uma assembleia extraordinária e votar o tamanho da subscrição. [5] É preciso ver qual será a capacidade da Petrobrás de remunerar esse capital.


[1] será que a ideologia da frase é do articulista ou do presidente?
[2] entretanto, a exploração depende da relação custo - que será elevado - e o preço do petróleo no mercado internacional, que deverá ser elevado para compensar o investimento.
[3] um pequeno teste: qual a contrapartida do aumento de capital?
[4] e estes títulos talvez não tenham a liquidez necessária que a empresa precisa
[5] apesar do poder da União, poderá haver resistência.

Petrobras e Custo

Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o contrato da Petrobras com o consórcio CTC (Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Queiroz Galvão) para a terraplenagem do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) afirma que, em junho, apesar de apenas 26,8% do trabalho ter sido executado, o orçamento para o pagamento de verba indenizatória às empresas por dias parados devido às chuvas já havia estourado em 116% (R$ 151,4 milhões).

A estatal pagou 40,8% (R$ 339 milhões) do contrato de R$ 820 milhões, que oficialmente expirou em 28 de julho.

O Comperj, sediado em Itaboraí (45 km do Rio), é o maior investimento privado do país, estimado em R$ 16 bilhões. A previsão é que, até 2012, quando deve entrar em operação, gere 200 mil empregos.

A análise dos técnicos do tribunal faz comparações entre os valores contratados pela Petrobras e as referências vigentes no Sicro (Sistema de Custos Rodoviários) adotado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

Alguns exemplos, para o pagamento, por hora, pela verba indenizatória do contrato Petrobras-CTC e de acordo com Sicro, respectivamente: 1) trator de esteiras D8: R$ 438,41 e R$ 14,94 (diferença de 2.834%); 2) escavadeira hidráulica CAT 330: R$ 305,40 e R$ 15,79 (diferença de 1.834%); 3) caminhão basculante 12 m3: R$ 160,82 e R$ 13,66 (diferença de 1.077%).

Em outra tabela, os técnicos no TCU comparam o "custo improdutivo" dos equipamentos no contrato entre Petrobras e o CTC e o "custo operativo" (ou seja, em plena operação) do Sicro. O valor pago pela estatal também é mais alto. (...)

TCU questiona custo de obra da Petrobras
Folha de São Paulo - 28/8/2009

Golpe no Presidente do Fed

Há um ano, enquanto os sistemas financeiros de todo o mundo caminhavam para a catástrofe, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, enfrentava seus próprios problemas monetários. Alguém estava tentando sacar US$900 da conta conjunta com sua mulher, Anna — parte do que as autoridades federais hoje classificam de um vasto esquema de roubo de dados bancários, revelou o site da revista “Newsweek”. Foram indiciadas 22 pessoas.

Um dos chefes da gangue, Clyde Austin Gray Jr. — cujo apelido é “Cabeção” — admitiu sua culpa. O acusado de tentar sacar dinheiro dos Bernanke, George Reid, está sendo procurado. Há um vídeo que o mostra tentando sacar um cheque do casal em uma agência bancária.

O comandante das finanças americanas foi envolvido no esquema depois que a bolsa de sua mulher foi roubada em uma filial da rede de cafeterias Starbucks em Washington, em agosto de 2008. Nela estavam um talão de cheques, quatro cartões de crédito, a carteira de motorista de Anna e algum dinheiro. Ela contou à polícia que a bolsa estava pendurada na cadeira e que não notou quando foi roubada.

O casal Bernanke estava entre cerca de 500 vítimas. Segundo as autoridades, o esquema envolvia receptação de bens roubados e criação de identidades falsas com laptops, scanner e impressora. (...) (Com New York Times e agências internacionais)

Nem presidente do Fed escapa de ladrão
O Globo - 28/8/2009

Culpado

Cúmplice de milionário americano acusado de fraude se declara culpado
da France Presse
FolhaNews - 27/8/2009

James Davis, 60, ex-diretor financeiro da SFG (Stanford Financial Group), empresa de investimentos de propriedade do milionário Allen Stanford se declarou culpado nesta quinta-feira de uma fraude de US$ 7 bilhões.

Davis se declarou culpado das acusações de fraude e obstrução da Justiça. De acordo com comunicado do Departamento da Justiça, ele admitiu que, com seus cúmplices, fraudou investidores que adquiriram US$ 7 bilhões em certificados de depósito administrados pelo Banco Internacional Stanford, com sede em Antígua e Barbuda.

Trata-se do maior escândalo ocorrido nos Estados Unidos desde o caso do financista de Wall Street Bernard Madoff.

Allen Stanford, 59, está preso desde junho. Ele foi hospitalizado hoje, segundo fontes da Justiça que não deram detalhes sobre seu estado de saúde. O promotor Robert Luskin, no entanto, assinalou que o financista aparentemente sofreu um problema cardíaco.

Stanford espera para ser julgado e enfrenta penas de até 375 anos de prisão se for declarado culpado das 21 acusações, entre elas fraude milionária, lavagem de ativos e obstrução da justiça.

No fim de junho, Stanford e três de seus ex-funcionários --Laura Pendergest Holt, ex-chefe de investimentos do Grupo Stanford; Gilberto López, então responsável pela contabilidade da empresa; e Mark Kuhrt, do setor de gastos do escritório de Houston-- se declararam inocentes das acusações.

Lobby


A figura mostra a evolução no gasto com a atividade lobista nos EUA. Os gastos aumentaram nos últimos anos, apesar do número de lobistas não ter variado.

A entidade com maior gasto é a US Chamber of Commerce, com 488 milhões de dólares no período de 1998 a 2009. O mais interessante é o terceiro posto: General Electric (184 milhões). Fonte, aqui

Teste #140

Você seria capaz de dizer qual o tópico com maior número de postagem do blog da Cláudia Cruz?

Contabilidade
Convergência Internacional
Crise Econômica
Transparência

Resposta: Normas Contábeis

Capenga

Em Foco: contabilidade de 85% das empresas é “capenga”; veja riscos
por Adriele Marchesini
18/08/2009

Em entrevista à FinancialTV, professor da Fipecafi fala sobre principais erros contábeis

SÃO PAULO - A contabilidade da grande maioria das empresas de capital fechado, especificamente 85% delas, é considerada “capenga”. A informação é de pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), como forma de desenvolver o prêmio Troféu Transparência, produzido em parceria com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) e Serasa Experian.

Para a elaboração da premiação 2009, foram analisadas 472 companhias fechadas. Deste total, apenas 77, ou cerca de 15% delas, tiveram condições de passar pelo primeiro filtro da análise.

“Essas empresas sofrem com preços maiores em compras e menores prazos de seus fornecedores”, entendeu o coordenador da pesquisa e professor da Fipecafi, Ariovaldo dos Santos, em entrevista ao programa Em Foco, da FinancialTV.

Apenas cinco empresas saíram vencedoras no levantamento, todas sociedades anônimas: Alumínio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), Centrais Elétricas (Eletrosul), Liquigás Distribuidora e Furnas Centrais Elétricas.

Capenga 2

Sobre a postagem "Capenga", recebi a seguinte provocação:

Minha opinião:
Além de falar sobre as dificuldades nas negociações com fornecedores, o professor Ariovaldo dos Santos também comentou as dificuldades na contratação de empréstimos e financiamentos por parte dessas empresas com contabilidade “capenga”.

Taxar a contabilidade dessas empresas de “capenga”, foi no mínimo um ato de infelicidade do professor Ariovaldo dos Santos, a classe contábil espera mais de seus formadores de opinião. De críticas vazias, que não levam a lugar nenhum, o mundo está cheio.

Se essas empresas realmente dependessem das publicações dos balanços para obter condições de negociação melhores, como estariam sobrevivendo até hoje?

Concluir que essas empresas sofrem nas negociações com seus fornecedores, por conta de uma contabilidade “capenga”, é no mínimo, um trabalho para um paranormal, é não de um analista.

Um empresa pode ter a melhor contabilidade do mundo, em todos os seus aspectos, e mesmo assim, ter problemas de negociação com seus fornecedores, por conta de uma série de aspectos, que não tem nada haver com sua contabilidade não “capenga”.

Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.

Grato,

Paulo Atadaine Sobrinho
Contador
Sorocaba - SP