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17 novembro 2025

Sobre o orçamento de filmes

Da excelente newsletter de 10 de novembro de Stephen Follows:

Quando as pessoas começam a explorar dados sobre filmes, uma das primeiras coisas que procuram é o orçamento de produção. Parece simples: quanto custou fazer o filme? Conhecer esse número ajuda a estimar o lucro, comparar filmes de escala semelhante ou acompanhar mudanças ao longo do tempo.

Mas, nos últimos anos, esse ponto de partida tão comum tornou-se cada vez mais difícil de encontrar. Mesmo para grandes lançamentos, o número muitas vezes está ausente ou inconsistente.

Então decidi medir quão grave o problema se tornou. E é bem grave.

Qual é o problema?  

Vou entrar em mais detalhes sobre orçamentos, os dados disponíveis e as causas principais, mas queria começar com um único gráfico que enquadra o tema.

Coletei dados sobre 62.298 longas-metragens lançados comercialmente desde 2000, e só consegui encontrar informações de orçamento para 10,7%.

Isso já não é ótimo, mas a tendência é ainda mais chocante. Se restringirmos a filmes feitos nos últimos cinco anos, esse número cai para apenas 3,3%.



Vamos aprofundar e ver o que podemos aprender sobre o tema e por que isso está acontecendo.

Afinal, o que é exatamente um orçamento de produção?

Quando as pessoas falam sobre o orçamento de um filme, normalmente se referem ao orçamento de produção. É o valor gasto para fazer o filme — não para distribuí-lo, lançá-lo ou promovê-lo. Ele cobre tudo: salários do elenco e da equipe, cenários, equipamentos e pós-produção.

O termo da indústria é “Negative Cost”, pois corresponde ao custo de produzir a primeira versão (na era pré-digital, o primeiro negativo de celuloide) do filme.

Até aqui, tudo parece simples. Mas complicações surgem porque:

1. Os orçamentos podem mudar drasticamente depois que a produção começa.
Alguns projetos são reeditados ou regravados após serem adquiridos por um estúdio. Napoleon Dynamite, por exemplo, foi comprado pela Fox Searchlight, que gastou mais dinheiro preparando o filme para o lançamento. Paranormal Activity ficou famoso por ser “filmado por 15 mil dólares”, mas custou mais de 200 mil dólares adicionais em pós-produção para ficar pronto para exibição comercial.

2. Nem todo custo é pago em dinheiro. Atores podem aceitar cachês menores em troca de participação nos lucros, reduzindo o orçamento declarado. Produtores podem possuir locais de filmagem ou equipamentos, diminuindo os gastos aparentes. Algumas produções recebem apoio substancial em forma de bens ou serviços, como a assistência militar frequentemente dada a filmes de ação, ou produtos gratuitos obtidos por meio de acordos de product placement. Reutilizar cenários ou cenas também complica os cálculos (parecia que um terço de Gladiator II era material reaproveitado de Gladiator).

3. Definir incentivos fiscais como reembolso ou como receita adicional. Muitos países oferecem incentivos financeiros para atrair produções cinematográficas. Se um filme gasta 100 milhões de dólares e recebe um reembolso de 25 milhões, alguns vão registrar o orçamento como 100 milhões, enquanto outros vão reportá-lo como 75 milhões. Ambos podem estar tecnicamente corretos, e não existe um padrão universal.

4. A natureza mutável da produção cinematográfica. Cada elemento da produção mudou de custo. Filmagens em locação e mão de obra ficaram mais caras, enquanto câmeras digitais, ferramentas de edição e efeitos visuais ficaram mais baratos. Um filme de 10 milhões de dólares hoje é muito diferente de um filme de 10 milhões feito há vinte anos. Os números podem parecer iguais no papel, mas o que eles compram na prática mudou completamente.

5. Câmbio e inflação. Flutuações cambiais e inflação distorcem comparações entre épocas e entre países. Um filme britânico que custou 10 milhões de libras em 2005 representa um nível de gasto completamente diferente quando convertido para dólares atuais.

Portanto, embora seja tentador ter um valor numérico preciso para o orçamento de um filme, na prática o cenário é muito mais complicado.

Mentiras, malditas mentiras e orçamentos de filmes

Até agora, presumi honestidade por parte de todos os envolvidos. Isso é uma omissão que precisa ser corrigida. Quando se trata de orçamentos de filmes, a “verdade” é um conceito flexível. Mesmo quando números são divulgados publicamente, eles raramente contam a história completa.

No passado, houve algumas ocasiões em que tive acesso a dados reais que permitiram testar a precisão dos valores divulgados. Em ambos os casos, descobri que os números públicos eram menos confiáveis do que pareciam.

Meu estudo de 29 blockbusters de Hollywood revelou que o blockbuster médio com orçamento declarado acima de 100 milhões de dólares na verdade custa 19 milhões a mais do que o informado publicamente (ou seja, 12,5% a mais).



Da mesma forma, analisando filmes independentes do Reino Unido, descobri que apenas 70% dos orçamentos declarados eram minimamente precisos.

Visto de fora, é difícil saber quando os números estão errados. Talvez a Wikipedia esteja certa e Starship Troopers 3: Marauder REALMENTE tenha custado 20 milhões de dólares — o que implicaria que ele teve os mesmos recursos de Blink Twice, Gold, Uncut Gems e do quatro vezes vencedor do Oscar All Quiet on the Western Front.

Produtores podem inflar valores para fazer seu filme parecer mais robusto ou para justificar um preço alto ao vendê-lo. Outras vezes ocorre o oposto: cineastas subestimam custos para parecerem engenhosos ou para reforçar a imagem de “azarões”.

Em uma indústria feita de contadores de histórias, talvez seja esperado que a maioria dos orçamentos públicos seja parte fato, parte performance.

Por exemplo, aqui está uma cronologia de quanto se afirmou que o sci-fi de baixo orçamento Monsters (2010) custou:

“$15.000” – maio de 2010 (/Film).

“Menos de $100.000” – outubro de 2010 (The Observer)

“Menos de $100.000” – outubro de 2010 (TIME)

“Bem abaixo de $500.000” – outubro de 2010 (MSN Movies)

“Cerca de meio milhão de dólares” – novembro de 2010 (The Guardian)

“Quase nenhum dinheiro” – novembro de 2010 (Ain’t It Cool News)

“£1 – < £2 milhões” – dados de orçamento do BFI enviados para mim em 2014.

“Cerca de meio milhão de dólares” – janeiro de 2024 (SyFy Wire)

“Menos de £500.000” – março de 2024 (Medium), o que equivale a menos de $740.000.

Portanto, embora o valor atual listado no Box Office Mojo — “$500.000” — pareça agradavelmente preciso e simples, ele não soa tão convincente quando examinamos mais a fundo como o filme foi reportado ao longo do tempo.

(Estou usando Monsters apenas como um exemplo — ao longo dos anos, encontrei muitos filmes em que o valor assumido pelo público simplesmente não resiste a uma pesquisa básica).

De onde vêm os dados de orçamento de filmes?

Existem apenas alguns lugares de onde os orçamentos de produção podem se originar.

Em um extremo, há pesquisadores e jornalistas especializados, que rastreiam e verificam valores provenientes de fontes confiáveis. Bancos de dados respeitáveis da indústria, como The Numbers, realizam suas próprias pesquisas e buscam números que possam sustentar com confiança.

No outro extremo estão fóruns públicos como Reddit ou Wikipedia, onde qualquer pessoa pode adicionar ou alterar um valor com base no que leu em outro lugar — ou no que simplesmente pressupõe.

Entre esses extremos estão veículos da indústria, entrevistas, memorandos vazados e, ocasionalmente, press kits.

Essa mistura de fontes com diferentes níveis de confiabilidade pode gerar valores bastante distintos para o mesmo filme.

  • Youth Without Youth (2007) aparece como custando 1 milhão de dólares na Wikipedia, mas 5 milhões no Box Office Mojo.
  • A Wikipedia lista, de forma bastante “útil”, o orçamento de Bigger, Fatter Liar (2017) como “3–7 milhões de dólares”, citando o site WhatsFilming.ca.
  • O Deadline informa que o orçamento do filme Downton Abbey (2019) foi de 20 milhões de dólares, enquanto o The Wrap diz que custou apenas 13 milhões.


O que está acontecendo com a disponibilidade de dados?

A lacuna entre dados confiáveis e não confiáveis não é tão grande quanto se poderia imaginar. O The Numbers disponibiliza grande parte de suas informações gratuitamente online, e qualquer pessoa pode assinar por um valor baixo para acessar dados mais completos. Já a Wikipedia, com todas as suas falhas, é construída a partir de fontes públicas acessíveis. Mas ambas refletem o mesmo problema: um conjunto de informações que está encolhendo.

Vamos focar por um momento nos filmes de estúdio — isto é, aqueles mais estudados e para os quais esperaríamos os dados mais completos.

Durante minha pesquisa, registrei a confiabilidade da fonte que informava o orçamento. Se o número vinha do que eu consideraria uma “fonte profissional”, classifiquei o dado como confiável (apesar de todos os problemas já mencionados sobre qualquer valor único de orçamento).

Ambos os tipos de dados — confiáveis e não confiáveis — sofreram quedas acentuadas nos últimos anos.

A cobertura de dados da Wikipedia mostra um padrão fascinante, embora confuso. Até meados da década de 2010, cerca de um quinto dos filmes incluía alguma informação de orçamento. Mas isso desabou por volta de 2013 e só começou a se recuperar nos últimos anos.

Dos 27.766 filmes que encontrei na Wikipedia (2000–25), apenas 16,4% listavam alguma informação de orçamento.

Por que os valores de orçamento estão ficando mais difíceis de encontrar?

Uma das maiores razões é a mudança na natureza da imprensa de cinema. O número de jornalistas cobrindo o lado empresarial da indústria caiu drasticamente, e os que permanecem estão sobrecarregados, distribuídos entre poucos veículos. Com menos tempo e espaço para reportagens investigativas, perguntas básicas (como quanto um filme custou) muitas vezes deixam de ser feitas.

Mesmo quando são feitas, as matérias resultantes têm menos chance de incluir números concretos ou questionar a versão oficial. Esse enfraquecimento da imprensa especializada remove um dos principais canais pelos quais detalhes financeiros costumavam chegar ao registro público.

Paralelamente, os estúdios tornaram-se mais reservados. No passado, orçamentos eram rotineiramente mencionados em materiais de imprensa ou entrevistas, enquanto hoje tais divulgações são muito mais raras.

As plataformas de streaming, por sua vez, estabeleceram novos padrões de sigilo, controlando dados em todas as etapas da produção e do lançamento. Elas não têm qualquer incentivo para divulgar custos, especialmente quando seu sucesso não é medido pela bilheteria.

No outro extremo do mercado, o aumento acentuado de produções pequenas e independentes contribui para a opacidade. Esses filmes muitas vezes são feitos rapidamente, fora de sistemas formais, e com pouca documentação. Tendem a ser menos acompanhados por jornalistas especializados ou serviços de dados, e mais propensos a números vagos ou inflados.

Por fim, a mudança para lançamentos direto no streaming — que rompeu a cadeia tradicional que ligava estúdios, distribuidores e imprensa — torna fácil entender por que os dados confiáveis de orçamento estão desaparecendo.

O resultado é que, apesar de mais filmes serem produzidos hoje do que nunca, sabemos menos sobre quanto eles custam.

Ao preparar esta pesquisa, conversei com várias pessoas da indústria que trabalham com pesquisa e imprensa. A maioria não quis falar oficialmente, mas Bruce Nash, do The Numbers, disse:

“Os serviços de streaming raramente divulgam orçamentos, o que obviamente reduz a média, mas também pode estar dando uma certa cobertura para que estúdios e outros deixem de divulgar orçamentos por completo. Talvez eles se sentissem obrigados no passado, mas agora sintam menos pressão? 

Parte da razão para essa redução pode ser também o fato de haver menos jornalistas cobrindo a indústria — e os que restam trabalham para apenas alguns poucos veículos. Assim, produtores, diretores etc. podem simplesmente estar sendo questionados com menos frequência, seja porque têm menos conversas com jornalistas, seja porque os empregadores desses jornalistas querem manter uma relação “amigável” com os estúdios, evitando perguntas difíceis.

Onde isso nos deixa?

O orçamento de um filme parece, intuitivamente, um dado simples que deveríamos conseguir determinar. Mas vimos que ele é frequentemente inconsistente, incompleto ou deliberadamente moldado para causar determinado efeito.

Mais preocupante ainda é que muito menos valores estão chegando ao domínio público.

Sem dados confiáveis, torna-se mais difícil acompanhar como a indústria opera, que tipos de filmes são produzidos de forma eficiente ou como as práticas de produção estão mudando. Isso limita pesquisas sobre lucratividade, transparência e tendências que moldam decisões criativas.

Para os estúdios, o sigilo protege seu poder de negociação e sua imagem de marca. Para os cineastas, os protege de comparações constrangedoras. Para analistas, investidores e o público, cria um ponto cego cada vez maior.

Notas
Para a análise de hoje, utilizei uma definição ampla de “filme de estúdio”, incluindo qualquer longa-metragem lançado por Amazon, Apple, Disney, Lionsgate, Netflix, Paramount, Sony, Universal ou Warner Bros.

14 novembro 2025

Doação ou Investimento:

Eis a notícia: 

A Casa Branca acaba de divulgar sua lista de 37 doadores que estão financiando a ampliação de 300 milhões de dólares do salão de festas de Trump, e ela parece um verdadeiro “quem é quem” do mundo corporativo americano tentando manter-se em boas relações com o presidente.

Segundo a AP, gigantes de tecnologia dominam a lista — Amazon, Apple, Google, Meta, Microsoft — cada uma contribuindo com valores não revelados após anos de disputas regulatórias. O YouTube, do Google, já fez um acordo com Trump no valor de 24,5 milhões de dólares por causa da suspensão de sua conta, sendo que 22 milhões irão para o Trust for the National Mall (que pode ajudar a financiar a construção do salão). Mark Zuckerberg, da Meta, que havia banido Trump após o 6 de janeiro, agora aparece ao lado de bilionários das criptomoedas, como os gêmeos Winklevoss.

Há muitas questões contábeis e financeiras envolvidas aqui. Esse tipo de doação não seria feito a fundo perdido, já que os doadores estariam pensando em recompensas futuras. Provavelmente, a contabilidade registrou o valor como despesa, mas, na essência, talvez se tratasse de um ativo — um investimento.

Imagem aqui 

19 agosto 2025

Mestre em contabilidade é o novo Controlador-Geral de SP (e nosso amigo!!!)

É com muita alegria que compartilhamos uma excelente notícia: nosso querido amigo Rodrigo Fontenelle, atual Controlador-Geral de Minas Gerais, foi convidado pelo governador Tarcísio de Freitas para assumir o cargo de Controlador-Geral da Controladoria-Geral do Estado de São Paulo (CGE-SP).

Trata-se de um cargo de enorme relevância, responsável por zelar pela integridade, transparência e eficiência da gestão pública em um dos maiores estados do país. Essa nomeação reflete não apenas a confiança em sua competência técnica, mas também o reconhecimento nacional de sua trajetória dedicada ao controle e à boa governança. Mais ainda, demonstra o respeito à profissionais tecnicamente qualificados e realmente preparados para tamanha responsabilidade.

Rodrigo é mestre em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (Programa Multi UnB/UFPB/UFRN) e chegou a iniciar o doutorado em Gestão Pública, mas optou por se dedicar integralmente à honrosa responsabilidade de liderar a Controladoria-Geral de Minas Gerais, oportunidade que surgiu na mesma época.

Além da carreira sólida e respeitada, Rodrigo é simplesmente uma pessoa ótima! Inteligente, carismático, brincalhão, camarada, bom amigo mesmo. Quem já conviveu pessoalmente com ele sabe da seriedade com que encara os desafios, mas também da leveza, estilo e bom humor que carrega consigo.

Além da minha ligação, o professor César teve a chance de ser um tanto seu mentor e dar sugestões preciosas na caminhada do Rodrigo como mestrando, trocando ótimas ideias e incentivos. Mesmo após o encerramento do mestrado, a ligação e admiração entre eles continuou então sei que falo por nós dois quando disserto com entusiasmo sobre a capacidade e carisma do Rodrigo. Para completar, o livro de auditoria escrito por ele chegou a ser, inclusive, utilizado como fonte de pesquisa para o próprio professor César, quando responsável pela parte de planejamento e orçamento na UnB. 

Olha, o Tarcísio realmente soube escolher!

Orgulho não define! Parabéns, Rods, pela merecida nomeação. Que você siga exercendo com a mesma maestria, ética e inspiração tudo aquilo a que se propõe. Vai lá e arrasa!!!

P.S. – Não poderia deixar de registrar um episódio divertido (e compartilhável, sem a equipe de compliance precisar chamar a minha atenção) do nosso mestrado: o Rodrigo foi um dos que me “trolou” porque eu comprei um Kindle em vez de um iPad (na época, lançamentos e com preços parecidos). (Você também, Glauber! 😂) Pouco tempo depois, ele mesmo me pediu o Kindle emprestado para ler um artigo de Contabilidade Avançada em pdf e ainda me deu bronca porque deixei o aparelho sem senha, o que permitiu que ele comprasse um livro na Amazon, só de brincadeira. Eu nem sabia que isso era possível! 😂


Foto do dia da defesa do Rodrigo. Da esquerda para a direita, parte superior: Rodrigo Fontenelle, Glauber Barbosa, Flavia Carvalho, Luiz Felipe Andrade, Giovanni Pacelli. Parte inferior, ao centro: Odair Corrêa e eu, Isabel Sales. Essa foto tem muito peso pesado!!!

18 agosto 2025

Gastos das grandes empresas de IA com segurança... dos seus executivos


Grandes empresas de tecnologia, como Meta, Alphabet, Nvidia, Amazon e Palantir, aumentaram drasticamente os gastos com proteção dos CEOs, ultrapassando US$ 45 milhões em 2024, segundo um levantamento do Financial Times (via aqui). 

Meta lidera o ranking, investindo US$ 27 milhões na segurança de Mark Zuckerberg e sua família, superando todo o orçamento combinado das cinco maiores empresas de tecnologia. Jensen Huang, da Nvidia, viu os custos subirem de US$ 2,2 milhões para US$ 3,5 milhões, enquanto Amazon destinou US$ 1,6 milhão para Jeff Bezos e US$ 1,1 milhão para Andy Jassy. 

Elon Musk teve despesa oficial de apenas US$ 500 mil, mas viaja com até 20 seguranças e chegou a fundar sua própria empresa de segurança, a Foundation Security. 

O aumento é reflexo de ameaças crescentes desde atentados contra executivos, que elevaram consultas e solicitações de segurança executiva. Além do setor de tecnologia, bancos, saúde e mídia também intensificaram a proteção a seus líderes, destacando a percepção de risco elevado no ambiente corporativo atual.

05 agosto 2025

Efeito da IA na programação


Programadores da Amazon relatam que o uso obrigatório de IA transformou seu trabalho em algo mecânico e exaustivo. Relatos no New York Times indicam que os gestores passaram a exigir mais produtividade e prazos cada vez mais curtos, mesmo com equipes reduzidas, confiando na IA para gerar código. Os programadores afirmam que agora atuam mais como revisores de código produzido por algoritmos, o que demandaria verificações constantes e reduz a criatividade. A automação não simplifica o trabalho, mas cria pressão por mais entregas rápidas, prejudicando a qualidade e a autonomia profissional. Embora oficialmente o uso da IA seja “opcional”, na prática tornou-se obrigatório.

11 julho 2025

Empresa de 4 trilhões


A gigante de fabricação de chips Nvidia se tornou ontem a primeira empresa a superar US$ 4 trilhões em valor de mercado. As ações subiram 2,8% após a abertura, atingindo uma máxima histórica intradiária de US$ 164 cada, impulsionadas pelo crescente investimento em inteligência artificial.

A Nvidia foi fundada em 1993 com foco no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPUs), voltadas principalmente para o mercado de videogames. Diferentemente das unidades centrais de processamento (CPUs) de um computador típico, as GPUs são projetadas para processar tarefas específicas em paralelo (veja mais, com vídeo).

Com gigantes da tecnologia como Microsoft, Amazon e Alphabet dependendo dos chips de alto desempenho da Nvidia para alimentar seus sistemas de IA, a valorização da empresa disparou nos últimos anos — de menos de US$ 600 bilhões há dois anos para se tornar a empresa mais valiosa do mundo atualmente. Sediada na Califórnia, a empresa detém cerca de 90% do mercado de semicondutores, muito à frente de concorrentes como Advanced Micro Devices e Cerebras Systems.

Da Newsletter 1440 de 10 de julho. Gráfico aqui 

25 junho 2025

Casamento e imposto

Amanhã é o casamento de Bezos, em Veneza. Ele fundou e possui o controle da Amazon. A empresa é conhecida por ter um planejamento tributário que consegue a redução no pagamento de impostos. Se você pode alugar Veneza para seu casamento, você pode pagar mais impostos. 
 

05 junho 2025

Mais um avanço da IA: Washington Post


O jornal Washington Post, do dono da Amazon, Jeff Bezos, 

vai licenciar postagens do Substack e usar a IA para polir o conteúdo de "redatores não profissionais", relata o New York Times. O plano do proprietário Jeff Bezos de ter a página de opinião de seu jornal apoiando "liberdades pessoais e livre mercado" evoluiu, de forma previsível, para algo mais atraente comercialmente: um dilúvio gerado de baixo custo. O melhor de tudo é que eles podem substituir escritores e editores profissionais.

O jornal está criando uma IA de escrita, chamado Ember.  Um dos boletins informativos que o Post queria usar foi fundado por um ex-colunista do próprio Post, que renunciou diante da posição política do jornal. 

30 maio 2025

Nome

Seja um bebê, uma empresa, um papa ou um produto, dar nomes às coisas é difícil.

Quando Mark Zuckerberg quis mudar o nome do Facebook para refletir melhor suas aspirações no metaverso, provavelmente uma equipe de marketing foi contratada por uma montanha de dinheiro para chegar a… Meta. A Aberdeen Asset Management, que administra mais de 670 bilhões de dólares, retirou as vogais de seu nome em 2021, tornando-se abrdn, por razões que só ela entende, antes de devolver as letras este ano. A Netflix foi duramente criticada por tentar usar Qwikster como nome do seu serviço de DVDs, a Radio Shack achou que se chamar The Shack traria de volta seus dias de glória, e a Pizza Hut já brincou com alguns nomes — todos odiados pelo público.

Algumas empresas simplesmente desistem e começam a usar nomes próprios comuns para suas marcas e produtos. Tem a Dave, uma empresa de seguros; Jasper, que ajuda a escrever textos de marketing; Claude, um chatbot de IA; e Alexa, a assistente robótica da Amazon — um produto que fez a popularidade do nome despencar após seu lançamento em 2015.




Então, depois que você finalmente tem um nome reconhecido por bilhões de pessoas ao redor do mundo, mudar isso da noite para o dia parece ser um experimento de altíssimo risco. Ainda assim, foi exatamente isso que Elon Musk fez em um domingo de julho de 2023, quando anunciou que faria um rebranding completo do Twitter — após ter gasto 44 bilhões de dólares na plataforma menos de um ano antes — para X.

Se os dados do Google servirem de referência, só agora as pessoas estão começando a lembrar do novo nome com mais frequência, já que nas últimas semanas as buscas por “x login” finalmente superaram as por “twitter login”.

Com base, então, nessa análise nada científica, parece que de 18 a 24 meses é, aproximadamente, o tempo necessário para reformular o nome de um produto na mente do público em geral. Mas, claro, esses são apenas os usuários que estão tentando acessar a plataforma via Google — para muitos outros, provavelmente, sempre será o Twitter... ou, pelo menos, “X, anteriormente conhecido como Twitter.”
 

Fonte: aqui

29 maio 2025

Tarifa de 100%: Trump Declara Guerra aos Filmes Estrangeiros

Ontem [4 de maio de 2025], Donald Trump anunciou um plano para impor uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos no exterior. Ele alegou que os incentivos fiscais internacionais estavam drenando produções americanas do território dos EUA e acusou outras nações de praticarem sabotagem econômica e propaganda cultural. Em sua postagem no Truth Social, ele escreveu:

“Queremos filmes feitos na América, de novo!”

A declaração acendeu o debate sobre um tema que a indústria raramente enfrentou de forma direta. Afinal, o que realmente significa um filme ser feito na América? Trata-se do local onde as câmeras gravam, de onde vem o dinheiro ou de quem controla a visão criativa? E quantos dos chamados filmes de Hollywood realmente passariam nesse teste, se fosse imposto?

A produção cinematográfica se tornou uma das indústrias mais globalizadas do mundo. Equipes, financiamento, efeitos visuais, pós-produção e até atores cruzam fronteiras com frequência. Muitos filmes americanos são gravados no Canadá, no Reino Unido ou na Austrália. E, embora a proposta de Trump pressuponha uma linha clara entre o que é estrangeiro e o que é doméstico, a realidade atual da indústria cinematográfica é muito mais difusa.

Vamos ver o que os dados podem revelar sobre onde esses filmes são realmente feitos — e quais fatores qualquer sistema de tarifas americano teria que enfrentar.

Quantos filmes são feitos na América?

A expressão “feito na América” parece simples, mas é difícil de definir para a maioria dos grandes filmes. Se usarmos o país de origem informado pelo IMDb, cerca de um terço dos filmes de longa-metragem produzidos globalmente desde o ano 2000 poderiam ser classificados como americanos.

Se você focar somente nos filmes feitos pelos grandes estúdios americanos, então o percentual aumenta para 4 em 5 (87% em 2024)

No entanto, não é tão simples quanto dizer “americano ou não”. Isso porque:

  • Os filmes normalmente têm múltiplos países de origem. Muitos filmes hoje são coproduções entre dois ou mais países. Isso permite acesso a múltiplos incentivos fiscais, fontes de financiamento e mercados de distribuição.

  • Não existe um sistema para rastrear isso. Não há um banco de dados universal ou um framework que defina ou verifique oficialmente a identidade nacional de um filme. O IMDb permite que os produtores informem os dados por conta própria, enquanto premiações, festivais e fundos nacionais aplicam seus próprios critérios. Esses sistemas frequentemente entram em conflito, levando a respostas diferentes dependendo de quem pergunta e por quê.

  • Uma cadeia de produção global. Os filmes são feitos por meio de uma cadeia de produção internacional. Assim como na indústria de manufatura, o cinema hoje depende de uma cadeia de suprimentos global, e não de um único ponto de origem.

  • As plataformas de streaming borram ainda mais as fronteiras. Streamings globais como Netflix e Amazon frequentemente encomendam filmes sem um país de origem claramente definido. Um projeto pode ser desenvolvido em Los Angeles, produzido por uma empresa britânica, filmado na Espanha e divulgado como “conteúdo internacional”.

  • Estúdios americanos financiam regularmente filmes não americanos. Estúdios de Hollywood frequentemente financiam, produzem ou distribuem filmes que não são de origem americana. Isso inclui dramas prestigiados voltados para a temporada de premiações, coproduções internacionais ou conteúdos em língua local voltados para mercados estrangeiros.

    Como determinar de onde é um filme?

    Qualquer tarifa exigiria que os filmes tivessem uma identidade nacional claramente definida. Atualmente, os Estados Unidos não possuem uma definição formal do que torna um filme americano. Não existe um processo de certificação, nenhum critério mínimo de conteúdo doméstico, nem uma agência única responsável por determinar o status nacional de um filme.

    O termo “nacionalidade” pode significar coisas diferentes, dependendo de quem pergunta e do que está em jogo. Festivais, premiações, agências de financiamento e o próprio público aplicam critérios distintos — e os resultados podem variar drasticamente (incluí alguns exemplos polêmicos no final deste artigo).

    Muitas pessoas inicialmente se perguntam em qual país ocorreu, de fato, a produção do filme. As locações de filmagem são, em teoria, fáceis de identificar. Ou um filme é gravado em um lugar, ou não é. Mas isso se complica quando as produções são divididas entre vários países ou utilizam equipes remotas.

    Quando analisei esse tema alguns anos atrás, descobri que um filme de maior bilheteria, em média, é filmado em 1,6 países.

    A análise de Stephen Follows (How many Hollywood movies are made outside America?) continua, mas o recado parece claro. A simplicidade de um político demagogo, que declara uma taxação, como é o caso, não condiz com a complexidade do mundo real.

18 maio 2025

Resenha: O Problema dos Três Corpos

Escrever para o blog é uma tarefa interessante. As minhas resenhas presenciais são falhas ao não entrarem em detalhes, pois considero tudo spoiler. De vez em quando, não leio nem a sinopse e me deixo levar pela capa, título ou autor. É uma prática que me trouxe ótimos frutos e recomendo. Todavia, como a ideia aqui não pode ser essa, tentarei sintetizar sem estragar a experiência. 

Hoje quero conversar sobre “O Problema dos Três Corpos”, obra que faz parte de uma trilogia de ficção científica escrita pelo chinês Cixin Liu. O primeiro livro recebeu o prestigiado prêmio Hugo de melhor romance de ficção científica em 2008 e, atualmente, é considerado um clássico moderno. 

A saga merece o seu tempo e atenção, caso se interesse por física, suspense, mundos extraterrestres e, até história (por que não?). Na narrativa, alguns cientistas se envolvem em projetos ultrasecretos sobre ondas sonoras e a possibilidade de uma comunicação extraterrestre. Nessa brincadeira, uma civilização alienígena à beira do colapso decide aproveitar o embalo e planeja uma invasão. O pano de fundo da história é a China, meio à Revolução Cultural, no final dos anos 1960. 

Há uma adaptação louvável na Netflix. Quando a iniciei, achei o início lento e precisei me ajustar ao clima, mas, após esse momento inicial, me peguei fascinada. Pausa para a minha inabilidade em elogiar algo que quero que você assista, mas não quero influenciar a experiência. ...! 


Há apenas uma temporada disponível na Netflix, então, quando a terminei, fui sedenta ler o livro que já estava na minha pilha há algum tempo. Eu estava imensamente interessada na continuidade da história e, como estava envolvida com a magia da conclusão da primeira temporada na Netflix, achei a leitura arrastada, acabei deixando-a de lado. Mas voltei, persisti e terminei. E posso afirmar: é um bom livro. 

E aí fui para o segundo. Gente! Que livro!!! Que livro!!! O terceiro também é sensacional. A trama é muito bem estruturada; o universo que sustenta a saga é construído e alimentado de forma sólida. Os personagens são interessantes, as explicações envolvendo física e pesquisa são didáticas e fascinantes. O desenrolar da história não perde o fôlego, muito pelo contrário, é cada vez mais eletrizante. Parece que com a experiência, o Cixin Liu cresceu ainda mais e se superou de novo e de novo. 

O único problema que encontrei foi o tamanho da letra na versão impressa. Ela é um pouco menor do que o padrão; eu tenho a vista muito ruim, então acabei deixando de lado e comprando o ebook para o Kindle. 

Na época, minhas expectativas estavam tão medianas que troquei meu exemplar físico no sebo de livros usados. Um pouco mais à frente, acabei comprando novamente um exemplar, para presentear meu irmão, que se interessou ao acompanhar a minha experiência. Alerta de spoiler: ele ainda não leu. Acho que entregar quase duas mil páginas para alguém de uma só vez não é a melhor forma de incentivá-la a ler. Porém, prometo que vale a pena! 

Vale a pena? Com certeza! Se ficção científica não é a sua praia, sugiro que ainda assim dê uma chance à série. Embora haja diferenças consideráveis entre a adaptação e o livro, a primeira temporada se saiu excepcionalmente bem. Acredito que, em alguns aspectos, ela é até melhor do que o primeiro livro. Um alerta: devido a essas diferenças, não recomendo assistir à primeira temporada e, em seguida, partir para o segundo livro. O primeiro livro da saga é o menor, então, se você se interessar, vale o investimento.

Você pode comprar o livro na Amazon com o nosso link afiliado: aqui.

23 abril 2025

A Natureza da Firma – Por que Empresas Existem?

Na década de 1930, Ronald Coase, em sua obra seminal "A Natureza da Firma", questionou algo fundamental para a economia: por que as empresas existem se o mercado é tão eficiente na alocação de recursos? Coase, posteriormente laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 1991, destacou os custos de transação como peças-chave nesse quebra-cabeça econômico.

A teoria de Coase explora como as empresas surgem para reduzir os custos envolvidos na utilização do mercado. Enquanto o mercado, com seu sistema de preços, coordena ações dispersas entre indivíduos desconhecidos, as firmas internamente coordenam atividades através de ordens diretas e decisões centralizadas. Essa estrutura permite economias internas, como a eliminação dos custos de busca de fornecedores, negociação de contratos e supervisão constante.


O argumento possui exemplos concretos: a Apple, por exemplo, opta por desenvolver internamente certos componentes do iPhone para manter o controle de qualidade e inovação, enquanto a Amazon inicialmente terceirizava sua logística, mas internalizou operações para ganhar em controle e eficiência.

No entanto, há limitações para o crescimento das firmas. Coase observa retornos decrescentes à medida que as empresas se expandem, aumentando os custos gerais de gestão e a dificuldade na alocação de recursos. Assim, o tamanho ideal de uma firma equilibra os benefícios de redução de custos transacionais com os desafios de uma organização interna complexa.

A teoria de Coase não apenas questiona a suposta eficiência total do mercado, mas também redefine a firma como uma resposta econômica racional aos custos relativos de transação. A compreensão desses princípios fundamentais é essencial para analisar não apenas a economia das empresas, mas também os modelos de coordenação econômica em escala global.

No contexto da terceirização dos serviços de contabilidade, os conceitos de Ronald Coase sobre os custos de transação oferecem uma perspectiva esclarecedora. Para empresas de menor porte, terceirizar a contabilidade muitas vezes é mais eficiente, pois não há volume suficiente para justificar a manutenção de um departamento contábil interno. Externalizar esses serviços reduz os custos de transação associados à busca por especialistas, negociação de contratos e revisão contínua. À medida que a empresa cresce, no entanto, a complexidade contábil aumenta, exigindo uma análise mais detalhada dos custos e benefícios de manter serviços internamente versus terceirizar. 

26 março 2025

Mudança econômica

 O bilionário fundador e presidente da Amazon, Jeff Bezos, anunciou sua mudança da região de Seattle para a Flórida no final de 2023. No anúncio, Bezos mencionou que as operações de sua empresa de foguetes, a Blue Origin, estavam cada vez mais concentradas em Cabo Canaveral. O que não foi mencionado na publicação é que o bilionário economizaria uma fortuna em impostos. Só em 2024, ele poupou cerca de US$ 1 bilhão (R$ 6,18 bilhões) em tributos.

Com isso, na segunda metade de 2023, ele desembolsou US$ 234 milhões (R$ 1,447 bilhão) para comprar três mansões em Indian Creek, uma ilha artificial conhecida como o “bunker dos bilionários” da Flórida; registrou-se para votar no estado; e apresentou uma declaração de domicílio na Flórida — três passos cruciais para estabelecer residência legal no estado, que é famoso por não cobrar impostos sobre renda, ganhos de capital ou herança.


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24 fevereiro 2025

Amazon e Walmart

Apesar do grande crescimento da Amazon nos últimos anos, a maior empresa de varejo do mundo ainda era o Walmart. Agora não é mais. Conforme o gráfico abaixo, a Amazon superou, pela primeira vez as receitas, com 187,8 bilhões de dólares de receitas no último trimestre. 

O interessante é que a origem da receita da Amazon é muito mais diversificada que do Walmart:

Assim, considerando somente o foco do negócio do Walmart, a receita da Amazon ainda está bastante longe do varejista. Mas, por outro lado,


a lucratividade é bem maior. E o mercado já reconhece que a Amazon tem mais valor que o Walmart desde 2016:


 


06 fevereiro 2025

Política do Chefe


Do mesmo Cory Doctorow:

A “política do chefe” é uma característica de sociedades corruptas. Quando uma sociedade é dominada pelo favorecimento próprio e por instituições corruptas, líderes autoritários podem tomar o controle ao explorar a fúria e o desespero do público. Então, o chefe pode punir seletivamente entidades corruptas que se opõem a ele e, como todos são corruptos, essas perseguições serão juridicamente válidas.  

Em outras palavras, é possível fazer cumprir a lei de maneira corrupta contra os culpados. Trata-se apenas de uma questão de prioridade na aplicação da lei: em um Estado legítimo, os agentes da lei priorizam os infratores que mais prejudicam o público. Sob a política do chefe, a prioridade é dada às entidades corruptas que desafiam o poder do chefe, sem levar em conta se esses infratores são os piores. Enquanto isso, criminosos ainda mais nocivos continuam impunes, desde que se alinhem ao chefe.  

Foi assim que Xi Jinping conduziu suas expurgos antes de sua nomeação vitalícia como Secretário-Geral do Partido (2012-2015). Xi processou os culpados, mas não os mais culpados. Os funcionários públicos que foram removidos e/ou presos durante seus expurgos eram todos corruptos, mas também faziam parte da base de poder de seus rivais. Enquanto isso, os oficiais corruptos dentro do círculo de Xi permaneceram intocados. 

O rigor provavelmente será para o Google ou, talvez, Microsoft. Mas não Meta ou Amazon. Acho que é algo assim. 

15 dezembro 2024

Energia nuclear e a emissão de carbono


As grandes empresas de tecnologia são grandes consumidoras de energia, através dos seus centros de dados. Isso tem impacto não somente no custo, mas também nos objetivos ambientais. Uma possível solução é a energia nuclear, que possui uma baixa geração de carbono. 

A Meta, controladora do Facebook e Instagram, fez um pedido de propostas para desenvolvedores que possam implementar reatores nucleares até o início da década de 2030, visando fornecer entre um a quatro gigawatts de energia. 

Outras gigantes da tecnologia, como Microsoft, Amazon e Google, também estão considerando a energia nuclear como uma opção para atender às crescentes demandas energéticas de suas operações.

26 novembro 2024

Transparência, hospedagem do site, links afiliados e gratidão

Em tempos de Black Friday e inspirados pelas boas práticas de transparência, gostaríamos de reforçar algo muito importante para nós: nosso blog é uma atividade totalmente voluntária, movida pelo prazer de escrever e compartilhar. Nos dedicamos a este espaço para divulgar ideias, aprender, ensinar, trocar experiências, manter registros e nos divertir. Nossas motivações são muitas e, como tudo na vida, estão sempre evoluindo. 

Como parte da manutenção do blog, utilizamos o programa de afiliados da Amazon para cobrir a hospedagem do site. Quando vocês clicam nos nossos links e realizam compras, recebemos uma pequena comissão, sem nenhum custo adicional para vocês. Todo o valor arrecadado é usado exclusivamente para cobrir os custos de hospedagem do site — nada além disso. 

Este ano ainda não atingimos o valor necessário para cobrir essa despesa. Por isso, temos compartilhado links com mais frequência nas redes sociais.

Agradecemos imensamente a cada um que nos apoia, seja comprando pelos nossos links, acompanhando e/ou divulgando nossas postagens. A todos vocês o nosso muito obrigado!

04 novembro 2024

Mais desenvolvimentos da IA

Do 1440:


A startup Anthropic, apoiada pela Amazon, revelou que treinou uma versão de seu modelo de IA, Claude, para realizar uma série de tarefas em computadores, incluindo navegar na web, abrir aplicativos e imitar toques no teclado e cliques de botões. A nova habilidade, chamada "uso de computador", transforma Claude de um chatbot em um agente de IA — um bot projetado para realizar tarefas específicas em nome de uma pessoa.

A Anthropic também lançou uma série de vídeos pré-gravados ontem para demonstrar como a ferramenta de uso de computador pode ser aplicada em funções específicas, como criar uma página da web com tema dos anos 90 (assista aqui), planejar uma caminhada matinal com um amigo que inclua uma vista da Ponte Golden Gate (assista aqui), e preencher uma planilha usando informações espalhadas pelo computador de alguém (assista aqui).

O uso de computador ainda está na fase experimental e foi lançado para obter feedback de desenvolvedores. A startup de design Canva e a gigante de entrega de alimentos DoorDash estão entre os parceiros que já começaram a testar o Claude 3.5 Sonnet atualizado. Saiba mais sobre IA generativa aqui (com vídeo).

20 outubro 2024

Investindo muito em energia nuclear para a IA

A Amazon está investindo US$ 500 milhões em energia nuclear para atender à crescente demanda de energia de seus centros de dados e iniciativas de inteligência artificial. O anúncio de ontem vem dois dias após o Google revelar planos de comprar energia nuclear e menos de um mês depois que a Microsoft anunciou que reabriria a usina de Three Mile Island—local do pior acidente nuclear da história dos EUA—para alimentar seus esforços de IA.

A energia nuclear representa 19% da geração de eletricidade nos EUA e provém da energia liberada quando o núcleo de um átomo pesado se divide em átomos mais leves. Embora seja cara e potencialmente perigosa, defensores promovem a energia nuclear como uma alternativa limpa às fontes de energia que emitem gases de efeito estufa, como carvão, petróleo e gás. Aplicações de IA generativa e centros de dados, que consomem muita energia, devem representar cerca de 9% do consumo total de energia dos EUA até 2030.

Amazon e Google estão investindo em reatores modulares pequenos (SMRs), que são mais baratos e mais fáceis de construir do que os reatores nucleares tradicionais, e geram até 300 megawatts de energia, ou cerca de um terço da capacidade de um reator convencional. Atualmente, apenas dois SMRs estão em operação no mundo, na China e na Rússia.



01 outubro 2024

Processo judicial e valor de mercado

A figura acima é muito interessante. Quase metade do valor de mercado dos Estados Unidos, o maior do mundo, está sob investigação devido a processos antitruste. Isso inclui Google, Amazon, Meta, Apple e Microsoft. Historicamente, os reguladores sempre conseguem algum resultado em processos desse tipo.