Três pesquisas distintas mostram como a ciência pode ajudar a mudar nossas crenças. Primeira, um alerta da US Department of Health and Human Services' National Toxicology Program informa que o celular não causa mal para saúde das pessoas. Estranhamente, os ratos expostos aos sinais de celular viveram mais que o grupo de controle. Os pesquisadores ainda não sabem a razão disto.
O segundo é a afirmação que existia controle de armas no velho oeste. Algumas cidades proibiam o porte de armas e suas leis eram mais restritivas que as atuais.
Finalmente, e mais surpreendente, apesar da meditação ter a fama de deixar as pessoas calmas, ela não faz com que as pessoas sejam melhores. A meditação corresponde a um efeito placebo.
05 fevereiro 2018
Depressão na pós
Em dezembro, o jornal Folha de S Paulo publicou um longo texto comentando sobre a depressão dos alunos de mestrado e doutorados (aqui, sendo que o link foi encaminhado pelo prof. Claudio Santana, grato).
O texto é acompanhado por depoimentos de alunos. É muito claro o grande motivo de queixa dos pos-graduandos: o orientador. O texto do jornal relativiza um pouco as queixas do professor, informando da pressão que os docentes sofrem em termos das exigências de ministrar aula, orientar, fazer trabalhos técnicos, participar de congressos e publicar artigos em periódicos de impacto. Mas nos depoimentos encaminhados para o jornal a grande queixa é o orientador. No modelo de pós-graduação este professor tem um papel importante na vida do aluno, determinando suas tarefas, aprovando seus textos, participando de suas pesquisas, entre outras atividades.
Na intersecção da maioria das dificuldades descritas pelos estudantes - pressão exagerada, carga de trabalho frequentemente excessiva, solidão, assédio moral, entre outras - encontra-se a figura do orientador.
Confeso que minha experiência como orientando foi bastante positiva. Não seria uma visão particularizada do jornal? Ou as questões são inerentes a um ambiente de competição excessiva?
Claúdio, que me enviou o texto, questiona: isto também ocorre na nossa área? Minha resposta: sim. Mas confesso não saber em que grau ocorre.
O texto é acompanhado por depoimentos de alunos. É muito claro o grande motivo de queixa dos pos-graduandos: o orientador. O texto do jornal relativiza um pouco as queixas do professor, informando da pressão que os docentes sofrem em termos das exigências de ministrar aula, orientar, fazer trabalhos técnicos, participar de congressos e publicar artigos em periódicos de impacto. Mas nos depoimentos encaminhados para o jornal a grande queixa é o orientador. No modelo de pós-graduação este professor tem um papel importante na vida do aluno, determinando suas tarefas, aprovando seus textos, participando de suas pesquisas, entre outras atividades.
Na intersecção da maioria das dificuldades descritas pelos estudantes - pressão exagerada, carga de trabalho frequentemente excessiva, solidão, assédio moral, entre outras - encontra-se a figura do orientador.
Confeso que minha experiência como orientando foi bastante positiva. Não seria uma visão particularizada do jornal? Ou as questões são inerentes a um ambiente de competição excessiva?
Claúdio, que me enviou o texto, questiona: isto também ocorre na nossa área? Minha resposta: sim. Mas confesso não saber em que grau ocorre.
04 fevereiro 2018
Ajude o ambiente, seja vegano
No livro "Quando Roubar um Banco", de Levitt e Dubner (autores de Freakonomics) uma informação realmente impressionante.Antes de mais nada o livro trata de uma coletânea de artigos publicados no blog dos autores. Em um texto, sobre a questão do aquecimento global, McWilliams faz uma crítica aos ambientalistas e suas propostas de combater o aquecimento global. Eis um trecho com o argumento de McWilliams:
o veganismo representa o caminho mais eficaz para conter as mudanças climáticas globais. Os elementos de comprovação nesse sentido são respeitáveis. Segundo o estudo, cultivar uma dieta vegana é sete vezes mais eficiente na redução das emissões do que optar por uma dieta com base em carne de produção local. Uma dieta vegana global (de colheitas convencionais) reduziria as emissões em 87% em comparação com os meros 8% no caso de "carne e laticínios sustentáveis"
O ponto central do argumento é que a dieta vegana reduziria as emissões provocadas pela pecuária, a maior fonte de emissão de gáscarbônico metano. Mas por que os ambientalistas não chamam a atenção para este fato? A razão estaria, entre outros pontos, pelo fato deles serem carnívoros e que o combate a um gasoduto tem muito mais repercussão nos meios de comunicação.
o veganismo representa o caminho mais eficaz para conter as mudanças climáticas globais. Os elementos de comprovação nesse sentido são respeitáveis. Segundo o estudo, cultivar uma dieta vegana é sete vezes mais eficiente na redução das emissões do que optar por uma dieta com base em carne de produção local. Uma dieta vegana global (de colheitas convencionais) reduziria as emissões em 87% em comparação com os meros 8% no caso de "carne e laticínios sustentáveis"
O ponto central do argumento é que a dieta vegana reduziria as emissões provocadas pela pecuária, a maior fonte de emissão de gás
02 fevereiro 2018
Atenção e mercado acionário
A literatura acadêmica fornece evidências de que quando a mídia em geral destaca uma ação específica, é bem provável que esse ativo atraia a atenção de investidores, o que pode causar pressão em seus preços. Essa atenção a meios de comunicação não especializados é explicada pelo fato de investidores menos sofisticados dependerem mais fortemente de informações públicas, uma vez que não têm acesso a gama de canais de informação dos investidores profissionais.
Este artigo investiga a relação entre o volume de negociação no mercado de ações brasileiro e a atenção do investidor. Utilizamos as coberturas jornalísticas de cada empresa como medida de atenção dos investidores, divulgadas no jornal de maior circulação e no jornal de negócios líder no Brasil.
Os resultados deste artigo mostram que o volume de negociação é alto no dia de publicação das notícias nos jornais (ou seja, no dia seguinte ao evento). Esse resultado sugere que investidores menos especializados são influenciados pelos jornais de grande circulação.
Contudo, essa relação positiva ocorre apenas em períodos em que o índice de ações está relativamente alto e para notícias ruins em relação à firma. Além disso, as empresas menos visíveis na mídia são mais suscetíveis a esse efeito quando as notícias são divulgadas simultaneamente em ambos os jornais.
Artigo aqui
Este artigo investiga a relação entre o volume de negociação no mercado de ações brasileiro e a atenção do investidor. Utilizamos as coberturas jornalísticas de cada empresa como medida de atenção dos investidores, divulgadas no jornal de maior circulação e no jornal de negócios líder no Brasil.
Os resultados deste artigo mostram que o volume de negociação é alto no dia de publicação das notícias nos jornais (ou seja, no dia seguinte ao evento). Esse resultado sugere que investidores menos especializados são influenciados pelos jornais de grande circulação.
Contudo, essa relação positiva ocorre apenas em períodos em que o índice de ações está relativamente alto e para notícias ruins em relação à firma. Além disso, as empresas menos visíveis na mídia são mais suscetíveis a esse efeito quando as notícias são divulgadas simultaneamente em ambos os jornais.
Artigo aqui
Reprodutibilidade e Replicabilidade
Há uma diferença sutil entre reprodutibilidade e replicabilidade na ciência, segundo Leek:
Reprodutibilidade = tomar os dados de uma publicação anterior, reve-los e obter os mesmos resultados.
Replicabilidade = executar um experimento e obter resultados "consistentes" com o estudo original usando novos dados.
Eis um exemplo. Uma pesquisa testou a relação entre tamanho do ativo e margem líquida para as empresas abertas no ano de 2014. A reprodutibilidade significa pegar as mesmas empresas, os mesmos valores e recalcular os testes estatísticos. Já a replicabilidade é usar as técnicas do texto original e verificar se o mesmo se aplica aos resultados de 2017.
Segundo Leek, os resultados que não são reprodutíveis são difíceis de verificar e os resultados que não se replicam em novos estudos são mais difíceis de confiar. Mas uma boa ciência se faz com ambos. Para isto, o pesquisador deve guardar os resultados e disponibilizar quando necessário.
Um estudo de alguns anos atrás mostra a importância disto. Dois pesquisadores econômicos conhecidos cometeram um erro ao calcular a média em uma planilha Excel. A fórmula usada não contemplava todos os países. o estudo apontava uma média na taxa de crescimento de diversos países de -0,1% e o valor correto era de 2,2%. O erro só foi descoberto graças a reprodutibilidade.
Os problemas com a reprodutibilidade e a reprodutividade ocorrem, segundo Leek, por falta de treinamento em estatística e computação por parte dos cientistas, aos incentivos financeiros para publicar resultados desejáveis, os incentivos dos periódicos para publicar resultados inovadores, as limitações estatísticas dos estudos (tamanho da amostra, por exemplo), a não consideração de alternativas nas explicações para os resultados, entre outros aspectos. Como parecerista de artigos em periódicos tenho notado um descuido com ambas as questões; muitos textos preferem falar da classificação da pesquisa, do que esclarecer como a pesquisa foi feita.
Há um outro aspecto: o desprezo com a ética por parte de alguns pesquisadores. Tenho notado isso ao longo da vida acadêmica e isto inclui desde usar o “CRTL C CRTL V” até a tentativa de torturar os dados. Quem não segue este padrão é taxado de “preciosista” pelos colegas.
Reprodutibilidade = tomar os dados de uma publicação anterior, reve-los e obter os mesmos resultados.
Replicabilidade = executar um experimento e obter resultados "consistentes" com o estudo original usando novos dados.
Eis um exemplo. Uma pesquisa testou a relação entre tamanho do ativo e margem líquida para as empresas abertas no ano de 2014. A reprodutibilidade significa pegar as mesmas empresas, os mesmos valores e recalcular os testes estatísticos. Já a replicabilidade é usar as técnicas do texto original e verificar se o mesmo se aplica aos resultados de 2017.
Segundo Leek, os resultados que não são reprodutíveis são difíceis de verificar e os resultados que não se replicam em novos estudos são mais difíceis de confiar. Mas uma boa ciência se faz com ambos. Para isto, o pesquisador deve guardar os resultados e disponibilizar quando necessário.
Um estudo de alguns anos atrás mostra a importância disto. Dois pesquisadores econômicos conhecidos cometeram um erro ao calcular a média em uma planilha Excel. A fórmula usada não contemplava todos os países. o estudo apontava uma média na taxa de crescimento de diversos países de -0,1% e o valor correto era de 2,2%. O erro só foi descoberto graças a reprodutibilidade.
Os problemas com a reprodutibilidade e a reprodutividade ocorrem, segundo Leek, por falta de treinamento em estatística e computação por parte dos cientistas, aos incentivos financeiros para publicar resultados desejáveis, os incentivos dos periódicos para publicar resultados inovadores, as limitações estatísticas dos estudos (tamanho da amostra, por exemplo), a não consideração de alternativas nas explicações para os resultados, entre outros aspectos. Como parecerista de artigos em periódicos tenho notado um descuido com ambas as questões; muitos textos preferem falar da classificação da pesquisa, do que esclarecer como a pesquisa foi feita.
Há um outro aspecto: o desprezo com a ética por parte de alguns pesquisadores. Tenho notado isso ao longo da vida acadêmica e isto inclui desde usar o “CRTL C CRTL V” até a tentativa de torturar os dados. Quem não segue este padrão é taxado de “preciosista” pelos colegas.
Oscar, PwC e uma nova atitude
Depois de anos usando o prêmio Oscar, a empresa de auditoria PwC optou, neste ano, pela discrição. A razão foi o vexame que ocorreu no ano passado, na confusão do prêmio de melhor filme. A PwC anunciou mudanças nos procedimentos, para evitar a repetição do ocorrido, e somente isso.
Segundo lembrou o Going Concern, a PwC passou anos vangloriando do seu papel na cerimônia do Oscar, com entrevistas, detalhando os cuidados e promovendo sua participação. Agora, nenhum comunicado à imprensa e a página do sítio da empresa com os detalhes da votação foi retirada.
Segundo lembrou o Going Concern, a PwC passou anos vangloriando do seu papel na cerimônia do Oscar, com entrevistas, detalhando os cuidados e promovendo sua participação. Agora, nenhum comunicado à imprensa e a página do sítio da empresa com os detalhes da votação foi retirada.
01 fevereiro 2018
Efeito do Blockchain na contabilidade
Tenho dúvidas de algumas afirmações da figura abaixo, mas achei o material bastante interessante. Ótimo para se usar em sala de aula, com os amigos, nos blogs ... Primeiro, uma versão completa:
A seguir, uma versão em partes:
Adaptado daqui
A seguir, uma versão em partes:
Adaptado daqui
Contabilidade da Herbalife
Eis um caso interessante, relatado pelo Fraud Files Foresinc Accounting:
Em novembro de 2017, em uma teleconferência, o presidente da Herbalife Des Walsh disse que a empresa tinha cerca de 215.000 distribuidores. Na demonstração publicada em novembro, a empresa disse:
"Em um típico mês entre junho a setembro de 2017, cerca de 45.000 distribuidores dos Estados Unidos pediram produtos para revenda para Herbalife e cerca de 40.000 deles ganharam dinheiro com suas vendas. Aqui está o que eles produziram num típico mês, antes das despesas:"
Em novembro de 2017, em uma teleconferência, o presidente da Herbalife Des Walsh disse que a empresa tinha cerca de 215.000 distribuidores. Na demonstração publicada em novembro, a empresa disse:
"Em um típico mês entre junho a setembro de 2017, cerca de 45.000 distribuidores dos Estados Unidos pediram produtos para revenda para Herbalife e cerca de 40.000 deles ganharam dinheiro com suas vendas. Aqui está o que eles produziram num típico mês, antes das despesas:"
A empresa ignorou 170 mil distribuidores.
Quantidade x Qualidade na pesquisa científica
O bom pesquisador deve deixar de lado a quantidade e focar na qualidade? Uma pesquisa mostra que isto depende da área. Mas em geral,
há um retorno de qualidade positivo do aumento da produtividade. Um número maior de documentos resulta em números ainda maiores de artigos citados. Em outras palavras, estimular a produção de artigos importa e parece ser um incentivo positivo e não negativo aos pesquisadores. Sendo assim, os níveis de produção devem ser levados em consideração na avaliação de pesquisadores e organizações. Isso, é claro, não implica que a produção seja o único critério de avaliação relevante; mas que é relevante parece indiscutível.
O gráfico abaixo resume a relação por área:
há um retorno de qualidade positivo do aumento da produtividade. Um número maior de documentos resulta em números ainda maiores de artigos citados. Em outras palavras, estimular a produção de artigos importa e parece ser um incentivo positivo e não negativo aos pesquisadores. Sendo assim, os níveis de produção devem ser levados em consideração na avaliação de pesquisadores e organizações. Isso, é claro, não implica que a produção seja o único critério de avaliação relevante; mas que é relevante parece indiscutível.
O gráfico abaixo resume a relação por área:
31 janeiro 2018
Quando mandar seu e-mail...
Um relatório recente, que examinou centenas de milhões de e-mails, revelou que a melhor estratégia é enviar seus e-mails em um momento em que menos pessoas estão enviando. Estatisticamente, isso significa domingo à noite. Além disso, os e-mails enviados no início da manhã ou no início da noite - mais especificamente, entre as 6 e as 7 da manhã, ou por volta das 8 horas - tiveram taxas de resposta muito sólidas: cerca de 45%.]
Vivendo e aprendendo.
Vivendo e aprendendo.
Revendo o passado
Em 2012 o prêmio Anefac foi dado as seguintes empresas:
Braskem = teve que fechar um acordo de mais de R$3 bilhões com a justiça
Embraer = fechou acordo com a justiça dos EUA para escapar de investigação de corrupção
Gerdau = executivos vivaram reus na operação Zelotes
Petrobras = o espaço é pequeno para descrever a ligação entre o nome da empresa e a corrupção no Brasil
CSN = presidente da empresa envolvido com Palocci. Atrasou balanço em 2017.
Cemig = investigada por corrupção
Sobraram Sabesp, Natura, Usiminas (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais) e Vale.
Braskem = teve que fechar um acordo de mais de R$3 bilhões com a justiça
Embraer = fechou acordo com a justiça dos EUA para escapar de investigação de corrupção
Gerdau = executivos vivaram reus na operação Zelotes
Petrobras = o espaço é pequeno para descrever a ligação entre o nome da empresa e a corrupção no Brasil
CSN = presidente da empresa envolvido com Palocci. Atrasou balanço em 2017.
Cemig = investigada por corrupção
Sobraram Sabesp, Natura, Usiminas (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais) e Vale.
As melhores, na transparência
Um estudo feito pela ONG Transparência Internacional analisou a divulgação de práticas anticorrupção, a estrutura organizacional (?) e os dados financeiros de empresas brasileiras. O resultado está ao lado.
Além da predominância do setor elétrico, os cinco primeiros do ranking não estão entre as maiores empresas brasileiras. Mas é possível perceber a presença da Petrobras (14o no ranking) (?), do Banco do Brasil (13o.) (?), da Braskem (16o.) (?) entre outras posições.
Além da predominância do setor elétrico, os cinco primeiros do ranking não estão entre as maiores empresas brasileiras. Mas é possível perceber a presença da Petrobras (14o no ranking) (?), do Banco do Brasil (13o.) (?), da Braskem (16o.) (?) entre outras posições.
Já não se fazem japoneses como antigamente...
As recentes fraudes em empresas japonesas mostraram que a imagem Made in Japan de qualidade talvez seja falsa. Os exemplos: a montadora Nissan fez um recall de dois milhões de veículos, a Kobe Steel falsificava dados de qualidade do produto, a Toshiba manipulava os dados contábeis, entre outros exemplos. Um texto do Financial Times (publicado em português aqui) analisa esta imagem construída e estes episódios recentes. Para Peter Wells e Leo Lewis:
A sensação de que os problemas foram frutos de conspirações dentro das empresas aumentou ainda mais depois das admissões de que as fraudes e mentiras existiam há anos e, em alguns casos, há décadas. Há inúmeros casos difíceis de explicar. Os escândalos implicam, segundo especialistas, uma disposição institucionalizada de violar regras dentro de instituições que se orgulham especificamente por segui-las de forma inflexível.
Fotografia: executivos da Sony
A sensação de que os problemas foram frutos de conspirações dentro das empresas aumentou ainda mais depois das admissões de que as fraudes e mentiras existiam há anos e, em alguns casos, há décadas. Há inúmeros casos difíceis de explicar. Os escândalos implicam, segundo especialistas, uma disposição institucionalizada de violar regras dentro de instituições que se orgulham especificamente por segui-las de forma inflexível.
Fotografia: executivos da Sony
30 janeiro 2018
Receita pública
No início de novembro, o governo da Arábia Saudita prendeu princípes, funcionários públicos e empresários, sob a acusação de corrupção. Um dos interesses do caso foi a prisão: o hotel Ritz, de Riad, cinco estrelas. Divulgamos aqui um comentário do Value Walk que informava que a prisão era uma maneira do governo obter receita pública e uma estimativa de 100 bilhões de dólares de receita (o governo de Riad falava em 800 bilhões).
Agora o governo saudita confirma a estimativa do Value Walk: 106 bilhões dólares, segundo um comunicado divulgado hoje.
Isto pode representar uma grande fonte de receita pública, em um momento que os preços do petróleo estão em baixa.
Agora o governo saudita confirma a estimativa do Value Walk: 106 bilhões dólares, segundo um comunicado divulgado hoje.
Isto pode representar uma grande fonte de receita pública, em um momento que os preços do petróleo estão em baixa.
Efeito no valor de mercado
Junte Amazon, Warren Buffet e JP Morgan e o resultado é: uma nova empresa de saúde. O aspecto curioso foi o efeito disto no mercado: redução da capitalização no valor de 30 bilhões de dólares.
Dos concorrentes.
Dos concorrentes.
Experimentos de montadoras alemãs: cheirar diesel
Recentemente a indústria automobilística teve que confessar que manipulava os dados de emissão de gás carbônico. Agora outro escândalo: algumas empresas da Alemanha financiaram estudos “científicos” em seres humanos e macacos sobre a inalação de gases emitidos por veículos à diesel. As empresas queriam conhecer os efeitos da inalação na circulação sanguínea e no sistema respiratório.
O estudo foi financiado por três grandes empresas: Volkswagen, Mercedes e BMW e envolveu 19 homens e 6 mulheres, além de 10 macacos. O local o experimento foi em Aachen, Alemanha, e em Albuquerque, Estados Unidos. Um dos objetivos era contestar uma decisão da Organização Mundial de Saúde, que considerou o diesel como cancerígeno.
A Volks anunciou mudanças nos seus executivos, incluindo o relações públicas do grupo.
O estudo foi financiado por três grandes empresas: Volkswagen, Mercedes e BMW e envolveu 19 homens e 6 mulheres, além de 10 macacos. O local o experimento foi em Aachen, Alemanha, e em Albuquerque, Estados Unidos. Um dos objetivos era contestar uma decisão da Organização Mundial de Saúde, que considerou o diesel como cancerígeno.
A Volks anunciou mudanças nos seus executivos, incluindo o relações públicas do grupo.
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