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05 julho 2008

Critica a adoção do IFRS pelos Estados Unidos

No NY Times uma reportagem (Accounting Plan Would Allow Use of Foreign Rules, Stephen Labaton, 05/07/2008) sobre as críticas a adoção do IFRS pelos Estados Unidos. É interessante ler os argumentos para sabermos exatamente o que significa a convergência.

Num primeiro momento, a preocupação de que a adoção da IFRS significa deixar de lado as normas surgidas após o colapso da Enron para proteger os investidores:

But critics say the changes appear to be a last-ditch push by appointees of President Bush to dilute securities rules passed after the collapse of Enron and other large companies — measures that were meant to forestall accounting gimmicks and corrupt practices that led to those corporate failures.

Outro aspecto destacado pelos críticos é que os reguladores estrangeiros estão fora da alçada do Congresso:

Foreign regulators are beyond the reach of Congress, which oversees American securities regulation through confirmation proceedings, enforcement hearings and approval of the Securities and Exchange Commission’s budget.


Além disso, as regras internacionais significam que os resultados das empresas serão melhores (vide aqui post sobre o assunto):

The commission is preparing a timetable that will permit American companies to shift to the international rules, which are set by a foreign organization and give companies greater latitude in reporting earnings. Companies that have used both domestic and overseas rules have, on average, been able to report revenues and earnings that were 6 percent to 8 percent higher under the international standards, according to accounting experts.


Outro aspecto citado é que as normas internacionais são piores que as estadunidenses em certos itens:

Though foreign accounting standards are stronger in some ways than American accounting principles, they are weaker in some important areas. They enable companies, for example, to provide fewer details about mortgage-backed securities, derivatives and other financial instruments at the center of today’s housing crisis and that have troubled many Wall Street firms, including Bear Stearns.


As normas internacionais são, segundo Cox, uma terceirização das normas contábeis:

James D. Cox, a securities law expert at Duke Law School who returned this week from teaching corporate law in Europe, said the shift to international rules amounted to “outsourcing safety standards.”

O texto também comenta que a adoção das normas reflete a necessidade de aumento de investimento estrangeiro nos Estados Unidos:

Officials say the proposed changes reflect the decades-long push toward global markets. They say the changes are necessary to attract capital from abroad and will protect Americans as they increasingly look to invest overseas. In the decade ending last November, American holdings of foreign stock increased to $4.3 trillion from $1.2 trillion.


O presidente da SEC argumenta que no mercado financeiro atual é impossível a SEC trabalhar sem uma estratégia global:

In a speech earlier this year, Christopher Cox, the agency’s chairman, said that working on the transition to international accounting standards and reaching enforcement agreements with foreign countries like the Australians were two of the most important items on his agenda as his term comes to a close.

As empresas de auditoria lembram da duplicação onerosa de regras contábeis (confirmando minha hipótese que são as grandes interessadas na convergência):

Industry groups have pushed for many of the changes. Large international accounting firms, for example, have complained that the emergence of a new generation of American and foreign regulators inspecting them has led to onerous duplication.

O texto afirma que as agências reguladoras estrangeiras são, historicamente, menos agressivas que as estadunidenses:

But the track record of foreign enforcement authorities indicates that they are generally less aggressive than their counterparts in the United States, and that even the most vigorous ones bring fewer cases and impose significantly lower penalties.

13 junho 2008

Mais sobre Valor justo

Segundo Michael Starkie, contador da BP, o International Accounting Standards Board, responsável pela convergência internacional, não possui experiência da produzir regras contábeis "truly useful".

Mr Starkie's views also reflect a long-running concern among many accountants and investors about the focus of some IASB members on developing a coherent theoretical accounting framework without due regard for business practicalities. The danger, they fear, is that if accounting becomes less reflective of companies' operations, investors could lose trust in published accounts, which would raise the cost of capital for companies and upset financial markets.


Accounting rule-makers attacked for putting theory before reality
Jennifer Hughes - Financial Times - 12/06/2008 - London Ed1 - 17

the fundamental problem is the members of the IASB. Collectively as board members they do not have the experience and wisdom to produce and maintain accounting standards that are useful for the capital markets and the wider economy. And some of the board members are clearly committed to an extreme view of recognition and measurement which will severely damage the operation of markets and ultimately economies. Recent appointments to the board are too little and too late to change the overall thrust.

I call on the IASC Foundation trustees to take urgent action to reconstitute the board so that the accounting community can try again to capture the potential benefits of this global opportunity.


LETTERS TO THE EDITOR - Accounting rule-makers putting markets at risk
12 June 2008 - Financial Times - Asia Ed1 - 08
From Mr Michael Starkie.

07 junho 2008

Normas em Portugal

Finanças: Governo adia para 31 de Julho o prazo para discussão pública do novo sistema contabilístico
Agência Lusa - Serviço Economia - 6/6/2008

Lisboa, 06 Jun (Lusa) - O Governo adiou para 31 de Julho o prazo para a discussão pública do novo sistema de normalização contabilística (SNC), disse à Lusa fonte oficial do ministério das Finanças.

"A prorrogação é necessária porque estamos perante a importação de conceitos, definições, valores e comportamentos, que não fazem parte, em grande medida, do nosso léxico contabilístico, pelo que se justifica uma análise detalhada e profunda quanto às questões a analisar", justificou a mesma fonte.

O prolongamento do prazo da consulta pública de 14 de Junho para o final de Julho foi decidido quinta-feira por despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo.

Esta decisão surge depois da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas ter enviado uma carta a Carlos Lobo pedindo a prorrogação do prazo da consulta pública da proposta do SNC.

O sistema SNC vai substituir o actual Plano Oficial de Contabilidade e fazer com que as empresas portuguesas passem a funcionar com as mesmas regras de contabilidade do conjunto dos países da União Europeia (UE) a partir de 2010.

Em causa está o sistema ordenador da contabilidade das pequenas, médias e grandes empresas e das empresas cotadas, que gradualmente será integrado nas empresas que operam em Portugal.

Actualmente, as empresas cotadas já apresentam o relatório contabilístico debaixo das normas internacionais de contabilidade (IAS ou NIC), mas continuam a enfrentar duplas tributações devido a falhas de comunicação entre o sistema português e os países onde as empresas operam.

Além disso, passa a ser mais fácil operar em países diferentes dentro da UE porque só será necessário um único reporte contabilístico, igual em todos os territórios, ao contrário da situação actual, que obriga à apresentação de contas segundo regras diferentes, conforme o país em que a empresa opera.

A harmonização contabilística entre os Estados-membros da UE significa a eliminação de custos para as empresas, que passam a ter a vida mais facilitada sempre que tenham actividade transfronteiriça, considerou Carlos Lobo em declarações aos jornalistas.

03 junho 2008

Efeito da IFRS

O texto a seguir, enviado por Ricardo Viana e publicado no Valor Econômico, mostra o efeito da utilização da IFRS em algumas empresas brasileiras.

Ajuste milionário no balanço
Por Graziella Valenti e Silvia Fregoni, de São Paulo
Valor Econômico - 02/06/2008

Nada menos do que uma redução de R$ 830 milhões no lucro líquido e no patrimônio. Esse é o tamanho do ajuste que a Vale do Rio Doce sofreria no primeiro trimestre caso a nova legislação contábil brasileira estivesse vigente desde já. Com isso, a empresa teria uma redução substancial sobre a lucratividade do período, que foi de R$ 2,2 bilhões.

Nem todos os investidores estão atentos, mas, depois de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) muito insistir, as companhias começaram a fornecer nas notas explicativas do balanço a estimativa do impacto das novas regras de contabilidade. No caso da mineradora, segundo a nota, a perda decorreria de efeitos da variação cambial sobre os investimentos no exterior.

Porém, os números fornecidos ainda estão encobertos por muitas dúvidas. Há mais perguntas do que respostas em torno do processo de adaptação dos balanços à lei 11.638 - aprovada no apagar das luzes de 2007, o que deixou o prazo para regulamentação apertado. A despeito de toda a confusão existente já na homologação da legislação, a CVM tumultuou um pouco mais o ambiente ao pedir que as empresas fizessem alguns ajustes já a partir do primeiro trimestre.

A Vale não é a única ter ajustes de impacto a fazer, e nem todos seriam negativos. No caso da Eletrobrás, haveria alta de R$ 356,7 milhões no lucro e de R$ 260,5 milhões, no patrimônio. A Petrobras elevaria em R$ 388 milhões os ganhos da última linha do balanço e reduziria em R$ 459 milhões o patrimônio. Pode parecer pouco, mas esses números produzem efeito ainda maior na análise de múltiplos - indicador que os analistas utilizam para comparar os preços das ações de empresas brasileiras com o das estrangeiras.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's já considera as informações na análise dessas companhias. Porém, Marcelo Costa, diretor da área de classificação de empresas, explicou que boa parte dos dados já estava incorporada às avaliações. "Já pedíamos às empresas o que não divulgavam."

Alex Finn, sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC) no Reino Unido, enfatizou a importância de as companhias saberem comunicar bem as mudanças contábeis.

A nova lei contábil brasileira tem como principal finalidade o alinhamento aos padrões internacionais, adotados em mais de 100 países, o IFRS. Pelo cronograma da CVM, em 2010, o país deverá ter convergido integralmente as regras domésticas às estrangeiras.

Finn destaca que a empresa precisa aproveitar a oportunidade de tornar seus números comparáveis a de outras companhias globais - com destaques para as européias, que utilizam o IFRS. Ele lembra que quando houve a transição no Reino Unido as ações das empresas sofreram perda média de 5%, por conta da falta de habilidade das companhias ao tratarem do tema.

A empresa do ramo imobiliário Rossi Residencial viveu isso na pele. Os papéis da empresa caíram 15% no dia que foram divulgados os números do primeiro trimestre. A administração decidiu se antecipar e já adotar procedimentos previstos no IFRS - mesmo aqueles que ainda não estão contidos na nova lei contábil brasileira.

Tal iniciativa provocou impactos negativos nos números da Rossi. A margem líquida - relação entre lucro líquido e receita líquida - caiu três pontos percentuais. Mas o efeito sobre as ações decorreu, especialmente, da dificuldade do mercado em compreender as alterações. "Foi falha da comunicação da companhia. Não soubemos explicar as mudanças aos analistas", admitiu Gerson Cohen, gerente de controladoria. A falta de didática deu trabalho: foram necessárias reuniões com investidores para explicar o que aconteceu.

Enquanto algumas companhias se esforçaram para apresentar em números uma estimativa dos impactos mais relevantes da adequação à lei, outras continuam informando que ainda não é possível fazer cálculos nesse momento. A principal alegação é a falta das normas da CVM detalhando as diretrizes gerais dadas pela lei. Dentre as dez maiores empresas brasileiras por valor de mercado (ver quadro acima), apenas metade forneceu expectativas numéricas dos impactos.

Fabio Cajazeira, sócio da PwC responsável pela área de mercado de capitais, explicou que quantificar os efeitos da lei é trabalho praticamente equivalente ao de contabilizar as mudanças. "Colocar no balanço é o mais fácil depois de decidir a metodologia, levantar os dados e fazer os cálculos."

Para companhias de médio porte e menor complexidade dos negócios, por vezes é mais fácil se adaptar. A Eternit e a Indústrias Romi já adotaram integralmente o padrão internacional. Até então, apenas Gerdau e Grendene usavam o IFRS. "Muitas vezes, é mais simples e rápido para a empresa menor", disse o professor Eliseu Martins, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e vice-coordenador técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

A Romi decidiu antecipar o uso do IFRS no primeiro trimestre e já republicou os dados de 2007. "Quisemos elevar a transparência e inovar", disse Luiz Cassiano, gerente de relações com investidores.

Reginaldo Alexandre, também membro do CPC e vice-presidente da associação de analistas de investimento em São Paulo (Apimec-SP), explicou que antecipação ao IFRS é relevante, principalmente, para as menores. Elas podem aproveitar o bom momento do país e a melhora nos balanços para acessar crédito no mercado externo, antes restrito às grandes companhias.

Alexander Carpenter, analista de crédito da Moody's para a América Latina, acredita que a lei terá impacto relevante nas notas de risco. "Poderemos dar 'ratings' mais altos porque as empresas passarão a divulgar fluxo de caixa."

02 junho 2008

Lopes de Sá critica Iasb e NIC

Em diversas conferências em Portugal, Lopes de Sá criticou as normas internacionais de contabilidade (IX Congresso Internacional de Contabilidade do Mundo Latino, Prolatino). Lopes de Sá considera que

“nas NIC não tem havido responsabilidade com os conceitos de ciência. Estamos perante interesses muito fortes das grandes multinacionais de auditoria”



Na 6ª. Conferencia no Porto, no dia 14 de maio, Lopes de Sá afirmou que:

“As normas não são ciência. Quem está contra, não se deve atemorizar perante uma falsa manifestação de superioridade que não existe e perante 14 indivíduos da IASB, que é o filho bastardo do FASB, que alegadamente mandam e aos quais não reconheço qualquer valor”



Grato Alexandre Alcantara pela dica.

Estrutura Conceitual: Opções


Este documento mostra as opções do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Está claro a escolha em “traduzir” o documento do Iasb:

“Não há como se falar em convergência se o documento básico, Estrutura Conceitual, não for basicamente o mesmo entre nós e o IASB”


Tendo por base isso, não adotou-se o termo “princípio” ou “postulado”, inclusive da entidade.

Rejeitou-se a palavra “normas” pois a legislação brasileira veda que os órgãos governamentais deleguem os poderes de legislar. Assim, nem a CVM, nem o Bacen ou a Susep podem delegar o poder de normatizar.

Outro aspecto interessante é que a Demonstração do Resultado não apresenta definição de resultado operacional (e não operacional). Alega-se que

“essa classificação (...) não existe no IASB e está praticamente em extinção no mundo. O relevante é, nas Demonstrações Contábeis, a indicação do que é recorrente e do que não é recorrente”


Grato, Jomar, pela dica.

Vantagens da IFRS, segundo as empresas de auditoria

Segundo o documento da Deloitte, International Financial Reporting Standards for U.S. Companies: Implications of na accelerating global trend, as vantagens da IFRS são as seguintes:

a)Padronização e melhoria das políticas contábeis
b)Uso e disposição mais eficiente dos recuros
c)Melhoria nos controles
d)Melhor administração de caixa

Já a PriceWaterHouseCoopers, em 10 minutes on IFRS What you need to know about financial topics essencial to your business, lista as razões da inevitabilidade das IFRS e as vantagens das mudanças:

a)transparência
b)encorajar um mercado global informado
c)apresentar novas oportunidades de operações
d)reduzir a complexidade e os erros contábeis
e)enfatizar o exercício do julgamento profissional

Acredito que isso seja muito questionável. Em primeiro lugar, a Deloitte só apresenta as vantagens (não existe desvantagens?). Além disso, alguns desses itens carecem de fundamentação, inclusive em termos de pesquisa. Isso tende a provar a tese de que a convergência é de interesse, em especial, das grandes empresas de auditoria.

24 maio 2008

IFRS na Tailândia

Mais um país está adotando a IFRS: a Tailândia. Segundo o Bangkok Post (20 de maio de 2008), a Securities and Exchange Commission of Thailand e a Federation of Accounting Professions anunciaram a intenção de adotar as normas de contabilidade do Iasb.

22 maio 2008

Normas internacionais no Canadá

É raro pensar em contadores e mudança ousada na mesma frase. Entretanto, contadores estão conduzindo a próxima onda de mudanças grandes de regulamentos que afetam as empresas canadenses no mundo: a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Financeira (IFRS).
A contabilidade é regida por um conjunto de regras conhecido como princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP). Cada país tem sua própria GAAP; o objetivo das IFRS é criar o mesmo conjunto de normas contábeis para todos os países, o que deve, em última análise, tornar mais fácil para os que trabalham em termos internacionais e ajudar a levantar fundos em mercados de capitais mundiais.
Mais de 100 países de todo o mundo, incluindo a Austrália, a Nova Zelândia e os membros da União Européia, já aprovaram a IFRS. O Canadá está próxima, e não há muito tempo. A IFRS será obrigatória para todas as empresas abertas, com início em janeiro de 2011. (...)
As empresas canadenses que estão mudando nessa direção estão preocupadas com a imensidão do desafio da conversão. Não só os sistemas precisam de mudanças, mas os resultados líquidos de uma empresa podem mudar em razão dos cálculos contábeis diferentes. Isso poderá ter impacto nos planos de compensação, nas dívidas, no investidor e nos relatórios. (...)
A União Européia tem aumentado o seu poder econômico ao longo da última década e mais e mais dinheiro está sendo obtido nos mercados de capitais fora os EUA. Apesar de a Securities Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos terem inicialmente uma recepção fria a IFRS, recentemente começou a permitir que empresas estrangeiras cotadas nas bolsas de valores dos EUA usassem demonstrações financeiras com IFRS. (...)
Todos esses fatores estão empurrando lentamente os Estados Unidos a adotarem a IFRS e especialistas dizem que o Canadá, com a decisão de adotar as IFRS, tem sido um instrumento de incentivo para os E.U. "Não subestimamos o impacto do Canadá sobre os EUA", diz Sir David TWEEDIE, chefe da International Accounting Standards Board (IASB). "Se alguém teria esperado Canadá para alterar as normas, eles teriam esperado que o Canadá adotasse os padrões dos EUA. A decisão do Canadá em adotar as IFRS tomou o mundo de surpresa. Os EUA estão olhando em volta em todas as grandes economias e a única que não tem a aceitação da IFRS são os EUA."


Closing the GAAP; As Canadians adopt international accounting standards, they should know the rules may change at the last minute, Karine Benzacar, Financial Post, 21/5/2008, FP19.

No livro de Teoria da Contabilidade, p. 51 e 52, existe um exercício sobre a adoção das normas internacionais de contabilidade pelo Canadá. Esse exercício refletia a surpresa dos autores (minha e do Katsumi) com a decisão do Canadá. O texto acima reflete um pouco essa questão.

21 maio 2008

19 maio 2008

Despesa numa construtora

Balanço da Rossi decepciona e ações despencam
Valor Econômico - 19/5/2008

As ações da Rossi Residencial despencaram 15% na sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), depois de o balanço da empresa do primeiro trimestre mostrar forte redução de margens, atrasos em lançamentos, problemas com o orçamento de um projeto e necessidades de caixa. Mudanças nos critérios contábeis também afetaram os resultados.(...) A Rossi iniciou a adoção de práticas contábeis em conformidade com padrões internacionais, o que gerou mudança significativa na contabilização de custos. Como exemplo, os encargos financeiros decorrentes de financiamentos à produção e a debêntures passaram a ser apropriados na rubrica custos dos imóveis vendidos.

As despesas comerciais passaram a compreender os gastos com publicidade e propaganda, antes diferidos e reconhecidos em função do andamento das obras.

Durante a teleconferência, o analista Marcelo Telles, do Credit Suisse, observou que, mesmo sem as alterações contábeis, a margem bruta da companhia teria recuado para 30%, em função do impacto de uma obra mal orçada, aparentemente pequeno, mas que foi muito significativo. (...)

A empresa atrasou o lançamento de dois empreendimentos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com isso, o Valor Geral de Vendas (VGV) caiu 59% para R$ 178 milhões. Nos primeiro trimestre, a Rossi consumiu R$ 136 milhões de seu caixa, que fechou o período com R$ 120 milhões. Ciente da necessidade de capitalização, já contatou banco para uma emissão de R$ 350 milhões em debêntures.

14 maio 2008

IFRS no Brasil

As empresas brasileiras de capital aberto estão bem preparadas para a adaptação ao IFRS (International Financial Reporting Standards), novo modelo contábil a que terão de aderir até 2010. A avaliação é de Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do IASB (International Accouting Standards Board), órgão que publica e atualiza as normas de contabilidade mundiais. "Fazendo uma comparação, podemos dizer que temos um novo avião, com novos passageiros e um novo aeroporto onde ele chegará. O ambiente dessa recepção é favorável, mesmo que possam aparecer algumas daquelas bandeirinhas da pista com sinalizações de alerta", brincou ontem, durante palestra em evento organizado pela Febraban para discutir auditoria.

Carvalho enumerou os principais desafios a que estão sendo submetidas as companhias e profissionais envolvidos no processo de transição às normas.

O primeiro, segundo o executivo, refere-se à capacidade de fazer projeções mais seguras sobre o desempenho das companhias. "O primeiro choque das empresas foi esse. Afinal, estávamos acostumados à verdade imprópria de acreditar que o correto era que os balanços trouxessem um retrato do passado", exemplificou.

Outro desafio relacionado à implementação do IFRS no País, segundo Carvalho, está ligado à sua estrutura conceitual, que consagra a adoção de princípios. "Advogados, acostumados ao direito codificado e formal, já estão percebendo isso", diz. "Contadores e profissionais de auditoria, também por natureza conservadores, também terão de adaptar-se. O IFRS decretará a morte definitiva da expressão meramente contábil", citou o membro do IASB.

IFRS puro

O principal desafio de CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) -- órgãos que têm centralizado a divulgação de documentos para regular as novas normas no Brasil - é fazer com que a adoção do IFRS aconteça sem que o modelo sofra muitas modificações do original. "Esse tipo de adaptação, que poderia descaracterizar o documento do IASB, criaria o pior dos mundos. Seria o equivalente a aderir o esperanto, um idioma mundial que ninguém fala", criticou Carvalho.

Alguns outros países latino-americanos também estão em pleno processo de conversão contábil e têm intenção de preservar o conteúdo original das normas publicadas pelo IASB. É o caso do Chile, cujas empresas listadas em bolsa terão de divulgar os balanços consolidados formatados em IFRS já em 2009. "O processo é o desfecho natural de uma economia é completamente aberta e integrada à globalização. Fusões e aquisições serão cada vez mais comuns. O IFRS melhora esse ambiente", exemplificou o sócio da Deloitte no Chile, Oscar Bize.

Para Carvalho, País está pronto para aderir ao IFRS
Gazeta Mercantil - 14/5/2008

23 janeiro 2008

Auditoria

Normas para auditorias também terão convergência
Valor Econômico - 23/01/2008

O processo de convergência contábil do Brasil aos padrões internacionais é mais amplo do que parece. Não apenas as regras da contabilidade passarão por um alinhamento às normas globais, como também as práticas das auditorias. O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) estão à frente de um processo de convergência das normas brasileiras às internacionais, emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC).Tanto o Ibracon como o CFC já são membros do IFAC. As regras brasileiras contêm basicamente as mesmas diretrizes que as emitidas pelo órgão global. Entretanto, o que deve ocorrer, especialmente, é um maior alinhamento.

"As normas brasileiras não alcançam o mesmo nível de detalhe", explicou Ana María Elorrieta, diretora de assuntos técnicos do Ibracon e auditora da PricewaterhouseCoopers (PwC), durante seminário promovido pelo instituto.

As regras para essa atividade regem questões como ética, independência, sigilo e padrões de atuação, entre outras. Francisco Papellás Filho, presidente do Ibracon, conta que, nesse mês, os representantes brasileiros no IFAC receberam do órgão internacional algumas recomendações para desenvolvimento desse ramo de atividade no país, entre as quais está, justamente, a convergência das normas.

Ana María explica que o processo todo deve levar mais de um ano, mas a idéia é ter a convergência concluída para o alinhamento das práticas contábeis nacionais, até 2010. O trabalho inclui a tradução das normas do IFAC. O projeto brasileiro segue em paralelo a uma revisão que o próprio organismo internacional está realizando internamente.

Harold Monk, professor adjunto de auditoria na Universidade da Flórida e membro do IFAC, contou que o órgão está revisando todos os pronunciamentos emitidos, com objetivo de simplificar a linguagem e eliminar eventuais duplas interpretações. A idéia é tornar as normas mais acessíveis e, com isso, também ampliar a disseminação perante pequenas e médias empresas de auditoria. A expectativa é que esse processo esteja encerrado no fim do ano.

Ana María explicou que não há sentido traduzir as normas externas nesse momento, sem acompanhar as atualizações geradas lá fora. "Seria ter o mesmo trabalho duas vezes." Por isso, no Brasil, a convergência deve terminar apenas em 2009. Até 2010, quando a migração aos padrões internacionais de contabilidade estiver vigente, o Ibracon e o CFC pretendem realizar o treinamento dos profissionais do ramo, preparando-os para o novo cenário.

O treinamento para adequação dos profissionais é ponto crucial do processo de convergência. Há uma grande quantidade de auditores em companhias de menor porte, longe da estrutura das multinacionais desse segmento."É natural que companhias menores procurem também empresas menores de auditoria para contratar", destaca Ricardo Rodil, sócio da Nexia Auditores Independentes e diretor de desenvolvimento profissional do Ibracon. Ele aponta a importância do preparo dos profissionais em razão da atratividade dos ativos brasileiros perante os estrangeiros.

"Antes só as grandes multinacionais faziam negócio aqui. Agora, empresas internacionais familiares buscam parcerias, joint-ventures e até aquisições no Brasil." Diante disso, julga essencial a padronização. "Elas não têm a mesma quantidade de assessores que as grandes, mas precisam da mesma segurança."

21 janeiro 2008

O Impacto da adoção do IFRS no Canadá

“No entanto, para conseguir que a maioria dos países concorde com a sua estrutura, o IFRS foi construído usando uma abordagem de menor denominador-comum. Em outras palavras, a menos das extenuantes exigências contábeis em cada área específica foi frequentemente selecionadas para garantir aceitação. Por conseguinte, deixa-se muito em aberto a interpretação e os executivos têm de assumir muitas hipóteses para preencher os buracos.”


IFRS accounting will make analysis tricky; Revenue, asset values will have new meanings - Al & Mark Rosen - Financial Post – 17/01/2008

Clique aqui

O texto faz uma série de críticas pela adoção da IFRS em relação às normas atuais do Canadá. Um exemplo é o reconhecimento da receita, que o autor considera “deficiente” e que “requer melhorias”.

Na primeira parte do texto (New accounting standards leave too much to chance; Vague wording means loopholes won't be closed, Financial Post, 16/01/2008) o autor destaca os benefícios da contabilidade internacional.

07 janeiro 2008

Um resumo da Contabilidade Internacional

A seguir, um breve relato da história recente da contabilidade:

El paso definitivo hacia una normativa contable global
Manuel García-Ayuso Covarsí
Miembro del European Financial Reporting Advisory Group, Catedrático de Contabilidad y Economía Financiera de la Universidad de Sevilla y Consejero de ACIF
Expansión - 07/1/2008

¿Se imagina un futuro en el que todos los ciudadanos del mundo hablasen el mismo idioma? Eso, que en el plano de la comunicación humana se nos antoja como pura utopía, parece ahora un objetivo al alcance de la mano en el ámbito de la Contabilidad.

La armonización contable internacional, que ya se había planteado como un objetivo deseable desde el ámbito académico, comenzó a reclamarse con fuerza en el ámbito empresarial en la última parte del siglo XX. Las grandes empresas europeas aspiraban a contar con un cuerpo normativo único que les permitiese formular sus cuentas anuales de modo que fuesen aceptadas en todos los mercados de valores en que cotizaban. El acuerdo firmado por el Comité Internacional de Normas de Contabilidad (IASC) y la organización mundial de reguladores de los mercados de valores (IOSCO) en 1995, que condujo a que el 17 de mayo de 2000 se produjese la aceptación de las normas del primero por los segundos, hizo que las empresas de todo el mundo volvieran los ojos hacia las normas del IASC como modelo contable de referencia a nivel internacional, con la esperanza (por parte de las más importantes) de que su aplicación les permitiese reducir los elevados costes de preparación de sus cuentas anuales de conformidad con diferentes cuerpos normativos y, particularmente, les eximiese del requisito de reconciliación establecido por la comisión reguladora de los mercados de valores estadounidenses (SEC) para las sociedades extranjeras cotizadas en ese país.

La presión ejercida por las multinacionales europeas sobre los órganos de la Unión Europea (UE) y la consolidación del IASC (rebautizado como IASB) como organismo independiente emisor de normas contables, llevó a la UE a modificar su estrategia contable en noviembre de 1995 mediante la emisión de una comunicación en la que, si bien defendía la utilidad de las Directivas como herramienta para mejorar la calidad de la información contable en la UE, reconocían su incapacidad para la resolución de algunos problemas relevantes a los que se enfrentaban las empresas de sus estados miembros. A nadie escapa que, en la práctica, las Directivas no lograron una verdadera armonización, es decir, no condujeron a la elaboración de cuentas anuales comparables por las empresas en el seno de la UE, por lo que ante la tesitura de modificar las Directivas o adoptar un cuerpo normativo ya desarrollado, la Comisión Europea emitió en 2000 una nueva comunicación en la que declaraba su firme propósito de requerir a todas las sociedades con valores admitidos a cotización en alguno de los estados miembros de la UE, la formulación de sus cuentas anuales de conformidad con las normas del IASB. Inmediatamente después se promulgó la Directiva 2001/65/CE del Parlamento Europeo y del Consejo de 27 de septiembre de 2001, por la que se modificaron las Directivas 78/660/CEE, 83/349/CEE y 86/635/CEE en lo relativo a las normas de valoración aplicables en las cuentas anuales consolidadas de determinadas formas de sociedad, así como de los bancos y otras entidades financieras. Mediante esta Directiva (DOCE nº 283, de 27 de octubre de 2001), se impuso a los Estados miembros la exigencia de introducir la posibilidad de reflejar determinados activos y pasivos financieros en el balance de las empresas atendiendo a sus valores razonables.

La convergencia a las normas del IASB se hizo realidad con la aprobación del Reglamento (CE) Nº 1606/2002 del Parlamento Europeo y del Consejo, de 19 de julio de 2002, por el que las NICs, NIIFS y sus interpretaciones se convertían en el cuerpo normativo obligatorio para los grupos cotizados en la UE a partir del 1 de enero de 2005. Simultáneamente, la Comisión Europea establecía un filtro técnico a cargo del EFRAG (European Financial Reporting Advisory Group) y otro de carácter político a cargo del ARC (Accounting Regulatory Committee).

En el marco de su estrategia tendente a convertirse en el organismo emisor de normas contables dominante en el mundo, el IASB sumó a la alianza establecida con la IOSCO otra que consolidaría posición dominante. Como resultado de una reunión mantenida en Norwalk en septiembre de 2002, el organismo emisor de normas contables en Estados Unidos (FASB) y el IASB, alcanzaron un acuerdo en virtud del cual ambos se comprometían a desarrollar conjuntamente normas contables de calidad y compatibles, que pudieran ser utilizadas para la elaboración y la publicación de información contable, tanto a nivel nacional como a nivel internacional. En concreto, los dos organismos reguladores se comprometieron a realizar los máximos esfuerzos con el fin de: (i) hacer que sus normas contables en vigor resulten compatibles tan pronto como sea posible, (ii) coordinar sus programas de trabajo para el futuro de modo que se garantice que, una vez alcanzada, la compatibilidad se mantenga en el tiempo.

El 27 de febrero de 2006, FASB e IASB publicaron un breve documento conjunto, denominado Memorandum of Understanding (MoU), en el que exponían que la eliminación del requisito de reconciliación con los principios y normas contables estadounidenses al que siempre han estado sometidas todas las empresas extranjeras por la SEC, sería posible a partir del 1 de enero de 2009 si las NIIF se aplican de manera efectiva por un gran número de empresas en un gran número de países y se logra un apreciable avance en el proyecto de convergencia desarrollado conjuntamente por FASB e IASB. En consecuencia, la eliminación en un plazo relativamente corto del requisito de reconciliación por parte de la SEC, se configuraba como el objetivo último del proceso de armonización contable internacional.

Animados por este movimiento hacia la convergencia, un buen número de países han decidido recientemente adoptar el modelo contable del IASB para su aplicación, cuando menos, por las sociedades cotizadas en bolsa. Así, por ejemplo, China manifestó el pasado 15 de febrero su intención de hacer converger sus normas de contabilidad hacia las NIIF y, Chile, la economía más desarrollada de América al sur de los Estados Unidos ha decidido adoptar las normas del IASB para su aplicación por las sociedades cotizadas con efectos el 1 de enero de 2009, contando para ello con el respaldo del Banco Mundial y el asesoramiento de un equipo de académicos españoles entre los que he tenido el honor de estar, junto a los profesores Esteo Sánchez, Laínez Gadea y Monterrey Mayoral. Como consecuencia de todo ello, las normas del IASB y las interpretaciones que de ellas hace el IFRIC se han configurado como el cuerpo normativo que en un futuro no muy lejano constituirá el lenguaje universal de la Contabilidad.

El 24 de octubre de 2007, Robert Herz, Presidente del FASB, compareció ante la Subcomisión de Valores, Seguros e Inversiones del Comité del Senado de Estados Unidos para asuntos de Banca, Vivienda y Urbanismo, en el marco de una sesión sobre "Normas Internacionales de Contabilidad: Oportunidades Retos y Aspectos relacionados con la Convergencia". En su declaración, Herz expuso que el FASB considera la supresión por SEC del requisito de reconciliación de la información contable, es congruente con el compromiso de todas las partes implicadas en el proceso de convergencia, para hacer realidad la transición hacia un modelo contable global basado en las NIIF. Entre las medidas necesarias para lograr esa transición, citó expresamente (i) la reducción o eliminación de los procesos de endorsment que dan lugar a adopciones incompletas de las NIIF, (ii) el fortalecimiento del IASB como organismo emisor de normas contables independiente y de ámbito global, garantizando su estabilidad y la suficiencia presupuestaria y de medios humanos, (iii) el desarrollo de las NIIF en áreas insuficientemente reguladas (seguros o empresas extractivas) y su mejora para mejorar la relevancia y comprensibilidad de la información (marco conceptual, instrumentos financieros, etc.) y (iv), la mejora de la coordinación de los mecanismos de revisión de las normas y los de carácter coercitivo. Nunca hasta ahora, habíamos tenido una manifestación expresa y tan palmaria del interés del regulador estadounidense por converger hacia las NIIF, haciendo que las normas del IASB se conviertan en el modelo contable global y único: "…aunque hemos hecho firmes progresos en nuestro programa de convergencia, con nuestra estrategia actual nos llevará muchos años más alcanzar el objetivo de la convergencia total. Consiguientemente, y a la luz del creciente uso de las NIIF en muchas otras partes del mundo, creemos que este puede ser el momento adecuado para considerar vías que nos lleven a acelerar el esfuerzo de convergencia y la transición a las NIIF en los Estados Unidos. Para ser verdaderamente internacional, cualquier conjunto de normas contables debe ser adoptado y utilizado en el mayor mercado de capitales del mundo, los Estados Unidos".

El último escollo para hacer realidad la armonización contable internacional ha sido superado hace sólo unos días. En concreto, el pasado 15 de noviembre la SEC hizo pública su decisión de eximir a las empresas cotizadas en las bolsas estadounidenses del requisito de reformular o reconciliar sus cuentas anuales con las que hubieran resultado de la aplicación de las normas del FASB.

Así pues, en el futuro, las grandes empresas multinacionales hablarán un lenguaje único. Sin duda, las sociedades cotizadas en los mercados internacionales, los participantes en esos mercados y todos cuantos vivimos en contacto con la información contable estamos de enhorabuena.

24 dezembro 2007

Revolução na Contabilidade

A palavra revolução parece não combinar com a palavra contabilidade. Pelo menos é isto que Greiss, da Ernest & Young, num artigo para The Globe and Mail, escreve, quando comenta sobre as normas internacionais de contabilidade. Eis o artigo abaixo:

Revolution in accounting? Hard to believe, but yes
Rafik Greiss
The Globe and Mail - 24/12/2007

‘Accounting” and “revolution” aren't words one would normally put together in the same sentence. But the inexorable march of international financial reporting standards (IFRS) across the globe is nothing short of an accounting revolution.

First applied two years ago in the European Union, South Africa and Australia, the new standards are being used, accepted, or on the verge of being adopted by more than 100 countries – including Canada. By 2011, all publicly accountable companies in this country are slated to say goodbye to Canadian generally accepted accounting principles (GAAP) and hello to IFRS. Ernst & Young strongly encourages Canada's Accounting Standards Board to hold fast to its 2011 adoption time frame, especially in light of what's happening in the United States – the world's largest capital market.

(...) These market realities underscore the need for a single set of high-quality global accounting standards. At its core, IFRS is intended to bring more clarity to financial reporting globally by ensuring that businesses around the world tell their financial stories in a consistent, directly comparable way. The theory is that common standards should make it easier for buyers, sellers and other stakeholders to compare companies across borders. This should encourage the free flow of capital, goods and labour across borders – something that would be especially beneficial for Canada's relatively small economy – and help bolster investor confidence.

But revolutions aren't easy, and this one is no different. There are obstacles along the road to a common global reporting language, and the first wave of European adopters is experiencing some growing pains. Many are struggling with the concept of uniformity, and so financial statements still have hints of local flavours. But improvements are continuing since the first wave of global acceptance in 2005.

(...) Who will be affected?

IFRS will be mandatory for all “Publicly Accountable Enterprises,” which include listed companies and any other organizations that are responsible to large or diverse groups of stakeholders, including non-listed financial institutions, securities dealers and many co-operative enterprises. There are about 4,500 such entities in Canada. The effect on not-for-profit and privately held companies is yet to be determined.

Who is using IFRS?

IFRS are now required or permitted in more than 100 countries, including the European Union and much of the Pacific Rim. The U.S.'s Financial Accounting Standards Board (FASB) is working with the IASB to align standards, with the long-term goal of a single set of quality standards.

21 dezembro 2007

Mais normas?

Muito já se falou sobre a Sox, mesmo porque, além de ser a pioneira, afetou diversas empresas brasileiras presentes nas bolsas dos Estados Unidos. O que pouco se comenta é a iniciativa da União Européia em imitar seus pares americanos com um conjunto de normas muito similar ao promulgado nos EUA.

O pacote, apelidado de "EuroSox", está em gestação desde 2003 e a data limite para as empresas se adequarem expira a partir do ano que vem, mais especificamente em abril e setembro de 2008. As mudanças foram provocadas pela promulgação de emendas às diretrizes 4ª, 7ª e 8ª da União Européia, que atingem três áreas principais: auditoria, responsabilidade dos administradores e qualidade dos controles internos.

A principal diferença entre as duas é que no caso europeu existe a necessidade de permitir uma maior flexibilidade, devido às idiossincrasias dos Estados-Membro. Já no caso americano, as conseqüências penais ganham maior ênfase. Isso afetará tanto as empresas brasileiras listadas nas bolsas européias quanto as européias com filiais no Brasil.

No Brasil, tivemos o avanço da regulamentação promovido pela CVM, através de suas instruções. Todavia não existe até o momento um conjunto de leis "draconiano", capaz de garantir aos investidores brasileiros o mesmo grau de segurança que foi conferido nos mercados de capitais estrangeiros. Apesar de existirem diversos esforços legislativos em andamento no Brasil, eles ocorrem de forma dispersa e ainda não obtêm o devido reflexo no âmbito do direito penal.


Sox, EuroSox, J-Sox... BrSox?
(Gazeta Mercantil 21/12/2007/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Liliane Zanoncini)

19 dezembro 2007

IFRS nos Estados Unidos

Sobre a adoção de normas internacionais de contabilidade pelos Estados Unidos veja o seguinte comentário de Jack Ciesielski, do sítio Accounting Observer:

"IFRS (normas internacionais de contabilidade, do Iasb) é mais simples de aplicar pois contém menos detalhes (...) Existem uma série de obstáculos: o sistema contábil norte-americano é mais rico e complexo do que o IFRS, e a adaptação ao IFRS será mais difícil. Existe um sistema de regulação bancária, baseada nas normas norte-americanas e padrões de auditoria, baseado nestas normas também. Existe o treinamento de contadores, que estão "treinados" nas normas norte-americanas."