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10 outubro 2007

Reuni e Efeito Baumol

O Efeito Baumol é um fenomeno descrito por William Baumol e William Bowen, na década de 1960. Estes autores perceberam, ao estudar o setor de artes, que são necessários o mesmo número de músicos para tocar uma sinfonia de Beethoven hoje, assim como no século XIX. Ou seja, a produtividade não afetou a produtividade, ao contrário do que ocorre no setor industrial ou de serviços. Ou seja, em alguns setores intensivos de mão-de-obra, como é o caso da educação ou uma orquestra sinfônica. Recentemente o governo federal propôs as universidades verbas adicionais desde que fizessem um esforço no sentido de aumentar o número de vagas e aumentar a relação aluno/professor para mais de 18. E o efeito Baumol?

10 setembro 2007

Gilette e o corte de custos

Cortando a barba e os custos
Gazeta Mercantil - 10/09/2007
Caderno C - Pág. 10 - Pedro Augusto Leite Costa

Quando o inventor norte-americano King Camp Gillette inventou o aparelho de barbear com lâminas descartáveis, em 1901, transformou o até então perigoso e delicado ato de fazer a barba, restrito às barbearias e a alguns familiares de plantão, em um hábito tão popular feito escovar os dentes.

A jogada de mestre, no entanto, não estava na invenção em si, mas na possibilidade de vender um produto abaixo do custo, o aparelho de barbear, para fazer com que os consumidores pagassem mais pela lâmina, mantendo-os fiéis ao longo dos anos.

Este conceito, chamado aqui de loss leader, foi a mola mestra do sucesso não só da Gillette, vendida em 2005 à Procter & Gamble por US$ 54 bilhões de dólares, mas também de muitas marcas que atraem o consumidor através de produtos baratos, como a impressora à jato de tinta, para depois retê-los através dos caros cartuchos.

Warren Buffet, o segundo homem mais rico do mundo, investiu na Gillette por acreditar que jamais haverá um dia em que o homem não se levante, passe a mão na cara e sinta a necessidade de tirar aqueles pêlos que significam, no mundo de hoje e com o perdão do "companheiro" Fidel, desleixo e falta de asseio pessoal.

Mas quando o CEO James Kilts chegou à empresa em 2001, o primeiro executivo de fora da corporação em mais de 70 anos, encontrou um negócio que tinha uma grande marca, mas que, por inatividade, estava perdendo a participação de mercado.

Jim, como é chamado, se assustou com prejuízos em mais de 15 quadrimestres consecutivos, as ações em baixa e Wall Street perdendo a paciência, como revelou em seu livro de memórias Doing What Matters, recém-lançado nos Estados Unidos.

Já famoso e realizado depois de fazer um bom trabalho na Kraft e na Nabisco, Jim tinha diversas opções: ver-se livre de recentes aquisições, como a Duracell e a Braun, sair do negócio de personal care , só manter os aparelhos e as lâminas de barbear, ou simplesmente jogar a toalha e entrar num acordo com os bancos credores.

Segundo Kenneth Roman, ex-CEO da Ogilvy & Mather, que recentemente fez uma resenha do livro de Jim para o The Wall Street Journal, o homem escolheu o caminho mais difícil. Apoiado por seu time de executivos e por seus "mentores", introduzira uma política chamada Zero Overhead Growth (ZOG), que busca controlar os custos e investir o que sobrar em pesquisa, desenvolvimento e.... marketing.

A vontade férrea de fazer do corte de custos um meio de vida (os Estados Unidos foram reeleitos semana passada campeões de produtividade entre todos os países do mundo) faz lembrar, segundo o autor do artigo, o mantra do setor de semicondutores: o preço da sobrevivência é cortar 20% dos custos todos os anos - e para sempre. Mas Jim foi além do corte de custos, e preparou a empresa para se manter uma eterna saúde. Inventou um programa chamado de Excelência Funcional, no qual preconiza a iniciativa de fazer o melhor, com máximo desempenho, pelo menor custo, que segundo os críticos significa simplesmente demitir gente.

Aos poucos, diz Jim em sua biografia, o pessoal começou a gostar dos benefícios de uma cultura que permanentemente combate o supérfluo e desnecessário. Depois de dois anos, quando sentiu que a turma já estava amestrada neste mantra, Jim lançou mais um projeto, o Total Innovation, um programa contínuo de melhorias e inovações, inclusive de produtos que mudariam para sempre a face do mercado, como o Mach 3 e o Sensor.

Em sua biografia, o executivo, como todo vencedor que se preza, comemora os resultados. As vendas cresceram 5% depois de seu primeiro ano no posto, 10% no segundo ano e continuou aumentando, fazendo com que a ação da Gillette subisse 20% entre 2001 e 2004, chamando a atenção da gigante Procter & Gamble, que comprou a empresa e a elegeu como uma linha de seus produtos.

Já o inovador King Gillette, que deu início a este colosso empresarial e transformou seu nome na marca recorrente de aparelhos de barbear, morreu pobre e falido em Los Angeles, na Califórnia, em 1932, depois de investir dinheiro em imóveis e ter perdido quase tudo durante a Grande Depressão.

08 setembro 2007

Estrutura de custos na BMW

Uma notícia de agosto da BMW mas com alguns ensinamentos interessantes sobre custos.

Para reverter queda nos lucros, BMW cogita parceria com rivais
Joseph B. White
The Wall Street Journal - 31/08/2007

O presidente da BMW AG, Norbert Reithofer, tem uma maneira simples de expressar o problema que confronta a montadora alemã de carros de luxo.

"Se o faturamento aumenta", diz, "o lucro deve crescer com ele. Essa é a verdadeira questão."

Isso não está acontecendo agora na BMW. O lucro do segundo trimestre caiu 23%, apesar de um aumento de 7,3% nas receitas. Numa entrevista ao Wall Street Journal, no escritório americano da BMW em Nova Jersey, Reithofer acrescentou: "Não estou satisfeito".

As soluções não são simples. Com a exigência de autoridades e consumidores nos Estados Unidos e Europa de que todas as montadoras aumentem significativamente a eficiência no consumo, a BMW enfrenta a alta dos custos de desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias para economia de combustível. Além disso, ela tem de lidar com problemas de custo relacionados ao forte euro e aos preços mais altos das commodities.

Reithofer reconhece que a BMW terá de fazer mais de algo que outras na indústria automobilística já fizeram: forjar alianças com montadoras rivais para diluir os custos numa base de volume maior. O desafio será equilibrar a necessidade de parceiros com o comprometimento de longo prazo da BMW de permanecer independente e acima da faixa mais concorrida do mercado de carros de massa.

"A independência está em nossos genes", disse.

Rivais alemãs do segmento de luxo controladas por grandes conglomerados, como a Mercedes, da DaimlerChrysler AG, e a Audi, da Volkswagen AG, têm registrado aumento nas vendas e nos lucros ultimamente, graças a novos modelos e — no caso da Mercedes — medidas de reestruturação. Marcas asiáticas de luxo, como a Lexus da Toyota Motor Corp. e a Infiniti da Nissan Motor Corp., estão atacando mais agressivamente a BMW nos EUA e na Europa.

Para fazer com que o lucro volte a crescer, Reithofer iniciou uma análise, por parte do conselho diretor, da estrutura e da estratégia da BMW, acelerou os esforços da empresa para expandir a produção fora da zona do euro e incentivou a adoção de novas tecnologias para economia de combustível em todas as linhas de modelos. O custo disso inclui o aumento do orçamento publicitário para promover as iniciativas de eficiência de combustível a consumidores que costumam ser atraídos pela velocidade e potência dos BMWs.

Reithofer disse que a BMW não ficará aquém de sua meta anunciada anteriormente de obter lucros superiores aos 3,75 bilhões de euros (US$ 5,13 bilhões) do ano passado, excluindo um ganho não-recorrente de 372 milhões de euros com a venda de alguns valores imobiliários. "Não comigo na presidência", afirmou.

Reithofer disse que não terá condições de discutir as conclusões da análise administrativa antes de outubro.

Mesmo assim, alguns elementos de como seria uma BMW reformada estão ficando visíveis, como a possibilidade de que ela vã se apoiar mais em montadoras rivais para dividir a carga de custosas novas tecnologias.

A BMW, assim como suas rivais, enfrenta pressões de autoridades européias para reduzir drasticamente a emissão de dióxido de carbono de sua frota. Este ano, a BMW diz que 40% de seus carros vão atingir a meta de emissão de 140 gramas de CO2 por quilômetro. Mas as autoridades da União Européia falam de um padrão de 130 g/km. O governo americano também está decidindo entre propostas para aumentar o padrão de eficiência em mais de 25%.

Reithofer disse que a BMW está reagindo ao promover em toda sua frota um pacote de tecnologias para economia de combustível que a empresa chamou de "dinâmicas eficientes". Entre os recursos estão tecnologias que desligam o motor quando o veículo está parado, desligam acessórios como o compressor de ar condicionado quando não são necessários, e luzes do painel que sugerem ao motorista mudar de marcha para atingir melhor eficiência de combustível.

Todas essas iniciativas custam caro, especialmente para uma empresa relativamente pequena. A BMW espera vender cerca de 1,4 milhão de veículos este ano, contra mais de 10 milhões da Toyota. A BMW informa que os custos de pesquisa e desenvolvimento deram um salto de 22% no primeiro semestre, para quase 1,5 bilhão de euros.

Também tem destaque na lista de afazeres de Reithofer a aceleração do crescimento da produção fora da Europa Ocidental. A BMW está preparando a expansão da capacidade de sua fábrica em Spartanburg, no Estado americano da Carolina do Sul, para "bem mais que 200.000" veículos por ano", disse Reithofer.

Está aumentando também a capacidade de produção na Rússia, Índia e China, onde a demanda por seus veículos é alta entre a população afluente.

13 agosto 2007

Teoria das Restrições

Você se lembra da Teoria das Restrições? É uma teoria na área de custos que fez muito sucesso na década de oitenta e noventa. O livro A Meta expõe, de forma didática, através de um romance, os principais aspectos desta teoria. Este livro foi lançado em português e é um sucesso de público (vale a pena a sua leitura)

Encontrei uma entrevista com o grande nome da teoria das restrições num jornal, em espanhol. Goldratt continua atacando o lucro contábil:

"El único indicador que refleja los resultados se llama ganancia de la empresa, los demás sólo confunden"
El Cronista Comercial - 13/08/2007

Entrevista | Eli Goldratt, creador de la Teoría de las Restricciones (TOC)

Un mano a mano con el experto israelí, que enfoca el mundo productivo desde un abordaje sistémico y poco convencional

Poco más de una semana antes de desembarcar en Argentina para dictar un nuevo seminario, el experto israelí accedió a una entrevista exclusiva con El Cronista en la que repasó los rasgos más salientes de su Teoría de las Restricciones (TOC). Este enfoque sistémico del mundo productivo, combinado con una gran dosis de sentido común, le valió al físico convertirse en un gran vendedor de best sellers de management en el mundo entero, de la mano de su libro "La Meta" que alcanzó los tres millones de ejemplares vendidos, y en un asesor de confianza de empresas como Procter & Gamble, Philips, British Airways, General Motors y hasta el Mossad, el servicio de inteligencia israelí.

La propuesta del experto, difundida por primera vez en su obra clave allá por 1984, es sencilla pero contundente. Se trata de ubicar el eslabón más débil de la cadena, básicamente su cuello de botella, para mejorar su rendimiento y así mejorar el desempeño del todo. La premisa no podría ser más clara: el rendimiento de cualquier cadena está siempre determinado por la resistencia de su eslabón más débil.

Y es justamente en este modelo de pensamiento holístico, que plantea un radical cambio de paradigma, que muchos de los indicadores financieros tradicionales quedan para Goldratt en el camino. De hecho, el experto no dudó en tildar alguna vez a la contabilidad de costos como "el enemigo público número uno de la productividad". Una frase que sin duda le habrá ganados sus propios enemigos. Aquí, este revolucionario enfoque en palabras de su propio autor, que hoy lidera el Goldratt Group.

s ¿Podría resumir el espíritu de la TOC y el por qué de su vigencia, a pesar de todos los cambios en el mundo de los negocios?

El espíritu de esta teoría es permitir a las empresas trabajar sobre la organización para lograr tener menos restricciones. La teoría parte de la base de que cualquier organización es un sistema y no un conjunto de elementos descoordinados o inconexos entre sí.

Hay dos pilares en la Teoría de las Restricciones, uno comienza con la presunción de que en las ciencias duras, presentes en todos los sistemas reales, hay una simplicidad inherente. Si se pudiese encontrar esa simplicidad inherente, se podría gestionar, controlar y mejorar el sistema. El otro pilar es que las personas son mucho mejor de lo que se cree. Cuando la gente se equivoca lo hace porque enfrentó algún tipo de conflicto; lo que debemos atacar es al conflicto, no a las personas.TOC es un proceso de mejora continua, por esa razón el ciclo nunca termina. Por eso sigue vigente a pesar de los cambios de los últimos años.

s ¿Qué le diría a un director general de una empresa para convencerlo de las bondades de la TOC?

Buscamos que la performance de las compañías crezcan exponencialmente en términos de estabilidad y crecimiento. El problema es que generalmente los directivos de las empresas no son conscientes de que los sistemas complejos se basan en una simplicidad inherente, que debe ser capitalizada para lograr increíbles mejoras en muy poco tiempo. En "La Meta", hablamos de crecimientos y mejoras impresionantes. Al mismo tiempo, desde el punto de vista de los gerentes y accionistas, hablamos de incrementar la estabilidad, no de disminuirla. La idea es extender lo que se describe en "La Meta" como producción a toda la empresa, lo que significa empezar por el planeamiento estratégico. Todo tiene que estar orientado a un crecimiento exponencial y a la estabilidad.

s En la actualidad y según su experiencia ¿dónde suelen ubicarse gran parte de las restricciones o cuellos de botellas de las empresas?


Existen dos tipos de restricciones: físicas y políticas. Las primeras son tangibles, las segundas representan la mayoría de las restricciones y son causadas por malas decisiones, precisamente por no gestionar a las compañías como sistemas. Para manejar un sistema complejo, hay que dividirlo en subsistemas, dado que cada subsistema es menos complejo que el todo.

s ¿Qué otras grandes fallas de la gestión actual pueden ser resueltas por la TOC? La existencia de silos corporativos, ¿por ejemplo?

Dividir un sistema en subsistemas puede eliminar las restricciones, pero también puede provocar otras fallas, como la mala sincronización, la nociva optimización local e incluso puede llevar a la devastadora mentalidad de los silos. Como los sistemas actuales son demasiado complejos, se cree que lo único que se puede hacer es minimizar el precio. El problema que complica la administración del sistema es que las acciones y decisiones que se desarrollan en un lugar tienen ramificaciones en otras partes, lo que provoca que el sistema se convierta en un laberinto.

s ¿Por qué resultan inútiles muchos de los indicadores financieros tradicionales?

El único indicador que refleja los resultados se llama ganancia de la empresa, los demás sólo confunden. Muchas veces se deciden estrategias pésimas en la administración de empresas, debido a que las compañías se guían por convenciones en vez de preguntarse cómo generar una ventaja competitiva.

s ¿Cuáles son las principales barreras para la implementación de la TOC en las empresas?

Desafortunadamente, la cultura existente hace que las distintas funciones no sincronicen bien con otras funciones. Por lo tanto, los cambios culturales llevan tiempo. La dificultad principal es aprender más y más cuando la empresa se esta moviendo más y más rápido, y esto hace que las implementaciones sean lentas. Lo importante es no correr atrás de cualquier cosa, no perder la visión.

A estrutura de custo e o atraso nos aviões

O blog Posner e Becker apresenta a cada semana um problema sob o ponto de vista destes dois economistas. Geralmente um deles levanta um assunto e o outro apresenta a sua opinião.

Nesta semana o tema é o atraso nos aviões. Ambos (aqui e aqui) opinam sobre os constantes atrasos nos vôos nos Estados Unidos é decorrente da estrutura de custos das empresas aéreas. Como o custo fixo é elevado, a empresas optam por atrasar as saídas para obter a maior ocupação possível.

18 julho 2007

Custo de uma xícara de Café

Terminei a leitura do livro Economista Clandestino, de Tim Harford. Algumas histórias interessantes, mas falta ao livro um pouco mais de fôlego. Confesso que espera mais. A análise do custo do café é possível de ser usada em sala de aula da disciplina de economia (micro) e custos ou similar. [aqui para ler o texto em inglês]. Basicamente Harford mostra que o custo de fazer um café numa loja é muito barato. Mas a análise sobre o comércio justo, que já tinha comentado antigamente no meu sítio foi tratada de forma superficial. Mas existem trechos interessantes, como a comparação entre Camarões (o país) e a China, quando o autor discute "por que os países pobres são pobres?".

Abaixo, sobre o comércio justo

Quem Ganha com o Comércio Justo?

Uma reportagem do Wall Streat Journal, de junho de 2004, mostra que ganha com o denominado "comércio justo". Esse termo designa produtos que prometem doar percentagem das vendas para os produtores, geralmente trabalhadores pobres de um país pobre. Esses produtos incluem café, bananas, cacau, entre outros itens que são vendidos no varejo dos países ricos. O dinheiro adicional ajudaria produtores a financiar educação, saúde, treinamento etc.

Uma análise da planilha de custo de um desses produtos - café orgânico certificado como de comércio justo - vendido nos Estados Unidos mostra uma realidade diferente. Veja a tabela abaixo.


1,41 => Preço pago ao produtor do café
0,39 => Custos administrativos e frete
0,36 => Encolhimento durante a torrefação
2,50 => Custos operacionais e de manutenção da atacadista/ torrefadora
0,14 => Embalagem e custos diversos
=4,80 => Custo até a Torrefadora

5,00 => Preço que a torrefadora vende para as lojas
-4,80 => Custo total da torrefadora
=0,20 => Lucro da Torrefadora

8,49 => Preço de Venda das Lojas
5,00 => Preço que a loja comprou
=3,49 => Lucro da Loja antes das despesas

Fonte: Publicado no The Wall Street Journal Americas. Terça-feira, 8 de junho de 2004
e traduzido e publicado no O Estado de S. Paulo, p. B10.

Custo no Iraque

Um artigo de Nicholas Kristof ('Inspiring Progress' On Iraq?), publicado no The New York Times (12/07/2007) e no Estado de S Paulo (13/07/2007, p A13, Ocupação custa US$250 mil por minuto) apresenta alguns fatos interessantes sobre custo da guerra:

=> O custo médio de um soldado no Iraque aumentou para 390 mil dólares por ano, conforme um estudo do Congressional Research Service.

=> O custo total será, em 2007, de $135 bilhões, o que significa um pouco mais de 250 mil dólares por minuto.

=> O gasto total da guerra seria suficiente para financiar a saúde dos norte-americanos que não possuem segupo por 30 anos.

Provavelmente nestes dados não constam o custo que será incorrido no futuro, como as pensões para os soldados mortos.

09 maio 2007

Congresso de Custos

Divulgo, abaixo, o XIV Congresso Brasileiro de Custos

O Congresso será realizado em João Pessoa – PB.

As datas mais importantes são:

- Envio dos Trabalhos Científicos para Avaliação: de 1 de junho a 22 de julho de 2007
- Divulgação dos Trabalhos Científicos Aprovados: 03 de setembro de 2007
- Prazo Final para Inscrição dos Autores com Trabalhos Científicos Aprovad os: 21 de setembro de 2007
- Divulgação da Programação Científica Definitiva: 05 de novembro de 2007
- Realização do Evento: 05 a 07 de dezembro de 2007

- Inscrições a partir de 01 de junho de 2007

- Local: Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa - PB

Custo da Guerra

É interessante notar como os contadores possuem um conceito diferente de custo dos economistas. Na discussão sobre a guerra do Iraque e do seu custo, Lori Montgomery, do Washington Post, afirma que o custo desta guerra é diferente da guerra da Coréia ou do Vietnam. A razão é que o valor do gasto é relativamente reduzido em relação ao tamanho atual da economia norte-americana (cerca de 4% do PIB é o gasto da defesa dos EUA hoje).

Mas a principal diferença é que Bush está financiando o conflito sem aumento de impostos ou corte nos programas domésticos, segundo Montgomery. Na visão contábil isto não seria relevante para apuração dos custos, pois na contabilidade a forma de financiamento e a remuneração deste financiamento (despesas financeiras) não são consideradas.

21 março 2007

O custo de um game

A revista Forbes faz uma análise bem interessante sobre o custo de um game.

Arte e Design = 15 dólares
Programação e Engenharia = 12
Varejo = 12
Console (taxa) = 7
Marketing = 4
Fundo de Desenvolvimento = 3
Custo de Fabricação e Embalagem = 3
Licensiamento = 3
Lucro do Publisher = 1
Distribuidor = 1
Custo Gerais = 20
Desenvolvimento do Hardware <0,03

Total = Cerca de 61 dólares

20 março 2007

Petrobrás é acusada de aumentar os "custos" na Bolívia

Segundo a Agencia Mexicana de Noticias, NOTIMEX

Denuncia diario que brasileña Petrobras "infló" costos en Bolivia. (19/03/2007)

La Paz, 19 Mar (Notimex).- La estatal brasileña Petrobras "infló" en 115 millones de dólares las inversiones y costos de perforación del pozo gasífero de Sábalo, ubicado en Tarija, reveló hoy el diario boliviano La Prensa.

El rotativo señaló en su edición de este lunes que, de acuerdo con una auditoría encomendada por el Ministerio de Hidrocarburos a la firma Delta Consult, se detectó una variación entre el monto real invertido y la contabilidad del consorcio brasileño.

Según La Prensa, las conclusiones de la auditoría, que analizó datos de octubre de 1996 al 1 de mayo de 2006, revelan que la firma informó haber invertido 343 millones de dólares.

Tras el análisis se develó que el monto canalizado llegó a sólo 228 millones de dólares, por lo cual hay una diferencia de 115 millones de dólares, de acuerdo con el reporte periodístico.

Detalló que para llegar a esa conclusión, los auditores descontaron las amortizaciones por impuestos y otros gastos, que llegaron a 41 millones de dólares, y tomaron en cuenta los costos para la perforación de pozos, gastos administrativos y multas.

El estudio indicó que se registraron multas en los contratos de servicios que no debieron cargarse a la inversión sino a Petrobras y que los costos de perforación fueron mayores que el promedio pagado por otras compañías en trabajos similares.

La empresa brasileña asume un gasto por metro perforado de seis mil 450 dólares, en cambio, Repsol y Maxus Bolivia erogaron cinco mil 815 dólares en la zona de Margarita, precisó el informe citado por el matutino boliviano.

El informe de Delta Consult agregó que la compañía brasileña incumplió compromisos ambientales y medidas de mitigación de impacto en el entorno.

La empresa petrolera opera el campo Sábalo, junto con Andina y Total, considerado el más importante de la región de donde se extrae el gas natural que se envía a los mercados de Brasil y Argentina.

Las reservas de Sábalo, según la auditoría, ascienden a 3.51 trillones de pies cúbicos (TFC) de gas.

17 março 2007

Ainda o Pan

Agora a Isto é:

Obras
A gastança do Pan. O orçamento disparou. Empregados pararam. Obras atrasam e os jogos chegam em meio à crise

Por FRANCISCO ALVES FILHO

Calcular o custo de um evento monumental como os Jogos Pan-Americanos é desafio tão grande que em suas 15 edições virou tradição refazer as contas ao longo das obras. O caso do Pan do Rio, no entanto, ultrapassa as mais generosas margens de erro. Orçada inicialmente em R$ 386 milhões, a competição pode chegar a R$ 5 bilhões. Ou seja, 13 vezes mais. Só a injeção de dinheiro público será oito vezes maior que a prevista inicialmente (R$ 3,2 bilhões). Um escândalo? “É assustador”, reconhece a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), que integra a comissão de Turismo e Desporto da Câmara. Os parlamentares vão instalar uma comissão que investigará a gastança. Na quarta-feira 7, o presidente Lula manteve o ritmo de esbanjamento e, pouco antes de bater três pênaltis em pleno Maracanã contra a baliza do governador fluminense Sérgio Cabral, liberou mais R$ 100 milhões. No mesmo dia, um relatório do TCU questionava o atraso nas obras da Vila Pan-Americana e do Complexo Desportivo de Deodoro, que poderá encarecer ainda mais o evento. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. disse que irá ao tribunal prestar esclarecimentos.

O prefeito Cesar Maia acha tudo normal. “Não houve erro de cálculo”, disse a ISTOÉ. Segundo Maia, o valor divulgado inicialmente resultou apenas do “preenchimento das perguntas feitas” no questionário da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa). De todas as obras, a mais cara é o estádio João Havelange: somente ali já foram gastos R$ 380 milhões, quase o mesmo que o orçamento inicial de todo o Pan. Além do alto custo, o estádio, também conhecido como Engenhão, tem outro problema. No dia 3, os operários que trabalham na obra fizeram paralisação contra as péssimas condições de trabalho – no fim do ano passado, um operário morreu ao despencar de um andaime. Apesar disso, há poucas semanas o prefeito do Rio liberou, sem licitação, mais R$ 80 milhões para o consórcio que constrói o estádio. Maia explica que R$ 60 milhões foram transferidos de uma empreiteira para outra. Os outros R$ 20 milhões foram para “reforço de solda em função do ocorrido com o metrô de São Paulo”.

O vereador carioca Stepan Nercessian (PPS) já apostava no descontrole do orçamento do Pan. “Primeiro, as obras ficam atrasadas. Depois, gastam-se rios de dinheiro sob o argumento de que as instalações têm que ficar prontas a qualquer custo”, diz ele. O vereador estranha a inversão da parceria entre governo e iniciativa privada: “Em todo o mundo, as empresas gastam um bom dinheiro para criar novas instalações, que depois se tornarão públicas. Aqui, a iniciativa privada ganhou a exploração de locais públicos que já existiam, como o Riocentro e a Marina da Glória, e o governo é que fez o maior desembolso para criar instalações novas como o Engenhão, por exemplo.” A deputada Lídice da Mata espera que a comissão da Câmara Federal identifique os responsáveis por tanta diferença entre o orçamento original e os gastos efetivos. “Vamos fazer uma apuração rigorosa”, adianta.

07 março 2007

Custo da aviação

Uma reportagem do Wall Street Journal (Aviação encontra a rota do menor custo, 7/3/2007, Susan Carey) mostra que a aviação está adotando um software para redesenhar as rotas dos aviões e economizar dinheiro para as empresas aéreas em rotas internacionais.

No passado, quando um avião da United Airlines decolava de São Francisco para Frankfurt, os pilotos seguiam a rota padrão: sobre o Estado americano de Montana e depois a nordeste pelo espaço aéreo canadense e sobre a Islândia. Mas graças a um novo software de traçado de rotas que a United está agora instalando em seu centro de operações, o avião, se os ventos e outras condições meteorológicas permitirem, fica no espaço aéreo americano mais tempo, até Cleveland ou Detroit. Isso corta a tarifa canadense pelo "sobrevôo" — a maioria dos países cobra uma tarifa pelo uso de seu espaço aéreo — e reduz o consumo de combustível, gerando uma economia média de US$ 1.433 por avião, por trecho. (...)

Parte da nova equação é minimizar — quando possível — as taxas de sobrevôo mais caras cobradas por alguns países pelo serviço de seus controladores de tráfego aéreo. A Iata estima que as empresas aéreas gastem mais de US$ 20 bilhões por ano no mundo com essas tarifas de navegação.

As fórmulas que os países usam para computar suas tarifas de sobrevôo variam muito. Por exemplo, Camarões, na África, baseia sua cobrança no peso máximo de decolagem do avião. O Canadá cobra de acordo com a distância voada e o peso do avião. Nos Estados Unidos, em vez de tarifas de sobrevôo, os passageiros pagam várias taxas para as companhias aéreas, que repassam o dinheiro para um fundo fiduciário.

A redução das tarifas de sobrevôo precisa ser equilibrada com os custos adicionais de combustível se uma rota alternativa for menos direta. O sistema do software acompanha uma série de outros dados: condições climáticas; localização do aeroporto e de pistas de pouso; peso e desempenho de cada avião na frota da companhia aérea; espaço aéreo bloqueado temporariamente; e as localizações de rotas aéreas fixas, cuja escolha muda diariamente devido aos ventos.

02 março 2007

Mais dinheiro para o Pan

Do Estado de hoje:

Câmara aprova MP de R$ 438 mi

Os recursos fazem parte do orçamento para infra-estrutura, obras e segurança dos Jogos

Denise Madueño

A Câmara aprovou ontem medida provisória que libera mais recursos para pagar despesas com a realização dos Jogos Pan-Americanos que se realizarão em julho, no Rio de Janeiro. Ao todo, a MP destina R$ 438,3 milhões para custear gastos com infra-estrutura, realização dos eventos, segurança e para obras nos aeroportos que receberão turistas e atletas. (...)

Para justificar a edição da MP, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, argumentou que o atraso na liberação do dinheiro 'comprometeria os resultados esperados, prejudicaria a imagem do País, o que poderia acarretar debilidade do Brasil a futuras candidaturas para competições da mesma importância'. Ele também alegou que a falta dos recursos poderia comprometer a realização do Pan-Americano - caso as obras de infra-estrutura não sejam finalizadas em tempo hábil.


Esse é um típico caso que os livros de contabilidade de custos chamam de custos comprometidos. Nessa situação, apesar do custo está acontecendo agora, sua decisão que impactou os custos, foi no passado. Em tais situações, o principal ponto do processo decisório foi o momento da decisão e aprovação da candidatura. Depois que isso foi feito, os custos irão ocorrer em outros períodos, mas o administrador teria pouca influencia sobre o mesmo.

O presidente da FIFA já disse que, das duas candidaturas da Copa do Mundo, a do Brasil seria a mais séria. A Colômbia, a outra candidata, seria um país problemático, com muito crime, tráfico de drogas e o uso da Copa para fins políticos. No Brasil, isso não ocorre, segundo as afirmações de Blatter.

Como nossos estádios não tem condições de sediar jogos internacionais, os custos futuros serão decorrentes da decisão que foi tomada referente a candidatura.

27 fevereiro 2007

Custos de extração

É natural que quando o preço de um produto aumenta, os fornecedores busquem alternativas para lucrar com esse movimento de preço. Isso significa lançar mão de possibilidades que anteriormente não eram viáveis.

Custos de extração explodem no mundo
Valor Econômico - 27/02/2007

A explosão de custos é tão forte que a maior parte dos analistas ouvidos pelo Valor descartam qualquer redução no curto prazo, mesmo que o preço do petróleo ceda nas bolsas de valores de Nova York e de Londres. "Isso significa que para uma empresa de petróleo ter hoje o mesmo lucro de quando a commodity era negociada a US$ 22, é preciso que a cotação do barril fique acima de US$ 40", afirma Alexandre Oliveira, sócio-diretor da Accenture para área de recursos naturais.

(...) o petróleo assumiu um novo patamar de referência e que isso viabilizará de uma vez áreas antes consideradas não-rentáveis ou pouco lucrativas. "Hoje, com a disparada do preço no mundo, o valor de referência para que se coloque um campo de petróleo em águas profundas em funcionamento é ao redor de US$ 35 por barril extraído, contra US$ 11 no início da década", afirma Saul Suslick, diretor do Centro de Estudos de Petróleo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No ano passado, a estatal [Petrobrás] viu seu custo médio de extração subir 15% e alcançar US$ 6,59 por barril de óleo equivalente. E esse aumento se deveu à valorização do real frente ao dólar em 11%, aos reajustes nos contratos (principalmente os de sondas) e à entrada em operação de algumas plataformas, como a P-50 e a P-34. A meta da companhia, contudo, é que seu custo unitário de extração alcance US$ 5,60 por barril em 2011.

No entanto, essa conta e mesmo a previsão da estatal ainda não embutem as participações governamentais. Se colocadas na contabilidade, o custo de extração da companhia dá um salto significativo.

24 fevereiro 2007

Mais ainda sobre o Custo do Pan

O que leva um país com sérios problemas sociais a fazer uma proposta para realizar um evento esportivo? Quais são as vantagens de se ter esse evento?

Para a segunda resposta podemos imaginar ganhos com turismo, maior visibilidade do país, aumento na taxa de emprego para a região que está sediando os jogos, além da melhoria técnica dos atletas. E, para os políticos, uma maior visibilidade nos meios de comunicação. Mas será que isso é suficiente para compensar os gastos? Provavelmente não.

Mesmo assim o Brasil decidiu por candidatar-se a sediar os jogos de 2007 no Rio de Janeiro. Como é praxe nesse tipo de proposta, a estimativa inicial de custo é facilmente ultrapassada. E em nome das obras, que não podem parar, uma grande quantidade de dinheiro público é comprometida.

O sítio Terra informa hoje sobre o custo da Olimpíadas de Londres, onde o custo inicial deverá ser quadruplicado. Parte desse erro de estimativa foi realmente proposital, como já comentando anteriormente aqui nesse blog (clique aqui). Essas olimpíadas significa um custo de oportunidade de 300 hospitais (clique aqui)

Os jogos Pan-americanos tem um custo previsto de 5 bilhões (clique aqui e aqui).

Recentemente foi revelado que mais dinheiro público seria destinado ao jogos (clique aqui).

No Estado de hoje duas novas notícias. A primeira, que a liberação do dinheiro do governo federal feita há uma semana foi de mentirinha. A segunda, que na área de segurança, o contrato foi vencido pela Motorola sem concorrência. A razão alegada é de que a segurança é muito sensível para revelar os termos do contrato (sic).

A primeira reportagem é a seguinte:

Rio proibido de usar os R$ 53 mi

Dinheiro foi bloqueado porque Tesouro Nacional quer receber mais pela dívida da prefeitura

Michel Castellar

A Prefeitura do Rio não pode usar os R$ 53 milhões “liberados” na quarta-feira da semana passada pelo governo federal para acelerar as obras atrasadas dos Jogos Pan-Americanos. A “liberação” foi feita pelo ministro Orlando Silva (Esportes) em solenidade no Palácio do Planalto e dentro de um pacote de investimentos na infra-estrutura da competição, que será realizada entre 13 e 29 de julho.

Ao todo, foram anunciados investimentos de R$ 103 milhões, o que incluiu dinheiro dos governos estadual e municipal.
Os R$ 53 milhões da União estão bloqueados porque a prefeitura do Rio foi inscrita pelo Tesouro Nacional, no dia 21 de dezembro do ano passado, no Cadastro Único de Exigências para a Transferência de Valores (Cauc). O dinheiro é necessário para o término de algumas obras, como a construção de uma estação de tratamento de água perto da Vila Pan-Americana, na Barra da Tijuca.

O Estado apurou que, apesar de tanto a União como o município saberem que a solenidade de liberação seria inócua, o Ministério dos Esportes anunciou o falso investimento de R$ 53 milhões, com restos do Orçamento de 2006, “para criar um fato político”. Segundo fonte da prefeitura do Rio, o governo federal “vai ter de arrumar dinheiro no Orçamento deste ano para que as obras do Pan sejam concluídas no prazo mínimo necessário”.

O imbróglio que impede o Rio de botar a mão nos recursos começou em julho de 2006, quando a prefeitura carioca fez uma licitação para saber que banco passaria a operar as contas-salário do funcionalismo público. Nessa licitação, vencida pelo banco Santander, a prefeitura arrecadou R$ 365 milhões, e o Tesouro Nacional mandou que esse dinheiro fosse incluído entre os itens que compõem o blolo da chamada receita líquida do município.

É com base nesse total de receita líquida que o Tesouro Nacional e a Prefeitura calculam os 13% que o Rio paga todo mês à União para abater na dívida federalizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O prefeito César Maia (PFL) se recusou a incluir essa receita extra no cálculo, e a União, a partir de 29 de novembro, passou a bloquear o dinheiro das transferências voluntárias a que o município tem direito.

Um recurso judicial, na 22ª Vara do Distrito Federal, deu razão à prefeitura e obrigou a União a liberar o dinheiro que havia sido retido. Em represália, porém, o Tesouro inscreveu o Rio no tal Cadastro Único (Cauc), proibindo assim a cidade de movimentar recursos da União. O Tesouro não reconhece os R$ 365 milhões da licitação como receita extra do município.

O secretário de Turismo do Rio, Rubem Medina, admite o problema, mas acha que tudo será resolvido. “Todos estão com boa vontade para a realização dos Jogos’’, disse Medina ao Estado.

Além dos R$ 53 milhões para as obras de infra-estrutura, estão trancados outros R$ 2 milhões para um projeto de instalação de placas de sinalização turística. Valor semelhante deveria ser investido na capacitação de profissionais para a recepção de turistas.

No Rio, onde participou ontem de encontro com o colega dos Esportes, o ministro Walfrido dos Mares Guia (Turismo) minimizou o problema: “É rotina (burocrática), que será resolvida.” Mas é mais um problema no já atrasado cronograma do Pan.


E a segunda:

Contrato de R$ 161 mi sem licitação é mantido

O governo federal vai manter a compra de R$ 161,3 milhões em equipamentos para a infra-estrutura de segurança e serviços de inteligência dos Jogos Pan-Americanos do Rio (13 a 29 de julho). Apesar de o Pan estar em fase de organização há quatro anos, e de haver pelo menos outras duas grandes empresas interessadas na licitação, a Alcatel-Lucent e a EADS, o Ministério da Justiça entregou o contrato à Motorola do Brasil.

O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, disse ao Estado que a compra sem licitação, fechada no último dia 12, se justifica porque vários dos equipamentos a comprar obrigam a preservar dados sobre o esquema de segurança dos Jogos. Corrêa afirmou que só a revelação do nome do software ou de um pacote tecnológico bastaria para deixar o sistema vulnerável ao ataque de hackers, por exemplo. “Licitar é a nossa regra. Só não licitamos aquilo que é sensível.”

Por causa das crises de segurança pública do Rio, e pelo fato de que os Jogos terão atletas de países que são alvos potenciais de ataques terroristas, como os dos EUA, a organização do Pan está sendo obrigada a adquirir desde câmeras e detetores de metais, até sensores especiais de temperatura e um sofisticado aparelho chamado Guardião, de interceptação e escuta telefônica.

20 janeiro 2007

Custos

Esse comentário é meio macabro:

Um comentário do livro The Shock of the Old: Technology and Global History Since 1900 informa que uma bomba atômica para ser produzida consumiu um custo de 2 bilhões (20 bilhões em dólares de 1996). Esse valor poderia ser usado de forma mais eficiente através do bombardeio tradicional, que custa menos, ou com a construção de bombardeios, que podem ser reutilizados.

Já o sítio Marginal Revolution chama a atenção para dois fatos que não foram considerados no argumento acima. Primeiro, o custo de fazer as bombas posteriores é menor em virtude da curva de aprendizagem. Em segundo lugar, o poder de sinalização da bomba atômica é maior.