Translate

25 dezembro 2011

Resposta à Virgínia O'Hanlon Douglas

Queridos leitores, desejamos a todos um excelente natal, repleto do espírito natalino e de bons momentos. Para ajudá-los, replicamos aqui uma bela e clássica história: a resposta do jornal The Sun à carta de uma garotinha de 8 anos, Virgínia O'Hanlon Douglas.

Virgínia enviou para o jornal a seguinte carta:

- Querido editor, tenho oito anos. Alguns de meus amigos afirmam que não há Papai Noel. O meu pai sempre diz "se você ler no The Sun então é verdade". Então por favor me diga a verdade: o Papai Noel existe? -

O jornal, por meio do editorialista Francis Church, respondeu e publicou a carta. Foi um sucesso tão grande que foi publicada durante anos, sempre na época do Natal, até seu último número em 1949. O fato repercutiu na imprensa mundial, virou livro com recorde de vendas nos Estados Unidos.

"Nós temos o prazer de responder à carta abaixo, expressando ao mesmo tempo nossa gratidão por sua autora estar entre os leitores fiéis do The Sun."


“Virginia, seus amiguinhos estão errados. Eles têm sido afetados pelo ceticismo de uma era marcada pela descrença das pessoas. Eles não acreditam no que não veem. Eles não acreditam no que suas pequenas mentes não podem entender. Todas as mentes Virginia, são pequenas, não importa se são de crianças ou de adultos.

Neste nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiga, quando seu cérebro é comparado com o infinito mundo ao seu redor, ou quando ele é medido pela inteligência capaz de absorver toda a verdade e conhecimento.

Sim, Virginia, existe Papai Noel.

É tão certo que ele exista como existe o amor, a generosidade e a devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância para dar mais beleza e alegria a nossas vidas.

Ah! Como o mundo seria sombrio se Papai Noel não existisse! Seria tão triste como se não existissem Virgínias. Não haveria então, a fé das crianças, a poesia, nenhum romance que tornasse tolerável a existência. Nós não teríamos nenhuma felicidade, exceto em nossos sentidos. A luz acesa com a qual as crianças enchem o mundo estaria apagada.

Não acreditar em Papai Noel! É como não acreditar nas fadas.

Pode convencer o seu papai a contratar homens para ficarem vigiando todas as chaminés, na véspera de Natal, para eles pegarem o Papai Noel, mas mesmo que eles não vejam o velhinho descendo, o que isso prova?

Ninguém vê o Papai Noel, mas isso não significa que o Papai Noel não exista!

As coisas mais reais do mundo são aquelas que nem as crianças nem os adultos podem ver.

Você já viu fadinhas dançando no gramado? É claro que não! Mas isso não é prova de que elas não estejam lá. Ninguém pode conceber, ou imaginar, todas as maravilhas que existem, invisíveis e despercebidas, neste mundo.

Sim, Virgínia, Papai Noel existe!”

Francis P. Church (1839-1902), The New York Sun, 21 de setembro de 1897

Nenhum comentário:

Postar um comentário