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10 outubro 2021

Intangíveis


Recentemente, Baruch Lev criticou os reguladores contábeis por perderem tempo com normas de baixa relevância (citava a norma sobre seguros - que tem um interesse específico e não muda substancialmente o que está sendo feito) em lugar de discutir seriamente a questão do intangível.

Mas como resolver um problema tão difícil. Um fórum recente de reguladores apontou três possíveis abordagens, não necessariamente excludentes: 

a) reconhecer e mensurar diretamente nas demonstrações financeiras - talvez seja a opção que resolva o problema, mas certamente irá aumentar a subjetividade dos números contábeis e será um problema para àqueles envolvidos na linha de frente da contabilidade financeira, os preparadores e os auditores.

b) informações nas notas explicativas das demonstrações ou nos relatórios da administração sobre intangíveis específicos - isto poderia permitir maior flexibilidade na apresentação das análises, incluindo a possibilidade de utilização de narrativa textual. Mas seria a melhor solução?

c) informações sobre despesas que possam ter alguma influência sobre o desempenho futuro da entidade, seja nas notas explicativas ou no relatório da administração.

Foto: João Tzanno

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"Qualquer empresa de alocação de recursos focada em ESG deveria pensar se o Facebook atende aos parâmetros éticos de investimento" - Compara o Facebook a indústria de cigarro, com o câncer digital (via aqui)


As cidades que mais chovem em cada país - no mundo é Buenaventura, Colômbia, com 258 dias no ano. No Brasil é ...

Rir é o melhor remédio

 


09 outubro 2021

Porta Giratória

Eis uma história "curiosa" narrada pelo New York Times (via aqui)


O funcionário deixa sua empresa para trabalhar no governo. Lá ele ajuda a aprovar normas de interesse do seu antigo empregador. Passado um tempo, o funcionário sai do governo, é recontratado pela sua antiga empresa, e usa seu conhecimento nos serviços prestados pela empresa.

O caso é mais escandaloso ainda: os exemplos são de profissionais tributários, funcionário de uma Big Four, que vão ocupar um cargo na área tributária do governo. Ao serem recontratados, os funcionários são promovidos; em muitos casos, ganhando o dobro do salário.

As maiores empresas de contabilidade dos EUA aperfeiçoaram um sistema de bastidores notavelmente eficaz para promover seus interesses em Washington. Seus advogados tributários assumem cargos seniores no Departamento do Tesouro, onde escrevem políticas frequentemente favoráveis aos seus ex-clientes corporativos, geralmente com a expectativa de que em breve retornarem aos seus antigos empregadores. As empresas os recebem de volta com títulos mais altos e salários mais altos, de acordo com registros públicos revisados pelo The New York Times e entrevistas com atuais e antigos funcionários do governo e da indústria.

Depois de fazer lobby pela PwC, um ex-parceiro da PwC no Departamento do Tesouro Trump ajudou a escrever regulamentos que permitiam às grandes empresas multinacionais evitar dezenas de bilhões de dólares em impostos; ele então voltou para a PwC. Um executivo sênior de outra grande empresa de contabilidade, RSM, assumiu um cargo no Tesouro, onde seu escritório expandiu uma redução de impostos de maneira procurada pelo RSM; ele então voltou para a empresa.

Foto: McGill Library

Marcas odiadas

 

Baseado nas menções negativas, o gráfico mostra as marcas mais odiadas por país. No Brasil, o primeiro lugar foi para a RedBull. Em muitos países prevaleceu marcas vinculadas com a tecnologia (Youtube, PayPal, Uber, Tesla, entre outras marcas). Em número de países a Sony (Playstation?) foi primeira colocada em dez países, seguida da Tesla (7 países), Paypal e Uber (cinco, cada).

Este tipo de pesquisa, do lado positivo, tem sido um fraco argumento defendendo a mensuração de marcas. E agora do lado negativo? Seriam estas marcas um "badwill"?

Nobel de Física e a contabilidade


Parece maluquice deste blogueiro, mas eis o que encontrei na justificativa que a Acadêmica Sueca escreveu para dar o Nobel de Física deste ano: 

Claramente, os laureados deste ano (Giorgio Parisi e a dupla Syukuro Manabe e Klaus Hasselmann) fizeram contribuições inovadoras para nossa compreensão de sistemas físicos complexos em seu sentido mais amplo, do microscópico ao global. Eles mostraram que, sem uma contabilidade adequada da desordem, do ruído e da variabilidade, o determinismo é apenas uma ilusão. De fato, o trabalho reconhecido aqui reflete em parte o comentário atribuído a Richard Feynman (Nobel de 1965), em que ele “acreditava na primazia da dúvida, não como um defeito em nossa capacidade de saber, mas como a essência do conhecimento."

[grifo do blog]

Rir é o melhor remédio

 


08 outubro 2021

Veículos Elétricos e a batalha entre empresas tradicionais e startups


A questão dos veículos elétricos é bem estratégica para as montadoras tradicionais (Ford, GM, Volks, Stellantis, BMW, Mercedes, japoneses, coreanas ...). Por este motivo, estão anunciando bilhões de dólares em investimento para criação dos modelos de carro elétrico. Somente Volks e Toyota pretendem investir 86 bilhões nos próximos cinco anos.

As montadoras tradicionais estão fazendo isto para não serem atropeladas pela Tesla e muitas outras montadoras de diversas partes do mundo. Mas a luta é desigual e favorece, a princípio, as novas montadoras. Isto parece surpreendente e a resposta está na contabilidade e finanças das empresas.

Enquanto as empresas tradicionais precisam apresentar uma demonstração de resultado com um valor positivo na última linha, as empresas do grupo da Tesla são startups. Este grupo não precisa ser lucrativo agora e podem queimar dinheiro nos próximos anos. E mesmo queimando dinheiro, haverá investidores interessados em participar da grande queima. 

Além disto, as novas empresas estão pressionando os preços dos automóveis. E forçando o investimento por parte das montadoras tradicionais. 

O principal ponto tem sido a evolução da bateria. Os carros elétricos são mais simples de serem fabricados, desde que seja solucionado a tecnologia da bateria. 

E a contabilidade? 

À medida que a concorrência no segmento EV aumenta, os lucros podem ser escassos. O volume total de vendas de veículos elétricos e veículos ICE [tradicional] combinados ficará estagnado a longo prazo, na melhor das hipóteses, um jogo de soma zero. Um VE vendido provavelmente significa um veículo ICE que não foi vendido. Para as montadoras, isso pode significar canibalizar vendas muito lucrativas de veículos ICE com veículos menos lucrativos. E é isso que eles ganham por investir centenas de bilhões de dólares nesse segmento. 

Outras questões interessantes aqui. A eletricidade tem uma grande capacidade ociosa no período noturno. As empresas de energia elétrica podem aproveitar isto para vender voltagem por um preço bem atrativo em relação a outro tipo de combustível. 

Numerosidade


A contabilidade depende dos números. É óbvio. E o desenvolvimento dos algarismos está vinculado a adoção da mensuração do patrimônio por parte do ser humano. 

Entretanto, as pessoas possuem uma grande dificuldade em usar adequadamente os números, fenônemo chamado de Innumerancy, por John Paulos. Mas associado a esta dificuldade há outro aspecto: a grande utilização dos números na nossa vida diária. Eis um relato importante: 

Brian Butterworth decidiu descobrir quantos números a pessoa média encontra em um dia. (...) Ele passou o dia como sempre, mas acompanhou a frequência com que via ou ouvia um número, fosse um símbolo, como 4 ou 5, ou uma palavra como "quatro" ou "cinco". Ele folheou o jornal, ouviu o rádio, saiu para fazer compras (tomando nota de etiquetas de preço e placas de carros) e, finalmente, sentou-se para calcular um total geral. 

“Gostaria de adivinhar?” Ele me pergunta quando falamos via Zoom algumas semanas depois. Perigo que seja bem para as centenas, mas admito que nunca pensei nisso antes. Ele diz: “Eu acho que experimentei cerca de mil números por hora. Mil números por hora são dezesseis mil números por dia, cerca de cinco ou seis milhões por ano. . . . São muitos números." 

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Fluxo de caixa deveria ser o balizador da evidenciação ambiental

Quais as informações que os reguladores devem exigir das empresas sobre a questão climática? Alguns acreditam que você deve estabelecer uma entidade que irá determinar o que fazer, como a nova entidade proposta pela Fundação IFRS para tratar do tema. Outros acreditam que as normas atuais já permitem uma boa divulgação sobre o assunto - esta era a posição de uma membro da própria IFRS antes da questão ser moda no meio empresarial. Isto deveria incluir não somente a empresa, mas também os parceiros que fazem parte da cadeia de valor? A resposta afirmativa nesta última questão pode mudar a maneira como as pessoas enxergam empresas como Google, por exemplo. 

Um conjunto de economistas fez uma proposta aparentemente objetiva: a evidenciação deveria estar restrita as questões que afetem o fluxo de caixa da empresa.  

Este grupo de cinquenta profissionais, fundado em 1993 e com sede nos Estados Unidos, entende que a entidade que regula o mercado de capitais do país, insiste que não se deve ceder à pressão para aumentar a divulgação obrigatória.  

Em discursos nos últimos meses, o presidente da SEC, Gary Gensler, disse que a SEC pode exigir que as empresas relatem tudo, desde como uma empresa gerencia o risco climático nas operações diárias até o relato de análises de cenários sobre como as mudanças climáticas podem afetar o futuro do negócio.  

Para o grupo, a empresa deve decidir o que divulgar, quando e como. Isto colocaria em segundo plano os esforços de novas normas ou relatórios ESG, a exemplo do esforço da Fundação IFRS. Existiria "centenas" de métricas possíveis para escolher e o que é relevante pode variar conforme o setor de atuação, a região e o tamanho da empresa. De certa forma, um termo fundamental nesta discussão é a materialidade.

Entidades profissionais e a mudança climática


Um grupo de entidades, de diferentes países, consideram que o contador tem influência e responsabilidade no esforço mundial para resolver o problema do clima. São 13 entidades, englobando 2,5 milhões de profissionais e estudantes, comprometeu ajudar "o setor a atingir zero emissões líquidas o mais rápido possível". 

Em termos globais, o objetivo seria a emissão global pela metade até 2030 e a zero até meados do século.

As entidades são as seguintes: Association for Accounting Technicians, Association for Chartered Certified Accountants, Chartered Accountants Australia and New Zealand, Chartered Accountants Ireland, Consiglio Nazionale dei Dottori commecialisti e degli Esperti Contabili, Chartered Professional Accountants Australia, Chartered Professional Accountants Canada, Institute for Chartered Accountants in England and Wales, Institute of Chartered Accountants of Scotland, Institut der Wirtschaftsprüfer in Deutschland e.V., Regnskap Norge, the Association of International Certified Professional Accountants, the Japanese Institute of Certified Public Accountants.

Rir é o melhor remédio

 


07 outubro 2021

Linguagem complexa esconde o odor dos resultados

 Do e-mail diário da  Bloomberg:

Como este boletim informativo é escrito em uma linguagem simples o suficiente para um aluno grogue do segundo ano entender, você pode pensar que seu redator também é simplório. Mas o que pode parecer um jargão sem sentido é, na verdade, criado para construir a confiança de você, leitor. Essa é a minha história, e vou mantê-la, especialmente agora que há ciência para apoiá-la. 

Um estudo mostrou que a linguagem complexa sobre as conferências de lucros corporativos está associada a retornos de investimento menos do que excelentes, escreve John Authers. Ora, é quase como se as pessoas usassem conversas floridas para encobrir o odor de seus resultados reais.

A coluna de John é ótima, e você deve ler tudo e também ter cuidado com os líderes corporativos que respondem a perguntas simples, dizendo coisas como: "Uma química é realizada para que uma reação química ocorra e gere um sinal da interação química com a amostra , que é traduzido em um resultado, que é então revisado por pessoal de laboratório certificado.” Você adivinha quem disse isso? (Dica: rima com “Shmelizabeth Shmolmes.”) 

 Mas você também tem que experimentar este site que os pesquisadores fornecem, que permite inserir texto e medir onde ele se encaixa no Gunning Fog Index, que é o melhor nome do índice. Os dois primeiros parágrafos deste boletim informativo, por exemplo, foram um pouco mais complicados do que o discurso inaugural de Donald Trump. QED.

GRI e VRF e suas visões de relatórios ESG


Dois textos da Accounting Today mostram visões distintas (?) da GRI e VRF. Começando pela GRI.

Na terça a Global Reporting Initiative divulgou expectativas de revisão de padrões, que serão usados por mais de 10 mil empresas, incluindo a questão de direitos humanos. A GRI responde a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia e os planos da International Financial Reporting Standards Foundation de criar um Conselho sobre o tema. 

Os Padrões Universais 2021 incluem três padrões : 

GRI 1: Fundação introduz a finalidade e o sistema dos relatórios da GRI, definindo os principais conceitos, requisitos e princípios que todas as organizações devem cumprir para relatar de acordo com os padrões da GRI. 

GRI 2: Divulgações Gerais atualiza e consolida divulgações sobre práticas de relatórios; atividades e trabalhadores; governança; estratégia, políticas e práticas; e envolvimento das partes interessadas. 

GRI 3: Tópicos materiais oferece orientação passo a passo e divulgações revisadas sobre como a organização determina, lista e gerencia cada um de seus tópicos relevantes. 

Esta revisão está alinhada com "os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Negócios e Direitos Humanos; Diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico para Empresas Multinacionais; o Guia de Due Diligence da OCDE para Conduta Comercial Responsável; os padrões internacionais de trabalho da Organização Internacional do Trabalho; e os Princípios de Governança Global da Rede Internacional de Governança Corporativa." 

A Value Reporting Foundation surgiu da fusão do Sustainability Accounting Standards Board e do International Integrated Reporting Council. Em uma reunião on-line, a VRF atualizou a estrutura conceitual do conselho e a gestão de rejeitos. Neste sentido, a fundação estaria estudando a questão da materialidade. No texto da Accounting Today um ponto interessante sobre a materialidade:

"Uma das coisas que ouvimos de nosso período de comentários públicos foi que a maneira como usamos a materialidade em nossa estrutura conceitual pode ser confusa", disse Jeff Hales, presidente do SASB Standards Board, durante uma conferência de imprensa. “Eu acho que isso geralmente é verdade neste espaço agora. Há muitos usos do termo "materialidade" quando se trata de relatórios de sustentabilidade, e usamos a materialidade financeira para tentar nos distinguir de outros definidores de padrões de sustentabilidade em termos de tentar deixar claro em que tipos de questões de sustentabilidade estamos focados, os que serão mais úteis para investidores e credores, por tomar esses tipos de decisões de investimento e crédito. Mas sempre dissemos que o uso mais tradicional do termo "materialidade" quando se trata desse limite — um julgamento sobre se uma empresa cumpriu os requisitos de relatório — isso sempre será específico da entidade e a configuração padrão não foi projetada para tentar dizer o que deveria ser."  

(...) Algumas empresas podem estar preocupadas com alguns dos riscos legais com divulgações, dadas as diferentes definições de "materialidade", que podem ser outro motivo para se alinhar ao FASB, ao IASB e à SEC.  

Situação financeira do Barcelona (o clube de futebol)


O Barcelona apresentou nesta quarta-feira o resultado de uma auditoria feita pela diretoria em relação às dívidas do clube. O resultado, como era de se esperar, foi catastrófico. O clube está afundado em dívidas, com gastos injustificáveis e em uma situação financeira que fez com que Ferran Reverter, diretor geral do clube, dissesse, na apresentação, que se o clube fosse uma SAD (Sociedad Anónima Deportiva, modelo de clube-empresa espanhol), teria aberto falência. 

A auditoria revelou que o último ano fiscal do Barcelona teve um prejuízo de € 485 milhões, em um ano que teve receitas de € 581 milhões. Em março de 2021, o clube tinha um patrimônio líquido no vermelho: € 451 milhões negativos. O fundo de manobra, o dinheiro disponível para disponível para fazer cargo das operações de curto prazo, estava negativo em € 554 milhões. 

“Se fosse uma SAD, o Barcelona teria entrado em processo de falência. Em março de 2021, a situação era de quebra contável, mas como somos um clube e não uma SAD, por isso houve como refinanciar a dívidas”, apontou Reverter, que descartou que o Barcelona possa se tornar uma SAD. O clube é um dos poucos que funciona como clube social, tal qual acontece nos clubes brasileiros, junto com o Real Madrid, Athletic Bilbao e Osasuna. 

O principal responsável pelo aumento de gastos foi o alto número de contratações por valores grandes. O Barcelona fez três das cinco contratações mais altas da história do futebol: Philippe Coutinho, que veio do Liverpool por € 135 milhões (mais variáveis) em janeiro de 2018; Ousmane Dembélé, que veio do Borussia Dortmund por € 135 milhões (mais variáveis) em agosto de 2017; e Antoine Griezmann, que veio do Atlético de Madrid por € 120 milhões em 2019. 

(...) Fonte: aqui. Imagem aqui

Padrões globais para o Stablecoins



Desenvolvimentos recentes incluem os chamados stablecoins, que evitam a volatilidade de seus primos criptográficos de maior perfil, como o Bitcoin, porque seu valor é suportado por um conjunto de ativos. Os stablecoins têm o potencial de apoiar a concorrência nos pagamentos, implantando tecnologia e inovação para reduzir custos e oferecer novos serviços. Porém, quando usados em escala como meio de pagamento, podem apresentar riscos materiais ao sistema financeiro. (...) 

Mudanças tecnológicas e inovação são essenciais para o desenvolvimento contínuo de sistemas monetários e de pagamento. A maneira como pagamos hoje é muito diferente da maneira como fizemos pagamentos há 50 ou 100 anos. Sem inovação tecnológica, ainda estaríamos usando moedas de metal para todas as transações. Mas, dadas as apostas envolvidas, esses avanços não devem levar a padrões de segurança mais baixos e riscos mais altos. Novas iniciativas de pagamento devem ter sucesso porque oferecem melhor serviço e acesso financeiro potencialmente maior, não porque são capazes de operar de acordo com padrões mais baixos ou inexistentes. Os princípios foram projetados para garantir que todos os principais elementos da infraestrutura do mercado financeiro, incluindo sistemas de pagamento, sejam seguros e robustos, e que os usuários possam confiar neles. Por esse motivo, o CPMI e o IOSCO acabaram de publicar um relatório consultivo sobre a aplicação dos padrões internacionais de pagamentos a moedas estáveis.(...) 

O relatório consultivo fornece orientações sobre como os padrões internacionais atuais devem ser aplicados a esses novos recursos de moedas estáveis. Fundamentalmente, propõe que, se um esquema de moedas estáveis for ou for provável que se torne sistêmico, os padrões internacionais deverão ser aplicados a todos os elementos do esquema, inclusive ao próprio moeda estável. A orientação esclarece que as moedas estáveis podem ser usadas para liquidar transações somente se atenderem aos mesmos altos padrões que esperamos do dinheiro já usado para liquidação hoje. Especificamente, estabelece expectativas quanto à liquidez e credibilidade das moedas estáveis e aos direitos dos detentores de moedas, incluindo o direito de trocar a moeda sob demanda por dinheiro pelo valor nominal total.

Fonte: Project Syndicate

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O vídeo mais chato do youtube: tutorial do Word, de 1989, com quase 2 horas de duração

Um teclado para plágio: CRTL C e CRTL V somente 

Existe a mão quente no basquete: esta ‚ uma questão que alguns pesquisadores comportamentais já tentaram responder

O que fazer sem o aprendizado por osmose (aprender observando o colega trabalhando)

Diferença entre preço e valor: preço é o que você paga; valor, o que você recebe.

Harvard promove um papiro copta falso (sobre a possível esposa de Jesus)

Quanto Bach obtém de receita no Spotify (imagem)

Rir é o melhor remédio

 

Se você usa um desses emojis, você é um pouco ultrapassado...

06 outubro 2021

Bancos poderiam perder com redução de impostos (?)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicou hoje (4) que uma redução na cobrança de impostos em eventual reforma tributária teria forte impacto negativo sobre bancos, que sofreriam “prejuízo danado” pela revisão que teriam que fazer no cálculo de créditos tributários. 

Ao participar de evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo, ele explicou que a fórmula para um banco contabilizar perda esperada é muito diferente do que a contabilidade exige, o que gera créditos tributários constantes.  

“Se a gente pega a base de capital do sistema bancário brasileiro, ela é muito concentrada em crédito tributário. De tal sorte que, na verdade, quando você cai o imposto, os bancos têm um prejuízo danado porque eles têm que reprecificar o crédito tributário para baixo, é supercurioso”, afirmou ele.  

“Se você hoje der uma queda muito grande nos impostos, o resultado no balanço dos bancos vai ser péssimo. Porque o crédito tributário vai ser reavalido pra baixo e isso é um pedaço muito grande da base de capital dos bancos”, completou.  

Dentro desse contexto, Campos Neto frisou que o BC tem defendido muito a inserção do projeto IFRS 9 para eliminação desta distorção referente à criação de crédito tributário.  

A norma internacional IFRS 9 estabelece novos requerimentos de reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros.  

“Não tem nenhum outro país do mundo onde os bancos têm uma base de capital tão concentrada em crédito tributário”, afirmou.  

Fonte: Forbes

Rir é o melhor remédio

 

Antes, durante e depois da auditoria

30 setembro 2021

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O aplicativo de temperatura da Apple não 69o F (Uma possível explicação para o problema  é que a Apple pode estar adquirindo dados para seu aplicativo iOS Weather em Celsius e depois convertendo-os em Fahrenheit. Por exemplo, 20 graus Celsius se converte em 68 graus Fahrenheit, enquanto 21 graus Celsius se converte em 69,8 graus Fahrenheit - que completam 70 graus Fahrenheit.)


12 setembro 2021

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O A4S (Accounting for Sustentability) traz um resumo da situação atual sobre relatórios de sustentabilidade no mundo (PDF e inglês)

Diferença entre Freakonomics e xkcd

Uso de máscara na pandemia e o grupo social

Islândia cria o imposto para desfrutar a natureza - no site foi considerado o imposto mais estúpido da história. Mas pareceu tanto com o que algumas cidades cobram como "taxa turística" no Brasil


10 setembro 2021

Ig Nobel

Saiu a relação do Ig nobel de 2021. Entre os dez trabalhos premiados, um sobre o transporte de rinoceronte no ar, de cabeça para baixo, possui a participação de uma pesquisadora brasileira (associada a Cornell).

A fotografia abaixo é do artigo:

Em um mês começará o anúncio do prêmio Nobel de 2021.

09 setembro 2021

Publicações sobre Covid


 A rapidez com que a ciência respondeu com pesquisa à pandemia foi um grande destaque dos últimos meses. O gráfico mostra a publicação de artigos em periódicos com pareceristas. O papel do preprint, que prometia mudar a forma de divulgar a ciência, foi bem pequeno. 

Falando em ciência, no mesmo site, eis um gráfico que não deixa dúvida:




Grandes Publishers

 

Os grandes grupos de editoras mundiais é comandado pelas empresas RELX, Thomson Reuters e Pearson. Estas três empresas estão focadas na literatura científica ou comercial. A diversificação ocorre com Bertelsmann (inclui Peguin) e a Hachette.

Governança do Setor Público


 No ano passado, a organização do Congresso de Contabilidade e Finanças promoveu uma série de debates sobre a contabilidade. Este ano, a organização repete a proposta, começando pelo blogueira Claudia Cruz (UFRJ) e a doutora Lidiane Dias. Da casa, os debatedores serão Abimael Costa e Lucas Ferreira. Evento gratuito. 

05 setembro 2021

Valor de Mercado da Amazon

A empresa de comércio Amazon chegou a vendas de 125 bilhões de dólares. E a um valor de mercado de 1,7 trilhão. A comparação com o tamanho de uma economia é algo errado. Mas torna mais palpável entender o que significa ter um valor de mercado de 1,7 trilhão. O gráfico mostra que a Amazon é maior que economia como Itália, Coréia do Sul, Canadá e Rússia. Continuando neste ritmo, brevemente a Amazon deverá ultrapassar o Reino Unido e a França. 



03 setembro 2021

Planilha Excel faz mudança importante na Genética - 2

 No ano passado postamos sobre um problema que a utilização da planilha Excel, por parte dos cientistas da área de saúde, estavam tendo:

Os cientistas que estudam o genoma humano resolveram fazer uma mudança por conta da planilha Excel. Cerca de 27 genes humanos foram renomeados. Tudo isto porque a planilha interpreta de forma errada os símbolos como datas. Parece um problema pequeno, mas não é.

O Excel é muito usado pelos cientistas (e pelos contadores). O problema é que suas configurações são ajustadas para aplicações mais comuns. Assim, quando um cientista insere

um símbolo alfanumérico de um gene em uma planilha, como MARCH1 - abreviação de " Membrane Associated Ring-CH-Type Finger 1 " - o Excel converte isso em uma data: 1 de março

Apesar da mudança do nome, para evitar este problema, parece que o problema persiste:

Com dados científicos, o simples ato de abrir um arquivo no Excel com as configurações padrão pode corromper os dados devido à correção automática. É possível evitar a correção automática indesejada se as células forem pré-formatadas antes de colar ou importar dados, mas essa e outras dicas de higiene de dados não são amplamente praticadas.

(...) Vários anos atrás, detectamos esse erro em arquivos de dados suplementares anexados a um artigo de jornal de alto impacto e ficamos interessados em quão difundidos esses erros são. Nosso artigo de 2016 indicou que o problema afetava periódicos de nível médio e alto a taxas aproximadamente iguais. Isso nos sugeriu que pesquisadores e periódicos desconheciam amplamente o problema de autocorreção e como evitá-lo.

Como resultado de nosso relatório de 2016, o Human Gene Name Consortium, o órgão oficial responsável pela nomeação de genes humanos, renomeou os genes mais problemáticos. MARÇO1 e SEPT1 foram alterados para MARÇO1 e SEPTIN1 respectively, e others had similar changes.

No início deste ano nós repetimos nossa análise. Neste tempo, nós expandimos [a análise] para cobrir uma maior seleção de periódicos (...)

Ficamos chocados ao descobrir no período de 2014 a 2020 que 3.436 artigos, cerca de 31% da nossa amostra, continham erros de nome de gene. [gráfico]



Acreditamos que os erros são importantes porque levantam questões sobre como esses erros podem se infiltrar em publicações científicas. Se os erros de correção automática de nomes de genes puderem passar a revisão por pares sem serem detectados nos arquivos de dados publicados, que outros erros também podem estar à espreita entre os milhares de pontos de dados?

Catástrofes de planilhas

Nas finanças e de negócios, existem muitos exemplos de erros de planilha perdas caras e embaraçosas.

Em 2012, o JP Morgan declarou uma perda de mais de US $ 6 bilhões, graças a uma série de erros comerciais possibilitados erros de fórmula em suas planilhas de modelagem. Análise de milhares de planilhas na Enron Corporation, antes de sua queda espetacular em 2001, mostra quase um quarto continha erros.

Um artigo, agora infame, das economistas de Harvard, Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, foi usado para justificar cortes de austeridade após a crise financeira global, mas a análise continha um erro crítico do Excel, isso levou a omitir cinco dos 20 países em sua modelagem.

Apenas no ano passado, a erro de planilha na Public Health England levou à perda de dados correspondente a cerca de 15.000 casos positivos de COVID-19. Isso comprometeu os esforços de rastreamento de contatos por oito dias, enquanto os números de casos estavam crescendo rapidamente. No ambiente de saúde, erros de entrada de dados clínicos em planilhas pode chegar a 5%, enquanto um separado estudo de planilhas de administração hospitalar mostrou 11 de 12 falhas críticas.(...)

Mudança nas audiências públicas do CFC


As audiências públicas realizadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), como parte do processo de elaboração e de revisão das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), passarão a ser realizadas por meio de um sistema eletrônico que facilitará a participação dos interessados e, também, a organização operacional para o Conselho. Trata-se da plataforma Participa + Brasil, um portal criado pelo Governo federal com o objetivo de promover e qualificar o processo de participação social, por meio de boas práticas reconhecidas internacionalmente.

A expectativa do CFC é passar a utilizar a plataforma Participa + Brasil a partir das próximas audiências.

(...) Conceitos: audiência X consulta pública

Segundo a plataforma Participa + Brasil, uma audiência é uma reunião pública, transparente e de ampla discussão, por meio da qual se estabelece uma comunicação entres os profissionais e a entidade. Esse processo não tem por objetivo encontrar consenso nas opiniões, pois, devido ao amplo leque de experiências profissionais, os participantes podem divergir. A propósito, o princípio do contraditório é considerado muito importante.

Já a consulta pública é definida como um mecanismo de participação social, a se realizar em prazo definido, de caráter consultivo, aberto a qualquer interessado, com o objetivo de receber contribuições sobre determinado assunto para promover o diálogo entre a administração pública e o cidadão, em cumprimento aos princípios da legalidade, moralidade, eficiência, publicidade, transparência e motivação.

CFC adere à plataforma Participa + Brasil para audiências e consultas públicas - Por Maristela Girotto Comunicação CFC

O importante é que a plataforma aumente a participação das pessoas. Isto traduz em maior legitimidade. E que os reguladores respondam de maneira adequada às sugestões recebidas. 

Propaganda de um software contábil

A empresa Xero vende um software contábil. Na sua propaganda o lema é: "Less time on accounting, more on what you love" (algo como Menos tempo com contabilidade e mais tempo com o que você ama). E quem ama a contabilidade?

Rir é o melhor remédio

 

O efeito do café (foto aqui)

01 setembro 2021

Links


O tamanho da população carcerária (por habitantes)




Custo da guerra do Afeganistão (visão EUA) (foto)

KPMG e Carillion

A FRC, entidade que faz a fiscalização do trabalho das empresas de auditoria no Reino Unido, anunciou (e aqui também) um queixa disciplina contra a KPMG e os responsáveis pela auditoria da empresa Carillion. Segundo a FRC, a empresa de auditoria, uma das grandes empresas mundiais, forneceram informações enganosas para o regulador sobre a qualidade da auditoria na Carillion, e também no trabalho realizado na Regenersis, em 2014.  

Este é um dos processos sobre os problemas ocorridos na Carillion. A Carillion era uma prestadora de serviços ao governo do Reino Unido, que entrou em colapso em 2018. Com três mil empregados e 450 projetos do setor público, a empresa era um gigante da terceirização. A KPMG fazia a auditoria da Carillion desde sua criação, em 1999. 

VI Congresso

 




Palestrantes confirmados. 

31 agosto 2021

Começou o julgamento de Holmes


Começou na terça, último dia de agosto, o julgamento de Elizabeht Holmes, a empresária fundadora da empresa de testes de sangue Theranos. O julgamento começou em 2018 e Holmes é acusada de fraude. Ela se declarou inocente, mas se condenada pode pegar até 20 anos de prisão.  O julgamento poderá durar meses. 

Holmes teria enganado os investidores que acreditaram que sua empresa tinha tecnologia avançada para analisar o sangue de usuários. Além de Holmes, Ramesh Balwani, ex-namorado e ex-COO da empresa também deverá ser julgado, em data próxima. Parece que Holmes irá acusar Balwani durante o julgamento. 

Livro mais traduzido de cada país

 

Em cada país, qual o livro mais traduzido para outras línguas? Pequeno Príncipe (França), Pinóquio (Itália), Contos de Andersen (Dinamarca) e Don Quixote (Espanha) são campeões, dezenas de traduções. O Brasil não faz feio: a obra mais traduzida é campeã entre os países da América (exceto EUA) e entre os países de língua portuguesa. Qual o livro? 

Rir é o melhor remédio

 


30 agosto 2021

Diferença entre Informação, Tempo e Conhecimento

 

Diferença entre informação, tempo e conhecimento. Fonte: aqui (via aqui)

Os maiores do comércio online na América Latina

 

A América Latina representa uma parcela muito reduzida no comércio online mundial. Mas o crescimento é bem razoável. A empresa argentina MercadoLibre é a maior empresa, com vendas líquidas de 24 bilhões. Mas a concorrência é forte, com Magalu, Americanas e Casas Bahia logo a seguir. 

Links

Os posts mais populares do Facebook são plágios 

Quanto fatura uma cam girl? (varia conforme a experiência e outras variáveis)

29 agosto 2021

Cidades mais seguras

 A figura mostra as cidades mais seguras do mundo:


Em 60 cidades, prevalece as cidades de países com maior nível de desenvolvimento. Rio de Janeiro (39o., com 61,8) e São Paulo (40o., com 61,7) estão abaixo da média. 

Cai a regra "Uma ação, um voto"


Acionista pode controlar empresa com 4,6% das ações com mudança em Lei das SA; entenda

Principal mudança da Lei 14.195 para o mercado de capitais é a criação das ações com super voto. No exterior, mecanismo é adotado principalmente por fundadores de empresas de tecnologia, como Facebook e Alphabet

Por Weruska Goeking e Fernando Torres, Valor Investe — São Paulo

A Medida Provisória (MP) 1.045 sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta-feira (26), e convertida na Lei 14.195, altera pontos importantes da Lei das S.A. (sociedades anônimas), e a principal mudança é a permissão para as empresas emitam ações ordinárias, que são aquelas que dão direito a voto, com poder de voto maior que do outras.

Este atributo é conhecido tecnicamente como "voto plural", mas também pela expressão "super voto". Na prática, a mudança permite que acionistas com uma participação pequena no capital e no interesse econômico da companhia controlem os rumos da empresa. O uso do mecanismo é comum especialmente em empresas de tecnologia nos Estados Unidos, permitindo que os acionistas fundadores mantenham o controle do negócio mesmo após diversas rodadas de captação de recursos, incluindo a abertura de capital nas bolsas. Esse é o caso, por exemplo, de empresas como Facebook e Alphabet (dona do Google), e também da originalmente brasileira XP, que acabou optando por abrir o capital na Nasdaq, e não na B3, no Brasil, tendo esse como um dos argumentos.

Com as alterações promovidas pela nova lei, uma ação ordinária com voto plural pode ter peso de até 10 votos. Assim, uma empresa que tenha 100% do capital somente com ações ordinárias poderá ter um controlador com 9,1% desses papéis especiais, considerando que cada "super ação ordinária" tenha peso de 10 votos (ver exemplo abaixo na tabela).

Mas como a Lei das S.A. também permite que até metade do capital social seja formado por ações preferenciais, sem direito a voto, a potencial de diferença entre direito econômico (sobre os lucros) e direito de voto poderá ser ainda maior. Em uma companhia com metade das ações ordinárias e metade preferenciais, uma participação de 4,55% de "super ordinárias" poderá garantir o controle acionário (veja abaixo no exemplo). No cenário normal vigente até hoje, em caso de 50% das ações do capital sociais serem PN, é preciso ter 25% do capital mais um voto para controlar a empresa neste caso.

Mas isso vale para qualquer investidor e qualquer companhia aberta? Não é bem assim. "Para quem já tem ação negociando em bolsa isso não muda, essas empresas não podem adotar o voto plural. A regra proíbe migrar a base de ações da companhia aberta", explica Ricardo Freoa, especialista nas áreas de societário e companhias abertas do Stocche Forbes Advogados.

Mas isso em tese. Apesar de proibir essa mudança de regras no meio da jogo, Freoa avalia que algumas situações da "vida real" e não explicitadas no texto da MP e da lei podem abrir brecha para entendimentos diferentes. Casos de fusões, incorporações e cisões são alguns dos citados por ele.

"É de se esperar que, dada a criatividade dos agentes econômicos, que eles tenham entendimentos que levem ao mesmo resultado prático. E nesses casos vamos ver qual será o entendimento da CVM", diz Freoa, destacando que pode haver divergências de interpretação sobre a validade do super voto em algumas situações.

Tomás Amadeo, sócio do CSA Advogados e especialista em direito societário, não vê tantas brechas no texto, mas também não descarta a possibilidade de haver tentativas de enquadrar empresas com ações já em negociação no voto plural. "Advogados e auditores são criativos. Veremos ao longo dos próximos anos como será isso", diz.

O Valor Investe entrou em contato com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a B3, a bolsa brasileira. Conforme a lei, caberá à CVM criar regras de transição para adoção dos novos dispositivos e à B3 "dar transparência" aos investidores sobre quais as empresas que tem essas ações com poder diferenciado de voto.

Em nota, a CVM disse que participou ativamente do "trabalho realizado no âmbito da Iniciativa Mercado de Capitais (IMK), tendo contribuído para a formulação de proposta a respeito do voto plural". Para a autarquia, "as salvaguardas previstas na redação atual, dentre elas a de que companhias já listadas não possam utilizá-lo, refletem uma visão de consenso construída no IMK e que procurou equilibrar os interesses envolvidos, e, portanto, constituem a forma mais adequada para a adoção do voto plural no Brasil."

A B3 ainda não respondeu ao pedido de posicionamento.

Limites para o super voto

Apesar de ter criado o instrumento, após pressão de agentes de mercado que alegavam que o Brasil vinha perdendo parte das ofertas públicas iniciais (IPOs) pela ausência do instrumento, a lei traz algumas limitações para o uso do voto plural.

Um deles é de prazo de validade. A princípio, esse super poder valerá por até sete anos. E a lei prevê a possibilidade de prorrogação por tempo indefinido, mas desde que aprovado em assembleia geral, sendo que o titular do super voto não pode participar dessa votação. Se o prazo for prorrogado e algum acionista discordar do resultado, tem garantido seu direito de retirada da empresa. Freoa explica que essa saída é como uma opção de venda da ação, que terá como valor a parte representativa do patrimônio liquido contábil da ação.

A "super ação ordinária" também tem caráter personalíssimo, ou seja, não pode ser vendida ou transferida para outra pessoa. "Se houver transferência para um terceiro que não tinha o voto plural, a lei diz que essas ações serão convertidas para voto simples", explica Freoa.

A ideia é que o super voto tenha uma justificativa, que o detentor seja o fundador da companhia ou alguém cuja visão e conhecimento sobre o negócio sejam considerados essenciais para o sucesso da empresa.

O super voto não vale, contudo, para estatais e sociedades de economia mista, assim como suas subsidiárias e às sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder público.

"Se você cria uma situação de voto plural em estatais, há um desalinhamento [de interesse] se houver uma decisão de desestatização. Como o voto plural é convertido [em voto simples], ele [ente público] sequer vai ter o beneficio econômico nesse processo. Nesse primeiro momento parece prudente excluir o voto plural de estatais até que se entenda como vai funcionar os diversos benefícios dele", diz Freoa.

Ainda conforme a lei, para adoção do voto plural em companhas S.As. fechadas, a totalidade dos acionistas deve concordar. No caso das S.As abertas, pelo menos metade mais um dos acionistas ordinaristas deve aceitar, e metade dos preferencialistas mais um também - caso haja esse tipo de ação.

Brasil mais atrativo?

A bolsa brasileira vinha perdendo a listagem de empresas que preferiram abrir seu capital nos Estados Unidos para terem essa possibilidade de manter o controle original mesmo com um acionista minoritário. A XP Inc. foi uma dessas companhias que, dentro outros motivos, listou seus papéis nos Estados Unidos para manter Guilherme Benchimol no controle da empresa mesmo sem ter a maioria das ações.

Para Tomás Amadeo, a possibilidade de voto plural é "um grande incentivo às startups, onde o poder do fundador é muito importante para os próximos anos da companhia".

Amadeo conta ainda que há estudos evidenciando que a adoção do voto plural tem ajudado companhias a atingirem desempenhos melhores. "O fundador tem mais noção do plano de negócio que ele elaborou. A medida que a companhia fica mais madura, é possível equilibrar o voto plural com outros direitos de governança", explica.

Dessa forma, um caminho mais suave, com a abertura do capital com o controle original da empresa ainda no poder e cedendo aos minoritários a diluição dos votos ao longo dos anos tem demonstrado bons resultados.

(Dica Claudio Santana, grato) (Foto: S Agrawal)

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28 agosto 2021

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