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28 dezembro 2020

As 20 postagens mais lidas em 2020


1. CCL
2. Grau de alavancagem operacional
3. Margem bruta
4. Margem operacional
5. Giro do ativo
6. Prazo médio de pagamento a fornecedores
7. Patrimônio de referência
8. Composição do endividamento
9. Endividamento
10. Curso de contabilidade básica: dívida liquida
11. Deseconomias de aglomeração
12. O que deve ter uma “conclusão” de um trabalho científico
13. Provisão, contingência e accruals
14. Comparabilidade das informações
15. ROI
16. Margem líquida
17. 600 demitidos na PWC Brasil
18. Você sabe a diferença entre incerteza e risco?
19. Pró-forma
20. Depreciação acelerada

O resultado das 10 primeiras colocações foi bem similar ao de 2019. A postagem “600 demitidos na PWC Brasil" foi a única publicada em 2020 que entrou na lista.

Essa forma de divulgação considera apenas os cliques diretos em cada postagem. As que foram lidas por meio da página principal não são consideradas.

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Rir é o melhor remédio

 

Fonte: aqui

27 dezembro 2020

7 frases mágicas em tempos de lives

Usamos cada vez mais Zoom, Meet, Teams e outros instrumentos de comunicação não presencial. Michael Thompson sugere utilizarmos 7 frases mágicas para melhorar nossa interação com outras pessoas. Obviamente, algumas das frases possuem variações, embora a essência continue a mesma. O texto a seguir é inspirado no texto de Thompson.


1. Você pode dizer isto de novo? Eu quero anotar - isto mostra que você está interessado. Outras frases parecidas: "nunca pensei nisso dessa forma, eu quero escrever isso" ou "eu amo essa ideia e vou anotar para não esquecer". 

2. Obrigado por perguntar - quando alguém faz uma pergunta, esta frase transmite gratidão. Pode estar acompanhada de outra frase como "eu tive uma experiência disto no projeto", "eu aprendi isto com meu melhor amigo". 

3. Desculpe interromper, estou animado. Continue - é muito comum falarmos muito nas lives. Ao mesmo tempo que reconhece que a interrupção pode atrapalhar, destaca que ocorreu em razão do interesse no assunto. 

4. Adoraria sua opinião sobre - Esta é uma boa forma de quebrar o gelo em uma conversa. Depois de expor a situação, esta frase convida a outra pessoa para a conversa. Pode também ser algo como: "como alguém com uma boa experiência no assunto, o que você aconselha?" 

5. Eu sei que não devo reclamar - Em tempos de pandemia, nem sempre sabemos a situação do outro. Em muitos casos estamos desabafando sobre as medidas sanitárias, quando o nosso interlocutor sofreu uma perda por conta da doença. Você pode conquistar alguém com: "eu não devo reclamar, mas gostaria de estar dando esta aula de maneira presencial". 

6. Tenho enjoado de lives, mas está foi divertida - No início das lives eram novidades e todos gostaram. Depois, viraram obrigação. Nunca sabemos se o compromisso que estamos tendo é algo agradável ou não. Esta frase funciona e conquista a simpatia.

7. Importa de desligar o vídeo - Em muitos casos, não estamos preparados para uma chamada. Ou precisamos fazer outra coisa enquanto conversamos. A ausência do vídeo pode melhorar a qualidade da conversa. 

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Planejamento Anual: devemos levar a sério?

 

26 dezembro 2020

Razões para não usar Word e algumas alternativas

Um editor de texto do tipo “bloco de notas” pode ser um boa opção para quem deseja escrever. Não somente textos simples, mas também artigos científicos. Em lugar de usar o popular Word, que certa vez alguém chamou de “ordinário”, há um grande número de opções e algumas boas justificativas. 

Diferença - O Word, e outros programas semelhantes, baseia-se na filosofia WYSIMYG, do inglês “o que você vê é o que você obtém”. Um editor de texto simples tem outra filosofia: WYSIWYM ou o que você vê é o que você quer dizer. Ou seja, para formatar o texto, utiliza uma sintaxe que diz ao computador o que fazer. 

Para muitas pessoas, parece estranho que você tenha optado por digitar sua formatação semanticamente, quando poderia apenas vê- la. É como deixar seu Tesla na garagem e escolher dirigir um Modelo T.

Razões para abandonar o Word

1. Word é confuso - há muitas opções na barra de ferramentas e em cada nova versão algumas destas funções mudam de lugar. Se o usuário do computador muda a configuração default - poucos fazem isto, é verdade - isto pode ser mais complicado ainda.

2. Word distraí a escrita - Há uma tendência a prestar atenção nas opções de formatação do Word quando você escreve. As opções de formatação terminam por distrair quem deseja escrever muito e rápido. Alguns editores de texto, como este onde este artigo foi redigido, não possuem os botões de formatação à mostra. E eles são poucos. Em outras palavras, são minimalistas. 

3. É difícil de colocar tabelas e figuras - Experimente colocar uma tabela ou uma figura em um documento Word. E dado que muitas normas de textos científicos exigem formatação diferente da tabela para o texto (exemplo: tamanho da fonte), isto torna a tarefa mais ingrata. Quantas vezes você parou de escrever para arrumar uma figura ou tabela por conta de quebra de página. 

4. O Word não serve para documentos grandes - Quando você deseja escrever uma tese ou um livro, a melhor alternativa é evitar o Word. Torna-se lento lidar com os problemas de um editor de texto. 

5. Word não é código aberto - A Microsoft é dona do Word. Antigamente você comprava um pacote Office por uns 200 reais e ficava com ele por anos. A Microsoft vende agora uma licença anual, pelo preço do antigo pacote. 

Um meio termo

Uma forma de evitar isto é usar um editor mais limpo. Eu uso em muitos textos o Focus (figura). Ele é uma tela em branco, com algumas poucas funções, que ficam escondidas enquanto você digita. Tenho usado o Doc do Google, principalmente em situações onde compartilho um documento. O livro Fundamentos Básicos de Contabilidade foi escrito no Google pois facilitou muito eu redigir um texto e a co-autora, Fernanda, alterar e acrescentar coisas. 


Alternativas radicais

Latex é uma boa alternativa para quem deseja unir um processador de texto com um resultado de boa qualidade. Nele é possível fazer um texto com cara de um artigo de periódico; ou produzir uma tese que parece um livro. A dissertação da Thais Crabbi foi escrita em Latex, mas é uma exceção na área de contabilidade. Há algumas opções onde é possível integrar o Latex com arquivos Doc. Ele foi criado em 1984 e este é um problema: há alternativas mais simples. A opção recente é o Markdown, cujos comandos são mais fáceis. 

Baseado na minha experiência e na leitura de um artigo do Economicsfromthetopdow

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25 dezembro 2020

Pressão pelo padrão de sustentabilidade

Isto é algo que carece de uma boa explicação. Em tempos de uma grande pandemia, um grupo de entidades voltadas para a produção de normas passaram a dar uma grande atenção para a questão da governança, ambiente e sustentabilidade. Gostaria de tentar entender a razão para este grande interesse, quando a lógica indicaria que estas entidades deveriam estar preocupadas em estabelecer normas para informações neste novo ambiente. Qual a razão? Realmente não consigo encontrar uma justificativa razoável para isto que está ocorrendo agora. Recomendo o texto postado aqui onde tentamos uma explicação. 

A cronologia recente provisória dos acontecimentos é a seguinte. Em maio, durante a conferência do GRI, são definidas diretrizes de relatórios de sustentabilidade que seriam adotados pelas empresas. O assunto começa a fazer parte da agenda de jornais, com poucos artigos críticos sobre o tema. A maioria tece loas ao tema. 

Em setembro constata-se a presença de 50 padrões sobre ESG (ambiente, sustentabilidade e governança). Isto levou a entidade que congrega a profissão contábil, o Ifac, lança um documento denominado Enhancing Corporate Reporting: The Way Forward, ainda em setembro. O IFAC propunha um novo conselho para definição de padrões para um relatório corporativo que tratasse da questão. O IFAC solicita à Fundação IFRS pensar sobre o assunto. 

Também em setembro, cinco entidades (Carbon Disclosure Project, Climate Disclosure Standards Board, Global Reporting Inititative, International Integrated Reporting Council e Sustainability Accounting Standards Board) lançam um declaração conjunto para um alinhamento das normas. A ideia seria criar um conselho para tratar da questão da sustentabilidade. As Big Four lançaram um documento sobre o assunto, o que é realmente mais estranho. E em um mês movimentado, a Fundação IFRS lança uma consulta sobre o tema. (tudo isto aqui)

Esta consulta está recebendo comentários agora, em dezembro. A cinco entidades citadas no parágrafo anterior soltaram, em dezembro, um documento sobre o tema. O IFAC também encaminhou uma carta de comentários no sentido de se criar um sistema global para informações de sustentabilidade, sob liderança da Fundação IFRS. Na visão do IFAC

A profissão de contador, por sua vez, deve desempenhar um papel ativo em ajudar as empresas, economias e sociedades a alcançar um futuro mais sustentável. Acreditamos que a padronização de informações de sustentabilidade de alta qualidade trará uma nova relevância ao nosso trabalho em relatórios e garantias corporativas e promoverá o interesse público. A IFAC está pronta para se envolver com a Fundação IFRS, bem como com nossas organizações membros e outras partes interessadas, para garantir o sucesso desta importante iniciativa.

Imagem aqui




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Líder, chefe e presidente de uma comissão

24 dezembro 2020

Feliz Natal para os leitores

 

Leitores - reais e imaginários - um Feliz Natal. 

O StopMotion acima é uma criação de Mariana Ferreira, feito no meu smartphone (minha única contribuição)

Um brinde

 

Um brinde para toda pessoa que mudou sua mente com uma informação que contradizia sua crença. 

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 Supergirl é a prova de bala. Mas usa brinco (?)

23 dezembro 2020

Everest está mais alto


O Monte Everest é a maior montanha da Terra. Localizado na fronteira do Nepal com o Tibete (hoje China), o monte foi escalado somente em 1953. 

A primeira vez que alguém mediu o Everest em meados do século XIX. Uma equipe, comandada por Sir George Everest, calculou que o monte teria 29.000 pés de altitude. Para dar mais "precisão" à medida, Sir George adicionou 2 pés na medida, registrando 29.002 pés como a altura oficial, que corresponderia a 8.840 metros.

Outra pesquisa, feita no final do século XIX e início do século XX registra uma altura de 8.882. Em 1955, outra altura é calculada: 8.848 metros. Esta foi a altura aceita oficialmente, apesar de existirem medidas realizadas por outros países: Itália (8.872, em 1987; 8.846, em 1992), Estados Unidos (8.850, em 1999) e China (8.844,43 m, em 2005).

É estranho esta variação, mas justificável. Se a medida da altura for feita no inverno, há a neve acumulada no topo. Outro fato que afeta o resultado da medida é a movimentação da terra, que pode alterar a altura de uma montanha. Em 2015, por exemplo, ocorreu um terremoto na região que poderia ter afetado o tamanho da montanha. 

Recentemente, um comunicado conjunto do governo do Nepal e Chinês aumentou o tamanho do Everest em 86 cm. A montanha tem agora 8.848,86 cm. E isto já esta registrado na Wikipedia

Contabilidade? - Gostei de ler  sobre o assunto, pois mostra que se a ciência tem dificuldade de chegar a um consenso sobre a altura de uma montanha, o que dizer do valor de um ativo ou a medida de resultado de uma empresa. 

Um belo comercial de Natal


Este comercial já tinha mais de 13 milhões de visualizações. Começa com um senhor idoso fazendo exercícios físicos. Isto desperta a curiosidade das pessoas e uma vizinha chega a ligar para filha deste senhor (1:30 m do vídeo). Somente no final ficamos sabendo a razão disto tudo (2:10 m). 

Uma explicação sobre a beleza do comercial pode ser encontrada aqui

Imprensa pode melhorar a qualidade da contabilidade


A imprensa pode melhorar a qualidade da informação contábil. Um estudo (via aqui), da Universidade do Arkansas, descobriu que notícias da imprensa (The Wall Street Journal, The New York Times , o Washington Post, o Chicago Tribune, Forbes, The Economist, Economic Times, Kiplinger, Accounting Today, Wired e CFO Magazine) podem ajudar na qualidade da auditoria das empresas. 

Quando uma auditoria é questionada no seu trabalho, que inclui notícias de fraudes, por exemplo, estas empresas aumentam a atenção dada às auditorias. Basicamente, nenhuma Big Four quer estar na primeira página do The Wall Street Journal. 

A pesquisa também encontrou que as empresas de auditoria tentam gerenciar a reputação, pois notícias negativas possuem custos de crescimento e retenção de clientes. 

“Coletivamente, nossa evidência sugere que a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz das firmas de auditoria, ao direcionar a atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria”, disse o estudo.

(...) As descobertas sugerem que “a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz de firmas de auditoria ao direcionar maior atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria.

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Filmes e árvore de natal

22 dezembro 2020

Petróleo e baixa contábil

Recentemente, duas das mais tradicionais empresas de petróleo anunciaram baixa contábil. A Exxon anunciou que irá reduzir o valor dos ativos entre 17 a 20 bilhões de dólares. Isto deverá incluir os ativos adquiridos em 2010 de uma produtora de xisto, a XTO Energy. Em 2010 a decisão de comprar uma produtora de xisto parecia acertada, com o preço do petróleo em alta e a possibilidade de ter acesso a uma fonte de energia alternativa. A redução no preço do petróleo, em razão de uma guerra de preços e da demanda reduzida, motivou a amortização da empresa. Apesar do prejuízo registrado recentemente, a empresa manteve o pagamento de dividendos. Além disto, a Exxon mantem a aposta no petróleo e na recuperação dos preços.  

A Shell também seguiu a Exxon e anunciou ontem uma redução no ativo, entre 3,5 a 4,5 bilhões. A empresa também anunciou que outros efeitos contábeis serão reportados em 2021. Em outubro, a empresa já tinha realizado uma baixa de 1 bilhão, depois de outra baixa de quase 17 bilhões, no segundo trimestre. 

A Aramco, a produtora estatal da Arábia Saudita, também está sob pressão. Depois de realizar uma grande oferta inicial de ações, a estratégia da empresa parece que enfrenta uma série de problemas. Para colocar suas ações no mercado com sucesso, o governo saudita concedeu facilidades aos súditos, mas evitou um fracasso da oferta, concentrando o lançamento no mercado acionário do país. Apesar de ter atingindo um valor de mercado de 2 bilhões, parte da estratégia incluía uma farta distribuição de dividendos. E para garantir esta distribuição, a empresa está tomando empréstimo. A guerra de preço decretada pela Aramco no primeiro trimestre provocou efeito não somente nos concorrentes: mesmo obtendo lucro, pois o custo de produção é reduzido, a Aramco não está conseguindo dinheiro suficiente para novos investimentos e pagamento de dividendos. 

Crime contra o ambiente


O jornal The Guardian trouxe uma discussão sobre a criação de um tipo de crime contra a humanidade: o crime contra o ambiente. O jornal britânico afirma que o ecocídio corresponde a um crime internacional, assim como crimes contra humanidade, crimes de guerra e genocídio. Parlamentares suecos solicitaram que a Fundação Stop Ecocide elaborasse um projeto sobre o assunto, para coincidir com o 75o. aniversário do julgamento de Nuremberg, em 1945. 

A proposta interessa de perto nações como Vanuatu e Maldivas, que podem desaparecer se ocorrer um aumento no nível do mar em razão do aquecimento global. Segundo o jornal, o Tribunal Internacional, com sede em Haia, teria prometido priorizar os crimes contra o ambiente, a exploração de recursos naturais e a desapropriação ilegal de terras. Em 2016, o ICC já tinha indicado que avaliaria os crimes contra a humanidade em um contexto mais amplo. 

Contabilidade? - Se o ecocídio for criado, as nações devem incorporar na sua legislação. Isto pode criar possibilidades de processar as empresas infratoras em todo o mundo. Uma empresa que promova uma destruição em massa, sistemática ou generalizada poderia ser processada. Isto inclui desmatamento de floresta em grande escala, pesca ilegal ou derramamento de óleo. Além do passivo criado por tais crimes, a condenação por um tribunal internacional pode colocar em risco a sobrevivência de uma empresa. 

Poluir compensa?


Shapira e Zingales (2017) usam o caso da DuPont (discutido abaixo) para mostrar que uma decisão de poluir tem valor presente líquido positivo para os acionistas por causa do descompasso de tempo entre o momento em que a poluição ocorreu e a remediação. (...)

Primeiro, vemos que as decisões de poluir podem ter valor presente líquido positivo em comparação com o custo de redução. Em segundo lugar, as empresas podem se beneficiar de melhorias de reputação, separando-se das atividades poluidoras. Terceiro, a administração que conclui uma cisão tem oportunidade de ganhos, evitando perdas patrimoniais (...). Quarto, as assimetrias informacionais limitam a capacidade dos acionistas de precificar com precisão os passivos. Quinto, o estatuto de limitações sobre transporte fraudulento apresenta o potencial de que reservas inadequadas não serão descobertas até que tenha expirado.

Fonte: aqui